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UNIVERSIDADE FEDERAL DOS VALES DO JEQUITINHONHA E MUCURI

Engenharia Química
Alan Rodrigues
Cássio Murilo Rodrigues Moreira
Vinícius Azevedo Gomes

SECAGEM DE SÍLICA GEL EM UM SECADOR TÚNEL DE VENTO

Diamantina
2017
Alan Rodrigues
Cássio Murilo Rodrigues Moreira
Vinícius Azevedo Gomes

SECAGEM DE SÍLICA GEL EM UM SECADOR TÚNEL DE VENTO

Relatório apresentado à disciplina Laboratório de


Engenharia Química I, como parte dos requisitos
propostos no plano de ensino.
Docente: João Vinícios Wirbitzki Silveira

Diamantina
2017
Alan Rodrigues
Cássio Murilo Rodrigues Moreira
Vinícius Azevedo Gomes

SECAGEM DE SÍLICA GEL EM UM SECADOR TÚNEL DE VENTO

Relatório apresentado à disciplina Laboratório de


Engenharia Química I, como parte dos requisitos
propostos no plano de ensino.

Data de aprovação _____/_____/_____.

Prof. Dr. João Vinícios Wirbitzki Silveira


Instituto de Ciência e Tecnologia - UFVJM

Diamantina
RESUMO

O presente trabalho visa elucidar a operação unitária secagem através de um ensaio utilizando
sílica gel embebida em água para ser seca em um secador do tipo túnel de vento. Para isso
alimentou-se o secador com uma vazão de ar ambiente com velocidade de 2,5 m/s onde foi
aquecido até 70°C. Através destas condições foi estimado um coeficiente convectivo de
473,48 W · °C-1 · m-2 para este processo. O ensaio teve 2 horas de duração onde foi possível
determinar que o período de secagem a taxa constante acontece até os 25 primeiros minutos
de operação e logo após a secagem ocorre à taxa decrescente. Os resultados obtidos revelaram
que a umidade crítica deste processo é de 0,45 g de água por g de sílica seca e a variação de
entalpia do ar, ocasionada pelo aquecimento, é de 55 kJ.

Palavras chave: Taxa constante. Taxa decrescente. Umidade crítica.


ABSTRACT

The present study aims to study the unit operation of drying using silica gel
soaked in water to be dried in a wind tunnel drier. The dryer with a vacuum of ambient air
with a velocity of 2,5 m/s was heated to 70 °C. The case was agreed upon, a coefficient
convective coefficient of 473,48 W °C-1 M-2 for this process. The test lasted 2 hours wich it
was found in a drying period at constant rate, continued with 25 minutes of operation and
soon after a drought at a decreasing rate. The results obtained showed the critical humidity of
0,45 grams of water per grams of dry silica and a change in enthalpy of air caused by heating
and of 55 kJ.

Keywords: Constant rate. Decreasing rate. Critical humidity.


LISTA DE ILUSTRAÇÕES

Figura 1 - Anemômetro ............................................................................................................ 20


Figura 2 - Balança analítica ...................................................................................................... 20
Figura 3 - Cronômetro .............................................................................................................. 20
Figura 4 - Sílica em gel sautrada de água. ................................................................................ 21
Figura 5 - Túnel de vento lara exeperimento de secagem. ....................................................... 21
Figura 6 - Gráfico da relação entre umidades em base seca e em base úmida ......................... 22
LISTA DE TABELAS

Tabela 1 – Umidade da amostra e velocidade de secagem ao longo do tempo ........................ 23


SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO .................................................................................................................. 13
2 OBJETIVOS ....................................................................................................................... 15
2.1 Objetivos Específicos ....................................................................................................... 15
3 REFERENCIAL TEÓRICO ............................................................................................. 17
4 MATERIAIS E MÉTODOS .............................................................................................. 20
5 RESULTADOS E DISCUSSÃO ....................................................................................... 22
6 CONCLUSÃO..................................................................................................................... 29
REFERÊNCIAS .................................................................................................................... 31
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1 INTRODUÇÃO

A secagem consiste em uma operação que visa reduzir a umidade de um sólido


através da vaporização térmica. A secagem pode ocorrer por contato direto entre o sólido e
um gás quente, comumente ar atmosférico, ou por contato indireto com uma fonte de calor,
como vapor d’agua, através de uma superfície metálica (McCABE, 1991).
A secagem consiste em um processo de transferência de calor e massa, onde
necessita-se de cerca de 2500 J de energia para evaporar cada g de água, que deixa o material
por difusão ou convecção. Desta forma, a secagem é uma operação que requer grandes gastos
energéticos e por isso se torna onerosa (PERRY et al., 2008).
Um equipamente bastante utilizado no processo de secagem é o secador do tipo
túnel, onde os sólidos são secos por contato direto com gases quentes. Possui capacidade de
secar qualquer tipo de sólido, desde os granulares até objetos de grandes tamanhos. Em sua
forma contúnua, os secadores do tipo túnel contam com correias transportadoras que
atravessam o equipamento enquanto o material é seco (PERRY et al., 2008).
Este experimento utilizará de um secador túnel de vento para secagem de sílica
gel. O equipamento opera de modo descontínuo, onde a bandeija com o material a ser seco se
encontra próximo a sua saída.
14
15

2 OBJETIVOS

Este ensaio tem como objetivo analisar a secagem da sílica gel, abordando os
diversos fenômenios que nele ocorrem levando em conta as particularidades da sílica.

2.1 Objetivos Específicos

O experimento visa estudar o processo através da determinação de curvas de


secagem bem como dos parâmetros inerentes a ela, além de analisar suas variáveis
psicrométricas.
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17

3 REFERENCIAL TEÓRICO

Trabalhando com um processo de secagem, obrigatoriamente se lida com algum


produto que possui uma umidade relacionada. Esta umidade pode ser referente à base seca ou

úmida. Sendo assim, tratando-se de um produto sólido, define-se umidade na base seca X ’

como a razão da massa de água presente no material (Ma) pela massa do material isento de
umidade (Ms), como representado pela Equação 01.

̅ = 𝑀𝑎
𝑋′ (01)
𝑀𝑠

Analogamente, define-se umidade na base úmida, X , como a razão da massa de

água presente no material (Ma) pela massa do material úmido (Ms+Ma), como representado
pela Equação 02.
𝑀𝑎
𝑋̅ = (02)
𝑀𝑠 + 𝑀𝑎
Uma relação entre estes dois tipos de umidade pode ser representada conforme
mostra a equação 03.
𝑋̅′
𝑋̅ = (03)
1 + 𝑋̅′
Para o processo de secagem, submete-se o material a ser seco a uma corrente de
ar, geralmente quente, a qual possui uma umidade associada. Após o primeiro contato deste
material com a corrente gasosa, o mesmo tende a se ajustar ao meio de modo a atingir um
regime permanente. Quando este regime é atingido, a temperatura da superfície do material é
a temperatura de bulbo úmido (Tbu) do meio onde o mesmo está sendo secado. Além disso, ao
se atingir o regime permanente, a taxa de secagem torna-se constante, e este período a taxa
constante acaba assim que o material atinge seu teor de umidade crítico (Xc). A partir deste
momento a taxa de secagem começa a cair com certa rapidez, enquanto a temperatura da
superfície do material sofre aumentos. Este período é o período de taxa decrescente. Após
algum tempo o material tende a atingir um equilíbrio na secagem, onde sua massa já quase
não sofre alteração e a taxa de secagem se aproxima de zero. Neste momento ele atinge a

umidade de equilíbrio Xe , que é a menor umidade atingida no processo de secagem. Nota-se

que esta umidade não é necessariamente igual a zero, visto que é praticamente impossível
retirar-se totalmente a umidade de qualquer material em um processo de secagem (FOUST et
al., 1982).
18

A Figura 2 representa uma curva típica de secagem sob condições constantes.

Figura 2 – Curva típica do teor de umidade em função do tempo para condições


constantes de secagem

Fonte: FOUST et al., 1982.

A partir da derivação dos dados da Figura 2 pode-se construir um gráfico da taxa


de secagem, como representado na Figura 3.

Figura 3 – Curva típica da taxa de secagem em função do teor de umidade para


condições constantes de secagem

Fonte: FOUST et al., 1982.


19

Para o cálculo do tempo de secagem utiliza-se a equação de velocidade de


secagem, representada aqui pela Equação 04.

𝑀𝑠 ∆𝑋
𝑉= (04)
𝐴∆𝜃

Onde:
V : é a velocidade ou taxa de secagem [g de líquido evaporado por min por cm2]
Ms : é o peso do sólido seco [g].
∆𝐗 : é a variação da umidade do sólido [g].
𝐀 : é a área de secagem [cm2].
∆𝛉 : é a variação do tempo [min].

Então, a partir desta equação, por diferenciação e separação de variáveis, pode-se


obter o tempo de secagem, como expresso pela Equação 05.

𝑋̅ ′2
𝜃
−𝑀𝑠 𝑑𝑋̅′
∫ 𝑑𝜃 = ∫ (05)
0 𝑋̅ ′1 𝐴𝑅

Em processos de secagem a troca térmica é realizada majoritariamente pelo


fenômeno da convecção, por isso é de grande interesse para os engenheiros projetistas
determinar o coeficiente convectivo do processo. Uma correlação empírica que pode auxiliar
nesta tarefa é Equação 07.

ℎ𝑣 = 0,0204𝐺0,8
𝑣 (07)

Onde:
𝐡𝒗 : é o coeficiente convectivo [W·°C-1·m-2].
𝐆𝒗 : é a velocidade mássia do ar [kg·m-2·h-1].
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4 MATERIAIS E MÉTODOS

Para o presente trabalho foram utilizados:


Tunel de vento para secagem;
Anemômetro;
Cronômetro;
Balança analítica;
Sílica em gel saturada de água.

As Figuras 1, 2, 3, 4 e 5 são fotografias dos materiais utilizados no experimento.


Para a realização do experimento primeiramente pesou-se uma massa de sílica em
gel saturada de água. Acionou-se o exaustor do túnel de vento, ajustou-se a temperatura de
secagem para 70°C e controlou-se o fluxo gasoso do túnel em aproximadamente 6 na
regulagem para que a vazão de 2,5 m/s fosse atingida. Vazão essa verificada posteriormente
com um anemômetro. Colocou-se a sílica em um suporte preso à uma balança analítica e
iniciou-se o experimento. As temperaturas de bulbo seco e bulbo úmido assim como o peso da
amostra foram anotados em intervalos de 5 minutos durante duas horas.

Figura 1 - Anemômetro Figura 2 - Balança analítica Figura 3 - Cronômetro

Fonte: Autores. Fonte: Autores. Fonte: Autores.


21

Figura 4 - Sílica em gel sautrada de água.

Fonte: Autores

Figura 5 - Túnel de vento lara exeperimento de secagem.

Fonte: Autores
22

5 RESULTADOS E DISCUSSÃO

A Equação 03 nos permite construir um gráfico que representa esta relação.

Figura 6 - Gráfico da relação entre umidades em base seca e em base úmida


0.5
0.45
0.4
Umidade - Base Úmida

0.35
0.3
0.25
0.2
0.15
0.1
0.05
0
0 0.2 0.4 0.6 0.8 1
Umidade - Base Seca

Fonte: Autores.

Com posse dos dados obtidos através dos métodos descritos na seção anterior,
sabendo que a massa da amostra ao final de aproximadamente 48 horas de secagem na mufla
foi de 101,229 gramas (valor o qual será considerado como massa de sílica gel completamente
seca) foi possível calcular a umidade da amostra em base seca. Ainda, sabendo que o diâmetro
do porta amostra é de 15 centímetos foi possível calcular a velocidade de secagem (V) através
da Equação 04. Os resultados obtidos encontram-se dispostos na Tabela 1.
Através dos dados da Tabela 1 foi possível elaborar o gráfico presente na Figura
9. Através dele é possível observar que até ao longo dos 25 primeiros minutos de
experimento, a perda de água do material foi feita de maneira homogênea, isto é, a cada
minuto foi a mesma quantidade de água foi retirada da amostra. Neste intervalo foi possível
retirar, em média, 0,008 g de água por minuto. Este período é denominado de secagem a taxa
constante. Após este período, secagem é dificultada fazendo com que a perda de água da
amostra seja menor a cada intervalo de tempo, dano início ao período denomidado de
secagem a taxa descrescente.
23

Tabela 1 – Umidade da amostra e velocidade de secagem ao longo do tempo

Tempo Umidade Velocidade de secagem


(min) (g de água/g sílica seca) (g/s cm2)
0 0,530 -
1 0,524 0,003395
2 0,517 0,003961
3 0,508 0,005093
4 0,502 0,003961
5 0,493 0,005093
6 0,485 0,004527
7 0,476 0,005093
8 0,467 0,005093
9 0,459 0,004527
10 0,449 0,005659
15 0,407 0,004867
20 0,365 0,004753
25 0,327 0,004414
30 0,296 0,003508
35 0,269 0,003056
40 0,246 0,002716
45 0,226 0,002264
50 0,211 0,001698
55 0,194 0,001924
60 0,180 0,001698
65 0,170 0,001132
70 0,156 0,001584
75 0,148 0,000905
80 0,135 0,001471
85 0,126 0,001019
90 0,119 0,000792
95 0,109 0,001132
100 0,102 0,000792
105 0,097 0,000679
110 0,090 0,000792
115 0,083 0,000792
120 0,077 0,000679
Fonte: Autores.
24

Figura 9 – Perfil da secagem da sílica gel: teor de umidade versus tempo.

Fonte: Autores.

No gráfico da Figura 10, elaborado com alguns dos pontos da Tabela 1, observa-
se velocidade constante no ponto mais alto da curva e em um determinado valor de umidade a
velocidade de secagem começa a descrescer. Este ponto é denomidado de ponto crítico.
Através da curva obtida estima-se que a umidade da amostra no ponto crítico é de 0,45 g de
água por g de sílica seca.
25

Figura 10 – Comportamento da taxa de secagem com a perda de umidade da sílica gel

Fonte: Autores.

A Figura 11 consiste em um gráfico que avalia a velocidade de secagem ao longo


do tempo, onde pode-se observar que a taxa de perda de água é constante ao início do
processo, onde a massa de água é abundante e uniforme ao longo da superfície da amostra, e
tende a se tornar constante ou variar cada vez menos ao longo do final do processo, uma vez
que há cada vez menos água contida no material.
26

Figura 11 – Comportamento da taxa de secagem ao longo do tempo

Fonte: Autores.

Sabendo que a velocidade do ar é 2,5 m·s-1 e o diâmetro do secador 20 cm,


através da Equação 07, encontra-se um coeficiente convectivo de 473,48 W·m-2·°C-1. Este
valor estimado é muito superior relatado pela literatura (Perry et al. (2008), relata que este
coeficiente comumente varia de 100 a 200 W·m-2·°C-1.
Propriedades do processo podem ser determinadas através cartas psicrométricas e
são peças fundamentais para realização de balanços mássicos energéticos feitos por
profissionais da área. A Figura 12 consiste em uma carta psicrométrica para baixas
temperaturas. Sabendo que as temperaturas de bulbo seco e úmido do ar eram,
respectivamente, 20 e 16°C, foi possível através da Figura 12 determinar a umidade relativa, a
umidade absoluta e a entalpia do ar (aproximadamente 65%, 0,010 kg de vapor po kg de ar
seco, 45 kJ/kg de ar seco, respectivamente).
27

Figura 12 – Carta psicrométrica para baixas temperaturas

Fonte: FASTONLINE (Adaptado).

Convertendo a umidade absoluta obtém-se o valor de 10 g de vapor por kg de ar


seco. Utilizando este valor em uma carta da pscirométrica para altas temperaturas (Figura 8),
é possível obter as propriedades após o aquecimento. Desta forma, para a temperatura de
70°C a entalpia do ar é de 100 kJ por kg de ar seco e a umidade relativa é de
aproximadamente 5%. Logo a variação de entalpia, ocasionada pelo aquecimento do ar pela
resistência elétrica do secador, é de 55 kJ.

Figura 13 – Carta psicrométrica para altas temperaturas.


28

Fonte: PERRY et al., 2008, p. 12-7 (Adaptado).


29

6 CONCLUSÃO

Através do ensaio de secagem de sílica gel foi possível determinar que até 25
minutos após o início do experimento a secagem ocorre à taxa constante, e após este período
passa a acontecer à taxa decrescente. Ainda foi possível determinar o ponto crítico do
processo, onde se avaliou a umidade crítica de 0,45 g de água por g de sílica seca. Por fim
determinou-se as variáveis psicrométricas antes e depois do aquecimento do ar, obtendo uma
variação de entalpia de 55 kJ.
30
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REFERÊNCIAS

FASTONLINE. Figura 10 Grafico Psicrometrico, Temperaturas Normales, Presion


Atmosferica 101,325 Kpa, Altitud: 0. Disponível em: <.http://www.fastonline.org/CD3WD
_40/INPHO/VLIBRARY/X0057S/ES/X0057S08.HTM> Acessado em 11 de junho de 2017.

FOUST, A.S.; CLUMP, C.W.; WENZEL, L.A. Princípios de Operações Unitárias. Rio de
Janeiro: LTC, 1982.

McCabe, W. L., Smith, J. C., Harriot, P. Operaciones Unitarias em Ingenieria Quimica. 4


Ed., McGraw-Hill International Ed. 1991.

PERRY, R. H., BENSKOW, L. R., BEIMESCH, W. E., et al. Perry’s Chemical Engineers’
Handbook. 8ed. Nova Iorque: McGraw-Hill, 2008.

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