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ANÁLISE ENERGÉTICA E EXERGÉTICA DE SISTEMAS FOTOVOLTAICOS E


TÉRMICOS

Conference Paper · August 2014

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9 authors, including:

Suellen Costa Janaína De Oliveira Castro Silva


Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais
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Cristiana Brasil Maia


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ANÁLISE ENERGÉTICA E EXERGÉTICA DE SISTEMAS
FOTOVOLTAICOS E TÉRMICOS

Suellen Caroline Silva Costa, suellencscosta@gmail.com


Janaína de Oliveira Castro Silva, janainajocs@hotmail.com

S
Vinícius Veloso, vinivel@live.com

O
Cristiana Brasil Maia, cristiana@pucminas.br

. TIV
Lauro de Vilhena Brandão Machado Neto, lvilhena@pucminas.br
Antonia Sônia Alves Cardoso Diniz, asacd@pucminas.br

TO INI
Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais, Instituto Politécnico da PUC Minas, Av. Dom José Gaspar, 500

EN EF
CEP 30535-901, Coração Eucarístico, Belo Horizonte/MG, Brasil.

EV D
Resumo: Os sistemas fotovoltaicos (PV) são uma tecnologia de geração de energia que converte a radiação solar em

O AIS
energia elétrica. Estes sistemas podem ser conectados à rede elétrica ou serem isolados, contando neste caso com um
sistema de armazenamento. Devido à preocupação quanto ao uso de fontes não-renováveis e finitas para a geração de
energia elétrica, os sistemas fotovoltaicos são vistos como uma tecnologia promissora para inserção na matriz elétrica
Ó AN
brasileira, por depender de um recurso renovável abundante em todo o país: a radiação solar. Além dos sistemas
fotovoltaicos que geram apenas energia elétrica, existem os sistemas fotovoltaico/térmicos (PV/T) capazes de gerar
AP S

energia elétrica e térmica em um único sistema. Esta adaptação do sistema fotovoltaico, incluindo o uso do calor antes
S
S O

rejeitado, é uma alternativa atrativa para aumentar o desempenho destes sistemas. Desta forma, este trabalho
apresenta a modelagem para cálculo das eficiências energética para sistemas fotovoltaicos (PV) e análise exergética
O R.

para sistemas fotovoltaicos (PV) e sistemas fotovoltaico/térmicos (PV/T), com base nas condições meteorológicas da
localidade e parâmetros elétricos e térmicos de módulos fotovoltaicos. A simulação das eficiências foi realizada para
AD NA

as tecnologias de módulos fotovoltaicos de silício monocristalino, policristalino e amorfo, considerando os dados


climatológicos para a cidade de Belo Horizonte, em Minas Gerais. Os resultados demonstraram que as eficiências
IC MI

energéticas dos módulos PV variaram entre 9,89% e 16,39%, sendo o módulo PV de silício monocristalino o mais
eficiente e o módulo PV de silício amorfo o de menor eficiência. As eficiências exergéticas dos módulos PV
BL ELI

monocristalino e policristalino apresentaram eficiências muito próximas, 9,46% e 9,84%, respectivamente, diferença
esta justificada pela diferença de áreas. Já o módulo PV de silício amorfo apresentou eficiência exergética de 3,15%,
PU PR

sendo, portanto o menos eficiente. As eficiências exergéticas para os módulos PV/T variaram de 8,89% a 16,20%, o
que demonstra que esta tecnologia possui melhor desempenho se comparado com módulos PV, devido ao
aproveitamento do calor.
ÃO O
R SÃ

Palavras-chave: Módulos Fotovoltaicos, Módulos Fotovoltaico/Térmicos, Desempenho, Análise Energética, Análise


Exergética.
SE R
VE

1. INTRODUÇÃO

A crescente demanda por energia e a hipótese de esgotamento dos combustíveis fósseis são os fatores propulsores
para o aumento do número de pesquisas e incentivos referentes à utilização de fontes renováveis em sistemas de
geração de energia. Estas fontes são capazes de reduzir a dependência por combustíveis fósseis, minimizando os
impactos ambientais relativos a emissões de poluentes, além de contribuir como fonte complementar a geração de
energia a partir de sistemas convencionais.
Apesar da maior parte da energia gerada no Brasil ser proveniente de uma fonte considerada renovável, a
hidráulica, a implantação de uma usina provoca impactos representativos ao meio ambiente, como inundação de áreas
extensas prejudicando a fauna e a flora do local, além de alterar o funcionamento dos rios e deslocar populações. Tendo
em vista estes impactos, surge a necessidade de promover a inserção de sistemas que utilizem fontes alternativas, como
por exemplo, os sistemas fotovoltaicos. Os sistemas fotovoltaicos utilizam a radiação solar como recurso energético
para a geração de energia elétrica, recurso este abundante em quase todo o país. Segundo Singh (2013) é altamente
desejável uma forma de geração de energia limpa e inesgotável, ao invés do uso intensivo de combustíveis fósseis, e
VIII Congresso Nacional de Engenharia Mecânica, 10 a 15 de agosto de 2014, Uberlândia - Minas Gerais

afirma que a utilização de sistemas fotovoltaicos pode ser uma válvula de escape para a crescente demanda por energia
elétrica.
A preocupação em diversificar a matriz elétrica brasileira e o vasto recurso solar no país vem promovendo o
aumento da capacidade de sistemas fotovoltaicos conectados a rede elétrica. De acordo com o levantamento realizado
pela Associação Brasileira de Indústria Elétrica e Eletrônica em 2012, a potência acumulada de sistemas fotovoltaicos
aumentou aproximadamente 53% em relação ao ano de 2011. Este aumento também é reflexo dos incentivos
regulatórios, como a Chamada da ANEEL N° 13/11, que visa incentivar propostas de projetos estratégicos relativos à
inserção da geração solar fotovoltaica na matriz energética brasileira e a Resolução Normativa da ANEEL N° 482/12,
que aborda as condições para acesso da microgeração e minigeração aos sistemas de distribuição de energia elétrica.
Esta resolução normativa da ANEEL incentiva a inserção de sistemas de geração distribuída, em que a geração de
energia elétrica é próxima ao local de consumo o que posterga investimentos em redes, além de reduzir as perdas
relativas à transmissão de energia. Esta resolução favorece a inserção de sistemas fotovoltaicos devido a sua
modularidade e flexibilidade de configurações.
Lacchini e Santos (2012) realizaram um estudo comparativo entre a geração de energia proveniente de sistemas

S
fotovoltaicos e usinas a carvão no Brasil. Neste estudo foram considerados os custos da produção da energia, além dos

O
impactos ambientais. Os autores observaram a relevância quanto ao uso de sistemas fotovoltaicos, devido à possiblidade

. TIV
de utilização como sistemas descentralizados e por não serem poluentes, e concluíram que o custo da energia
proveniente de sistemas fotovoltaicos é 11% menor se comparada com a gerada em usinas a carvão, considerando os
impactos ambientais, a flexibilidade em relação à geração (centralizada ou descentraliza) e a necessidade de menores

TO INI
investimentos em redes de distribuição e transmissão.
O aumento da capacidade de sistemas fotovoltaicos instalados induz o aumento de pesquisas relacionadas a esta

EN EF
tecnologia de geração, principalmente em relação ao desempenho. O componente do sistema fotovoltaico responsável
por converter a energia solar em energia elétrica é denominado módulo fotovoltaico formado por um conjunto de

EV D
células solares, sendo que o desempenho deste dispositivo é influenciado por diferentes fatores, entre os principais, a

O AIS
temperatura. A elevada temperatura ambiente promove o aumento da temperatura do módulo, e consequentemente a
redução da sua eficiência, além de gerar calor que é rejeitado para o ambiente. A busca por alternativas que possam
minimizar o impacto da variação da temperatura ambiente, fator este meteorológico, no desempenho dos módulos
Ó AN
fotovoltaicos tem sido incentivada pelo crescimento da aplicação deste tecnologia.
De acordo com Sarhaddi e outros (2010) um sistema fotovoltaico (PV) apresenta tempo de retorno de energia entre
AP S

10 e 15 anos, dependendo do isolamento e do desempenho do mesmo. Se o desempenho do mesmo pode ser


S

aumentado, o tempo de recuperação de energia pode ser reduzido. Portanto, a avaliação de desempenho é um fator
S O

importante. O desempenho depende de parâmetros climáticos, operacionais e de projeto, tais como a temperatura
O R.

ambiente, intensidade da radiação solar, velocidade do vento, temperatura da célula solar, velocidade do ar, tensão de
circuito aberto, corrente de curto-circuito, corrente e tensão no ponto de máxima potência, o comprimento e a largura do
AD NA

módulo, coeficiente global de transferência de calor, entre outros. Segundo Sodha e Tiwari (2006) a redução do tempo
de retorno de energia, através do aumento da eficiência do módulo fotovoltaico, pode ser alcançada através da absorção
IC MI

do calor por um fluido. A temperatura do módulo aumentará de acordo com a elevação da temperatura ambiente, porém
a transferência de calor do módulo para o fluido (aquecimento) proporciona o aumento da eficiência do dispositivo.
BL ELI

Neste cenário, surgem os sistemas fotovoltaico/térmicos (PV/T), nos quais um único sistema gera energia elétrica e
térmica. Os módulos PV/T podem ser de diferentes tipos e utilizar diferentes fluidos, como ar e água, ocorrendo a
PU PR

transferência de calor entre o módulo e o fluido. De acordo com Tyagi e outros (2012) o módulo PV/T é mais eficiente
do que o módulo fotovoltaico (PV), devido à eficiência combinada – energia elétrica e térmica, além de ser uma
tecnologia que pode ser facilmente adaptada aos módulos fotovoltaicos, podendo reduzir o período de retorno de
ÃO O

investimento. Os módulos PV/T diferenciam dos módulos PV por apresentar uma estrutura na parte traseira do módulo
R SÃ

por onde passa o fluido.


O desempenho destes sistemas pode ser avaliado em termos da primeira e segunda lei da termodinâmica. Sua
SE R

avaliação com base na primeira e segunda leis da termodinâmica é conhecida como eficiência energética e eficiência
VE

exergética, respectivamente. Segundo Dincer (2002) a análise exergética é uma ferramenta para avaliação do impacto
ambiental da utilização do recurso energético. A técnica de análise exergética possui aplicação na previsão dos
objetivos de uso de fontes de energia mais eficientes, permitindo a determinação de localizações, tipos e magnitudes
reais de perdas e gastos. Ela pode ainda ser uma ferramenta de grande valia no estudo da possibilidade de redução da
ineficiência em sistemas já existentes. Associadas todas estas funcionalidades, a análise exergética constitui um
componente chave na obtenção de um desenvolvimento sustentável. De acordo com Pandey e outros (2013) a análise
energética é mais apropriada quando uma análise global é necessária, já a análise exergética é mais apropriada quando o
sistema ou um componente individual devem ser analisados qualitativamente.
Joshi e outros (2009) citam que a energia de um sistema fotovoltaico depende principalmente de duas componentes
denominadas energia elétrica e energia térmica. A energia elétrica gerada pelo sistema fotovoltaico é também
denominada como a exergia elétrica, uma vez que ela está completamente disponível para ser convertida em trabalho.
Uma vez que a energia térmica disponível na superfície das células fotovoltaicas não é utilizada para gerar trabalho útil
no caso dos sistemas fotovoltaicos, ela passa a constituir perda de calor para o ambiente. A eficiência energética de um
sistema fotovoltaico pode ser definida então como uma relação entre a energia gerada e a energia solar total incidente na
superfície do módulo fotovoltaico. Sahin e outros (2007) investigaram as características termodinâmicas das células
solares, com base nas eficiências energéticas e exergéticas. A eficiência energética encontrada variou entre 7 e 12%
VIII Congresso Nacional de Engenharia Mecânica, 10 a 15 de agosto de 2014, Uberlândia - Minas Gerais

durante a hora do dia, enquanto que a eficiência exergética variou entre 2 e 8%. De acordo Xydis (2013) as perdas de
exergia, estão relacionadas ao fator de correção da temperatura, devido ao aumento da temperatura do módulo,
representando perdas de aproximadamente 1,3% no desempenho do sistema.
Estudos comparativos entre sistemas PV e PV/T foram feitos por Joshi e outros (2009) que propuseram uma
metodologia para estimar a eficiência energética e exergética destes sistemas, e verificaram que a eficiência de um
sistema PV/T pode ser maior do que a eficiência de um sistema PV, aproximadamente 13%, considerando uma mesma
condição de operação, sendo que este aumento pode ser ainda mais significativo dependendo do índice de radiação
solar. Saloux e outros (2013) também analisaram o desempenho de sistemas fotovoltaicos (PV) e sistemas
fotovoltaico/térmico (PV/T), através de um método para estimar a exergia. Para isso, foi proposto um modelo para
prever a variação dos parâmetros elétricos dos módulos de acordo com diferentes condições ambientais. Os resultados
permitiram observar o aumento da eficiência exergética em módulos PV/T em relação a módulos PV, devido à inclusão
da exergia do calor recuperado, considerado como energia útil nos sistemas PV/T.
Desta forma, este trabalho apresenta uma análise comparativa das eficiências energéticas e exergéticas de módulos
PV e PV/T, com base nas condições meteorológicas da cidade de Belo Horizonte em Minas Gerais, e parâmetros

S
elétricos e térmicos de módulos fotovoltaicos de silício monocristalino, policristalino e amorfo.

O
. TIV
2. METODOLOGIA

Os módulos fotovoltaicos são compostos por várias células solares ligadas em série e/ou em paralelo que

TO INI
transformam a energia solar em eletricidade a partir do efeito fotovoltaico. Atualmente existem vários tipos de células
constituídas por diferentes materiais. A tecnologia mais utilizada é a de silício, por apresentar maior relação

EN EF
eficiência/custo sobre as outras tecnologias de células. As células de silício podem ser de silícico cristalino
(monocristalino ou policristalino) ou de filme fino (silício amorfo). As células de filme fino são atrativas para o

EV D
mercado de tecnologias de células, pois são compostas por uma fina camada do semicondutor, o que reduz o custo de

O AIS
produção, além de serem mais facilmente moldáveis em formas não planas para aplicações específicas.
As células solares podem ser distinguidas de acordo com o grau de pureza do material, que é um fator de influência
direta na eficiência deste dispositivo fotovoltaico. Segundo Green e outros (2012), as células de silício monocristalino
Ó AN
podem atingir eficiência de até 25%, devido ao elevado grau de pureza do silício, possibilitando alcançar um maior
desempenho em relação às outras tecnologias de células. As células de silício policristalino possuem eficiência em torno
AP S

de 20%, enquanto as células de silício amorfo de filme fino podem chegar a eficiências de aproximadamente 10%. As
S

células de Telureto de Cádmio (CdTe) e de Disseleneto de Cobre-Indio (CIS) também são tecnologias de células de
S O

filme fino e possuem eficiências em torno de 16% e 19%, respectivamente.


O R.

Este trabalho visa analisar o desempenho de três tecnologias de módulos fotovoltaicos PV e PV/T, através da
modelagem e simulação das eficiências energética e exergética, considerando dados meteorológicos da cidade de Belo
AD NA

Horizonte, em Minas Gerais. A simulação foi realizada no software Engineering Equation Solver (EES), no qual foram
gerados os gráficos utilizados na análise.
IC MI

Para estimar os parâmetros elétricos e térmicos dos módulos fotovoltaicos para diferentes condições de operação é
necessário definir os parâmetros em condição de referência, possibilitando estimar a variação destes em relação à
BL ELI

temperatura e radiação solar. Para isso, foram considerados como parâmetros de referência na simulação, os dados
fornecidos pelos fabricantes dos módulos em condição padrão de teste (Standard Test Conditions – STC). Na Tabela 1
PU PR

são apresentadas as características elétricas dos módulos fotovoltaicos monocristalino (SP70), policristalino (KC65T) e
amorfo (ES-62T).
ÃO O

Tabela 1. Características elétricas dos módulos fotovoltaicos


R SÃ

SP70 KC65T ES-62T


SE R

Potência (W) 70 65 62
VE

Tensão de circuito aberto - Voc,ref (V) 21,4 21,7 21,0


Corrente de curto-circuito - Isc,ref (A) 4,7 3,99 5,1
Tensão no ponto de máxima potência - Vm,ref (V) 16,5 17,4 15,0
Corrente no ponto de máxima potência - Im,ref (A) 4,25 3,75 4,1
Coeficiente de temperatura para corrente de curto-circuito – (A/°C) 0,002 0,00159 0,0051
Coeficiente de temperatura para tensão de circuito aberto – β (V/°C) -0,076 -0,0821 -0,08
Condição de temperatura nominal para funcionamento da Célula –TONC (°C) 45 47 46
Temperatura em condição padrão de operação – STC (°C) 25 25 25
Área (m²) 0,566 0,489 0,997
Fonte: Kyocera (2007), Shell Solar (2002) e Uni-Solar (2005)

As eficiências energética e exergética foram estimadas para todas as horas e dias do ano, considerando a variação
dos parâmetros meteorológicos e parâmetros elétricos dos módulos fotovoltaicos. Os dados meteorológicos utilizados
VIII Congresso Nacional de Engenharia Mecânica, 10 a 15 de agosto de 2014, Uberlândia - Minas Gerais

na simulação foram de um ano padrão para cidade de Belo Horizonte, obtido a partir de dados provenientes do projeto
Solar and Wind Energy Resource Assessment (SWERA).
A modelagem dos parâmetros elétricos dos módulos PV é igual para os módulos PV/T, o que diferencia é a
estimativa da eficiência exergética, em que um sistema rejeita o calor, e o outro utiliza o calor como energia útil.

3. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

O gerador fotovoltaico é o componente do sistema fotovoltaico responsável por absorver a radiação solar e a
converter em energia elétrica, podendo este ser constituído por módulos de diferentes tecnologias. O desempenho dos
módulos fotovoltaicos é influenciado por diversos fatores, entre os quais, as condições meteorológicas como a
intensidade da radiação solar, a temperatura ambiente e a velocidade do vento.
Para avaliar a variação dos parâmetros elétricos e térmicos e as eficiências energéticas e exergéticas ao longo de um
ano típico dos módulos analisados, foram considerados os dados meteorológicos de um ano padrão para a cidade de
Belo Horizonte. Para estimar os parâmetros elétricos e térmicos dos módulos fotovoltaicos foi utilizado o modelo

S
proposto por Chouder e outros (2012) que considera o modelo de um diodo para determinar os parâmetros em

O
diferentes condições de operação através de dados obtidos em uma determinada condição de referência.

. TIV
A corrente de curto-circuito para uma condição de operação pode ser definida por:

I = I +α T −T,

TO INI
, (1)

EN EF
onde G , I , e T , são a radiação solar, a corrente de curto-circuito e a temperatura do módulo em condição de
referência, G e T são a radiação solar e a temperatura do módulo em uma determinada condição de operação, e α é o

EV D
coeficiente de temperatura para a corrente de curto-circuito.
A temperatura do módulo (T ) pode ser definida a partir dos dados definidos para a condição de operação nominal
O AIS
do módulo, Eq. (2), como proposto por Pandey e outros (2013):
Ó AN
°
T = T + ∗G (2)
" #/%&
AP S

onde TONC é a temperatura de operação nominal do módulo e T é a temperatura ambiente.


S
S O

A tensão de circuito aberto é dada por:


O R.

V) = V) , −β T, − T + A ln (3)
AD NA

onde V) , é a tensão de circuito aberto em uma condição de referência, β é o coeficiente de temperatura para a tensão
IC MI

de circuito aberto, e A é o fator de idealidade modificado do diodo, definido por:


BL ELI

./ 0
A = (4)
1
PU PR

onde n é o fator de idealidade do diodo, neste trabalho foi considerado o fator de idealidade de um diodo ideal (n=1),
k é a constante de Boltzmann (1,38x10-23 J/K), e q é a carga de um elétron (1,602x10-19C).
ÃO O

A corrente e tensão no ponto potência máxima são definidas por:


R SÃ

I% = I%, (5)
SE R
VE

V% = V%, −β T, −T (6)

onde V%, e I%, são a tensão e corrente no ponto de potência máxima para uma condição de referência.
Os parâmetros de referências utilizados nesta modelagem foram retirados das especificações técnicas
disponibilizadas pelos fabricantes dos módulos fotovoltaicos avaliados, considerando a condição padrão de teste
(Standard Test Conditions –STC). A partir da definição dos parâmetros elétricos dos módulos fotovoltaicos para
diferentes condições de operação, é possível avaliar a eficiência dos módulos através das eficiências energéticas e
exergéticas. A análise energética e exergética possibilita avaliar o desempenho dos sistemas ou módulos fotovoltaicos.
Neste estudo foi considerado o modelo proposto por Pandey e outros (2013).
A eficiência energética pode ser determinada como:

9:0 ;<0
η . 5é78 = *>
(7)

onde A é a área do módulo fotovoltaico.


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A exergia de saída de módulos fotovoltaicos é dada pelo somatório das exergias elétrica e térmica:

Ex%óBCD) = Ex D 7 + Ex7 % (8)

onde

Ex D 7= V) I (V) I V% I% (9)

Ex7 % 1 F
h AHT T (10)
0

onde h = 5,7+3,8v é o coeficiente de transferência de calor e v é a velocidade do vento.


A eficiência exergética de módulos fotovoltaicos é dada pela razão entre a exergia de saída e a exergia de entrada.
A exergia de entrada é proveniente da radiação solar, definida por:

S
O
Ex )D 1 F
G∗A (11)
<:J

. TIV
onde T )D é a temperatura do sol (5777 K).

TO INI
Como o produto dos módulos PV é a geração de energia elétrica, e o calor gerado é rejeitado, a exergia do módulo
PV é definida como sendo a diferença entre as exergias elétrica e térmica. Desta forma a eficiência exergética do

EN EF
módulo fotovoltaico é dada por:
RF

EV D
N 58 B íB 9P ;P Q S >H 0
R0 0F F
KLM N 58 B .7 B
= RF
(12)

O AIS
TQ U ∗>
R<:J
Ó AN
No caso dos módulos PV/T, a eficiência exergética total é dada pela soma das eficiências elétrica e térmica,
conforme Eq. 13.
AP S

R
N 58 B íB 9P ;P W Q- F S0F >H 0 - F
S

KLM/V R0
S O

= R
(13)
N 58 B .7 B TQ- F U *>
R<:J
O R.

Em módulos PV/T é considerada a parcela da exergia térmica no cálculo da eficiência exergética total, pois ao
AD NA

contrário dos módulos PV, eles utilizam o calor gerado na conversão para aquecimento de fluidos.
IC MI

4. RESULTADOS
BL ELI

Para analisar o comportamento das eficiências foram consideradas as médias mensais de um ano típico. Na Figura
1 são apresentadas as médias mensais para a radiação solar e para a temperatura ambiente.
PU PR
ÃO O
R SÃ
SE R
VE

Figura 1. Médias mensais das condições meteorológicas

A Figura 2 apresenta as médias mensais da exergia solar para as três tecnologias de módulos fotovoltaicos
avaliados. A exergia solar depende de variáveis comuns para todas as tecnologias avaliadas, como temperatura
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ambiente e do sol, e radiação solar. O que diferencia a exergia solar para cada tecnologia de módulo é a área. Pode-se
observar que o módulo de silício amorfo apresenta maior exergia solar, por possuir maior área em relação aos outros
módulos, seguido do módulo monocristalino e policristalino.

S
O
. TIV
TO INI
EN EF
Figura 2. Médias mensais da exergia solar

EV D
O AIS
Na Figura 3 são apresentadas as componentes da exergia, as exergias elétrica e térmica, para os módulos PV e
PV/T. Pode-se observar que a exergia solar é maior em relação às componentes da exergia de saída. Isso pode ser
justificado devido às perdas de absorção, pois nem toda radiação solar que incide nos módulos fotovoltaicos é
Ó AN
absorvida, e pela influência da temperatura, que afeta o desempenho destes dispositivos. As variações das curvas das
exergias elétricas e térmicas são devido à radiação e a temperatura ambiente. As exergias elétricas variam com a
AP S

temperatura do módulo, e esta é proporcional à variação da temperatura de operação nominal. A temperatura do módulo
S
S O

influencia os parâmetros elétricos dos mesmos, sendo que a elevadas temperaturas, a corrente de curto-circuito
apresenta um pequeno aumento, enquanto a tensão de circuito aberto reduz consideravelmente. Devido a este
O R.

comportamento dos parâmetros elétricos, a exergia elétrica é maior para o módulo monocristalino (SP70), e menor para
o módulo amorfo (ES62T), devido aos valores de tensão de circuito aberto e corrente de curto-circuito de referência e
AD NA

dos coeficientes de temperatura. Em relação às exergias térmicas, os módulos de silício cristalino são mais
influenciados pela temperatura do que o silício amorfo, desta forma os módulos monocristalino e policristalino
IC MI

apresentaram exergias térmicas aproximadas, porém menor do que a exergia térmica do módulo de silício amorfo,
sendo este resultado justificado devido à temperatura de operação nominal do módulo e da diferença de área.
BL ELI
PU PR
ÃO O
R SÃ
SE R
VE

Figura 3. Médias mensais das exergias elétricas e térmicas para os módulos PV e PV/T

A Figura 4 apresenta as médias mensais das eficiências energética e exergética dos módulos PV. A média mensal
das eficiências energéticas dos módulos PV monocristalino e policristalino variaram entre 15 e 17%, apresentando
valores aproximados para as duas tecnologias. Apesar do módulo PV monocristalino apresentar melhor desempenho,
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devido ao grau de pureza do silício utilizado nesta tecnologia ser maior do que nas outras tecnologias em análise, as
eficiências energéticas para os módulos PV cristalino foram semelhantes devido a diferença de área. Já o módulo PV
amorfo apresentou valores para eficiência energética entre 8 e 11%, aproximadamente. Assim como na análise da
eficiência energética, as eficiências exergéticas para os módulos PV de silício monocristalino e policristalino também
apresentaram valores semelhantes. A média mensal da eficiência exergética do módulo PV monocristalino variou entre
8 e 10,5%, do PV policristalino entre 9 e 11%, e do PV amorfo entre 2 e 4%, aproximadamente. Embora o módulo PV
monocristalino apresentar valores mais elevados para exergia elétrica em relação ao módulo policristalino, a sua maior
área em relação ao policristalino, faz com que a sua exergia solar também seja maior, resultando em uma maior
eficiência exergética total do módulo policristalino em relação ao monocristalino.

S
O
. TIV
TO INI
EN EF
EV D
O AIS
Ó AN

Figura 4. Médias mensais das eficiências energéticas e exergéticas para módulos PV monocristalino,
AP S
S

policristalino e amorfo
S O
O R.

A Figura 5 apresenta as médias mensais das eficiências exergética dos módulos PV/T. O comportamento das
curvas das eficiências exergéticas é justificado pela variação da temperatura ambiente e da radiação solar. O mês de
AD NA

agosto foi o mês que apresentou maiores eficiências exergéticas e o mês de dezembro o que apresentou menor
eficiência, isso para todas as tecnologias de módulo PV/T analisadas. Este fato pode ser explicado pelo mês de agosto
IC MI

apresentar maior média mensal de radiação solar, e o mês de dezembro a menor média mensal. A média mensal da
eficiência exergética do módulo PV/T monocristalino variou entre 14 e 16%, do PV policristalino entre 15 e 17%, e do
BL ELI

PV amorfo entre 8 e 10%, aproximadamente. Assim como na análise da eficiência exergética para módulos PV, o
módulo PV/T policristalino apresentou maior eficiência exergética por apresentar menor área em comparação com o
PU PR

módulo monocristalino. Como pode ser observado, a inclusão de um sistema capaz de absorver o calor gerado na
conversão da energia solar em elétrica pelos módulos fotovoltaicos, contribui para o aumento da eficiência do sistema,
já que o calor é utilizado como produto destes dispositivos para aquecimento de fluidos.
ÃO O
R SÃ
SE R
VE

Figura 5. Médias mensais da eficiência exergética para módulos PV/T monocristalino, policristalino e amorfo
VIII Congresso Nacional de Engenharia Mecânica, 10 a 15 de agosto de 2014, Uberlândia - Minas Gerais

5. CONCLUSÃO

Este estudo possibilitou avaliar a resposta de diferentes tipos de módulos de silício mediante a variação dos
parâmetros meteorológicos, assim como a variação das eficiências energéticas e exergéticas para os módulos PV e
PV/T.
O módulo PV de silício monocristalino, apresentou a maior eficiência energética média anual (16,39%). Apesar de
ser mais eficiente energeticamente, o mesmo é influenciado consideravelmente pela variação das condições
meteorológicas, apresentando eficiência exergética média anual de 9,46%, um pouco menor que a eficiência de segunda
lei do módulo PV policristalino (9,84%). Esta variação pode ser justificada pela diferença de área entre os módulos. O
módulo PV de silício amorfo apresentou menores eficiências que os demais, com eficiência energética média anual de
9,89% e eficiência exergética de 3,15%. Apesar de apresentar menores eficiências, esta tecnologia de módulo PV sofre
menor influência da variação climática, além de apresentar custo mais baixo do que os módulos de silício
monocristalino e policristalino.
Em relação às eficiências exergéticas dos módulos PV/T, o módulo monocristalino apresentou eficiência

S
exergética de aproximadamente 15%, enquanto o módulo policristalino apresentou uma eficiência de 16%. Esta

O
diferença pode ser justificada pela diferença entre as áreas dos módulos que influencia na exergia solar (exergia de

. TIV
entrada). Devido ao fato de terem sido utilizados módulos de diferentes fabricantes, as suas características elétricas,
incluindo a potência, e características geométricas não são idênticas. Para este estudo o critério básico de seleção dos

TO INI
módulos foi apresentarem potências aproximadas.
A comparação entre as eficiências exergéticas médias anuais dos módulos PV e PV/T indica um ganho de

EN EF
aproximadamente, 5 a 6%, ao inserir um sistema térmico para aquecimento de fluidos utilizando o calor gerado por
módulos PV.

EV D
Como foi possível observar, a aplicação de um sistema capaz de absorver o calor gerado pela conversão da
energia solar em elétrica em módulos fotovoltaicos (PV) é uma alternativa atrativa já que contribui para um aumento

O AIS
das eficiências, sendo ainda mais interessante para instalação em edifícios, já que um único sistema é capaz de gerar
energia elétrica e aquecer o fluido, prática esta exercida pelo coletor solar.
Espera-se que estes estudos incentivem ainda mais a busca por alternativas para melhorar o desempenho de
Ó AN
sistemas que produzem a chamada “energia limpa”.
AP S

6. AGRADECIMENTOS
S
S O

Os autores agradecem à FAPEMIG (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais) pelo apoio ao
O R.

desenvolvimento desta pesquisa.


AD NA

7. REFERÊNCIAS
IC MI

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BL ELI

based on the evaluation of main PV module parameters”, Simulation Modeling Practice and Theory, Vol. 20, pp.
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VIII Congresso Nacional de Engenharia Mecânica, 10 a 15 de agosto de 2014, Uberlândia - Minas Gerais

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Uni-Solar, 2005. Disponível em:<www.uni-solar.com>. Acesso em 08 de nov. de 2013.

ANALYSIS OF ENERGY AND EXEGY OF PHOTOVOLTAIC SYSTEMS


AND THERMAL

Suellen Caroline Silva Costa, suellencscosta@gmail.com


Janaína de Oliveira Castro Silva, janainajocs@hotmail.com
Vinícius Veloso, vinivel@live.com

S
Cristiana Brasil Maia, cristiana@pucminas.br

O
Lauro de Vilhena Brandão Machado Neto, lvilhena@pucminas.br

. TIV
Antonia Sônia Alves Cardoso Diniz, asacd@pucminas.br

TO INI
Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais, Instituto Politécnico da PUC Minas, Av. Dom José Gaspar, 500
CEP 30535-901, Coração Eucarístico, Belo Horizonte/MG, Brasil.

EN EF
EV D
Abstract: Photovoltaic systems (PV) are a power generation technology that converts solar radiation into electricity.
These systems can operate connected to the electric grid or isolated, operating in this case with a storage system. Due

O AIS
to concerns about the use of non-renewable and finite sources for electricity generation, photovoltaic systems becomes
a promising technology for inclusion in the Brazilian energy matrix, based on an abundant renewable resource
nationwide : solar radiation . In this scenario, the Photovoltaic and thermal (PV/T) systems arises, as they are capable
Ó AN
of generating electrical and thermal energy in a single device. This adaptation of the PV system, that includes the use
of the heat that was originally rejected by pure PV systems, is an attractive alternative to improve the performance of
AP S

these systems. This paper presents a model for calculating the energy and exergy efficiencies for photovoltaic (PV) and
S
S O

photovoltaic and thermal (PV/T) systems, taking account the local weather conditions, electrical and thermal
parameters of photovoltaic modules. The simulation aimed to evaluate efficiencies between silicon photovoltaic
O R.

modules (monocrystalline, polycrystalline and amorphous), considering the climatological data for the city of Belo
Horizonte, Minas Gerais. The results showed that the energy efficiencies of PV modules varied between 9.89% and
AD NA

16.39 %. The more efficient PV module was the monocrystalline silicon and the less efficient was the amorphous
silicon module. The exergetic efficiency of monocrystalline and polycrystalline PV modules was close, 9.46% and
IC MI

9.84% respectively. This difference may be justified by different modules areas. The PV module amorphous silicon
presented the lower exergetic efficiency of 3,15%. The exergetic efficiencies for PV/T modules ranged from 8,89% to
BL ELI

16,20%, which shows that this technology has improved performance compared with PV modules due to the use of
heat.
PU PR

Keywords: Photovoltaic Modules, Photovoltaic/Thermal Modules, Performance, Energy Analysis, Exergetic Analysis.
ÃO O
R SÃ
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