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CONTROLE TECNOLÓGICO
DE INSUMOS, PRODUÇÃO E
EXECUÇÃO DO CONCRETO
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MBA em Projeto, Execução e Controle de Estruturas & Fundações
Sumário
1. Introdução
3. O Concreto
5. Dosagem do Concreto
9. Bibliografia
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1. INTRODUÇÃO
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Segundo Mehta e Monteiro (2008), os agregados são materiais granulares, como a areia,
pedregulho, pedrisco, rocha britada, escória de alto-forno ou resíduos de construção e de
demolição.
Os agregados compõem aproximadamente 75 % dos materiais do concreto de modo que
sua qualidade seja de considerável importância. Agregados com propriedades indesejáveis
podem não apenas produzir um concreto pouco resistente, mas também podem
comprometer a durabilidade e o desempenho estrutural do concreto (NEVILLE, 1997).
Ainda, segundo Neville (1997), os agregados custam menos do que o cimento e, portanto,
é econômico usar no concreto quanto mais agregado e menos cimento possível.
Entretanto, outro fator importante é que os agregados conferem vantagens técnicas
consideráveis ao concreto, que passa a ter maior estabilidade dimensional e melhor
durabilidade do que a pasta de cimento pura.
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Os agregados podem ter tamanhos variados desde dezenas de milímetros até partículas
com seção transversal menor do que um décimo de milímetro. O tamanho máximo usado
varia, mas, para cada mistura, são incorporadas partículas com diversos tamanhos, em uma
distribuição que se denomina granulometria. A alternativa sempre usada no preparo dos
concretos de boa qualidade consiste em obter o agregado em pelo menos dois grupos de
tamanhos, sendo as principais divisões entre o agregado miúdo (denominados “areias”) e o
agregado graúdo (denominados “britas e seixos”).
As propriedades dos agregados afetam não apenas as características de dosagem do
concreto, mas também o comportamento do concreto nos estados frescos e endurecido
(MEHTA e MONTEIRO, 2008). Segundo os autores, em consideração a estes dois
aspectos, o mais adequado é dividir as propriedades dos agregados em três categorias:
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Segundo a NBR 7211(2009), é o agregado cujos grãos passam pela peneira com abertura de
malha 4,75 mm.
Quanto à classificação, o agregado miúdo pode ser classificado por natural ou artificial, em
relação à fonte de obtenção. Se obtido a partir da britagem do agregado graúdo ou rocha
(“pedra de mão”), denomina-se artificial, e natural se obtido por meio de dragagem nos
leitos dos rios ou coleta em jazidas naturais.
Segundo a NBR 7211(2009), é o agregado cujos grãos passam pela peneira com abertura de
malha de 75 mm e ficam retidos na peneira com abertura de malha 4,75 mm.
Da mesma forma do agregado miúdo, o agregado graúdo pode ser classificado por natural
ou artificial, em relação à fonte de obtenção. Se obtido a partir da britagem de rochas
provenientes de escavação obrigatória ou de rochas menores (“pedra de mão”), denomina-
se artificial, e natural (“cascalho ou seixo rolado”) se obtido por meio da coleta em jazidas
naturais.
Várias propriedades devem ser determinadas tanto para caracterização quanto para seleção
dos agregados para uso em concreto.
A massa específica é a relação entre a massa do agregado seco e seu volume, excluindo os
poros permeáveis. Considera-se a massa específica aparente a relação entre a massa do
agregado seco e seu volume, incluindo os poros permeáveis. Estas propriedades são
utilizadas em cálculo de dosagens, em massa (quando a quantidade de agregados é
determinada por meio de balanças), de concreto.
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Definida como a relação entre a massa das partículas necessária para ocupar uma unidade
de volume. Esta propriedade é utilizada para cálculo de dosagens, em volume (quando a
quantidade de agregados é determinada por meio de padiolas), de concreto.
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Tabela 3– Conjunto de peneiras das séries normal e intermediária (abertura nominal) (NBR
7211, 2009).
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têm influência sobre a trabalhabilidade e o custo. Por exemplo, areias muito grossas
produzem misturas de concreto ásperas e não trabalháveis, e areias muito finas aumentam a
demanda de água, e consequentemente o consumo de cimento para uma dada relação
água/cimento, não sendo econômicas. Em geral, quanto maior a dimensão máxima do
agregado, menor será a área específica superficial que deve ser coberta pela pasta de
cimento para uma dada relação água/cimento.
Um parâmetro importante a se considerar em relação à distribuição granulométrica e à
dimensão máxima característica dos agregados é o módulo de finura calculado pela soma
das porcentagens retidas acumuladas em cada peneira da série normal. Nas Figuras 2, 3, 4 e
5 estão apresentadas planilhas de apresentação do relatório de ensaio de distribuição
granulométrica de agregados miúdos e graúdos.
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- Substâncias Nocivas
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- Durabilidade
Os agregados podem conter partículas não sãs que não conseguem manter a integridade,
ou friáveis|1|, e aquelas que resultam uma expansão e desagregação quando expostas a
ciclos alternados de molhagem e secagem, ou de congelamento e degelo, intemperismos
estes que estão associados à sanidade dos agregados.
Segundo a NBR 7211 (2009), agregados provenientes de regiões litorâneas, ou extraídos de
águas salobras ou ainda quando houver suspeita de contaminação natural (regiões onde
ocorrem sulfatos naturais como a gipsita) ou industrial (água do lençol freático
contaminada por efluentes industriais), os teores de cloretos e sulfatos não devem exceder
os limites estabelecidos na Tabela 6.
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A NBR 7211 (2009) estabelece um limite máximo de 50 %, em massa, do material para o índice de desgaste por abrasão
“Los Angeles”. Este ensaio é realizado, segundo a NBR NM 51(2001), para determinar a abrasividade do agregado graúdo.
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Tabela 6 – Limites máximos de teores de cloretos e sulfatos presentes nos agregados (NBR
7211, 2009).
Além dos materiais apresentados, há outras substâncias que podem ter efeitos deletérios
envolvendo reações químicas no concreto. Tanto para agregados miúdos quanto para
graúdos que serão utilizados em concreto e que serão sujeitos à molhagem, à exposição
prolongada a ambiente úmido, ou em contato com solo úmido não devem conter quaisquer
materiais potencialmente reativos com os álcalis do cimento em uma quantidade suficiente
para causar expansão excessiva. Essas expansões são devidas à reação álcali-agregado, que é
a reação química entre alguns constituintes presentes em certos tipos de agregados e
componentes alcalinos que estão dissolvidos na solução dos poros do concreto.
Vários ensaios são realizados com os agregados miúdo e graúdo, tanto para caracterização
e/ou qualificação quanto para controle de qualidade das dosagens de concreto. A
qualificação consiste em ensaios que avaliarão a qualidade e possibilidade dos agregados
quando do uso em concreto, enquanto que os ensaios para controle de dosagens garantirão
a qualidade do concreto.
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Os ensaios independentemente da graduação dos agregados, podem ser realizados para sua
qualificação:
Além dos ensaios citados, podem ainda ser realizados os seguintes ensaios nos agregados
miúdos:
Seguem os seguintes ensaios que poderão ser realizados nos agregados graúdos:
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De cada lote ou chegada de material deve ser coletada uma amostra de agregado para
ensaios de controle de acordo com as normas NBR NM 26 (2009) e NBR NM 27 (2001).
A amostra é a porção representativa de um lote de agregados coletada na fonte de
produção, armazenamento ou transporte.
Segundo a NBR NM 26, o lote de agregado é a quantidade definida de agregado produzido,
armazenado ou transportado sob condições presumidamente uniformes. Sua dimensão não
deve ultrapassar 300 m³ de agregados da mesma origem ou, nos processos contínuos, a
quantidade corresponde a 12 h ininterruptas de produção. No caso de pequenas obras,
onde o volume de concreto não supera 100 m³, ou não corresponder à área de construção
de mais de 500 m² e nem a tempo de execução de mais de duas semanas, a dimensão do
lote não deve ultrapassar 80 m³. Em casos de grandes obras onde o volume é maior do que
especificado por esta norma, a dimensão do lote pode ser alterado para atender as
necessidades da obra.
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2.1.2 Cimento
Material seco, finamente pulverizado, que por si só não é um aglomerante, mas desenvolve
propriedade aglomerante como resultado de hidratação. É composto essencialmente de
silicatos reativos de cálcio, que quando hidratados são responsáveis pela sua característica
adesiva e são estáveis no ambiente aquoso.
No mercado brasileiro existem cinco tipos de cimento Portland que diferem entre si em
função de sua composição e de suas características químicas, físicas, físico-químicas e
mecânicas. São produtos identificados como CP I, CP II, CP III, CP IV e CP V. Todos os
requisitos, tanto de composição quanto as características físicas e químicas, são
especificados pela NBR 16697 (2018).
O cimento CP I é o Portland comum, basicamente, cimento puro, clínquer mais sulfato de
cálcio (gesso).
A escória granulada de alto-forno possui propriedades hidráulicas, isto é, endurece na
presença de água, formando compostos praticamente estáveis, muito semelhantes aos
formados pelo cimento puro na presença de água.
Os materiais pozolânicos são aqueles que, quando pulverizados, na presença da água
reagem com hidróxido de cálcio (Ca[OH]2) proveniente da hidratação do cimento,
formando compostos hidráulicos.
Os materiais carbonáticos são inertes, ou seja, não possuem propriedades hidráulicas.
Porém, por serem muito finos, preenchem vazios na pasta de cimento endurecida e podem
possuir pequena atividade pozolânica.
O cimento CP II, trata-se do cimento Portland composto. Este cimento se subdivide em
três tipos: CP II-E, com adição de escória granulada de alto-forno; CP II-Z, com adição de
material pozolânico e CP II-F, com adição de material carbonático (“filler”).
O cimento CP III, denominado de cimento Portland de alto-forno. Sua composição inclui
adição de escória granulada de alto-forno em teores maiores do que o tipo CP II-E.
O cimento CP IV, cimento Portland pozolânico. Sua composição permite a adição de
material pozolânico, o que gera um produto com características semelhantes ao CP III.
Por fim, tem-se o cimento CP V, cimento Portland de alta resistência inicial.
Os cimentos CP I, CP II e CP III possuem três classes segundo a resistência à compressão
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Outros ensaios podem ser exigidos para melhor caracterizar o tipo de cimento empregado
na obra, para verificar a ocorrência de outros elementos ou para analisar o comportamento
do material sob a ação de agentes agressivos. Estes ensaios são relacionados a seguir:
- Expansibilidade a frio;
- Resíduo insolúvel no cimento (CP IV);
- Índice de consistência da argamassa normal;
- Enxofre na forma de sulfato;
- Óxido de sódio e de potássio;
- Óxido de cálcio livre;
- Calor de hidratação a partir do calor de dissolução;
- Calor de hidratação utilizando a garrafa de Langavant;
- Indicação dos C3A e C4AF + C2F para o cimento CP V;
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Nos casos de grandes obras, como por exemplo, as obras de barragens aonde o cimento
chega a granel, cada carreta que chega é considerada um lote, da qual é retirada uma
amostra para ensaio. Quando a quantidade de carretas é muito grande, são formadas
amostras compostas juntando as amostras de cimento que chegaram em uma semana. Na
Tabela 8 são apresentados os ensaios e a frequência para o recebimento do cimento.
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Tabela 11 – Exigências físicas e mecânicas dos diversos tipos de cimento (NBR 16697,
2018)
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- Dos embarques a granel por intermédio do saca amostras ranhurado: as amostras podem
ser extraídas por um tubo saca amostras ranhurado (tubo amostrador).
- Do uso do tubo amostrador: Para cada 5000 kg (100 sacos de 50 kg) ou fração, se extrai
uma amostra de um saco qualquer. As “amostras parciais” assim obtidas devem ser
misturadas para uma “amostra de ensaio”.
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a) Sílica ativa:
b) Metacaulim (proveniente da calcinação da caulinita):
c) Pozolana de argila calcinada:
d) Escória de alto forno;
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A norma NBR 12653 determina os requisitos químicos e físicos desejáveis dos materiais
pozolânicos para uso como adição mineral, conforme as Tabelas 12 e 13.
Os ensaios realizados para as adições minerais são os mesmos para o cimento, exceto
alguns que não se aplicam a esses materiais.
2.1.4 Água
A água usada nas misturas de concreto não deve conter nenhuma substância nociva à
resistência ou à durabilidade do concreto. Água potável é satisfatória para uso como água
de mistura no concreto. Águas não permitidas para uso público devem ser ensaiadas antes
de sua aplicação em mistura de concreto.
Segundo a NBR 15900 (2009), cada amostra de água para ensaio deve ter no mínimo 3
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litros. O recipiente destinado à coleta deve ser lavado várias vezes com a própria água a ser
coletada.
- Águas superficiais:
A amostra dever ser coletada submergindo diretamente o recipiente de coleta na fonte
(rios, lagos, arroios, açudes, etc), à profundidade de aproximadamente 15 cm abaixo do
nível da corrente ou conforme estabelecido na captação para o uso.
No caso de torneiras ou bombas hidráulicas, a coleta deve ser feita depois de 3 minutos de
abertas.
- Águas subterrâneas:
A amostra dever ser coletada com o auxílio de uma bomba de extração, que deve,
previamente, ser deixada em funcionamento até a lavagem completa dos dutos por onde
passa a água a ser amostrada, antes de encher os recipientes.
No caso de poços ou reservatórios a coleta deve ser feita na metade da altura da lâmina de
água.
Na qualificação das fontes de água, deve-se considerar a presença dos seguintes elementos:
- Sulfetos;
- Cloretos;
- Quantidade de matéria orgânica presente (expressa em oxigênio consumido);
- Sólidos totais;
- Sólidos em suspensão;
- pH
A NBR 12655 estabelece para os sulfatos solúveis presentes na água os seguintes requisitos:
Tabela 14 – Limites de ensaios com água para sulfatos solúveis – NBR 12655 (2015).
Limites NBR 12655
Condições de exposição em função da
agressividade Sulfato solúvel (SO4) presente na água
ppm
Fraca 0 a 150
Moderada 150 a1500
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Outras avaliações preliminares podem ser encontradas na norma NBR 15900 (2009), com
limites dos parâmetros de ensaios com água, conforme mostrados na Tabela 15.
Tabela 15 – Limites de ensaios com água – Avaliação preliminar NBR 15900 (2009).
Ensaios Limites
pH 5,0
A cor da água deve ser mais clara ou igual à da
Matéria orgânica
solução-padrão, após a adição de NaOH.
-2
Sulfatos (mg/l de SO4 ) ≤ 2000
Concreto protendido
≤ 500
ou graute
Cloretos (mg/l de Cl-) Concreto armado ≤ 1000
Concreto simples (sem
≤ 4500
armadura)
Álcalis (equivalente alcalino de óxido de sódio)
≤ 1500
(mg/l)
Açúcares (mg/l) ≤ 100
Fosfatos, expressos como P2O5 (mg/l) ≤ 100
-
Nitratos, expressos como NO3 (mg/l) ≤ 500
Chumbo, expressos como Nb2+ (mg/l) ≤ 100
2+
Zinco, expressos como Zn (mg/l) ≤ 100
2.1.5 Aditivos
Segundo a NBR 11768 (2011), a aditivo para concreto é o produto adicionado durante o
processo de preparação do concreto, em quantidade não maior que 5% da massa de
material cimentíceo contida no concreto, com o objetivo de modificar propriedades do
concreto no estado fresco e/ou no estado endurecido, exceto pigmentos inorgânicos para
o preparo de concreto colorido.
Os autores Mehta e Monteiro (2008) citam a definição da ASTM C 125 para o aditivo
como sendo um material constituinte do concreto ou argamassa, adicionado na betoneira
imediatamente antes ou durante a mistura. Entre as propriedades influenciadas pelos
aditivos estão:
incorporação de ar no concreto,
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A NBR 11768 (2011) define os tipos de aditivos de acordo com as siglas mostradas na
Tabela 16.
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No concreto fresco:
- Consistência;
- Tempos de pega;
- Massa específica;
- Teor de ar incorporado;
- Exsudação;
- Perda de abatimento;
No concreto endurecido:
- Massa específica;
- Resistência à compressão axial;
- Resistência à tração por compressão diametral;
- Resistência à tração na flexão;
- Variações de comprimento.
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Ensaios Freqüência
Ph
3. O CONCRETO
3.1 Definição
Segundo a NBR 12655 (2015), o concreto é um material formado pela mistura homogênea
de cimento, agregados miúdo e graúdo e água, com ou sem a incorporação de
componentes minoritários (aditivos químicos, adições minerais tais como metacaulim,
pozolana, escória de alto forno moída, sílica ativa, entre outros), que desenvolve suas
propriedades pelo endurecimento da pasta de cimento (cimento e água).
O concreto não é tão duro nem tão resistente quanto o aço; por que, então é tão utilizado
como material de engenharia? Há pelo menos três razões principais:
Por fim, o concreto quando da escolha de material de construção comparado ao aço tem
como vantagem no que diz respeito à manutenção, resistência ao fogo e resistência ao
carregamento cíclico.
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Segundo Mehta e Monteiro (2008), com base na sua massa específica, o concreto pode ser
classificado em três amplas categorias, a saber:
3.2.1.1 Características
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Segundo o ACI 116 citado por Mehta e Monteiro (2008), o concreto massa é definido
como o concreto em uma estrutura maciça, por exemplo, viga, pilares, estacas, comportas,
ou barragens onde o volume é de tal magnitude que requer meios especiais para combater a
geração de calor e a decorrente mudança de volume.
3.2.2.1 Características
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3.2.3.1 Características
Segundo o ACI e descrito por Mehta e Monteiro (2008), é o concreto com resistência
característica de 55 MPa ou mais.
3.2.4.1 Características
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9,5 mm, 12,5 mm e 25 mm) e na condição de saturados com superfície seca (SSS);
- Dosagens: normalmente com relações água/cimento baixas na ordem de 0,23 a 0,5;
É um concreto fluido que pode ser moldado in loco sem uso de vibradores para formar um
produto livre de vazios (espaços sem preenchimento na forma) e falhas (MEHTA e
MONTEIRO, 2008).
3.2.5.1 Características
3.2.6.1 Características
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Segundo o ACI descrito por Mehta e Monteiro (2008), é um concreto no qual certas
caraterísticas são desenvolvidas para aplicações e ambientes específicos. Tais características
podem ser críticas para aplicação específicas:
- Facilidade de aplicação;
- Adensamento sem segregação;
- Resistência nas primeiras idades;
- Resistência de longo prazo e propriedades mecânicas;
- Permeabilidade;
- Densidade;
- Calor de hidratação;
- Tenacidade;
- Estabilidade de volume;
- Longa vida útil em ambientes agressivos.
A definição para concreto de alto desempenho, que é ampla em um sentido (uma tentativa
de abranger todos os tipos de concreto, por exemplo) e restritiva em outro sentido (uso de
materiais e práticas de construção especiais, por exemplo). Desta forma, atribui a definição
de alto desempenho ao concreto que atenda aos requisitos de durabilidade e que cumpra
com a função que fora atribuído.
Segundo a NBR 7212 (2012), este tipo de concreto é definido como “concreto dosado,
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Ato pelo qual se constata, mediante ensaios ou outras verificações, por ocasião da entrega e
recebimento do concreto fresco, o atendimento às especificações e às exigências de pedido.
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Os desvios tolerados para as dosagens dos materiais componentes do concreto são devidos
somente a variações de pesagem intrínsecas à operação.
- Agregados – os agregados devem ser dosados em massa, com desvio máximo, em valor
absoluto, de 3 % do valor nominal da massa ou 1 % da capacidade da balança, adotando-se
o menor dos dois valores.
- Cimento – o cimento deve ser dosado em massa, com desvio máximo do valor nominal
igual a 1 % da capacidade da balança, em valor absoluto, nas dosagens iguais ou superiores
a 30 % dessa capacidade. Para dosagens inferiores a esse valor, as Tolerâncias devem estar
compreendidas entre 0 % e + 4 % do valor nominal. Em nenhum caso o cimento deve ser
dosado conjuntamente com os agregados.
- Água – a quantidade total de água deve ser determinada com desvio máximo de 3 % em
relação à quantidade nominal, em valor absoluto. Esta quantidade de água compreende,
além da adicionada, a devida à umidade dos agregados, a utilização para dissolução dos
aditivos e a adicionada sob forma de gelo.
- Aditivos – os aditivos devem ser adicionados de forma a assegurar a sua distribuição
uniforme na massa do concreto, admitindo-se desvio máximo de dosagem não superior a 5
% da quantidade nominal, em valor absoluto.
- Outros materiais – a sílica ativa e metacaulim devem ser medidos atendendo aos
mesmos requisitos estabelecidos para o cimento.
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Parte dos materiais componentes do concreto (tais como fibras, aditivos, gelo, etc) pode ser
adicionada na obra imediatamente antes da mistura final e descarga, desde que previamente
acordado entre as partes e especificado na formulação.
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O concreto deve ser solicitado especificando-se o consumo de cimento por metro cúbico
de concreto, a dimensão máxima característica do agregado graúdo e a classe de
consistência do concreto fresco (abatimento- slump) ou classe de espalhamento no caso de
concreto autoadensável no momento de entrega.
Além das exigências anteriores, podem ser solicitadas outras características de parâmetros,
tais como:
- Tipo de cimento;
- Tipo e teor de aditivo;
- Tipo e teor de adição (Metacaulim, sílica ativa, fibras metálicas ou sintéticas e outras); -
Relação água/cimento máxima;
- Consumo de cimento máximo ou mínimo;
- Teor de ar incorporado;
- Tipo de lançamento (convencional, bombeado, projetado, submerso, entre outros);
- Características especiais como teor de argamassa ou de agregado miúdo, cor, massa
específica, uso de gelo;
- Propriedades e condições especiais, como: tração na flexão, retração, fluência,
permeabilidade, módulo de elasticidade ou deformação, temperatura do concreto, dentre
outros.
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Abatimento (A)
Classe
mm
S10 10 ≤ A < 50
S50 50 ≤ A < 100
S100 100 ≤ A <160
S160 160 ≤ A < 220
S220 A ≥ 220
Em casos especiais, de comum acordo entre as partes, podem ser criadas classes diferentes
de consistência.
No caso do uso de concreto autoadensável a consistência deve ser especificada pela classe
de espalhamento, conforme a ABNT NBR 15823-1(2010).
- volume de concreto;
- hora de início da mistura (primeira adição de água);
- classe de consistência ou classe de espalhamento no início da descarga;
- dimensão máxima característica do agregado graúdo;
- resistência característica do concreto à compressão, quando especificada;
- quantidade máxima de água complementar a ser adicionada na obra, retida pela central
dosadora;
- código de identificação do traço utilizado na dosagem do concreto;
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Segundo a Norma NBR 7212 (2012), as amostras devem ser coletadas aleatoriamente
durante a operação de concretagem, após o ajuste e mistura do concreto. Cada exemplar
deve ser constituído de dois corpos de prova da mesma viagem, para cada idade de
rompimento e no mesmo ato. Toma-se como resistência do exemplar o maior dos dois
valores obtidos no ensaio (fi).
Em obras especiais, tais como barragens, pontes e túneis, a frequência de amostragem deve
ser estabelecida, em comum acordo entre as partes, em função do volume de concreto
preparado.
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A Norma NBR 7212 estabelece que o tamanho da amostra possa ser reduzido de acordo
com a Tabela 23.
5. DOSAGEM DO CONCRETO
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- fcmj: resistência média do concreto, prevista para a idade de j dias (idade de controle), em
MPa.
- fckj: resistência característica do concreto à compressão, aos j dias, em MPa;
- Sd: desvio padrão de dosagem, em MPa
5% 95 %
fck fcm
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- fcm: resistência média do concreto obtida pela média aritmética de fci (resistência
individual do corpo de prova) a j dias de idade, em MPa.
a) Condição A
- Aplicável a todas as classes de concreto (NBR 8953, 2015): O cimento e os agregados são
medidos em massa, a água de amassamento é medida em massa ou volume com dispositivo
dosador e corrigida em função da umidade dos agregados.
b) Condição B
- Aplicável às classes C10 até C20 (NBR 8953, 2015): O cimento é medido em massa, a
água de amassamento é medida em volume mediante dispositivo dosador e os agregados
medidos em massa combinada com volume.
- Os materiais para concreto de classe C20 e não estruturais, devem ser medidos em massa,
ou em massa combinada com volume. Por massa combinada com volume, entende-se que
o cimento seja sempre medido em massa e que o canteiro deva dispor de meios que
permitam a confiável e prática conversão de massa para volume de agregados, levando em
conta a umidade da areia.
c) Condição C
- Aplicável apenas às classes C10 e C15(NBR 8953, 2015): O cimento é medido em massa,
os agregados medidos em volume, a água de amassamento é medida em volume e sua
quantidade é corrigida em função da estimativa da umidade dos agregados e da
determinação da consistência do concreto.
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similares e sob condições equivalentes, o valor numérico do desvio padrão (Sd) deve ser
fixado com no mínimo 20 resultados consecutivos obtidos no intervalo de 30 dias, em
período imediatamente anterior. Em nenhum caso o valor de Sd adotado pode ser menor
que 2 MPa.
Conforme a NBR 12655 (2015), quando o desvio padrão (Sd) não é conhecido, deve-se
adotar para o cálculo da resistência de dosagem o valor apresentado na Tabela 24.
Além da NBR 12655 (2015), outra muito utilizada e divulgada no Brasil é a recomendação
Americana ACI 214 (Recommended Practice for Evaluation of Strength Test Results of Concrete).
Esta recomendação também propõe parâmetros para controle tecnológico e dosagem do
concreto.
Além da equação apresentada pela NBR 12655 (2015) para o cálculo da resistência de
dosagem, a recomendação ACI 214 apresenta suas equações, como se segue:
Onde
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- t: é o t da distribuição de Student;
- CV: coeficiente de variação.
Os valores de “t” de Student são equivalentes aos “z” da curva normal, mas para amostras
pequenas.
Quando não se conhece o coeficiente de variação ou desvio padrão, é possível adotá-los
em função da probabilidade da resistência média do concreto (fcj) de ficar abaixo da
resistência característica (fck), conforme é apresentado pela recomendação ACI 214 nas
Figuras 7 e 8 e na Tabela 25.
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Figura 7 – Proporções de resistência média exigida (fcj) para resistência característica (fck)
para vários coeficientes de variação e chances de ficar abaixo da resistência característica –
ACI 214 (2002).
Figura 8 – Excesso de resistência média exigida fcj para resistência característica fck para
vários desvios padrão e chances de ficar abaixo da resistência característica – ACI 214
(2002).
O volume da amostra deve ser pelo menos 1,5 vezes o volume de concreto necessário a:
ensaio de consistência pelo abatimento do tronco de cone (10 dm³ por ensaio);
outros ensaios com concreto fresco que se fizerem necessários, por exemplo a
massa unitária e o teor de ar incorporado pelo método pressiométrico (8 dm³ para
ambos os ensaios).
A amostra deve ser coletada quando o concreto estiver sendo descarregado da betoneira e
deve ser tomada de modo que represente o concreto correspondente ao terço médio do
total do descarregamento.
Caso seja necessária a coleta de uma amostra representativa de várias descargas do concreto
da betoneira, o intervalo de tempo decorrido entre a coleta da porção inicial e da final
deverá ser o menor possível, porém nunca maior que 15 minutos. O ensaio de consistência
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pelo abatimento do tronco de cone e teor de ar incorporado deve ser iniciado até 5
minutos após a coleta da amostra.
A moldagem dos corpos de prova para o ensaio de resistência à compressão deve ser
iniciada até 15 minutos após a coleta da amostra.
Para cada caminhão entregue deve ser verificado o abatimento do tronco de cone, a fim de
controlar a trabalhabilidade e a quantidade de água do concreto. Colocar o cone sobre a
placa metálica bem nivelada e apoiar os pés sobre as abas inferiores do cone. Em seguida,
preencher o cone em três camadas iguais, aplicando 25 golpes uniformemente distribuídos
em cada camada. Adensar a camada junto à base, fazendo com que a haste de socamento
penetre em toda a sua espessura. No adensamento das camadas restantes, a haste deve
penetrar até ser atingida a camada inferior adjacente. Após a compactação da última
camada, retirar o excesso de concreto e alisar a superfície com uma régua metálica.
Retirar o cone, içando-o com cuidado na direção vertical, podendo levar esta operação de 5
a 10 segundos. Na sequência, colocar a haste sobre o cone invertido e medir a distância
entre a parte inferior da haste e o ponto médio do concreto, expressando o resultado com
precisão de 5 milímetros.
A dimensão básica do corpo de prova deve ser no mínimo quatro vezes maior que a
dimensão nominal máxima do agregado graúdo do concreto. As partículas de dimensão
superior à máxima nominal, que ocasionalmente sejam encontradas na moldagem dos
corpos-de-prova, devem ser eliminadas por peneiramento do concreto, de acordo com a
NBR NM 36 (1998).
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terço médio do caminhão, procedendo-se à moldagem de dois para cada exemplar e para
cada idade.
A moldagem deve ser feita da seguinte maneira: depois de untados, preencher os moldes de
em camadas iguais, aplicando o número de golpes de acordo com a Tabela 26.
Depois, deixar o concreto nos moldes durante 24 horas, sem sofrer perturbações. Após
esse período, identificar os corpos-de-prova, desmoldá-los e transferi-los para o laboratório
imediatamente após sua identificação, os corpos de prova devem ser armazenados até o
momento do ensaio em solução saturada de hidróxido de cálcio a (23 ± 2)°C ou em câmara
úmida à temperatura de (23 ± 2)°C e umidade relativa do ar superior a 95%. Os corpos de
prova não devem ficar expostos ao gotejamento nem à ação de água em movimento.
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100 a
1 R 100 a
onde:
Tabela 27 – Teores ótimos para o ar incorporado no concreto (ANDRADE et. al., 1997)
Dimensão máxima (mm) Teor de ar incorporado (%) Limites (%)
12,5 / 19 2,5
25 / 38 3,0 0,5
50 / 76 4,0
100 / 152 5,0 1,0
É necessário atentar também para o horário de saída do caminhão da usina, que deve ter
sido registrado pelo relógio de ponto da concreteira no corpo da nota fiscal. Isso porque o
tempo decorrido desde o carregamento do caminhão até o lançamento e adensamento do
concreto não deve ultrapassar duas horas e trinta minutos. Não sendo possível aplicar o
concreto dentro desse prazo, o caminhão deve ser rejeitado. Em casos especiais, quando se
utiliza aditivo retardador de pega, a situação deve ser analisada com cautela, mas é possível
aplicar o concreto em períodos superiores a três horas, dependendo da dosagem e da
eficiência do aditivo.
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Caso a trabalhabilidade exceda, o caminhão deve ser rejeitado. Ficando abaixo do limite
mínimo, pode-se acrescentar água até um limite pré-estipulado de comum acordo entre a
concreteira e os responsáveis pela obra. Esse novo valor acordado deve constar na nota
fiscal e não deve aumentar o abatimento em mais de 25 mm. Geralmente, um aumento de
3% no consumo de água por m³ ou na relação água cimento é responsável pelo aumento
de 25 mm no abatimento.
Caso nessa segunda tentativa o concreto ainda não atinja a trabalhabilidade prescrita ou
extrapole o limite, o caminhão deve ser rejeitado.
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(cimento, agregados, água, entre outros). Sendo assim, interessa controlar os fatores que
influem na resistência à compressão durante o controle de produção.
Deste modo, para se obter um concreto com características homogêneas é necessário
assegurar a uniformidade dos materiais, a regularidade do proporcionamento, a qualidade
da mão de obra e a eficiência dos equipamentos.
Deve-se também utilizar da verificação da uniformidade das características do concreto
fresco. Normalmente a trabalhabilidade expressa pela consistência, a massa específica do
concreto fresco e o teor de ar incorporado dão boa informação sobre a manutenção das
características finais do concreto endurecido.
Por fim, uma das formas de se efetuar o controle de produção do concreto é através do
controle da resistência à compressão. Basicamente, a dispersão dos resultados tem origem
em duas causas:
A variabilidade devido ao ensaio é estimada pela variação dentro do ensaio baseada nas
diferenças de resistência entre pares de corpos de prova que compõem um resultado de
ensaio de resistência. A variação dentro do ensaio é afetada pelas variações em amostras,
moldagem, consolidação, transporte, cura, capeamento, dentre outros. No entanto, um
único resultado de ensaio de resistência de uma mistura de concreto não proporciona
dados suficientes para uma análise estatística. A confiança na estimativa é a função do
número de resultados de ensaio.
A estimativa do desvio-padrão dentro do ensaio (Se) é obtida a partir da média das
amplitudes (range) dos valores de resistência de todos os exemplares da amostra. A
amplitude de cada exemplar deve ser dividida pelo coeficiente d2, que corresponde ao
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Onde :
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obras
Estudo de
Abaixo de 3,5 a 4,5 4,5 a 5,5 5,5 a 7,0 Acima de 7,0
dosagem em
3,5
laboratório
Variação dentro-do-ensaio
Classe de Coeficiente de variação para diferentes padrões de controle, %
operação Excelente Muito Bom Bom Regular Ruim
Controle em
Abaixo de
canteiros de 3,0 a 4,0 4,0 a 5,0 5,0 a 6,0 Acima de 6,0
3,0
obras
Estudo de
Abaixo de Acima de 5,0
dosagem em 2,0 a 3,0 3,0 a 4,0 4,0 a 5,0
2,0
laboratório
Esta variação reflete diferença na resistência de uma betonada para outra, o que pode ser
atribuído às variações em:
A variação total (desvio padrão do processo de produção e ensaio Sc) tem duas variações
de componentes, a variação dentro do ensaio (Se) e a variação devido à produção (Sp).
- Sc : desvio padrão do processo de produção e ensaio do concreto obtido de uma ou mais
amostras, a j dias de idade, em MPa. O desvio-padrão é calculado pela equação abaixo :
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∑
√
A variância amostral é da pela soma das variâncias da amostra dentro do ensaio e das de
produção:
Sp=√
Em complementação dessas ferramentas, o ACI 214 apresenta outras que podem ser
utilizadas no controle da produção do concreto, tais como: gráfico das resistências simples
(valores individuais), gráfico da média móvel, gráfico da média móvel do intervalo (range).
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Figura 9 – Gráfico das resistências simples com média de 2 corpos de prova - 28 dias e 90
dias
Figura 10 – Gráfico da média móvel das resistências - 3 por média móvel - 90 dias
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̅̅̅̅̅
Onde
̅̅̅̅̅
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Entende-se por lote o volume de concreto que será submetido a julgamento de uma só vez.
Deve ser formado pelo volume de concreto produzido com um mesmo traço e numa
mesma central, no qual as características dos materiais (cimento, agregados, água e aditivos)
mantiveram-se uniformes e de mesma natureza.
É conveniente separar em lotes diferentes, os diferentes pavimentos de uma estrutura, bem
como as estruturas que estão sendo solicitadas por tipos diferentes de carregamento. Por
exemplo, os pilares de um edifício, que estão submetidos à compressão, devem constituir
um lote separado das vigas e lajes, submetidas à flexão. Da mesma forma, dois pavimentos
constituem necessariamente dois lotes distintos.
A recomendação da NBR12655 (2015) para a formação de lotes de concreto prescreve a
limitação do volume máximo de concreto de um lote e do tempo máximo de concretagem
do lote, como pode ser observado na Tabela 33. A razão para isto que se mantenham a
constância dos materiais e do processo de produção.
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Segundo a NBR 12655, as amostras devem ser coletadas aleatoriamente durante a operação
de concretagem, conforme a NBR NM 33 (1998). Cada exemplar deve ser constituído por
dois corpos de prova da mesma amassada, conforme a NBR 5738 (2015), para idade de
rompimento, moldados no mesmo ato. Toma-se como resistência do exemplar o maior dos
dois valores obtidos no ensaio exemplar.
- Controle por Amostragem total (100%): consiste na amostragem 100% , ou seja, todas
as betonadas são amostradas e representadas por um exemplar que define a resistência à
compressão daquele concreto naquela betonada.
- Controle por Amostragem Parcial: para este tipo de controle, em que são retirados
exemplares de betonadas distintas, as amostras devem ser retiradas conforme a Tabela 34.
- Casos Excepcionais: no caso de concreto produzido por betonadas de pequeno volume
e sempre que o número total de betonadas (lote) seja superior ao de exemplares da amostra
que representa esse lote, ou seja, trate-se de amostragem parcial, pode-se dividir a estrutura
em lotes correspondentes a no máximo 10 m³ e amostrá-los com número de exemplares
entre 2 e 5.
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Segundo Helene e Terzian (1993), no início da obra, onde o desvio padrão do concreto
ainda não é conhecido, é interessante começar o controle estatístico com 12 exemplares
por amostra.
A resistência característica à compressão estimada (fckest) para cada idade, em função dos
resultados obtidos nos ensaios de ruptura dos corpos de prova deve ser comparada com a
resistência característica (fck) estabelecida no projeto. O lote deve ser aceito caso a fck est
resulte maior ou igual à fck. Caso a fckest resulte inferior à de projeto, o engenheiro da obra
deve consultar o projetista de estrutura e o fornecedor de concreto para providências.
O cálculo da fckest para cada lote deve ser feito pelo próprio laboratório de controle
tecnológico do concreto. Desta forma, a NBR 12655 (2015) estabelece o critério de
aceitação do concreto lançado sempre que tenham sido satisfeitas as condições de projeto e
execução, e somente quando resultar:
Para este tipo de controle, em que são retirados exemplares de algumas betonadas de
concreto, cálculo do fckest é feito conforme a seguir:
Para lotes com número de exemplares 6 n 20, o valor estimado da resistência
característica à compressão (fckest), na idade especificada, é dado por:
f1 f 2 ... f m1
f ckest 2 fm
m 1
onde:
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f ckest f cm 1,65 S d
onde:
fcm: é a resistência média dos exemplares do lote em MPa
Sd: é o desvio padrão da amostra de n elementos, calculado com um grau de
liberdade a menos (n-1) no denominador, em MPa. Este desvio padrão corresponde ao
desvio padrão do processo de produção e ensaio (Sc).
onde:
Tabela 35 - Valores de 6
Condição Número de exemplares
de preparo 2 3 4 5 6 7 8 10 12 14 16
A 0,82 0,86 0,89 0,91 0,92 0,94 0,95 0,97 0,99 1,00 1,02
B ou C 0,75 0,80 0,84 0,87 0,89 0,91 0,93 0,96 0,98 1,00 1,02
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fckest = fc (betonada);
9. BIBLIOGRAFIA
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