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3- Geometria de construção
Figura 12 –Trocador de calor do tipo casco tubo, com dois passes no tubo e chicanas na
casca.
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Figura 13 – Trocador de calor do tipo casco tubo, com tubo U e chicanas na casca.
Figura 14 - Trocador de calor do tipo casco tubo, com dois passes no tubo e chicanas na
casca.
Trocadores de calor deste tipo são construídos a partir de finas placas acopladas
umas com as outras de modo a formar canais específicos de fluxo entre elas. Estas placas
podem ser lisas ou corrugadas. São usados para transferência de calor de qualquer
combinação de fluidos, sejam líquidos ou gases, e ainda escoamentos bifásicos:
Este tipo de trocador de calor pode ser classificado como:
3.2.1- Placas planas
3.2.2- Placas espirais
3.2.3- Placas delgadas
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(a) (b)
Figura 20 – Tipos de aletas para trocadores de calor de placas delgadas. (a) Planas; (b)
Perfuradas; (c) Serrilhadas;(d) Espinha de peixe (Onduladas)
Figura 21 – Núcleos de trocadores de calor compactos: (a) Tubos aletados ( tubos planos,
aletas planas contínuas); (b) Tubos aletados (tubos circulares, aletas planas e contínuas); (c)
Tubos aletados (tubos circulares aletas circulares); (d) Placas aletadas (único passe); (e)
Placas aletadas (múltiplos passes).
5- Tipos de fluxo
A direção de fluxo dos fluidos pode ser tanto em paralelo (mesma direção) como
em contra corrente (em direções opostas). A Fig. 23 mostra um esquema para trocadores de
calor de duplo tubo com escoamento em série (a) e em paralelo (b).
Figura 24 - Esquema para trocadores de calor de duplo tubo com escoamento em série (a) e
em paralelo (b).
Pode se dizer que o trocador de calor de duplo tubo é o mais simples dentre os
trocadores, pela fácil manutenção envolvida, devido a sua geometria.
Figura 29: Trocador de calor tipo duplo tubo com correntes opostas
Figura 30 - Trocadores de calor casco e tubos com um passe no casco e um passo nos tubos
(modo de operação com escoamento cruzado em contracorrente).
Figura 31 - Trocadores de calor casco e tubos: (a) Um passe nos cascos e dois passes no
tubo; (b) Dois passes no casco e dois passes nos tubos.
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(a) (b)
Figura 33 – (a) Banco de tubos de um trocador de calor de casco e tubos; (b) Casco de um
trocador de calor de casco e tubos
Os trocadores de calor compactos são tipicamente usados quando se deseja ter uma
grande área de transferência de calor por unidade de volume e pelo menos um dos fluidos é
um gás. Um bom exemplo é o radiador do sistema de refrigeração dos motores
automotivos.
Existem muitas configurações diferentes de tubos e de placas usadas na montagem
deste tipo de equipamento, cujas diferenças se devem principalmente ao modelo e à
disposição das aletas e dos tubos ou placas. As características da transferência de calor e do
escoamento foram determinadas para configurações específicas e se apresentam, nos casos
típicos, no formato das Figs. 35 e 36. Os resultados para a transferência de calor estão
correlacionados pelo fator j de Colbum e pelo número de Reynolds, com o número de
Stanton (St = h/Gcp) e o de Reynolds baseados na velocidade mássica máxima.
A grandeza s é a razão entre a área mínima de escoamento livre das passagens
aletadas (área da seção reta perpendicular à direção da corrente) Aff e a área frontal Afr do
trocador. Os valores de s, de Dh (diâmetro hidráulico do canal de escoamento), de a (área
superficial de transferência de calor por unidade do volume do trocador), Af /A (razão entre
a área das aletas e a área total de transferência de calor) e de outros parâmetros geométricos
estão listados para cada configuração. A razão Af /A é usada para estimar a efetividade
térmica n. Num cálculo de projeto, a será usado para a determinação do volume do trocador
de calor, depois de a área da superfície de transferência de calor ser achada; num cálculo de
desempenho, este parâmetro será usado para determinar a área superficial a partir do
conhecimento do volume do trocador de calor.
Na análise ou dimensionamento de um trocador de calor compacto, utilizam-se
inicialmente informações empíricas, como as das Figs. 35 e 36, para determinar o
coeficiente de convecção médio das superfícies aletadas. O coeficiente global de
transferência de calor seria então determinado, assim como os demais (Duplo tubo, casco e
tubos, placas, etc.), ou pelo método da DTML – “Diferença de temperatura média
logarítmica” ou pelo método ε-NUT – “Efetividade – Número de unidades de
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Figura 35 – Transferência de calor e fator de atrito para um trocador de calor compacto com
tubos e aletas circulares.
Figura 36 - Transferência de calor e fator de atrito para um trocador de calor compacto com
tubos e aletas contínuas.
com tubos chatos e aletas planas contínuas (Fig. 37-a), com placas aletadas (37-d) e placas
com aletas corrugadas (Fig. 37-c), e também outras configurações com tubos circulares
(Fig. 37-b). A variação de pressão e a velocidade mássica são dadas pelas seguintes
equações:
9- Trocadores de placas
9.1- Introdução
O termo “trocador de calor a placas” e a sigla PHE (plate heat exchanger) são
normalmente usados para representar o tipo mais comum de trocador a placas: o “trocador
de calor a placas com gaxetas” (gasketed plate heat exchanger ou plate and frame heat
exchanger). O trocador de calor a placas gaxetado, utilizado a mais de 60 anos, é
constituído de um pacote de placas de aço inox corrugadas separadas por gaxetas,
formando um sistema compacto e muito eficiente para troca de calor entre dois fluidos,
quer seja para aquecimento ou resfriamento. Em comparação com trocadores de calor casco
e tubos convencionais, os trocadores de calor a placas possuem flexibilidade de ampliação
pelo simples acréscimo de placas ao sistema, um menor volume retido, permite acesso para
inspeção, maior taxa de transferência de calor, diferencial de temperaturas de até um grau
centígrado e possibilidade de cruzamento de temperaturas. Diferentes modelos de
trocadores de calor de placas com gaxetas são apresentados na Fig. 38.
As placas do trocador possuem orifícios nos cantos para a passagem dos fluidos e
são seladas nas extremidades por gaxetas (também chamadas de juntas) de material
elastomérico. Quando as placas são alinhadas e prensadas no pedestal, forma-se entre elas
uma série de canais paralelos de escoamento. A parte central da placa é corrugada
(ondulada) para aumentar a turbulência do escoamento dentro destes canais e também para
aumentar a resistência mecânica do pacote de placas, que pode ter de 3 a 700 placas
dependendo da capacidade do pedestal.
Existe uma grande variedade de tamanhos e desenhos de placas, como pode ser
visto na Fig. 40.
A área de troca térmica por placa varia de 0,03 a 3,6 m2 e a espessura da chapa é
de cerca de 1 mm. Os tipos mais comuns de corrugações são a chevron (ou “espinha de
peixe”) e a washboard (ou “tábua de lavar”), indicados na Fig. 40. O ângulo de inclinação
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9.3- Configuração
O espaço compreendido entre duas placas é um canal de escoamento, que pode ter
uma espessura de 1,5 a 5 mm. O fluido entra e sai dos canais através dos orifícios nas
placas e o seu caminho por dentro do trocador é definido pelo desenho das gaxetas, pelos
orifícios abertos e fechados das placas e pela localização das conexões de alimentação. A
configuração do trocador define as trajetórias dos fluidos quente e frio dentro do trocador e
existe um grande número de possibilidades de configuração.
A distribuição do fluxo pelos canais do trocador é feita na forma de “passes”,
compostos por um certo número de “passagens”. Cada vez que o fluxo muda de sentido,
muda-se de passe. Na Fig. 41 é mostrado um exemplo de configuração para um PHE com
nove placas, onde é possível observar os orifícios abertos e fechados das placas e também o
desenho das gaxetas que definem a direção e o sentido do escoamento em cada canal. No
caso deste exemplo têm-se oito canais de escoamento, o fluido quente faz dois passes de
duas passagens e o fluido frio faz quatro passes de uma passagem.
- Pressão: pressões superiores a 1,5 MPa não são toleradas, pois ocasionam vazamentos nas
gaxetas. Existe a possibilidade de soldar as placas umas às outras para operar sob altas
pressões, como nos trocadores a placas brazados, mas o trocador perde a sua flexibilidade e
não pode mais ser limpo internamente.
- Temperatura: para que o trocador possa trabalhar acima de 150 oC é necessário o uso de
gaxetas especiais, pois as de material elastomérico não suportam tal condição.
- Perda de Carga: devido às placas corrugadas e ao pequeno espaço de escoamento entre
elas, a perda de carga por atrito é alta, o que eleva os custos de bombeamento. Para
diminuir a perda de carga pode-se aumentar o número de passagens por passe para que o
fluxo seja dividido em um número maior de canais. Desta forma a velocidade de
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escoamento dentro dos canais será menor, reduzindo o fator de atrito. Todavia, isto também
reduzirá o coeficiente convectivo de troca térmica e a eficiência do trocador.
- Mudança de Fase: em casos especiais os trocadores de placas podem ser usados em
operações de condensação ou de evaporação, mas eles não são recomendados para gases e
vapores devido ao espaço reduzido dentro dos canais e às limitações de pressão.
- Fluidos: o processamento de fluidos de alta viscosidade ou contendo materiais fibrosos
não é recomendado por causa da alta perda de carga e de problemas de distribuições de
fluxo dentro do trocador. Deve-se verificar ainda a compatibilidade entre os fluidos e o
material de fabricação das gaxetas.
- Vazamentos nas placas: a fricção entre placas pode desgastar o metal e formar pequenos
furos de difícil localização. Como precaução, é aconselhável pressurizar o fluido de
processo para que, no caso de vazamento na placa, o fluido de utilidade não o contamine.
- Dimensionamento: os métodos rigorosos de dimensionamento dos trocadores de placas
ainda são propriedade dos fabricantes e são específicos aos modelos comercializados. Em
contrapartida, métodos genéricos de dimensionamento para trocadores casco-e-tubos ou
duplo-tubo encontram-se disponíveis na literatura aberta. Recentemente os presentes
autores apresentaram uma metodologia para a seleção da configuração ótima no projeto de
trocadores.
9.6- Aplicações