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1. Introdução
Os primeiros não são conceitos individualizadores, mas abertos a uma realidade maior,
que é a sociedade (no Preâmbulo se lê que os direitos sociais precedem os individuais),
pois as pessoas não vivem sós, mas em comunidades de relevâncias sociais crescentes.
Segundo Aristóteles, o bem comum da cidade (…) é comum ao todo e às partes. O todo
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vale mais que as partes. Para Santo Tomás de Aquino, cada pessoa individual está
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relacionada com a comunidade inteira, assim como a parte para o todo.
“A diferença específica entre bem comum e bem individual (…) é a diferença entre a
perfeição do ser da sociedade e a do ser da pessoa humana, e que o bem do todo social
é uma realidade supraindividual; o bem da pessoa humana é uma realidade que
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transcende a sociedade.”
O bem comum se apresenta como uma função social, de modo teleológico, que consiste
no fim e tarefa da sociedade. Ora, fraternidade significa irmandade de pessoas, seja por
uma origem superior comum, seja perante a lei humana, que as considera iguais entre
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si.
Pela natureza das coisas, tudo o que é múltiplo tende a uma unidade: o arco-íris, uma
orquestra, uma colmeia, os órgãos humanos; no direito, a lei tende a um só
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ordenamento, e as decisões judiciais às súmulas, dominantes ou vinculantes. Cada
núcleo de bem comum assemelha-se a camadas concêntricas, que se desenvolvem de
dentro para fora: das instituições sociais temos como primeira a família, seguindo-se as
comunidades intermédias locais (escolas, associações profissionais, clubes, sindicatos,
ONG’s etc.), as empresas, as organizações políticas – Municípios, Estados e Federação –
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e comunidades religiosas e internacionais.
Assim agindo, a pessoa faz crescer e impor o respeito à dignidade de todos, em escalas
sucessivas, de modo subsidiário, transmitindo a outros os valores hauridos na família,
nas escolas, nas profissões, na política, nas atividades eclesiais, nos governos e órgãos
supranacionais.
É imanente à pessoa projetar socialmente sua personalidade, seus valores, sua cultura,
visando o desenvolvimento e a proteção do bem comum construído nos meios sociais em
que atua. À evidência, a missão de todo ser humano, por si mesmo, se reveste de uma
função social, a de estimular o bem comum para irradiação a todos os segmentos
sociais. Esta coesão social interna, intrínseca aos grupamentos sociais, de quaisquer
magnitudes, identifica o sentido de solidariedade e de fraternidade próprias do ser
humano.
Como entender e aplicar concretamente nos diversos ramos do direito, pelos operadores
jurídicos, o conceito de fraternidade?
Quando o juiz age com fraternidade, em suas decisões? E como aplica as normas legais
com justiça fraterna?
Não se trata de julgar com piedade, nem aplicar uma espécie de direito alternativo, mas
sentir o sofrimento de quem vai pedir Justiça a quem pode dar paz à sua angústia
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pessoal.
Esse horizonte da fraternidade coaduna-se com a efetiva tutela dos direitos humanos,
haja vista o direito à vida, o mais fundamental deles, como os casos de aborto,
eutanásia, experiências com embriões.
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A fraternidade como categoria jurídica
Que instrumentos são estes, afinados com a categoria fraternidade, e que podem tornar
os julgamentos mais justos, segundo o espírito da lei e não pela letra strictu senso?
Nosso estudo propõe-se a identificar os casos mais evidentes de aplicação da
fraternidade no direito.
Sobre os conceitos de bem comum e equidade, José Pedro Galvão de Souza et alii
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demonstraram que se assentam em princípios de direito natural, desde a teoria da
justiça de Aristóteles na Ética nicomaqueia, assimilada por Santo Tomás de Aquino,
quanto à justiça social, nas encíclicas sociais, nos filósofos e pelo jusnaturalismo
tradicional.
Ora, fins sociais e bem comum enquadram-se dentro da categoria dos conceitos jurídicos
indeterminados, deixados intencionalmente pelo legislador para o Juiz aplicá-los aos
casos concretos, de acordo com as circunstâncias particulares, condições sociais,
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econômicas, políticas, culturais etc.”
E ainda:
“Assim o juiz, diante de uma lei que ‘sente’ ser injusta, ‘sabe’ que o é, e em
consequência, não a ‘pode’ aplicar, e dado que não lhe é lícito o non liquet, nem tão
pouco julgar contra legem, somente lhe cabe enfrentar o desafio utilizando métodos
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interpretativos de lógica razoável, nada mais que a aplicação das regras da equidade;
ou declarar a inconstitucionalidade da lei e recusar sua aplicação sob este fundamento.
Vê-se, destarte, que o ‘uso alternativo’ do direito é o uso da própria equidade, uma
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A fraternidade como categoria jurídica
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forma aperfeiçoada de Justiça, segundo Aristóteles, ou complementação da lei no que
tem de lacunosa, ou ainda uma interpretação benigna ou mais favorável, que atenua a
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rigidez da norma”.
No atual Código de Processo Civil, a regra geral do art. 127 restringe o emprego da
equidade: O juiz só decidirá por equidade nos casos previstos em lei. Mas há as
exceções pontuais: na fixação de honorários advocatícios, art. 20, § 3.º. E nas causas de
pequeno valor… serão fixados consoante apreciação equitativa do juiz… § 4.º.
d) nos casos de ofensa à honra por injúria, difamação ou calúnia, a indenização será
fixada equitativamente como parecer adequada pelo juiz (examinando a intensidade da
ofensa, necessidades do ofendido, possibilidades do ofensor) (art. 953);
E conclui Othon Sidou que: “a justiça geral assenta na contribuição dos membros da
comunidade para o bem comum, visando, ora à manutenção dos encargos peculiares,
ora à repartição mais equilibrada das riquezas. Neste último sentido, a justiça geral –
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dirigida ao bem comum – toma o nome de justiça social”.
Nem se olvide que a Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro, em seus arts. 4.º
e 5.º estipula regras de supra direito para a interpretação e aplicação das leis,
mandando o juiz decidir, em caso de omissão da lei, de acordo com a analogia, os
costumes e os princípios gerais de direito (art. 4.º), aplicá-la atendendo aos fins sociais
a que ela se dirige e às exigências do bem comum (art. 5.º).
Na lúcida visão de Othon Sidou: “o direito tende exclusivamente a fins sociais e a norma
jurídica o acompanha nessa tendência. Então, fins sociais são justiça social, expressão
de recente emprego na linguagem jurídica, e justiça social e bem comum, de criação
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tomista, querem dizer uma só coisa”.
Por ser a equidade uma justiça individualizada, que visa pessoas particulares, tem
caráter predominante de humanidade. Distingue-se da própria justiça, porquanto esta
corresponde à aspiração do legislador, e a equidade corresponde à aspiração do julgador
. Afirma Sidou que o adágio summum ius summa iniuria encerra subjetivamente o
conceito de equidade, do mesmo modo como a equidade afasta, por serem odiosos, os
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conceitos dura lex, sed lex e fiat iustitia, pereat mundus.
Adverte aos julgadores que a justiça social, ou o bem comum, não são regras
subsidiárias, não se limitam a reger apenas na omissão da lei, porém em todos os casos
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de aplicação do direito.
E quanto à equidade e bem comum, não identifica serem regras de interpretação, mas
critérios de aplicação do direito; os intérpretes neles se inspiram visando ao resultado
final o mais benéfico em cada caso particular.
Maria Helena Diniz, por sua vez, distingue a equidade legal, a judicial, na elaboração
legislativa, na interpretação das normas e, especialmente, como elemento de adaptação
da norma: é o art. 5.º da Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro que permite
corrigir a inadequação da norma ao caso concreto. A equidade seria uma válvula de
segurança que possibilita aliviar a tensão e a antinomia entre a norma e a realidade, a
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revolta dos fatos contra os Códigos.
Eros Roberto Grau escreve que um novo nome dado à equidade é o de proporcionalidade
, não um princípio, mas uma pauta, um critério de interpretação. Acrescenta que
proporcionalidade e razoabilidade são “postulados antes denominados simplesmente
equidade ”, e “que o Judiciário desde há muito vem exercitando na
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interpretação/aplicação do direito”.
Pela Lei dos Juizados Especiais Cíveis e Criminais, o processo deverá buscar, sempre que
possível, a conciliação ou a transação: O Juiz adotará em cada caso a decisão que
reputar mais justa e equânime, atendendo aos fins sociais da lei e às exigências do bem
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comum (art. 6.º). A norma segue fielmente a expressão jurídica do art. 5.º da Lei de
Introdução, sendo que as decisões nos Juizados Especiais obedecem aos princípios
próprios da justiça, equidade, fins sociais da lei, exigências do bem comum,
proporcionalidade e razoabilidade.
A Lei da Arbitragem estabelece que ela poderá ser de direito ou de equidade, a critério
das partes (art. 2.º), o que poderá constar do compromisso arbitral (art. 11), devendo
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haver a prévia conciliação (arts. 7.º, § 2.º e 21, § 4.º). É característica da utilização da
arbitragem, portanto, a possibilidade de ser utilizado pelo árbitro um critério de
julgamento que não seja estritamente legal, mas por ele entendido como sendo o mais
justo, não podendo as partes se furtar ao resultado da decisão.
2.º) bem por isso, excluída a equidade cerebrina ou de tipo alternativo, os demais
conceitos serão sempre um dever da função do magistrado, apenas se distinguindo as
funções explicitadas pela lei e as implícitas no ordenamento; assim como não pode
haver regra jurídica que não seja moral, também não pode deixar de ser aplicada
equitativamente, sempre que couber.
Um dos mais altos fins alcançados pela aplicação da equidade consiste na humanização
da Justiça, que exige um processo orientado pela oralidade, simplicidade, informalidade,
economia processual e celeridade, como preconizado no art. 2.º da Lei dos Juizados
Especiais, e como determina a Constituição Federal: a razoável duração do processo e a
celeridade de sua tramitação (inc. LXXVIII do art. 5.º).
Como associar equidade, bem comum e justiça social à categoria jurídica da fraternidade
, conceitos conexos aos princípios e objetivos de uma humanização da Justiça? Os
fundamentos constitucionais da fraternidade inscrevem-se no Preâmbulo, na dignidade
da pessoa humana, no direito à vida e à liberdade. Outras referências implícitas se
revelam ao longo da Carta Constitucional e da legislação especial sobre direitos
humanos, como veremos.
Qual a finalidade das leis? A quem elas se dirigem? Para que nos preocupamos em
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A fraternidade como categoria jurídica
Pela pacificação social nos processos se atinge o bem comum, a igualdade e a justiça
como valores supremos de uma sociedade fraterna, fundada na harmonia social
(Preâmbulo da Constituição). E a expressão dignidade da pessoa humana não é um
mero princípio constitucional, pois tem o sentido teleológico de fundamentar as políticas
sociais, permitindo discernir o justo do injusto, o aceitável do inaceitável, o legítimo do
ilegítimo.
Toda violação de direitos apresentada ao Judiciário (inc. XXXV do art. 5.º da CF/1988)
exige exegese compatível com o papel jurídico e social do julgador, construindo, em
cada situação concreta, o sentido de justiça face à sociedade. A ineficácia judicial
provoca a crise de legitimidade do Judiciário, seja pelo anacronismo de sua estrutura
organizacional, seja pela insegurança da sociedade com relação à impunidade, à
discriminação e à aplicação seletiva das leis. Como prestigiar as relevantes funções
judiciárias exigidas pela Constituição, e cumprir o juiz sua missão de garantia dos
direitos humanos e sociais?
Anotamos que a paz, como justiça social, é um dos preceitos constitucionais implícitos,
tendo como objetivo central a busca da Justiça, para se construir o bem comum em
sociedades mais justas e pacíficas. A fraternidade é um dom que cada homem e mulher
traz consigo como ser humano.
Diante dos muitos dramas que atingem as nações, como a pobreza, a fome, o
subdesenvolvimento, os conflitos, a migração, a poluição, a desigualdade, a injustiça, o
crime organizado, os fundamentalismos, temos na fraternidade a base e o caminho para
a paz. A fraternidade pede compromisso com a solidariedade contra a desigualdade e a
pobreza, que enfraquecem a vida social; pede cuidados para com toda pessoa,
especialmente as mais indefesas.
Num mundo que constantemente cresce em interdependência, não pode faltar o bem da
fraternidade, que vence aquela globalização da indiferença. A globalização da indiferença
deve dar lugar a uma globalização da fraternidade. A fraternidade deve marcar todos os
aspectos da vida, incluindo a economia, as finanças, a sociedade civil, a política, a
pesquisa, o desenvolvimento, as instituições públicas e culturais.
Aristóteles. Ética a Nicômaco. São Paulo: Abril Cultural, 1973. Coleção Os Pensadores.
Baggio, Antonio Maria (org.). O princípio esquecido. São Paulo: Cidade Nova,
2008-2009. vol. I e II.
Carvalho Filho, Milton Paulo de. Indenização por equidade no novo Código Civil. São
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Caso, Giovanni; Cury, Afife; Cury, Munir; Souza, Carlos Aurélio Mota de. Direito e
fraternidade. São Paulo: Cidade Nova, 2008.
Diniz, Maria Helena. Compêndio de introdução à ciência do direito. 5. ed. São Paulo:
Saraiva, 1984.
Grinover, Ada Pellegrini; Busana, Dante (orgs.). Execução penal: (Lei n. 7.210, de 11 de
julho de 1984): mesas de processo penal, doutrina, jurisprudência e súmulas. São
Paulo: Max Limonad, 1987.
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A fraternidade como categoria jurídica
Gusmão, Paulo Dourado de. Introdução ao estudo do direito. 10. ed. Rio de Janeiro:
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Messner, Johannes. El bien común, fin y tarea de la sociedad. Madrid: Euramerica, 1959.
Monteiro, Washington de Barros. Curso de direito civil, parte geral. São Paulo: Saraiva,
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Peluso, Vinicius de Toledo Piza. Retroatividade penal benéfica. Uma visão constitucional.
São Paulo: Saraiva, 2013.
Platão. A República. Trad. Anna Lia Amaral de Almeida Prado. São Paulo: Martins Fontes,
2006.
Sidou, José Maria Othon. A equidade e o bem comum (justiça social) na aplicação do
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Silveira, Alípio. Hermenêutica no direito brasileiro. São Paulo: Ed. RT, 1968. vol. 1.
Sousa, José Pedro Galvão de; Garcia, Clovis Lema; Carvalho, José Fraga Teixeira de.
Dicionário de política. São Paulo: T. A. Queiroz Ed., 1998.
Souza, Carlos Aurélio Mota de. Segurança jurídica e jurisprudência. São Paulo: Ed. LTr,
1996.
Tomás de Aquino, Santo. Suma teológica. São Paulo: Loyola, 2005. vol. VI.
6 O olhar do maestro unifica o som das diversas partituras; o arco-íris, em sete cores,
no Disco de Newton apresenta-se branco; as abelhas trabalham todas para o sustento
da sua colmeia; o corpo humano, vários órgãos para um ser uno; a Trindade, ao mesmo
tempo Una e Trina. Socialmente, o bem comum é, pois, um todo constituído de partes,
pessoas individualizadas, mas distintas entre si.
8 Idem, p. 75.
12 Baggio, Antonio Maria (org.). O princípio esquecido. São Paulo: Cidade Nova,
2008-2009. vol. I e II.
14 Semelhante à norma do art. 1.º do Código Suíço das Obrigações, considerada pelos
juristas como das mais aperfeiçoadas quanto ao poder de apreciação do intérprete: “Na
falta de uma disposição legal aplicável, o juiz decide segundo o direito costumeiro; e na
falta de um costume, segundo as regras que ele estabeleceria se tivesse de agir como
legislador. Ele se inspira nas soluções consagradas pela doutrina e pela jurisprudência”.
Ao conferir à equidade a condição de regra ou princípio, que não é, e ser, assim, uma
definição equívoca, foi afastada pelo Código de 1973, no art. 127.
15 O Dec.-lei 4.657, de 1942, não foi alterado em sua redação original, mas apenas em
sua ementa, pela Lei 12.376, de 30.12.2010.
17 Lei Geral de Aplicação das Normas Jurídicas. Anteprojeto oficial (Dec. 51.005, de
1961 e 1490, de 1962). Rio de Janeiro: Imprensa Oficial, 1964.
19 Segurança jurídica e jurisprudência. São Paulo: Ed. LTr, 1996. p. 257 e ss.
21 Segundo lições de Luis Recaséns Siches, cf. Nueva perspectiva de la equidad. Nueva
filosofía de la interpretación del Derecho (1973), p. 260 e ss.; Experiencia jurídica,
naturaleza de la cosa y lógica “razonable”. Unam, 1971. p. 282, 401 e 482.
22 “O equitativo e o justo são a mesma coisa e, sendo ambos bons, a única diferença
existente entre eles é que o equitativo é ainda melhor”. Cf. Ética nicomaqueia, vol. 10;
Retórica I, 13.
24 “Art. 66. A pena poderá ser ainda atenuada em razão de circunstância relevante,
anterior ou posterior ao crime, embora não prevista expressamente em lei.”
27 Constituição Federal, art. 5.º, XL: a lei penal não retroagirá, salvo para beneficiar o
réu. Cf. art. 2.º, parágrafo único do CP. No parecer de Ada Pellegrini Grinover,
Realmente não há como negar que o juiz da execução é chamado frequentemente a
exercer, em sua plenitude e em sua pureza, a função jurisdicional: e nem assim poderia
deixar de ser, porquanto a sentença condenatória penal contém implícita a cláusula
rebus sic stantibus, como sentença determinativa que é: o juiz fica, assim, autorizado,
pela natureza mesma da sentença, a agir por equidade, operando a modificação objetiva
da sentença sempre que haja mutação nas circunstâncias fáticas. Execução penal, p. 9.
28 Indenização por equidade no novo Código Civil. São Paulo: Atlas, 2003.
32 A República, L. IV, 420c: “(…) estamos plasmando a cidade de modo que ela seja
feliz, sem dar privilégio a poucos, porque nosso objetivo não é fazer que alguns sejam
felizes, mas a cidade em seu todo”. A República (2006, p. 136; idem, 462d, p. 195).
33 Foi com o Dr. Angélico que surgiu a expressão “bem comum”, bonum commune, a
qual, a partir daí, passou a ser o fulcro teleológico do direito. Op. cit., p. 172.
34 Idem, p. 173.
35 Idem, p. 164.
36 Idem, p. 174.
39 Além de inúmeros trabalhos jurídicos sobre os mais variados campos do direito, estas
tratam da equidade e institutos afins: A boa-fé no direito civil (1941); Da interpretação
das leis em face dos vários regimes políticos (1941); Conceito e funções da equidade em
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A fraternidade como categoria jurídica
face do direito positivo (1943); A decisão de equidade no Código do Processo Civil (dois
artigos) (1943?); O direito expresso na doutrina e na jurisprudência brasileiras (1943);
A equidade e a boa-fé no contrato de seguro (1944); A equidade no direito do trabalho
(1945); o fator político-social na interpretação das leis (1946); Hermenêutica no direito
brasileiro (1968).
55 Estes são pensamentos do Papa Francisco para o Dia Mundial da Paz, a 1.º de janeiro
de 2014 apud [www.zenit.org], acesso em: 31.07.2013.
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