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Pontifícia Universidade Católica do Paraná

Escola de Educação e Humanidades


Disciplina: Filosofia Politica
Curso: História Período/turno: 3º/Noite
Aluno: Rafael Romão

Baseado no trecho do livro A República, escrito pelo filosofo Platão,


especificamente no inicio do livro VII, onde Platão cria uma alegoria para
ilustrar uma de suas concepções filosóficas: a do mundo sensível e a do
mundo inteligível, busquei compreender como as pessoas retratadas em
condições de sujeição a formas imperfeitas, eram mantidas nessas
circunstancias e como isso se perpetua na contemporaneidade brasileira.

Para compreender a problemática é necessário buscar a raiz do


problema, ou seja, em que ponto, ou a partir de que ponto as pessoas são
condicionadas a essa situação, a de cativo. Segundo Platão a única maneira
de alcançar a liberdade é por meio da filosofia. A filosofia tem um papel muito
importante para a condição racional do ser humano, é através dela que se
busca compreender questões fundamentais, tanto da existência humana,
quanto da natureza no geral, ou meio de existência. Sem a filosofia estamos
fadados a apenas reproduzir concepções filosóficas ou ideológicas, perdendo a
criticidade que o pensamento filosófico proporciona, sem até mesmo ter meios
de questiona-la, visto que a indagação/reflexão que a filosofia possibilita é
castrada do individuo, facilitando o adestramento e conformidade pelas
condições externas a ele.

Karl Marx e Friedrich Engels retratam a educação como meio de tais


perpetuações, visto que para eles a sociedade é movida pela luta de classes,
isto é, o conflito entre uma classe dominante e uma classe dominada, no
contexto atual, proletários e burgueses. A partir dos filósofos pode se
interpretar a educação pública sendo utilizada como meio de alienação do
proletariado, com isso, perpetuando e legitimando o poder da classe burguesa,
levando em consideração que o que rege e define o sistema de ensino, ao
menos no Brasil, são os interesses da classe dominante.

Segundo o historiador André Espínola (2014), o brasileiro sofre com um


grande problema na educação, no sentido de autonomia de investimento, pois,
como um país em desenvolvimento dependente de capital de países
desenvolvidos, ele acaba se tornando refém de parcerias Público-Privadas, isto
é, de empréstimos para ampliação e desenvolvimento da educação. No Brasil,
essa parceria é realizada pelo Banco Mundial que acaba interferindo nas
decisões educacionais. Segundo o Banco, investimento em pesquisa e
extensão é um custo desnecessário, considerando que essas atividades não
condizem com a realidade de países não desenvolvidos, voltando todo o
investimento que deveria ser aplicado na educação para trazer autonomia ao
cidadão, seja apenas um meio de fomenta o mercado de trabalho, com o
objetivo de gerar uma maior economia.

A partir da concepção de alienação e a ciência a cerca negligencia do


estado com o ensino, pode se concluir que, o conhecimento proporcionado
pela educação é um importante fator para se chegar à contemplação plena das
formas, visto que é através da filosofia que se chega ao mundo intelectivo,
onde, segundo Platão, todas as formas são perfeitas. Portanto, o estado de
escravidão ou alienação é validado pela atual condição do ensino brasileiro.
Medidas como sugerem Paulo Freire e Hannah Arendt de responsabilidade
sobre o mundo através do ensino são validas, porém, o que impera em nossa
sociedade é o interesse econômico de uma pequena parcela da sociedade,
parcela essa que detém uma maior capacidade econômica, o que atualmente
determina o poder das decisões.
REFERÊNCIAS
ESPINOLA, André Felipe de Albuquerque; CAVALCANTE, Rita de
Cassia. POLÍTICAS PÚBLICAS DA EDUCAÇÃO NO PERÍODO LUIZ
INÁCIO LULA DA SILVA E DILMA ROUSSEFF (2003-2014). Disponível
em:<https://www.academia.edu/16702042/Pol%C3%ADticas_P%C3%BAbli
cas_de_Educa%C3%A7%C3%A3o_no_Governo_Dilma_e_Lula> Acesso
em: 23 de Abril de 2019.

ALMEIDA, Vanessa Sievers de. AMOR MUNDI E EDUCAÇÃO:


REFLEXÕES SOBRE O PENSAMENTO DE HANNAH ARENDT.
Disponível em:< http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/48/48134/tde-
08122009-160028/pt-br.php> Acesso em: 23 de Abril de 2019.

SILVA, João Carlos da. EDUCAÇÃO E ALIENAÇÃO EM MARX:


CONTRIBUIÇÕES TEÓRICOMETODOLÓGICAS PARA PENSAR A
HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO. Disponível em:<
http://www.histedbr.fe.unicamp.br/revista/revis/revis19/art07_19.pdf>
Acesso em: 23 de Abril de 2019.

FREIRE, Paulo. Educação como prática da liberdade. Editora Paz e


Terra. Rio de Janeiro, 1986.

PLATÃO. A República. São Paulo, SP: Martin Claret, 2007.

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