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T H E A LT U C H E R R E P O RT

Prospecto Pré-IPO da Uber


Prospecto Pré-IPO da Uber

A Internet das Coisas, também chamada de “Internet of Things” ou “IoT”, é um novo conceito que, apesar de já
existir há quase duas décadas, tem emergido com mais frequência em diversas mídias, despertando a curiosidade
e atenção das pessoas.

Mas não se deixe enganar pelo nome. À primeira vista, pode até parecer algo trivial, mas, se você nunca escutou
ou leu a respeito, não deixe de ler esta publicação até o final, ou estará abrindo mão de saber como a sua vida –
e tudo o que você faz – será impactada por esse fenômeno em um futuro não muito distante, bem como de que
forma poderá se beneficiar financeiramente desse tsunami tecnológico.

Ainda que não exista uma definição direta e objetiva, de maneira geral, a Internet das Coisas representa a próx-
ima revolução da internet, que será responsável por alavancar a capacidade de captura, processamento e análise
dos dados por conta do aumento da quantidade de dispositivos e sensores que estarão conectados à rede, trans-
formando informação em conhecimento.

Dado que essa grande Reforma Tecnológica está avançando a passos largos, certamente será criada uma nova
classe de produtos e serviços que poderão melhorar a condição de vida das pessoas, a produtividade agrícola e
a das empresas, além de destravar novas oportunidades que ultrapassam as fronteiras tradicionais com as quais
estamos habituados. A ideia é poder conectar tudo a todos e vice-versa, criando um ecossistema autônomo, inteli-
gente e eficiente.

Essa, aliás, será a principal diferença em relação ao que já acontece hoje em dia. Dentro de nossas próprias casas,
por exemplo, já temos inúmeros equipamentos e dispositivos que estão conectados na rede, interagindo e trocan-
do informações entre si: tablets, celulares, televisores, câmeras, eletrodomésticos etc. são apenas alguns deles.

Contudo, ao contrário do que ocorre atualmente, se as tendências e projeções sobre o desenvolvimento da IoT
tornarem-se realidade, haverá uma mudança essencial no funcionamento desse mecanismo à medida que as inter-
ações entre esses os objetos conectados à rede ocorrerá de maneira passiva, livre de intervenções.

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Em 2003, havia aproximadamente 6,3 bilhões de pessoas no planeta e apenas 500 milhões de dispositivos conec-
tados à Internet. O crescimento explosivo de smartphones e dispositivos do gênero fez esse número aumentar
para 12,5 bilhões em 2010. Com a rápida evolução e desenvolvimento em ritmo acelerado de novos objetos
“smart”, espera-se que aproximadamente 50 bilhões de dispositivos estejam conectados às redes em 2020.
Percebem para onde estamos indo?

Essa, aliás, será a principal diferença em relação ao que já acontece hoje em dia. Dentro de nossas próprias casas,
por exemplo, já temos inúmeros equipamentos e dispositivos que estão conectados à web, interagindo e trocando
informações entre si: tablets, celulares, televisores, câmeras, eletrodomésticos, entre outros.

Contudo, ao contrário do que ocorre atualmente, se as tendências e projeções sobre o desenvolvimento da Inter-
net das Coisas se tornarem realidade, haverá uma mudança essencial no funcionamento desse mecanismo à medi-
da que as interações entre esses objetos conectados à rede ocorrerão de maneira passiva, livre de intervenções.

Em 2003, havia aproximadamente 6,3 bilhões de pessoas no planeta e apenas 500 milhões de dispositivos conec-
tados à internet. O crescimento explosivo de smartphones e dispositivos do gênero fez esse número aumentar
para 12,5 bilhões em 2010. Com a rápida evolução e desenvolvimento de novos objetos “smart”, espera-se que
aproximadamente 50 bilhões de dispositivos estejam conectados às redes em 2020. Percebem para onde estamos
indo?

Estamos diante de um portal entre o passado e o futuro, o físico e o virtual, a matéria e as nuvens carregadas de
bits e dados compartilhados. Apesar do ceticismo de alguns, a transição em curso é irreversível e, quando menos
imaginarmos, já teremos mudado nossos hábitos e costumes para nos adaptar a essa nova realidade.

Basta olharmos ao nosso redor, por exemplo, para perceber que, gradativa e involuntariamente, fomos inseridos
dentro de uma bolha tecnológica da qual criamos tanta dependência que, se optarmos por ficar de fora, passare-
mos a viver no ostracismo social, profissional e intelectual.

Estamos definitivamente falando de uma cisão histórica e sem precedentes, em que a internet vai se expandir para
lugares que, até agora, eram inatingíveis. Imagine, por exemplo, que uma estação de tratamento de água poderá

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obter dados em tempo real acerca das propriedades e qualidade da água que está sendo distribuída, por meio da
utilização de micropartículas sensoriais conectadas à internet.

Todo os sistemas, públicos ou privados, serão impactados por esse Iluminismo tecnológico, passando a ser guia-
dos por novas carências, ideias, oportunidades e soluções. As cidades serão inteligentes, a energia será melhor uti-
lizada, o custo operacional reduzido, o desperdício minimizado e a demanda por combustíveis fósseis substituída.

Além da virtualização de máquinas e computadores, estaremos diante da digitalização de todos os serviços,


remodelando qualquer estrutura previamente concebida e promovendo uma disrupção nunca antes vista na
história. Basicamente, problemas mais sérios que estiveram sempre presentes poderão agora ter uma solução ou
mecanismos de controle, fiscalização e desburocratização. A diferença, porém, é que nós próprios seremos os
atores e personagens de eventos que antes estavam restritos aos filmes e séries de ficção.

O que dizer, por exemplo, da possibilidade de pacientes ingerirem fragmentos inteligentes que permitam um
rápido diagnóstico ou mesmo o controle e manutenção dos seus sinais vitais, níveis glicêmicos, hormonais e afins,
enviando mensagens e provendo relatórios tão logo essas taxas extrapolem níveis aceitáveis? Nessa mesma linha,
consultas médicas poderiam ser realizadas remotamente, com a ficha do paciente totalmente digitalizada, o que
seria aliado a tratamentos específicos e efetivos, com acompanhamento online do quadro clínico.

Também temos visto com cada vez mais frequência notícias acerca dos investimentos que grandes empresas têm
destinado a pesquisas, testes e desenvolvimento de carros autônomos, que não devem demorar muito para serem
disponibilizados aos usuários de serviços de motorista particular.

Talvez o maior exemplo desse movimento tecnológico – e que está em evidência pela sua utilização em aproxi-
madamente 100 países e 700 cidades – seja a Uber, que, além de já ter quebrado diversos paradigmas desde sua
concepção, em 2010, está muito perto de alçar os seus serviços ao próximo estágio.

Como a maioria das outras indústrias, o transporte e a logística (T & L) estão enfrentando uma imensa mudança;
e, como em toda mudança, isso traz risco e oportunidade. Novas tecnologias, novas expectativas dos clientes e
novos modelos de negócios. Há muitas maneiras de o setor se desenvolver para enfrentar esses desafios, alguns
evolutivos, outros mais revolucionários.

O setor de logística global vale trilhões de dólares, o que o torna um mercado muito atraente para novos par-
ticipantes. Nesse sentido, enquanto algumas empresas buscam melhorar os seus serviços, a Uber está disposta a
criar um modelo tecnológico que lhe garanta uma vantagem competitiva expressiva frente aos concorrentes, para
dominar o setor e se tornar uma referência.

Apostando todas as suas fichas que esse nicho de transportes autônomos se transformará em um mercado ex-
tremamente lucrativo, a Uber tem investido pesado em pesquisas e aquisição de empresas que detêm essa tecno-
logia, para que possa ser aprimorada, lapidada e implementada o mais rápido possível. Afinal, se quiser perman-
ecer competitiva, oferecendo tarifas atrativas aos seus usuários, e se tornar pioneira nesse mercado em um futuro
próximo, não há outra escolha senão destinar todos os recursos possíveis ao desenvolvimento dessa nova plata-
forma.

A ideia não é projetar seus próprios veículos, mas algum tipo de kit que permita tal transformação. Não por
menos, a Uber tem procurado parcerias com diversas fabricantes, como a Volvo, para transformar carros em
veículos autônomos usando tecnologia própria.

Como se vê, não preciso dizer que estamos diante de um mercado extremamente promissor e de enorme poten-
cial. Assim como o blockchain, as criptomoedas e outras revoluções tecnológicas que estão se incorporando cada
vez mais à nossa realidade, a ideia de transformar completamente a indústria global de transportes e fretes me
parece uma oportunidade única da qual não se pode ficar de fora.

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No caso da Uber, especificamente, nota-se que a empresa tem crescido mais rápido do que a Google e até três vez-
es mais rápido do que o Facebook. Está crescendo mais rápido até mesmo do que a própria Amazon e, em pouco
menos de uma década, já se valorizou incríveis 900.000%. Contudo, por mais surpreendente que esse número
possa ser, ainda tem muito mais por vir, mas você precisa agir logo.

Cedo ou tarde, as ações da Uber começarão a ser negociadas em Bolsa e, quando isso acontecer, certamente
estampará as principais manchetes de todas as publicações em Wall Street e do mundo. Contudo, até chegar esse
ponto, talvez já não seja possível tirar proveito de todo o potencial e da curva quase vertical de crescimento que a
empresa tem experimentado nos últimos anos.

Portanto, dado que as ações da Uber ainda não são negociadas publicamente em nenhuma Bolsa, por se tratar de
uma empresa privada, cuja propriedade é composta por investidores individuais e privados, uma das maneiras de
se expor a essa oportunidade de crescimento e rentabilidade excepcional é adquirir as ações do principal acionista
da Uber: a SoftBank Group Corp., empresa em evidência por estar comprometida com essa visão do futuro.

Fundada em 1981 e sediada em Tóquio, no Japão, não restringiu as operações somente ao seu core business, de
telecomunicações, tendo gerado ramificações por meio de parcerias, aquisições, subsidiárias e startups, que, ao
estabelecerem uma relação simbiótica e catalisadora entre si, criaram condições para que todo o conglomerado,
direta ou indiretamente, pudesse se beneficiar com a evolução e consolidação dessa corrente tecnológica que
praticamente se tornou irreversível.

Em setembro passado, por exemplo, a SoftBank Corp., subsidiária de telecomunicações da empresa, anunciou
a colaboração com a Sprint Corporation – da qual detém uma fatia de 85% – e várias outras multinacionais de
telecomunicações para avançar nos esforços de aplicação da tecnologia blockchain no setor, o que deu origem ao
consórcio de blockchain Carrier Blockchain Study Group (CBSG).

Além disso, a companhia tem aberto outras frentes que contemplam o desenvolvimento de toda a infraestrutura
para a implementação de um sistema baseado em blockchain que ajudará bancos e instituições financeiras a gerir
e acessar instantaneamente o histórico de crédito e a movimentação de potenciais mutuários e, assim, ser capaz
de estimar, convenientemente, sua a solvência. Liderada pela SoftBank Technology, a ideia é poder inaugurar essa
plataforma em 2019 e já ter entre 30 e 50 instituições utilizando o sistema por volta de 2020.

Mais recentemente, ao final de janeiro deste ano, a subsidiária SoftBank Investment Group anunciou a aquisição
de uma parcela daquela que já foi a maior plataforma de negociação de bitcoin na China, a Huobi, hoje banida
do país por conta das limitações impostas pelo governo. Nesse contexto, a ideia da empresa é expandir seus
negócios como corretora de criptomoedas.

Contudo, os investimentos e incentivos não ficam limitados às tecnologias e soluções inovadoras mais recentes,
como blockchain e criptomoedas. Para se ter uma ideia das pretensões ambiciosas da empresa, o conglomerado
japonês já conta com o maior fundo de private equity (SoftBank Vision Fund) do mundo, totalizando aproximad-
amente US$ 100 bilhões de dólares, o qual, de acordo com o seu CEO, Masayoshi Son, deve ser apenas o primei-
ro de outros que virão nos próximos anos.

O objetivo, segundo ele, é investir em pelo menos mil empresas de tecnologia, em áreas como inteligência arti-
ficial, robótica e aplicativos para celular. Ainda que alguns desses projetos estejam distantes de se concretizar,
outros já são realidade.

Recentemente, a SoftBank Robotics criou Pepper, um robô capaz de perceber as emoções dos seres humanos e,
assim, interagir com eles. Em parceria com o Alibaba – empresa da qual detém uma fatia de aproximadamente
30% –, já faz planos para em breve colocar sua mais nova criação no mercado.

Seguindo essa linha, por US$ 32 bilhões de dólares, a SoftBank adquiriu a ARM, empresa que fabrica chips para

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diversos smartphones, incluindo o iPhone, da Apple. Dado o
potencial de alguns setores chave crescerem e serem líderes dos
seus mercados e nichos, a SoftBank expandiu seus tentáculos
nesse setor de microchips e também abocanhou 5% da Nvidia,
empresa cujos processadores sustentam uma grande parte das
plataformas de jogos de PC do mundo.

Nada mal, considerando que os chamados eSports estão em


franca expansão no mundo inteiro, com campeonatos mundiais
sendo televisionados, gerando uma visibilidade que tem atraído
investimentos e patrocínios de grandes marcas.

Com o seu perfil inovador, sempre que entra em ação, a empresa


não pretende apenas se tornar uma concorrente de peso nas di-
versas áreas em que estiver atuando; sua intenção é implementar
ideias disruptivas que modifiquem, direta e indiretamente, a maneira engessada e pré-concebida com que alguns
serviços operam, criando e suprindo a demanda de necessidades que sempre existiram.

Mas a estratégia agressiva de expansão e criação de novas fronteiras não para por aí. A convicção de converter id-
eias em ação e ação em resultados é o que continua motivando aportes significativos em outras áreas como e-com-
merce, aplicativos para celulares, serviços de internet dos mais variados, bem como na automação de veículos.

Caminhando nessa direção, a empresa anunciou no final do ano passado a aquisição de 15% da Uber, tornan-
do-se acionista majoritária da empresa e sedimentando definitivamente sua influência no meio, uma vez que
também já havia adquirido outras líderes desse serviço em países emergentes, como a Grab, na Índia, a DiDi, na
China, e a 99Taxis, no Brasil.

Basicamente, dada a rapidez com que a tecnologia está agitando diversos setores, ninguém sabe qual ou como
será o próximo modelo de negócios de grande alcance e sucesso, razão pela qual a filosofia da empresa é estar
presente e liderar os avanços em diversas áreas e nichos.

Basta observar que, depois de investir pouco mais de 20 mil-


hões de dólares na rede Alibaba nos anos 2000, a SoftBank
possui hoje uma fatia equivalente a US$ 50 bilhões na compan-
hia. Ademais, ao marcar presença em vários mercados consu-
midores, já consolidados ou emergentes, com diferentes produ-
tos e serviços líderes nos seus respectivos setores, cria-se uma
cadeia integrada e colaborativa, com um potencial de ganhos é
extraordinário.

Sob essa perspectiva, considerando que, após décadas de es-


tagnação, a economia japonesa tem projeções de crescer 1,2%
em 2018, a SoftBank também não deixa de ser uma opção
conservadora para se expor ao mercado japonês. Ademais, a
SoftBank pode ser recompensada generosamente ao longo das
próximas décadas, dado o forte investimento em uma ampla
gama de tecnologias futuras, o que reduz o crescimento de seus
ganhos no curto prazo. É por isso, inclusive, que alguns analistas têm chamado a SoftBank de “Berkshire Hatha-
way” focada em tecnologia e na revolução da informação.

Portanto, ainda que a empresa tenha alguns gargalos para serem resolvidos, especialmente na Sprint, e que sua
carga de dívidas de 11,2 trilhões de ienes (US$ 98,9 bilhões) seja alta em relação aos 2,6 trilhões de ienes (US$
22,6 bilhões) no Ebitda ajustado do ano passado, a SoftBank é uma peça fundamental e que gostaríamos de ter

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em nossa carteira para tentar aproveitar essa corrida tecnológica.

Entretanto, as ações da SoftBank são negociadas apenas em mercados OTC (over the counter – em português,
mercados de balcão), os quais não são regulamentados por não serem mercados de Bolsa, mas, sim, plataformas
onde os trades ocorrem entre duas partes diretamente.

Por conta disso, não estão disponíveis para operação ou negociação pelas corretoras brasileiras. Portanto, caso
você não tenha uma conta aberta em uma corretora norte-americana, não conseguirá montar essa posição.

Cientes disso, pensamos em uma alternativa às ações da SoftBank Group que também permitirá se expor não so-
mente à Uber, mas a todas as demais tecnologias relacionadas à Internet das Coisas. Para fins de monitoramento,
essa sugestão alternativa será a que vai constar na carteira oficial do Money Connection, já que estará acessível a
todos os investidores.

Não há dúvida de que o desenvolvimento de carros autônomos transformará completamente o sistema de trans-
portes, oferecendo veículos sob demanda a milhares de pessoas em apenas 36 segundos e pelo custo de 50 cen-
tavos por milha. Eventualmente, deslocar-se de um ponto a outro se tornará tão barato que muitas pessoas vão
optar por não terem seus próprios veículos, evitando gastos com seguro, gasolina e manutenção.

No entanto, tudo isso será possível apenas por conta de pequenos sensores que serão instalados nos carros, per-
mitindo identificar a presença de outros veículos, faixas, sinalizações e até mesmo pedestres, viabilizando a con-
dução de maneira segura e eliminando um componente que encarece demasiadamente as tarifas: os motoristas.

Melhor ainda, veículos autônomos poderão trabalhar por 24 horas durante os sete dias da semana, otimizando
os ganhos e gerando uma economia da ordem de US$ 5,4 bilhões, que, mais tarde, poderão ser distribuídos entre
os acionistas da empresa em questão.

Além do aspecto econômico, que, sem dúvida, é crucial para a viabilidade de qualquer negócio, não podemos
deixar de mencionar que a tecnologia a bordo dos veículos autônomos também terá capacidade de aprimorar a
maneira como as viagens e o transporte é feito, à medida que for coletando dados e informações acerca do pa-
drão do trânsito, condições das estradas e de outras situações específicas.

Entretanto, para atingir todo o seu potencial, os carros autônomos precisarão encontrar as rotas mais rápidas
com o menor nível de trânsito possível, ou seja, terão que reconhecer e se comunicar com todos os demais veícu-
los, bem como transmitir frequentemente dados e diagnósticos aos fabricantes, para evitar problemas inespera-
dos. Obviamente que, para poder realizar todas essas tarefas, os carros precisarão estar conectados à internet em
tempo INTEGRAL.

Neste momento, estamos à beira de uma nova onda de progresso em que os objetos vão se conectar e interagir
com os outros. E não estamos falando apenas de carros autônomos, mas de tudo o que você pode imaginar, como
sua torradeira, o sistema de alarme e o termostato da sua residência. Cada um desses dispositivos vai trocar e
compartilhar milhões de dados a uma velocidade impressionante, permitindo que tudo seja controlado pelo apa-
relho celular, por exemplo.

Máquinas industriais também estarão conectadas e apontarão automaticamente quais partes ou peças precisam
ser substituídas durante períodos de manutenção em função do desgaste ou uso excessivo, buscando otimizar
a produção, tornando-a mais segura e eficiente. Tudo, sem exceção, será parte integrante dessa nova tendência
denominada Internet das Coisas.

De acordo com a gigante Cisco, mais de 95% do mundo físico ainda está desconectado, isto é, esses dispositivos e
componentes ainda não são capazes de se conectarem à rede. Isso inclui não apenas os nossos carros, mas todo e
qualquer equipamento que utilize bateria ou esteja ligado de alguma maneira. Basicamente, ao contrário dos nossos
celulares, tablets e computadores, todos esses itens estão isolados e sem conectividade com o mundo digital.

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Estamos, portanto, diante de um momento ímpar, pois aproximadamente 50 bilhões de dispositivos – sete vezes a
população mundial – deverão estar conectados à rede nos próximos dois anos. Algo com esse potencial de cresci-
mento somente poderia ser comparado à própria internet e ao processo de massificação que foi observado nas últi-
mas duas décadas, em especial. Trata-se de uma oportunidade de trilhões de dólares que não podemos desperdiçar.

Mas qual é a relação entre a Uber, a Internet das Coisas e a revolução tecnológica da qual estamos falando?

Em suma, essa ponte com o futuro passa necessariamente pela Cypress Semiconductor (Nasdaq: CY), empresa
responsável por fabricar componentes que auxiliam esses dispositivos a se conectarem à internet e que tem uma
posição de destaque nos principais mercados emergentes de tecnologia, que vão desde fábricas inteligentes a car-
ros autônomos como o da Uber, por exemplo.

Um dos momentos chave, que colocou a empresa em evidência, ocorreu em abril de 2016, quando a Cypress
adquiriu a divisão de Internet das Coisas da Broadcom por aproximadamente US$ 550 milhões, elevando instan-
taneamente a empresa à condição de líder mundial em tecnologia wi-fi e radiofrequência. Essencialmente, essas
tecnologias são necessárias para que qualquer dispositivo possa se conectar à internet.

Melhor ainda, essa aquisição também agregou muito valor à extensa plataforma automotiva que a Cypress já
detinha, concentrando esforços nos segmentos de maior crescimento do setor, que, obviamente, incluem o desen-
volvimento de carros autônomos. Ademais, quanto mais empresas como a Uber se esforçarem para desenvolver
esse modelo de transporte, os lucros da Cypress só devem aumentar, o que beneficiará ainda mais os seus acioni-
stas. Nesse sentido, os caminhos estão abertos e sedimentados, afinal, a Cypress é a fornecedora preferida das 25
principais empresas automotivas do mundo, o que evidencia o seu domínio no setor.

Como se isso já não fosse suficiente, a companhia também é a principal fornecedora dos componentes necessários
para deixar sua casa “conectada” à rede e detém 80% do mercado de “gadgets”. Certamente, mesmo sem você
saber, já deve ter tido contato com alguns de seus produtos, que podem ser encontrados nos dispositivos mais
comuns, como Nintendo Switch, Amazon Echo, termostatos Nest, da Google, Apple AirPods, equipamentos de
vigilância, drones, etc.

Consolidando-se cada vez mais, desde 2008, a empresa já pagou mais de US$ 4,7 bilhões aos investidores por
meio de dividendos e programas de recompras – quantia realmente expressiva para uma empresa com valor de
mercado estimado em US$ 5,1 bilhões.

A Cypress também gerou US$ 350 milhões em fluxo de caixa livre em 2017, o suficiente para cobrir o seu gen-
eroso rendimento de 2,86%. Na média, isso representa um retorno 50% maior do que você receberia de uma
empresa listada no S&P 500.

Para completar, atualmente, a Cypress Semiconductor negocia a apenas 11 vezes os lucros – um desconto de
aproximadamente 33% em relação ao S&P 500 – e deve apresentar crescimento 50% maior neste ano, 3,5 vezes
mais rápido do que o mercado global. Tais expectativas são o resultado direto da estratégia da empresa de entrar
com tudo nos segmentos da Internet das Coisas.

Claro que nem tudo é perfeito e, como qualquer empresa, a Cypress também enfrenta riscos potenciais. Se a
adoção de carros inteligentes sofrer alguma restrição, naturalmente haverá uma demanda menor pelos compo-
nentes fornecidos. Da mesma maneira, outras empresas do setor também podem crescer e concorrer diretamente
nesse mercado, forçando a companhia a oferecer descontos, prejudicando suas margens.

Seja como for, independentemente dos riscos inerentes a qualquer empresa, setor ou tecnologia, a Cypress é uma
das poucas empresas de chips que está subvalorizada, é uma grande pagadora de dividendos, tem as contas re-
dondinhas e, acima de tudo, tem um enorme potencial de crescimento.

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Não tenho dúvidas de que a Internet das Coisas será a maior revolução tecnológica desta geração. Com todas as
suas operações totalmente enraizadas nessa tendência, a Cypress Semiconductor é um dos principais meios de se
expor simultaneamente em diversas frentes relacionadas a esse ecossistema, que, embora já seja uma realidade,
poderá movimentar trilhões de dólares num futuro próximo.

Sugerimos a COMPRA de SoftBank Group Corp. (OTC: SFTBY) até o teto de US$ 100 por ação.

Como alternativa para os investidores que não têm acesso aos mercados OTC:

Sugerimos a COMPRA de Cypress Semiconductor Corporation (Nasdaq: CY) até o teto de US$ 19 por ação.

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