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Bem-aventurados os que
observam a justiça...
(Salmos 106:3)
GE nº 0008604-94.2010.8.08.0035
Termos em que,
Pede e espera deferimento.
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Rua José Alexandre Buaiz, nº 300 Vitória/ES (27) 99778-6930 / 3224-4950
Salas 1215/1216, Ed. Work Center Enseada do Suá marceloserafim.adv@gmail.com
SERAFIM - ASSESSORIA & CONSULTORIA JURÍDICA
MARCELO SERAFIM DE SOUZA - OAB/ES 18.472
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RAZÕES DO AGRAVO EM EXECUÇÃO
DOS FATOS.
Ab initio, quadra registrar que, o agravante se insurge contra a r. decisão de fls. 44 e 44 verso,
do PUP, que determinou a unificação de sua pena, de forma não criteriosa, o que causou assaz
insegurança jurídica no jurisdicionado.
PRELIMINARMENTE
Da tempestividade
O art. 197 da Lei 7.210/1984, a Lei de Execuções Penais, prevê a interposição do agravo, como
sendo o recurso próprio a atacar as decisões proferidas em sede de execução penal.
Ocorre que o legislador foi omisso quanto ao prazo para interposição do recurso em referência,
portanto, não há se falar em tempestividade ou intempestividade do recurso in examine.
DO DIREITO
A unificação de penas de modo coeso é direito do apenado, para que sua pena não fuja dos
limites e parâmetros impostos pela legislação de regência e pelos princípios que supedaneiam a
matéria em causa.
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Quando ocorre uma unificação de forma a não observar os princípios que regem a matéria em
causa, bem como a legislação em que se fulcra a matéria em testilha, tem-se um retrocesso, ao
impor sobre o reeducando uma gravosidade, fugindo da pena o caráter pedagógico.
Pela decisão combatida, verifica-se que o reeducando teve sua pena, sem critérios pelo juízo a
quo aumentada, em uma unificação de penas que não observou aos ditames legais, nem
tampouco aos princípios que regem a matéria em causa.
Verifica-se que o reeducando foi extremamente prejudicado com referida unificação, eis que
sua data de saída do regime semi-aberto para o aberto, quando da prolação da sentença
guerreada, dar-se-á 10 (dez) anos após. O reeducando aguardava progredir para o regime aberto
em 2019, após a unificação, progredirá para o regime aberto em 2029, ou seja, 10 (dez) anos
após, em uma conta que não fecha, não bate.
Ora Nobre Julgador, imperioso que o Juiz das Execuções demonstre de forma inequívoca, a
aritmética que utilizou para se chegar em novo quantum de pena restante a ser cumprida pelo
reeducando, sob pena de prolatar decisão dissonante com o direito.
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Ademais, qualquer ESTUDANTE de graduação do curso de Direito, por mais neófito que seja já
tem conhecimento de que QUALQUER VIOLAÇÃO AOS PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS, BEM
COMO LEGISLAÇÃO DE REGÊNCIA, na prolação de uma decisão judicial maculará qualquer
procedimento do vício INSANÁVEL da NULIDADE ABSOLUTA.
DOS PEDIDOS
Diante o exposto, pede-se o conhecimento e provimento do presente recurso, bem como a
anulação da decisão recorrida, pelos motivos supra expendidos, retornando a situação
processual do reeducando ao status quo ante como medida salutar de direito. É o que desde já
se requer.
Termos em que,
Pede e espera deferimento.
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MARCELO SERAFIM DE SOUZA
ADVOGADO - OAB/ES 18.472
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