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Auxiliar de Escritório

Formação para o Trabalho – Auxiliar de Escritório 1


Formação para o Trabalho – Auxiliar de Escritório 2
SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO........................................................................................................................................................5
1.1 RESUMO DA PROFISSÃO AUXILIAR DE ESCRITÓRIO...........................................................................................5
1.2 TAREFAS E RESPONSABILIDADES DA PROFISSÃO DE AUXILIAR DE ESCRITÓRIO:..............................................................5

2 EMPRESAS OU PESSOAS JURÍDICAS............................................................................................................ 5


2.1 CLASSIFICAÇÃO DAS EMPRESAS.........................................................................................................................6

3 COMO “NASCE” UMA EMPRESA................................................................................................................. 9


3.1 Pessoa Física x Pessoa Jurídica..................................................................................................................11
3.2 Pessoa Física.............................................................................................................................................11
3.3 Pessoa Jurídica.........................................................................................................................................11
3.4 FIRMA OU RAZÃO SOCIAL..............................................................................................................................10
3.5 DENOMINAÇÃO............................................................................................................................................10
3.6 NOME FANTASIA.......................................................................................................................................... 11
3.7 CONTRATO SOCIAL...........................................................................................................................................11
3.7.1 Modelo de contrato Social.................................................................................................................12
3.7.2 CARTÃO DE CNPJ – Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica.................................................................16
3.7.3 CARIMBO DE CNPJ – Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica...............................................................16
4 COMO SE ORGANIZA UMA EMPRESA........................................................................................................ 17
4.1 MISSÃO, VISÃO, VALORES E OBJETIVOS...........................................................................................................17
4.1.1 Missão................................................................................................................................................17
4.1.2 Visão...................................................................................................................................................18
4.1.3 Objetivos.............................................................................................................................................18
4.1.4 Valores................................................................................................................................................18
4.2 RESPONSABILIDADE SOCIAL...............................................................................................................................19
4.3 DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL....................................................................................................................19
4.4 ORGANOGRAMA...........................................................................................................................................19
4.5 FLUXOGRAMA.............................................................................................................................................. 21
4.5 CRONOGRAMA.............................................................................................................................................24
5 COMO UMA EMPRESA É GERENCIADA...................................................................................................... 26
5.1 CONTABILIDADE...........................................................................................................................................26
5.2 DÉBITO X CREDITO........................................................................................................................................28
5.3 RELATÓRIOS CONTÁBEIS GERENCIAIS................................................................................................................28
5.3.1 Diário..................................................................................................................................................28
5.3.2 Razão..................................................................................................................................................28
5.3.3 Caixa...................................................................................................................................................30
5.3.4 Balancete de verificação.....................................................................................................................29
5.3.5 Balanço Patrimonial............................................................................................................................30
5.3.6 Princípios da Contabilidade.................................................................................................................... 32
6 DOCUMENTOS FISCAIS............................................................................................................................. 33
6.1 DUPLICATA...................................................................................................................................................33
6.2 FATURA.......................................................................................................................................................33
6.3 NOTA FISCAL................................................................................................................................................34
6.3.1 Nota Fiscal Eletrônica.........................................................................................................................34
6.4 CUPOM FISCAL.............................................................................................................................................34
6.5 TRIBUTOS....................................................................................................................................................34
6.7 TAXA..........................................................................................................................................................35
6.8 CONTRIBUIÇÃO DE MELHORIA........................................................................................................................35
6.9 CONTRIBUIÇÃO PARAFISCAIS OU ESPECIAIS.......................................................................................................35
6.10 DARF.......................................................................................................................................................... 36
7 DOCUMENTOS COMERCIAIS..................................................................................................................... 36

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7.1 CHEQUE.........................................................................................................................................................36
8 PROGRAMAS DE QUALIDADE................................................................................................................... 38
8.1 KAIZEN......................................................................................................................................................38
8.2 ISO............................................................................................................................................................40
8.3 5 “S”......................................................................................................................................................... 40
8.4 PDCA........................................................................................................................................................ 43
9 ARQUIVO................................................................................................................................................. 44
9.1 FUNÇÕES DO ARQUIVO.................................................................................................................................44
9.2 TIPOS DE ARQUIVO.......................................................................................................................................45
9.3 ARQUIVAMENTO..............................................................................................................................................45
9.4 MÉTODOS DE ARQUIVAMENTO.......................................................................................................................46
9.5 GUIA DE CONTROLE E EMPRÉSTIMO OU PROTOCOLO............................................................................................47
9.6 TABELA DE TEMPORALIDADE..........................................................................................................................47
10 GESTÃO DE PESSOAS................................................................................................................................ 47
10.1 CULTURA ORGANIZACIONAL............................................................................................................................47
10.2 CLIMA ORGANIZACIONAL...............................................................................................................................48
11 RECURSOS HUMANOS.............................................................................................................................. 48
11.1 RECRUTAMENTO ..............................................................................................................................................48
11.1.2 CURRICULO........................................................................................................................................48
11.1.3 SELEÇÃO............................................................................................................................................49
11.1.4 ENTREVISTAS...................................................................................................................................49
12.1 MARKETING PESSOAL....................................................................................................................................50
12 FGTS........................................................................................................................................................ 51
13 INSS......................................................................................................................................................... 52
14 IRRF – IMPOSTO DE RENDA RETIDO NA FONTE......................................................................................... 52
15 COMPORTAMENTO NO AMBIENTE DE TRABALHO E ETIQUETA EMPRESARIAL...........................................52
15.1. ERGONOMIA...................................................................................................................................................53
15.2 DOENÇA OCUPACIONAL.................................................................................................................................53
15.3 SAÚDE OCUPACIONAL....................................................................................................................................53
15.4 EPI – EQUIPAMENTO DE SEGURANÇA INDIVIDUAL...............................................................................................54
16 ATENDIMENTO AO CLIENTE...................................................................................................................... 54
17 CORRESPONDÊNCIAS EMPRESARIAIS........................................................................................................ 55
14.1 TIPOS DE CORRESPONDÊNCIAS........................................................................................................................55
14.2 QUADRO DE RECURSOS DOS DOCUMENTOS E CORRESPONDÊNCIAS.........................................................................60
18 EMPREGABILIDADE............................................................................................................................................60
19 NETWORKING.......................................................................................................................................... 61
20 CONCEITOS IMPORTANTES....................................................................................................................... 61
20.1 RESILIÊNCIA.................................................................................................................................................61
20.2 PROATIVIDADE.........................................................................................................................................61
20.3 ASSERTIVIDADE........................................................................................................................................62
20.4 EMPREENDEDORISMO.......................................................................................................................... 62
21 Referências bibliográficas....................................................................................................................................63

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1 INTRODUÇÃO

1.1 RESUMO DA PROFISSÃO AUXILIAR DE ESCRITÓRIO


Executar tarefas administrativas diárias.

1.2 TAREFAS E RESPONSABILIDADES DA PROFISSÃO DE AUXILIAR DE ESCRITÓRIO:


– Digitação das comunicações internas e externas;
– Preparar apresentações e planilhas;
– Ajudar a organizar reuniões, apresentações, jantares e outros eventos;
– Elaborar atas nas reuniões, caso não haja na empresa um(a) secretário(a);
– Organizar e manter os arquivos da empresa ou setor e atualizados;
– Solicitar móveis, papéis, formulários e outros materiais usados no escritório;
– Ajudar na recepção se necessário;
– Elaborar orçamentos e relação de estoque;
– Fazer pagamentos bancários e ajudar no faturamento;
– Manter organizado o escritório;
– Participar ativamente nas implantações de novo métodos de trabalho;
– Ajudar na conscientização dos funcionários para os procedimentos de segurança;
– Ter habilidade de relacionar-se com pessoas diferentes;
– Disponibilidade para aprender novos conhecimentos e manter-se atualizado;
– Ser proativo.

ATENÇÃO
Estes são alguns requisitos necessários, porém se você não possui alguns deles, ainda há tempo
para se desenvolver e buscar uma destas oportunidades que o mercado oferece, pois a
oportunidade surge para quem está preparado. Seja persistente!

2 EMPRESAS OU PESSOAS JURÍDICAS


As empresas são organizações econômicas particulares, públicas ou mistas, que oferecem bens
e ou serviços, tendo, em geral, o lucro como objetivo (em uma visão mais moderna, o lucro é
uma consequência ou retorno esperado pelos investidores, do processo produtivo e, para as
empresas públicas ou “entidades sem fins lucrativos”, é representado pela “rentabilidade
social”). Para que uma empresa consiga atingir seu objetivo, é necessária a união de quatro
elementos ou recursos, a saber:
1. Humanos: são os funcionários organizados em uma hierarquia. É o elemento mais
importante para que a empresa alcance seus objetivos.

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2. Materiais: são as máquinas que se destinam a produzir bens e serviços.
3. Técnicos: são as habilidades para desenvolver o objeto social da empresa, ou seja, saber
lidar com o que se propõe a fazer.
4. Financeiros: é de fundamental importância; é o capital empregado na produção dos
bens, na atividade comercial e/ou nos serviços.
As empresas podem ser:
Pública – A empresa é oriunda de órgãos governamentais, podendo ser municipal, estadual ou
federal. Seu capital é 100% público, sem a participação do capital privado.
Privada – Originada de uma firma individual ou de sociedade, em que o capital social é de
origem particular. A empresa privada poder individual, denominada como empresários ou
sociedade, formada por duas ou mais pessoas.
Mista – É a junção das Empresas Públicas com Empresas Privadas, neste caso a empresa Pública
detém a maior parte das Ações, assumindo os controles administrativos, cabendo à Empresa
Privada os serviços de utilidade pública.

2.1 Classificação das Empresas


Vamos conhecer algumas classificações das empresas que nos facilite entender o papel desta
estrutura no cenário econômico.
2.1.1 Setor Econômico
Quanto ao setor econômico, as empresas são divididas em:
- Setor primário: setor agrícola – produzem a matéria-prima;
- Setor secundário: indústrias – transformam a matéria-prima em bens de consumo ou em
máquinas industriais;
- Setor terciário: serviços – envolve a comercialização de produtos em geral e o oferecimento de
serviços comerciais, pessoais e comunitários a terceiros.
2.1.2 Quantidade de sócios
O proprietário da empresa pode ser apenas uma pessoa, caso das empresas individuais, como
podem ser mais de uma, formando sociedades. Vamos conhecer as mais comuns:
- Empresa em nome individual: quando o proprietário da empresa é apenas uma pessoa;
geralmente, neste tipo de organização o capital particular do proprietário se confunde com o da
empresa;
- Empresa de responsabilidade limitada ou sociedade por quotas: é o tipo mais comum, em
que os sócios são responsáveis pela empresa de acordo com a quantidade de quotas. Exemplo:
Moveis Aliança LTDA.
- Sociedade anônima, (SA - terminação no nome da empresa): tem seu capital distribuído em
ações e a responsabilidade de cada sócio ou acionista é correspondente à quantidade e valor
das ações que possui. Exemplo: Petrobrás S/A.
- Cooperativas (CRL - terminação no nome da empresa): é um sistema econômico que faz das
cooperativas a base de todas as atividades de produção e distribuição de riquezas, tendo como
objetivo difundir os ideais em que se baseia, no intuito de atingir seu pleno desenvolvimento
econômico e social.

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É a união de pessoas voltadas para um objetivo comum, visando alcançar os objetivos
propostos na sua constituição estatutária. Exemplo: Coopercred – Cooperativa de Crédito
- Em comandita: de dois tipos: comandita por ações, regida pelas normas das sociedades
anônimas porque tem seu capital dividido em ações; e comandita simples, tipo de sociedade
em que, ao lado dos sócios de responsabilidade ilimitada e solidária, existem aqueles que
entram apenas com o capital, não participando da gestão do negócio, tendo, portanto, sua
responsabilidade restringida ao capital subscrito;
- Sociedade simples: é aquela formada por pessoas que exercem profissão de natureza
intelectual, científica, artística ou literária, mesmo sem contar com colaboradores;
- Sociedade em nome coletivo: constituída apenas por pessoas físicas que respondem ilimitada
e solidariamente pelas obrigações da sociedade.

2.1.3 Microempresa (ME) e Empresa de Pequeno Porte (EPP)


Atualmente, no Brasil, é feita uma definição para a microempresa e empresa de pequeno porte
em virtude da unificação de alguns impostos que o governo oferece e algumas vantagens
burocráticas das quais as empresas com essa qualificação são dispensadas, sendo:
1. Imposto sobre a Renda da Pessoa Jurídica (IRPJ);
2. Contribuição para os Programas de Integração Social e de Formação do Patrimônio do
Servidor Público - PIS/Pasep;
3. Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL);
4. Contribuição para Financiamento da Seguridade Social (COFINS);
5. Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI);
6. Contribuições para a Seguridade Social, a cargo da pessoa jurídica, de que tratam o art.
22 da Lei no 8.212 de 1991 e o art. 25 da Lei no 8.870 de 1994.
Quanto à burocracia, as microempresas e as empresas de pequeno porte são dispensadas:
I - Da afixação de Quadro de Trabalho em suas dependências;
II - Da anotação das férias dos empregados nos respectivos livros ou fichas de registro;
III - De empregar e matricular seus aprendizes nos cursos dos Serviços Nacionais de
Aprendizagem;
IV - Da posse do livro intitulado "Inspeção do Trabalho"; e
V - De comunicar ao Ministério do Trabalho e Emprego a concessão de férias coletivas.
Entretanto, o disposto no art. 51 desta Lei Complementar não dispensa as microempresas e as
empresas de pequeno porte dos seguintes procedimentos:
I - Anotações na Carteira de Trabalho e Previdência Social (CTPS);
II - Arquivamento dos documentos comprobatórios de cumprimento das obrigações trabalhistas
e previdenciárias, enquanto não prescreverem essas obrigações;
III - Apresentação da Guia de Recolhimento do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) e
Guia de Recolhimento do FGTS e de Informações à Previdência Social (GFIP);

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IV - Apresentação das Relações Anuais de Empregados e da Relação Anual de Informações
Sociais (RAIS) e do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED).
Esta unificação recebeu o nome de: SIMPLES NACIONAL.
SIMPLES NACIONAL: Sistema Integrado de Pagamento de Impostos e Contribuições das Microempresas e Empresas
de Pequeno Porte (Simples) é um regime tributário diferenciado, simplificado e favorecido, aplicável às pessoas
jurídicas consideradas como microempresas (ME) e empresas de pequeno porte (EPP), nos termos definidos na Lei
no 9.317, de 1996, e alterações posteriores, estabelecido em cumprimento ao que determina o disposto no art.
179 da Constituição Federal de 1988. Constitui-se em uma forma simplificada e unificada de recolhimento de
tributos, por meio da aplicação de percentuais favorecidos e progressivos, incidentes sobre uma única base de
cálculo, a receita bruta (toda receita arrecadada pela empresa em um determinado período).

Desta forma definiu-se que:


Microempresa (ME) - Considera-se ME, para efeito do Simples, a pessoa jurídica que tenha
auferido, no ano-calendário, receita bruta igual ou inferior a R$ 120.000,00 (cento e vinte mil
reais).
Empresa de Pequeno Porte (EPP) - Considera-se EPP, para efeito do Simples, a pessoa jurídica
que tenha auferido, no ano-calendário, receita bruta superior a R$ 120.000,00 (cento e vinte mil
reais) e igual ou inferior a R$ 1.200.000,00 (um milhão e duzentos mil reais).
O Microempreendedor Individual (MEI) - Foi criado no Brasil para que os trabalhadores
informais estejam dentro da legalidade e principalmente para provar que o trabalho formal é
muito mais rentável do que trabalho informal. Foi criado a partir de 1º de julho de 2009. Os
profissionais autônomos e microempresários podem optar por se legalizarem abrindo um MEI.
O MEI foi introduzido pela Lei Complementar 128/08 e inserido na Lei Geral da Micro e Pequena
Empresa (Lei Complementar 123/06), que possibilita a formalização de empreendedores por
conta própria como costureiras, salgadeiras, açougueiros, verdureiros, mecânicos entre outros.
Microempreendedor Individual (MEI) é a pessoa que trabalha por conta própria e que se
legaliza como pequeno empresário.
A Lei Complementar nº 128, de 19/12/2008, criou condições especiais para que o trabalhador
conhecido como informal pudesse se tornar um MEI legalizado.

Entre as vantagens oferecidas por essa lei está o registro no Cadastro Nacional de Pessoas
Jurídicas (CNPJ), o que facilita a abertura de conta bancária, o pedido de empréstimos e a
emissão de notas fiscais.

Além disso, o MEI será enquadrado no Simples Nacional e ficará isento dos tributos federais
(Imposto de Renda, PIS, COFINS, IPI e CSLL). Assim, pagará apenas o valor fixo mensal de
R$ 45,00 (comércio ou indústria), R$ 49,00 (prestação de serviços) ou R$ 50,00 (comércio e
serviços), que será destinado à Previdência Social e ao ICMS ou ao ISS. Essas quantias serão
atualizadas anualmente, de acordo com o salário mínimo.
Com essas contribuições, o Microempreendedor Individual tem acesso a benefícios
como auxílio-maternidade, auxílio-doença, aposentadoria, entre outros.

As principais características da MEI são:


* Empresa individual (sem sócios);
* Faturamento mensal até 3 mil reais;

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* Ter um empregado que receba salário de somente um salário mínimo ou piso da categoria;
* A atividade da empresa tem que se enquadrar no simples nacional;
* Não ter empresa em seu nome nem participar de outra empresa como sócio.
Nota: estes valores são definidos de acordo com o Governo Federal e são passíveis de alterações; neste caso é
importante estar atento as mudanças da legislação.

3 COMO “NASCE” UMA EMPRESA


Para registrar uma empresa, existe um processo burocrático, exigido por lei, para que esta possa
entrar em funcionamento; para tanto, vale ressaltar a importância de uma boa assessoria
contábil, pois existem registros indispensáveis a serem feitos. Informaremos alguns passos
importantes, em que trataremos da abertura de uma empresa Limitada (Ltda.) por ser o tipo
mais comum utilizado.
É aconselhável consultar previamente toda a legislação referente ao negócio. A exigência de
documentos varia muito, de acordo com os seguintes aspectos: ramo de atividade; tipo de
empresa (sociedade comercial ou firma individual); região geográfica; estado e, às vezes, até
mesmo de um município para outro.
Os procedimentos básicos estão relacionados nas etapas a seguir:
1. Registro na Junta Comercial ou Cartório (dependendo do ramo de atividade, registra-se em
um ou outro órgão) – nesta etapa o contrato social da empresa já deve estar pronto para ser
arquivado neste órgão.
2. Registro na Receita Federal – somente após o registro na JUCEES (Junta Comercial do Estado
Espírito Santo) pode-se solicitar a inscrição da empresa na Receita Federal para obtenção do
CNPJ (Cadastro Nacional de Pessoas Jurídicas).
3. Registro na Receita Estadual para obtenção da Inscrição Estadual (se sua atividade for sujeita
ao ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços), como por exemplo, comércio,
transporte ou indústria) – nesta fase serão solicitados o contato social e o CNPJ (Cadastro
Nacional de Pessoa Jurídica).
4. Registro na Prefeitura Municipal, incluindo Alvarás de Localização e Alvarás de Licença
Sanitários – mesmo que a empresa já esteja registrada, é preciso deste documento, pois a
ausência dele impede o seu funcionamento e dependendo da atividade da empresa, pode
haver a necessidade de outras licenças.
Apenas o registro nestes órgãos, porém, pode não ser suficiente. Pode ser que o ramo de
atividade obrigue o registro em órgãos específicos, por exemplo, escritórios contábeis, devem
fazer o registro no CRC (Conselho Regional de Contabilidade).

3.1 Pessoa Física x Pessoa Jurídica


Muitas pessoas não sabem de fato quais as principais diferenças entre pessoa física e pessoa
jurídica, e quais suas implicações na sociedade civil atual. Para esclarecer de uma vez, aqui
estão os conceitos instituídos no Código Civil de 2002.

3.2 Pessoa Física

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É todo e qualquer indivíduo, homem ou mulher, capaz de perceber o mundo através de seus
sentidos e razão. Todo indivíduo é um ser humano, e está sujeito às leis físicas da natureza.
Também é chamado de "pessoa natural", pois é a denominação do ser que possui
personalidade, desde o seu nascimento até sua morte. Para exercer uma atividade econômica, a
pessoa física pode atuar como autônoma ou como sócia de uma empresa ou sociedade simples.
Documentos que as identificam:
CPF – Cadastro Nacional de Pessoa Física;
CI – Carteira de identidade, podendo ser substituída por um documento com foto (Carteira
Nacional de Habilitação - CNH), Carteira de Trabalho e Previdência Social (CTPS) ou passaporte;
Certidão de Nascimento.

3.3 Pessoa Jurídica


A pessoa jurídica não se relaciona ao indivíduo em si, mas a entidades. Essas entidades
possuem responsabilidades jurídicas perante a lei, conforme o artigo 40 do Código Civil. E são
conhecidas por nós como empresas.
Documentos que as identificam:
- Contrato Social;
- CNPJ – Cadastro Nacional de Pessoas Jurídicas.

3.1 Firma ou Razão Social


E o nome comercial adotado pela sociedade, formado com base no nome civil ou patronímico
(sobrenome derivado do nome do pai) dos sócios, seguido da expressão indicativa de seu tipo.
Ex. JOSÉ SILVA E CIA LTDA.
Neste caso usará sempre o nome por inteiro ou de forma abreviada. Embora não possua nome
de fantasia, poderá justapor ao seu nome uma expressão capaz de melhor identificá-lo. Ex. JOSÉ
SILVA - SAPATARIA.

3.1 Denominação
É a designação típica da sociedade que não possui sócios de responsabilidade ilimitada.
É comumente constituída pelo chamado nome de fantasia, o qual será sempre acrescido da
expressão designativa do tipo da sociedade (basicamente Ltda ou S/A). Consiste no emprego de
uma ou mais palavras indicadoras da espécie de negócio ou atividade que caracteriza a
sociedade. Ex. Floricultura Paulista Ltda.; Têxtil Paraíba Ltda;
Um ponto básico para a formação de uma razão social é o emprego do "&" que denomina "e"
comercial. Não se deve usar o “e”, mas sim "&".

3.2 Nome Fantasia


Além da firma ou razão social, a sociedade pode designar-se com um título de propaganda ou
marca da casa. Ex. Mappin, Jumbo, Droga Viva.

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3.3 Contrato Social
O contrato entre os sócios é o instrumento que regerá a empresa, mostrando as
responsabilidades, direitos e deveres de seus membros e de terceiros. Algumas cláusulas são
obrigatórias, outras facultativas. O contrato social também faz referência aos dados cadastrais
da empresa e das pessoas que compõem a sociedade, bem como as atividades que serão por
estas desenvolvidas.
O corpo do contrato social deverá contemplar, obrigatoriamente, o seguinte:
a) Nome empresarial, que poderá ser firma social ou denominação social;
b) Capital da sociedade, expresso em moeda corrente, a quota de cada sócio, a forma e o
prazo de sua integralização;
c) Endereço completo da sede (tipo e nome do logradouro, número, complemento,
bairro/distrito, município, unidade federativa e CEP) bem como o endereço das filiais;
d) Declaração precisa e detalhada do objeto social;
e) Prazo de duração da sociedade;
f) Data de encerramento do exercício social, quando não coincidente com o ano civil;
g) As pessoas naturais incumbidas da administração da sociedade, e seus poderes e
atribuições;
h) Qualificação do administrador não sócio, designado no contrato;
i) Participação de cada sócio nos lucros e nas perdas;
j) Foro ou cláusula arbitral.
O que pode ser facultativo, por exemplo:
a) Regras das reuniões de sócios (art. 1.072, CC/2002);
b) Exclusão de sócios por justa causa (art. 1.085, CC/2002);
c) Outras, de interesse dos sócios.

3.3.1 Modelo de contrato Social


MODELO BÁSICO DE CONTRATO SOCIAL DE SOCIEDADE LIMITADA de acordo com o Código
Civil/2002

CONTRATO DE CONSTITUIÇÃO DA “EMPRESA EXEMPLO OBJETO LTDA” (denominação) ou “A & B LTDA”


ou “A & CIA LTDA” (exemplo de firma ou razão social)

Pelo presente Instrumento Particular de Contrato Social:

SÓCIO A, nacionalidade, estado civil (indicar o regime de bens - art. 977, da Lei n° 10.406/2002), data de
nascimento (se solteiro), profissão, nº do CPF ..................., nº do RG ........................ (se apresentado
como documento de identificação: certificado de reservista, carteira de identidade profissional, carteira

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de trabalho e previdência social, carteira de habilitação, devendo ser indicado o seu número, órgão
expedidor e a Unidade da Federação onde foi emitida), residente e domiciliado na ..................................
(Tipo e nome do logradouro, nº, complemento, bairro/distrito, município, UF e CEP),

SÓCIO B, nacionalidade, estado civil (indicar o regime de bens - art. 977, da Lei n ° 10.406/2002), data de
nascimento (se solteiro), profissão, nº do CPF .................., nº do RG ........................ (se apresentado
como documento de identificação: certificado de reservista, carteira de identidade profissional, carteira
de trabalho e previdência social, carteira de habilitação, devendo ser indicado o seu número, órgão
expedidor e a Unidade da Federação onde foi emitida), residente e domiciliado na ..................................
(Tipo e nome do logradouro, nº, complemento, bairro/distrito, município, UF e CEP),

Têm entre si justa e contratada a constituição de uma sociedade limitada, nos termos da Lei
n° 10.406/2002, mediante as condições e cláusulas seguintes:

DO NOME EMPRESARIAL, DA SEDE E DAS FILIAIS

CLÁUSULA PRIMEIRA. A sociedade gira sob o nome empresarial ................................ (Denominação


social, firma ou razão social). (art. 997, II, CC/2002)

CLÁUSULA SEGUNDA. A sociedade tem sede na (endereço completo: tipo e nome do logradouro,
número, complemento, bairro ou distrito, CEP, Município e Estado).

CLÁUSULA TERCEIRA. A sociedade poderá, a qualquer tempo, abrir ou fechar filial ou outra
dependência, mediante alteração contratual, desde que aprovado pelos votos correspondentes dos
sócios, no mínimo, a três quartos do capital social, nos termos do art. 1.076 da Lei n° 10.406/2002.

DO OBJETO SOCIAL E DA DURAÇÃO

CLÁUSULA QUARTA. A sociedade tem por objeto social a (industrialização, comércio, produção,
prestação de serviço etc. - de quê?). (art. 997, II, CC/2002)
Declaração precisa e detalhada das atividades a serem desenvolvidas, mencionando gênero e espécie.
(art. 56, II, da Lei nº 8.884, de 11.7.94). Ver Código de Classificação de Atividades – CNAE – FISCAL
(www.cnae.ibge.gov.br)

CLÁUSULA QUINTA. A sociedade iniciará suas atividades na data do arquivamento deste ato e seu prazo
de duração é indeterminado. (art. 997, II, CC/2002)

CAPITAL SOCIAL E DA CESSÃO E TRANSFERÊNCIA DAS QUOTAS

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CLÁUSULA SEXTA. A sociedade tem o capital social de R$ .................................. (...............................
reais), dividido em .............. quotas no valor nominal de R$ .............. (................ reais) cada uma,
integralizadas, neste ato, em moeda corrente do País, pelos sócios, da seguinte forma:

Sócio N° de Quotas % Valor R$

Total 100

CLÁUSULA SÉTIMA. As quotas são indivisíveis e não poderão ser cedidas ou transferidas a terceiros sem
o consentimento do(s) outro(s) sócio(s), a quem fica assegurado, em igualdade de condições e preço
direito de preferência para a sua aquisição, se postas à venda, formalizando, se realizada a cessão delas,
a alteração contratual pertinente. (art. 1.056, art. 1.057, CC/2002)

CLÁUSULA OITAVA. A responsabilidade de cada sócio é restrita ao valor de suas quotas, mas todos
respondem solidariamente pela integralização do capital social. (art. 1.052, CC/2002)

DA ADMINISTRAÇÃO E DO PRO LABORE

CLÁUSULA NONA. A administração da sociedade caberá ................................................. com os poderes


e atribuições de representação ativa e passiva na sociedade, judicial e extrajudicialmente, podendo
praticar todos os atos compreendidos no objeto social, sempre de interesse da sociedade, autorizado o
uso do nome empresarial, vedado, no entanto, fazê-lo em atividades estranhas ao interesse social ou
assumir obrigações seja em favor de qualquer dos quotistas ou de terceiros, bem como onerar ou
alienar bens imóveis da sociedade, sem autorização do(s) outro(s) sócio(s). (arts. 997, VI; 1.013. 1.015,
1064, CC/2002)

Parágrafo único. No exercício da administração, o administrador terá direito a uma retirada mensal a
título de prolabore, cujo valor será definido de comum acordo entre os sócios.
OU
CLÁUSULA NONA. A administração da sociedade será de todos os sócios, em conjunto ou
separadamente, com os poderes e atribuições de representação ativa e passiva na sociedade, judicial e
extrajudicialmente, podendo praticar todos os atos compreendidos no objeto social, sempre de
interesse da sociedade, sendo vedado o uso do nome empresarial em negócios estranhos aos fins
sociais, nos termos do art. 1.064 da Lei n° 10.406/2002.
§ 1º Fica facultada a nomeação de administradores não pertencentes ao quadro societário, desde que
aprovado por dois terços dos sócios, nos termos do art. 1.061 da Lei n° 10.406/2002.
§ 2º No exercício da administração, os administradores terão direitos a uma retirada mensal, a título de
prolabore, cujo valor será definido de comum acordo entre os sócios.

DO BALANÇO PATRIMONIAL DOS LUCROS E PERDAS

Formação para o Trabalho – Auxiliar de Escritório 13


CLÁUSULA DÉCIMA. Ao término de cada exercício social, em 31 de dezembro, o administrador prestará
contas justificadas de sua administração, procedendo à elaboração do inventário, do balanço
patrimonial e do balanço de resultado econômico, cabendo aos sócios, na proporção de suas quotas, os
lucros ou perdas apuradas. (art. 1.065, CC/2002)

CLÁUSULA DÉCIMA PRIMEIRA. Nos quatro meses seguintes ao término do exercício social, os sócios
deliberarão sobre as contas e designarão administrador(es), quando for o caso. (arts. 1.071 e 1.072,
§ 2o e art. 1.078, CC/2002)

DO FALECIMENTO DE SÓCIO

CLÁUSULA DÉCIMA SEGUNDA. Falecendo ou interditado qualquer sócio, a sociedade continuará sua
atividade com os herdeiros ou sucessores. Não sendo possível ou inexistindo interesse destes ou do(s)
sócio(s) remanescente(s), o valor de seus haveres será apurado e liquidado com base na situação
patrimonial da sociedade, à data da resolução, verificada em balanço especialmente levantado.

Parágrafo único. O mesmo procedimento será adotado em outros casos em que a sociedade se resolva
em relação a seu sócio. (arts. 1.028 e 1.031, CC/2002)

DA DECLARAÇÃO DE DESIMPEDIMENTO

CLÁUSULA DÉCIMA TERCEIRA. O(s) administrador(es) declara(m), sob as penas da lei, que não está(ão)
impedido(s) de exercer(em) a administração da sociedade, por lei especial ou em virtude de
condenação criminal, ou por se encontrar(em) sob os efeitos dela, a pena que vede, ainda que
temporariamente, o acesso a cargos públicos, ou por crime falimentar, de prevaricação, peita ou
suborno, concussão, peculato ou contra a economia popular, contra o sistema financeiro nacional,
contra normas de defesa da concorrência, contra as relações de consumo, fé pública ou propriedade.
(art. 1.011, § 1º, CC/2002)

DOS CASOS OMISSOS

CLÁUSULA DÉCIMA QUARTA. Os casos omissos no presente contrato serão resolvidos pelo consenso dos
sócios, com observância da Lei n° 10.406/2002.

DO FORO

CLÁUSULA DÉCIMA QUINTA. Fica eleito o foro de ............. para o exercício e o cumprimento dos
direitos e obrigações resultantes deste contrato.

E, por estarem assim justos e contratados, lavram este instrumento, em 03 (três) vias de igual forma e
teor, que serão assinadas pelos sócios.

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Recife, -- de --------- de 200- .
______________________________________________
SÓCIO A
______________________________________________
SÓCIO B
Visto ______________
Nome: OAB/------) (dispensado para o contrato social de microempresa e de
empresa de pequeno porte)

Testemunhas: opcional

_________________________________________ ______________________________________
Nome, Identidade, Org. Exp. e UF Nome, Identidade, Org. Exp. e UF

Observações:
1. Inserir cláusulas facultativas desejadas.
2. Assinatura dos sócios ou dos seus procuradores no fecho do contrato social, com a reprodução de seus nomes:
Observação: sócio menor de 16 anos, o ato será assinado pelo representante do sócio; sócio maior de 16 e menor de 18 anos, o
ato será assinado, conjuntamente, pelo sócio e seu assistente;
3. Visto de advogado: visto/assinatura de advogado, com a indicação do nome e o do número de inscrição na OAB/Seccional.
O visto é dispensado para o contrato social de microempresa e de empresa de pequeno porte, conforme art. 6º, parágrafo
único, da Lei nº 9.841/.99
4. Rubricar as demais folhas não assinadas, conforme art. 1º, I, da Lei 8.934/94).
5. Assinatura das Testemunhas (facultativa): serão grafadas com a indicação do nome do signatário, por extenso e de forma
legível, com o número da identidade, órgão expedidor e UF.
6. O documento não pode conter rasuras, emendas ou entrelinhas.
7. Inserir cláusulas facultativas desejadas.

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3.3.2 CARTÃO DE CNPJ – Cadastro Nacional de Pessoas Jurídicas

Observação: O CNPJ tem a configuração XX.XXX.XXX/XXXX-XX, onde os primeiros oito dígitos


são o número-base, os quatro seguintes o número de ordem das filiais da empresa, o penúltimo
é o DV (Dígito de Verificação)

3.3.3 CARIMBO DE CNPJ – Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica

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4 COMO SE ORGANIZA UMA EMPRESA
Em qualquer tipo de atividade que envolva a participação de muitas pessoas, a comunicação é
um fator essencial para o bom andamento do que se deseja fazer. Em uma empresa, essa
comunicação ocorre, geralmente, entre os diferentes departamentos. No entanto, se esse
quesito falha; há problemas à vista.
Dificilmente um setor dentro de uma empresa tem autonomia e independência totais para
executar suas funções. Ele está sempre em contato com outros, trocando informações,
materiais ou conhecimentos.
Caso as relações entre os departamentos sejam ineficientes ou incompletas, o funcionamento
da organização como um todo fica prejudicado. Uma boa comunicação interdepartamental,
feita de maneira eficaz e sistematizada, evita transtornos desnecessários.
Os departamentos mais comuns encontrados nas empresas são:
- Departamento Financeiro: contabilidade, contas a pagar, contas a receber, tesouraria;
- Departamento Jurídico;
- Departamento Comercial: Setor de compras, setor de vendas, marketing;
- Departamento Administrativo: recepção, segurança, serviços gerais;
- Departamento Operacional: área de produção (no caso de indústria), setores que
envolvem a fabricação do produto ou serviço da empresa, logística e transporte;
- Departamento de Recursos humanos: departamento pessoal, treinamento,
recrutamento e seleção.
Estes são alguns departamentos que possivelmente podem ser encontrados nas empresas, mas
poderá haver mudanças em algumas estruturas. O importante é que haja organização e uma
boa divisão de tarefas para garantir o sucesso da estrutura.

4.1 Missão, Visão, Valores e Objetivos


Sempre que alguém na empresa estiver em dúvida do que fazer, de como agir, ou de que ou
como decidir, em que se apoiar numa decisão, deve recorrer a este conjunto: Missão, Visão e
Valores. Este é o principal papel deste conjunto.
Vamos conhecer a importância de cada palavra deste conjunto:
4.1.1 Missão
A missão deve responder o que a empresa ou a organização se propõe a fazer, e para quem.
O enunciado da missão é uma declaração concisa do propósito e das responsabilidades da sua
empresa perante os seus clientes:
- Por que a empresa existe?
- O que a empresa faz?
- Para quem?
O propósito é algo com muito mais significado do que a simples descrição do que é feito
internamente; a missão retrata a verdade de que o resultado da empresa é maior do que a
soma das partes do que é feito.

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“A empresa não se define pelo seu nome, estatuto ou produto que faz; ela se define pela sua
missão. Somente uma definição clara da missão, a razão de existir da organização, torna
possíveis, claros e realistas os objetivos da empresa” (Peter Drucker).

4.1.2 Visão
O enunciado da visão é a descrição do futuro desejado para a empresa. Visão é como a
Organização se vê no futuro. A visão é a Organização aspirando a algo (o que será alcançado?) e
inspirando os stakeholders*. A visão de uma Organização traduz um conjunto de intenções e
aspirações para o futuro, mas não detalha o modo de alcançá-las (isso será feito nas etapas
seguintes do Planejamento Estratégico). Assim, a visão procura servir de modelo para todos os
integrantes e participantes na vida da empresa, com o objetivo de atingir a excelência
profissional, melhorando as capacidades individuais.
“Articulações das aspirações de uma empresa a respeito de seu futuro” (Hart).
*Stakeholders, em português, parte interessada ou interveniente.

4.1.3 Objetivos
Intenções assertivas e coerentes na busca por algo de valor; de resultados auspiciosos de
progresso, lucro, vantagens, melhorias, em que a situação futura almejada seja melhor que a
presente. É um propósito ou alvo desejado e perseguido pela entidade visando uma situação
melhor.
“Os objetivos devem surgir da análise das oportunidades e recursos e não de pensamentos e
desejos” (Kotler).

4.1.4 Valores
Valores são princípios, ou crenças, que servem de guia, ou critério, para os comportamentos,
atitudes e decisões de todas e quaisquer pessoas, que no exercício das suas responsabilidades,
e na busca dos seus objetivos, estejam executando a Missão, na direção da Visão.
Os valores também podem ser vistos como um conjunto de crenças, ou princípios, que:
- Definem e facilitam a participação das pessoas no desenvolvimento da Missão, Visão e dos
próprios Valores;
- Definem e facilitam a articulação da Missão, Visão e Valores;
- Facilitam a colaboração entre os empregados;
- Facilitam o comprometimento dos empregados com o mercado, e
- Facilitam o comprometimento dos empregados com a comunidade e a sociedade.
Por fim, o conjunto Missão, Visão e Valores e objetivos servem também para facilitar e
promover a convergência dos esforços humanos, materiais e financeiros.
Missão, Visão e Valores são a forma de você estar lá, presente em cada Hora da Verdade da
sua empresa, sem precisar ir para lá.
O conjunto Missão, Visão e Valores pode e deve ser transformado em uma avaliação 360°, em
que todos da sua empresa avaliam todos com os quais se relacionam, permitindo um
acompanhamento do desempenho e da adesão de cada empregado a esse conjunto.

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4.2 Responsabilidade Social
O mundo empresarial vem se empenhando, nos últimos anos, em uma ampla e profunda
revisão do seu papel e da sua responsabilidade social, hoje, revestida de um novo significado.
Já foi o tempo em que, para uma organização empresarial ser considerada oficialmente
responsável, bastava gerar empregos, pagar impostos e produzir algum bem ou serviço para o
mercado. Isso, na verdade, é seu propósito econômico. Atualmente, o papel reservado à
empresa, no conjunto da vida social, está em plena expansão com a adoção de práticas e
compromissos perante a sociedade. Além de gerar resultados para remunerar o capital nela
investido, por meio do atendimento das necessidades e expectativas de seus clientes, a
empresa deve ter compromissos com os seus colaboradores e com a coletividade para se tornar
socialmente responsável.

4.1 Desenvolvimento Sustentável


Com o que chamamos de “progresso”, vemos hoje a degradação total quase incontrolável do
planeta, sempre pela ganância do homem em alcançar resultados sempre financeiros e
imediatos. Destroem as florestas criando um desequilíbrio em que nem mesmo eles próprios
podem acreditar, os rios despejando os mais variados e estranhos lixos, e assim por diante.
Diante dessa terrível e triste constatação surge a ideia do desenvolvimento sustentável, que
busca conciliar o desenvolvimento econômico com a preservação ambiental, e com isso
amenizar pelo menos a pobreza no mundo.
As pessoas de bem acreditam que o desenvolvimento sustentável seja possível, ou seja, os
programas de educação ambiental devem ser colocados com força, de forma a “acordar” quem
ainda não se engajou em programas dessa natureza.
O que é então o desenvolvimento sustentável se não o equilíbrio entre a tecnologia e o
ambiente, revelando-se os diversos grupos sociais de uma nação e também dos diferentes
países na busca da equidade e justiça social, assim definido pelos estudiosos do assunto.

4.2 Organograma
Organizar significa estruturar e integrar as atividades desenvolvidas em uma empresa,
distribuindo-se por departamentos, setores, seções etc., conforme suas necessidades.
Ao organizar uma empresa, agrupam-se as suas atividades em determinados órgãos,
atribuindo-lhes cargos ou funções, além de definir as relações de hierarquia (autoridade) entre
cada um desses órgãos.
Assim sendo, obtém-se a estrutura organizacional que é a forma de “arrumação” de uma
empresa de maneira a oferecer-lhe maiores probabilidades de obter bons resultados.
De forma resumida, o organograma é uma representação feita em forma de gráfico que mostra
a estrutura organizacional de uma empresa. Esse diagrama vai representar as relações
hierárquicas ou divisão de setores e cargos que existem nessa organização, sendo interligados
através de linhas que fazem a ligação hierárquica e de comunicação entre eles. A finalidade é
definir a função que cada um desempenha dentro da organização.

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4.2.1 Hierarquia
Quando se fala em hierarquia, surge-se imediatamente um conceito de chefia. Na realidade
hierarquia significa mais que esse conceito e precisa ser vista e entendida amplamente pela
importância que representa para a empresa.
As relações de autoridade fundamentam-se na estrutura organizacional de subordinação,
enquanto as relações de responsabilidade são as definidas pelas ordens e orientações recebidas
e a quem devem passar contas do trabalho realizado.
A relação existente entre a autoridade e a responsabilidade forma uma rede definida como
hierarquia, cujas relações de autoridade podem apresentar-se em dois níveis: vertical e
horizontal.

4.2.2 Modelo de organograma I

Diretoria

Secretária

Departamento Departamento Departamento de Departamento


Financeiro Jurídico Recursos Humanos Administrativo

Contas a
pagar Recrutamento - Recepção
Departamento
Contabilidade Tesouraria Treinamento E Segurança
Conta a Pessoal
Seleção Serviços Gerais
receber

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4.2.3 Modelo de organograma II

4.3 Fluxograma
Os fluxogramas são usados para descrever diversas situações, processos ou fluxos de material
ou pessoas. Para garantir esta flexibilidade de objetivos, são usados inúmeros modelos
diferentes e símbolos que terão sua aplicabilidade determinada pelo que se quer representar e
por qual motivo. Até mesmo o significado dos símbolos pode mudar dependendo da
terminologia a que se recorre. Por isso, sempre que possível, é bom usar legendas.

4.3.1 Objetivos
 Permitir uma análise detalhada dos procedimentos inerentes à operacionalização do
sistema, com o intuito de melhorar o método utilizado, racionalizando recursos
humanos e materiais;
 Padronizar a representação dos métodos e procedimentos administrativos;
 Maior rapidez na descrição dos métodos administrativos;
 Facilitar a leitura e o entendimento;
 Facilitar a localização e a identificação dos aspectos mais importantes;
 Maior flexibilidade;
 Melhor grau de análise.
Para trabalhos de análise administrativa, o fluxograma é, por excelência, o gráfico mais utilizado.

4.3.2 Vantagens
 Apresentação real do funcionamento de todos os componentes de um método
administrativo, o que facilita a análise da eficiência de um sistema;
 Possibilidade de visualização integrada de um método administrativo, o que facilita o
exame dos vários componentes do sistema e de suas possíveis repercussões negativas
ou positivas;

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 Propiciar o levantamento e análise de qualquer método administrativo, do mais simples
ao mais complexo;
 Propicia a atualização e manutenção do método administrativo de maneira mais
adequada, pela melhor clareza das alterações introduzidas, incluindo suas causas e
efeitos.

4.3.3 Símbolos
Os símbolos utilizados no fluxograma têm por objetivo evidenciar a origem, processo e destino
da informação componente de um sistema administrativo.

Símbolos mais utilizados


Início/Fim

Operação

Documento/Formulário

Decisão/Escolha de alternativas

Fora de análise

Arquivo

Aguardando ou

Conector de página

Direção --------->

Podemos ainda, ter fluxogramas com diversos formatos e que usam simbologias diferentes.
Assim, o fluxograma pode ser classificado de acordo com sua forma de apresentação em:
a) fluxograma (ou diagrama) de bloco, que pode ser horizontal ou vertical;
b) fluxograma funcional;
c) fluxograma cronograma;
d) fluxograma geográfico (superposto ao layout físico da organização/região).

4.3.4 Exemplos de fluxogramas


Exemplo I

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Exemplo II

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4.3.5 Atividade
1. Faça uma lista das atividades que você realiza do momento que você acorda até a hora que
você vai dormir à noite.
2. Com estas informações, monte um fluxograma e organize a sua rotina.

4.4 Cronograma
É um instrumento de planejamento e controle semelhante a um diagrama, em que são
definidas e detalhadas minuciosamente as atividades a serem executadas durante um período
estimado.

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Em nível gerencial, um cronograma é um artefato de controle importante para levantamento
dos custos de um projeto e, a partir deste artefato, pode ser feita uma análise de viabilidade
antes da aprovação final para a realização do projeto.
Dentro os mais comuns, podemos citar o cronograma de projeto, de obra, de pesquisa, de
trabalho, de execução, de TCC, de estudo, de evento etc. Alguns são elaborados até mesmo
utilizando o Excel.
4.4.1 Exemplos de cronogramas

Exemplo I

Exemplo II

*CONSUN – Conselho Universitário

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Exemplo III
Cronograma de atividades
1 – Elaborar estudo de mercado e definir preço - janeiro
2 – Desenvolver estratégias de marketing – fevereiro
3 – Treinamento de pessoal para vendas – março
4 – Abastecimento de distribuidores – abril
5 – Início das vendas – abril
6 – Estudo de mercado sobre aceitação do produto – maio

5 COMO UMA EMPRESA É GERENCIADA


Para gerenciar uma empresa, é necessário conhecer o seu funcionamento. Neste caso, vamos
abordar alguns conceitos básicos da parte contábil que orienta o gestor na tomada de decisões.

5.1 Contabilidade
A Contabilidade é a ciência que tem como finalidade registrar, coletar, resumir informar e
interpretar dados e fenômenos que afetam as situações patrimonial, financeira e econômica de
qualquer entidade.
Seu objeto de estudo: o patrimônio das pessoas jurídicas ou das pessoas físicas.
Trata-se, na contabilidade, a pessoa jurídica da entidade como distinta da pessoa física do
proprietário. Sendo assim, a contabilidade é formada para a entidade e não para seus
respectivos donos, estando voltada para os estudos da empresa pessoa jurídica.
A principal finalidade da Contabilidade é fornecer informações sobre o Patrimônio, informações
essas de ordem econômica e financeira, que facilitam assim as tomadas de decisões, tanto por
parte dos administradores ou proprietários, como também por parte daqueles que pretendem
investir na empresa.
Patrimônio é o conjunto de bens, direitos e obrigações vinculado a uma pessoa ou a uma
entidade. É o objeto de estudo da contabilidade.
Abrange tudo aquilo que a pessoa tem (bens e direitos) e tudo aquilo que a pessoa deve
(obrigações). Do ponto de vista contábil, são considerados apenas os bens, direitos e obrigações
que podem ser avaliados em moeda.
Os bens e direitos constituem a parte positiva do Patrimônio, chamada Ativo.
As obrigações representam a parte negativa do Patrimônio, chamada Passivo.

5.2 Débito x Credito


As palavras Débito e Crédito, na linguagem contábil, têm significados muito diferentes daqueles
que têm na linguagem cotidiana.
É errado associar o débito e o crédito da contabilidade, com “subtração” e “adição” do
financeiro. O correto é associá-los aos termos Destino e Origem, respectivamente.

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Debitar significa anotar na coluna do Débito de uma conta, para aumentar o seu valor (se a
conta representa um Bem ou um Direito), ou para diminuir seu valor (se a conta representa uma
obrigação).
Creditar significa registrar uma importância na coluna de Crédito de uma conta, para aumentar
seu valor (se a conta representa uma obrigação), ou para diminuir seu valor (se a conta
representa um Bem ou Direito).
Débito de uma conta: é todo e qualquer valor monetário que se deve ou se paga.
Crédito de uma conta: é todo e qualquer valor monetário que se tem a receber.
Saldo de uma conta: representa a diferença entre o valor do débito e o valor do crédito. Os
saldos podem ser: devedor, credor ou nulo.
· Devedor: quando o valor do débito for superior ao do crédito;
· Credor: quando o valor do crédito for superior ao do débito;
· Nulo: quando o valor do débito for igual ao do crédito.

5.3 Relatórios Contábeis Gerenciais


Os relatórios que auxiliam na tomada de decisões fazem parte do processo de escrituração
contábil. Vamos conhecer os essenciais:

5.3.1 Diário
É um livro obrigatório, exigido para todas as empresas pelo Código Comercial Brasileiro e pela
Legislação Tributária.
Portanto, todas as operações da empresa são registradas obrigatoriamente e, em primeiro
lugar, no Livro Diário.
Os elementos básicos utilizados na escrituração do Livro Diário são:
a) Data da operação (transação);
b) Título da conta de débito e da conta de crédito;
c) Valor do débito e do crédito;

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d) Histórico: alguns dados fundamentais sobre a operação registrada, tais como número da
Nota Fiscal, número do cheque, identificação de terceiros envolvidos na operação etc.

5.3.2 Razão
Atualmente, é um livro obrigatório; sua escrituração é efetuada com base nos lançamentos
contábeis, devidamente documentados, e previamente registrados no Livro Diário.
O registro no Livro Razão é realizado em contas individualizadas, tendo-se, assim, um controle
individual por conta.

5.3.3 Caixa
É o livro onde são registradas todas as operações com dinheiro realizadas pela empresa.
O modelo mais comum de Livro Caixa dispõe de três colunas, sendo a primeira utilizada para o
registro de parcelas relativas a valores de débito ou de crédito, e nas duas colunas restantes são
lançados os valores totais de débito e de crédito, respectivamente.
Na segunda coluna, ou seja, a de débito, são lançadas as entradas de dinheiro, e, na terceira
coluna, a de crédito, são registradas as saídas de dinheiro.

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5.3.4 Balancete de verificação
Como vimos, anteriormente, para cada um ou mais lançamentos de Débito, haverá um ou mais
lançamentos de Crédito de igual valor, e, por consequência, a qualquer instante, a soma dos
Saldos Devedores deverá ser igual à soma dos Saldos Credores.
Mensalmente, o Balancete de Verificação é levantado com o objetivo de verificar a exatidão dos
lançamentos contábeis. O saldo de cada conta é apurado no Livro Razão.

5.3.5 Balanço Patrimonial


É a apresentação padronizada dos saldos de todas as Contas Patrimoniais, ou seja, as que
representam elementos que compõem o Patrimônio de uma empresa, num determinado
momento.
Trata-se de uma posição estática geralmente levantada em fins de períodos, que pode ser: mês,
trimestre, semestre ou exercício social.

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O Balanço é composto por: ATIVO, PASSIVO e PATRIMÔNIO LÍQUIDO. De uma forma ilustrativa,
podemos dizer que no ATIVO temos os bens e direitos da empresa, no PASSIVO as Obrigações e
no PATRIMÔNIO LÍQUIDO o registro do Capital da empresa, os lucros e os prejuízos que
empresa teve em um determinado período.
Estas são apenas algumas informações sobre este universo vital da empresa que é a
contabilidade, mas para saber mais sobre esta ciência, você deve se aprofundar neste universo,
pois existem vários tipos de contabilidade (comercial, bancária, industrial, pública etc.) porém
todas tem o mesmo intuito, de garantir a sobrevivência da organização.

5.3.6 Princípios de Contabilidade

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Os Princípios de Contabilidade são as verdadeiras normas gerais delimitadoras da aplicação da
Ciência Contábil. Se não existissem, cada entidade poderia adotar forma própria de registrar os
fatos contábeis, tornando impossível a correta mensuração da riqueza patrimonial, necessária à
defesa dos interesses da coletividade, dos particulares e dos próprios sócios e acionistas. É com
eles que a contabilidade é regrada.
A Resolução CFC nº 750/93 (com alterações dadas pela Resolução CFC nº 1.282/10) dispõe sobre
os Princípios de Contabilidade (PC):
"Art. 1º - Constituem PRINCÍPIOS DE CONTABILIDADE (PC) os enunciados por esta Resolução.
§ 1º A observância dos Princípios de Contabilidade é obrigatória no exercício da profissão e
constitui condição de legitimidade das Normas Brasileiras de Contabilidade (NBC).
§ 2º Na aplicação dos Princípios de Contabilidade há situações concretas e a essência das
transações deve prevalecer sobre seus aspectos formais.”
Já o Artigo 2º diz que os Princípios de Contabilidade representam a essência das doutrinas e
teorias relativas à Ciência da Contabilidade, consoante o entendimento predominante nos
universos científico e profissional de nosso país. Diz respeito, pois, à Contabilidade no seu
sentido mais amplo de ciência social, cujo objeto é o patrimônio das entidades.
São seis os Princípios de Contabilidade:
Princípio da Entidade;

Princípio da Continuidade;

Princípio da Oportunidade;

Princípio do Registro pelo Valor Original;

Princípio da Competência;

Princípio da Prudência.
OBS.: O artigo 8º, seu parágrafo único, e os incisos I, II e III, que tratavam do Princípio da
Atualização Monetária foram revogados pela Resolução CFC nº 1282/10.
Princípio da Entidade

Art. 4º O Princípio da ENTIDADE reconhece o Patrimônio como objeto da Contabilidade e afirma


a autonomia patrimonial, a necessidade da diferenciação de um Patrimônio particular no
universo dos patrimônios existentes, independentemente de pertencer a uma pessoa, um
conjunto de pessoas, uma sociedade ou instituição de qualquer natureza ou finalidade, com ou
sem fins lucrativos. Por consequência, nesta acepção, o Patrimônio não se confunde com
aqueles dos seus sócios ou proprietários, no caso de sociedade ou instituição.
Parágrafo único. O PATRIMÔNIO pertence à ENTIDADE, mas a recíproca não é verdadeira. A
soma ou agregação contábil de patrimônios autônomos não resulta em nova ENTIDADE, mas
numa unidade de natureza econômico-contábil.

Formação para o Trabalho – Auxiliar de Escritório 31


Princípio da Continuidade
Art. 5º O Princípio da Continuidade pressupõe que a Entidade continuará em operação no
futuro e, portanto, a mensuração e a apresentação dos componentes do Patrimônio levam em
conta esta circunstância. (Redação dada pela Resolução CFC nº. 1.282/10)
Princípio da Oportunidade
Art. 6º O Princípio da Oportunidade refere-se ao processo de mensuração e apresentação dos
componentes patrimoniais para produzir informações íntegras e tempestivas.

Parágrafo único. A falta de integridade e tempestividade na produção e na divulgação da


informação contábil pode ocasionar a perda de sua relevância, por isso é necessário ponderar a
relação entre a oportunidade e a confiabilidade da informação. (Redação dada pela Resolução
CFC nº. 1.282/10)
Princípio do Registro pelo Valor Original
Art. 7º O Princípio do Registro pelo Valor Original determina que os componentes do
Patrimônio devem ser inicialmente registrados pelos valores originais das transações, expressos
em moeda nacional.
Princípio da Competência
Art. 9º O Princípio da Competência determina que os efeitos das transações e outros eventos
sejam reconhecidos nos períodos a que se referem, independentemente do recebimento ou
pagamento.
Parágrafo único. O Princípio da Competência pressupõe a simultaneidade da confrontação de
receitas e de despesas correlatas. (Redação dada pela Resolução CFC nº. 1.282/10)
Princípio da Prudência
Art. 10. O Princípio da PRUDÊNCIA determina a adoção do menor valor para os componentes
do ATIVO e do maior para os do PASSIVO, sempre que se apresentem alternativas igualmente
válidas para a quantificação das mutações patrimoniais que alterem o patrimônio líquido.
Parágrafo único. O Princípio da Prudência pressupõe o emprego de certo grau de precaução no
exercício dos julgamentos necessários às estimativas em certas condições de incerteza, no
sentido de que ativos e receitas não sejam superestimados e que passivos e despesas não sejam
subestimados, atribuindo maior confiabilidade ao processo de mensuração e apresentação dos
componentes patrimoniais. (Redação dada pela Resolução CFC nº. 1.282/10

6 DOCUMENTOS FISCAIS
6.1 Duplicata
É título de crédito formal, assim considerado por força de lei, que consiste num saque baseado
em crédito concedido pelo vendedor ao comprador, baseado em contrato de compra e venda
mercantil ou de prestação de serviços celebrados entre ambos, cuja circulação é possível
mediante endosso; sua emissão é facultativa; o comerciante somente emitirá duplicata caso
tenha a intenção de operar por meio de instituição financeira; alternativamente, poderá cobrar
a fatura comercial de forma direta do comprador; envolvendo a relação cambiária, o sacador

Formação para o Trabalho – Auxiliar de Escritório 32


(que emite a duplicata), a instituição financeira (caso não seja à vista) e o sacado (que compra a
mercadoria ou o serviço).

6.1 Fatura
Documento representativo do contrato de compra e venda mercantil, de emissão obrigatória
pelo comerciante, por ocasião da venda de produto ou de serviço, descrevendo o objeto do
fornecimento, quantidade, qualidade e seu preço, além de outras circunstâncias, de acordo com
os usos da praça.

6.2 Nota Fiscal


Documento de emissão obrigatória, por parte do comerciante, por ocasião da venda de produto
ou de serviço, para efeitos tributários, indicando a quantidade, o tipo de fornecimento e seu
preço.
A nota fiscal também se destina ao recolhimento de impostos e a não utilização caracteriza
sonegação fiscal.

6.2.1 Nota Fiscal Eletrônica


A Nota Fiscal Eletrônica é um documento fiscal de existência apenas digital, emitido e
armazenado eletronicamente, com o intuito de documentar, para fins fiscais, uma operação de
circulação de mercadorias ou uma prestação serviços, ocorrida entre as partes, e cuja validade
jurídica é garantida pela assinatura digital do emissor (garantia de autoria e de integridade) e
pela recepção, pela Fazenda, do documento eletrônico, antes da ocorrência da circulação ou
saída da mercadoria.

A implantação de um documento fiscal eletrônico, padronizado, para substituir a sistemática


atual de emissão de documento fiscal em papel, que acoberta as operações com mercadorias
entre empresas (modelo 1 e 1-A).

O Projeto NF-e instituirá mudanças significativas no processo de emissão e gestão das


informações fiscais, trazendo grandes benefícios para os contribuintes, para a sociedade e para
as administrações tributárias.

6.3 Cupom Fiscal


É um documento emitido por equipamentos autorizado pelo Fisco: Maquinas Registradoras e
Emissores de Cupom Fiscal (ECF). No ECF, os itens são bastante detalhados, descriminam
inclusive as mercadorias.
O consumidor pode facilmente identificar o documento fiscal, pois nele sempre estará impressa
a expressão “Cupom Fiscal”.
O cupom fiscal substitui a Nota Fiscal de Venda ao Consumidor para todos os efeitos.

Formação para o Trabalho – Auxiliar de Escritório 33


6.4 Tributos
E toda contribuição em dinheiro, paga pela pessoa conforme a lei que o criou, para atender às
atividades próprias do Estado, ou seja, realizar o bem comum.
Quando nos referimos a tributo, estamos falando de impostos, taxas e contribuições de
melhoria.

6.5 Imposto
É uma contribuição em dinheiro arrecadado pela União, Estados, Distrito Federal e Municípios,
para atender a necessidades públicas, sem a obrigatoriedade de retribuição direta àquele que
paga. Sendo:
a) Impostos da União
Exemplos: Imposto sobre Operação Financeiras (IOF), Imposto sobre Grandes Fortunas
(IGF), Imposto sobre Importação (II), Imposto sobre Exportação (IE) etc.
b) Impostos Municipais
Exemplos: Imposto sobre Propriedade Predial e Territorial Urbano (IPTU), Imposto sobre
Serviços de Qualquer Natureza (ISSQN) e Imposto sobre Transmissão de Bens e Imóveis
Inter-vivos (ITBI).
c) Impostos Estaduais
Exemplos: IPVA (Imposto sobre a propriedade de veículos automotores) – do total do
IPVA arrecadado, o estado fica com 50% e repassa os outros 50% para o município; ICMS
(Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Prestação de Serviços) – é um imposto de
competência estadual. Ele incide (base de cálculo) sobre a circulação de mercadorias,
prestações de serviços de transporte interestadual, ou intermunicipal, de comunicações,
de energia elétrica, também sobre a entrada de mercadorias importadas e serviços
prestados no exterior. O fato gerador é a saída da mercadoria do estabelecimento do
contribuinte, fornecimento de refeições, prestação de serviços de transporte, entre
outros.
Cada estado da Federação tem liberdade para adotar regras próprias relativas à cobrança desse
imposto, respeitados os requisitos mínimos fixados na Constituição Federal e pelo Código
Tributário Nacional.

6.6 Taxa
É um tributo pago por um serviço que utilizamos ou está à nossa disposição e que gera despesa
para Poder Público, como a coleta de lixo, a licença para funcionamento, e outros.

6.7 Contribuição de Melhoria


É um tributo pago pelo proprietário que teve o seu imóvel valorizado pela construção de obras
públicas.

Formação para o Trabalho – Auxiliar de Escritório 34


6.8 Contribuição Parafiscais ou Especiais
É um tributo que, em princípio, compete exclusivamente à União e está subdividido em três
espécies:
 Contribuição Social (ex. o Programa de Integração Social – PIS). Obs.: Apesar de ser de
competência exclusiva da União, existe previsão constitucional para que os estados, o DF
e os municípios possam instituir contribuições sociais.
 Contribuição de intervenção no domínio econômico (Ex.: contribuição para controle de
produção de açúcar, café, laranja etc.).
 Contribuição de interesse de categorias profissionais ou econômicas. Ex.: contribuições
para a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB).
OBS.: Contribuinte: É a pessoa responsável a fazer o repasse do tributo aos cofres públicos.

6.9 DARF
É a sigla de Documento de Arrecadação de Receitas Federais, um documento do Ministério da
Fazenda e da Secretaria da Receita Federal brasileiros. É o boleto utilizado para pagamento de
tributos administrados pela Receita Federal do Brasil.
Existem dois modelos de DARF:
 DARF Comum - em vigor desde de 1º de abril de 1997 (na cor preta) e utilizado para
pagamentos de receitas federais pelas pessoas físicas e jurídicas, exceto as optantes pelo
SIMPLES.
 DARF Simples - em vigor desde 1º de abril de 1997 (na cor verde) e utilizado
exclusivamente por pessoas jurídicas, enquadradas como microempresa e empresa de
pequeno porte, para pagamento unificado do IRPJ*, PIS/PASEP*, CSLL*, COFINS*, IPI,
contribuições para a Seguridade Social e, quando houver convênio com estados e
municípios, ICMS e ISS.
* IRPJ – Imposto de Renda Pessoa Jurídica.
* PASEP - Programa de Formação do Patrimônio do Servidor Público – este é o PIS do
funcionário público federal.
*CSLL – Contribuição Social sobre o Lucro Líquido.
*COFINS – Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social.

7 DOCUMENTOS COMERCIAIS
Documento é tudo aquilo que funciona como comprovação de um fato. Daí temos a
importância dos documentos comerciais usados nas empresas, que associados a este conceito
deixam claro a necessidade de registrar toda a rotina da estrutura então podemos afirmar que:
“Contra fatos não há argumentos”
Vamos conhecer alguns destes documentos e termos que são comuns no dia a dia das
empresas:

Formação para o Trabalho – Auxiliar de Escritório 35


7.1 Cheque
O cheque é uma ordem de pagamento à vista e um título de crédito.

A operação com cheque envolve três agentes:


 O emitente (emissor ou sacador), que é aquele que emite o cheque;
 O beneficiário, que é a pessoa a favor de quem o cheque é emitido; e
 O sacado, que é o banco onde está depositado o dinheiro do emitente.
O cheque é uma ordem de pagamento à vista, porque deve ser pago no momento de sua
apresentação ao banco sacado. Contudo, para os cheques de valor superior a R$ 5 mil, é
prudente que o cliente comunique ao banco com antecedência.
O cheque é também um título de crédito para o beneficiário que o recebe, porque pode ser
protestado ou executado em juízo.
No cheque, estão presentes dois tipos de relação jurídica: uma entre o emitente e o banco
(baseada na conta bancária); outra entre o emitente e o beneficiário.

7.1.1 Formas de emissão


Ao portador - O cheque só pode ser emitido ao portador (sem a indicação do beneficiário) até o
valor de R$ 100,00.
Nominal - A partir de R$ 100,00, o emitente é obrigado a indicar o nome do beneficiário
(pessoa ou empresa a quem está efetuando o pagamento). O cheque nominal só poderá ser
pago pelo banco mediante identificação do beneficiário ou de pessoa por ele indicada no verso
do cheque (endosso), ou ainda através do sistema de compensação, caso seja depositado.
Cruzado - Tanto o cheque ao portador quanto o nominal podem ser cruzados, com a colocação
de dois traços paralelos, em sentido diagonal, na frente do documento. Nesse caso, só será
pago através de depósito em conta corrente.
Administrativo - é o cheque emitido pelo próprio banco. Pode ser comprado pelo cliente em
qualquer agência bancária. O banco o emite em nome de quem o cliente efetuará o pagamento.
Especial - Assim denominado porque o banco concedeu ao titular da conta um limite de crédito,
para saque quando não dispuser de fundos. O cheque especial é concedido ao cliente mediante
contrato firmado previamente.

7.1.2 Prazo de prescrição


O cheque prescreve 180 dias depois de sua apresentação, que deverá ser feita em 30 dias, se
for na mesma praça em que foi emitido, ou em 60 dias, caso ocorra fora dela.

7.1.3 Prazos de liberação de depósitos em cheques de outros bancos


Os cheques de outros bancos depositados na conta bancária do cliente são encaminhados ao
Serviço de Compensação de Cheques e outros Papéis, regulado pelo Banco Central e executado
pelo Banco do Brasil, com a participação dos demais bancos.
O prazo de liberação do valor dos cheques da praça é de:

Formação para o Trabalho – Auxiliar de Escritório 36


 24 horas, se forem de valor igual ou superior a R$ 300,00;
 48 horas, se forem de até R$ 299,99.
Os prazos de liberação do valor de cheques de outras praças, liquidados pela compensação
nacional, variam de três a seis dias úteis.
O cheque poderá ser devolvido quando o emitente não tiver fundos suficientes para o seu
pagamento.

7.1.4 Quais os principais motivos para devolução de cheque?


O cheque poderá ser devolvido quando o emitente não tiver fundos suficientes para o seu
pagamento ou por outros motivos que são denominados de “alínea”, havendo um número para
cada motivo:
Motivo 11 - Cheque sem fundos na primeira apresentação;
Motivo 12 - Cheque sem fundos na segunda apresentação;
Motivo 13 - Conta encerrada;
Motivo 14 - Prática espúria.
Exemplos de outros tipos de devolução:
Motivo 40 - Moeda inválida;
Motivo 41 - Cheque apresentado a banco que não o sacado;
Motivo 42 - Cheque não compensável na sessão ou sistema de compensação em que
apresentado;
Motivo 43 - Cheque devolvido anteriormente pelos motivos 21, 22, 23, 24, 31 e 34, não passível
de reapresentação em virtude de persistir o motivo da devolução;
Motivo 44 - Cheque prescrito (fora do prazo).

8 PROGRAMAS DE QUALIDADE
Nos dias atuais, a qualidade é um conceito de extrema importância para as organizações de
uma forma geral. A melhoria contínua da qualidade é um dos maiores desafios a serem
enfrentados pelas empresas, especialmente as que desejam conquistar novos mercados.
A implementação de um sistema para garantir a qualidade pode receber diversos nomes, como
ISO, 5S, PDCA, ou outro nome. Contudo, qualquer tipo de programa de qualidade visa melhorar
os processos operacionais, os produtos e os serviços. Todos eles são compostos por uma série
de atividades planejadas que agregam valor à entrega ou prestação de determinado
produto/serviço, reduzindo o risco de falhas. A qualidade deve estar integrada à missão, aos
objetivos e aos planos gerais da organização. Conquistar novos mercados.
Vamos abordar alguns programas de qualidade muito comuns nas empresas de hoje que são a
KAIZEN, ISO nas séries 9000 e 14000 e PDCA, o 5S.

Formação para o Trabalho – Auxiliar de Escritório 37


8.1 KAIZEN
Kaizen (Kai = mudança e zen = melhor) é uma palavra de origem japonesa que
significa mudança para melhor.
O Kaizen é usado para transmitir a noção de melhoria contínua na vida em geral, seja ela
pessoal, familiar, social e no trabalho. No contexto empresarial, o kaizen é uma metodologia
que permite baixar os custos e melhorar a produtividade.
Para o Kaizen, é sempre possível fazer melhor, nenhum dia deve passar sem que alguma
melhoria tenha sido implantada, seja ela na estrutura da empresa ou indivíduo.
De forma geral, o Kaizen é um complemento às práticas de reengenharia. Enquanto a
reengenharia promove a melhoria através da inovação, isto é, substituindo os processos
utilizados, o KAIZEN promove a melhoria por meio de eliminação de problemas identificados
nos processos correntes.

8.2 ISO
A ISO (International Organization for Standardization) é um organismo internacional, formado
como uma rede de institutos de normalização de 157 países, com sede na Suíça, e tem como
objetivo estabelecer normas técnicas no âmbito internacional. O nome ISO não representa uma
sigla, pois o nome da organização teria abreviaturas diferentes nas diferentes línguas (IOS em
inglês, OIN em francês ou OIP em português), decidiu-se então utilizar a palavra derivado do
grego ISOS, que significa igual. Desta forma, em qualquer língua e em qualquer país o nome da
organização será sempre conhecido como ISO.
Ter um certificado ISO significa que uma empresa tem um sistema gerencial voltado para a
qualidade e que atende aos requisitos de uma norma internacional. Não há obrigatoriedade
para se ter a ISO.

8.2.1 O Que é a série ISO 9000?

Em 1987, a ISO editou a série 9000, com o objetivo de estabelecer critérios para implantação de
Sistemas de Garantia da Qualidade. A primeira versão criou uma estrutura de três normas
sujeitas à certificação, a ISO 9001, 9002 e 9003, além da ISO 9000 que era uma espécie de guia
para seleção da norma mais adequada ao tipo de organização. Com 3 anos de atraso, a ABNT
emitiu a primeira versão (tradução) da série no Brasil. Esta foi "batizada" com o nome de série
NBR 19000. Em 1994, a série foi revisada, porém sem grandes modificações, apenas com uma
pequena ampliação e alguns esclarecimentos em seus requisitos, mantendo a mesma estrutura,
ou seja três normas sujeitas à certificação; em paralelo, agora não mais com os três anos de
atraso, a ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas) revisou as normas brasileiras,
adotando o nome "série NBR ISO 9000", alinhando-se com o resto do mundo, que já adotava
nomenclatura similar para suas versões nacionais (exemplo: na Alemanha: DIN ISO 9000). Em
dezembro de 2000, a série foi totalmente revisada; além das alterações em sua estrutura, agora
temos apenas uma norma sujeita à certificação, a ISO 9001. A norma trouxe o enfoque de
gerenciamento de processos.

Formação para o Trabalho – Auxiliar de Escritório 38


8.2.2 A finalidade do certificado ISO 9000?
Em sua essência, a ISO 9000 é uma norma que visa estabelecer critérios para um adequado
gerenciamento do negócio, tendo como foco principal a satisfação do cliente e consumidor,
através de uma série de ações, dentre as quais podemos destacar:
a) A empresa precisa estar totalmente comprometida com a qualidade (considerando qualidade
e satisfação do cliente), desde os níveis mais elevados até os operadores;
b) Adequado gerenciamento dos recursos humanos e materiais necessários para as operações
do negócio;
c) Existência de procedimentos, instruções e registros de trabalho formalizando todas as
atividades que afetam a qualidade;
d) Monitoramento dos processos através de indicadores e tomada de ações quando os
objetivos preestabelecidos não são alcançados
Como comentamos acima, além dos aspectos exigência do cliente, diferencial de marketing, a
ISO 9000 é uma excelente ferramenta gerencial.

8.2.2 Quem emite os certificados da ISO?


Os certificados ISO são atestados de rigor concedido a empresas que cumprem rígidos padrões
administrativos. São emitidos no Brasil por órgãos credenciados pelo Instituto Nacional de
Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial - Inmetro. A lista dos certificadores brasileiros
está no site www.inmetro.gov.br. Quem define as exigências é a International Organization for
Standardisation, a ISO.
Exemplo: ISO 14000
Organizações de todos os tipos estão cada vez mais preocupadas em atingir e demonstrar um
desempenho ambiental correto, controlando o impacto de suas atividades, produtos ou
serviços no meio ambiente, levando em consideração sua política e seus objetivos ambientais.
Esse comportamento se insere no contexto de uma legislação cada vez mais exigente, do
desenvolvimento de políticas econômicas, de outras medidas destinadas a estimular a proteção
ao meio ambiente e de uma crescente preocupação das partes interessadas em relação às
questões ambientais e ao desenvolvimento sustentável.
A implementação da ISO 14001 permite descobrir desperdícios e processos ineficientes,
tornando possível a fabricação de mais produtos com menor quantidade de matérias-primas e
criando menor quantidade de resíduos.
Impulsionadas pela série de certificações ISO 9000 no Brasil, uma certificação da série 14000
vem sendo o mais novo "prêmio" da indústria brasileira, que deseja competir nos mais
exigentes mercados internacionais, e porque não dizer nacionais também.

8.3 5S
O Programa 5S é uma filosofia de trabalho que busca promover a disciplina na empresa através
de consciência e responsabilidade de todos, de forma a tornar o ambiente de trabalho
agradável, seguro e produtivo.
O 5S é uma ferramenta administrativa que auxilia na implantação da qualidade, organização e
otimização nas empresas.

Formação para o Trabalho – Auxiliar de Escritório 39


É a implantação de uma nova cultura que necessita contar com o comprometimento das
equipes de trabalho para gerar os resultados esperados, ambientes limpos, organizados, asseio
e bem-estar que proporcionam condições para uma maior produtividade.
Mesmo sendo um programa voltado para empresa, já está comprovado que aplicando esta
filosofia nas nossas vidas, os resultados são fantásticos, pois não podemos desassociar a nossa
imagem da imagem da empresa, levando em consideração a necessidade do equilíbrio pessoal
para o sucesso profissional.
O Programa recebeu esse nome devido às iniciais das cinco palavras japonesas que sintetizam
as cinco etapas do programa.
É imprescindível, ao falarmos do programa 5S comentar, como foi o seu surgimento. O 5S surgiu
por volta de 1950, logo após a Segunda Guerra Mundial, com a finalidade de combater a sujeira
das fábricas do Japão e garantir a reconstrução da nação. Imagine em um país destruído com
sua população em pânico, sem dinheiro e saneamento básico, escolas e hospitais reerguerem-
se e se posicionarem economicamente no mundo. Dá para se ter ideia do poder desta
ferramenta quando bem implantada.
No Brasil, a pratica do programa 5S iniciou-se por volta de 1991.
O nome 5S é devido à sua denominação no Japão, que inicia todos os conceitos com a letra S.
Como a tradução do japonês para a nossa língua, foi inserida antes das traduções a palavra
“senso” para não perder sua originalidade.
1º Seiri = Senso de utilização = arrumação, organização, seleção;
2º Seiton = Senso de ordenação = sistematização, classificação;
3º Seiso = Senso de limpeza = zelo;
4º Seiketsu = Senso de asseio = higiene, saúde, integridade;
5º Shitsuke = Senso de autodisciplina = educação, compromisso.

8.3.1 Significado dos 5S


SEIRI - Senso de Utilização: Separar o que utilizamos do que não necessitamos e não usamos.
O primeiro passo para se colocar ordem na casa é separar o útil do inútil. O que realmente é
utilizado nas tarefas diárias e aquilo que raramente ou nunca usamos.
Essa arrumação começa a dar sentido a filosofia de uma nova cultura. O que não é necessário
pode e deve ser descartado, transferido para outro departamento, doado, ou simplesmente
jogado fora.
Ao iniciar este trabalho, as pessoas verão que a maioria dos objetos ou papeis guardados
realmente são sem importância, que estavam simplesmente tumultuando o local de trabalho ou
ocupando espaço que servem para organizar objetos utilizados constantemente. Vantagens:
• Liberação de utensílios, equipamentos e documentos desnecessários;
• Redução do tempo de procura;
• Melhor visualização do local de trabalho.

SEITON - Senso de Ordenação: Cada material tem seu lugar.


Após organizar e separar o útil do inútil, chegou a hora de arrumar e ordenar todo o material.
Nesta etapa, é importante classificar todos os objetos conforme sua necessidade de uso,

Formação para o Trabalho – Auxiliar de Escritório 40


aqueles usados constantemente devem ficar sempre mais acessíveis do que os objetos usados
raramente. É muito bom que os objetos sejam identificados, rotulados para que qualquer
pessoa que necessite possa encontrar com facilidade e rapidez.
Esta etapa auxilia na administração do estoque, pois os materiais são identificados com
facilidade e se torna mais prático saber quando está acabando determinado item. E evita
também a compra em duplicidade.
Vantagens:
• Rapidez e facilidade na busca de documentos e objetos;
• Redução da perda de tempo;
• Controle do uso de equipamentos e documentos necessários;
• Estímulo à criatividade;
• Facilidade de comunicação;
• Redução dos riscos de acidentes.

SEISO - Senso de Limpeza - A melhor forma de limpar é não sujar.


Nada mais propício para a realização de um trabalho do que a limpeza. Um ambiente limpo
pode até ser simples, mas proporciona conforto as pessoas que ali trabalham.
Esta etapa consiste na conscientização dos funcionários que primeiro, não sujem e segundo, se
sujar, limpem.
Se cada um contribuir com a limpeza do local de trabalho, muitos desperdícios de tempo e de
dinheiro serão evitados.
Implante esta cultura nas suas equipes: "usou, limpe e guarde".
Vantagens:
• Higiene no local de trabalho;
• Autoconhecimento de livros, equipamentos e documentos;
• Eliminação de desperdício;
• Satisfação de quem executa.

SEIKETUSU - Senso de Saúde - Manter a higiene em todos os locais por nós frequentados,
verificando o estado de implantação dos 5S, quer sob o aspecto físico, quer sob o aspecto
mental.
Cada pessoa tem que cuidar da sua aparência e higiene pessoal, justamente porque são a
imagem da empresa.
É importante eliminar hábitos de comer no local de trabalho ou fumar. Coisas deste tipo
incomodam tanto o cliente interno quanto o externo.
Ninguém precisa usar roupas de grife, mas necessita ter cuidado com suas vestimentas.
Procurando sempre ter cuidado com o básico.
Ambiente limpo e asseio próprio.

Formação para o Trabalho – Auxiliar de Escritório 41


Vantagens:
• Higienização mental e física;
• Melhoria do ambiente de trabalho;
• Melhoria das áreas comuns (salas de aula, laboratórios, sanitários etc.);
• Condições de trabalho favoráveis à saúde.

SHITSUKE - Senso de Autodisciplina.


Esta última fase é a de aceitação e comprometimento das equipes de trabalho. Apesar de ser
um programa implantado para benefício conjunto, em que tanto a empresa e os funcionários
terão melhorias, redução de tempo na execução das tarefas, rapidez, facilidade e maior
organização, ainda existem algumas resistências.
Estamos falando de mudanças e onde que uma implantação de uma nova cultura não gerará
certas insatisfações?
Alguns podem até serem mais complicados, mas a partir do momento em que a maioria do
grupo se comprometer e os resultados começarem a aparecer, a resistência diminui.
Vantagens:
• Cumprimento natural dos procedimentos;
• Disciplina moral e ética;
• Cultivo de bons hábitos;
• Efetivação da administração participativa;
• Garantia da qualidade de vida.

8.4 PDCA
O ciclo PDCA (do inglês: Plan - Do - Check - Act, ciclo de Shewhart ou ciclo de Deming), foi
introduzido no Japão após a Guerra, idealizado por Shewhart e divulgado por Deming, quem
efetivamente o aplicou. O ciclo de Deming tem por princípio tornar mais claros e ágeis os
processos envolvidos na execução da gestão, como por exemplo na gestão da qualidade,
dividindo-a em quatro principais passos que são: PDCA.

Formação para o Trabalho – Auxiliar de Escritório 42


Plan (Planejamento): Estabelecer os objetivos e processos necessários para entregar resultados
de acordo com o projetado (objetivos ou metas).

Do (Execução): Implementar o plano, realizar, executar o processo, fazer o produto.

Check (Verificação): Monitorar e avaliar periodicamente os resultados, avaliar processos e


resultados, confrontando-os com o planejado – objetivos, especificações e estados desejados,
consolidando as informações, eventualmente confeccionando relatórios.

Act (Ação): Tomar ações corretivas sobre as diferenças significativas entre os resultados reais e
planejados.

9 ARQUIVO
Arquivo é o conjunto de documentos que, independentemente da natureza ou do suporte, são
reunidos por acumulação ao longo das atividades de pessoas físicas ou jurídicas, públicas ou
privadas.
Sem dúvida, o ato de arquivar é uma ciência complexa que exige estudo aprofundado, tamanha
a sua importância. Porém, aqui vamos tratar do assunto de forma resumida, falando como
poderemos utilizar esta técnica nas empresas.
Segundo as Entidades criadoras/mantenedoras, os Arquivos podem ser classificados em:
Públicos (federal, estadual, municipal);
Institucionais (escolas, igrejas sociedades, clubes, associações);
Comerciais (empresas, corporações, companhias); e
Pessoais (fotos de família, cartas, originais de trabalhos etc.)

9.1 Funções do Arquivo


 Recolher e ordenar todos os documentos que circulam na empresa;
 Avaliar e selecionar os documentos, tendo em vista sua preservação ou eliminação;
 Garantir o fluxo dos pedidos de documentos provenientes dos diversos órgãos da
empresa;
 Arquivar os documentos, visando à recuperação da informação;
 Conservar e assegurar a integridade dos documentos, evitando danos que possam
ocasionar a sua perda;
 Executar as funções específicas, conforme a organização e administração da instituição.

9.2 Tipos de Arquivo


Os arquivos são classificados em três tipos: ativo, inativo e morto. A esses tipos se relaciona a
frequência do uso ou consulta.
• Arquivo morto: onde estão guardados documentos que nunca ou pouquíssimas vezes são
consultados. Apesar da condição desse tipo de arquivo, não deve ser considerado depósito de

Formação para o Trabalho – Auxiliar de Escritório 43


lixo. Existem depósitos próprios para esse tipo de arquivo, como por exemplo caixas de papelão
próprias.
• Arquivo inativo: armazena documentos com pouca frequência de uso. Uma boa opção para
esse tipo de arquivo, quando há grande quantidade de documentos, é a microfilmagem, cujo
processo de reprodução fotográfica reduzida atinge 95% do tamanho original do documento.
• Arquivo ativo: guarda documentos que são utilizados com muita frequência, documentos em
processo de conclusão e, também, do ano letivo.

9.3 Arquivamento
Guarde os documentos dentro das Pastas e das Caixas já contidas no arquivo ou monte-as de
acordo com o plano de classificação.
Nesse último caso, faça as etiquetas indicando o código da atividade correspondente.
Não se esqueça de anotar no canto superior esquerdo da Pasta o código do respectivo
Departamento/Área.
Isso facilita as transferências dos documentos semiativos para outros arquivos ou para a
eliminação, porque você poderá mandar apenas o miolo, deixando a pasta suspensa pronta
para o período seguinte.

9.4 Métodos de Arquivamento


Formas como podem ser arquivados os documentos nas organizações

9.4.1 Método alfabético


É o sistema mais simples, fácil, lógico e prático, porque obedecendo à ordem alfabética, pode-se
logo imaginar que não apresentará grandes dificuldades nem para a execução do trabalho de
arquivamento, nem para a procura do documento desejado, pois a consulta é direta.
Dentro deste método encontraremos, também, o arquivo de nomes destacando o último nome
desta pessoa, o que chamamos de indexação, o que muito comum em passagens aéreas, listas
telefônicas etc.
Este processo é complexo. Então vamos conhecer o básico e somente nos orientar sobre os
conceitos deste processo.
Exemplo:
Antônia Azevedo Coimbra de Oliveira
Antônio Candido Filho
Ângela Paes da Silva
Antenor Costa da Luz
Após a indexação:
Oliveira, Antônia Azevedo Coimbra de
Filho, Antônio Candido

Formação para o Trabalho – Auxiliar de Escritório 44


Silva, Ângela Paes da
Luz, Antenor Costa da

9.4.2 Método numérico simples


Consiste em numerar as pastas em ordem da entrada do correspondente ou assunto, sem
nenhuma consideração à ordem alfabética dos mesmos, dispensando assim qualquer
planejamento anterior do arquivo.
Para o bom êxito deste método, devemos organizar dois índices em fichas; numas fichas serão
arquivadas alfabeticamente, para que se saiba que numero recebeu o correspondente ou
assunto desejado, e no outro são arquivadas numericamente, de acordo com o número que
recebeu o cliente ou o assunto, ao entrar para o arquivo.
Este último índice pode ser considerado tombo (registro) de pastas ocupadas e, graças a ele,
sabemos qual é o último número preenchido e assim destinaremos o número seguinte a
qualquer novo cliente que seja registrado.

9.4.3 Método alfabético numérico


Como se pode deduzir pelo seu nome, é um método que procurou reunir as vantagens dos
métodos alfabéticos simples e numérico simples, tendo alcançado seu objetivo, pois desta
combinação resultou um método que apresenta ao mesmo tempo a simplicidade de um e a
exatidão e rapidez, no arquivamento, do outro. É conhecido também pelo nome de numeralfa e
alfanumérico.
Exemplo: para ter mais opções, devido ao grande número de clientes, algumas empresas
preferem misturar letras e números em seus números de protocolo.

9.4.4 Método específico ou por assunto


Indiscutivelmente, o método especifico, representado por palavras dispostas alfabeticamente, é
um dos mais difíceis processos de arquivamento, pois, consistindo em agrupar as pastas por
assunto, apresenta a dificuldade de se escolher o melhor termo ou expressão que defina o
assunto. Temos o vocabulário todo da língua à nossa disposição e justamente o fato de ser tão
amplo o campo da escolha nos dificulta a seleção acertada, além do que entra muito o ponto de
vista pessoal do arquivista, nesta seleção. Mas para você que vai utilizá-lo na empresa, parta da
forma mais simples que é juntar as informações similares que você possui em um mesmo
arquivo, por exemplo: guarde todas as contas telefônicas em uma só pasta, as de energia em
outra, as de uso de água em outra, contratos de prestação de serviço em um só local. Enfim,
isso vai te ajudar a manter organizado seus documentos e localizá-lo com facilidade sempre que
precisar.

9.4.5 Método geográfico


Este método é muito aconselhável quando desejamos ordenar a documentação de acordo com
a divisão geográfica, isto é, de acordo com os países, estados, cidades, municípios etc.

Por exemplo, quando as empresas possuem filiais, deve-se arquivar respeitando primeiro de

Formação para o Trabalho – Auxiliar de Escritório 45


qual localidade/filial pertence o documento e depois escolhermos outro método para
complementar.

9.5 Guia de controle e empréstimo ou protocolo


Para se controlar melhor os documentos que saem do arquivo e garantir sua integridade, é
interessante que se adote um sistema de controle de empréstimo de documentos.
a) Identificação do Documento;
b) Classificação ou Pasta à qual ele pertence;
c) O nome do requisitante e o Setor;
d) Assinatura e datas de empréstimo e devolução;

“O arquivamento correto e a localização imediata dos documentos dependem, em grande


parte, da precisão e cuidado com que são executadas cada uma dessas operações”.

9.6 Tabela de Temporalidade


É o instrumento com o qual se determina o prazo de permanência de um documento em um
arquivo e sua destinação após este prazo, pois existem documentos que devem ser guardados
por mais tempo, como os relacionados às áreas contábil, fiscal, financeira e pessoal. Ela é muito
utilizada pelos órgãos públicos. É importante frisar que a eliminação de documentos de
arquivos deve obedecer às normas do CONARQ*, em destaque os documentos produzidos por
todos os órgãos integrantes do poder público.
*CONARQ - Conselho Nacional de Arquivos

10 GESTÃO DE PESSOAS
O conceito de gestão de pessoas ou administração de recursos humanos é uma associação de
habilidades e métodos, políticas, técnicas e práticas definidas com o objetivo de administrar os
comportamentos internos e potencializar o capital humano nas organizações.

10.1 Cultura Organizacional


É um conjunto de propriedades do ambiente de trabalho, percebidas pelos colaboradores,
constituindo numa das forças importantes que influenciam no comportamento.
Compreende, além das normas formais, também o conjunto de regras não escritas, que
condicionam as atitudes dentro da organização.
A cultura da organização envolve um conjunto de pressupostos psicossociais como normas,
valores, recompensas e poder, sendo intrínseco à organização e que definem os modos pelos
quais uma empresa conduz seus negócios

10.2 Clima Organizacional


É o ambiente interno existente entre os membros da organização, estando intimamente ligado
ao grau de motivação de toda a equipe. Ou seja, é a qualidade ou propriedade do ambiente

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organizacional, que é percebida ou experimentada pelos membros da organização,
influenciando em seus comportamentos.
O termo clima organizacional refere-se especificamente às propriedades motivacionais do
ambiente organizacional, ou seja, àqueles aspectos que influenciam direta ou indiretamente de
diferentes espécies de motivação em seus participantes. Envolve a satisfação com aspectos
técnicos de suas carreiras, afetivos e emocionais.

11 RECURSOS HUMANOS
É um conjunto de princípios estratégicos e técnicos que contribui para atrair, manter, motivar,
treinar e desenvolver o patrimônio humano de qualquer organização. Para atrair, manter,
motivar, treinar e desenvolver o patrimônio humano de qualquer organização.

11.1 Recrutamento:

Conceito: é um conjunto de técnicas e procedimentos que visa atrair candidatos


potencialmente qualificados e capazes de ocupar cargos dentro da organização. É basicamente
um sistema de informação, através do qual se divulga e se oferece ao mercado de recursos
humanos oportunidades de trabalho.

Função: suprir a seleção de matéria-prima básica (candidatos) para seu funcionamento.

Objetivo: atrair candidatos, dentre os quais serão selecionados os futuros participantes da


organização.

Planejamento: tem a finalidade de estruturar o sistema de trabalho a ser desenvolvido, daí as


três fases para estruturar esse sistema:

Pesquisa interna: o que a organização precisa em termos de pessoas. É uma verificação das
necessidades da organização em relação às suas carências de recursos humanos, a curto, médio
e longo prazo. Esse levantamento deve ser contínuo e deve envolver todas as áreas e níveis,
para retratar a necessidade e o perfil que esses novos participantes deverão possuir.

Pesquisa externa (o que o mercado de RH pode oferecer: fontes de recrutamento a localizar e


alvejar): é uma pesquisa de mercado de RH no sentido de segmentá-lo e diferenciá-lo para
facilitar sua análise e consequente abordagem (segmentação do mercado de RH e a localização
das fontes de recrutamento).

11.1.1 Currículo
Currículo é um conjunto de dados profissionais ou intelectuais de uma pessoa
(estudante/profissional ou candidato) (Dicionário Luft-editora Ática).
É um instrumento inicial para a seleção de pessoal em uma organização, que contém o resumo
da vida profissional do candidato: nome completo, idade, nacionalidade, estado civil, endereço,
contatos, formação acadêmica/escolar, formações profissionais e experiências profissionais.
Podendo também indicar objetivos, foto e pretensão salarial, quando solicitados pelo
empregador.

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12.1.3 Seleção

Segundo Chiavenato “a seleção de recursos humanos pode ser definida singelamente como a
escolha do homem certo para o cargo certo, ou, mais amplamente, entre os candidatos
recrutados, aqueles mais adequados aos cargos existentes na empresa, visando a manter ou
aumentar a eficiência e o desempenho do pessoal, bem como a eficácia organizacional”.
Portanto, seria a melhor (mais indicada) pessoa para o cargo, que seria responsável pela
competência da sua função.

O setor de seleção atua como assessor do requisitante e ajuda a decidir na escolha do


profissional para a empresa.

Objetivo: Escolher e classificar os candidatos adequados às necessidades da organização.

Bases: Como a seleção é um sistema de comparação e de escolha, ela deve apoiar-se em algum
padrão ou critério para alcançar alguma validade. Assim suas exigências se baseiam nas
especificações do cargo, cuja finalidade é de maior objetividade e precisão na seleção do
pessoal.

11.1.1 Entrevistas
Muitas pessoas ficam nervosas ou ansiosas quando se deparam com uma entrevista de
emprego. Devemos ficar atentos ao nosso comportamento durante a entrevista para causarmos
uma boa impressão.
Por isso, pesquisamos algumas dicas de como devemos nos comportar durante uma entrevista:
Ao ser chamado, antes de entrar, pare na porta, cumprimente e peça licença para entrar,
fazendo isso de forma tranquila;
Mantenha sua expressão fisionômica leve e um sorriso sereno, pois o carisma é fundamental;
Espere que o entrevistador estenda a mão para lhe cumprimentar, essa atitude de estender a
mão deve partir dele;
O aperto de mão deve ser firme e natural;
Você só deve se sentar se for convidado. Caso contrário, espere em pé até receber o convite
verbal para a atitude. Em seguida, agradeça;
Se você estiver carregando uma pasta ou qualquer outro pertence, não os coloque sobre a
mesa do entrevistador. Segure-os sobre o colo. Se tiver uma cadeira vazia, coloque sobre ela;
Ao se sentar, mantenha uma boa postura e a parte superior do corpo projetada um pouco para
frente;
Jamais cruze braços, evite a impressão de insegurança ou defesa;
Olhe nos olhos do entrevistador. Isso passa segurança e confiança;
Use todos seus sentidos e não se distraia durante a entrevista;

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Não conte mentiras, no caso de respostas comprometedoras sobre o trabalho anterior, prefira
omitir;
Não use gírias, trejeitos e evite mascar chicletes;
Visto que tatuagens ainda não são vistas com bons olhos por algumas empresas, se você tiver
uma num lugar visível, tente cobri-la ou disfarçá-la (pelo menos no dia da entrevista);
Saber comportar-se de maneira adequada durante uma entrevista com certeza aumentará suas
chances de conseguir uma vaga.

11.1.4.1 Entrevista de seleção

Entrevista é um processo de comunicação entre duas ou mais pessoas que se interagem. De um


lado o(s) entrevistador(es) e, de outro lado, o(s) entrevistado(s).

É a técnica de seleção mais utilizada em qualquer tipo de empresa. Embora seja bastante
subjetiva, esta é a que mais influencia na decisão final a respeito dos candidatos.

A entrevista pessoal tem também outras aplicações, como na triagem inicial do recrutamento,
no aconselhamento e orientação profissional, na avaliação de desempenho, no desligamento
etc. Em todas essas aplicações, a entrevista deve ser feita com habilidade e tato, a fim de que
possa produzir os resultados esperados.

Etapas da entrevista: a entrevista de seleção para melhor resultado deve passar por cinco
etapas:
a) Preparação: determinar aspectos como o objetivo, o tipo de entrevista, leitura preliminar do
currículo do candidato, estar a par da descrição e análise do cargo.
b) Ambiente: físico, evitar possíveis ruídos ou interferências externas que possam prejudicar a
entrevista; psicológico, o clima deve ser ameno e cordial, sem pressões, coações ou imposições.
c) Processamento: o entrevistador obtém as informações que deseja, deve também prestar as
informações que o candidato necessita para tomar suas decisões. O processamento da
entrevista deve levar em conta dois aspectos: o material (dados citados nos currículos) e o
formal (características pessoais, comportamento e reação em determinadas situações), que são
intimamente ligados.
d) Encerramento: deve ser elegante e informar ao candidato quanto á ação seguinte, como e
quando será o contato para o resultado.
e) Avaliação do candidato: logo que o entrevistado deixar a sala, o entrevistador deve
imediatamente empreender a tarefa de avaliar o candidato enquanto os detalhes, para tomar a
decisão quanto ao candidato (se não foi aprovado e se sim, sua colocação).

11.1.1.1 Marketing Pessoal


O que abordamos anteriormente está intimamente ligado ao marketing profissional, haja vista a
impossibilidade de determinado profissional ter sucesso em sua imagem profissional sem se
expressar corretamente.
A maioria dos nossos julgamentos é baseada em impressões. Se causamos uma boa impressão,
conquistamos algo, adquirimos, agregamos. O investimento de agregar saberes, cultura e
formação é altamente lucrativo e gratificante, principalmente na área profissional.

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Quando trabalhamos em uma empresa possuidora de um grupo seleto e desejamos promoções
e determinados cargos, devemos demonstrar nossa qualificação e competência para aquela
posição. Ora, é incontroverso que para exercer tal posição, necessitamos de qualidades
diferenciadas e postura profissional. Destas qualidades, a habilidade de se comunicar é um fator
crucial.
Nossos gestos, modo de nos vestir, o tom da nossa voz, tudo isso está relacionado à nossa
forma de falar na interação com o outro. Por isso, muitas pessoas recebem elogios: “como
fulano é educado”, “eu fui muito bem atendida pela secretária, como ela é educada”. Os elogios
surgem porque a comunicação foi boa, bem recebida pelo outro.
Comunicamo-nos utilizando a linguagem verbal (fala e escrita) e a não verbal (gestos corporais e
faciais, tom de voz, modo de se vestir etc.).

12 FGTS
Todo trabalhador brasileiro com contrato de trabalho formal, regido pela CLT e, também,
trabalhadores rurais, temporários, avulsos, empregados domésticos e atletas profissionais têm
direito ao FGTS. O diretor não empregado pode ser incluído no sistema FGTS, a critério do
empregador.
O Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) foi criado pela Lei nº 5.107, de 13 de
setembro de 1966 e vigente a partir de 1º de janeiro de 1967, para proteger o trabalhador
demitido sem justa causa. O FGTS é constituído de contas vinculadas, abertas em nome de cada
trabalhador, quando o empregador efetua o primeiro depósito.
O saldo da conta vinculada é formado pelos depósitos mensais efetivados pelo
empregador, acrescidos de atualização monetária e juros.
É importante ressaltar que o FGTS não é descontado do salário, pois é uma obrigação do
empregador. Com o FGTS, o trabalhador tem a oportunidade de formar um patrimônio, que
pode ser sacado em momentos especiais, como o da aquisição da casa própria ou da
aposentadoria e em situações de dificuldades, que podem ocorrer com a demissão sem justa
causa ou em caso de algumas doenças graves.

13 INSS
A sigla INSS significa Instituto Nacional do Seguro Social (órgão do Ministério da Previdência
Social, ligado diretamente ao Governo) e é responsável pelos pagamentos das aposentadorias e
demais benefícios dos trabalhadores brasileiros que contribuem com a Previdência Social
(seguro que garante uma aposentadoria ao contribuinte quando ele para de trabalhar), com
exceção dos servidores públicos. A contribuição é tanto do empregado quanto do empregador.
A principal vantagem da contribuição para o INSS é garantir o recebimento de um benefício
mensal durante a aposentadoria. Outra vantagem é que o trabalhador que contribui para a
Previdência tem direito de receber auxílio-doença em caso de afastamento do serviço por
motivo de saúde.
A Previdência Social garante:
- Aposentadoria por tempo de contribuição;
- Aposentadoria por idade e invalidez;
- Pensão por morte;

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- Auxílio-doença;
- Auxílio-acidente;
- Salário-maternidade;
- Salário família;
- Reabilitação profissional;
- 13º salário; entre outros.

14 IRRF – Imposto de Renda Retido na Fonte

O Imposto de Renda é um dos tributos administrados pela Receita Federal do Brasil (RFB),
sendo devido tanto pelas pessoas jurídicas quanto físicas.

São contribuintes do Imposto de Renda Pessoa Jurídica (IRPJ):

I – As pessoas jurídicas;

II – As empresas individuais.

As disposições tributárias do IR aplicam-se a todas as firmas e sociedades, registradas ou não.

São contribuintes do Imposto de Renda Pessoa Física (IRPF) as pessoas físicas domiciliadas ou
residentes no Brasil, titulares de disponibilidade econômica ou jurídica de renda ou proventos
de qualquer natureza, inclusive rendimentos e ganhos de capital, sem distinção da
nacionalidade, sexo, idade, estado civil ou profissão.

A renda e os proventos de qualquer natureza percebidos no Brasil por residentes ou


domiciliados no exterior ou a eles equiparados estão sujeitos ao imposto de acordo com as
disposições legais pertinentes.

15 COMPORTAMENTO NO AMBIENTE DE TRABALHO E ETIQUETA EMPRESARIAL


Em sua vida profissional, não basta ser altamente capacitado para que você obtenha sucesso,
outros fatores irão, sem dúvida, influenciar o seu bom desempenho. Um desses é a Etiqueta
Empresarial, que compreende comportamento, aparência, cuidados no atendimento pessoal
assim como no atendimento telefônico.
Etiqueta não diz respeito somente a classes sociais, não está restrita a nenhuma condição, seja
de estudo, financeira ou qualquer outra, ela pode ser aprendida e praticada por qualquer
pessoa que queira fazer desse instrumento, um forte aliado que possa transformar suas
oportunidades.
Todo aquele que consegue ser bem-sucedido já descobriu isso. O comportamento baseado no
bom gosto e bom senso com certeza é o divisor de águas entre o sucesso e o fracasso, entre
conseguir galgar até seu objetivo ou ter de voltar passos para trás.
Por isso, precisamos tratar aqui de alguns itens que vão ajudá-lo a avaliar sua autoconfiança e
também sua elegância, pois esta precisa ser usada também no âmbito profissional, afinal como
se vestir, se portar, lidar com o outro, podem sim melhorar sua imagem, abrindo novas portas
para você.

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Nunca se esqueça do básico em qualquer situação: “Devemos viver com cordialidade no trato
social”.
Você precisa conhecer a cultura do ambiente onde vive e – o primordial – conhecer a si mesmo.
Selecionamos algumas questões, que você deve responder para se conhecer melhor e tirar
melhor proveito de todas as suas qualidades, em favor próprio.
Comece por responder quem é você. Quais são as características que você possui que faz com
que você seja uma pessoa interessante e especial aos olhos dos outros? Qual é a imagem que
os outros fazem de você? Descubra e ressalte seus pontos fortes e suas habilidades. Analise
principalmente o que você precisa trabalhar mais em sua personalidade. Verifique se seu
comportamento, sua imagem, seja ela pessoal ou profissional, se adequa à instituição em que
você trabalha, pois afinal de contas, você representa essa instituição.

15.1 Ergonomia
É o estudo técnico das regras de adaptação entre o trabalhador e o equipamento de trabalho.
Já é sabido que postura incorreta, móveis inadequados para um trabalho contínuo e iluminação
incorreta podem ocasionar problemas de saúde como os da visão e a LER (lesão por esforço
repetitivo).

15.2 Doença Ocupacional


É designação de várias doenças que causam alterações na saúde do trabalhador, provocadas
por fatores relacionados com o ambiente de trabalho.

15.3 Saúde Ocupacional


A saúde ocupacional é uma importante estratégia para garantir o bem-estar dos trabalhadores e
contribuir efetivamente para a produtividade, motivação e satisfação no trabalho. As doenças
ocupacionais são decorrentes da exposição do trabalhador aos riscos da atividade que
desenvolve. Podem causar afastamentos temporários, repetitivos e até definitivos, prejudicando
a produtividade.
O trabalhador deve aprender a identificar os sinais do próprio corpo para perceber o início de
qualquer desconforto. Os sintomas mais comuns, que requerem a procura por um médico, são
cansaço excessivo, desconforto após a jornada de trabalho, inchaço, formigamento dos pés e
das mãos, sensação de choque nas mãos, dor nas mãos e perda dos movimentos das mãos.
- A cada hora de digitação, saia de sua cadeira e movimente-se. Se possível, faça exercícios de
alongamento. Pausas durante a realização das tarefas permitem um alívio dos músculos mais
ativos;
- Beba água regularmente ao longo do dia. Uma boa opção é sempre ter uma garrafinha perto
de seu local de trabalho;
- Tenha postura adequada: ombros relaxados, pulsos retos, costas apoiadas na cadeira;
- As cadeiras devem ter altura para que sejam sempre mantidas as plantas dos pés totalmente
apoiadas no chão;
- Mantenha um ângulo reto entre suas costas e o assento de sua cadeira. A cadeira deve ter
formato anatômico para o quadril e encosto ajustável;
- Não utilize o apoio do pulso durante a digitação.

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- O monitor deve estar a uma distância mínima de 50cm e máxima de70 cm do usuário. A
regulagem da altura da tela deve situar-se entre 15 e 30 graus abaixo de sua linha reta de visão;
- Evite posicionar o computador perto de janelas e use luminárias com proteção adequada;
- As máquinas devem estar posicionadas de forma que você não tenha que se curvar ou torcer o
tronco para pegar ou utilizar ferramentas com frequência.
- Como regra geral, temperaturas confortáveis para ambientes informatizados são entre 20 e
22°C, no verão, e entre 25 e 26°C no inverno.
- Sempre que possível, humanize o ambiente (plantas, quadros e, dependendo do tipo de
trabalho, som ambiente).
- Estimule a convivência social entre funcionários.
Passamos a maior parte do nosso tempo no trabalho. Por isso, é importante aprendermos como
prevenir doenças causadas por esforço repetitivo e outros fatores, para garantir mais saúde e
qualidade de vida.

15.4 EPI – Equipamento de Segurança Individual


Conforme a NR 06 (norma regulamentadora), EPI é todo e qualquer dispositivo ou produto, de
uso individual, utilizado pelo trabalhador, destinado à proteção de riscos suscetíveis de ameaçar
a segurança e a saúde no trabalho. Sendo a empresa obrigada a fornecer aos empregados,
gratuitamente, EPI adequado ao risco, em perfeito estado de conservação e funcionamento,
sempre que as medidas de ordem geral não ofereçam completa proteção contra os riscos de
acidentes do trabalho ou de doenças profissionais e do trabalho; enquanto as medidas de
proteção coletiva estiverem sendo implantadas; e para atender a situações de emergência.
Cabe ainda para a empresa exigir o uso dos EPIs pelos seus funcionários durante a jornada de
trabalho, realizar orientações e treinamentos sobre o uso adequado e a devida conservação,
além de substituir imediatamente, quando danificados ou extraviados. Como em todas as
relações empregador-empregado, os trabalhadores têm seus direitos e deveres, e nessa
situação não é diferente, sendo responsabilidade do empregado usar corretamente o EPI, e,
apenas durante o trabalho, mantendo sempre em boas condições de uso e conservação.

ATENDIMENTO AO CLIENTE
Dentre os clientes de uma empresa, podemos classificá-los de duas formas: Clientes Externos e
Clientes Internos. O entendimento mais comum é que Clientes Externos, são aqueles que
compram da empresa. Mas, podemos afirmar que, diferentemente dessa classificação, incluem-
se todas as pessoas ou organizações externas à empresa que com ela mantêm algum tipo de
relacionamento comercial ou institucional; tanto as que compram seus produtos, como também
fornecedores, fiscais do governo, prestadores de serviços, instituições, entre outras. Já os
Clientes Internos são as pessoas que fazem parte do corpo da organização: seus dirigentes e
funcionários.
Dizer que os clientes internos devem ser colocados em primeiro lugar pode parecer em
desacordo com o entendimento geral de que o cliente externo é que deve ser tratado como um
rei, como o “patrão da empresa”. Porém, para atendê-lo melhor, antes, é preciso ter os clientes
internos motivados para que eles possam refletir essa situação no atendimento.
O bom atendimento ao cliente interno começa nas relações interpessoais, entre aqueles que
trabalham na empresa, acarretando:

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* No funcionamento da organização – Num local de trabalho, quando as pessoas se tratam
bem, o fluxo de papéis, informações, produtos ou serviços “giram” melhor e mais rapidamente.
* Na imagem da organização pelo cliente externo – O cliente externo tende a perceber o clima
ruim gerado em uma empresa, onde as pessoas não se relacionam bem (“Que empresa
estranha! As pessoas estão sempre de mau humor. Não gosto nem de comprar lá, dá mal-
estar…”). São expressões muito comuns dos clientes em situações como essas.

12.1.1.1.2 CORRESPONDÊNCIAS EMPRESARIAIS


Correspondência comercial é o conjunto de preceitos orientadores da elaboração e circulação
de papéis próprios às organizações empresariais, destinados a criar, manter ou encerrar
transações.
Qualidades exigidas pela correspondência oficial e empresarial:
- Vocabulário simples e formal;
- Clareza;
- Objetividade;
- Frases curtas;
- Gramática correta.

17.1 Tipos de Correspondências


Há três tipos de correspondência:
· Particular – se entre indivíduos (amigos, familiares, pessoas do convívio social), e pode
apresentar diversos graus de formalidade, desde o caráter íntimo até um certo grau formal.
· Empresarial – se trocada entre empresas ou entre estas e pessoas físicas ou jurídicas.
· Oficial – se entre órgãos do serviço público civil ou militar.
Vamos conhecer as mais comuns neste contexto:

17.2 E-mail
O advento da Internet tornou comunicações empresariais mais fáceis e mais eficientes. Também
bombardeou a maioria das caixas de e-mail com dezenas, se não centenas, de mensagens
eletrônicas diárias a respeito de tudo, desde serviços de namoro até café gratuito. Como fazer
com que sua mensagem seja notada no meio desta montanha de correios eletrônicos? Um e-
mail comercial deve conter os componentes padrão de uma carta comercial: uma saudação, o
corpo e o encerramento. E-mails de negócios, porém, também têm necessidades especiais.
Considere o seguinte:
Seja profissional. Só porque você está escrevendo uma mensagem eletrônica ao invés de uma
carta escrita à máquina não significa que a sua comunicação não deve ser tão profissional.
Resista à vontade de ser excessivamente casual. Se você não conhece o seu correspondente,
dirija-se a ele como o Sr. ou Sra. (ou Dr.). Use a mesma linguagem que você usaria em uma carta
comercial padrão. Evite gírias ou frases construídas casualmente.

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Seja conciso. Lembre-se que o seu leitor provavelmente tem dezenas de outras mensagens para
ler e outras tarefas concorrem para a sua atenção. Não se exceda. A maioria dos assuntos pode
ser coberta em três a cinco tópicos. Se o seu leitor fica com receio da duração de sua mensagem
quando abre o e-mail, é mais provável que ele a exclua sem ler.
Sempre use o campo do assunto. A proliferação de spam e vírus enviados por e-mail tem
deixado as empresas cautelosas ao abrir e-mails de pessoas que não conhecem. Informe o seu
leitor sobre o que você está escrevendo no campo de assunto do e-mail. Dessa forma, é menos
provável que a mensagem seja confundida com "spam". Um campo de assunto adequado só
precisa de poucas palavras; palavras demais ficarão confusas quando a linha do assunto aparece
na caixa de e-mail do destinatário. Os exemplos de bons campos de assunto incluem:
 Assunto: Pedido de entrevista
 Assunto: Consulta: "Possíveis nomes do artigo"
 Assunto: Resposta ao anúncio em "Mundo dos Escritores"
Não Enviar Anexos, exceto se forem solicitados. Anexos podem conter vírus que danificam o
computador. Algumas empresas até bloqueiam os funcionários de abrirem anexos em
computadores da empresa. Além disso, o upload de anexos – especialmente arquivos de
imagem – a partir de um computador mais antigo ou usando uma conexão dial-up pode
demorar muito tempo.
Revise sua Mensagem. Isto nem precisaria ser dito, mas é muito fácil de clicar em "enviar"
antes de estar realmente pronto para enviar sua mensagem. Mais uma vez, trate a
correspondência da mesma maneira que trataria uma carta. Certifique-se de que não tem erros
de ortografia, digitação e gramaticais antes de colocá-la na internet. Lembre-se: Em muitos
casos, seu e-mail é a primeira impressão que uma empresa associa a você. Faça com que seja
positiva.
E não se esqueça:
- Para mandar um e-mail para mais de uma pessoa, utilize o campo CCO (Com cópia oculta), ou
seja, não mostra o endereço eletrônico de nenhum destinatário, somente de quem enviou;
- Não reenvie aqueles e-mails que trazem mensagens dizendo que se não forem enviadas para X
pessoas você irá morrer, não terá sorte no amor ou algo do gênero.
- Não escreva o texto do e-mail em letras maiúsculas ou coloridas; isso equivale a gritar com o
leitor.
- Não utilize a linguagem de MSN, ferramentas de bate papo ou site de relacionamento nos e-
mails profissionais; isso deixa claro a sua falta de conteúdo e conhecimento técnico.

17.3 Ata
A ata é um documento no qual deve constar um resumo por escrito, detalhando os fatos e as
soluções a que chegaram as pessoas convocadas a participar de uma assembleia, sessão ou
reunião. A expressão correta para a redação de uma ata é "lavrar a ata". Uma das principais
funções da ata é historiar, traçar um painel cronológico da vida de uma empresa, associação ou
instituição. Serve como documento para consulta posterior, tendo em alguns casos caráter
obrigatório pela legislação.

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 Devido a ter como requisito não permitir que haja qualquer modificação posterior, o seu
formato renuncia a quebras de linha eletivas, espaçamentos verticais e paragrafação,
ocupando virtualmente todo o espaço disponível na página;
 Números, valores, datas e outras expressões são sempre representados por extenso;
 Sem emprego de abreviaturas ou siglas;
 Sem emendas, rasuras ou uso de corretivo (quando a ata estiver sendo manuscrita e for
necessária alguma correção, usar a expressão "digo" seguida do texto correto);
 Todos os verbos descritivos de ações da reunião usados no pretérito perfeito do
indicativo (disse, declarou, decidiu).

17.4 Certificado ou Atestado


É um documento em que se faz fé de algo e que tem valor legal. Pode haver atestados ou
certificados de serviços prestados, de estudos realizados, de pagamentos etc.
Para a sua elaboração, utiliza-se geralmente papel de tamanho A4, escrito em sentido vertical,
como se mostra em seguida:
 Cabeçalho (coloca-se na parte superior do certificado, com uma margem considerável. É
constituído pelo nome da pessoa ou instituição que o envia, acompanhados dos seus
dados de identificação. Costuma-se escrever em maiúsculas);
 Corpo (Contém texto precedido pelo termo CERTIFICA ou ATESTA, em maiúsculas,
seguido de dois pontos, onde se descreve o objeto da certificação);
 Local e data;
 Assinatura e selo.

17.5 Circular
Quando, em sua empresa, você deseja dirigir-se a muitas pessoas ao mesmo tempo, para
transmitir avisos, ordens ou instruções, deve optar por comunicar-se através de uma circular. Na
verdade, a circular pode seguir o modelo de uma carta ou ofício, o que a caracteriza é conter
um assunto de interesse geral. Muitas vezes, a circular é utilizada internamente nas empresas,
com a finalidade de facilitar a comunicação entre diversas seções e departamentos.
Muitas empresas, hoje em dia, têm preferido não destacar a ementa (assunto). Assim, é preciso
verificar o modelo adotado na sua empresa. A linguagem utilizada em uma circular deve ser
simples e direta para não dar margem a outras interpretações. Todos devem entender
claramente o que está escrito.
Estrutura:
 Timbre da empresa;
 Número da circular;
 Data (por extenso);
 Assunto;
 Corpo da mensagem;
 Identificação / Assinatura do emissor da circular.

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17.6 Declaração
A declaração é utilizada quando se quer atestar ou confirmar algum fato para garantir um
direito a uma determinada pessoa. Divide-se nas seguintes partes:
 Timbre (impresso como cabeçalho, contendo o nome do órgão ou empresa. Atualmente
a maioria das empresas possui um impresso com logotipo. Nas declarações particulares,
usa-se papel sem timbre);
 Título (deve-se colocá-lo no centro da folha, em caixa alta);
 Texto (deve-se iniciá-lo a cerca de quatro linhas do título). Dele deve constar:
o Identificação do emissor. Se houver vários emissores, é aconselhável escrever,
para facilitar: os abaixo assinados;
o O verbo atestar/declarar deve aparecer no presente do indicativo, terceira
pessoa do singular ou do plural;
o Finalidade do documento, em geral costuma-se usar o termo “para os devidos
fins”, mas também se pode especificar: “para fins de trabalho”, “para fins
escolares” etc.;
o Nome e dados de identificação do interessado. Esse nome pode vir em caixa alta,
para facilitar a visualização;
o Citação do fato a ser atestado.
 Local e data (Deve-se escrevê-los a cerca de três linhas do texto);
 Assinatura (Assina-se a cerca de três linhas abaixo do local e data).

17.7 Memorando
O memorando, estabelecendo uma comparação, é uma espécie de bilhete comercial de que as
empresas ou órgãos oficiais se utilizam para estabelecer a correspondência interna entre seus
setores e departamentos. Por ser um tipo de correspondência cotidiana, rápida e objetiva, o
memorando segue uma forma fixa, sendo para isso utilizado um papel impresso.
Observe a estrutura de um memorando, atentando para a ausência de saudações e finalizações:
 Timbre;
 Número do memorando;
 Data;
 De (Órgão e/ou responsável);
 Para (Órgão e/ou responsável);
 Corpo do texto;
 Assinatura.

17.9 Ofício

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Ofício é a correspondência de caráter oficial, equivalente à carta comercial. É dirigido por um
funcionário a outro, da mesma ou de outra categoria, bem como por uma repartição a uma
pessoa ou instituição particular, ou, ainda, por instituição particular ou pessoa a uma repartição
pública. Por tratar-se, sobretudo, de comunicação de caráter público, o ofício requer certo grau
de formalidade.
A redação, tal como no caso da carta comercial, tem de ser breve e concisa.

17.9 Procurações
Através da procuração, uma pessoa (física ou jurídica) autoriza alguém a agir e realizar negócios
em seu nome. O indivíduo que concede a procuração é chamado de mandante, constituinte ou
outorgante. Aquele que recebe a procuração é chamado de mandatário, procurador ou
outorgado.
A procuração deve ser lavrada em papel ofício, iniciando o texto com identificação e
qualificação do outorgante e do outorgado. Os poderes, a finalidade e o prazo de validade da
procuração são expressos de forma precisa. Após o texto, a localidade, a data e a assinatura são
expressas.
Há dois tipos de procuração:
 Pública – aquela que é lavrada por tabelião em Livro de Notas. O translado (cópia
autêntica do que consta no livro) fica em poder do procurador. É usada em casos de
compra e venda de imóveis, em assuntos de maior peso.
 Particular – aquela que é digitada ou manuscrita, sem registro no Livro de Notas.
Digamos que você não possa fazer sua matrícula na escola. Então, você poderá passar
uma procuração particular para alguém de sua confiança que resolverá esse, e apenas
esse, assunto para você.

17.10 Requerimento
Se você precisar se dirigir a uma autoridade para fazer um pedido para o qual necessite ter
amparo na lei, deve fazê-lo através de um requerimento.
Serve para requerer ou pedir uma coisa específica à Administração ou aos organismos públicos.
Os requerimentos recebem nomes diferentes, dependendo do organismo ao qual se dirigem:
 Conhece-se pelo nome de "Memorial" quando é dirigido a uma autoridade máxima,
como, por exemplo, o chefe do Estado ou o papa;
 Chama-se "Exposição" quando se dirige ao Parlamento da nação ou a um órgão do
Governo;
 Chama-se "Pedido" ao requerimento utilizado para os demais casos.
Em geral, podemos observar as seguintes partes:
 A autoridade destinatária (usa-se Excelentíssimo "Exmo." para Juiz, Promotor,
Senadores, Deputados, Vereadores, Presidente da República, Governador, Prefeito e
Ministros de Estado; usa-se Ilustríssimo "Ilmo." para as demais autoridades);
 Nome e qualificação do requerente;
 Exposição e solicitação;

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 Pedido de deferimento;
 Localidade e data;
 Assinatura.

17.11 Quadro de recursos dos documentos e correspondências

18 EMPREGABILIDADE

Empregabilidade são características que um profissional deve ter para ocupar um lugar em
qualquer empresa. Tais características envolvem a capacidade de conhecer bem a área a que se
candidata, além de poder exercer outras atividades. Dessa forma, se não houver vaga para uma
certa função, esse profissional poderá oferecer a sua força de trabalho para outro tipo de
negócio.

A empregabilidade resulta na negociação para que o trabalhador seja admitido pelo seu
conhecimento e não apenas pela sua formação profissional. Pelo cenário atual, sempre haverá
trabalho para quem tem várias atividades. É preciso que o profissional seja criativo e inovador,
experiente, capaz e que possua um vasto conhecimento.

12.2 NETWORKING
Networking ou rede de relacionamentos é um dos pilares de uma boa empregabilidade. Os
grandes especialistas em gestão de carreiras recomendam que todos os profissionais que
querem manterem-se altamente desejados pelas empresas devem além de estarem
constantemente atualizados, possuírem uma boa experiência profissional também devem
procurar ter e administrar uma boa rede de contatos profissionais.
A diferença entre uma boa rede de relacionamentos (networking) e uma mera agenda cheia de
telefones está na maneira em que estes contatos são mantidos durante os anos que se passam.

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Saber manter um bom contato profissional com estas pessoas pode render muitos frutos
profissionais para ambas as partes.
São indicações para novas oportunidades profissionais, dicas de cursos e livros, recomendações
de palestrantes e serviços entre outros benefícios gratuitos que você pode obter e também
fornecer através do relacionamento com os seus contatos profissionais.
Quando não temos uma rede de networking, mas apenas uma agenda cheia de nomes e
telefones, o grande perigo é causarmos uma má impressão a estes contatos ao falarmos apenas
em momentos festivos, ex.: Natal e Fim de Ano, ou ainda quando estamos precisando, como no
caso de estarmos procurando emprego. Não causa uma boa imagem só se lembrar destas
pessoas nestes momentos.
E nossa rede de networking não se faz apenas de contatos recentes, mas também do
relacionamento que conseguimos manter com pessoas que conhecemos há muito tempo seja
em empresas em que trabalhamos, cursos que fizemos ou pessoas que tivemos contatos em
eventos profissionais como feiras, congressos e reuniões de negócios.
Uma boa rede de networking é fundamental para ajudar na divulgação do seu trabalho,
descobrir novas oportunidades e fazer mais amizades.

12.3 CONCEITOS IMPORTANTES

20.1 RESILIÊNCIA
Capacidade de as pessoas resistirem às adversidades e de, até mesmo, aproveitá-las para seu
crescimento pessoal e profissional. Designa originalmente a capacidade que têm os materiais de
retornar ao seu estágio anterior depois de submetidos a uma força deformadora.
Os conceitos de resiliência são muitos, e todos estão relacionados aos sentimentos positivos.
Não caberiam aqui as emoções negativas como raiva, medo e tristeza. Muito mais cabíveis
estão as emoções positivas já mencionadas anteriormente: alegria, prazer e amor. E ainda
acrescentando a coragem. Esta seria a alavanca para o desenvolvimento quando se pretende o
enfrentamento com as condições adversas do meio em que se vive.

20.2 PROATIVIDADE
O significado de proatividade, tal como aparece no dicionário, é a capacidade de se antecipar a
situações, necessidades e problemas futuros. Isso significa, para começar, que a pessoa proativa
tem senso de prontidão.
Antes de participar de uma reunião, ela prevê os questionamentos que as pessoas poderão
fazer e levanta as informações necessárias para respondê-los. Antes que o cliente ligue para
reclamar que uma entrega está atrasada, ela o contata e renegocia o prazo. Antes que a chefia
lhe pergunte sobre o andamento de um projeto, ela produz um relatório para colocá-la a par da
situação.

20.3 ASSERTIVIDADE
O termo assertividade origina-se de asserção. Fazer asserções quer dizer afirmar, do latim
afirmar, tornar firme, confirmar e declarar com firmeza. A postura assertiva é uma virtude, pois

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se mantém no justo meio-termo entre dois extremos inadequados, um por excesso (agressão),
outro por falta (submissão).
O significado de assertividade tem sido distorcido, promovendo resistência nas pessoas. Muitos
entendem que ser assertivo é ter apenas uma comunicação sincera e objetiva, sentindo-se com
o direito de dizer muitos "nãos" e poucos "sim" aos outros, "doa a quem doer e custe a quem
custar".
No ambiente profissional, o perfil assertivo é cada vez mais valorizado, principalmente num
mercado de mudanças contínuas, que exige decisões objetivas e focadas nos resultados
esperados e que considera relevante a construção de parcerias. A técnica assertiva "aposta" na
mudança de comportamento passivo ou agressivo para um comportamento maduro e honesto,
adaptado a todos os tipos de personalidade.

20.4 EMPREENDEDORISMO
Empreendedorismo: É a prática de iniciar novas organizações, particularmente novos negócios,
geralmente em resposta a oportunidades identificadas, ou seja, é o estudo voltado para o
desenvolvimento de competências e habilidades relacionadas à criação ou ampliação de um
novo projeto.

Empreendedor: É o termo utilizado para identificar o indivíduo que dá início a uma organização.
Muitos, como Bill Gates, ficaram famosos por criarem organizações que realizaram inovações
em seus setores.

Podemos destacar algumas das qualidades pessoais de um empreendedor: iniciativa, visão,


coragem, firmeza, decisão, atitude de respeito humano, capacidade de organização e direção.

As habilidades requeridas de um empreendedor podem ser classificadas em três áreas:

 Técnicas: Envolve saber escrever, ouvir as pessoas e captar informações, ser organizado,
saber liderar e trabalhar em equipe.

 Gerenciais: Incluem as áreas envolvidas na criação e gerenciamento da empresa


(marketing, administração, finanças, operacional, produção, tomada de decisão,
planejamento e controle).

 Características pessoais: Ser disciplinado, assumir riscos, ser inovador, ter ousadia,
persistente, visionário, ter iniciativa, coragem, humildade e principalmente ter paixão
pelo que faz.

22. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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11. http://www.portaldigitro.com.br/pt/tecnologia_glossario-tecnologico
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Branco. Fonte: Jornal Carreira & Sucesso
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