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Aduz o autor que adquiriu produto em 26/05/2018 relata que no mês de fevereiro 2019 começou
apresentar defeitos, manchas escuras na tela, com isso, consumidor procurou posto autorizado
Informa ainda que o aparelho foi apresentado no posto autorizado em 11/03/2019 e foi devolvida
ao autor em 02/04/2019 no entanto ao utilizar produto notou que estava com os mesmo
problemas de manchas.
Requer, portanto, a substituição do produto por outro da mesma espécie e em perfeitas condições
de uso.
Cabe-nos ressaltar que todos os produtos fabricados pela Empresa Britânia-Philco antes de saírem
da fábrica, passam por um rigoroso controle de qualidade e uma rigorosa inspeção para verificar a
existência de qualquer avaria causada no produto no decorrer da fabricação.
Devemos frisar que o presente caso não trata de informação deficiente do fabricante, vez que o
reclamante não exauriu os meios de comunicação e as formas apresentadas de solução da lide.
A lei do consumidor não prevê que haja de imediato a troca do produto ou a restituição do valor
pago, mas sim permite ao fornecedor proceder no completo reparo do mesmo tornando-o apto à
utilização.
Esta empresa não se negou em momento algum em atender seu consumidor, sendo sempre
zelosa e buscando a correção de possíveis problemas.
O aparelho foi adquirido em 26/05/2018, sendo que o mesmo apresentou defeito e
encaminhado ao posto autorizado em 14/03/2019. Após análise foi constatado que seria
necessária troca do 720266 - DISPLAY LCD LED 32pol LVW320CSDX TV PTV32D12D onde após
reparo produto ficou em teste e funcionou perfeitamente sendo retirado dentro do prazo legal.
Ocorre que o autor afirma que produto apresentou defeito novamente, no entanto não
encaminhou produto ao posto autorizado para uma segunda análise técnica e constatar se
realmente tal dano trata-se de defeito fabril.
Portanto, resta esclarecido que os fatos aduzidos pelo consumidor não condizem com a realidade
e não merecem guarida, devendo, ser rechaçada por este órgão. Além disso, em momento algum
se furtou a prestar esclarecimentos e atendimento necessários.
Contrariamente ao que foi sustentado pelo consumidor, sua pretensão não poderá prosperar com
base no que dispõe a lei 8078/90, denominada Código de Defesa do Consumidor.
Em que pesem todos os dispositivos que tem por escopo a proteção e resguardo dos direitos do
consumidor, estes devem obedecer aos exatos limites que a legislação prevê, evitando-se
desequilíbrio das relações e estabelecimento de verdadeiras injustiças.
§ 1° Não sendo o vício sanado no prazo máximo de trinta dias, pode o consumidor exigir,
alternativamente e à sua escolha:
Como bem claro foi disposto na lei, no caso dos autos, estava o fabricante do produto, obrigado a
sanar o vício supostamente contido no produto que tornava seu uso inadequado.
A lei não facultou ao consumidor diretamente exigir a restituição de valor pago ou mesmo a
substituição do produto por outro novo.
Não houve desídia do fornecedor que sempre manteve-se diligente e cumpridor das suas
obrigações legais e contratuais, pois nunca negou-se a prestar a assistência adequada e
necessária.
Portanto, o presente pleito não possui guarida no ordenamento jurídico pátrio, devendo ser
arquivado.
Nessa ordem de ideias, vale repetir que o ato atacado pelo consumidor foi praticado sem que
nenhum ilícito civil possa ser atribuído ao fornecedor. Sem a culpa imputável à reclamada, isto é,
sem a ofensa a um dever de conduta necessária, não há como se lhe imputar qualquer obrigação.
Caso houvesse algum ato falho, este seria do reclamante que não buscou todos os meios de
contato e soluções disponibilizadas pela reclamada, mas sim decidiu mover este Órgão sem as
devidas diligências prévias necessárias, tentando com suas afirmações lúdicas turvar a real visão
do correto e da justiça.
Infere-se neste caso, portanto, que a conduta praticada pela reclamada de modo algum se insere
no âmbito dos atos ilícitos.
Na eventual hipótese de procedência dos pedidos da inicial, requer-se, desde já, que Vossa
Excelência determine quem deve ficar de posse do produto, para que se evite a interposição de
embargos de declaração e, principalmente, o enriquecimento ilícito da parte autora, conforme
determina o Art.884 do Código Civil de 2002.
Portanto, totalmente descabido o pedido da inicial, já que não estão presentes as premissas
autorizadoras de sua aplicação.
CONCLUSÃO
Diante do exposto, requer o arquivamento do processo administrativo junto a este r. órgão
administrativo, uma vez que a Empresa Reclamada prestou todos os esclarecimentos necessários e
sendo certo que nenhum prejuízo efetivo foi causado ao Reclamante.
Termos em que,
Pede deferimento.
06 de maio de 2019.