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ZONA LESTE
Panorama
Bíblico
ANTIGO TESTAMENTO
1
MODULO 05
PANORAMA DO ANTIGO
TESTAMENTO
2
Conteúdo
Introdução .................................................................................................................................................. 5
O Antigo Testamento ................................................................................................................................. 6
I. EU SOU IMPORTANTE? .......................................................................................................... 7
II. SERÁ QUE DEUS SE IMPORTA? .......................................................................................... 8
III. POR QUE DEUS NÃO AGE? .............................................................................................. 8
INTRODUÇÃO BÍBLICA ........................................................................................................................... 9
I. O QUE É UMA INTRODUÇÃO BÍBLICA? ...................................................................................... 9
II. A SINGULARIDADE HISTÓRICA DA BÍBLIA: .............................................................................. 9
III. A INSPIRAÇÃO DAS ESCRITURAS ............................................................................................ 9
IV. A DOUTRINA DA INSPIRAÇÃO NAS ESCRITURAS: ............................................................ 10
V. DEFININDO A INSPIRAÇÃO: ....................................................................................................... 10
VI. Conceitos Errôneos Sobre a INSPIRAÇÃO: .............................................................................. 11
VI. LEITURAS SUPLEMENTARES: .................................................................................................. 11
O Manuseio da Bíblia. ............................................................................................................................. 12
I. NOMES E SIGNIFICADO: ............................................................................................................... 12
II. MANUSEIO: ...................................................................................................................................... 12
III. DIVISÕES: ....................................................................................................................................... 12
As Versões da Bíblia ............................................................................................................................... 14
Introdução: ............................................................................................................................................ 14
I. Os Idiomas da Bíblia: ....................................................................................................................... 14
II.O Valor de se Conhecer as Línguas Originais: ........................................................................... 15
III. As Versões Antigas: ....................................................................................................................... 15
V. Razões das Diferenças Nas Versões: ......................................................................................... 16
VI. Conclusão:....................................................................................................................................... 17
A Geografia da Palestina: ....................................................................................................................... 18
PANORAMA GERAL DO PENTATEUCO ............................................................................................ 20
Introdução: ............................................................................................................................................ 20
I. A Autoria do Pentateuco: ................................................................................................................. 20
3
II.Análise de Gênesis: .....................................................................................................................21
Implicações do Livro:...................................................................................................................... 22
INTRODUÇÃO AOS LIVROS HISTÓRICOS. ............................................................................. 24
I. Composição: ...................................................................................................................................... 24
II. Autoria: .............................................................................................................................................. 24
III.Divisão Histórica do Período: ....................................................................................................... 24
IV. Divisão Literária do Período........................................................................................................ 25
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PORQUE ESTUDAR ESTE PERÍODO ............................................................................................ 39
AS DIVISÕES DO PERÍODO INTERBÍBLICO. ............................................................................... 39
O FIM DO PERÍODO DO ANTIGO TESTAMENTO E O INÍCIO DO PERÍODO PERSA. ....... 39
AS RESTAURAÇÕES ......................................................................................................................... 40
A participação de Neemias: ............................................................................................................ 40
CARACTERÍSTICAS DO PERÍODO PERSA. ............................................................................... 41
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Introdução
O objetivo desse modulo é proporcionar uma visão panorâmica de todas as
categorias bíblicas sem, porém entrar nos detalhes da análise de cada uma delas.
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O Antigo Testamento
I. EU SOU IMPORTANTE?
“Quando contemplo os teus céus”, diz um salmista (que talvez enxergasse as
coisas como eu) ao admirar as estrelas, “que é o homem, que dele te lembres?”. Cada
livro do Antigo Testamento que analisei gira em torno dessa questão. Sofrendo no Egito,
os Hebreus quase não conseguiam acreditar na confiança que Moises tinha de que o
próprio Deus estava se importando coma causa deles. Os amigos de Jó se riram da
noção absurda de que o ínfimo Jó era importante para o Senhor do universo. O pregador
de Eclesiastes teria formulado a frase de forma mais sarcástica: “Será que existe alguma
coisa debaixo do sol que importe? A vida não é completamente sem sentido?”.
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Os Judeus estavam esperando com temor, não somente com esperança a vinda
do Messias. “Mas que suportará o dia da sua vinda?”, clama o profeta Malaquias em
angustia “Porque ele é como fogo do ourives e como sabão dos lavadeiros”. Se o Senhor
dos Exércitos fizesse uma visita pessoal ao corrupto planeta terra, será que algum de
sus habitantes sobreviveria? Será que a terra sobreviveria? No entanto, como esclarece
Isaias, o Deus que visita a terra não surge num vento violento, nem num fogo devastador.
“A virgem conceberá e dará à luz um filho, e será seu nome Emanuel [que quer dizer
Deus conosco]”. Em vez disso, aparece na forma menor e menos ameaçadora
possível:..um bebe salta do ventre de Maria pra unir ínfimos seres humanos....
Para a pergunta Será que sou importante? Jesus de fato é a resposta.
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intervenções espetaculares e não ouviam palavras novas do Senhor. Será que Deus
tinha se esquecido de ser misericordioso? Tinha tapado os ouvidos aos seus gemidos?
O Antigo Testamento termina com um tom de frustração, de anseios não satisfeitos e de
fraca esperança. Para a pergunta porque Deus não age? Judeus e cristãos têm a
mesma resposta, com uma diferença fundamental. Os judeus crêem que Deus agirá
enviando o Messias. Os cristãos crêem que Deus já agiu enviando o Messias, e agirá
mais uma vez enviando-o de novo, desta vez em poder e glória, não em fraqueza e
humildade.
INTRODUÇÃO BÍBLICA
A Singularidade da Bíblia
a) Conteúdo:
A Bíblia é a revelação escrita do único Deus verdadeiro ao homem.
b) Propósito:
Ela tem por propósito a glorificação do nome de Deus e o anúncio da salvação do homem
por meio do sacrifício substitutivo de Jesus Cristo realizado na Cruz.
Historicidade comprovada:
c)
Autoria Divina – II Tm 3.16,17; Sl 19; Ex 20.
Profecias cumpridas :
1. De Micaías quanto a Josias – c. de 250 anos antes (II Rs).
2. De Isaías quanto a Ciro – c. de 250 anos antes (Is). Quanto ao Messias – C. de 700
anos antes (Is 42; 45; 53; 61 etc.).
3. De Daniel quanto aos impérios mundiais (Dn).
4. De Jeremias quanto ao Cativeiro Babilônico (70 anos). O cumprimento é citado em
Daniel.
5. O Messias – Sl 16; 22; Is 42; 45; 53; 61; Mq 5; Ag 2.
6. O derramamento do Espírito Santo – Ez 36; Jr 33; Jl 2.
Descobertas arqueológicas :
1. Nínive – Bota (1.843) – O trono de Sargão II (Is 20.1). as inscrições contendo o
nome de reis de Israel (Acabe, Onri e Jeú).
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2. Ugarite – (1.929-37) – Os heteus; a poesia dos Salmos. A gramática do Hebraico
do AT.
3. Qunran – Os Manuscritos do Mar Morto (1.948) – A datação dos livros do AT foi
recuada mais
1.000 anos, entre 400 a.C. e 100 d.C.
4. Ebla – (1.964) – 350 tabuinhas de argila – comprovando o período de Abraão.
5. Egito – As cartas de Amarna. Túmulo de uma menina (anos 90) – um manuscrito de
Salmos datado de c. 450 a.C.
1.Unidade Interna
Há uma unidade de propósito e programa marcante, evidenciando a atuação de
uma mente única, a mente de Deus.
4. A Transformação de Vidas .
Através da Bíblia, Deus tem transformado vidas de forma real, clara e definitiva.
O que pode mudar a personalidade ? A conversão cristã é uma incógnita para a
Psicologia.
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IV. A DOUTRINA DA INSPIRAÇÃO NAS ESCRITURAS:
A própria Bíblia reivindica sua INFABILIDADE.
Mt 5.18 – a inspiração abrange mais que pensamentos, até palavras individuais.
Jo 10.35 – “Falhar” = invalidado, colocado de lado, ignorado.
II Tm 3.16 – TODA a escritura É INSPIRADA – Todo o AT e todo o NT.
II Pe 3.16 – Pedro considera os escritos de Paulo inspirados por Deus.
Hb 1.1,2 – Os profetas do AT falaram movidos por Deus.
I Pe 1.10,11 – A intenção de Deus ultrapassava até mesmo o entendimento dos
autores humanos.
II Pe 1.21 – “Movidos” = levados adiante como um navio é levado pelo vento.
Is 8.20 – a palavra escrita é superior a pretensas manifestações espirituais revelatórias
(confira com I Co 14.36).
Sl 19 – A Lei (escrita) é perfeita.
“A Bíblia é infalível quanto à sua verdade, e final quanto à sua
autoridade”(Archer Jr. p.23). O que isso quer dizer ?
a) Que a Bíblia possui exatidão histórica.
Adão e Eva (I Co 11.8,9; I Tm 2.13,14).
Jonas e a baleia ( Mt 12.40).
b) Que a teologia e a ética são inseparáveis.
Rm 5.14-19 depende da veracidade de Adão.
Se há erros históricos, haverá erros doutrinários.
V. DEFININDO A INSPIRAÇÃO:
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O que é a Inspiração:
Num sentido amplo, a inspiração “inclui o processo total por que alguns homens,
movidos pelo Espírito Santo, enunciaram e escreveram palavras emanadas da boca do
Senhor; e, por isso mesmo, palavras dotadas da autoridade divina” 1. Esse processo
contém três elementos:
1. Causalidade Divina. Deus é a fonte originadora da Bíblia.
2. Mediação Profética. “Deus usou personalidades humanas para comunicar
proposições divinas”23. A Bíblia é um livro divino-humano.
3. Autoridade Escrita. A Bíblia é a última palavra em assuntos doutrinários e religiosos.
Para os neo-ortodoxos, Deus usa o texto mesmo cheio de erros e entra num
relacionamento salvador com os homens. Querendo salvaguardar a mensagem das
Escrituras dos ataques à sua historicidade, acabaram por negar a revelação
proposicional das Escrituras (que Deus se revela por meio de palavras formuladas em
sentenças). Segundo eles, a revelação não passa de apenas um encontro direto entre
Deus e o homem através de uma crise existencial. A veracidade do que está escrito não
tem importância histórica, apenas religiosa. São “lendas piedosas”, que Deus usa para
falar a nós.
A grande dificuldade desse ponto de vista é colocar a autoridade das Escrituras num
nível de fé que não se pode averiguar objetivamente. A fé aceita ser inconsistente e
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incoerente, pois a verdadeira base dela fica sendo a subjetividade da experiência pessoal
de cada um.
O Manuseio da Bíblia.
I. NOMES E SIGNIFICADO:
1. Bíblia (ta biblia = livros) = plural de livro (bibloj).
2. Escrituras.
3. Palavra de Deus.
4. A Lei de Deus.
A Bíblia é a Palavra de Deus. Ele falou (e fala) através dos livros que Ele mandou
escrever.
II. MANUSEIO:
Todos os livros da Bíblia são divididos em capítulos e versículos:
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leitura, contudo é bom lembrar que esses auxílios não estão contidos nos textos originais
inspirados.
Exemplos:
Versículo mal dividido: Ef 1.4.
Titulação incorreta:
o I Co 13 – O amor é o dom supremo. Na verdade o amor é fruto do Espírito.
Parágrafo mal dividido: Mt 5.13,14. Sal e luz são assuntos interligados. Essa divisão
pode conduzir a uma interpretação fragmentada pelo leitor desatento.
III. DIVISÕES:
1. Antigo Testamento (AT) = Escrito antes do nascimento de Jesus Cristo.
2. Novo Testamento (NT) = Escrito Após a ressurreição e ascensão de Jesus Cristo. A
palavra testamento significa aliança ou pacto. Não são duas alianças distintas, uma
nova e outra velha, mas uma mesma aliança em duas dispensações distintas. O NT
está escondido no AT e o AT está revelado plenamente no NT. O AT é sombra ou figura
do NT (Hb 8.5; Cl 2.16,17). Veja o gráfico:
Em algumas seitas chamadas de igrejas para-cristãs podem chegar a mais ainda (Ex.
Mórmons – livro de Moroni). Essas diferenças todas têm a ver com livros do AT. No NT
são todas iguais.
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O AT possui 4 divisões principais:
Nº DIVISÃO QUANTIDADE LIVROS
1 Lei ou Pentateuco 5 livros Gênesis, Êxodo, Levítico, Números
e Deuteronômio
2 Históricos Josué, 12 livros Juízes, Rute, I e II Samuel, I e II
Reis, I e II Crônicas, Esdras,
Neemias e Ester.
3 Poéticos 5 livros Jó, Salmos, Provérbios, Eclesiastes
e Cantares
4 Proféticos 17 livros a) Profetas Maiores:
Isaías, Jeremias, Lamentações,
Ezequiel e Daniel.
b) Profetas Menores:
Oséias, Joel, Amós, Obadias, Jonas,
Miquéias, Naum, Habacuque,
Sofonias, Ageu, Zacarias e
Malaquias.
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As Versões da Bíblia
Introdução:
Existem hoje no mercado várias edições da Bíblia. Não é difícil perceber algumas
diferenças nelas. Isso se deve, na maioria dos casos a questões de estilo e tradução.
Nessa aula vamos entender um pouco melhor porque isso acontece.
I. Os Idiomas da Bíblia:
A Bíblia não foi escrita originalmente em Português, mas ela veio até nós por meio de
traduções e revisões dessas traduções. As línguas nas quais a Bíblia foi escrita
originalmente são:
1. O Antigo Testamento: Na sua maioria em HEBRAICO (semítica) e pequenas partes
em ARAMAICO (partes de Esdras, Neemias e Daniel).
O hebraico originalmente era uma língua não vocalizada na escrita. Por isso tornou-
se uma língua morta, ou seja não falada. Somente com o trabalho dos Massoretas, que
vocalizaram a língua é que o hebraico voltou a ser falado. O Alfabeto hebraico:
O Alfabeto grego:
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II. O Valor de se Conhecer as Línguas Originais:
Nenhuma tradução pode substituir o original, principalmente no caso da Bíblia, pois
cremos na inspiração dos originais bíblicos, e não de suas traduções. Os tradutores,
embora cristãos fiéis não são inspirados, mas somente os escritores o foram.
Note o que está escrito no prefácio da edição João Ferreira de Almeida, 2ª edição: “É
certo que toda tradução ou revisão da Bíblia Sagrada, ainda que levada a termo por
íntegros peritos bíblicos, é sempre trabalho humano e, como tal, sujeito a falhas; por
outro lado, no entanto, suscetível de melhoria”. É importante para o cristianismo que suas
Igrejas mantenham uma ligação viva com as Escrituras através do estudo das línguas
originais. Se esse estudo cair em desuso, abrir-se á a porta para todo tipo de
interpretações particulares e heréticas da fé, colocando em risco a comunhão viva que
temos com Deus (Jo 7.17).
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1. Diferenças de significado quanto ao uso dos textos gregos e hebraicos .
Nós não temos os originais (autógrafos = escritos pelos próprios autores bíblicos)
mas apenas cópias. Com o passar dos anos muitas cópias foram feitas e, como eram
feitas à mão,começaram a surgir as variantes (expressões diferentes nos manuscritos).
Só do NT, existem mais de 5.000 manuscritos. Esses manuscritos foram
estudados e catalogados, produzindo alguns textos completos que são utilizados para
tradução: Exemplos: A LXX, o TM para o AT. O Texto Recebido (Receptus), o Texto do
Vaticano, o Texto Majoritário (Bizantino).
Lembre-se de que:
Embora hajam diferenças nos manuscritos, elas não atingem nenhuma doutrina
básica das Escrituras.
Muitos manuscritos continuam sendo achados e catalogados para estudo.
Ex.: O Códice Alepo, encontrado em 1.947, na Síria. Os Manuscritos do Mar
Morto, cerca de 200 manuscritos hebraicos encontrados em Israel de 1.948-1.956.
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6. Mudança na forma a fim de tornar o texto mais natural em Português .
Algumas expressões podem não soar muito bem em outra língua, e por isso algumas
versões as modificam a fim da tradução ficar mais natural e bonita. Ex.: Cão, filho de
Noé: revisado na ARA para Cam.
VI. Conclusão:
As novas versões são sempre bem vindas, desde que expressem o sentido original do
texto bíblico, numa linguagem acessível, mas fiel ao original.
Existem cerca de 5.500 línguas faladas no mundo de hoje. Cerca de 260 têm a Bíblia
completa. 300 têm somente o NT. Aproximadamente 1.000 têm apenas porções
traduzidas e cerca de 3.000 a 3.200 não têm nada da Bíblia em sua língua.
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A Geografia da Palestina:
A Palestina se divide naturalmente em quatro áreas:
Planície Marítima Região Vale do Jordão Platô Oriental
Montanhosa
Área costeira ao Entre o vale do Corta a palestina · Engloba a
Mediterrâneo. Três Jordão e a Planície de Norte a sul a Transjordânia.
divisões: Marítima.Três partir do Monte · Quatro divisões:
1. Planície do Aco divisões: Hermon. · Suas 1. Basã . Sul do
(Acre). Norte do 1. Galiléia – norte. águas formam o Hermon até o Rio
Monte Carmelo. · Vale de Jezreel Mar da Galiléia ao Jarmuque. 2.
2. Planície de ou Esdrelom norte e deságuam Gileade . Rio
Sarom . Sul do (oriente) e o Vale no Mar Morto ao Jaboque. 3. Amom .
Carmelo. de Megido sul (389 m. Nordeste do Mar
3. Planície da (ocidente). abaixo do nível do Morto.
Filístia 2. Samaria – centro. mar). 4. Moabe . Leste do
· Região montanhosa. · Ao sul está o Mar
3. Judéia – sul. deserto de Arabá. Morto, sul do Rio
· Terras Altas – Arnom.
norte. · Sefelá
(terras baixas) – sul.
· Deserto do
Neguebe.
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Principais Planícies:
Planície Marítima ou da Filístia. Nela ficavam as cinco cidades dos filisteus (Gaza,
Ecrom, Azoto, Ascalom e Gate);
Planície da Fenícia: Entre Tiro e Sidom.
Planície de Sarom; Entre o Monte Carmelo e Jope (I Cr 27.29; Ct 2.1,2).
Planície do Acre (Jesreel ou Esdraelon): Entre os montes de Samaria e Galiléia (Js
17.16; Jz 1.31; 6.33) . Muitas batalhas importantes aconteceram ali: Gideão venceu
os midianitas (Jz 6.33; 7.1); a derrota de Sísera (Jz 4); Morte de Saul e seus filhos (I
Sm 31); Morte de rei Josias (II Rs 23); vitória de Jeú sobre Acabe (II Rs 10). Planície
do Sefelá (terras baixas): Entre a Planície da Filístia e as montanhas de Judá. “É uma
região politicamente estratégica e economicamente importante” .
Principais Planaltos:
Planalto de Basã: Sl 22.12, 68.15, Ez 39.18.
Planalto de Gileade: Jr 8.22. Na época do NT é conhecido como Peréia.
Principais Montes:
Líbano: 3060 m. (I rs 5.1,6,9,13-15,18). De lá foi tirada a madeira de cedro para a
construção do templo de Salomão.
Tabor: Js 19.22, Jz 4.6,14.
Carmelo: è citado 21 vezes no AT. Lugar onde Elias confrontou os profetas de Baal (I
Rs 18.17-40).
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Ebal (924 m.) e Gerizim (853 m.): Dt 11.29. situados na Samaria e separados por um
pequeno vale.
Sião (800 m.): Leste de Jerusalém. Citado 151 vezes na Bíblia. Sl 48.2.
Moriá (744 m.): monte do templo de Salomão (II Cr 3.1). Fica a leste do Monte Sião.
Hermom: Jz 3.3; I Cr 5.23; Sl 133.3. O rio Jordão nasce entre as suas cordilheiras.
Principais Rios:
Jordão (“declive” ou “o que desce”): Principal rio da Palestina, divide-a em duas partes
distintas: Canaã e Transjordânia. Tem três trechos distintos: (1) Da nascente ao Lago
Merom. Profundidade de 3 a 4 m. (2) Do Lago Merom ao Mar da Galiléia.
Profundidade de 8 a 15 m. (3) Do Mar da Galiléia ao Mar Morto. Região de muitas
corredeiras. Percirre uma distância de 117 Km, atingindo 25 a 35 m. de largura e
somente 1 a 4 m. de profundidade.
Quisom: O mais importante depois do Jordão (Jz 5.21; I Rs 18.40). nasce das
torrentes do Monte Gilboa e do Tabor.
Soreque: nasce a sudoeste de Jerusalém e desemboca entre Jope e Ascalom (Jz
16.4). Seu vale é famoso por seus vinhedos (Jz 14.1-5).
Besor: deságua ao sul de Gaza (I Sm 30.9,10).
Principais Desertos:
Neguebe: Sl 126.4. Fica ao sul da Palestina.
Deserto da Judéia: Jz 1.16, Mt 3.1.
Jericó: Lc 10.30-35.
Principais Estradas:
Real: Mencionada em Nm 20.17; 21.22.
Via Maris: saía de Damasco em direção a Ptolemaida no Mediterrâneo.
Estrada do Centro: Eram duas estradas que saiam de Jerusalém, uma para o norte e
outra para o sul. A estrada do sul se bifurcava, indo um ramal para Gaza (Filipe
evangelizou o eunuco nessa estrada) e o outro para Berseba.
Estrada da Costa: saía do delta do Nilo no Egito e seguia por uma região deserta por
120 Km até chegar no Mediterrâneo. É chamada do “caminho dos filisteus” em Ex
13.17.
Estrada do Leste: saía de Jerusalém em direção a Damasco pelo caminho de Betânia.
Nessa estrada, Paulo foi encontrado por Cristo (At 9).
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PANORAMA GERAL DO PENTATEUCO
Introdução:
O Pentateuco diz respeito aos primeiros cinco livros da Bíblia atribuídos a Moisés (Gn,
Ex, Lv, Nm, Dt). A palavra significa literalmente “livro de cinco volumes”. É designado no
TM como “a Lei – hattôrâ”.
Embora não possamos afirmar categoricamente que todas estas referências e outras mais
sejam explícitas ao Pentateuco é difícil fazer tal ligação.
O termo Pentateuco foi utilizado a primeira vez por Orígenes em seu comentário de Jo
4.25 “do Pentateuco de Moisés”; e Tertuliano em sua obra “Contra Márcion 1.10”.
I. A Autoria do Pentateuco:
Há evidência Bíblica suficiente para crermos que Moisés foi o autor humano do
Pentateuco. Isso não quer dizer que Moisés tenha escrito cada palavra como temos hoje,
mas que é seu autor fundamental e real. É possível que Moisés tenha se utilizado de
fontes anteriores e que revisões posteriores tenham ocorrido debaixo da inspiração do
Espírito Santo, atualizando informações geográficas e históricas para facilitar sua leitura
e entendimento.
a. No próprio Pentateuco: Ex 17.14, 24.4-8, 34.27; Nm 33.1,2; Dt 31.9,22 e ainda Dt 1.1,5.
b. No restante do AT: Josué está repleto (8.31,32,34;11.15,20; 14.2; 21.2, 22.5,9; 23.6
dentre outras); Jz 3.4, I Rs 2.3; II Rs 14.6; II Rs 21.8; Ed 6.18; II Cr 34.14; Dn 9.11-13.
c. No NT: Mt 10.5; Mt 19.8; Mc 1.44; Lc 5.14; At 3.22; Rm 10.5-9; I Co 9.9; Ap 15.3.
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LIVRO AUTOR DATA AÇÃO VERSO TEMA DIVISÃO
CHAVE
GÊNESIS Moisés 1.445 4.004 a 1.1 Os Primórdios.
1.805 princípios. Patriarcas.
a.C. Providência.
ÊXODO Moisés 1.444 1.525 a 3.10 Libertação Libertação.
1.444 pelo sangue. Locomoção.
a.C. Legislação.
LEVÍTICO Moisés 1.444 1.444 19.2 Santidade. Sacrifício.
a.C. Sacerdócio.
Saúde.
Separação.
Solenidade.
NÚMEROS Moisés 1.445 1.444 a 33.1 Peregrinação Sinai.
1.405 Sinai a Cades.
a.C A Moabe.
DEUTERONÔMIO Moisés 1.445 1.405 12.1 Obediência. Recorda !
a.C. Obedece!
Informações Gerais:
a) Nome, Autoria e Data:
Na Torá (TM): Bereshit – “No Princípio”. Na LXX: Genesij (Gênesis – origem, fonte,
geração). Autor e data: Moisés, cerca de 1.450 a.C.
b) Propósito:
Fornecer um breve sumário da história da revelação divina, desde o princípio até
que os israelitas foram levados para o Egito e estavam prontos para se tornarem
uma nação teocrática. c) Esboços:
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• Os dias são literais – 24 horas.
A Queda:
O pecado da queda foi a desobediência motivada por um desejo de tornar-se como Deus.
“Deus proveu peles de animais para lhes servirem de vestes, o que envolveu o abate de
animais, em favor do homem pecaminoso” .
Dilúvio:
Medida da Arca. Tomando-se o côvado como 46 cm = !37 m. (comprimento) / 22,5 m.
(largura) e 13,5 m. (altura). Deslocamento de água de 50 mil toneladas.
Novo Começo:
Terminado o dilúvio, começam as oferendas sacrificiais. Deus estabelece a pena de morte
para o homicídio e estabeleceu o arco-íris como promessa de mais destruir a terra com
dilúvio.
Destaque para a construção da torre de Babel, quando Deus confundiu as línguas para
que o povo se dispersasse pelo mundo.
A Era Patriarcal:
A narrativa desse período está contida em Gênesis 12-50. Novas descobertas
arqueológicas (Mari, Nuzi e Ugarite) têm trazido luz para esse período. O mundo
patriarcal está identificado com o “Crescente Fértil” (Mesopotâmia, Palestina e Egito).Sua
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história está associada aos desenvolvimentos dos Sumérios e acadianos na
Mesopotâmia e dos Egípcios no Egito.
Implicações do Livro:
Gênesis questiona:
1. O ateísmo – Existe um Deus que é criador de tudo.
2. O Panteísmo – Deus, embora imanente (presente na criação), é transcendente a
ela (é separado da criação). Deus não é a criação, a natureza.
3. O politeísmo – Existe apenas um Deus, que é o SENHOR (Javé).
4. O Deísmo – Esse Deus intervêm na história da sua criação e a governa.
5. O materialismo – Deus não é a matéria, mas o seu criador (Ex nihilo – do nada).
A queda do homem explica:
1. A miséria do homem.
2. O vazio existencial do homem (quem sou? Donde vim ? Para onde vou ?).
3. A perdição e corrupção humana.
4. A existência da morte.
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INTRODUÇÃO AOS LIVROS HISTÓRICOS.
I. Composição:
Os livros históricos compreendem doze livros, que vão de Josué a Ester. A organização
do TM segue uma linha diferente. Diferem do Pentateuco quanto à sua ênfase. O
Pentateuco traça a história redentora da criação à morte de Moisés, destacando à aliança
da Lei e aos alicerces legislativos de Israel como povo da aliança. Os livros históricos,
por outro lado demonstram o movimento histórico de Israel na Palestina na sua
obediência ou não à Lei e à aliança divina.
II. Autoria:
Os livros históricos têm em sua maioria autoria anônima, porém certamente foram
compilados por: Josué, Samuel, Jeremias e Esdras. Também haviam cronistas que eram
oficialmente encarregados de relatar os fatos históricos para registro oficial; além do que,
há outros escritores que narraram histórias específicas.
Davi = Samuel, Natã e Gade (I Cr 29.29).
Salomão = Natã, Aías e Ido (II Cr 9.29).
Roboão = Semaías e Ido (II Cr 12.15).
Baruque era o escrivão de Jeremias. Outros documentos históricos, não
inspirados, foram utilizados como fonte (Js 10.13 – O livro dos Justos. I Rs – A
História dos Reis de Israel e Judá).
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III. Divisão Histórica do Período:
ESDRA 537 – 458 Reconstrução do templo e reforma do O Novo Império Persa. Retorno dos
S culto exilados
NEEMIA 445 – 430 Reconstrução dos muros de A boa vontade dos governos persas
S Jerusalém e restabelecimento de permitem uma relativa paz.
um governo limitado.
ESTER 483 - 473 Deus é providente para com seu povo A Pérsia governa da Índia ao
mesmo longe da terra prometida. Helesponto.
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V. Auxílios Gráficos:
1. Livros do AT, Conheça Melhor o AT, Stanley A. Ellisen, p.10.
2. Os Livros Históricos - Mapas, Gráficos, Cronologias e Ilustrações, p.22.
I. O Livro de Josué.
1. Nome, Autoria e Data:
TM = Ieshuá ( u w h y ) – Josué = Deus é salvação. LXX = Ihsouj – Josué.
Provavelmente foi escrito pelo próprio Josué (Js 24.26) entre 1.406 – 1.380 a.C.
3. Esboço Básico:
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2. Tema.
O tema é “Opressão e Livramento”. 7 apostasias; 7 opressões e 7 livramentos. O livro
narra os fracassos de Israel por causa da transigência (conformação).
Verso chave: 17.6 ou 21.25 – “Naqueles dias não havia rei em Israel; Cada um fazia o
que achava mais reto”.
3. O Perfil dos Juízes:
I Co 1.26-31: “Deus escolheu ... aquelas (coisas) que não são para reduzir a nada
as que são...”. Mas o Senhor ... (3.10; 6.11-34; 11.29; 14.19 ...).
Eúde Canhoto
Sangar Arma insignificante (queixo de
boi).
Débora Uma mulher
Gideão Medroso
Jefté Filho de uma prostituta
Jair Polígamo
Sansão Polígamo
4. A Explicação da Decadência.
Eles não expulsaram os inimigos como Deus ordenara, mas se conformaram com o
que já tinham conquistado e se acomodaram satisfeitos, perdendo o ânimo para
completar a obra (1.19,21,27,2931,33,34).
Há um padrão notável na narrativa de Juízes:
PECADO LIVRAMENTO
CASTIGO SUPLICA
5. Teologia.
1. Deus é Justo. Uma nação que abandona o Senhor, rebaixa e compromete os seus
padrões, não pode Esperar a benção de Deus.
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2. Deus é Soberano. Ele não depende do poder humano para atuar, mas humilha-o
utilizando-se de Instrumentos desprezíveis a seus olhos. A vitória é sempre de Deus
no final!
3. Deus é magnânimo e Cheio de Graça. “A paciência de Deus e a maravilhosa
possibilidade de um novo começo, mediante Sua graça faz ressoar uma nota alegre
neste livro” (Cundall & Morris).
4. A Fé é Importante. Os Juízes não tinham grandezas morais que nos inspire, mas
notamos que há neles um tipo de fé que coopera com Deus, através da qual Ele revela
o seu poder (Hb 11.32,33).
3. Mensagens.
1. As circunstâncias não criam e nem destroem os crentes.
2. A fé é o segredo ou o teste do verdadeiro discípulo.
3. A pessoa que confia em Deus torna-se um instrumento nas Suas mãos.
4. Teologia.
1. Deus acolhe não israelitas na aliança. “Rute, a moabita”.
2. A benevolência é o estilo de vida correto para o povo de Deus. Rute nos mostra de
modo prático o que o estilo de vida hesed (Benevolência - dispor-se a ir “além da
obrigação”).
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1. Ser um parente de sangue Cristo se aparentou com a raça humana
por meio de um nascimento virginal.
2. Possuir o valor necessário para Só Cristo possuía o mérito suficiente para
adquirir a Herança perdida. pagar o preço em prol dos pecadores.
3. Dispor-se a resgatar a herança Cristo entregou sua vida livremente.
perdida.
4. Dispor-se a casar-se com a esposa Tipifica o relacionamento de noivo e noiva
do parente falecido. entre Cristo e a Igreja.
5. Esboço Básico.
A Vida de Rute, a Moabita.
http://www.fatheralexander.org/booklets/portuguese/biblia_sept_3.htm
1044 Saul
1011 Davi Natã
971 Salomão
JUDÁ ISRAEL
931 Roboão Aías Jeroboão Rezom
Abias Semaías
Asa Ido
Nadabe
909 Aazarias / Baasa
Hanani
Jeú Elá
(Zinri)
885 Josafá Elias Onri Ben-Hadade
Micaías (Tibni) Assurnasirpal
Eliezer Acabe
Jorão Eliseu Acazias
Acazias Joiada Jorão
Atalia Salmaneser III
9
841 Joás Zacarias Jeú Hazael
Amazias
Azarias Jonas Jeocaz Ben-Hadade
Oséias Jeoás
Amós Jeroboão II
752 Zacarias
Jotão Salum
Isaías Menaém Tiglate-Pileser III Rezim
Salmaneser V
Acaz Odede Pecaías Sargão II
Peca Senaqueribe
Oséias Esaradom
Assurbanípal
722 Ezequias Miquéias Queda de
Samaria
Manassés Babilônia
Amom Nabopolassar
Josias Nabucodonosor
Jeocaz Jeremias
640 Jeoaquim Hulda
Joaquim
Zedequias
(Ezequiel)
586 Queda de (Daniel)
Jerusalém
O Ministério Profético
Introdução:
O TM divide os profetas em Profetas Anteriores (Josué, Juízes, Samuel e Reis) e os
Profetas Posteriores, que são os profetas propriamente ditos, indo do livro de Isaías até
Malaquias. Estes, por sua vez, são divididos em Profetas Maiores (Isaías a Ezequiel) e
Profetas Menores (Os doze). Essa subdivisão está baseada unicamente no tamanho dos
livros.
Nessa aula vamos tratar mais especificamente do movimento profético de Israel, uma
vez que é tema de grande importância e debate nos dias atuais. Nossa intenção é refletir
sobre sua importância para o AT.
10
a travessia do Mar Vermelho, a Serpente de Bronze, ambos com significado profético
para o NT.
As ordenanças do Tabernáculo e do sacerdócio também estão repletos de significados
proféticos por causa das tipificações. Num sentido mais específico, o termo é utilizado
para referir-se “aos discursos de homens especialmente escolhidos e ungidos para
ocupar o ofício profético” .
Contudo, é preciso deixar claro, que nem todos os profetas do AT foram escritores
Os escritos proféticos que temos são aqueles que o Espírito Santo preservou por causa
de suas implicações para o futuro, em relação àquela época e também com relação à
nossa época.
O profeta também podia ser chamado de “homem de Deus” (‘ish Elõhim), ressaltando o
grau de intimidade do profeta com Deus.
Uma passagem importante na definição desses termos é I Samuel 9.9, onde é dito
claramente que houve mudança no uso dos termos profeta e vidente.
11
4. Selar a qualidade autorizada da mensagem de Deus, quando a profecia se
cumpria de maneira objetivamente averiguável. O que o profeta falasse quanto ao futuro
deveria se cumprir do jeito que dissera (Dt 18). Isso era aplicável tanto às profecias de
cumprimento breve, quanto às de longo alcance. Alguns fundamentos são importantes22:
1º. Para exercer a devida responsabilidade moral no presente é preciso estar consciente
do futuro. A predição não implicava apenas em saber sobre o futuro, mas saber por causa
do plano que Deus está executando e do qual a nação fazia parte. A visão de bênçãos
ou maldições futuras apelava para que no presente se andasse na luz.
2º. Os profetas falavam em nome de Deus e não de si mesmos.
3º. A predição está ligada à essência do ministério profético (Dt 18.9). Israel foi advertido
não somente sobre as abominações dos cananeus, mas também sobre as suas
adivinhações.
Assim sendo, o profeta que falasse em nome do senhor deveria ser julgado através da
exatidão de suas predições (Dt 18.22).
12
V. A Mensagem Profética:
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INTRODUÇÃO AOS PROFETAS MENORES
Os profetas eram porta vozes de Deus ao seu povo, para fazê-lo cumprir a aliança,
relembrando o povo do seu compromisso diante de Deus. Ressaltavam as bênçãos
decorrentes da obediência e os castigos da desobediência como selo da soberania
Divina.
Invariavelmente, sua mensagem era marcada por:
1) Confrontação do pecado.
2) Chamada ao arrependimento.
3) Convite para se voltar para Deus.
Atestavam que “uma fé salvadora incluía uma vida santificada”.
Como vimos antes, a mensagem profética não visava apresentar uma mensagem voltada
somente para a revelação do futuro (embora isso acontecia), antes almejavam o retorno
da nação à obediência à Lei de Deus, a fim de viver em comunhão com Ele.
Na boca dos profetas “Deus falou na história e acerca da história”, por isso, “o
conhecimento das condições sócio-econômicas, políticas e religiosas da época dos
profetas é indispensável à compreensão da mensagem profética” . Os profetas queriam
falar em prol de Deus aos seus contemporâneos.
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Ageu Festivo 538 Judá A glória 2.9
do
Senhor
Zacarias Yaweh se 538 Judá Não por 4.6
Lembrou força
Malaquias Mensagem 538 Judá O anjo da 3.1
de Yaweh aliança
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A POESIA HEBRAICA
Introdução:
A poesia bíblica não está limitada aos livros poéticos do AT, mas uma boa parte dos
outros livros, também se apresentam na forma poética ou contém textos poéticos,
especialmente os livros proféticos.
É preciso estar consciente de que “a poesia apela mais à imaginação e à emoção que à
razão ”, portanto, o entendimento da forma determinará, até certo ponto, a interpretação
da mensagem. Também é preciso estar cônscio do fato de que a poesia Bíblia é realista,
pois dá testemunho de experiências reais, acontecidas na vida de seus autores.
I. A Poesia Hebraica:
A poesia hebraica é lírica por definição, podendo ser classificada nos seguintes termos:
Shir: Com ou sem instrumento acompanhante. Mizmôr: Salmo ou hino (acompanhada
com instrumentos). Qinäh:
Elegia ou lamento. Tehillâ: Hino de louvor. Mãshãl: Provérbio ou “cântico
satírico”. Os salmos são a maior coleção de poesia hebraica conhecida.
16
c) Sintético: No paralelismo sintético a segunda linha especifica ou completa a
primeira. Hubbard o chama de “Paralelismo de Especificação”, enquanto que Archer diz
que pode se chamar também de “Construtivo”, subdividindo-o em três categorias: De
completação (Sl 2.6); de comparação (Pv 15.17) e de raciocínio (Pv 26.4).Exemplos:
Outra forma da poesia hebraica digna de nota é o Acróstico; Aplicado como ajuda
mnemônica, onde cada letra do alfabeto hebraico encabeça um dos versos. Seus
exemplos mais conhecidos são o Salmo 119, organizado no padrão 8 X 1, e
Lamentações 3, organizado no padrão 3 X 1.
Na Seqüência Numérica, acontece o padrão (x, x + 1). Seu efeito literário é destacar um
item crucial, específico; “a gota que fez o copo transbordar” . Exemplos:
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A QUESTÃO DOS APÓCRIFOS
I. Definição:
O termo apócrifo quer dizer “oculto”, sendo um termo técnico aplicado à relação de um
certo grupo de livros para com o Cânon do AT. Estes livros não foram aprovados, mas
são importantes para auxiliar-nos na compreensão do contexto do período
intertestamentário. Os apócrifos dizem respeito aos livros constantes em manuscritos da
Septuaginta, bem como a outros lendários, históricos e teológicos, muitos escritos
originalmente em hebraico e aramaico e posteriormente traduzidos para o grego, que é
a forma nas quais chegaram até nós.
Sua posição diante da Igreja Cristã era meio ambígua, até o séc. XVI, quando o Concílio
de Trento (instalado em 1545), incluiu alguns deles no cânon Católico Romano.
Os que constam nas versões católicas são:
I e II Macabeus, Baruque, Eclesiástico, Sabedoria, Judite, Tobias. Acréscimos a Daniel
(Bel e o Dragão, Suzana, Cântico dos Três Jovens e a Oração de azarias), Acréscimos
a Esdras ( O Debate dos Três Jovens – entre 3.1 – 5.6) e Acréscimos a Ester (6
passagens).
II. Canonicidade:
Os principais argumentos em favor da inclusão dos Apócrifos no Cânon do AT estão
relacionados com a autoridade atribuída aos manuscritos da LXX.
Observamos, porém, que os Targuns aramaicos e a Pesita siríaca e os grandes unciais
do quarto e quinto séculos não contém os Apócrifos em seus manuscritos, mas somente
a LXX. Mesmo na LXX sua presença é incerta.
Defende-se um “Cânon Alexandrino” paralelo ao “Palestiniano”, contudo é certo que nem
todos os livros da LXX eram considerados canônicos entre os cristãos de fala grega. Filo
de Alexandria era contrário à sua inclusão.
Apela-se às citações que o NT faz do AT, usando a LXX, mas percebe-se que nenhum
Apócrifo é citado. Também é importante colocar que a mera citação não atesta a
inspiração, visto que livros pagãos ( At 17.28 - Phaenomena de Arato; I Co 15.33 – Thaís
de Menander) e até Pseudoepígrafos também são citados ( Jd 14,15 - I Enoque).
Pelo quadro acima, percebe-se que até mesmo entre os três manuscritos mais antigos
da LXX há incerteza quanto à canonicidade dos Apócrifos.
Outro argumento são as citações dos Apócrifos feitas por alguns dos Pais Apostólicos.
18
Contudo, a mera citação não garante que defendiam sua canonicidade. I Clemente, a
Epístola de Barnabé e Agostinho de Hipona os defendiam. Agostinho de uma forma um
tanto ambígua, ora defendendo, ora depreciando. Atanásio e o próprio Jerônimo eram
contrários à inclusão. Os Apócrifos recebem um tratamento contrário em muitos
documentos importantes:
1) Contra Apionem 1.8 de Josefo : “Desde Artaxerxes até nossos dias, tudo tem
sido registrado, mas não tem sido considerado digno de tento crédito quanto aquilo que
precedeu esta época”.
2) Prólogo Galeatus de Jerônimo : “Este prólogo, pode ser aplicado a todos os livro
que traduzimos do Hebraico para o Latim, de tal maneira que possamos saber que tudo
que é separado destes deve ser colocado entre os apócrifos. Portanto, a Sabedoria
comumente chamada de Salomão, o livro de Jesus bem Siraque, e Judite e Tobias e o
pastor (supõem-se ser o de Hermas) não fazem parte do Cânon... e assim, da mesma
maneira pela qual a Igreja lê Judite, Tobias e Macabeus (no culto público) mas não os
recebe entre as Escrituras canônicas, assim também sejam estes dois (Sabedoria e
Eclesiástico {?}) úteis para a edificação do povo, mas não para estabelecer as doutrinas
da Igreja”.
4) História Eclesiástica de Eusébio de Cesaréia : Cita em VI.25 uma lista feita por
Orígenes de Alexandria, onde com a exceção da aparente inclusão da Epístola de
Jeremias é igual à de Josefo. Um fato interessante é que a Igreja grega, em 1672, reduziu
a quatro o número dos Apócrifos reconhecidos por ela ( Eclesiástico, Sabedoria, Tobias
e Judite).
19
11. Origem e destinos estranhos da alma: Sb 8.19,20.
12. A sabedoria salva: Sb 9.18.
20
PERÍODO INTERBÍBLICO
Hist. Gentios - Referem-se apenas superficialmente aos assuntos judeus daqueles dias,
provavelmente por não apreciarem o povo da aliança e devido a sua incapacidade para
avaliar corretamente os aspectos espirituais dos conflitos entre os judeus e os povos
idólatras.
21
O FIM DO PERÍODO DO ANTIGO TESTAMENTO E O INÍCIO DO PERÍODO PERSA.
Já em 597 AC. Nabucodonosor tinha colocado fim ao Estado judaico onde o rei Joaquim
e os principais tinham sido levados cativos 2Rs. 24:10-17. Nabucodonosor nomeou
Matanias, em lugar de Joaquim, seu tio, e lhe mudou o nome para Zedequias. Judéia
ficou como um reino tributário.
Em 590 Zedequias tenta aliar-se ao Egito, mas Nabucodonosor novamente sitia a cidade
até ser tomada totalmente e ser destruída, e o seu templo profanado (Jr:39:4-10).
RESTAURAÇÕES
A queda da Babilônia deu-se aproximadamente em 538 AC. Ciro rei da Pérsia tomou-a
por meio do estratagema de afastar as águas do Eufrates que passavam pela cidade.
Ciro publicou um decreto (536AC) que autorizava os judeus voltarem a sua pátria com
os despojos do seu templo e a sua reconstrução seria financiada pelo tesouro real
(Ed:6:1-5). Nesta primeira leva nem todos voltaram, alguns preferiram ficar com os seus
negócios. Cerca de 50.000 exilados voltaram, principalmente das tribos de Judá,
Benjamim e Leví sob a direção de Zorobabel. Começaram com a reconstrução do templo
e o povo que tinha ficado na terra fez oposição para retardar a reconstrução (Ed:1:3,5-
11 e 4:1-5). Nada mais se fez durante quase 20 anos embora que tiveram prosperidade
(Ag:1-4).
Sob a pregação de Ageu e Zacarias (Ed:5:1-2) a obra foi recomeçada, havendo oposição
mas os judeus apelaram para Dario Ed:6:1-15 ficando pronto em 516 AC.
Em 446 AC (Ne:2:1) Neemias dirige-se ao rei ao ser informado da situação das muralhas
de Jerusalém (parece ter sido uma recente devastação e não algo que ocorreu a um
século meio antes)
22
A participação de Neemias:
c) Foi renovado o conhecimento da lei sob a direção do escriba Esdras, que leu e
interpretou as Escrituras (Ne:8:2,7,8; 8:9,13-18)
d) Fazia aplicação rigorosa dos princípios da Lei. O culto do templo foi renovado e as
contribuições para o sustento foram exigidas. Os casamentos mistos proibidos
(Ne:10:30), a quebra do sábado condenada (10:31) e foi estabelecida a administração
regular dos dízimos (Ne:12:44).
e) Estas reformas deixaram efeitos perduráveis até o tempo dos Macabeus, criando um
povo fiel a Deus que resistiu ao paganismo.
A forma sacerdotal do governo judeu foi respeitada e sumo sacerdote recebeu ainda
maior poder civil além de seus ofícios religiosos, embora tivesse de, naturalmente,
prestar contas ao governador persa da Síria.
Em 2Reis 17:24-4, lemos que bem antes, em 721 AC, depois destruir o reino das dez
tribos de Israel e dispersar os israelitas através das cidades dos medos, o rei da Assíria
repovoou as cidades de Israel com um povo misto que veio a ser chamado de
“samaritanos”, seu território sendo conhecido como Samaria, o nome da cidade principal,
ex-capital de Israel.
23
O PERÍODO GREGO
Assim com Daniel tinha profetizado (Dn:8:1-7 “chifre notável”), o império persa caiu
perante o rei da Grécia. Este era Alexandre o Grande. Ele expandiu o helenismo com
maior ímpeto já que praticamente se tornou o senhor do antigo oriente médio.
O idioma grego se tornou a língua franca, foi a língua que foi usada no comércio e na
diplomacia. Ao se aproximar a época do Novo Testamento, o grego era a língua
comumente falada nas ruas de Roma, onde o proletariado indígena falava latim, mas
onde os escravos libertos falavam gregos.
Alexandre o Grande fundou setenta cidades moldando-as ao estilo grego. Ele e os seus
soldados se casaram com mulheres orientais misturando as culturas grega e oriental.
Com a morte de Alexandre o império se divide em quatro partes, governadas pelos quatro
generais de Alexandre (Ptolomeu, Lisímaco, Cassandro e Seleno, Cf. Dn:8:21-22). As
partes que influenciam o pano de fundo do Nono Testamento são: Ptolomeu( os
Ptolomeus) e Seleno ou Seleuco (os Seleucidas). O primeiro centralizava-se no Egito,
tendo Alexandria como capital. Os seleucidas tinham por centro a Síria e Antioquia era a
sua capital. Espremida entre o Egito e a Síria, a Palestina tornou-se vítima da rivalidade
destes dois.
24
A PALESTINA SOB O DOMÍNIO DOS PTOLOMEUS (PERÍODO EGÍPCIO)
Apesar das vantagens do povo judeu, este era um povo relativamente pobre, pagava
um
imposto baixo, pois as guerras constantes tinham empobrecido a terra.
Houve constantes lutas até que a Palestina caiu sob o domínio da Síria, mas o que mais
importa para compreensão do Novo Testamento é a figura de Antíoco Epifanio (176-164)
e os seus atos. O seu nome significa “deus manifesto”.
Quando o rei anterior à Antíoco IV, chamado Antíoco III tinha derrotado os egípcios
(Ptolomeus), já os judeus estavam divididos em duas facões: A casa de Onias (Pró-Egito)
e a casa de Tobias (Pró-Siria). Quando subiu Antíoco IV, rei da Síria, substituiu o sumo
sacerdote judeu Onias III, pelo irmão deste Jasom, helenizante, o qual planejava
transformar Jerusalém em uma cidade grega.
Foi erigido um ginásio com pista de corrida. Ali se praticavam corridas despidos, à moda
grega, isto era um ultraje para os judeus piedosos. As competições eram inauguradas
com invocações feitas as divindades pagãs, participando até sacerdotes judeus. A
25
helenização incluía a freqüência aos teatros gregos, vestes aos estilo grego, a cirurgia
que removia a marcas da circuncisão e a mudança de nomes hebreus por gregos. Os
que se opunham a esta paganização eram os “hasidim” ou “os piedosos”, a grosso modo
seriam os puritanos.
Jasom o sacerdote helenizante foi substituído por outro judeu helenizante que parece
não ter pertencido a uma família sacerdotal, este pagou um tributo mais elevado
(simonia), o nome deste era Melenau.
Antíoco tenta anexar o Egito ao seu domínio mas termina falhando. Isto chega aos
ouvidos de Jasom de que Antíoco era morto. Jasom retornou a Jerusalém retirou
Melenau do controle da cidade. Antíoco na sua volta interpretou isto como uma revolta
de Jasom e enviou seus soldados a reintegrarem Melenau e saquearam a cidade e o
templo de Jerusalém e passaram ao fio de espada os seus habitantes.
Dois anos mais tarde (168 AC), Antíoco enviou seu general Apolônio com um exército de
22 mil homens para coletar tributo, tornar ilegal o judaísmo e estabelecer o paganismo à
força e assim consolidar o seu império e refazer o seu tesouro. Os soldados saquearam
Jerusalém, incendiaram a cidade, os homens mortos e as mulheres escravizadas.
Neste período houve em torno de oito guerras. Judas Macabeus morreu na sétima luta
sendo sucedido por Jônatas o quinto mais jovem filho de Matatias.
A revolta começou com Matatias, sacerdote de Modim (167). Após a sua morte seu filho
Judas (166-161) continuou a luta com seis mil homens. Quando Antíoco mandou
sessenta mil homens para subjugá-lo, Judas mandou os temerosos para a casa. Com
três mil homens derrotaram os sírios.
26
Intensificou-se o desenvolvimento dos dois movimentos que se tornaram os fariseus e os
saduceus. Os primeiros surgiram do grupo purista e nacionalista e os saduceus surgiram
do grupo que se aliou com os helenistas.
Houve um ímpeto maior da diáspora onde muitos judeus queriam ausentar-se durante
as perseguições de Antíoco.
O Período Romano.
O General Pompeu subjuga a Palestina (63AC) e o período do Novo Testamento fica sob
o domínio do Império Romano.
Herodes oGrande
A Dinastia de Herodes
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d) Herodes Antipas, tetrarca da Galiléia e Pereia
e) Herodes Agripa I, neto de Herodes o Grande, executou Tiago e também
f) encarcerou Pedro
g) Herodes Agripa II, bisneto de Herodes o Grande, ouviu Paulo em sua
h) autodefesa
A sinagoga era dividida em duas partes. Numa parte ficava a arca com o livro da lei.
Diante desta seção estava o lugar para os adoradores. No centro do auditório ficava o
palco onde o leitor lia as Escrituras em pé e sentava-se para ensinar. Assentos foram
colocados em volta do palco - os homens dum lado e as mulheres do outro.
28
seguida havia a palavra de exortação dum ancião sentado. A lei novamente era levada
para a arca e orações eram feitas.
Observações importantes:
1. Escribas - Com a ânsia de aprender a palavra, aparece uma classe de pessoas que
foram os responsáveis por guardar copiar e organizar a Bíblia da época. Estes foram
os Escribas. (Ed 7.11). Eles tinham a responsabilidade de estudar e interpretar a lei
e os profetas, e ensiná-lo ao povo.
3. Sinagoga - Onde houvesse judeu ali haveria uma, com o objetivo de ensinar a palavra
de Deus – No cativeiro supria a necessidade do estudo da palavra.
29
5. Diáspora - Nos dias do Novo Testamento, a população judaica encontrava-se
dispersa por vários lugares. Além da própria Palestina, havia inúmeros judeus em
Roma, Egito, Ásia Menor, etc. (Atos 2.9-11; Tiago 1.1; I Pedro 1.1). Tal dispersão,
que recebe o nome de Diáspora, tem razões diversas, começando pelos exílios para
a Assíria e Babilônia, e se completando por interesses comerciais dos judeus, e até
mesmo em função das dificuldades que se verificavam em sua terra natal. Esse
quadro se apresenta como cumprimento claro dos avisos divinos acerca da dispersão
que viria como conseqüência do pecado de Israel (Dt.28.64).
CONCLUSÃO
Assim, o judaísmo acabou se dividindo em função da distribuição geográfica.
Havia o judaísmo de Jerusalém, mais ligado à ortodoxia, e o judaísmo da Diáspora, ou
seja, praticado pelos judeus residentes fora da Palestina. Estes últimos encontravam-se
distantes de suas origens. Se até na Palestina, os costumes gregos se impunham, muito
mais isso ocorria na vida dos judeus em outras regiões. Estavam profundamente
helenizados, embora não tivessem abandonado o judaísmo. Isto fez com que eles se
preocupassem com o futuro de suas tradições e sua religião. Tomaram então
providências para que o judaísmo não sucumbisse diante do helenismo. Uma delas foi a
tradução do Velho Testamento do hebraico para o grego, chamada Septuaginta. Já que
este idioma estava se tornando universal, havia o risco de que, no futuro, as escrituras
não pudessem mais ser lidas, devido à possível extinção do hebraico. Outras obras
literárias foram produzidas, incluindo narrativas históricas, propaganda e apologia
judaica, tudo escrito em grego e com influências gregas. Destacaram-se nessa época os
escritores: Fílon de Alexandria e Flávio Josefo. Tais escritos não foram aceitos pela
comunidade de Jerusalém. Até a tradução bíblica foi rejeitada, uma vez que, para eles,
toda escritura sagrada devia ser produzida necessariamente em hebraico. Essa obra no
idioma grego foi vista pelos ortodoxos como uma descaracterização do judaísmo.
Para muitos judeus conservadores, o judaísmo era propriedade nacional e não devia ser
propagado entre outros povos. Já os judeus da Diáspora se dedicaram a conquistar
gentios para a religião judaica. Tal fenômeno recebe o nome de proselitismo. Os novos
convertidos eram chamados prosélitos (Mateus 23.15 Atos 2.9-11; 6.5; 13.43). Essa
prática difusora da religião também foi adotada por judeus de Jerusalém, mas em escala
bem menor.
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