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EDNOCAEILACTA
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.SOBRE O VÔO DOS PÁSSAROS.
eRìNEOPAGÃO
UM AUGÚRIO :evàM:edRuM
DE FOCO IBÉRICO

.ETROCAEILACTA.

ERI.ETIAM.ETROM
BIRDOMENCRAFT
ON THE BIRD'S FLIGHT
Nemetios Ypuaranakos
Brasil, 2010

eRì:em
0.2 versão evàM:edRuM -feita
português ERI aEDIAM EDNVOM
partir da – SOBREnoO yahoo
inglesa postada VOO DOS PÁSSAROS
groups - 1Iberian
Ancient
SOB A LICENÇA CREATIVE COMMONS
Este pequeno ebook foi feito com o OpenOffice – viva linux!
B
neMevos:ìÍuàRànàQs
NEMIDIOS YPUARANAECOS

TRADUÇÃO PARA O PORTUGUÊS: RENATA GUEIROS


REVISÃO E EDIÇÃO: NEMETIOS Y.

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SENAECOCREDIMA·IBEROCELTICA·ATECNAECA

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Proponho aqui oferecer um sistema
simples e revisável para a leitura do voo
das aves aos usuários contemporâneos
focados nas antigas culturas Célticas da
península Ibérica. Neste sentido,
visamos aos Druidistas e Neopagãos em
geral que adotam ou estudam a
religiosidade pré-romana (e da época da
conquista romana) das culturas Célticas
da Península Ibérica. O sistema é livre
para modificações e melhoras desde que
reconhecido as origens e autor.
Agradeço muito à Renata G. pela versão
portuguesa e pelo apoio.

Nemetios Y. XII Nouembris MMX.

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A
leitura de presságios pelo voo de pássaros é
uma das técnicas atestadamente utilizadas
pelos celtas, como nos dizem Diodorus
Siculus (Bibliotheca Historiae, V. 31) ou
Cícero (De Divinatione, I. 41). As fontes
iconográficas nos apontam para uma
profunda variedade imagética relacionada a aves no mundo
céltico continental; em geral, pássaros representando os próprios
Deuses ou sendo mensageiros e veículos para eles (GREEN,
Miranda A. Uma arqueologia de imagens. “Voos da alma”.
Londres: Routledge, 2004. p.144). Para informações gerais e
justificativa veja GREEN, Miranda A. Animal in Celtic Life and
Myth. “The Bird-Lovers”. Londres: Routledge, 1992. p. 211;
ROSS, Anne. Pagan Celtic Britain. “Sacred Magic Birds”.
Londres: Cardinal, 1974. p. 302; MONAGHAN, Patricia. The
Encyclopedia of Celtic Mythology and Folklore. “Birds”. Nova
Iorque: Facts on File, 2004. p. 46).

Greek-Roman Ornithomancy/Augury.
O mundo grego e romano registrou os usos, teoria e discussões
sobre o assunto, sendo todas fontes de grande valor para as
formas de augúrio antigas. Um livro muito bom sobre divinação
grega em geral é FLOWER, Michael A. The seer in Ancient
Greece. Berkeley: Universidade da Califórnia Press, 2008.
Sobre o assunto para o mundo romano, há muita informação de
primeira mão, mas eu sugiro o sistema e informação
contemporâneos do site Religio Romana
(http://www.religioromana.net/augury.htm). Lá é dito que
Cícero reconhecia similaridades entre o sistema druídico e o de

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seu amigo Divitiacos. Não encontrei isso nos textos de Cícero
que pesquisei (De Natura Deorum e De Divinatione, se alguém
encontrar, por favor poste-me a passagem).

Céltico Insular.
Há muita informação vinda da literatura céltica insular medieval.
Das pequenas passagens do Cath Maige Tuired ou Taín aos
rigorosos tratados sobre o assunto. É o caso da página de Mary
Jones (agradecimentos a Endovelicon):
(http://www.maryjones.us/ctexts/auguries2.html) que contém
dois tratados sobre augúrio, o “Fiachairecht Andso Sis” e
“Dreanacht Andso Sis”. Não continue a ler esse e-book antes
de ler sobre esses dois tratados. Em um post interessante do
fórum da OBOD, “The Druid Grove”
(http://druidry.org/board/dhp/viewtopic.php?f=186&t=32786) é
dito sobre um texto medieval irlandês intitulado Og Ohain, o
qual contém informações para a leitura do voo da Carriça. Não
encontrei esse texto (mas não encontrei muita coisa também),
porém esse post também contém associações muito boas sobre
pássaros sob o ponto de vista céltico.

Antiga Ibéria.
A existência do augúrio através da observância das aves, não só
está atestado na Ibéria como parece ser a prática mais
“tradicional” perdurando até a época medieval, conforme o
artigo de DE JAYO, Graciela M. As práticas mágicas na
pinínsula ibérica: um estudo introdutório. Vd:
http://revhistoria.usp.br/index.php?
option=com_content&view=article&id=7\

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9:rh-139&catid=6:edicoes&Itemid=7. Além disto a existência
dos hieroskopoi (etim. “aqueles que examinam a vítima” nos
tempos de Estrabão, de acordo com LIDDEL, Henry G.;
SCOTT, Robert; JONES, Henry S. A greek-english lexicon.
Oxford: Clarendon Press, 1996. p. 822, um termo grego
equivalente ao latino haruspex) entre os Lusitanos é atestado por
Estrabão (Geog. III, 3; vi) e em geral, para todo o restante do
povo céltico da Ibéria. Porém isto se refere apenas aos
especialistas em predições pelo exame das vítimas sacrificadas
(vd. SOPENA, Gabriel. Celtiberian ideologies and religion. Em
E-Keltoi n.6: The Celts in Iberian Peninsula. 2005. p. 361 e
SIMON, Francisco M. Religion and Religious practice of the
Ancient Celts if the Iberian Peninsula. Em E-Keltoi n.6: The
Celts in Iberian Peninsula. 2005. p. 322-324 ou LORRIO,
Alberto J. Los Celtiberos. Madri: Universidade de
Alicante/Universidade Complutense de Madri, 1997. p. 52-56).
E para aqueles que leem o voo dos pássaros? Além do texto
citado acima (da srª Graciela M. De Jayo) que recolhe relatos
medievais, não há muita coisa. Mas a epigrafia nos oferece uma
ampla evidência, e detalhar tudo é extensivamente longo – no
geral, a grande presença de pássaros em cenas religiosas e
símbolos em cerâmica alude a isso. Outro trabalho válido, mas
atualmente inviável para mim, é pesquisar evidências do
presságio com pássaros em literaturas não diretamente
relacionadas, tais como poemas bélicos, relatos de guerras, etc.
Então presumimos a predição do voo de pássaros hispano-céltica
por analogia com as insulares (Irlandesa, Galesa, etc) e de outros
mundos célticos continentais (como o da Gália, especialmente),
em alusão a esta epigrafia dos povos ibero-célticos, e

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concepções gerais ao redor do mundo greco-romano.

Teoria Geral.
De forma geral e livre especulativa nós supomos isto:

1. Preparação
2. O sinal em si
3. A leitura do sinal

1. É importante se preparar com todo tipo de informação


relacionada à como realizar a leitura e restringir o grau de erro
do processo, como em todos os sistemas oraculares. Aqui as
técnicas funcionais e familiares são o foco. Este é o objetivo da
construção romana (ou melhor, etrusca) do templum: um campo
de delimitação visual no céu, no qual cada parte tem associações
tradicionais estritas, restringindo o grau de erro e tornando a
leitura mais focada. O sacrifício da vítima, historicamente, era
requerido por três razões, in mínimo, como exemplificado pelo
mundo Greco-Romano: a) a razão pela convocação, ou seja, o
sacrifício como forma para chamar a atenção do deus, b) a razão
orgânica, ou seja, a vítima sacrificial como o instrumento
necessário para ler o augúrio e c) a razão primicial, o sacrifício
como forma de propiciar, inicialmente, o deus pelo favor. A
combinação entre esses é livre e algumas vezes confusa, e não é
nossa intenção aqui fazer um tratado sobre o sacrifício antes da
predição.

2. O sinal em si é o movimento natural e aleatório do pássaro. A


aleatoriedade e imprevisibilidade do movimento é essencial: é o

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núcleo de qualquer sistema oracular, o qual atribui ao
movimento aleatório à vontade do deus ou de forças invisíveis
sobrenaturais / naturais. Ver o movimento em si, ainda sim
requer alguma interpretação, oculta na linguagem, e o processo
mental baseado no quadro simbólico. Mas para nosso propósito,
consideramos o sinal em si como coisa neutra: uma autêntica
manifestação do poder que guia o movimento.

3. É a contemplação por um quadro cultural, por um sistema de


interpretação simbólico – diferente em cada cultura. Ele faz ver
o sinal em si através de ‘lentes de óculos’. Tais lentes lentes são
Indo-Europeias, as lentes em si, Célticas, e os ajustes são feitos
pelas circunstâncias bio-regionais. Eu acredito que o sistema da
ADF é adequado para isto, no que se refere à liturgia padrão,
com poucas adaptações metafísicas após a oferenda aos
ancestrais e antes das Águas da Vida.

Meta-valores do sistema.
α) Linguagem
Em geral, os Romanos acreditavam que os augúrios vindos da
direita eram desfavoráveis e os vindos da esquerda, favoráveis;
os gregos o oposto. E os Celtas? De acordo com o Proto-Céltico,
*dexso-/*dexsiwo- é ‘sul’ e também ‘direita’. Isto ecoa
*deiwo-/*desos-, ‘deus’ e *dewyo- forte. Por outro lado,
*tow(s)to- é ‘norte’ e também ‘esquerda’ (o adjetivo túath, no
Irlandês antigo, significa ‘mau, perverso’; em Bretão antigo
‘tuthe’ é um ‘tipo de demônio’, mas ‘tut’ significa ‘favorável’), e
o eco *towtā, ‘tribo, pessoas, povo’. Não implica,
necessariamente, uma moral dualista de oposições – coisa

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realmente estranha para a mente céltica. Apenas implica em uma
orientação baseada no nascer do sol. Portanto aceitamos os
sinais da direita como favoráveis, e o nascente como direção
guia.

β) Literatura
Ir, ponto a ponto, por toda literatura céltica insular medieval
procurando evidências é um trabalho ótimo e enorme, além de
minhas possibilidades agora (e não só agora, talvez para
qualquer vida humana). Então é mais interessante aos nossos
propósitos vermos apenas alguns textos-chave. Os textos da
página da Mary Jones são um ótimo exemplo. Sobre as direções,
há um texto muito interessante do Druida Bellovesos Isarnos,
chamado ‘Direções e Atribuições'
http://bellovesos.multiply.com/journal/item/29; ele reúne alguns
textos irlandeses e expõe as atribuições relacionadas às direções.
Então supomos a possibilidade, leia bem: POSSIBILIDADE –
de construir um nemeton em analogia ao templum
etrusco/romano, porém seguindo as direções e atribuições
célticas, como uma prática atual – não temos evidências para
pensar que os Celtas Continentais – os da Ibéria principalmente
– realizaram tal atividade. Não faço tal coisa, falta-me o
conhecimento disto.

γ) UPG
Esta é minha experiência pessoal. Em geral, vejo como
interessante o comportamento romano de manter um tipo de
“livro de predições de pássaros”. Como diário para os augúrios e
registro para conferências, hoje em dia pode ser feito

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eletronicamente. As experiências mais relevantes que tive com
augúrios de pássaros ocorreram na nascente avistando a colina,
onde recentemente o deus Endovellicos permitiu (por sonho)
que construíssemos um altar votivo a ele, com significações
intuitivamente próximas. Então assumo que o sistema é uma
ferramenta funcional que pode ser melhorada, adaptada e
corrigida também pela experiência, lampejos de inspiração
poética (awen) ou sugestões oraculares.

Método.
i) primeiras coisas.
Preparações gerais: materiais, altar, vítima, limpeza metafísica
do augúrio, etc. Se a predição é parte principal da cerimônia, não
há necessidade disso. Mas de qualquer forma, o kailiakos
(“áugure”, se for uma mulher é 'kailiaka') deve estar concentrado
e no estado mental apropriado para realizar o rito, que é melhor
realizado à luz do dia, em um lugar natural e aberto (em um
nemetom/santuário/templo tradicional usado pelos participantes)

ii) a oferenda.
Traz-se a vítima (grãos, pão, comida, bebida, etc.), consagra-se e
diante as pessoas presentes, realiza-se o sacrifício. O kailiakos
ou sacerdote/sacerdotisa deve conhecer os meios corretos para
isto. Após o ‘immolatio’ (ritual de matar/destruir/depositar a
vítima), o kailiakos faz a pergunta aos deuses ou a um deus
específico, fechando seus olhos em posição de oração e olhando
para a nascente. Um sinal ritual sonoro (chifre, ramo de prata)
pode ser soado antes ou depois.

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iii) A leitura
Ao abrir dos olhos do kailiakos, o augúrio é avistado. Qualquer
pássaro (ou animal...!) no céu é observado, e o kailiakos realiza
a leitura do augúrio reunindo os elementos do sistema abaixo
(dosando com sua própria intuição ou inspiração momentânea).
A leitura do kailiakos é cantada por ele/ela para os presentes, em
forma de poema (o poema profético, *watu-, ou também
tradicionalmente um em métrica otossilábica > um britu/brictu,
ou qualquer sistema poético familiar ao kailiakos).

Sistema.
*Direções
Aproximando-se – presságio muito bom, sucesso imediato,
advento auspicioso.
Afastando-se – mau presságio, dificuldade imediata.
Para cima – bom augúrio, ascensão, cura, conquista.
Para baixo – mau augúrio, problemas, dificuldades.
Sem variações – momento neutro passivo de mudança pela ação,
constância.
Sentido horário – facilidade, favorável com as forces e os ciclos
naturais.
Sentido anti-horário – dificuldade, não conformidade com os
ciclos naturais.
Esquerda para direita – bom presságio, favorável.
Direita para esquerda – mau presságio, desfavorável.

*Modi (Modos)
Continuidade – constância, previsibilidade, inalteração, firmeza.
Virando para a direção oposta – mudança rápida, virada,

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imprevisibilidade, inconstância, dúvidas duras envolvendo
pessoas, mudança de situação.

*Formas
Voo para a direita – bom augúrio, pouco trabalho,
prazer/felicidade/resultado imediato.
Voo curvo – trabalho duro, ações mediadoras, espera, resultado
indireto.
Voo circular – ciclo, transformação natural, mudança.
Voo espiral – transformação espiral, jornada relacionada ao (ou
com a iminente presença do) outromundo.
Pairar acima do kailiakos – cuidado com coisas escondidas,
ações, discursos, intenções de pessoas próximas.

*Altura
Alto – proximidade com os Deuses celestiais, necessita de
inteligência, sabedoria e soluções criativas.
Alto e baixo – imprevisibilidade, sem definição ainda, trabalho
duro, muitas forças envolvidas.
Baixo – proximidade com os Deuses do submundo, precisa de
trabalho, força e costumes tradicionais.

*Som
Som aumentando – siga bravamente e sem medo.
Som diminuindo – cuidado, com cautela e alerta.
Som no ar – esteja aberto a novas mensagens, atenção.
Som continuo – risco iminente, alerta, cautela.

Modificadores

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*Pássaros
-abutre/urubu > outromundo, mensagens, deuses, heróis, morte
gloriosa e profecia.
-águia/ave de rapina > bravura, nobreza reinando, liderança e
realeza.
-carriça > conhecimento, sabedoria, comércios e magia.
-cisne >transformação, poesia, inspiração divina.
-coruja > desastres, morte, praga.
-corvo > outromundo, morte em guerra, mensagens, eventos ou
ancestrais próximos.
-gansos > proteção, estado de guerra, outromundo
-garça (garça azul)> saúde, riqueza, fortuna.
-melro > transformação, jornada, aprendizado.

*Cores e associações tradicionais


O significado e associação das cores muda de cultura para
cultura. A literatura medieval irlandesa e galesa (como um
paradigma) e algo visto nas línguas célticas nos mostram
algumas associações interessantes. O folclore das regiões
célticas é uma profunda fonte de informação também; em nosso
caso, as associações tradicionais presentes no folclore de
Portugal e Espanha são ferramentas valiosas. Na América ou
Oceania, um pouco mais de trabalho é requerido, incluindo uma
olhada no folclore nativo. O ponto principal aqui é estudar os
pássaros da bio-região, suas associações tradicionais e, se for o
caso, “repaganizá-lo” na visão de mundo céltica.

*Rebanhos ou grupos de aves: observe a cabeça, o primeiro a se


mover ou voar.

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*Batida de asas: se as batidas das asas puderem ser contadas,
algo interessante pode ser realizada envolvendo o Ogam. Para
cada batida um fid do ogam, observando as pausas naturais no
voo do pássaro, ou seja, submeta as batidas de asas em um
sistema de leitura do Ogam. Por exemplo: pássaro voando baixo
em círculos horários, bate as asas quatro vezes e depois de um
curto intervalo, mais cinco vezes. Pode ser interpretado assim:
baixo – aspectos do submundo; sentido horário – conformidade
com as forças naturais; círculos – mudança natural,
transformação; 4 e 5 - <4> aicme ailme, <5> o quinto fid, ou
seja >i. dependendo da questão, estes elementos são reunidos
formando a interpretação, o que pode oferecer uma leitura bem
precisa.

Léxico céltico.
DELAMARRE, Xavier. Dictionnaire de la langue gaulloise. 2nd
Ed. Paris: Éditions Errance, 2003.
MATASOVIĆ, Ranko. An etymological lexicon of Proto-Celtic.
Leiden: Brill, 2009.
University of Wales' Proto-Celtic/English Wordlist:
http://www.wales.ac.uk/Resources/Documents/Research/CelticL
anguages/ProtoCelticEnglishWordlist.pdf

Proto-Céltico
*briχtu- “encantamento, fórmula mágica octossílaba”
*dexso-/dexsiwo- "sul, direita"
*kaylā-/kaylo- "bom sinal, augúrio"
*kaylyāko- "áugure, adivinho"

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*klēyo- "esquerda, não auspicioso"
*φatar- "pássaro"
*φari-tero- "leste"
*φetno-/φetro- "pássaro"
*φetno-kaila-aχtā- “arte de ler augúrios do voo dos pássaros”
*skublo- "ave de rapina"
*tow(s)to- "norte, esquerda"
*uφo-kliyā- "norte"
*uφo-nes-eyo- "pôr-do-sol, crepúsculo [oeste]"
*wāri- "nascente, aurora [leste]"
*wāti- “vate, aquele que pronuncia o *watu-”
*wātu- “poema profético, profecia, inspiração”

Keltiberika
areterom, o: "leste"
atar, ros: "pássaro"
britu, os: “fórmula mágica, encantamento, poema otossílabo”
desiuom, o: "sul", desiuos -a -om: "direito, favorável"
etinokailata, as: “arte de ler auspícios”
etinos/etros, o: "pássaro, ave"
kailiakos, o: "áugure"
kailos, o: "sinal, augúrio"
kleios -a -om: "esquerdo"
skublos, o: "ave-de-rapina"
toutom, o: "norte", toustos -a -om: "esquerda, desfavorável"
uaris, ios: "aurora, nascente"
uatis, ios: “vate”
uatus, os: “poema profético, profecia, inspiração”
uokleia, as: "norte"

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uoneseios, o: "crepúsculo, pôr-do-sol, poente"

Callaeco e Lusitânico
arterom, i: "leste"
atar, ros: "pássaro"
brictu, ōs: “fórmula mágica, encantamento, poema otossílabo”
caeilos, i: "sinal, augúrio"
caeliaecos, i: "áugure, adivinho"
clēos -a -om: "esquerdo"
dexom, i: "sul", dexivos -a -om: "direito, propício"
ednocaeilactā, ās: “arte de ler auspícios”
ednos/etros, i: "ave"
ovādis/vātis, ios: “vate”
scublos, i: "ave-de-rapina"
toudom, i: "norte", toussos -a -om: "esquerdo, desfavorável"
vāris, es: "aurora, nascente"
vātus, ōs: “poema profético, profecia, inspiração”
vocliiā, as: "norte"
vonesios, i: "crepúsculo, pôr-do-sol, poente"

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