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1. OBJETIVO
Este capítulo destina-se a estudar o aterramento elétrico, descrevendo
desde os conceitos básicos até os esquemas de aterramento de instalações
elétricas de alta e baixa tensão.
Toda instalação elétrica de alta e baixa tensão, para ter um desempe-
nho satisfatório e ser suficientemente segura contra risco de acidentes fatais,
deve possuir um sistema de aterramento dimensionado para:
• Proteger os indivíduos contra contatos com partes metálicas da ins-
talação energizadas acidentalmente;
• Garantir à atuação correta e seletiva da proteção;
• Garantir um referencial para a terra de baixa impedância para per-
mitir a operação adequada de sistemas de automação, redes de
computadores equipamentos eletrônicos;
• Proteger as instalações contra as elevadas correntes produzidas
por descargas atmosféricas;
• Uniformizar o potencial em toda área do projeto, prevenindo contra
tensões perigosas que possam surgir durante uma falta fase e terra.
2. INTRODUÇÃO
Define-se aterramento, como sendo a ligação intencional a terra ou ao
solo. Se essa ligação é feita diretamente, sem a interposição de qualquer im-
pedância (ou resistência) falamos em aterramento direto ou sólido.
De uma forma geral o aterramento encontrado nas instalações elétricas
de baixa tensão estão divididos em três tipos: o aterramento funcional, o ater-
ramento temporário e o aterramento de proteção. O aterramento funcional con-
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3. CONCEITOS BÁSICOS
Como foi descrito na seção anterior, o aterramento de proteção está re-
lacionado a segurança dos indivíduos e tem o único objetivo de proporcionar
proteção pessoal contra contatos indiretos.
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Entende-se por falta o contato ou arco acidental entre partes sob po-
tenciais diferentes, e/ou de uma ou mais dessas partes para a terra, num sis-
tema ou equipamento energizado.
As faltas são sempre causadas par falha de isolamento entre as partes,
podendo ser a impedância entre elas considerável ou desprezível, quando é
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desprezível estamos falamos em falta direta. Quando numa falta, uma das par-
tes envolvidas é a terra, denomina-se falta para terra. A Figura 5 e a Figura 6
mostram exemplos de falta.
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PROTEÇÃO
TIPO PASSIVA ATIVA
CONTRA
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• Classe OI - é a classe dos equipamentos que tem pelo menos isolação bá-
sica em todas as suas partes vivas e são dotados de terminal para aterra-
mento das partes metálicas acessíveis não destinadas a conduzir corrente
(massas) e que podem tomar-se vivas em case de falha de isolação; entre-
tanto, o cabo de alimentação não possui condutor de proteção, é o caso,
por exemplo, de certas geladeiras e máquinas de lavar roupa de uso do-
méstico; para tais equipamentos existe a possibilidade de uma proteção
complementar que pode ser obtida pela ligação do terminal de aterramento
a um terra adequado;
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• Classe III - é a classe dos equipamentos que tem a proteção contra cho-
ques elétricos assegurada pela alimentação em extrabaixa tensão, sendo
que, durante o funcionamento, não podem ser induzidas tensões mais ele-
vadas; é o caso, por exemplo, de equipamentos para uso subaquático (ilu-
minação de piscinas, hidromassagem etc.).
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Primeiro
Algarismo
Grau de Proteção
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Segundo
Grau de Proteção
Algarismo
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• que exista uma segunda barreira (ou isolação) interposta que possa ser
retirada sem auxilio de chave ou ferramenta e que impeça qualquer con-
tato com as partes vivas.
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A norma define uma zona de alcance normal dentro da qual não devem
encontrar-se partes simultaneamente acessíveis, isto é, que estejam distancia-
das de até 2,50 m, sob potenciais diferentes.
Quando a superfície sobre a qual pessoas se postem ou circulem habi-
tualmente for limitada por um obstáculo com grau de proteção inferior a IP2X,
as distâncias que limitam a zona de alcance normal devem ser determinadas a
partir desse obstáculo. No sentido vertical a zona de alcance normal é limitada
a 2,50 m a partir da superfície S, sem levar em conta obstáculos intermediários
que possuam grau de proteção inferior a IP2X.
A proteção adicional não dispensa de forma alguma o emprego de me-
didas de proteção completa ou parcial, conforme o caso. Seu objetivo é asse-
gurar uma proteção contra contatos diretos no caso de falha das medidas apli-
cadas ou de imprudência dos usuários. Podem ser utilizados dispositivos dife-
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Ds = d1 + d2 [1]
Níveis de Tensão
Valor básico (m)
fase-fase (kV)
2,1 à 15 0,70
15,1 à 35 0,75
35,1 à 46 0,80
46,1 à 72,5 0,95
72,6 à 121,0 1,05
138,0 à 145 1,10
161,0 à 169,0 1,15
230,0 à 242,0 1,55
345,0 à 362,0 2,15
500,0 à 552,0 3,40
700,0 à 765,0 4,60
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6. SISTEMA DE ATERRAMENTO
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Lodo 20 à 100
Humus 10 à 150
Solos alagadiços/pantanosos 5 à 30
Argila plástica 50
Margas e argila compactas 100 à 200
Areia argilosa 50 à 500
Areia silicosa 200 à 3000
Solo pedregoso nu 1500 à 3000
Solo pedregoso com relva 300 à 500
Calcário moles 100 à 400
Calcário fissurado 500 à 1000
Calcário compacto 1000 à 5000
Xisto 50 à 300
Granito/Arenito 100 à 10000
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gel é uma mistura de diversos sais, que misturado a água possibilita a redução
da resistividade do solo.
Um outro fato importante em relação a resistividade dos solos, é que
eles na sua grande maioria, não são homogêneos, mas formados por diversas
camadas de resistividade e profundidade diferentes. Essas camadas, devido à
formação geológica, são em geral horizontais e paralelas à superfície do solo.
Contudo, existem alguns casos, em que as camadas se apresentam inclinadas
e até verticais, devido a alguma falha geológica. Neste texto trataremos apenas
dos casos relacionados a grande maioria dos solos, isto é aqueles que possu-
em camadas horizontais com resistividade e profundidade diferentes.
Como resultado da variação da resistividade nas diferentes camadas
do solo, tem-se a variação da dispersão da corrente, como podemos visualizar
na figura onde estão representadas a dispersão das correntes num solo hete-
rogêneo de duas camadas. Na figura as linhas cheias representam o caminho
das correntes no solo e as linhas pontilhadas as superfícies equipotenciais pro-
duzidas por essas correntes.
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