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SERAFIM - ASSESSORIA & CONSULTORIA JURÍDICA

MARCELO SERAFIM DE SOUZA - OAB/ES 18.472


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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZA DE DIREITO 8ª VARA CRIMINAL - PRIVATIVA DA
EXECUÇÃO PENAL - DA COMARCA DE VILA VELHA/ES

Bem-aventurados os que
observam a justiça...
(Salmos 106:3)

GE nº 0008604-94.2010.8.08.0035

MÁRCIO DA CONCEIÇÃO, já devidamente qualificado nos autos da Guia de Execução, processo


em epígrafe, por seu advogado signatário, com escritório descrito no rodapé da página, onde
recebe as intimações e notificações de praxe, vêm com todo o acato e respeito à honrada
presença de Vossa Excelência, interpor tempestivamente o presente AGRAVO EM
EXECUÇÃO, com fundamento no artigo 197 da Lei de Execuções Penais.

Requer a realização do juízo de retratação e, em sendo mantida a decisão atacada, seja o


presente recurso encaminhado a superior instância para o devido processamento e julgamento.

Termos em que,
Pede e espera deferimento.

Vitória/ ES, 12 de junho de 2018.


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MARCELO SERAFIM DE SOUZA
ADVOGADO - OAB/ES 18.472

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Rua José Alexandre Buaiz, nº 300 Vitória/ES (27) 99778-6930 / 3224-4950
Salas 1215/1216, Ed. Work Center Enseada do Suá marceloserafim.adv@gmail.com
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RAZÕES DO AGRAVO EM EXECUÇÃO

Agravante: MÁRCIO DA CONCEIÇÃO


Agravado: Ministério Público do Estado do Espírito Santo

Egrégio Tribunal de Justiça do Estado do Espírito Santo


Colenda Câmara
Nobres Julgadores

DOS FATOS.
Ab initio, quadra registrar que, o agravante se insurge contra a r. decisão de fls. 44 e 44 verso,
do PUP, que determinou a unificação de sua pena, de forma não criteriosa, o que causou assaz
insegurança jurídica no jurisdicionado.

PRELIMINARMENTE
Da tempestividade
O art. 197 da Lei 7.210/1984, a Lei de Execuções Penais, prevê a interposição do agravo, como
sendo o recurso próprio a atacar as decisões proferidas em sede de execução penal.

Ocorre que o legislador foi omisso quanto ao prazo para interposição do recurso em referência,
portanto, não há se falar em tempestividade ou intempestividade do recurso in examine.

DO DIREITO
A unificação de penas de modo coeso é direito do apenado, para que sua pena não fuja dos
limites e parâmetros impostos pela legislação de regência e pelos princípios que supedaneiam a
matéria em causa.
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Quando ocorre uma unificação de forma a não observar os princípios que regem a matéria em
causa, bem como a legislação em que se fulcra a matéria em testilha, tem-se um retrocesso, ao
impor sobre o reeducando uma gravosidade, fugindo da pena o caráter pedagógico.

Pela decisão combatida, verifica-se que o reeducando teve sua pena, sem critérios pelo juízo a
quo aumentada, em uma unificação de penas que não observou aos ditames legais, nem
tampouco aos princípios que regem a matéria em causa.

Verifica-se que o reeducando foi extremamente prejudicado com referida unificação, eis que
sua data de saída do regime semi-aberto para o aberto, quando da prolação da sentença
guerreada, dar-se-á 10 (dez) anos após. O reeducando aguardava progredir para o regime aberto
em 2019, após a unificação, progredirá para o regime aberto em 2029, ou seja, 10 (dez) anos
após, em uma conta que não fecha, não bate.

Guilherme de Souza Nucci, em sua obra, Princípios Constitucionais Processuais e Enfoques


Penais, pg. 307, citando Antônio Magalhaes Gomes Filho, leciona:
A obrigação de apresentar as razões da decisão representa, no mínimo,
um forte estimulo à efetiva imparcialidade e ao exercício independente
da função judiciária, impedindo escolhas subjetivas ou que possam
constituir o resultado de eventuais pressões externas. Ao revés, pode
também a motivação servir como ponto de partida para a descoberta de
eventuais motivos espúrios ou subjetivos, que tenham influenciado as
escolhas adotadas, evidenciando o verdadeiro caminho mental seguido
para solução das diversas questões debatidas; trata – se então de utilizar
a motivação como fonte de indícios, como menciona TARUFFO, no caso
para identificar uma possível conduta parcial ou a sujeição, no caso para
identificar uma possível conduta parcial ou a sujeição do juiz a pressões
externas”. (grifos nossos)
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Nessa esteira, também o entendimento do Supremo Tribunal Federal.
COMPETÊNCIA - HABEAS-CORPUS - ATO DE TRIBUNAL DE ALÇADA
CRIMINAL. Na dicção da ilustrada maioria, entendimento em relação ao
qual guardo reservas, compete ao Supremo Tribunal Federal julgar todo
e qualquer habeas-corpus dirigido contra ato de tribunal ainda que não
possua a qualificação de superior. Convicção pessoal colocada em
segundo plano, em face de atuação em órgão fracionário. PRESTAÇÃO
JURISDICIONAL - COMPLETUDE - FUNDAMENTAÇÃO. A prestação
jurisdicional há de ser formalizada da maneira mais completa possível,
atentando o órgão julgador para a norma imperativa do inciso IX do
artigo 93 da Constituição Federal, no que direciona à necessidade de
lançar-se os fundamentos da decisão. INSTÂNCIA - SUPRESSÃO. Implica
supressão de instância adentrar-se campo estranho à decisão do Juízo.
Isso ocorre quando este impõe a regressão do preso ao regime fechado
sem ouvi-lo, como estabelecido no artigo 118, § 2º, da Lei de Execução
Penal, e, diante de recurso da defesa, admite-se o vício, mas, em passo
seguinte, determina-se, no campo da cautelar, a sustação do regime
semi-aberto e da remição. PROCESSO PENAL - PODER DE CAUTELA
GERAL - MEDIDA PREVENTIVA - LIBERDADE - SILÊNCIO DA LEI. No campo
do processo penal, descabe cogitar, em detrimento da liberdade, do
poder de cautela geral do órgão judicante. As medidas preventivas hão
de estar previstas de forma explícita em preceito legal. (STF. 2ª Turma.
HC 75662. Rel. Min. Marco Aurélio. Julgado em 03.03.1998). (grifamos)

Ora Nobre Julgador, imperioso que o Juiz das Execuções demonstre de forma inequívoca, a
aritmética que utilizou para se chegar em novo quantum de pena restante a ser cumprida pelo
reeducando, sob pena de prolatar decisão dissonante com o direito.

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Ademais, qualquer ESTUDANTE de graduação do curso de Direito, por mais neófito que seja já
tem conhecimento de que QUALQUER VIOLAÇÃO AOS PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS, BEM
COMO LEGISLAÇÃO DE REGÊNCIA, na prolação de uma decisão judicial maculará qualquer
procedimento do vício INSANÁVEL da NULIDADE ABSOLUTA.

Desta forma Excelentíssimos Desembargadores, clarividente que a referida decisão, está


dissonante com todo imperativo de justiça, tanto normatizada, como principiológica.

DOS PEDIDOS
Diante o exposto, pede-se o conhecimento e provimento do presente recurso, bem como a
anulação da decisão recorrida, pelos motivos supra expendidos, retornando a situação
processual do reeducando ao status quo ante como medida salutar de direito. É o que desde já
se requer.

Termos em que,
Pede e espera deferimento.

Vitória/ ES, 12 de junho de 2018.

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MARCELO SERAFIM DE SOUZA
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