Vous êtes sur la page 1sur 3

1 de 3

Regulação: por conceito, é o conjunto de técnicas e formalidades que objetivam dar Monopólio Natural
estabilidade a determinado setor ou segmento. No caso de concessões de Se um determinado bem pode ser fornecido por uma única empresa para um
distribuição de energia elétrica, deve promover um ambiente seguro e confiável que mercado a menores custos que duas ou mais empresas, diz-se que este setor
estimule os investimentos, o contínuo aumento da produtividade das empresas, o apresenta características de monopólio natural. Como é a única opção ao
aprimoramento dos serviços e a modicidade tarifária1 à população atendida por consumidor, deve haver garantia de tarifa módica.
estes serviços.
Direitos e Deveres da União: são bens da união os potenciais de energia Tipos de Regulação
hidráulica. É assegurada ao estado participação no resultado da exploração recursos A regulação técnica, por exemplo, define padrões de qualidade, perdas,
hídricos para fins de geração de energia elétrica. Compete à União explorar, continuidade, etc.
diretamente ou mediante autorização, concessão ou permissão os serviços e A regulação comercial define padrões de atendimento, prazos de ligação e regras
instalações de energia elétrica e o aproveitamento energético dos cursos de água, de expansão do serviço.
em articulação com os Estados onde se situam os potenciais hidroenergéticos. Do A regulação social intervém na provisão dos bens públicos e na proteção do
setor definido como “utilidades públicas” resta, portanto, ao Governo Federal, a interesse público, define padrões para saúde, segurança e meio ambiente e os
obrigação pelos serviços de energia elétrica. mecanismos de oferta desses bens.
A regulação administrativa define os procedimentos administrativos e burocráticos
Operating Expense, ou OPEX. adotados pelo Poder Público em sua relação com os administrados.
Capital Expenditure, ou CAPEX
A distribuição e a transmissão são consideradas monopólios naturais e sofrem forte
A regulação econômica deve balizar-se nas seguintes premissas: regulamentação. A geração e a comercialização livre são consideradas ambientes
Independência (administrativa e financeiramente); competitivos, sofrendo uma regulamentação mais branda.
Transparência (pública e de fácil acesso);
Publicidade (consultas e audiências públicas); Relação CAPEX e OPEX
Tecnicidade (decisões suportadas por NT’s); A concessionária deve observar a qualidade do investimento e a relação que o
Rapidez (celeridade nas decisões); CAPEX representa no OPEX da empresa é fundamental. Afinal, se o CAPEX é
Objetividade (inteligível a todos os interessados); totalmente remunerado e o OPEX é remunerado por um valor fixo, é lógica a
Estabilidade (segurança jurídica). necessidade das distribuidoras de observarem quais os ativos que, quando
aplicados na rede, representarão uma redução de despesas operacionais.
Criação de Agentes reguladores:
Foram criadas diferentes Agências para assumir o papel de regulador, com Tarifas
autonomia administrativa e financeira para dar estabilidade a determinado setor. O As concessionárias são remuneradas através de tarifas de fornecimento e de uso do
Estado, uma vez que concedeu um serviço público essencial, deve manter a sistema de distribuição. As tarifas de fornecimento são compostas com base nos
estabilidade das regras deste setor, pois seus interesses são diferentes do interesse preços e quantidades de energia elétrica, acrescidos de encargos e tributos.
específico do serviço concedido.
Reajuste Tarifário
Os Três Grandes Interessados num serviço Público concedido: Os reajustes tarifários ocorrem anualmente e têm por objetivo atualizar os custos
- O Concedente que possui a responsabilidade constitucional por aquele serviço; não gerenciáveis, conforme a necessidade, e os custos gerenciáveis por índices
- O concessionário que espera um retorno adequado frente aos recursos que inflacionários. É importante para garantir o equilíbrio econômico-financeiro entre
investiu; ciclos de revisão tarifária. O reajuste tarifário também levará em consideração as
- O consumidor que espera ser bem atendido pagando um preço justo. Perdas da Concessionária (para definição do montante de Energia Requerida).
Portanto, os Agentes reguladores equilibram a relação de interesses acima de forma
independente, técnica e consistente. Revisão Tarifária Periódica
A cada quatro anos (podendo ser cinco ou três) as concessionárias de distribuição
passam pelo processo de Revisão Tarifária Periódica, no qual a ANEEL aprova sua
Base de Remuneração, ou seja, aprova o conjunto de equipamentos necessários
para atingir o padrão de qualidade desejável, valorando-o por meio de preços de
reposição do mercado.
A Base de Remuneração, de onde derivam Remuneração do Capital, Quota de
Reintegração e parte dos Custos Operacionais por meio da Base de Anuidade
Regulatória, é uma componente da parcela B (custos gerenciáveis).

Cost-Plus ou Rate of Return


Determina-se a tarifa que pode ser cobrada pela Concessionária de forma a obter
uma taxa de retorno pré-definida, além de seus custos que são integralmente
reconhecidos na tarifa. Este modelo desestimula a eficiência, já que remunera o
Universalização, segurança e Modicidade Tarifária: investidor conforme seus gastos, independente de quais sejam e de quanto tenham
Tolmasquim disse que os pilares do Modelo Institucional do setor elétrico devem ser custado.
universalização, segurança e modicidade tarifária. Esta última se refere a um preço
justo que o consumidor merece pagar. Não é preço baixo, pois tarifas Price-Cap
subdimensionadas podem comprometer a estabilidade econômico-financeira da Utiliza dados de todas as Concessionárias que, quando proporcionalizados por
concessão. Já tarifas superdimensionadas remuneram indevidamente a determinados parâmetros (como quantidade de unidades consumidoras, tamanho de
concessionária, onerando o consumidor de forma injusta. mercado, quilômetros de redes etc.), calcula um nível “médio” de Custos
Operacionais para cada Concessionária do modelo.
Características da Política Tarifária:
- A tarifa do serviço público concedido será fixada pelo preço da proposta vencedora Nível Tarifário ou Receita Requerida
da licitação, sendo revisada por regras constantes na lei, no edital e no contrato; O nível tarifário da distribuidora é o valor necessário para manter sua estabilidade
- Visando manter o equilíbrio econômico-financeiro, os contratos poderão prever econômico-financeira. É divido em parcela A (custos não gerenciáveis) e parcela B
mecanismos de revisão das tarifas; (custos gerenciáveis). Ainda do montante deve-se subtrair “outras receitas” e somar
- Após a apresentação da proposta, exceto os impostos sobre a renda, a alteração os componentes financeiros, apurados de forma separada.
ou extinção de qualquer tributo ou encargo, quando comprovado seu impacto,
implicará na revisão da tarifa. PARCELA A
- Havendo alteração unilateral do contrato que afete o seu inicial equilíbrio Custos não gerenciáveis, é composta por custos de geração, transmissão e
econômico-financeiro, o poder concedente deverá restabelecê-lo, encargos de energia:
concomitantemente à alteração.
2 de 3

- Compra de Energia Elétrica para revenda (contratos de leilões e bilaterais e


energia de Itaipu);
- Encargos Setoriais;
- Custo com transporte de Energia (Uso das instalações de Trans., de Dis., de
Conexão e transporte de Energia vinda de Itaipu).

PARCELA B (OPEX)
Os custos operacionais (despesas com operação e manutenção e despesas de
capital) representam importante oportunidade para a distribuidora aumentar sua
margem operacional, já que estes custos são remunerados por um valor teto. Se a
concessionária mantiver seu OPEX abaixo do valor fixo, aumentará sua parcela de
lucro.

PARCELA B (CAPEX)
É de fundamental importância que a Base de Remuneração aprovada reflita
corretamente a realidade dos investimentos, uma vez que esta será o ponto de
partida do cálculo da remuneração que a distribuidora terá sobre seus ativos.

Portanto a PARCELA B é composta por:


- Custos Operacionais;
- Cota de Depreciação;
- Remuneração do Investimento;

Reintegração Regulatória
A parcela em moeda que a concessionária receberá para substituir os ativos A aplicação das tarifas TUSD e TE por Grupo Consumidor e por modalidade tarifária
atualmente em serviço quando atingirem sua vida útil máxima. resulta nos valores a serem aplicados pela Concessionária após o processo de
Revisão Tarifária. São chamadas de “Tarifa de Aplicação”, e podemos definir “Nível
ESTRUTURA TARIFÁRIA Tarifário” como o produto destas tarifas pelo mercado de cada Classe de Consumo
É a forma como os diversos tipos de consumidores de energia elétrica pagam pelo (A1, A2, etc.).
seu uso. É o rateio de todos os custos incorridos pela distribuidora para levar a
energia a seus consumidores. Uma boa estrutura tarifária é aquela que atribui a O Custo Marginal de Capacidade, CMC, corresponde à responsabilidade do
cada consumidor uma tarifa que reflita os custos que este consumidor impute ao consumidor-tipo nos custos de expansão do sistema. Em outras palavras, é o
sistema elétrico como um todo. seu Custo Marginal na expansão de todos os elementos a montante do seu
ponto de conexão. A metodologia vigente prevê o cálculo dos CMC para
Tipos de Tarifa cada tipo de consumidor para os postos tarifários ponta e fora ponta.
Existem duas tarifas a ser consideradas, Tarifa de Uso do Sistema de Distribuição e
Tarifa de Energia.
TUSD
Valor em R$/MWh utilizado para efetuar o faturamento mensal de usuários do
sistema de distribuição pelo uso do sistema.
TUSD TRANSPORTE
- TUSD FIO A: formada por custos regulatórios pelo uso de ativos de propriedade de
terceiros.
- TUSD FIO B: formada por custos regulatórios pelo uso de ativos de propriedade da
própria distribuidora.
TUSD PERDAS
Parcela da TUSD que recupera os custos regulatórios com: perdas técnicas, não
técnicas e da Rede Básica. -Custo Marginal de Expansão :É calculado por meio da metodologia dos “Custos
TUSD ENCARGOS Médios” por nível de tensão. É obtido por módulos de equipamentos/obras,
Parcela da TUSD que recupera os custos dos encargos setoriais. considerando a razão entre o custo total e o carregamento médio dos módulos, com
TARIFA DE ENERGIA base no sistema de distribuição existente. O custo total é obtido pelo produto
Valor monetário determinado pela ANEEL, em R$/MWh, utilizado para efetuar o dos custos unitários e a quantidade total de módulos.
faturamento mensal referente ao consumo de energia dos seguintes contratos: -Proporção de Fluxo de Potência :A Proporção de Fluxo de Potência representa a
CCER, Contratos de fornecimento do grupo A e B, Contratos de suprimento parcela de utilização do sistema a montante para o atendimento da demanda do
celebrados por concessionárias ou permissionárias pequenas. agrupamento em consideração, resultado de fluxos de potência diretos e indiretos.
TE ENERGIA Esse fator é obtido do diagrama unifilar simplificado de fluxo de potência, que
É a parcela da TE que recupera os custos pela compra de energia elétrica para por sua vez reflete a condição de carga máxima do ano analisado na
revenda ao consumidor, incluindo os custos com energia comprada de Itaipu e de Campanha de Medida. Os valores são calculados por sua Potência Ativa (MW).
geração própria. -Fator de Perdas de Potência :É a taxa média de perda de potência acumulada
TE ENCARGOS desde o ponto de conexão de um consumidor tipo k até a origem do nível k0 em
É a parcela da TE que recupera os custos dos encargos setoriais. consideração. Esta taxa considera a demanda do consumidor como vista da
TE TRANSPORTE origem do nível de referência, ou seja, acrescida das perdas. Assim, o cálculo
É a parcela da TE que recupera os custos de transmissão relacionados a: transporte do FPP é uma composição das taxas médias de perdas dos diversos
de Itaipu, Rede Básica de Itaipu e Rede Básica associada aos contratos iniciais. segmentos do sistema de distribuição, redes de distribuição, transformações,
TE PERDAS ramais de ligação e medidores. Por considerar apenas perdas técnicas, deve-
É a parcela da TE que recupera os custos com perdas de Rede Básica devido ao se observar o Módulo 7 dos Procedimentos de Distribuição de Energia Elétrica no
mercado de referência de energia. Sistema Elétrico Nacional – PRODIST.
-Responsabilidade de Potência: Introduz a sinalização horária no cálculo do
custo marginal de capacidade do consumidor-tipo.
Indica a participação, por posto tarifário, de determinado consumidor-tipo na
formação das demandas de ponta das redes que atendem o nível de tensão de
conexão do consumidor-tipo, bem como os níveis de tensão a montante. A
Responsabilidade de Potência é obtida por meio das tipologias de cargas, redes e
injeções, do fator de perdas de potência e do fator de coincidência dos
consumidores-tipos nas pontas das redes-tipos.
3 de 3

Vous aimerez peut-être aussi