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Interferência e difração: fenda dupla

Adriane Cristina Rosa de Oliveira1, Laiane de Souza Almeida2, Tais da Silva Adriano3,
Thaynah Yumi Kobayashi4, Física Experimental 2

Universidade Federal de Uberlândia


1adricrisrosaoliv@gmail.com; 2laianee.aaalmeida@gmail.com; 3taisadriano9@gmail.com; 4thaynah.yumi.k@hotmail.com

RESUMO
O presente trabalho propõe o desenvolvimento experimental e compreensão da interferência e difração
de ondas de luz com uma fenda dupla. A interferência é a superposição de ondas e a difração é o desvio
sofrido por ondas ao passarem por um obstáculo. Para que o procedimento fosse realizado foi utilizado
um laser, uma fenda por onde o laser passa e um aparato. Desta forma seria possível identificar os
feixes escuros e claros, mínimos e máximos. Nosso trabalho teve como principal objetivo a comparação
do comprimento de onda do laser obtido através dos cálculos e o comprimento de onda já conhecido.
Ao finalizar o trabalho foi possível concluir que obtivemos resultados bons quando comparados aos
valores de comprimento de onda de laser conhecidos, logo fizemos as medidas e os cálculos corretos.

Palavras-chave: fenda dupla, experiência de Young, comprimento de onda.


INTRODUÇÃO
Um dos conceitos mais importantes da física é a interferência e difração. A importância
se dá, por exemplo, às muitas das cores da natureza se devem pela interferência, de forma que
ao observar em um primeiro momento pode-se enxergar uma cor, mas pela interferência ótica
pode-se observar outra cor se observado novamente. Através desses conceitos buscamos
entender e descobrir qual é o comprimento de onda de um laser utilizado no experimento com
fenda dupla e a diferença das distâncias entre as fendas.
Podemos definir a interferência como superposição de ondas, que pode ser construtiva,
destrutiva e intermediária. Já o conceito de difração pode ser descrito de acordo com Halliday
& Resnic (2012, p. 77): “quando uma onda encontra um obstáculo que possui uma abertura de
dimensões comparáveis ao comprimento de onda, a parte da onda que passa pela abertura se
alarga (é difratada) na região que fica do outro lado do obstáculo. Esse alargamento ocorre
de acordo com o princípio de Huygens.”

Fig. 1: Difração: princípio de Huygens. Fig. 2: Esquema do experimento de Young.

Fonte: Halliday & Resnic (2012, p. 77,78).

Visto que o princípio de Huygens é demonstrado através de uma fenda única, Thomas
Young realizou um experimento incidindo luz em uma fenda dupla, como mostrado na Fig. 2.
O experimento de Young provou que a luz é uma onda e além de ter conseguido medir o
comprimento de onda da luz. A Figura 2 mostra o esquema do experimento de Young: uma
parede (S1) com fenda (a) que fornece luz e em frente outra parede (S2) com duas fendas (b, c)
para passagem da luz e um anteparo (F) e o desenho das interferências vista por Young
(Halliday & Resnic, 2012).
As zonas claras e escuras que são observadas ao realizar o experimento são chamadas
de figuras de interferência que são formadas quando o anteparo está à uma distância da fenda
maior que a distância entre fendas.
Fig. 3: Experiência de Young.

Para poder determinar a posição das franjas escuras Halliday & Resnic (2012, p. 108)
divide em pares os raios que percorrem a fenda como mostrado na Fig. 2. Foi determinado a
primeira franja escura como P1, um eixo central perpendicular à tela C e dividiu-se a fenda em
duas partes iguais igual a 𝑑⁄2. Logo em seguida estende-se um raio r1 e r2 provenientes,
consecutivamente, da extremidade superior da região de cima e de baixo de forma que a posição
do ponto 𝑃1 pode ser definida através do ângulo θ entre a reta que liga o centro da fenda ao
ponto 𝑃1 e o eixo central.
A distância D entre C e B devem ser maiores que a largura a da fenda para uma melhor
visualização e simplificação. Dada essa condição, pode-se observar que r1 e r2 formam um
ângulo θ com o eixo central e supor que o triângulo formado pelo ponto b é um triângulo
retângulo de forma que A diferença entre as distâncias percorridas pelos raios r1 e r2 é igual à
(𝑑 ⁄2) 𝑠𝑒𝑛 θ.
Pode-se repetir a mesma observação para outras situações de pares de raios
correspondentes das mesmas regiões e que terminem no ponto P de forma que para todos eles,
a diferença entre as distâncias trilhadas será sempre 𝑑 𝑠𝑒𝑛 𝜃 . Igualando essa distância a λ⁄2
(condição para que o ponto P pertença à primeira franja escura), temos para o primeiro mínimo:
λ
𝑑 𝑠𝑒𝑛 𝜃 = ∆𝐿 =
2
o que nos dá
λ
𝑠𝑒𝑛 𝜃 =
2𝑑
sendo λ o comprimento de onda do laser.
Para determinar através do próximo mínimo divide-se a fenda em 4 partes. Obtendo
assim
λ
𝑠𝑒𝑛 𝜃 = .
𝑑

Portanto podemos definir a equação geral da posição dos mínimos é


𝐦𝛌
𝒔𝒆𝒏 𝜽 = 𝒅

onde m = 1, 2, 3, 4, …

Voltando à Fig. 3 e dado que o 𝜃 é pequeno, temos:


𝑦
𝑠𝑒𝑛 𝜃 ≅ tan 𝜃 =
𝐷
onde y é a distância entre o mínimo e o centro na Fig. 3.

Logo, para obter o comprimento de onda, temos:


𝒅𝒚
𝛌=
𝒎𝑫
METODOLOGIA
Para realizar a experiência foi montado os equipamentos como mostrado na Figura 3
além de um anteparo onde o laser foi refletido. Seguimos alguns passos: primeiramente
medimos a distância entre o anteparo e a fenda do laser; logo em seguida, para diminuir a
possibilidade de falha, medimos 3 vezes as distâncias entre os pontos mínimos, como mostrado
na Figura 4, para assim poder calcular o comprimento de onda e por fim, foi dado o valor da
distância entre as duas fendas d=0.6 mm.

Fig. 3: Equipamentos utilizados: 1- Trena; 2- Paquímetro; 3- Laser; 4- Fenda dupla.

Fonte: os autores.

A distância ideal necessária para calcular o comprimento de onda do laser é a distância


entre os mínimos feitos pela fenda dupla, mas como não foi possível observar os mínimos 19,
13, 7, 6, 12 e 18 da Fig. 4, optamos por utilizar os mínimos visíveis de forma que o m é o
número de máximos observados.

Fig. 4: Imagem do laser pela abertura da fenda.

Fonte: os autores.
RESULTADOS E DISCUSÃO

Após realizar os experimentos, anotar os valores e analisar, foi possível chegar na


Tabela 1 onde relacionamos a quantidade de máximos (m) demonstrados na Fig. 4 e a distância
medida experimentalmente:
Tabela 1: Valores experimentais das distâncias.

m xmín
1 0.0036 ± 0.0001 m
3 0.0102 ± 0.0001 m
9 0.0300 ± 0.0001 m
15 0.0494 ± 0.0001 m
21 0.0697 ± 0.0001 m

Fonte: os autores.

Para poder calcular o comprimento de onda utilizamos a equação


𝒅𝒙
𝛌=
𝒎𝑫
onde nosso D = 2.93 m e d = 0.0006 m.
A partir desses cálculos foi possível obter o comprimento de onda para cada medida
realizada, conforme mostra a Tabela 2.
Tabela 2: Valores experimentais dos comprimentos de onda do laser.

m λ
1 7.38 x 10-7 ± 0.0001 m
3 6.97 x 10-7 ± 0.0001 m
9 6.84 x 10-7 ± 0.0001 m
15 6.75 x 10-7 ± 0.0001 m
21 6.81 x 10-7 ± 0.0001 m
Fonte: os autores.

No experimento não foi dado o valor do comprimento de onda do laser utilizado, mas é
de conhecimento geral que um laser tem o comprimento de onda na ordem do nanômetro, entre
100/900nm, que pode variar de acordo com o material do laser; portanto os valores obtidos do
comprimento de onda demonstram que chegamos à valores muito próximos da realidade, uma
média de 6.39 x 10-7 m.

Já a diferença percorrida por r1 e r2 da Fig. 5, que é determinada por ∆𝐿 = 𝛌⁄2 quando


se refere à mínimos. Portanto a diferença encontrada em nosso experimento foi de 3.2 x 10-7m.
CONCLUSÃO

Concluímos desta forma que, toda a metodologia seguida foi a mais eficaz por conseguir
chegar muito próximo aos valores reais do comprimento de onda do laser. Ainda reafirmamos
que a colheita de dados é a parte crucial da experiência, pois se não houver um cuidado ao
coletar os dados, o resultado não será tão próximo ao ideal. Logo, quanto mais conseguir medir
por diferentes formas e pessoas, menor será o erro da experiência.

REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA

HALLIDAY; RESNICK. Fundamentos de Física. 9ª. ed. LTC, 2012. 400 p. v. 4.

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