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Resumo
O objetivo deste artigo é analisar a relação entre estrutura produtiva e crescimento
econômico nas regiões do Rio Grande do Sul visando identificar a existência de
economias externas locais. O estudo utiliza dados de emprego de nove setores
industriais para um período de onze anos. São realizadas regressões individuais
por setor, em que o crescimento relativo do emprego setorial local é explicado
por indicadores de especialização, diversidade, competição, tamanho médio dos
estabelecimentos e densidade do emprego. As estimações são feitas utilizando dados
em painel. Os resultados apontam para a existência de economias externas locais,
oriundas principalmente da diversificação produtiva.
Abstract
The aim of this paper is to analyze the relationship between production structure
and regional economic growth in the regions of Rio Grande do Sul, in order to identify
the existence of local external economies. The study uses data from employment in
nine sectors of the industry for a period of eleven years. Individual regressions are
carried out by industry, in which the relative growth of the local sectorial employment
is explained by indicators of specialization, diversity, competition, average size of
establishments and employment densities. The estimates are made using panel data.
The results indicate the existence of local external economies, mainly from productive
diversification.
1. Introdução
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Em geral, esses investimentos são atraídos por isenções fiscais sendo que
geralmente é dada prioridade àqueles com maior poder de encadeamento
setorial e/ou que diversifiquem a estrutura produtiva regional.
A partir da década de 1980 um terceiro grupo de modelos começou a ganhar
força, tendo como principal traço em comum a incorporação de economias
externas dinâmicas do tipo marshallianas. Este grupo, segundo Bekele e Jackson
(2006), pode ser dividido em cinco abordagens principais: a Nova Geografia
Econômica; a Escola da Especialização Flexível; os Sistemas de Inovação
Regional; a teoria da Competitividade de Porter; e as teorias de Crescimento
Endógeno. 1
A Nova Geografia Econômica, cujos autores principais são Brian Arthur e
Paul Krugman, incorpora em seus modelos as economias externas tecnológicas,
as pecuniárias e os rendimentos crescentes de escala. Estes modelos consideram
três tipos de externalidades na explicação do processo de localização industrial:
a concentração de mão-de-obra, a oferta de insumos especializados e o
intercâmbio tecnológico. Essas economias externas não explicam como uma
aglomeração produtiva começa, a qual pode ter sido fruto do acaso, mas
conseguem explicar porque ela se auto-reforça de forma cumulativa e
duradoura.
A Escola da Especialização Flexível concentra esforços no entendimento
das transformações ocorridas na esfera produtiva após o modelo fordista de
produção e o surgimento de um novo paradigma tecnológico a partir da década
de 1980. O interesse maior dessa corrente é verificar as repercussões dessas
transformações nas economias regionais e como essas regiões podem tirar
proveito delas para a promoção do seu desenvolvimento.
Os Sistemas de Inovação Regional enfatizam a inovação tecnológica como
sendo a forma mais adequada para se promover o desenvolvimento regional
e local. O pano de fundo dessa ênfase tecnológica é tornar as regiões mais
competitivas e até certo ponto mais autônomas, tornando-as menos vulneráveis
a choques externos, como, por exemplo, o da desintegração vertical de
grandes cadeias produtivas. Na visão dessa abordagem, a criação de ambientes
inovadores possibilita o enraizamento e atualização permanente das atividades
econômicas da região.
A Teoria da Competitividade de Porter tem como foco a aglomeração
industrial e seu impacto sobre o desenvolvimento econômico regional, através
de uma visão de competitividade dos clusters industriais. A prosperidade
econômica regional está ligada à competitividade das firmas formadoras dos
clusters industriais, que, por sua vez, é considerada a fonte de emprego, renda,
e inovação de uma região.
1
Existem outras taxonomias de teorias de crescimento regional, como, por exemplo, Harris (2011).
O autor faz uma revisão dos modelos de crescimento regional que surgiram nos últimos 40 anos e
aponta as características desses modelos classificando-os em três grupos: passado, presente e futuro.
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2. Referencial Teórico
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2
Não é o propósito fazer uma revisão completa da evolução teórica sobre aglomeração econômica
e sim destacar algumas características fundamentais para a compreensão das teorias mais recentes.
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além disso, seus estudos sobre a economia das cidades têm especial relevância
para as novas teorias do crescimento como a de Lucas (1988).
Com as proposições teóricas de Marshall (1890), Ohlin (1933), Hoover (1937,
1948), Isard (1956) e Jacobs (1969) as economias de aglomeração, que levam
à concentração da atividade econômica em determinada localidade, passaram
a ser formalmente classificadas, tanto na sua forma estática quanto na sua
natureza. Desta maneira, as economias de escala, externas à firma e à indústria
em uma região, são chamadas de externalidades de urbanização. Por outro
lado, as economias de escala, externas à firma, mas internas à indústria, são
conhecidas como externalidades de localização. Pode-se, então, dizer que o
primeiro tipo está ligado à diversidade setorial, enquanto que o segundo está
relacionado com a especialização.
Além desta classificação, existe outra importante distinção das
externalidades. Scitovsky (1954) considera duas categorias: as pecuniárias e
as tecnológicas ou não-pecuniárias. As primeiras dizem respeito aos benefícios
econômicos gerados pelas interações de mercado e podem ser mensuradas
pelos mecanismos de preço. Já as tecnológicas dizem respeito às interações de
fora do mercado, mas que são realizadas via processos que afetam diretamente
a função de produção da firma. Estas economias externas são geralmente
associadas aos spillovers de conhecimento e, por característica, muito mais
difíceis de serem identificadas e medidas.
As antigas teorias, especialmente as do segundo grupo, Perroux, Hirschman
e Myrdal, continuam sendo muito usadas como referência na elaboração de
políticas e planos de desenvolvimento regional. No entanto, desde a década
de 1980 elas vêm cedendo espaço para outras teorias, as quais enfatizam as
externalidades locais e regionais.
Dentro das novas teorias e modelos de desenvolvimento regional (terceiro
grupo) há uma grande variedade de visões. Uma boa tentativa de sistematização
foi feita por Bekele e Jackson (2006), os quais fazem uma revisão das principais
abordagens teóricas que tratam do agrupamento das atividades econômicas
e sua relação com o desenvolvimento econômico regional. Eles propõem a
seguinte classificação de abordagens: a Nova Geografia Econômica; a Escola
da Especialização Flexível; os Sistemas de Inovação Regional; a teoria da
Competitividade de Porter; e as teorias de Crescimento Endógeno.
Evidentemente, a teoria relativa ao tema não está estritamente limitada a este
quadro de abordagens. Nem mesmo pode-se dizer que esta é a única tentativa de
sistematização das proposições teóricas, até mesmo em razão da complexidade
do tema e por haver alguma sobreposição de idéias entre elas. Entretanto, esta
parece ser uma classificação adequada, pois consegue contemplar as múltiplas
visões existentes sem cair em um número excessivo de grupos, facilitando a
compreensão das características distintivas entre os grupos.
A proposta da Nova Geografia Econômica (NGE), inspirada nos trabalhos de
Krugman (1991a,b), tem como principais contribuições à teoria da aglomeração
a introdução dos modelos envolvendo retornos crescentes e competição
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3. Metodologia
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região, entende-se que o modelo de efeitos fixos é o mais adequado para esta
pesquisa. Assim, a estimação se dará conforme a representação geral do modelo
(2), seguindo as suas suposições e os pressupostos descritos de exogeneidade
estrita das variáveis explicativas, sendo E(uit |xkit , αi ) = 0. A sua forma
reduzida apresenta a seguinte especificação:
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4
A metodologia adotada, de dados em painel estático, não busca avaliar o timming do impacto
das economias externas sobre o crescimento. Tal análise requer a utilização de um modelo com
painel dinâmico que permita observar a extensão temporal destas externalidades.
5
Acredita-se que a não inclusão de trabalhadores informais não enviesa os resultados porque os
setores escolhidos no estudo, em geral, têm baixo grau de informalidade. Também, embora não se
conheça o comportamento setorial dos dados de trabalhadores informais, entende-se que a sua não
inclusão não implica em diferença significativa de distribuição entre os dados do emprego formal
(distribuição conhecida) e os dados do emprego formal mais informal (distribuição desconhecida).
6
No momento da realização do trabalho, havia informações disponíveis até o ano de 2004. O ideal
seria trabalhar com um período maior, principalmente porque o modelo estimado supõe que fatores
relacionados com a oferta influenciam o crescimento econômico.
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empz,s /empz
espz,s = (4)
emps /emp
onde: empz,s = emprego do setor s na região z; empz = emprego total na
região z; emps = emprego total no setor s no estado; e emp = emprego
total no Estado.
Isto reflete a fração de empregados de uma dada indústria, em uma dada
localidade, em relação à fração de empregados total da indústria sobre o
nível total de emprego. Se o indicador esp calculado for maior do que 1,
então a região z apresenta uma alta participação da indústria s comparada
com a proporção relativa às demais regiões.
b) Indicador de diversidade setorial local
Este indicador reflete a diversidade com que se depara o setor s na região
em questão, e não possui, necessariamente, uma relação negativa com o seu
indicador de especialização local. Segundo a teoria baseada em Glaeser et alii
(1992), Henderson et alii (1995) e Combes (2000), uma relação positiva
entre a diversidade industrial e o crescimento do emprego no setor pode ser
vista como evidência da presença de externalidades de urbanização-Jacobs.
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empz,ssmall /empz,s
compz,s = (6)
empssmall /emps
onde: empz,s = emprego do setor s na região z; emps = emprego total no
setor s no Estado; empz,ssmall = total do emprego no setor s na região z
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empz,s /nbrz,s
tmfz,s = (7)
emps /nbrs
onde: empz,s = emprego do setor s na região z; emps = emprego total no
setor s; nbrz,s = número de estabelecimentos do setor s na região z; nbrs =
número de estabelecimentos do setor s.
e) Indicador de densidade do emprego total
O indicador de densidade do emprego total reflete o tamanho da economia
local e é bastante relevante para captar as diferenças entre as regiões
analisadas. Ele ajuda a explicar se os fatores locais, independente dos
fatores setoriais, têm influencia no crescimento do emprego. Assim como
em trabalhos anteriores, ele representa para o exercício econométrico uma
variável de controle. Nos trabalhos de Glaeser et alii (1992), Henderson
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4. Resultados e Discussão
7
Ver White (1980).
8
Os modelos de crescimento tradicionalmente aceitam que os eventos de longo prazo sejam
explicados pelo lado da oferta, razão pela qual Glaeser et alii (1992) utiliza um período de 30
anos em seu estudo. No artigo analisado, o autor utiliza 11 anos, e variações anuais no crescimento
do emprego setorial. É possível que condições de demanda por trabalho não sejam desprezíveis
nesse contexto, motivada pelo ciclo econômico do setor, linhas de crédito setoriais, concorrência
internacional etc. Tais variáveis omitidas podem enviesar os resultados e comprometer o pressuposto
de identificação do modelo.
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Tabela 2
Resultados das estimações para cada um dos setores selecionados – Variável
dependente: Crescimento relativo do emprego yz,t
Setor Regressores R̄2 DW
log(esp) log(div) log(comp) log(tmf ) log(den)
Fabricação de produtos alimentares e 0,2131* 0,2042*** 0,211 0,442 0,0289** 0,22 1,98
bebidas
-0,0854 -0,1245 -0,1481 -0,1938 -0,0899
Fabricação de produtos têxteis 0,2986** 0,4909*** -0,0372 -0,2508 0,5036** 0,29 1,99
-0,1484 -0,285 -0,1172 -0,214 -0,2172
Confecção de artigos do vestuário e 0,1326*** 0,0234 -0,15 0,3942* 0,2395*** 0,22 1,97
acessórios
-0,0711 -0,1337 -0,1128 -0,1362 -0,137
Preparação de couros e fabricação de -0,5052* 0,9731* 0,1124 0,0921 0,2419 0,22 2,03
artefatos de couro, artigos de viagem e
calçados
-0,1627 -0,3815 -0,1417 -0,2337 -0,2458
Fabricação de produtos de madeira -0,1667** 0,1908*** 0,1644 0,2921*** -0,1897** 0,26 2,04
-0,0796 -0,1119 -0,1476 -0,1794 -0,0836
Edição, impressão e reprodução de -0,3043* 0,2275*** 0,0369 0,0139 -0,2695* 0,19 1,94
gravações
0,0855 0,1289 0,0456 0,1203 0,0869
Fabricação de produtos de minerais não -0,3446* 0,4226** 0,0553 -0,0109 0,0119 0,14 2,03
metálicos
-0,094 -0,1815 -0,0846 -0,12 -0,0956
Fabricação de produtos de metal - -0,4717* 0,5329* -0,0383 -0,0294 0,0324 0,27 2,03
exclusive máquinas e equipamentos
-0,1085 -0,2 -0,1222 -0,24 -0,1406
Fabricação de móveis e indústrias diversas -0,4094** 0,4663*** -0,3481* -0,4562* -0,4520* 0,29 2,04
-0,1663 -0,2511 -0,0847 -0,1559 -0,1157
Fonte: Estimações realizadas pelos autores.
Nota 1: O número total de observações por painel é N = 240, com 10 cross-sections cada.
Nota 2: Os níveis de significâncias são indicados por *, ** e ***, e representam 1%, 5% e 10%,
respectivamente.
Nota 3: Os2 números entre parênteses informam o erro padrão de cada estimativa.
Nota 4: R̄ = R-quadrado ajustado e DW indica o valor da estatística Durbin-Watson.
Nota 5: Todos os painéis apresentam a correção dos erros padrão através do
White Heteroskedasticity-Consistent.
Nota 6: Além destes resultados, a estimação obteve os efeitos fixos para cada região z,
sob forma de intercepto,
capturado pela inclusão das variáveis dummy individuais. Estes resultados estão no Anexo A.
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Idealmente, lidar com a questão relacionada à endogeneidade requer a utilização de estruturas
defasadas de dados e outros instrumentos de controle. Para isso seria necessária a utilização de
uma base de dados com um horizonte de análise maior do que o adotado no presente trabalho.
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5. Conclusões
Referências bibliográficas
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Anexo A
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