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DE DESENHO
CURSO DE EDIFICAÇÕES
DESENHO BÁSICO
1
Os formatos das folhas recomendadas para desenho são os da série A normatizados pela ABNT
(Associação Brasileira de Normas Técnicas). Do formato básico, designado por A0 (A zero),
deriva-se a série A, através de bipartição. As margens, que limitam o espaço para o desenho,
também seguem normas da ABNT.
A0
A2
A1
A4
A3
De acordo com as normas estabelecidas pela ABNT, é necessário o dobramento das folhas de
desenho até o formato final ser o A4.
Damos como exemplo o dobramento do formato A3. Observe que a legenda (que contém a
identificação do desenho – nome da empresa, número de registro, título, autor do desenho,
etc.) deve ficar sempre na parte externa ao final do dobramento e a margem esquerda deverá
ser totalmente visível, pois nela é feita a furação para o arquivamento.
420
25 Folha A3 Dobrada
7
A3
297
Margem
Margem Legenda Legenda
Legenda
CALIGRAFIA TÉCNICA
As letras e algarismos são utilizados somente as maiúsculas, não inclinadas. Com tamanho de
3 mm para o texto e cotas e 5 mm para títulos.
Linhas de guia
5
ABCDEFGHIJLMNOPQR
STUVXWYZ 1234567890
3
ABCDEFGHIJLMNOPQR 3
STUVXWYZ 1234567890
2
Esquadro móvel
(deslizar apoiado no
esquadro fixo até o ponto)
r r r
A A A
Esquadro fixo
Reta desejada
r r
Esquadro fixo
Esquadro móvel
(deslizar apoiado no
esquadro fixo até o ponto)
r r
A A
Reta desejada
Esquadro fixo
Esquadro móvel
B r B r
Reta desejada
Esquadro fixo
Distância desejada
Girar o esquadro móvel Esquadro móvel
r r r
Reta auxiliar
(nela é marcada a
distância desejada)
Esquadro fixo Esquadro fixo
Esquadro móvel
(deslizar apoiado no Retas desejadas
esquadro fixo até o ponto)
r r r
Esquadro móvel
Esquadro móvel
Esquadro fixo Esquadro fixo
Esquadro fixo
ESCALAS NUMÉRICAS
A escala é uma relação entre as medidas do desenho e as medidas reais do objeto e podem
ser de três tipos:
o NATURAL: na forma 1/1, ou seja, as medidas do objeto são exatamente iguais às medidas
do desenho.
o DE REDUÇÃO: na forma 1/N, onde N é o fator de redução, ou seja, é o número de vezes que
devemos reduzir o objeto para que possa ser desenhado.
Para calcular as medidas de um desenho em escala de redução, basta dividir a medida real do
objeto pelo fator de redução.
Exemplo:
Exemplo:
Para determinar a escala utilizada em um determinado desenho, basta conhecer suas medidas
originais (cotas).
Exemplo:
Seja um quarto de 3 por 4 metros cujo desenho tem 12 por 16 cm. Qual a escala utilizada?
Aplicando a relação de redução o / N = d, teremos:
3 m / N = 0.12 m (atenção para usar as mesmas unidades de medida!!)
Então N = 25, logo a escala é de 1/25.
Não é necessário fazer o outro cálculo, mas apenas para confirmar:
4 m / N = 0.16 m, logo N = 25.
o De redução: 1/10, 1/20, 1/50, 1/100, 1/200, 1/500, 1/1000, 1/2000, 1/5000, 1/10000.
o De ampliação: 2/1, 5/1, 10/1, 20/1, 50/1.
ESCALÍMETRO
No escalímetro, todas as graduações são feitas utilizando como unidade de medida o metro.
Sendo assim, na escala 1/100 teremos 1metro reduzido 100 vezes, já na escala 1/50, teremos
1 metro reduzido 50 vezes.
1 metro 0.5 m
ESC. 1/100
ESC. 1/125
0 1 2 varia de 10 em 10 cm
0.1 m
1 metro
ESC. 1/50
ESC. 1/75
0 0.05 m 1
varia de 5 em 5 cm
0.1 m
0.5 m
1 metro
ESC. 1/20
ESC. 1/25
0 1 varia de 2 em 2 cm
0.02 m
0.1 m
0.5 m
O escalímetro pode ser usado para outras escalas além das indicadas por seus títulos. Por
exemplo, utilizando a escala 1/100, podemos obter a escala 1/10, basta considerarmos cada
unidade como 10 vezes menor. E, para 1/1, devemos considerar cada unidade (distância entre
0 e 1) como 100 vezes menor.
Considerando o esquema de graduação abaixo como a leitura do escalímetro no título de
1/100, teremos:
1/10
0 1 5 10
0,1 m
1/1
0 1 100
0,01 m
1/5
0 1 10
0,1 m
1/2
0 1 10
0,1 m
Linha auxiliar ou de extensão: estreita e contínua, limita as linhas de cota. A linha auxiliar
não pode encostar nas linhas de contorno do elemento do desenho que está sendo cotado, e
deve ultrapassar um pouco as linhas de cota (3 mm); são perpendiculares aos elementos do
desenho a que se referem.
Limites da Linha de cota: podem ser traços oblíquos com inclinação de 45° ou setas. Os
traços oblíquos são usados normalmente no desenho arquitetônico e devem ser executados
com 3 mm de extensão. No caso de setas, elas devem ser finas, abertas ou fechadas, e ter
ângulo de 15° (ou dimensões de aproximadamente 3 mm por 1 mm). São usadas geralmente
nas demais representações técnicas.
Cotas: são os números que representam as medidas da peça. São escritas centralizadas e
acima das linhas de cota quando na horizontal, ou centralizadas e à sua esquerda quando na
vertical. A altura dos algarismos deve ser de no mínimo 2,5 mm.
Linha auxiliar ou de
extensão
Linha de cota
OBSERVAÇÕES GERAIS:
o Cotas horizontais acima da linha de cota.
o Cotas verticais à esquerda da linha de cota.
o As cotas totais (comprimento, largura e altura) são obrigatórias.
o Os detalhes são cotados onde aparecem melhor (mais em destaque) e têm que ter 3
cotas (comprimento, largura e altura).
Os elementos da projeção:
o Triângulo (A) (B) (C): figura plana no espaço, a ser (A) (C)
projetada.
o (α): plano de projeção. (B)
o Triângulo ABC: projeção do triângulo (A)(B)(C)
obtida por retas projetantes perpendiculares ao
plano (a). A
C
(α ) B
A representação gráfica de um objeto é obtida através de projeção ortogonal sobre três planos
que formam 90º entre si.
R
IO
ER
SUP
T A VISTA SUPERIOR
VIS
OBS.: A vista lateral esquerda pode ser obtida, com compasso, descrevendo um giro de 90° a
partir da vista superior, ou por uma reta oblíqua de 45°.
OBS.: A distância entre as três vistas deverá ser sempre a mesma, não sendo aconselhável
distância menor que 20mm.
O desenho deverá ser distribuído pela folha, de forma que o enquadramento fique com melhor
aspecto.
Para ler e interpretar desenho técnico é necessário conhecer as linhas mais utilizadas na
representação de um objeto em vistas ortográficas.
DESENHO EM ESBOÇO
Uma forma muito usada de representação dos objetos é o desenho em esboço. É usado nas
fases de estudo e de desenvolvimento, assim como na de levantamento da situação real
(elemento construído).
O esboço deverá respeitar a proporção das medidas do objeto e ser executado em traço firme
e uniforme.
Para a representação de uma peça em esboço a partir de sua perspectiva cotada, deve-se
primeiramente considerar as dimensões totais de cada vista, marcando o seu contorno através
de linhas estreitas e claras, que possam ser eliminadas ao final do trabalho se for necessário.
É recomendado fixar uma unidade de medida como referência para que o esboço fique todo
proporcional.
20 20
25
15
15
10
6
Unidade de
40
medida
referencial
Caso a peça em perspectiva isométrica não esteja cotada, o esboço deverá respeitar a
proporção entre suas dimensões para fornecer uma idéia mais próxima da realidade.
DIMENSIONAMENTO E COTAGEM
Como vimos anteriormente, desenhos devem possuir todas as informações necessárias para a
sua fabricação ou produção. Toda a cotagem segue uma padronização a fim de facilitar seu
entendimento.
o Limites da Linha de cota: podem ser traços oblíquos e médios, com inclinação de 45° ou
setas. Os traços oblíquos são usados normalmente no desenho arquitetônico e devem ser
executados com 3 mm de extensão. No caso de setas, elas devem ser finas, abertas ou
fechadas, e ter ângulo de 15° (ou dimensões de aproximadamente 3 mm por 1 mm). São
usadas geralmente nas demais representações técnicas.
o Cotas: são os números que representam as medidas da peça. São escritas centralizadas e
acima das linhas de cota quando na horizontal, ou centralizadas e à sua esquerda quando
na vertical. A altura dos algarismos deve ser de no mínimo 2,5 mm.
OBSERVAÇÕES GERAIS:
Linha auxiliar ou de
extensão
Cota
Linha de cota
PERSPECTIVA ISOMÉTRICA
Perspectiva é o método de representação gráfica dos objetos da forma mais próxima a como
são vistos, ou seja, é uma representação tridimensional que fornece, através de um único
desenho, a forma da peça em estudo.
O objeto é representado de tal maneira que permite demonstrar três de suas faces
(geralmente frontal, lateral esquerda e superior), ligadas entre si, num só desenho, montadas
sobre três eixos, que servem de suporte às três dimensões (altura, largura e comprimento).
Na perspectiva isométrica, a posição no papel do eixo Z é vertical (eixo das alturas) e os eixos
X (eixo dos comprimentos) e Y (eixo das larguras) formam ângulo de 30° com a reta
horizontal.
Z Z
Y X Y X
30°
30°
30°
30°
Em perspectiva isométrica, as arestas não paralelas aos eixos, são denominadas de linhas
não isométricas. Para o traçado de arestas não isométricas deve-se considerar o sólido
envolvente como elemento auxiliar, marcando-se os pontos extremos das linhas não
isométricas e unido-os posteriormente.