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Capítulo 5

Potências em circuitos de corrente alternada

5.1 Conceitos básicos


i(t)

~ u(t) Z

Nos terminais da fonte:

o
u (t ) = 2 ⋅ U ef .sen (ω.t ) Û = U ef ∠0

A impedância Z pode ser expressa por:


Z = |Z|∠ϕ = R + j.X
polar retangular
Corrente em regime permanente:
U ef
i( t ) = 2 ⋅ Ief ⋅ sen (ω.t − ϕ) = 2 ⋅ .sen (ω.t − ϕ)
Z
Û U ef ∠0o U ef
Î = = = ∠ − ϕ = I ef ∠ − ϕ
Z Z ∠ϕ Z

Potência instantânea fornecida pela fonte: p(t ) = u(t ) ⋅ i(t )

Substituindo u (t ) = 2 ⋅ U ef .sen (ω.t ) e i( t ) = 2 ⋅ I ef ⋅ sen (ω.t − ϕ)

p( t ) = 2 ⋅ U ef ⋅I ef ⋅sen (ω.t ) ⋅ sen (ω.t − ϕ)

Através de relações trigonométricas obtém-se:

p( t ) = U ef ⋅I ef ⋅ cos(ϕ) ⋅ [1 − cos(2.ω.t )]− U ef ⋅I ef ⋅sen (ϕ) ⋅ sen (2.ω.t )


144444244444 3 14444244443
A

{ } { }

Componente {A} tem o valor constante... U ef ⋅I ef ⋅ cos(ϕ)


que multiplica uma função “senoidal” com frequência igual ao dobro da frequência da tensão:
− Uef ⋅I ef ⋅ cos(ϕ) ⋅ [cos(2.ω.t )]

Componente {B} tem o valor constante... U ef ⋅I ef ⋅sen (ϕ)


que multiplica uma função senoidal com frequência igual ao dobro da frequência da tensão:
− U ef ⋅I ef ⋅sen(ϕ) ⋅ [sen(2.ω.t )]
Portanto...
p( t ) = U ef ⋅I ef ⋅ cos(ϕ) ⋅ [1 − cos(2.ω.t )]− U ef ⋅I ef ⋅sen (ϕ) ⋅ sen (2.ω.t )
144444244444 3 14444244443
A

{ } { }
corresponde a uma forma de onda senoidal com frequência dupla somada a um valor constante como
apresentado graficamente no Exemplo 5.1

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Valor médio de p(t):

T
p(ω.t ) ⋅ d (ω.t ) = U ef ⋅I ef ⋅ cos(ϕ)
1 1 π

T
Pm = ∫ p( t ) ⋅ dt =
o π ∫o

Unidade de Pm → Watt (W)

A potência média corresponde ao valor constante da componente {A}:


U ef ⋅I ef ⋅ cos(ϕ)

p( t ) = U ef ⋅I ef ⋅ cos(ϕ) ⋅ [1 − cos(2.ω.t )]− U ef ⋅I ef ⋅sen (ϕ) ⋅ sen ( 2.ω.t )
144444244444 3 14444244443
A

B
{ } { }

5.1.1 Impedância Resistiva

Se a impedância Z é puramente resistiva:


X=0 Z =R ϕ = 0o

A expressão da potência resulta p(t) = U ef ⋅I ef ⋅[1 − cos(2.ω.t )]


144424443
A

{ }
A componente {B} é nula.

O valor médio corresponde a: Pm = U ef ⋅I ef

5.1.2 Impedância Indutiva

Se a impedância Z é puramente indutiva:


ou

rad

π
R =0 Z = XL = ω⋅ L ϕ = 90o ϕ=
2

A expressão da potência resulta p( t ) = − U ef ⋅I ef ⋅sen (2.ω.t )


14442444
3
B

{ }

Neste caso tanto a componente {A} como o valor médio da potência são nulos.

2
Para valores positivos da potência indutor recebe energia da fonte.

Para valores negativos da potência indutor fornece energia à fonte.

A energia armazenada durante um período de tempo é devolvida à fonte no período de tempo seguinte.

5.1.3 Impedância Capacitiva

Se a impedância Z é puramente capacitiva:


ou

rad
1 π
R=0 Z = XC = ϕ = −90o ϕ=−
ω⋅C 2

A expressão da potência resulta p( t ) = U ef ⋅Ief ⋅sen(2.ω.t )


1442443
B

{ }

Da mesma forma que para Z puramente indutiva, a componente {A} e o valor médio da potência instantânea
são nulos.

Para valores positivos da potência capacitor recebe energia da fonte.

Para valores negativos da potência capacitor fornece energia à fonte.

A energia armazenada durante um período de tempo é devolvida à fonte no período de tempo seguinte.

3
Compare os comportamentos elétricos do capacitor e do indutor sob o ponto de vista da energia armazenada.

INDUTOR

CAPACITOR

5.1.4 Circuito RLC série

Se a impedância Z corresponde a um RLC série com estas formas de onda:

RLC série com comportamento capacitivo

A potência assume valores positivos e negativos ao longo do tempo e o valor médio da potência fornecida é:
Pm = U ef ⋅I ef ⋅ cos( ϕ)
que corresponde ao valor constante da componente {A} da expressão geral de p(t).

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Comparando-se a área sob a parte positiva da curva p(t) com a área contida na parte negativa, conclui-se que
a energia fornecida pela fonte é maior do que a energia que lhe é devolvida, indicando que ao longo do tempo
há uma energia líquida que é consumida pela carga, devido à existência de bipolos resistivos na composição
da carga.

DEFINIÇÕES

Retomando a expressão da potência instantânea:

p( t ) = U ef ⋅I ef ⋅ cos(ϕ) ⋅ [1 − cos(2.ω.t )]− U ef ⋅I ef ⋅sen (ϕ) ⋅ sen (2.ω.t )


1444442444443 14444 4244444 3
A

B
{ } { }

A componente {A}, representada por pA(t), é denominada potência ativa instantânea.

A componente {B}, representada por pR(t), é denominada potência reativa instantânea.

Valores médios de pA(t) e pR(t):

PAm = U ef ⋅Ief ⋅ cos(ϕ) = Pm PRm = 0

Simplificando, define-se:
P = PAm = U ef ⋅I ef ⋅ cos(ϕ) = Pm
como a potência ativa, que corresponde ao valor médio de pA(t) e de p(t).

E define-se Q = U ef ⋅I ef ⋅sen (ϕ)


como a potência reativa, que corresponde ao valor de pico de pR(t).

Retomando os fasores associados à tensão e à corrente:


o

Û = U ef ∠0 Î = Ief ∠ − ϕ
define-se o número complexo S, denominado potência complexa, como:
S = Û ⋅ Î∗ * - conjugado
o

S = U ef ∠0 ⋅ (Ief ∠ − ϕ)

S = U ef ⋅ Ief ⋅ cos(ϕ) + j ⋅ U ef ⋅ Ief ⋅ sen(ϕ)


Retomando as expressões definidas para as potências ativa e reativa:
P = U ef ⋅I ef ⋅ cos(ϕ) Q = Uef ⋅Ief ⋅sen(ϕ)

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a expressão para a potência complexa resulta:
S = P + j⋅ Q
S = S ∠ϕ
Q
S = U ef ⋅ I ef = P 2 + Q 2 tg(ϕ) =
P
S é denominado potência aparente.

Unidades:
Potência complexa (S) e Potência aparente ( S ):
volt-ampère (VA) quilovolt-ampère (kVA) megavolt-ampère (MVA)

Potência ativa:
watt (W) quilowatt (kW) megawatt (MW)

Potência reativa (Q):


volt-ampère reativo (VAr) quilovolt-ampère reativo (kVAr) megavolt-ampère reativo (MVAr)
CONVENÇÃO:

Fluxos das potências ativa e reativa

5.2 Obtenção Experimental das Potências Ativa e Reativa

A potência ativa pode ser medida através do wattímetro.

Bornes da
Bornes da Bobina de
Bobina de Potencial
Corrente (BP)
(BC)

Chave seletora do
Fundo de escala

Wattímetro Eletrodinâmico

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ATENÇÃO:
Representação padronizada do wattímetro eletrodinâmico:

Potência Reativa

A medição de potência reativa pode ser realizada com um equipamento similar ao wattímetro, denominado
varímetro.

Como na prática é mais comum se ter voltímetros, amperímetros e wattímetros do que varímetros,
frequentemente calcula-se a potência reativa a partir dos valores de tensão, corrente e potência ativa:
Q= (U ⋅ I )2 − P 2
5.3 Fator de potência
Û = U ef ∠α Î = I ef ∠(α − ϕ )

Potência complexa:
S = Û ⋅ Î∗ = U ef ⋅ I ef ∠ϕ
Potência ativa:
P = S ⋅ cos (ϕ ) = U ef ⋅ I ef ⋅ cos (ϕ )

O cos(ϕ) pode ser interpretado como um fator que define a parcela da potência aparente que é dissipada nos
elementos resistivos do circuito. Este fator é denominado de fator de potência.

Da definição de potência ativa, tem-se:


P P
fp = cos (ϕ) = =
S U ef ⋅ I ef

O fator de potência é o cosseno do ângulo de defasagem entre a tensão e a corrente do circuito.

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Convenção para fator de potência

Para tornar explícita a diferença entre as características das cargas, diz-se que:
Para uma carga indutiva, o fator de potência é indutivo ou atrasado, indicando que a corrente está atrasada
em relação à tensão.
E para a carga capacitiva, o fator de potência é capacitivo ou adiantado, indicando que a corrente está
adiantada em relação à tensão.

5.4 Correção do fator de potência


o

Û = 440∠0 V

Zm = 100∠30o Ω

Zc = -j.300 Ω

Com a chave aberta, a corrente na fonte é a que circula em Zm :


Û 440∠0 o A
Î f = Î m = = = 4,4∠ − 30o
Z m 100∠30 o

Note que a corrente está atrasada em relação à tensão, pois a carga é indutiva e a potência complexa suprida
pela fonte é igual à potência exigida pela carga:

Sf = S m = Û ⋅ Î ∗f = 440∠0 o ⋅ 4,4∠30o = 1936∠30o = 1676 3 + j ⋅ 968


142,625
4 12,300 VA
P Q

Sendo Q>0:
A fonte está suprindo uma potência reativa de 968 VAr, necessária para o funcionamento da carga além da
potência ativa da ordem de 1,7 kW.

Ao se fechar a chave, a corrente em Zm não se altera, pois a tensão aplicada sobre ela permanece a mesma
(circuito paralelo).

A corrente no capacitor (Zc) é:


Û 440∠0 o
Î c = = = 1,4667∠90 o A
Z c 300∠ − 90 o

E a corrente na fonte pode ser calculada por:


Î f = Î m + Î c = 3,8804∠ − 10,89o A

Importante:

A conexão do capacitor em paralelo resultou em um valor menor da corrente na fonte e o ângulo de atraso
desta corrente em relação à tensão na fonte também diminuiu.

A potência complexa no capacitor vale:

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∗ Û U2 440 2
Sc = Û ⋅ Î = Û ⋅   = ∗ = = 645,3333∠ − 90 o = − j645,3333 VA
Z c 300 ∠90
c o
 Zc 

Note que no capacitor não há componente relativa à potência ativa e o valor negativo da potência reativa
calculada, indica que o capacitor fornece potência reativa ao circuito.

Importante:

A potência complexa na carga (Sm) não se altera com o fechamento da chave.

A potência complexa fornecida



pelao fonte é:
Sf = Û ⋅ Î f = 440∠0 ⋅ 3,8804∠10,89o = 1707,376∠10,89o = 1676,629 + j322,564 VA

Como o capacitor não consome potência ativa, a fonte continua fornecendo os mesmos 1,7 kW que são
consumidos pela carga.

A carga necessita de potência reativa de 968 VAr


A fonte fornece aproximadamente 322,6 VAr e o capacitor supre aproximadamente 645,3 VAr.

Fluxos de potência ativa e reativa

Se o capacitor for trocado por um outro tal que Zc = -j.150 Ω, tem-se:

Û 440∠0 o
Î c = = = 2,933∠90o A
Z c 150∠ − 90o
E a corrente na fonte pode ser calculada por:
Î f = Î m + Î c = 3,880∠10,89o A

Note que com o novo capacitor, a corrente na fonte estará adiantada em relação à tensão.
A potência complexa neste capacitor ∗vale:
Û U2 440 2
Sc = Û ⋅ Î∗c = Û ⋅   = ∗ = = 1290,667∠ − 90o = − j.1290,667 VA
Z
 c Z c 150 ∠ 90 o

E a potência complexa fornecida pela fonte é:



Sf = Û ⋅ Îf = 440∠0o ⋅ 3,8804∠ − 10,89o VA
Sf = 1707,3760∠ − 10,89o = 1676,6291 − j.322,5644 VA

Importante:

Como o capacitor não consome potência ativa, a fonte continua fornecendo os mesmos 1,7 kW que são
consumidos pela carga, a qual também continua demandando 968 VAr de potência reativa.
Porém, com o novo capacitor, a fonte deve absorver 322,6 VAr de potência reativa enquanto o capacitor
supre 1290,7 VAr.

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Fluxos de potência ativa e reativa

Diagramas fasoriais completos

A partir destes diagramas é possível concluir que, dependendo da combinação carga-capacitor, a fonte pode
suprir ou absorver potência reativa enquanto a potência ativa fornecida pela fonte é constante,
independentemente do capacitor conectado.

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Com a chave aberta sabe-se que a fonte deve suprir uma potência ativa de 1,7 kW e uma potência reativa de
968 VAr.
Se assumirmos que o capacitor a ser conectado em paralelo deve fornecer toda a potência reativa requerida
pela carga, a fonte será responsável somente pelo fornecimento de potência ativa, e portanto:
Sc = − j.968 VA

Corrente no capacitor:

S 
Î c =  c  = 2,2∠90o A
Û

e a sua respectiva impedância:


Û
Zc = = − j.200 Ω Xc =200 Ω.
Î c

Dessa forma tem-se o valor da reatância do capacitor capaz de suprir toda a potência reativa que a carga
indutiva necessita e sabendo-se o valor da frequência, pode-se obter o valor da capacitância:
Qc = U2/Xc = U2.ω.C.

Considere que:
- a chave está aberta
- a tensão aplicada é de 15 kV
- e a carga é do tipo indutiva com ...
P = 1 MW e Q = 1 MVA
Esta é a situação normalmente encontrada em instalações industriais, onde a indústria representa uma carga
indutiva para a concessionária de energia elétrica, devido à instalação de motores, equipamentos de
refrigeração, iluminação fluorescente, transformadores, condicionadores de ar, etc.

A potência complexa proveniente da rede elétrica (Sr) é igual à potência complexa da carga (SZ):

Sr = S Z = P + j.Q = 1 + j.1 = 2∠45o MVA

O fator de potência global é igual ao cosseno do ângulo de defasagem entre a tensão aplicada e a corrente
total, ou ainda igual ao cosseno do ângulo da potência complexa Sr.

= cos (45 o ) = 0,707


P
fp = cos (ϕ) =
Sr

O valor eficaz da corrente total é:

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P S 2 ⋅ 106
Ief = = r = = 94,3 A
U ef ⋅ fp U ef 15 ⋅ 103

Através dos cálculos realizados constatam-se:


1. quanto maior for a potência reativa suprida pela fonte, menor o valor do fator de potência;
2. um baixo fator de potência significa que uma pequena porcentagem da potência aparente fornecida pela
fonte corresponderá à potência ativa;
3. quanto mais baixo o fator de potência, maior a corrente nos condutores; maiores as perdas na
transmissão da potência da fonte à carga; e maior a queda de tensão nos condutores, diminuindo a
tensão aplicada na carga.

Tendo em vista os fatos apresentados, conclui-se que é vantajosa a elevação do fator de potência da
instalação.

Com o fechamento da chave e, portanto, com a conexão de um ou mais capacitores em paralelo, pode-se
conseguir que a fonte forneça somente a potência ativa, enquanto que a potência reativa necessária ao
funcionamento da carga é suprida pelos capacitores.

O procedimento adotado para a elevação do fator de potência de uma instalação, que consiste na inserção de
uma fonte de potência reativa (capacitor em paralelo), é denominado correção do fator de potência.

No Brasil, a ANEEL [Agência Nacional de Energia Elétrica] estabelece que o fator de potência deve ser no
mínimo 0,92 capacitivo durante 6 horas da madrugada e no mínimo 0,92 indutivo durante as outras 18 horas
do dia.
No momento, esta é uma resolução que deve ser cumprida pelo setor industrial e quem descumpre tem a
fatura do consumo de energia elétrica calculada da seguinte forma:
0,92
Valor a pagar = custo da energia consumida •
fp ind

Este cálculo pode resultar em um acréscimo considerável no valor a ser pago.

NO LIVRO TEXTO HÁ EXEMPLOS NUMÉRICOS

ESTUDEM E TRAGAM AS SUAS DÚVIDAS.

Vídeo:
Correção do Fator de Potência de um Motor de Indução

http://www.youtube.com/watch?v=rSC6nYetwBk&list=UUktBY2APufc56MIUsLhBmIw&index=8&feature=plcp

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