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06/05/2019 Doença de Parkinson: como a neuropsicologia pode ajudar?

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GERAL

Doença de Parkinson: como a


neuropsicologia pode ajudar?

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Marketing Março 19, 2018 (Março 19, 2018)

Ao mencionarmos a Doença de Parkinson, com frequência a imagem que nos vem à


cabeça diz respeito aos tremores típicos da doença. Apesar dessa característica ser a
mais visível, os prejuízos cognitivos associados à demência muitas vezes não são tão
conhecidos ao público.

A doença de Parkinson é uma doença neurodegenerativa progressiva e seu diagnóstico


se baseia, como característica principal, na presença de parkinsonismo, quadro que pode
ser de nido por uma das quatro características de distúrbio motor: rigidez, instabilidade
postural, bradicinesia e tremor de repouso. Além dessas características, a assimetria
motora inicial, ou seja, o fato de os sintomas motores aparecerem inicialmente
predominantemente de um lado do corpo, também pode ajudar na de nição do
diagnóstico, bem como a resposta positiva inicial ao levodopa1.

Segundo um estudo de metanálise considerando pesquisas com participantes com idade


variável (de 40 a mais de 80 anos), a doença de Parkinson acomete, no geral, cerca de
0,3% dessa população (315 pessoas em 100.000).2 No entanto, a prevalência da doença
tem um importante aumento com a idade, acometendo cerca de 1% dos idosos a partir
de 70 anos, e com frequência de quase 2% em idosos acima de 8 anos.2 Por volta de 30%
daqueles acometidos pela doença de Parkinson apresentam demência, e dé cits
cognitivos podem ser veri cados mesmo em pacientes não demenciados.3 A partir da
caracterização neuropsicológica dos portadores de doença de Alzheimer, é possível a
identi cação de dé cits cognitivos e diagnóstico mais preciso de demência.

A demência na doença de Parkinson (DDP) é com frequência considerada uma demência


subcortical e os acometimentos cognitivos do Parkinson se enquadram àqueles
encontrados na sintomatologia de prejuízos subcorticais. Além dos prejuízos motores, os
domínios cognitivos mais afetados na DDP são a atenção e as funções executivas.4 Os
pacientes podem apresentar di culdades na regulação atencional, tendendo a se
dispersar mais, a ter pouca resistência à interferência e apresentar di culdade em

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estabelecer o foco atencional. Além disso, podem ter dé cits na memória operacional,
planejamento e tomada de decisão. Os dé cits na velocidade de processamento também
podem ser veri cados, e prejuízos de memória podem ocorrer, embora dé cits
mnemônicos sejam distintos daqueles observados em demências corticais. Pacientes
com DDP também podem apresentar dé cits visioespaciais e visuoconstrutivos
importantes, bem como alterações na praxia que vão além do parkinsonismo. Já a
linguagem geralmente está intacta, apesar de possível prejuízo na uência verbal.4,5

Os tratamentos para a doença de Parkinson são predominantemente farmacológicos, e


costumam envolver medicações associadas com as vias dopaminérgicas – centrais para a
doença e para os sintomas motores. O tratamento para os problemas cognitivos
decorrentes da doença, no entanto, costuma feito com medicações colinérgicos. Além do
tratamento medicamentoso, a reabilitação cognitiva e neuropsicológica pode auxiliar na
melhora dos sintomas cognitivos e da funcionalidade.5

A doença de Parkinson por si só acarreta prejuízos funcionais importantes em seus


portadores. Acompanhada por dé cits cognitivos ou demência, pode ser ainda mais
incapacitante. A neuropsicologia é capaz de auxiliar os portadores de DDP através da
avaliação e identi cação de di culdades e potencialidades do paciente, além de poder
servir de apoio no tratamento dos dé cits funcionais acarretados pela doença.

O livro “Psicogeriatria na Prática Clínica” aborda mais detalhes sobre a doença de


Parkinson, Alzheimer e outros transtornos mentais que acometem os idosos. Vale a pena
a leitura!

Referências

1. Litvan I, Bhatia KP, Burn DJ, et al. Movement Disorders Society Scienti c Issues
Committee report: SIC Task Force appraisal of clinical diagnostic criteria for
parkinsonian disorders. Mov Disord, 2003; 18: 467–86.
2. Pringsheim, T., Jette, N., Frolkis, A., & Steeves, T. D. (2014). The prevalence of
Parkinson’s disease: A systematic review and meta‐analysis. Movement
disorders, 29(13), 1583-1590.
3. Caixeta, L., & Vieira, R. T. (2008). Demência na doença de Parkinson Dementia in
Parkinson’s disease. Rev Bras Psiquiatr, 30(4), 375-83.
4. Caixeta, L., Pinto, L.H., Soares, V.L.D, Cândida, D.S.(2014). Neuropsicologia das doenças
neurodegenerativas mais comuns. IN:Caixeta, L., & Teixeira, A. L. (2014).
Neuropsicologia geriátrica. Artmed Editora.
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5. Kehagia, A. A., Barker, R. A., & Robbins, T. W. (2010). Neuropsychological and clinical
heterogeneity of cognitive impairment and dementia in patients with Parkinson’s
disease. The Lancet Neurology, 9(12), 1200-1213.

Texto escrito por:

Isabela Sallum

Psicóloga e Mestre em Medicina Molecular pela UFMG. Membro do Instituto Lumina


Neurociências Aplicadas à Saúde Mental

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