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Com a Revolução Industrial do fim do século XVIII e meados do século XIX, os alfaiates
ingleses tinham uma reputação internacional invejável por criar roupas com um desenho
impecavelmente definido.Eram também adeptos do uso da fita métrica, um artefato que
surgiu surgiu apenas no final do século XVIII. Tirar medidas precisas do corpo de um cliente
permitiu que as costureiras criassem moldes baseados na compreensão geométrica da
anatomia.
O século XIX testemunhou uma evolução no vestuário masculino. Em 1830 a farda elegante
e o traje padrão para negócios da era vitoriana se transformaram na sobrecasaca, que era
inspirada nos uniformes militares continentais da era napoleônica . Na próxima década as
calças, que tinham substituído os calções até os joelhos do início dos nos 1800, podiam ser
confeccionadas no mesmo tecido ou em um padrão contrastante. O Henry Poole é nomeado
alfaiate da corte do imperador francês Napoleão III.(ver figura 1 em anexos)
Interessante é que nesse período a percepção dos tempos vitorianos é a de homens sóbrios
com uma profunda ética protestante de trabalho, vestidos de maneira sóbria, mas isso é uma
simplificação exagerada.
A moda inglesa influenciou a moda no Brasil porque D. Pedro II fez parte da grande lista de
realeza que eram clientes de Poole. Popularizando o estilo militar no Brasil.(ver figura 3 em
anexos)
A moda masculina no começo da década de 20 ela que foi muito influenciada por uniformes
militares e por peças como, calças retas, estreitas e na maioria dos casos curtas. Os ternos
seguindo a mesma tendência também eram curtos, e junto com casacos e fraques formavam
as combinações usadas para as ocasiões formais no começo da década. No meio dessa década
houve uma serie de mudanças e entre elas as calças que se tornariam mais amplas e paletós
que marcavam a cintura, além das lapelas maiores que tomaram conta da moda. O traje a
rigor era composto por camisas com punho de linho engomado e com abotoaduras de
madrepérola ou couro que até hoje fazem parte do vestuário masculino clássico, para a noite
um discreto smoking nos tons de azul ou cinza claro e as gravatas combinando com as meias
somadas a um lenço branco no bolso esquerdo formavam a roupa do homem elegante neste
período.
O homem desta década andava sempre bem barbeado e com bigodes curtos, bem aparados,
seus cabelos curtos eram penteados para trás sempre usando uma cobertura na cabeça que
poderia ser com cartolas, chapéus de feltro ou de palha para os dias de alta temperatura.
ANEXOS
Moda feminina na era Moderna (séc.XIX)
Posteriormente surge o estilo de vestidos inglês, que trazia forma mais arredondada e
feminina.que ficou conhecido como Royal Lady. Ele trazia uma manga extravagante
chamada “bufante” ou meio presunto, volumosas graças ao uso de complexos suportes
internos.
Por fim, surge o Vestido Vitoriano, o estilo mais exagerado e exuberante que a história
documenta. O aumento da crinolina ocorre em 1859, dando espaço posteriormente para a
anquinha, que apresentava um poco menos de volume e mais usabilidade. O surgimento do
capitalismo moderno provocou mudanças de atitudes em relação às formas aceitáveis de
comportamentos masculinos e femininos, já que homens e mulheres eram fisicamente
separados em seus cotidianos: os homens vestiam-se com impecáveis e elegantes peças de
alfaiataria de tons sóbrios, enquanto as mulheres ficavam quase imobilizadas por fartas
camadas de roupas ornamentadas.
A retomada do gótico, que dominou as artes na França e na Inglaterra nos anos 1840,
influenciou enormemente o vestuário vitoriano, isso resultou no aparecimento de uma
silhueta curvada, reforçada pela linha caída do ombro que termina em uma gola alta, pelas
mangas longas e apertadas e pelos tecidos pesados.
Em 1837, a rainha Vitória assume o trono da Inglaterra, tão logo surgem as tecnologias de
fabricação, como a primeira tecelagem de seda e a primeira máquina de costura com agulha
de ponta dupla, que é patenteada por Elias Howe nos Estados Unidos.
Muitas mudanças de roupas eram necessárias para ver a mulher vitoriana ao longo do dia.
Vestidos diurnos incluíam o penhoar, uma túnica caseira usada pela manhã; o redingote,
usado para um passeio à tarde; o vestido rodado superenfeitado para o coquetel da tarde.
Já no final da década de 1850, surge o molde de papel que foi inventado pelo casal
americano William Jennings e Ellen Curtis Demorest, conhecida como Madame Demorest.
A roupa vitoriana para uso ao ar livre consistia em um xale que cobria até o quadril,
geralmente com estampa paisley, ou de uma capa drapejada sobre a saia, o que criava uma
silhueta triangular e escondia totalmente a cintura.O cabelo era usado partido ao meio, com
cachos e mechas sobre as orelhas, e chapéus de pala impediam as mulheres de olhar para o
lado, sendo que a moda exigia que elas tivessem uma atraente palidez. O chapéu de para foi
mais tarde substituído por um chapéu menor colocado no alto da cabeça.
Na indústria surgem evoluções de maquinários, o químico inglês William Perkin desenvolve
os pigmentos à base de anilina, que introduzem uma enorme variedade de cores para o
mercado de massa e o produtor inglês Thomas Wardie consegue estampar a cores e em
velocidade na seda indiana e lança o produto no mercado europeu.
REFERÊNCIA
FOGG, Marnie. Tudo sobre Moda. Tradução de Débora Chaves, Fernanda Abreu, Ivo
Karytowski. - Rio de Janeiro:Sextante, 2013.