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A Fascinação da Terra-Média

Mais de 75 anos depois de J.R.Tolkien escrever “O Hobbit”, a glória e a


majestade da Terra Média continuam a atrair milhares de leitores, e mais
recentemente, os amantes de boa película. Esta semana, os cinemas estão se
preparando para a exibição do aclamado novo filme: “O Hobbit - A
Desolação de Smaug.”
Particularmente, a popularidade duradoura de Tolkien pode ser explicada
pela maneira artisticamente que o autor aborda grandiosos temas de nossa
experiência coletiva neste mundo. Ele aponta para temas como Glória,
Majestade e Realezas – Realidades intangíveis e abstratas não fáceis de
serem colocadas no mundo da arte – o qual foram incorporadas com
maestria e profundidade dentro da Terra Média.

Numa escala massiva em “O Senhor dos Anéis”, e numa escala menor em


“O Hobbit”, nós encontramos o anseio pelo Rei correto a emergir das
sombras, recapturando seu legítimo império, um velho anseio bem mais
antigo do que os reis mitológicos que criamos como o “Rei Arthur.”

Sem Reis

Hoje, os reis são na maioria das vezes marginalizados para o paganismo


sem significado. Mas permanece na realeza, uma duradoura significância
que é inescapável, algo profundamente enterrado dentro de nossas almas. A
todo tempo, temos este anseio nos dizendo que o mundo só irá prosperar
verdadeiramente somente quando for governado por um verdadeiro Rei.
Onde não reina um rei, o mal reina. Tolkien sabia disto. Isto é o que faz da
Montanha Nebulosa, um lugar tão traiçoeiro. Uma jornada perigosa para a
comitiva de Bilbo, os anões e Gandalf, os viajantes na história de “O
Hobbit”. Do início de sua jornada juntos, o sábio mago Gandalf sabia
muito bem que viajar “sobre aquelas grandes montanhas com seus picos
solitários e seus muitos vales, onde nenhum rei governa”, significava
perigo e “aventuras temerosas”. Nenhum pé pisa casualmente por reinos
não governados.

Rei Thorin
Os reis devem retornar, e o rei que retorna em “O Hobbit” é Thorin. O
monarca anão é o verdadeiro e legítimo sob a Montanha Solitária e de suas
vastas cavernas de riquezas douradas. Quando entramos na história, Thorin
foi expulso por um perverso usurpador, um mentiroso e ladrão, o dragão
chamado Smaug, “O maior e o grandioso das Calamidades”. A revolta de
Smaug é governada pelo seu clamor ilegal para ser, como diz em suas
próprias palavras, “o verdadeiro rei sob as montanhas”.
Ele não era, mas sua falsa aclamação estabeleceu uma declaração clímax
do rei legítimo, um pouco mais tarde enquanto a história é contada: “Eu
sou Thorin, filho de Thrain, filho de Thror, Rei sob a Montanha. Eu voltei.”

“O Hobbit” não deveria ser lido (ou visto) como um duelo de reis
concorrentes, pois quando o rei legítimo retorna, o mal é colocado em
perigo. O grande dragão Smaug deve ser destruído, e ele será, e rumores de
sua morte desencadeiam em ondas de males menores, todos rivalizando
pela riqueza da Montanha Solitária.

Porém, todos estes males, incluindo os saqueadores gananciosos, devem ser


expulsos da Montanha Solitária, e tal vitória é atada a realeza.

“O Rei está vindo para dentro de seu salão

Sob a montanha escura e alta

A Consciência do Pavor é dilacerada e morta

E assim também nossos inimigos sucumbirão.”

Se o grande dragão sucumbir e o rei legitimo retornar, todos os outros


inimigos serão condenados. O retorno do rei e a morte de Smaug traz uma
revolução para a Terra-Média. Assim também quando vamos chegando ao
final da jornada em “O Hobbit”, nós lemos que as Montanhas Nebulosas, a
tal cadeira de montanhas que uma vez estava sem reinado, agora era
governada por Beorn, o homem urso. Sobre seu reinado, as Montanhas
agora desfrutavam de liberdade dos inimigos, Goblins e Wargs. O mal
recuou, e os homens passaram a viajar em paz por aqueles picos.

Reis na Terra – Média


Assim é como funciona a Terra-Média. Sem sombra de dúvidas, este lugar
criado pelo autor é um mundo de realeza. Em seu livro, “A Filosofia de
Tolkien”, Peter Kreeft perceptivamente capta sobre este ponto.

Apesar de não termos reis na América ou querê-los, nosso subconsciente


tanto os tem quanto os deseja. Todos nós sabemos o que seria um
verdadeiro rei, um legítimo e ideal, um rei arquetípico. Ele não é
meramente político ou apenas um guerreiro. Algo em nós anseia para dar a
este rei nossa lealdade, fidelidade, serviço e obediência. Ele está perdido
em nós em algum lugar, mas ao mesmo tempo nós o almejamos. Algum dia
ele irá retornar, assim como fez “Arthur.”

No “Senhor dos Anéis”, o nome de Arthur é “Aragorn”. Quando o lemos


ou vemos o filme, o anseio para um rei retorna para seu trono em nossas
mentes. Ele sempre esteve lá; “O Senhor dos Anéis” apenas o trouxe de
volta para a nossa coinciência da tumba do inconsciente, de onde ele estava
adormecido. (44-45)

Tim Keller edifica sobre este ponto num sermão sobre o Salmo 2:
Temos que ter a democracia porque a raça humana é tão pecaminosa que
nenhum de nós estaria realmente apto para governar. Mas nós precisamos
de um Rei. Fomos feitos para um.
A razão para os antigos mitos, a razão para os novos (todos os mitos de
super-heróis são novos mitos sobre reis), a razão por adorarmos reis e os
cria-los é por causa de um traço na memória de toda a raça humana. Um
traço, em você e em mim, de um grande Rei, um Rei Antigo, um que
governou com tal poder, sabedoria, compaixão e justiça, com tamanha
glória que tais virtudes resplandecem como o sol brilhando em toda a sua
força. Sabemos que fomos criados para se submeter aquele Rei, a estar
diante Dele e Adorá-lo, servi-lo e conhece-lo como Rei.
Isso é o que a Bíblia diz. As Escrituras afirmam que há um Rei sobre todos
os reis. Há um Rei por detrás de todos os outros reis. Há um Rei sob todas
aquelas lendas. Até o mais grandioso rei que já houve em toda a história da
raça humana é apenas um obscuro reflexo deste traço de memória em nós.
Tolkien bate de uma forma profunda em nosso anseio. Fomos feitos por um
Rei, e fomos feitos para ser governados por Ele. E quando o Rei Legitimo
reinar, a prosperidade enfim voltará novamente a reinar sobre a terra. As
profecias bíblicas entendiam disto (Isaías 60), e é sobre este profético
anseio que Tolkien coloca dentre os lábios dos anões, os quais solenemente
cantam por ansiar:
O Rei sob as montanhas
O Rei das Pedras Esculpidas,
O Senhor das Fontes de Prata
Deve vir para os seus!
Sua Coroa será Sustentada
Sua harpa incomparável
Seus salões ecoará ouro
Para canções de outrora recantadas.
Os bosques se moverão em montanhas
E suas gramas sob o resplendor do sol;
Sua riqueza fluirá em fontes
E os rios dourados correrão.
Os riachos brotarão em alegria,
Os lagos resplandecerão e esbanjarão.
A dor e a tristeza a desaparecer
Quando à Montanha o Rei Retornar!
Thorin, o rei que retorna em “O Hobbit”, não é Aragorn (O rei que retorna
em “O Senhor dos Anéis”). Thorin é um rei falho, egoísta e excêntrico.
Mesmo assim, nele se deposita todas as esperanças de uma antiga profecia.
Esperança e desapontamento estão intercaladas em nossos reis. Todos eles
fracassarão de uma forma ou outra (1 Samuel 8). Tão frequente, nossos reis
crescem de uma forma egocêntrica. E até mesmo o mais altruísta deles, um
dia morrerá. Uns mortos em batalha (como Thorin), outros mortos pelo
“parar do relógio” (de acordo com o enigma de Gollum).
E aqui está o problema: no fritar dos ovos, nenhum de nossos reis vencerá,
será eterno.

O Retorno do Rei
E é aqui que nós somos pegos. Não queremos reis, mas nosso moderno
desdém de ser governado por eles, não pode extinguir este “traço de
memória na raça humana.” Tanto quanto nós modernos, rejeitadores de
realeza, seres independentes, possamos rejeitar tal pensamento, realmente
sabemos que fomos feitos para sermos regidos, feitos para sermos
governados por um Perfeito e Justo Rei. O Único digno de toda a nossa
obediência e serviço. O Verdadeiro Rei, o qual finalmente seria o portal
para a verdadeira paz, um desencadear abundante de rios de profunda
alegria, tão glorioso que fariam pilhas de moedas de ouro desaparecerem
como metáforas.

Esta é a fascinação da Terra-Média.


Somos atraídos para tal lugar por este dilatado e insatisfeito anseio. Anseio
para o Dia quando o Verdadeiro Rei retornar para expulsar o vil dragão e
reivindicar a terra que era dele, na verdade, a terra que Ele sempre possuiu.
(2 Timóteo 4:8)
As canções proféticas estão em seus lugares.
Maranata, vem Senhor Jesus!

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