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RECEITAS PRÓPRIAS
Leandro Costantin
Ministrante – EGP/FAMURS
JANEIRO/2019
1. LEGISLAÇÃO TRIBUTÁRIA
50%
31%
25%
15% 60%
CONCEITO DE TRIBUTOS
1. IMPOSTOS
2. TAXAS
3. CONTRIBUIÇÃO DE MELHORIA
4. CONTRIBUIÇÃO DE ILUMINAÇÃO PÚBLICA (Art 149-A CF/88 – EC39/02)
Apresentamos um modelo de
planejamento Tributário, o qual pode ser
definido para qualquer tributo que se faça
necessário:
ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL
MUNICÍPIO DE.....................................
SECRETARIA MUNICIPAL DE FAZENDA
SEÇÃO DE FISCALIZAÇÃO DO ISS
Para atingir esses objetivos, todas as ações estão condicionadas a este tripé:
(i) disponibilizar as melhores ferramentas tecnológicas;
(ii) apacitar continuamente cada profissional que atua nos respectivos
processos de trabalho; e
(iii) disseminar o conhecimento produzido.
Tais esforços são potencializados para permitir que o Fiscal de Tributos, autoridade
tributária designada pelo Código Tributário Municipal, tenha condições plenas para
exercer sua missão institucional em prol da Fazenda Municipal.
Local e data,.................
Chefe do Setor de Fiscalização
2.3. O SISTEMA TRIBUTÁRIO BRASILEIRO
Imposto
Basta que o ente público com competência crie o imposto por lei,
podendo ainda o imposto ser direto ou indireto.
Imposto Direto
Imposto Indireto
Taxa
Contribuição de Melhoria
Da legalidade estrita,
Da igualdade tributária,
Da personalização dos impostos e da capacidade tributária,
Da irretroatividade tributária,
Da anualidade do lançamento do tributo,
Da proporcionalidade,
Da razoabilidade,
Da destinação pública dos tributos,
Da ilimitabilidade do tráfego de pessoas ou bens;
Da uniformidade tributária,
Da limitabilidade da tributação da renda das obrigações da dívida
pública estadual ou municipal e dos proventos dos agentes dos
Estados e municípios,
2.4.3. Princípios Específicos:
Da progressividade,
Da não cumulatividade do imposto,
Da seletividade do imposto (variar a alíquota de acordo com a
essencialidade do bem)
Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos
Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios:
I - exigir ou aumentar tributo sem lei que o estabeleça;
II - instituir tratamento desigual entre contribuintes que se encontrem em situação equivalente,
proibida qualquer distinção em razão de ocupação profissional ou função por eles exercida,
independentemente da denominação jurídica dos rendimentos, títulos ou direitos;
III - cobrar tributos:
a) em relação a fatos geradores ocorridos antes do início da vigência da lei que os houver
instituído ou aumentado;
b) no mesmo exercício financeiro em que haja sido publicada a lei que os instituiu ou
aumentou;
c) antes de decorridos noventa dias da data em que haja sido publicada a lei que os instituiu ou
aumentou, observado o disposto na alínea b;
IV - utilizar tributo com efeito de confisco;
V - estabelecer limitações ao tráfego de pessoas ou bens, por meio de tributos interestaduais
ou intermunicipais, ressalvada a cobrança de pedágio pela utilização de vias conservadas pelo
Poder Público;
VI - instituir impostos sobre:
a) patrimônio, renda ou serviços, uns dos outros;
b) templos de qualquer culto;
c) patrimônio, renda ou serviços dos partidos políticos, inclusive suas fundações, das entidades
sindicais dos trabalhadores, das instituições de educação e de assistência social, sem fins
lucrativos, atendidos os requisitos da lei;
d) livros, jornais, periódicos e o papel destinado a sua impressão.
e) fonogramas e videofonogramas musicais produzidos no Brasil contendo obras musicais ou
literomusicais de autores brasileiros e/ou obras em geral interpretadas por artistas brasileiros
bem como os suportes materiais ou arquivos digitais que os contenham, salvo na etapa de
replicação industrial de mídias ópticas de leitura a laser.
Sujeito Ativo
Sujeito Passivo
É a pessoa que realiza o fato previsto na lei como tributável adquirindo, deste
modo, o status de contribuinte.
ENTÃO,
Exigível é todo crédito vencido e não pago. Sua eficácia não se subordina mais a
qualquer condição, termo ou encargo. É o crédito atual cujo cumprimento do
pagamento já foi solicitado ao devedor ou esperado até o prazo limite para
pagamento.
Certo é aquele crédito indubitável acerca de sua existência, capaz de evidenciar com
exatidão todos os elementos da respectiva relação jurídica (sujeitos, vínculo jurídico
e prestação).
RESOLVE:
3.1 IMPOSTOS
3.1.1. IPTU
Art. 32. O imposto, de competência dos Municípios, sobre a propriedade predial e territorial
urbana tem como fato gerador a propriedade, o domínio útil ou a posse de bem imóvel por
natureza ou por acessão física, como definido na lei civil, localizado na zona urbana do
Município.
§ 1º Para os efeitos deste imposto, entende-se como zona urbana a definida em lei
municipal; observado o requisito mínimo da existência de melhoramentos indicados em pelo
menos 2 (dois) dos incisos seguintes, construídos ou mantidos pelo Poder Público:
I - meio-fio ou calçamento, com canalização de águas pluviais;
II - abastecimento de água;
III - sistema de esgotos sanitários;
IV - rede de iluminação pública, com ou sem posteamento para distribuição domiciliar;
V - escola primária ou posto de saúde a uma distância máxima de 3 (três) quilômetros do
imóvel considerado.
§ 2º A lei municipal pode considerar urbanas as áreas urbanizáveis, ou de expansão
urbana, constantes de loteamentos aprovados pelos órgãos competentes, destinados à
habitação, à indústria ou ao comércio, mesmo que localizados fora das zonas definidas nos
termos do parágrafo anterior.
Fato Gerador
O artigo 32 do Código Tributário Nacional, por sua vez, dispõe que o fato
gerador do IPTU é:
Contribuinte do IPTU
Importante ressaltar que o contribuinte é aquele que tem uma relação com o
fisco, aquele que pode sofrer uma execução fiscal.
Progressão do IPTU
Caso a obrigação de parcelar, edificar ou utilizar não esteja atendida em cinco anos,
o Município manterá a cobrança pela alíquota máxima, até que se cumpra a referida
obrigação.
Recadastramento Imobiliário
FATO GERADOR
.............................................................................................
§ 1o-A. Na hipótese de pessoa jurídica promover saídas de mercadorias por
estabelecimento diverso daquele no qual as transações comerciais são realizadas,
excluídas as transações comerciais não presenciais, o valor adicionado deverá ser
computado em favor do Município onde ocorreu a transação comercial, desde que ambos os
estabelecimentos estejam localizados no mesmo Estado ou no Distrito Federal.
§ 1o-B. No caso do disposto no § 1o-A deste artigo, deverá constar no documento fiscal
correspondente a identificação do estabelecimento no qual a transação comercial foi
realizada.
1.02 – Programação.
1.09 - Disponibilização, sem cessão definitiva, de conteúdos de áudio, vídeo, imagem e texto
por meio da internet, respeitada a imunidade de livros, jornais e periódicos (exceto a distribuição de
conteúdos pelas prestadoras de Serviço de Acesso Condicionado, de que trata a Lei no 12.485, de 12
de setembro de 2011, sujeita ao ICMS). (Incluído pela Lei Complementar nº 157, de 2016)
3.01 – (VETADO)
4.05 – Acupuntura.
4.10 – Nutrição.
4.11 – Obstetrícia.
4.12 – Odontologia.
4.13 – Ortóptica.
4.15 – Psicanálise.
4.16 – Psicologia.
4.20 – Coleta de sangue, leite, tecidos, sêmen, órgãos e materiais biológicos de qualquer
espécie.
4.23 – Outros planos de saúde que se cumpram através de serviços de terceiros contratados,
credenciados, cooperados ou apenas pagos pelo operador do plano mediante indicação do
beneficiário.
5.06 – Coleta de sangue, leite, tecidos, sêmen, órgãos e materiais biológicos de qualquer
espécie.
6.04 – Ginástica, dança, esportes, natação, artes marciais e demais atividades físicas.
7.04 – Demolição.
7.08 – Calafetação.
7.14 – (VETADO)
7.15 – (VETADO)
7.18 – Limpeza e dragagem de rios, portos, canais, baías, lagos, lagoas, represas, açudes e
congêneres.
12.07 – Shows, ballet, danças, desfiles, bailes, óperas, concertos, recitais, festivais e
congêneres.
12.14 – Fornecimento de música para ambientes fechados ou não, mediante transmissão por
qualquer processo.
13.01 – (VETADO)
14.03 – Recondicionamento de motores (exceto peças e partes empregadas, que ficam sujeitas
ao ICMS).
14.09 – Alfaiataria e costura, quando o material for fornecido pelo usuário final, exceto
aviamento.
14.14 - Guincho intramunicipal, guindaste e içamento. (Redação dada pela Lei Complementar
nº 157, de 2016)
15.07 – Acesso, movimentação, atendimento e consulta a contas em geral, por qualquer meio
ou processo, inclusive por telefone, fac-símile, internet e telex, acesso a terminais de atendimento,
inclusive vinte e quatro horas; acesso a outro banco e a rede compartilhada; fornecimento de saldo,
extrato e demais informações relativas a contas em geral, por qualquer meio ou processo.
16.02 - Outros serviços de transporte de natureza municipal. (Incluído pela Lei Complementar
nº 157, de 2016)
17.01 – Assessoria ou consultoria de qualquer natureza, não contida em outros itens desta lista;
análise, exame, pesquisa, coleta, compilação e fornecimento de dados e informações de qualquer
natureza, inclusive cadastro e similares.
17.07 – (VETADO)
17.14 – Advocacia.
17.16 – Auditoria.
25 - Serviços funerários.
25.05 - Cessão de uso de espaços em cemitérios para sepultamento. (Incluído pela Lei
Complementar nº 157, de 2016)
29 – Serviços de biblioteconomia.
36 – Serviços de meteorologia.
38 – Serviços de museologia.
39.01 - Serviços de ourivesaria e lapidação (quando o material for fornecido pelo tomador do
serviço).
LANÇAMENTO DO ISS
“Art. 144. O lançamento reporta-se à data da ocorrência do fato gerador da obrigação e rege-se
pela lei então vigente, ainda que posteriormente modificada ou revogada.”
Caso a lei não fixe prazo à homologação, será ele de cinco anos, a contar da
ocorrência do fato gerador; expirado esse prazo sem que a Fazenda Pública tenha
se pronunciado, considera-se homologado o lançamento e definitivamente extinto o
crédito, salvo se comprovada a ocorrência de dolo, fraude ou simulação.
“Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos
Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade,
impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência e, também, ao seguinte:
“SÚMULA N. 436
A entrega de declaração pelo contribuinte reconhecendo
débito fiscal constitui o crédito tributário, dispensada
qualquer outra providência por parte do fisco.”
Art 1° - Considera-se instituição financeira, para efeito desta lei, a pessoa jurídica de direito
público ou privado, que tenha como atividade principal ou acessória, cumulativamente ou não,
a captação, intermediação ou aplicação de recursos financeiros de terceiros, em moeda
nacional ou estrangeira, ou a custódia, emissão, distribuição, negociação, intermediação ou
administração de valores mobiliários.
A Constitucionalidade da incidência
O Sujeito Passivo
De acordo com a descrição acima, não há dúvidas que o ISS somente incide
sobre pessoas que exercem a atividade notarial com intuito de obter lucros.
Assim também fica claro que não cabe a incidência do ISS sobre cartórios
ou serventias judiciais, cujas atividades são diretamente administradas por
serventuários servidores públicos, que auferem salários e não receita proveniente
da exploração daquelas atividades.
A Base de Cálculo
O Preço do Serviço
OBRIGAÇÕES ACESSÓRIAS
a) Aumento de Alíquotas;
- Respeitar a legalidade (CF/88 art 150, I)
- Respeitar as alíquotas mínima e máxima (lc 116/03 art 8°,II e 8°A)
-
b) Revogação das leis de incentivo tributário;
- legalidade dada pela LC 157/2016 caput do art 2° § 1°, 2° e 3°)
c) Adequar a legislação através das modificações trazidas pela LC n° 157/2016
que alterou a LC n° 116/2003
CTN art 35. O imposto, de competência dos Estados, sobre a transmissão de bens imóveis e
de direitos a eles relativos tem como fato gerador:
I - a transmissão, a qualquer título, da propriedade ou do domínio útil de bens imóveis por
natureza ou por acessão física, como definidos na lei civil;
II - a transmissão, a qualquer título, de direitos reais sobre imóveis, exceto os direitos
reais de garantia;
III - a cessão de direitos relativos às transmissões referidas nos incisos I e II.
A CF/88 em seu Art 156, §2°, inciso II, delega a competência do referido
imposto aos Municípios da situação dos bens imóveis a serem transmitidos e
também dos direitos a eles relativos
Contribuinte do imposto é:
I - nas cessões de direito, o cessionário;
II - na permuta, cada um dos permutantes
III - nas demais transmissões, o adquirente do imóvel ou do direito transmitido.
Das Alíquotas
Daí declinamos para o Ato Complementar n° 27/66, em seu Art 8°, I, II e III,
onde o mesmo estabelece o seguinte:
Art. 8º Até que sejam fixadas pelo Senado Federal os limites a que se refere o artigo 39 da Lei
nº 5.172, de 25 de outubro de 1966, ficam estabelecidas, para a cobrança do impôsto a que se
refere o artigo 35 da mesma, lei, as seguintes alíquotas máximas:
Vale dizer, o valor venal, para fins de incidência do ITBI, nada mais é que o
valor pelo qual o bem seria transmitido em condições de mercado, ou seja, o valor
de venda do imóvel objeto da transação imobiliária.
1. A jurisprudência desta Corte é pacífica no sentido de que 'o valor venal do imóvel
apurado para fins de ITBI não coincide, necessariamente, com aquele adotado para
lançamento do IPTU'. Precedentes: AgRg no REsp 1.226.872/SP, Rel. Ministro Castro
Meira, DJe 23/4/2012; AgRg no AREsp 36.740/RS, Rel. Ministro Humberto Martins, DJe
22/11/2011; AgRg no Ag 1.120.905/SP, Rel. Ministro Herman Benjamin, DJe 11/9/2009.
1. Nos termos da jurisprudência desta Corte, o Fisco não está obrigado a utilizar o
mesmo valor apurado pelo Município quando da apuração do valor venal do imóvel para o
cálculo do IPTU, podendo arbitrar o seu valor nos termos do art. 148 do CTN.
2. In casu, não há modificação na base de cálculo do ITBI ou do IPTU, pois ambos têm
como base de cálculo o valor venal do imóvel, o que difere é a forma de apuração desse
valor, possibilitando a diferença numérica.
Art. 35. O imposto, de competência dos Estados, sobre a transmissão de bens imóveis e de
direitos a eles relativos tem como fato gerador:
I - a transmissão, a qualquer título, da propriedade ou do domínio útil de bens imóveis por
natureza ou por acessão física, como definidos na lei civil;
II - a transmissão, a qualquer título, de direitos reais sobre imóveis, exceto os direitos
reais de garantia;
III - a cessão de direitos relativos às transmissões referidas nos incisos I e II.
Cabe-nos a observar que o inciso I do art 35, diz que o fato gerador do ITBI é
a transmissão a qualquer titulo, da propriedade ou do domínio útil de bens imóveis,
por natureza ou acessão física, como definidos em lei civil.
Art. 79. São bens imóveis o solo e tudo quanto se lhe incorporar natural ou
artificialmente.
Art. 80. Consideram-se imóveis para os efeitos legais:
I - os direitos reais sobre imóveis e as ações que os asseguram;
II - o direito à sucessão aberta.
Art. 81. Não perdem o caráter de imóveis:
I - as edificações que, separadas do solo, mas conservando a sua unidade, forem
removidas para outro local;
II - os materiais provisoriamente separados de um prédio, para nele se reempregarem.
Ainda assim, é pertinente a observação do Art 82 da mesma legislação, onde
define o que são bens móveis, porém com uma ressalva no caput do artigo,
podendo o mesmo ser interpretado de acordo com a situação de cada caso,
especialmente nas transmissões de pessoa jurídica, assim:
Art. 82. São móveis os bens suscetíveis de movimento próprio, ou de remoção por força
alheia, sem alteração da substância ou da destinação econômico-social.
"É fato gerador do ITBI a transmissão inter vivos, a qualquer título, por ato
oneroso (e não gratuito), de bens imóveis (e não móveis), por natureza ou
acessão física, e de direitos reais sobre imóveis, exceto os de garantia, bem
como cessão de direitos à sua aquisição (art. 156, II da CF e art. 35 do CNT)."
Imunidades
Diz respeito ao caso em que um sócio que tenha um imóvel avaliado em, por
exemplo, R$100.000,00, pretende incorporá-lo ao patrimônio da empresa, para
integralizar capital social em valor de R$50.000,00.
3.1.4 – TAXAS
Art. 77. As taxas cobradas pela União, pelos Estados, pelo Distrito Federal ou
pelos Municípios, no âmbito de suas respectivas atribuições, têm como fato
gerador o exercício regular do poder de polícia, ou a utilização, efetiva ou
potencial, de serviço público específico e divisível, prestado ao contribuinte ou
posto à sua disposição.
Art. 78. Considera-se poder de polícia atividade da administração pública que, limitando ou
disciplinando direito, interesse ou liberdade, regula a prática de ato ou abstenção de fato, em
razão de interesse público concernente à segurança, à higiene, à ordem, aos costumes, à
disciplina da produção e do mercado, ao exercício de atividades econômicas dependentes de
concessão ou autorização do Poder Público, à tranquilidade pública ou ao respeito à
propriedade e aos direitos individuais ou coletivos.
TAXA DE SERVIÇO OU UTILIZAÇÃO – regrada pelo Art 79 do CTN
Art. 79. Os serviços públicos a que se refere o artigo 77 consideram-se:
I - utilizados pelo contribuinte:
a) efetivamente, quando por ele usufruídos a qualquer título;
b) potencialmente, quando, sendo de utilização compulsória, sejam postos à sua disposição
mediante atividade administrativa em efetivo funcionamento;
II - específicos, quando possam ser destacados em unidades autônomas de intervenção, de
utilidade, ou de necessidades públicas;
III - divisíveis, quando suscetíveis de utilização, separadamente, por parte de cada um dos
seus usuários.
As bases de cálculo de taxas não podem ser iguais às dos impostos. A base
de cálculo é o valor econômico sobre o que se calculará, após aplicada
a alíquota, o valor devido a título de obrigação tributária e, no caso das taxas,
deve ser baseada no custo do serviço prestado ou do exercício do poder de
polícia.
(CF/88 Art 145 - § 2°) (CTN L 5.172/66 art 77 Parágrafo Único)
Art. 145. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios poderão instituir os seguintes
tributos:
I - ...................;
II - taxas, em razão do exercício do poder de polícia ou pela utilização, efetiva ou potencial, de
serviços públicos específicos e divisíveis, prestados ao contribuinte ou postos a sua disposição;
III - .......................
§ 1º ......................
§ 2º As taxas não poderão ter base de cálculo própria de impostos.
Art. 77. As taxas cobradas pela União, pelos Estados, pelo Distrito Federal ou pelos
Municípios, no âmbito de suas respectivas atribuições, têm como fato gerador o exercício regular do
poder de polícia, ou a utilização, efetiva ou potencial, de serviço público específico e divisível,
prestado ao contribuinte ou posto à sua disposição.
Parágrafo único. A taxa não pode ter base de cálculo ou fato gerador idênticos aos que
correspondam a imposto nem ser calculada em função do capital das empresas.
Contribuinte
Tipos de Taxas
Taxas de Polícia:
Tx de Fiscalização e Vistoria
Tx de Licença e Localização de Estabelecimento (Renovação de Alvará)
STJ SÚMULA N. 157 (CANCELADA) É ilegítima a cobrança de taxa, pelo Município, na renovação
de licença para localização de estabelecimento comercial ou industrial.
Tx de Licença Sanitária
Tx Venda ambulante
Tx Realização de Evento Público
Taxas de Serviços:
Coleta de Lixo
Limpeza Urbana
Súmula Vinculante 19
A taxa cobrada exclusivamente em razão dos serviços públicos de coleta,
remoção e tratamento ou destinação de lixo ou resíduos provenientes de
imóveis não viola o artigo 145, II, da Constituição Federal.
Transporte de Materiais
De Expediente
Serviços diversos
“É legítima a cobrança da taxa de localização, fiscalização e
fiscalização.”
TAXA X TARIFA
Por fim, ressalta-se que o traço mais importante para diferenciar uma taxa de um
tributo não consiste se o serviço é compulsório ou facultativo, mas sim se a atividade
é exercida diretamente pelo Poder Público. Se houver clara vinculação do serviço
com o desempenho de função do Estado, haverá taxa. Por outro lado, se houver
desvinculação com o Estado e não existir nenhum óbice para desempenho da
atividade por parte de um ente particular, haverá tarifa.
TARIFAS:
Transporte coletivo
Água e Esgoto
Art. 81. A contribuição de melhoria cobrada pela União, pelos Estados, pelo Distrito Federal ou
pelos Municípios, no âmbito de suas respectivas atribuições, é instituída para fazer face ao custo de
obras públicas de que decorra valorização imobiliária, tendo como limite total a despesa realizada e
como limite individual o acréscimo de valor que da obra resultar para cada imóvel beneficiado.
Art. 82. A lei relativa à contribuição de melhoria observará os seguintes requisitos mínimos:
I - publicação prévia dos seguintes elementos:
a) memorial descritivo do projeto;
b) orçamento do custo da obra;
c) determinação da parcela do custo da obra a ser financiada pela contribuição;
d) delimitação da zona beneficiada;
e) determinação do fator de absorção do benefício da valorização para toda a zona ou para
cada uma das áreas diferenciadas, nela contidas;
II - fixação de prazo não inferior a 30 (trinta) dias, para impugnação pelos interessados, de
qualquer dos elementos referidos no inciso anterior;
III - regulamentação do processo administrativo de instrução e julgamento da impugnação a
que se refere o inciso anterior, sem prejuízo da sua apreciação judicial.
§ 1º A contribuição relativa a cada imóvel será determinada pelo rateio da parcela do custo da
obra a que se refere a alínea c, do inciso I, pelos imóveis situados na zona beneficiada em função
dos respectivos fatores individuais de valorização.
§ 2º Por ocasião do respectivo lançamento, cada contribuinte deverá ser notificado do
montante da contribuição, da forma e dos prazos de seu pagamento e dos elementos que integram o
respectivo cálculo.
FATO GERADOR
Há uma sequência que não pode ser burlada, indispensável para se exigir o
tributo.
CONTRIBUIÇÃO DE MELHORIA
CÁLCULO
O cálculo da Contribuição de Melhoria é feito dividindo proporcionalmente o
custo da obra pela valorização dos imóveis na área beneficiada.
O contribuinte pagará a Contribuição de Melhoria no limite do valor de
acréscimo na valorização do imóvel. O limite total das contribuições também não
poderá ser superior ao total custo da obra.
O montante de valorização é de difícil determinação, podendo uma
autoridade administrativa fazer um arbitramento deste, precisando da concordância
do contribuinte. Caso contrário, conforme o artigo 148 do Código Tributário
Nacional, pode o contribuinte impugnar o arbitramento.
A base de cálculo é o quantum de valorização imobiliária. Exemplificando: se
um imóvel de R$ 10.000,00 é valorizado em 10% desse valor, devido à obra
pública realizada, o contribuinte pagará uma alíquota sobre R$ 1.000,00 (10% de
R$ 10.000,00), correspondente à valorização do imóvel, a título de Contribuição de
Melhoria.
MATERIALIZAÇÃO DO PRINCÍPIO DA IGUALDADE
O tributo deve ser um ônus suportável, um encargo que o contribuinte deva
pagar sem sacrifício do desfrute normal dos bens da vida.
O tributo é justo desde que adequado à capacidade econômica da pessoa
que deva suportá-lo. Não basta que seja legal, mister se faz que o mesmo seja
legítimo.
A realização de obra pública que não traga valorização do imóvel não comporta cobrança de
Contribuição de Melhoria, assim como qualquer valorização imobiliária que não decorra de obra
pública.
Cabe ao poder público provar que valorizou o bem imóvel com a obra estatal.
Se o fato gerador da Contribuição de Melhoria é a valorização imobiliária
decorrente da obra pública, entende-se que, não havendo valorização imobiliária,
não gerou o dever de pagamento da Contribuição de Melhoria – pelo contrário, há
a responsabilidade civil do Estado.
Pode ser cobrada via conta de energia elétrica de acordo com convênio
com as distribuidoras de energia.
Estas passam a ser substitutas tributárias e responsáveis pela retenção
e repasse aos Municípios.
b) interrupção da prescrição;
c) abalo de crédito.
xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx
Prefeito Municipal
REGISTRE-SE E PUBLIQUE
Documento da dívida
PROCESSO ADMINISTRATIVO
1. Princípios do Processo e do Procedimento Administrativos
A exigência tributária se deflagra com o lançamento tributário. Até que
sobrevenha tal lançamento, os atos que o antecedem alinham-se em mero
procedimento, ou, seja, em sequência ordenada de atos com a finalidade de se
atingir um fim, no caso, o da constituição do crédito tributário.
A fase processual irrompe-se a partir do momento em que o contribuinte
pode manifestar expressamente sua oposição à pretensão tributária do Poder
Público. Tal ocorre assim que é possível impugnar, no âmbito administrativo, o
lançamento tributário.
A partir de então, o contribuinte vê-se amparado pela enorme gama de
princípios processuais consagrados no âmbito constitucional,
1. do devido processo legal,
2. do contraditório,
3. da ampla defesa,
4. da impessoalidade e igualdade.
e) juiz natural
Assegura a Constituição, ainda, que ninguém será processado e julgado
senão pelo juiz competente.
Tal previsão consagra o princípio do juiz natural e, com isso, impede que
haja alterações na competência para a apreciação do processo administrativo após
a sua instauração.
Art. 173. O direito de a Fazenda Pública constituir o crédito tributário extingue-se após 5
(cinco) anos, contados:
I - do primeiro dia do exercício seguinte àquele em que o lançamento poderia ter sido
efetuado;
II - da data em que se tornar definitiva a decisão que houver anulado, por vício formal, o
lançamento anteriormente efetuado.
Parágrafo único. O direito a que se refere este artigo extingue-se definitivamente com o
decurso do prazo nele previsto, contado da data em que tenha sido iniciada a
constituição do crédito tributário pela notificação, ao sujeito passivo, de qualquer
medida preparatória indispensável ao lançamento.
Art. 174. A ação para a cobrança do crédito tributário prescreve em cinco anos, contados
da data da sua constituição definitiva.
Parágrafo único. A prescrição se interrompe:
I – pelo despacho do juiz que ordenar a citação em execução fiscal;
II - pelo protesto judicial;
III - por qualquer ato judicial que constitua em mora o devedor;
IV - por qualquer ato inequívoco ainda que extrajudicial, que importe em reconhecimento
do débito pelo devedor.
"Se a lei não fixar prazo a homologação, será ele de cinco anos, a contar da
ocorrência do fato gerador; expirado este prazo sem que a fazenda tenha se
pronunciado, considera-se homologado o lançamento e definitivamente extinto o
crédito, salvo se comprovada a ocorrência de dolo, fraude ou simulação."
4.1 DECADÊNCIA
Prazos Prescricionais
“A prescrição ocorre em dez anos, quando a lei não lhe haja fixado prazo
menor.”
Deve haver uma relação jurídica tributária, com relação a dívida não tributária
proposta, ou seja, se a dívida for de caráter originário de interesse tributário, deve
sim ser regida pelo ordenamento tributário e não pelo Código Civil , conforme nos
ensina a ilustre ex-ministra do STJ:
“...se a relação que deu origem ao crédito em cobrança tem
assento no Direito Público, não tem aplicação a prescrição
constante do Código Civil...”
(Recurso Especial de n° 714756SP 2005/0003253-9, Relatora:
Ministra ELIANA CALMON - Segunda Turma, STJ)
Ademais, o artigo 205 do CC estabelece que a prescrição deverá ser de dez
anos no caso de inexistência de legislação específica fixando prazo menor
“Art. 205. A lei poderá exigir que a prova da quitação de determinado tributo,
quando exigível, seja feita por certidão negativa, expedida à vista de requerimento
do interessado, que contenha todas as informações necessárias à identificação de
sua pessoa, domicílio fiscal e ramo de negócio ou atividade e indique o período a
que se refere o pedido.
Parágrafo único. A certidão negativa será sempre expedida nos termos em que
tenha sido requerida e será fornecida dentro de 10 (dez) dias da data da entrada do
requerimento na repartição.
Art. 206. Tem os mesmos efeitos previstos no artigo anterior a certidão de que
conste a existência de créditos não vencidos, em curso de cobrança executiva em
que tenha sido efetivada a penhora, ou cuja exigibilidade esteja suspensa.
Art. 207. Independentemente de disposição legal permissiva, será dispensada a
prova de quitação de tributos, ou o seu suprimento, quando se tratar de prática de
ato indispensável para evitar a caducidade de direito, respondendo, porém, todos os
participantes no ato pelo tributo porventura devido, juros de mora e penalidades
cabíveis, exceto as relativas a infrações cuja responsabilidade seja pessoal ao
infrator.
Art. 208. A certidão negativa expedida com dolo ou fraude, que contenha erro
contra a Fazenda Pública, responsabiliza pessoalmente o funcionário que a expedir,
pelo crédito tributário e juros de mora acrescidos.
Parágrafo único. O disposto neste artigo não exclui a responsabilidade criminal
e funcional que no caso couber.”
Súmula 446 - Declarado e não pago o débito tributário pelo contribuinte, é legítima a
recusa de expedição de certidão negativa ou positiva com efeito de negativa. (Súmula
446, PRIMEIRA SEÇÃO, julgado em 28/04/2010, DJe 13/05/2010)
EMENTA
[...] TRIBUTO SUJEITO A LANÇAMENTO POR HOMOLOGAÇÃO, DECLARADO
E NÃO PAGO PELO CONTRIBUINTE. NASCIMENTO DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO.
CERTIDÃO POSITIVA COM EFEITOS DE NEGATIVA DE DÉBITO.
IMPOSSIBILIDADE.
1. A entrega da Declaração de Débitos e Créditos Tributários Federais -
DCTF - constitui o crédito tributário, dispensando a Fazenda Pública de
qalquer outra providência, habilitando-a ajuizar a execução fiscal.
2. Conseqüentemente, nos tributos sujeitos a lançamento por
homologação, o crédito tributário nasce, por força de lei, com o fato
gerador, e sua exigibilidade não se condiciona a ato prévio levado a efeito
pela autoridade fazendária, perfazendo-se com a mera declaração efetuada
pelo contribuinte, razão pela qual, em caso do não-pagamento do tributo
declarado, afigura-se legítima a recusa de expedição da Certidão Negativa
ou Positiva com Efeitos de Negativa. [...]
3. Ao revés, declarado o débito e efetuado o pagamento, ainda que a
menor, não se afigura legítima a recusa de expedição de CND antes da
apuração prévia, pela autoridade fazendária, do montante a ser recolhido.
Isto porque, conforme dispõe a legislação tributária, o valor remanescente,
não declarado nem pago pelo contribuinte, deve ser objeto de lançamento
supletivo de ofício. 4. Outrossim, quando suspensa a exigibilidade do
crédito tributário, em razão da pendência de recurso administrativo
contestando os débitos lançados, também não resta caracterizada causa
impeditiva à emissão da Certidão de Regularidade Fiscal, porquanto
somente quando do exaurimento da instância administrativa é que se
configura a constituição definitiva do crédito fiscal.
[...]
6. [...] Acórdão submetido ao regime do art.543-C do CPC e da Resolução
STJ 08/2008.
(REsp 1123557 RS, Rel. Ministro LUIZ FUX, PRIMEIRA SEÇÃO, julgado em
25/11/2009, DJe 18/12/2009)
Bibliografia: