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1º Unidade
Capítulo I
Conjuntos_______________________________________________________________________3
Capítulo II
Função_________________________________________________________________________13
Capítulo III
Função Afim e Sistema_____________________________________________________________23
Capítulo IV
Função Quadrática________________________________________________________________33
Capítulo V
Função Exponencial_______________________________________________________________38
Organização: Apoio:
2
Capítulo I
Durante todo o seu estudo de Matemática, ao longo desse curso, você terá a
oportunidade de perceber que a Matemática exige uma forma bem específica de se expressar.
É a chamada linguagem Matemática, que causa tantos apuros a alguns alunos mais
desavisados. Essa linguagem Matemática nada mais é que a tradução da língua portuguesa
escrita em “matematiquês”, novo idioma que aprenderemos a partir dessa unidade. Você terá a
oportunidade de perceber que esse novo idioma é mais fácil do que se imagina pois apenas
utilizaremos letras e símbolos para denotar palavras ou expressões que seriam explicitadas
literalmente se não fosse a Matemática. Portanto, bons estudos e não deixe de fazer as
questões do ENEM e vestibulares a fim de fixar tudo o que você aprendeu.
Conjuntos
Iniciaremos nosso estudo com algumas noções da Teoria dos Conjuntos aprendendo
alguns símbolos que nos ajudarão a nos expressar na linguagem Matemática.
Primeiramente devemos ter a real noção de conjunto. Pode-se dizer que um conjunto
pode ser considerado como qualquer coleção de objetos, apresentados ou caracterizados pela
enumeração ou por uma propriedade que apresentem. Cada um desses objetos é chamado
elemento do conjunto e é bem determinado, distinto dos outros, e satisfaz às condições do
conjunto.
3
Capítulo I
Assim:
V = {a, e, i, o, u}, lê-se: conjunto das vogais cujos elementos são as vogais do
alfabeto português.
Podemos dizer que esses elementos que fazem parte desses conjuntos, pertencem ao
conjunto que determinam. Daí podemos dizer que televisão pertence ao conjunto dos objetos
em uma sala de estar, cama não pertence a esse conjunto.
k ∈ P (lê-se: k pertence a P)
e.
i o.
. a.
u.
Na representação do
conjunto de letras de uma
determinada palavra, não se
escreve uma mesma letra Por exemplo, no conjunto formado pelas letras da
duas vezes, ou seja, não se palavra Banana:
repetem letras. E esse
conceito ainda pode ser B = {b, a, n} e não B = {b, a, n, a, n,a}.
estendido a qualquer tipo de
conjunto em que não
repetimos nenhum elemento
ao representar esse conjunto.
O conjunto das letras da palavra amapá:
A = {a, m, p}
4
Capítulo I
Determinação
Um conjunto pode ser determinado de três modos: por enumeração, por extensão ou
por compreensão.
P = {a, b, c, d, e, ....., z}
I = {1, 3, 5, 7, 9, …}
Se o conjunto A dos elementos x tem uma propriedade P, vamos indicá-lo pela notação:
A = {x / x é P}, lê-se: conjunto A constituído dos elementos “x” tal que “x” satisfaz à
propriedade “P”.
Vimos que os conjuntos podem ser definidos por três maneiras: enumeração,
extensão ou compreensão. Façamos agora, a representação de um mesmo conjunto dessas
três formas.
Por exemplo, seja o conjunto das consoantes. Vamos defini-lo por enumeração,
extensão e compreensão.
5
Capítulo I
Igualdade
Dois conjuntos são iguais quando tem os mesmo elementos. Assim, se A = {x / x é letra
da palavra banana}, ou seja, se A = {b, a, n, a, n, a} e B = {b, a, n}, temos: A = B.
Relações e Operações
Relações
Para que consigamos entender as relações entre os conjuntos é importante que
saibamos reconhecer todos os tipos de conjuntos existentes a fim de que possamos trabalhar
perfeitamente com essas relações.
O universo que conhecemos hoje pode ser designado como a totalidade de planetas,
estrelas, buracos negros e quaisquer outros corpos cósmicos encontrados no espaço sideral.
Essa noção também pode ser aplicada a um conjunto, que recebe o nome de conjunto
universo quando é formado pela totalidade dos elementos que estão sendo considerados,
comumente representado pela letra U. Da mesma forma, quando um conjunto é constituído por
apenas um elemento, ele é chamado conjunto unitário e quando ele não tem elemento
algum, é chamado conjunto vazio, que pode ser denotado por duas formas: { } ou ∅ .
Por exemplo:
Subconjuntos
Um subconjunto é um conjunto que está contido em outro conjunto. Assim como o
conjunto A = {e, i, o} que é um subconjunto do conjunto das vogais. Sendo assim, poderemos
6
Capítulo I
A U
B U
A B
U
7
Capítulo I
C = A ∩ B. 8.
6. 2.
5. 1. 7. 4.
Se A = {1, 5, 6, 7, 8, 15} e B = {2, 4, 6, 7, 10}
15. 10.
Então A ∩ B = C = {6, 7}
Por exemplo:
8
Capítulo I
Conjuntos Numéricos
O homem durante sua evolução foi cada vez mais se aprimorando a fim de perpetuar
sua existência, ele logo criou utensílios para caça, inventou a roda, descobriu o fogo e com o
passar do tempo ainda inventou símbolos para representar os números. Mas e os números,
como nasceram? Já se passou pela sua cabeça como se deu isso? Bom, esse nascimento
deu-se de forma natural, como não poderia ser diferente. Aquele que tenha um certo
conhecimento de história já deve ter percebido que desde o início da civilização a principal
ocupação do homem era cuidar de seu rebanho para seu sustento. Mas como esse pastor iria
saber se alguma ovelha tinha fugido ou sido raptada se não havia números para que ele
contasse quantas ovelhas tinha? Como iria comparar com a quantidade de ovelhas do dia
anterior? O homem criou uma forma curiosa de contar suas ovelhas: para cada ovelha em seu
rebanho, uma pedra ele adicionava em um saco, tendo certeza de que a quantidade de pedras
no saco era a mesma de ovelhas em seu rebanho, podendo ainda conferir essa quantidade no
dia seguinte, pois se sobrassem pedras no seu saco após a conferência, ele saberia que teria
prejuízo.
9
Capítulo I
não fossem inteiros positivos, como o zero (0) e os números negativos: -1, -2, -3, ...
ℤ + = {0, 1, 2, 3, ...}
Repare que o zero é elemento neutro, ou seja, não tem sinal, portanto não pode ser
considerado nem positivo e nem negativo, por isso consta em ambos os subconjuntos do
conjunto dos números inteiros. Em geral convencionamos ainda o seguinte: um asterístico (*)
acrescido à letra que designa o conjunto, significa que o zero foi excluído do mesmo. Assim:
ℤ*+ = {1, 2, 3, 4, …}
10
Capítulo I
“razão” acertou, pois um número racional é qualquer número que pode ser escrito como uma
razão. Mas o que seria razão? Será que podemos associar essa razão àquela frase filosófica
de Shakespeare em Hamlet: Ser ou não ser, eis a questão?
Formalmente, devemos dizer que ℚ é todo aquele que pode ser representado na
p
forma fracionária q com numerador e denominador inteiros e o denominador diferente de
zero. Em linguagem Matemática:
p
ℚ = {x / x = q com p , q ∈ℤ , q ≠ 0}.
11
Capítulo I
Por incrível que pareça, existem infinitos números irracionais, e essa qualidade é
atribuída à, por exemplo, raiz quadrada de qualquer número que não seja um quadrado perfeito
(1, 4, 9, 16, 25, 36, 49, ....). Outros números irracionais, como são frequentemente usados na
Matemática, recebem representações como π = 3,1415926535..., e = 2,718...(usado em bases
logarítmicas) etc.
12
Capítulo II
Par Ordenado
Denominamos par ordenado a um par de
elementos (a,b) em uma ordem pré-fixada, sendo a o
primeiro elemento e b o segundo elemento.
(0,3)
Ex.: Vamos distribuir três bolas idênticas Caixa I Caixa II
dispostas em duas caixas numeradas (caixa I e caixa
II).
(1,2)
Os resultados possíveis dessa distribuição são Caixa I Caixa II
representadas por (0,3), (1,2), (2,1) e (3,0), em que
particularmente (0,3) indica nenhuma bola na caixa I e três
bolas na caixa II; (3,0) indica três bolas na caixa I e (2,1)
nenhuma na caixa II.
Caixa I Caixa II
Repare que não foram usadas as tradicionais
chaves, mas sim parênteses. (3,0)
13
Capítulo II
Um par ordenado (x,y) é igual ao par (a,b) se, e somente se, x = a e y = b, isto é,
Produto Cartesiano
Dados os conjuntos A = {1,2} e B = {1,2,3}, vamos obter os pares ordenados (x,y) tais
que x ∈A e y ∈B :
A B
1
1
2
2
3
Observe que, de cada elemento de A, saem 3 setas. Isto porque cada elemento do 1º
conjunto se corresponde com todos os três elementos do 2º conjunto.
14
Capítulo II
Exemplo
A x B = {(1,5), (1,6), (1,7), (2,5), (2,6), (2,7), (3,5), (3,6), (3,7), (4,5), (4,6), (4,7)}
B x A = {(5,1), (5,2), (5,3), (5,4), (6,1), (6,2), (6,3), (6,4), (7,1), (7,2), (7,3), (7,4)}
A x B≠B x A
1
x
-5 -4 -3 -2 -1 1 2 3 4 5
-1
-2
-3
-4
-5
15
Capítulo II
• da reta horizontal (x), também chamada eixo das abscissas, saem as linhas
perpendiculares referentes aos valores de A;
Os pares ordenados são representados pela interseção das paralelas aos eixos,
traçadas a partir dos pontos que representam os elementos de A e de B. Por exemplo: Sejam A
= {1,3,5} e B = {2,4,6}
4
(x,y) = (1,4) (x,y) = (3,4) (x,y) = (5,4)
2
(x,y) = (1,2) (x,y) = (3,2) (x,y) = (5,2)
-2 -1 1 2 3 4 5
-1
Relação
Consideremos os conjuntos: A = {1,2} e B = {3,4,5} e determinemos o produto
cartesiano A x B.
16
Capítulo II
• R2 = {(1,3), (1,4)} Aqui, também, R 2 ⊂AxB , porque R2 é uma relação dos pares
ordenados (1,3), (1,4) que estão contidos no produto cartesiano A por B.
Simbolicamente: R é relação de A em B ⇔ R⊂ Ax B
Para que haja relação, é necessário que x , y ∈ AxB , ou seja, que o 1º elemento (x) do
par ordenado pertença ao conjunto A e o 2º elemento (y), ao conjunto B. Assim:
x , y ∈ AxB⇔ x ∈ A e y ∈ B
O produto cartesiano é: {(1,1), (1,2), (1,3), (1,4), (1,5), (1,6), (2,1), (2,2), (2,3), (2,4),
(2,5), (2,6), (3,1), (3,2), (3,3), (3,4), (3,5), (3,6)}
Mas os pares ordenados que satisfazem à relação de y = 2x são (1,2), (2,4), (3,6), pois
nenhum dos outros pares ordenados tem o segundo elemento como o dobro do primeiro.
Imagem de uma relação é o conjunto constituído pelo segundo elemento de cada par
ordenado (y) que satisfaz à relação. A imagem está contida em B. Simbolicamente,
escrevemos: Im(R) ⊂ B.
R = { x , y ∈ Ax B /x-1 = y}
17
Capítulo II
Em diagrama:
A
B
0
2 1
3
D(R) 4 5 Im(R)
6
8 7
10 9
11
Função
Podemos dizer que toda função é uma relação. Mais ainda, é um caso particular de
relação.
18
Capítulo II
A B
• Esta relação não é uma função,pois existe ∇ ❒
um elemento em A que não tem correspondente
∇
em B.
❒
∇
A B
• Esta relação é função, pois a cada ∇ ❒
elemento de A corresponde um único elemento de
B. ∇ ❒ ❒
∇ ❒
A B
• Esta relação também é função, pois a cada ∇ ❒
elemento de A corresponde um único elemento de ∇ ❒
B.
∇ ❒
∇ ❒
A B
• Esta relação também é uma função, pelo ∇ ❒
mesmo motivo que as anteriores. ❒
∇
∇
A B
• Esta relação não é função, pois existe um
elemento em A que tem dois correspondentes em ∇ ❒
B.
❒
∇
❒
19
Capítulo II
f : A B ou f ou
AB f: f : x y ou f(x) = y
Para x = 2, temos y = 2 . 2 = 4
Para x = 3, temos y = 3 . 2 = 6
D(f) = A = {1,2,3}
20
Capítulo II
Exemplos
• Plano cartesiano
y
8
7
x f(x) = y
3x-2 6
1 3.1-2 1 5
2 3.2-2 4 4
3 3.3-2 7 3
1 2 3
21
Capítulo II
A B
4
1
5 6
2 1
3
3 0 2
7
y
8
7
6
5
4
3
2
1 x
-2 -1 0 1 2 3
-1
-2
-3
-4
-5
-6
-7
-8
-9
O gráfico de uma função real, que tem por imagem qualquer número real, é formado
por todos os pares (x,y), onde x ∈ℝ e f(x) = 3x-2. É por isso que traçamos a reta.
22
Capítulo III
Função Afim
José Roberto toma um táxi comum que cobra R$ 2,60 pela bandeirada e R$ 0,65 por
quilômetros rodados. Ele quer ia à casa de um amigo que fica a 10 km dali. Quanto José
Roberto vai gastar de táxi?
Ele terá de pagar os 10 x R$ 0,65 pela distância percorrida e mais R$ 2,60 pela
bandeirada, ou seja, R$ 6,50 + R$ 2,60 = R$ 9,10.
Enfim, para cada distância x percorrida pelo táxi há certo preço c(x) para a corrida. O
valor c(x) é uma função de x.
Podemos encontrar facilmente a lei que expressa c(x) em função de x: c(x) = 0,65 . x +
2,60, que é um caso particular de função polinomial do 1º grau, ou função afim.
Exemplo:
23
Capítulo III
x f(x) = 2x + 1 y
-2 2 . (-2) + 1 -3
-1 2 . (-1) + 1 -1
0 2.0+1 1
1 2.1+1 3
2 2.2+1 5
y
5
1
x
-5 -4 -3 -2 -1 1 2 3 4 5
-1
-2
-3
y = 2x+1
-4
-5
Você dever ter observado que o ponto (0,1) é o ponto em que a reta
corta o eixo y. O valor da ordenada nesse ponto é 1.
Também deve ter percebido que 1 é o coeficiente linear (valor de b) da
equação. Coincidência?
Encontre os gráficos das equações: y = 3x – 2, Y = -2x + 1 e y = x - 1 e
tire suas próprias conclusões.
O zero (ou raiz) da função afim, assim como de qualquer outra função, é o valor para o
qual a função f(x) = ax + b se anula. Determinar esse valor nada mais é do que resolver a
24
Capítulo III
equação ax + b = 0.
Sistema de Equações
Vimos no início do capítulo que o valor y, do preço da corrida, depende do valor x, da
quantidade de quilômetros rodados.
Exemplo
Os alunos do 2° ano de uma escola do interior organizaram uma festa junina no pátio
da escola. Havia várias opções de divertimento: quadrilha, bingo, gincanas, etc. Três
barracas, B1, B2 e B3, distribuídas no pátio, ofereciam exatamente as mesmas opções de
alimentação: churrasco, quentão e pastel; cada uma dessas três opções tinha o mesmo
preço nas três barracas. Ao final da noite, encerrada a festa, fez-se um balanço sobre o
consumo nas barracas e verificou-se que:
25
Capítulo III
28 . x + 42 . y + 48 . z
23 . x + 50 . y + 45 . z
Resolvendo um Sistema
Como já pudemos verificar no exemplo anterior, um sistema pode aparecer em
qualquer situação do nosso cotidiano. Vejamos mais um exemplo:
26
Capítulo III
José: - Como? Você está brincando comigo. Esse aí não passa de um garoto e
você certamente não chegou aos 50.
José: - Está bem, eu errei. Eu devia ter perguntado que idades vocês tem. Mas,
pela sua resposta, eu não consigo saber as idades de cada um.
Pedro: - É claro que não. Você tem duas coisas desconhecidas e apenas uma
informação sobre elas. É preciso que eu lhe diga mais alguma coisa e, aí sim, você
determina nossas idades.
José: - Diga.
Pedro: - Vou lhe dizer o seguinte. A minha idade é o dobro da de Paulo. Agora,
José, você tem duas coisas desconhecidas, mas tem também duas informações sobre
elas. Com a ajuda da matemática, você poderá saber nossas idades.
Vamos pensar um pouco na situação apresentada. José tem duas coisas a descobrir: a
idade de Pedro e a idade de Paulo. Essas são suas incógnitas. Podemos então dar nomes a
essas incógnitas:
idade de Pedro = x
idade de Paulo = y
A primeira informação que temos é que os dois juntos possuem 72 anos. Então, nossa
primeira equação é:
x + y = 72
A outra informação que temos é que a idade de Pedro é o dobro da idade de Paulo.
Com isso, podemos escrever a nossa segunda equação:
x = 2y
x + y = 72
Essas equações formam o sistema
x = 2y
Esse sistema, pela sua simplicidade, pode ser resolvido sem necessidade de nenhuma
técnica especial. Se a segunda equação nos diz que x é igual a 2y, então substituiremos a
letra x da primeira equação por 2y. Veja:
x + y = 72
2y + y = 72
3y = 72
27
Capítulo III
72
y= ⇒ y = 24
3
E como x = 2y, então x = 2 . 24 ⇒ y = 48. Dessa forma, concluímos que Pedro tem 48
anos e Paulo 24 anos.
Mas, nem sempre os sistemas são tão simples assim. Nesta parte deste capítulo,
vamos aprender dois métodos que você pode usar na solução dos sistemas:
Método da Substituição
O sistema do problema anterior foi resolvido pelo método da substituição. Vamos nos
deter um pouco mais no estudo desse método prestando atenção na técnica de resolução.
3x +2y = 22
4x – y = 11
Para começar, devemos isolar uma das letras em qualquer uma das equações.
Observando o sistema, vemos que o mais fácil é isolar a incógnita y na segunda equação;
assim:
4x – y = 11 ⇒ 4x – 11 = y ou y = 4x – 11
Isso mostra que o valor de y é igual a 4x – 11. Assim, podemos trocar um pelo outro,
pois são iguais. Vamos então substituir y por 4x – 11 na primeira equação.
3x + 2y = 22
3x + 2(4x – 11) = 22
Temos agora uma equação com uma só incógnita, basta resolvê-la. Desenvolvendo a
equação temos:
Já temos o valor de x. Repare que logo no início da solução tínhamos concluído que y
= 4x – 11. Então, para obter y, basta substituir x por 4.
y = 4x - 11 ⇒ y = 16 - 11 ⇒ y = 5
28
Capítulo III
Método da Adição
Para compreender o método da adição, vamos recordar inicialmente o que significa
somar duas igualdades membro a membro. Se temos:
A=B e C=D
• podemos somar os dois primeiros termos e os dois segundos termos das duas
equações, ou seja, os dois lados esquerdos e os dois lados direitos, para concluir:
A+C=B+D
“Encontrar 2 números, sabendo que sua soma é 27 e que sua diferença é 3.”
x + y = 27
x– y= 3
15 – y = 3
29
Capítulo III
y = 15 – 3
y = 12
8x + 3y = 21
Desafio: Resolva o seguinte sistema pelo método da 5x + 2y = 13
adição:
a + b = c – d ⇒ k.(a + b) = (c – d).k ⇒ ka + kb = kc – kd
ou
ab c−d a b c d
a+b=c–d⇒ = ⇒ = −
n n n n n n
30
Capítulo III
y – 10 = 3x – 30
y = 3x – 30 + 10
y = 3x - 20
2x = 3x – 20 ⇒ 20 = x ou x = 20 .
Daí, y = 2.20 = 40 ⇒ y = 40
Visualizando o Problema
Aprendemos no capítulo 2 que o plano cartesiano é usado em problemas que
envolvem no máximo duas grandezas.
Nele, essas grandezas podem ser interpretadas como duas variáveis, x e y, cada qual
sendo representada em um dos eixos. O que fazemos, em cada problema, então, é representar
graficamente as relações existentes entre x e y, para daí procurar no gráfico a solução que o
problema pede.
31
Capítulo III
y = 2x
y = 3x - 20
O gráfico de y = 2x é uma reta. Nela estão contidos pontos (x, y) como os encontrados
por esta tabela, e que estão assinalados no gráfico:
x y = 2x
0 0
5 10
10 20
14 28
Repare que no gráfico foram contemplados todos os
infinitos pontos (x,y) de y = 2x e não apenas aqueles
encontrados na tabela.
Mas, esse mesmo x e esse mesmo y que satisfazem à primeira equação, também
devem satisfazer à segunda equação, afinal de contas eles representam a mesma coisa nas
duas equações, os valores da mercadoria nas duas mercearias.
Portanto, podemos concluir que o ponto (x, y), que representa o valor das incógnitas x
e y, deve também estar sobre y = 3x – 20.
Conclusão: o ponto (x, y) procurado deve estar sobre as duas retas. Logo, deve ser o
ponto de interseção delas! Veja no gráfico:
40
Solução:
(x,y) = (20,40) As retas do
gráfico, nesse exemplo,
30
y = 2x na realidade, são
semirretas, já que x e y
20
y = 3x - 20 representam preços,
que não podem ser
10 negativos. Portanto,
temos mais uma
x restrição para x em y =
10 20 3x – 20. Fazendo 3x –
20 ≥ 0 obtemos x ≥
-10 20/3.
32
Capítulo IV
3m
3m
Campo de futebol
Enfim, a cada largura x escolhida para a pista há uma área A(x) da região cercada. O
valor de A(x) é uma função de x. Procuremos a lei que expressa A(x) em função de x:
x
Campo de futebol
A(x) = (100 + 2x)(70 + 2x) = 7000 + 200x + 140x + 4x² = 4x² + 340x + 7000
33
Capítulo IV
Exemplo
−b± b2−4ac
x=
2a
34
Capítulo IV
Exemplo 1
y x=3
8
1
x
-1 1 2 3 4 5
-1
-2
Então,
x=2
Temos que a = 4, b = -4 e c = 1
Então,
Exemplo 2
35
Capítulo IV
Quando a>0, a parábola tem concavidade voltada para cima e um ponto de mínimo V;
quando a<0, a parábola tem concavidade voltada para baixo e um ponto de máximo V. Em
b
qualquer caso, as coordenadas de V são x v , y v ou − ,− .
2a 4a
y y
V
-(b²-4ac)/4a
a>0
0 -b/2a x
a<0
-b/2a
0 x
-(b²-4ac)/4a
V
Exemplo 1
Como a = 1>0, essa parábola tem ponto de mínimo. O valor de mínimo é a ordenada
yv do vértice.
Devemos ter:
− 64−4 2m1 3
yv = -12 ⇒ = -12 ⇒ = 12 ⇒ m =
4a 4 2
36
Capítulo IV
Exemplo 2
Vamos determinar:
b) o alcance do disparo. V
0 x
a) Como a = -3 <0, a
parábola tem um ponto de máximo V cujas coordenadas são (xv; yv). Temos:
−b −60 − −3600
x v= = =10 ; y v = = =300 .
2a −6 4a −12
Assim, a altura máxima atingida pela bala é 300 m após ter percorrido 10 m.
37
Capítulo V
Otávio e Rose formam um casal muito diferente: em suas famílias as pessoas vivem
bastante tempo. Vamos calcular quantos bisavôs e bisavós tem conjuntamente Otávio e Rose?
pais 2 + 2 = 4 = 2²
avôs/avós 4 + 4 = 8 = 2³
bisavôs/bisavós 8 + 8 = 16 = 24
Podemos observar que, a cada passo dado para uma geração anterior, o número de
ascendentes dobra. Se calculássemos o número de ascendentes de quinta geração
(trisavôs/trisavós) de Otávio e Rose, encontraríamos:
6 + 16 = 32 = 25
Enfim, para cada geração x que se escolha há um número f(x) de ascendentes. O valor
de f(x), portanto, é uma função de x, e a lei que expressa f(x) em função de x é f(x) = 2x, que é
um caso particular de função exponencial.
38
Capítulo V
Representação Gráfica
Vamos construir os gráficos de algumas funções exponenciais e observar algumas
propriedades.
Exemplo
x y = 2x
1
-3 8
1
-2 4
1
-1 2
0 1
1 2
2 4
3 8
y
8
y = 2^x
7
1
x
-3 -2 -1 1 2 3
-1
x y= 1
2
-3 8
-2 4
-1 2
39
Capítulo V
0 1
1
1 2
1
2 4
1
3 8
7
y = (1/2)^x
6
1
x
-3 -2 -1 1 2 3
-1
Propriedades
• Na função exponencial y = a x, temos: x = 0 ⇒ y = a0 = 1, ou seja, o par ordenado
(0,1) satisfaz a lei y = ax para todo a (a>0 e a ≠ 1).
Isso quer dizer que o gráfico de qualquer função exponencial corta o eixo dos y no
ponto de ordenada 1.
se x 1x 2 então a x a x
1 2
São crescentes, por exemplo, as funções exponenciais f(x) = 2 x, f(x) = 3x, f(x) = ,
3
2
f(x) = (1,2)x.
40
Capítulo V
x1 x2
se x 1x 2 então a a
x x
= , f(x) = (0,1) .
2
3
x
se a x =a x então x 1= x 2
1 2
• Para todo a>0 e todo x real, temos ax>0; portanto, o gráfico da função y = a x está
sempre acima do eixo dos x.
Equação Exponencial
Uma equação exponencial é aquela que apresenta a incógnita no expoente de pelo
menos uma potência.
Exemplo:
x
a) 2 = 16
x
b) = 81
1
27
c) 4x – 2x = 12 d) 53x-2 = 125
e)
1
2
= 32
1 x
f) 2 =64 g) 22x+1 . 43X+1 = 8x-1
h) 9x+1 – 4 . 3x –
69= 0
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Capítulo V
1. 2x = 16 ⇒ 2x = 24 ⇒ x = 4 ⇒ S = {4}
x x
2.
1
27
1
= 81 ⇒ 3
3
= 34 ⇒ (3-3)x = 34 ⇒ 3-3x = 34 ⇒ -3x = 4 ⇒ x = 3
−4
⇒S= {−43 }
x 2
3. 4x – 2x = 12 ⇒ 22 - 2x = 12 ⇒ 2 x - 2x -12 = 0, fazendo 2x = y temos y² – y – 12 = 0 ⇒
y = 4 ou y = -3.
Para 2x = 4 temos 2x = 2² ⇒ x = 2.
5. = ⇒ = ⇒ x = 5 ⇒ S = {5}
1
2
1
32
1
2x
1
25
x x
x 1
6. 2 =64 ⇒ 2 2 =2 6 ⇒ 2 =6 ⇒ x = 12 ⇒ S = {12}
3x1 x−1
7. 22x+1. 43X+1 = 8x-1 ⇒ 22x+1. 2 2 = 23 ⇒ 22x+1. 26X+2 = 23x-3 ⇒ 28x+3 = 23x-3 ⇒ 8x + 3 =
6 6
3x – 3 ⇒ x=− 5 ⇒ S = − 5 { }
8. 9x+1 – 4 . 3x – 69 = 0 ⇒ 9 . 9x – 4 . 3x – 69 = 0
Chamando 3x de y, vem:
23
9y² – 4y – 69 = 0 ⇒ y = 3 ou y=− 9
3x = 3 ⇒ 3x =3¹ ⇒ x = 1
ou
23
3x = − 9 ⇒ não existe x ∈ ℝ que satisfaça a equação ⇒ S = {1}
42
Questões
43
Questões
_______________________________________________________________________________
_______________________________________________________________________________
_______________________________________________________________________________
(ENEM 2008) A figura abaixo representa o boleto de cobrança da mensalidade de uma escola,
referente ao mês de junho de 2008.
Se M(x) é o valor, em reais, da mensalidade a ser paga, em que x é o número de dias em atraso, então:
A) M(x) = 500 + 0,4x
B) M(x) = 500 + 10x
C) M(x) = 510 + 0,4x
D) M(x) = 510 + 40x
E) M(x) = 500 + 10,4x
(ENEM 2009) Um experimento consiste em colocar certa quantidade de bolas de vidro
idênticas em um copo com água até certo nível e medir o nível da água, conforme ilustrado na
figura a seguir. Como resultado do experimento, concluiu-se que o nível da água é função do
número de bolas de vidro que são colocadas dentro do copo.
O quadro a seguir mostra alguns resultados do experimento realizado:
44
Questões
A) y = 30x
B) y = 25x + 20,2
C) y = 1,27x
D) y = 0,7x
E) y = 0,07x + 6
(ENEM 2009) Uma pousada oferece pacotes promocionais para atrair casais a se hospedarem
por até oito dias. A hospedagem seria em apartamento de luxo e, nos três primeiros dias, a
diária custaria R$ 150,00, preço da diária fora da promoção. Nos três dias seguintes, seria
aplicada uma redução no valor da diária, cuja taxa média de variação, a cada dia, seria de R$
20,00. Nos dois dias restantes, seria mantido o preço do sexto dia. Nessas condições, um modelo para
a promoção idealizada é apresentado no gráfico ao lado, no qual o valor da diária é função do tempo
medido em número de dias.
De acordo com os dados e com o modelo,
comparando o preço que um casal pagaria pela
hospedagem por sete dias fora da promoção, um
casal que adquirir o pacote promocional por oito
dias fará uma economia de:
A) R$ 90,00
B) R$ 110,00
C) R$ 130,00
D) R$ 150,00
E) R$ 170,00
(ENEM 2009) Um grupo de 50 pessoas fez um orçamento inicial para organizar uma festa,
que seria dividido entre elas em cotas iguais. Verificou-se ao final que, para arcar com todas
as despesas, faltavam R$ 510,00, e que 5 novas pessoas haviam ingressado no grupo. No
acerto foi decidido que a despesa total seria dividida em partes iguais pelas 55 pessoas.
Quem não havia ainda contribuído pagaria a sua parte, e cada uma das 50 pessoas do grupo inicial
deveria contribuir com mais R$ 7,00.
De acordo com essas informações, qual foi o valor da cota calculada no acerto final para cada uma das
55 pessoas?
A) R$ 14,00
B) R$ 17,00
C) R$ 22,00
D) R$ 32,00
E) R$ 57,00
(ENEM 2005) O gás natural veicular (GNV) pode substituir a gasolina ou álcool nos veículos
automotores. Nas grandes cidades, essa possibilidade tem sido explorada, principalmente,
pelos táxis, que recuperam em um tempo relativamente curto o investimento feito com a
conversão por meio da economia proporcionada pelo uso do gás natural. Atualmente, a
conversão para gás natural do motor de um automóvel que utiliza a gasolina custa R$ 3.000,00. Um litro
de gasolina permite percorrer cerca de 10 km e custa R$ 2,20, enquanto um metro cúbico de GNV
permite percorrer cerca de 12 km e custa R$ 1,10. Desse modo, um taxista que percorra 6.000 km por
mês recupera o investimento da conversão em aproximadamente:
A) 2 meses
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Questões
B) 4 meses
C) 6 meses
D) 8 meses
E) 10 meses
(ENEM 2000) Uma companhia de seguros levantou dados sobre os carros de determinada
cidade e constatou que são roubados, em média, 150 carros por ano. O número de carros
roubados da marca X é o dobro do número de carros roubados da marca Y, e as marcas X e Y
juntas respondem por cerca de 60% dos carros roubados.
O número esperado de carros roubados da marca Y é:
A) 20
B) 30
C) 40
D) 50
E) 60
(ENEM 2009) Um posto de combustível vende 10.000 litros de álcool por dia a R$ 1,50 cada
litro. Seu proprietário percebeu que, para cada centavo de desconto que concedia por litro,
eram vendidos 100 litros a mais por dia. Por exemplo, no dia em que o preço do álcool foi R$
1,48, foram vendidos 10.200 litros.
Considerando x o valor, em centavos, do desconto dado no preço de cada litro, e V o valor, em R$,
arrecadado por dia com a venda do álcool, então a expressão que relaciona V e x é
A) V = 10.000 + 50x – x²
B) V = 10.000 + 50x + x²
C) V = 15.000 – 50x – x²
D) V = 15.000 + 50x – x²
E) V = 15.000 – 50x + x²
(ENEM 2009) A população mundial está ficando mais velha, os índices de natalidade
diminuíram e a expectativa de vida aumentou. No gráfico seguinte, são apresentados dados
obtidos por pesquisa realizada pela Organização das Nações Unidas (ONU), a respeito da
quantidade de pessoas com 60 anos ou mais em todo o mundo. Os números da coluna da
direita representam as faixas percentuais. Por exemplo, em 1950 havia 95 milhões de pessoas com 60
anos ou mais nos países desenvolvidos, número entre 10% e 15% da população total nos países
desenvolvidos.
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Questões
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