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Empreitada é um negócio jurídico por meio do qual uma das partes se obriga, sem
subordinação ou dependência, a realizar, pessoalmente ou por meio de terceiros,
obra certa para o outro contratante, com material próprio ou por este fornecido,
mediante remuneração (preço) determinada ou PROPORCIONAL ao trabalho
executado. Das características: típico, bilateral, oneroso, não solene, forma livre e
obrigação de RESULTADO. É possível subempreitada, salvo se for personalíssimo,
porém toda responsabilidade incide sobre o empreiteiro, caso exista subempreitada.
Em regra, o prazo é quando findar a obra, mas é possível um prazo seja
estabelecido. Sobre o preço, pode ser REMUNERAÇÃO GLOBAL, isto é, toda a
atividade já será abrangida, podendo ser uma vez no início ou no final. Em regra, o preço
é invariável. Pode ser também REMUNERAÇÃO POR PREÇO ESCALONADO,
como há uma medição em cada parte da obra, conforme a medição. Conforme a execução
x, para-se, paga-se, e prossegue-se. O global é o pagamento todo. Apesar de “ser global”,
pode ser parcelado. Isso porque o global caracteriza-se por pagar todas as fases
previamente, ou melhor, por se estipular a contraprestação previamente de TODAS as
fases em conjunto, podendo ou não dividir. Diferente é o caso escalonado, em que se
estipula conforme a execução.
No art. 614 diz-se “por medida” no sentido “por medição”. Neste sentido, paga-se
proporcionalmente àquilo que é feito. Se foi pagado, presume-se que foi verificado, no
caso da escalonada. Se não forem denunciados os vícios, ou defeitos do dono da obra,
em TRINTA DIAS a contar da medição, PRESUME-SE verificado. Se o empreiteiro tiver
se afastado das instruções, poderá enjeitar a obra ou recebe-la com abatimento. A forma
é dispensada, de modo que o contrato verbal de empreitada é possível.
Em regra, não há acréscimo de preço, ainda que sejam introduzidas modificações no
projeto (no sentido de que SE PRESUMEM introduzidas pelo EMPREITEIRO), a
não ser, como dito, que resulte de instruções ESCRITAS do dono da obra. Assim, em
regra, modificações pelo empreiteiro não geram direito de acréscimo. Existe
ACEITAÇÃO TÁCITA quando o dono da obra sempre esteve presente à obra, por
continuadas visitas, e não poderia ignorar. Neste caso, o SILÊNCIO é visto como
aceitação. Salvo, é claro, se for reclamado.
Se o preço do material ou mão de obra for diminuído a uma parcela superior a um décimo
do preço global convencionado, poderá ser revisto, a pedido do dono da obra, para que
lhe assegure a diferença apurado. Se contribui só com trabalho, é SIMPLES, se não,
MISTA. A mista, no entanto, não se presume. Simples também é chamada
EMPREITADA DE LAVOR. O empreiteiro se obriga apenas a executar a obra, de
modo que o dono fica responsável pelo material, salvo se houver culpa do empreiteiro.
Risco, por óbvio, do MATERIAL.
Quando perece a coisa, e sendo unicamente de lavor, se a coisa perecer antes da entrega
e sem mora do dono, nem culpa do empreiteiro, perde o empreiteiro a retribuição. Ele
precisa provar que houve defeito dos materiais para afastar isso. Neste caso, existe uma
retroatividade, de modo que, retorna o status quo e o empreiteiro devolve a grana
recebida. É necessário, ainda, que se prove que houve reclamação quanto à
quantidade/qualidade do material fornecido pelo dono da obra.
Aparentemente, no caso fortuito, ainda incide o art. 613. Se por imperícia ou negligência
o empreiteiro danifica ou perde os materiais, ele terá de pagar. Lembrando que a mista
não se presume por força do 1º de um artigo. Quando o empreiteiro entrega os
materiais, na mista, os riscos correm durante toda a execução ATÉ O MOMENTO
DA ENTREGA da obra, se não houver mora accipiendi. Se estiver em mora, por sua
conta correm os riscos. Ele ainda é garante, de regra, por CINCO ANOS. Na simples,
aparentemente, não há tal garantia.
Não é porque o arquiteto faz o projeto que ele deve acompanhar, mas isso é
possível. Ou seja: NÃO SE PRESUME, a menos que seja expresso. O sujeio deverá
aceitar a obra, mas, se não seguir o plano, poderá rejeitá-la. Pode, por força do art. 616,
receber com o preço abatido. O dono da obra pode suspender a obra DESDE DE QUE
pague ao empreiteiro as despesas e lucros relativos aos serviços já feitos, além de uma
indenização razoável calculada em função do que ele teria ganho se CONCLUÍDA
A OBRA. Para Borges, isto é basicamente uma RESILIÇÃO UNILATERAL, logo, uma
extinção, já que o sujeito ganha em função do que teria ganhado se concluída a obra.
Se o empreiteiro suspender a execução SEM JUSTA CAUSA, responde-se por perdas e
danos. No entanto, existem casos em que o empreiteiro pode suspender sem dar nenhum
valor. É o caso da culpa do dono ou motivo de força maior. É o caso de o dono não
comprar o material devido. Quando existirem dificuldades imprevisíveis de execução,
tornando a obra excessivamente onerosa, e o dono se nega a reajustar o preço. Neste caso,
é necessária a prova pericial. Isto é: o empreiteiro foi trabalhar e, no meio do trabalho,
começou a notar dificuldades que geram maior gasto.
Por fim, se as modificações exigidas pelo dono forem desproporcionais ao projeto, e
note: MODIFICAÇÕES. O dono aumenta muito e o empreiteiro decide que não irá
fazer. O art. 618 refere-se ao misto. Ele responde PELO PRAZO DE CINCO ANOS pela
solidez e segurança do trabalho, tanto em razão do material quanto do solo (já que ele
é responsável pelo solo que constrói). Neste caso, parece que não seria possível responder
o empreiteiro em caso de um terremoto em BSB.
Decai o direito se o dono da obra, em 180 dias ao aparecimento do vício ou defeito,
não propuser a ação contra o empreiteiro. A jurisprudência aparentemente tem
entendido que é possível reduzir o prazo de 5 anos, embora o art. 618 diga que não. De
regra, se o projeto foi feito pelo autor, não pode o proprietário da obra introduzir
modificações, por questões de direito autoral, salvo por motivo superveniente ou razões
de ordem técnica por inconveniência ou excessiva onerosidade. Salvo, é claro, também,
se for uma alteração de POUCA MONTA. A extinção do contrato pode se dar por
conclusão da execução, distrato, resilição unilateral u bilateral, resolução causada
por inadimplemento e afins.
Art. 620. Caso fortuito ou força maior no art. 613. O prazo de garantia aplica-se à
empreitada de lavor? Qual o sentido de suspensão na empreitada? Art. 622.
03/05/1999
Leia tudo de depósito. Teoria da substituição. Teoria do Risco proveito. Art. 637: como
assim assistir?
03/05/1999
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assim assistir?
03/05/1999
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