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MARINHA DO BRASIL
2017
OSTENSIVO CAAML-1202
MARINHA DO BRASIL
2017
FINALIDADE: TÉCNICA
2ª REVISÃO
OSTENSIVO CAAML-1202
ATO DE APROVAÇÃO
NITERÓI, RJ.
Em 4 de setembro de 2017.
AUTENTICADO RUBRICA
PELO ORC
Em ______/______/______ CARIMBO
OSTENSIVO - II - REV.2
OSTENSIVO CAAML-1202
ÍNDICE
Ato de Aprovação..................................................................................................................... II
Índice........................................................................................................................................ III
Introdução................................................................................................................................. VII
CAPÍTULO 2 - INCÊNDIO
OSTENSIVO - IV - REV.2
OSTENSIVO CAAML-1202
ANEXOS
ANEXO A -Modelo de KILL CARD ...................................................................................... A-1
ANEXO B - Modelo de Quadro de Controle para Máscara.................................................... B-1
ANEXO C - Modelo de Quadro de Controle da Máscara EDBA ........................................... C-1
ANEXO D - Modelo de Papeleta de Controle das Contenções .............................................. D-1
ANEXO E - Modelo de Tabela de Plotagem de Feridos ........................................................ E-1
OSTENSIVO - VI - REV.2
OSTENSIVO CAAML-1202
INTRODUÇÃO
1 - PROPÓSITO
Esta publicação tem o propósito de apresentar o combate a incêndio a bordo dos navios
da Marinha do Brasil, em especial os de combate, incluindo suas plataformas de pouso e
decolagem, considerando os equipamentos de combate a incêndio, os equipamentos de
proteção e as técnicas empregadas.
2 - DESCRIÇÃO
Esta publicação está dividida em onze capítulos e cinco anexos. No Capítulo 1 são
apresentados os conceitos básicos atinentes à natureza do fogo e aos elementos da combustão.
No Capítulo 2 são descritos a dinâmica, a classificação e os métodos de extinção de incêndios,
além das medidas preventivas contra incêndios. No Capítulo 3 são expostos os agentes
extintores e suas aplicações. O Capítulo 4 discorre sobre o emprego, a operação, a
identificação, a manutenção e a distribuição dos extintores portáteis. No Capítulo 5 são
indicados os equipamentos que utilizam a água no combate a incêndio. No Capítulo 6 são
apontados os equipamentos que utilizam a espuma no combate a incêndio. No Capítulo 7 são
descritos os sistemas fixos de combate, detecção e alarme de incêndio. No Capítulo 8 são
exibidos os equipamentos de proteção e segurança. O Capítulo 9 narra as técnicas de combate
a incêndios. No Capítulo 10 são demonstradas a faina completa e as técnicas de combate a
incêndio em navios de combate. No Capítulo 11 são apresentados os procedimentos de
combate a incêndio em plataformas de pouso e decolagem.
Os anexos complementam as informações dos capítulos e apresentam modelos
empregados no CAv.
3 - PRINCIPAIS MODIFICAÇÕES
Esta publicação é a segunda revisão do CAAML-1202 – Manual de Combate a Incêndio.
Dentre as alterações implementadas, destacam-se:
a) No capítulo 2, correção da ocorrência do “rollover”, que passa a ser considerado na
fase inicial do incêndio e não na fase de desenvolvimento;
b) Inclusão da figura das fases do incêndio e do “flashover” no capitulo 2;
c) Foi inserido texto a respeito do halon e do Protocolo de Montreal no capítulo 2;
d) Inclusão do item - Incêndio Classe “K”;
e) Inclusão do item - Redução de riscos de incêndio nas praças de máquinas;
f) Inclusão do item - Perigos adicionais com o navio em período de reparo;
g) Inclusão do item - Perigos adicionais quando em combate;
OSTENSIVO - IX - REV.2
OSTENSIVO CAAML-1202
CAPÍTULO 1
NATUREZA DO FOGO
1.1 – A COMBUSTÃO
Há fogo quando há combustão, que é definida como uma reação química de oxidação,
na qual uma substância combustível reage com o comburente, ativada pelo calor (elevação de
temperatura), com desprendimento de energia luminosa, calor e gases combustíveis.
1.1.1 – Tetraedro do fogo
Para facilitar a compreensão, costuma-se representar os elementos básicos da
combustão por um triângulo equilátero, conhecido por triângulo do fogo (Fig. 1.1).
1.1.2 – O Comburente
É todo elemento que, associando-se quimicamente ao combustível, é capaz de fazê-lo
entrar em combustão.
b) Combustíveis Líquidos
Os líquidos inflamáveis têm algumas propriedades físicas que dificultam a extinção do
calor, aumentando o perigo para os homens que combatem o fogo. Os líquidos assumem a
forma do recipiente que os contém. Se derramados, os líquidos tomam a forma do piso, fluem
e se acumulam nas partes mais baixas.
Tomando como base o peso da água, cujo litro pesa 1 quilograma, classificamos os
demais líquidos como mais leves ou mais pesados. É importante notar que a maioria dos
líquidos inflamáveis são mais leves que água e, portanto, flutuam sobre esta. Os líquidos
combustíveis recebem identificações em seus recipientes (Fig.l.3). Outra propriedade a ser
considerada é a solubilidade do líquido, ou seja, sua capacidade de misturar-se à água.
Para o gás queimar, há necessidade de que esteja em uma mistura ideal com o ar
atmosférico, e, portanto, se estiver numa concentração fora de determinados limites, não
queimará. Cada gás, ou vapor, tem seus limites próprios. Por exemplo, se num ambiente há
menos de 1,4% ou mais de 7,6% de vapor de gasolina, não haverá combustão, pois a
concentração de vapor de gasolina nesse local está fora do que se chama de mistura ideal, ou
limites de inflamabilidade; isto é, ou a concentração deste vapor é inferior ou é superior aos
limites de inflamabilidade.
LIMITES DE INFLAMABILIDADE
Concentração
Combustíveis
Limite inferior Limite superior
Metano 1,4% 7,6%
Propano 5% 17%
Hidrogênio 4% 75%
Acetileno 2% 85%
Tabela 1.1 – Limites de inflamabilidade por combustível
d) Processos de Queima
O início da combustão requer a conversão do combustível para o estado gasoso, o que
se dará por aquecimento. Gases combustíveis são obtidos, a partir de combustíveis sólidos,
pela pirólise. Pirólise é a decomposição química de uma matéria ou substância através do
calor .
Como regra geral, os materiais combustíveis queimam no estado gasoso.
Submetidos ao calor, os sólidos e os líquidos combustíveis se transformam em gás
para se inflamarem. Como exceção e como casos raros, há o enxofre e os metais alcalinos
(potássio, cálcio, magnésio etc), que se queimam diretamente no estado sólido.
1.1.4 - A temperatura
Os vapores emanados de um combustível inflamam-se na presença do comburente, a
partir de determinada temperatura.
Temperatura - Grandeza termodinâmica intensiva, comum a todos os corpos que
estão em equilíbrio térmico, que expressa a quantidade de calor existente num corpo ou no
ambiente (Fig. 1.5).
b) Combustão Incompleta
É aquela em que a queima produz calor e pouca ou nenhuma chama, em ambiente
pobre em oxigênio.
c) Combustão Espontânea
Certos materiais orgânicos, em determinadas circunstâncias, podem, por si só, entrar em
Combustão. Entre as substâncias mais suscetíveis de combustão espontânea destacam-se os
tecidos impregnados de óleo, os vernizes, os pós metálicos, o sisal, a madeira e a serragem.
Os materiais fibrosos tornam-se particularmente perigosos quando impregnados com óleos
animais ou vegetais. Embora seja um fenômeno pouco falado, a combustão espontânea é mais
comum do que se poderia pensar.
Ocorre também na mistura de determinadas substâncias químicas, quando a combinação
gera calor e libera gases em quantidade suficiente para iniciar combustão, como, por exemplo,
água e sódio.
d) Explosão
É a queima de gases (ou partículas sólidas), em altíssima velocidade, em locais
confinados, com grande liberação de energia e deslocamento de ar. Combustíveis líquidos,
acima da temperatura de fulgor, liberam gases que podem explodir (num ambiente fechado)
na presença de uma fonte de calor (Fig. 1.6).
1.2.2 - Condução
É a transmissão de calor que se faz de molécula para molécula, por contato físico,
através de um movimento vibratório que as anima e permite a comunicação de uma para outra
(Fig. 1.8).
atingindo muitos andares acima de onde está ocorrendo o incêndio, especialmente onde
houver portas ou janelas abertas que permitam a passagem da coluna ascendente de gases
aquecidos. A legislação que rege a construção civil determina que as escadas internas, de
acesso aos pavimentos de um prédio, sejam isoladas por portas à prova de fogo, de forma a
evitar tais efeitos.
Nos navios, essas correntes de convecção ocorrem através dos dutos de ventilação que,
por esse motivo, devem ter suas válvulas de interceptação fechadas nas seções que atravessam
a área incendiada. Muitas vezes, devido à falta dessa providência, incêndios aparentemente
inexplicáveis, longe do foco principal, poderão se formar e inutilizar todo o trabalho de
extinção realizado no compartimento no qual o fogo se originou.
1.3 - ELETRICIDADE ESTÁTICA
Eletricidade estática é o acúmulo de potencial elétrico de um corpo em relação a outro,
geralmente em relação à terra. Forma-se, na grande maioria dos casos, por atrito, sendo
praticamente impossível de ser eliminada. A providência que pode ser tomada é impedir o seu
acúmulo antes que atinja potenciais perigosos (capazes de fazer produzir uma faísca),
aterrando-se o equipamento a ela sujeito, isto é, ligando-se a carcaça do equipamento à terra,
por meio de um condutor. Quase todos os equipamentos estão sujeitos a atrito e, portanto, à
formação de eletricidade estática. A faísca da descarga elétrica, somada à presença de
combustíveis ou misturas explosivas nas proximidades, poderá ocasionar uma combustão. Por
isso, no transporte e manuseio de líquidos voláteis deverão ser tomados cuidados específicos.
Antigamente, os caminhões-tanque transportadores de líquidos inflamáveis levavam
correntes na parte traseira que, ao se arrastarem pelo chão, descarregavam a eletricidade
estática formada. Modernamente, não se usam mais tais correntes. Antes de ser iniciada a
faina de carga ou descarga do líquido, o chassi do caminhão é ligado à terra por um fio
metálico. As mangueiras que descarregam líquidos e gases combustíveis devem ser dotadas
de bocal metálico que, por sua vez, deve ser conectado eletricamente ao tanque receptor, antes
de ser iniciada a descarga. Evita-se, assim, que a eletricidade estática gerada pelo atrito do
fluido com a mangueira possa originar uma centelha entre o bocal e o tanque.
CAPÍTULO 2
INCÊNDIO
2.1 - DEFINIÇÃO
Fogo - Desenvolvimento simultâneo de calor e luz, que é produto da combustão de
matérias inflamáveis, como, por exemplo, a madeira, o carvão e o gás.
Incêndio - Fogo que lavra com intensidade, causando destruição e, às vezes, prejuízos.
2.2 - A DINÂMICA DO INCÊNDIO
Os incêndios podem ser separados em quatro diferentes estágios: fase inicial; fase de
desenvolvimento; incêndio desenvolvido e fase de queda de intensidade.
2.2.1 - Fase Inicial
A temperatura média do compartimento ainda não está muito elevada, e o fogo está
localizado próximo ao foco do incêndio (Fig. 2.1).
Caso não ocorra a extinção do incêndio, poderá ocorrer o “rollover”, também conhecido
como lean flashover (Fig. 2.2), que é o fenômeno no qual os gases da combustão não
queimados no incêndio misturam-se ao ar e se inflamam na parte superior do compartimento,
devido à alta temperatura naquela área (são bolas de fogo que se formam na parte superior
docompartimento). As altas temperaturas concentram-se próximas ao foco do incêndio, e a
fumaça proveniente da combustão forma uma camada quente na parte superior do
compartimento.
Temperatura do Ar
Tempo
Fig. 2.4 – As fases do incêndio e o "Flashover"
Não havendo comburente para reagir com o combustível, não haverá fogo. Como
exceções, estão os materiais que têm oxigênio em sua composição e queimam sem
necessidade do oxigênio do ar, como os peróxidos orgânicos e o fósforo branco.
Conforme já vimos anteriormente, a diminuição do oxigênio em contato com o
combustível vai tornando a combustão mais lenta, até a concentração de oxigênio chegar
próxima de 8%, quando não haverá mais combustão. Colocar uma tampa sobre um recipiente
contendo álcool em chamas, ou colocar um copo voltado de boca para baixo sobre uma vela
acesa, são duas experiências práticas que mostram que o fogo se apagará tão logo se esgote o
oxigênio em contato com o combustível.
Pode-se abafar o fogo com uso de materiais diversos, como areia, terra, cobertores,
vapor d’água, espumas, pós, gases especiais etc. (Figs. 2.6-A, 2.6-B e 2.6-C).
2.4.2 - Resfriamento
É o método mais antigo de se apagar incêndios, sendo seu agente universal a água.
Consiste em reduzirmos a temperatura de um combustível, ou da região onde seus gases estão
concentrados, abaixo da temperatura de ignição, extinguindo o fogo.
Raciocinando com o triângulo do fogo, isto consiste em afastar o lado referente à
temperatura de ignição.
Com apenas dois lados (combustível e comburente), não há fogo (Fig. 2.7).
Cabe ressaltar que somente por resfriamento podem ser extintos os incêndios de
combustíveis que tenham comburente em sua estrutura íntima (pólvora, celulóide etc.). Esses
incêndios não podem ser extintos por abafamento (Fig. 2.8).
2.4.3 - Isolamento
Consiste na retirada do combustível, o que geralmente é utilizado quando não dispomos
de equipamentos adequados para combater o incêndio. Como exemplo, podemos citar o
fechamento de uma válvula de gás ou retirada de material inflamável das proximidades de um
foco de incêndio (Fig. 2.9).
Alguns manuais consideram a retirada do material como um método de extinção, porém
consideraremos apenas como uma etapa do processo de extinção, haja vista que se baseia na
retirada do material combustível.
Método de extinção:
Necessita de resfriamento para a sua extinção, isto é, do uso de água ou soluções que a
contenham em grande porcentagem, a fim de reduzir a temperatura do material em combustão
abaixo do seu ponto de ignição (Fig. 2.11).
O emprego de pó químico irá apenas retardar a combustão, não agindo na queima em
profundidade.
Método de extinção:
Necessita para a sua extinção do abafamento ou quebra da reação em cadeia. No caso
de líquidos muito aquecidos (acima do ponto de ignição), é necessário também resfriamento
(Fig. 2.13).
adjacente.
Todos os combustíveis líquidos, particularmente aqueles que desprendem vapores
altamente inflamáveis ou explosivos, devem ser guardados em recipientes próprios com
tampa hermética.
A armazenagem de líquidos inflamáveis tais como tintas, vernizes, óleos e graxas deve
ser feita em compartimento apropriado, com ventilação forçada.
A armazenagem de materiais nos dutos de descarga de gases de Praças de Máquinas
deve ser proibida.
Deve-se ter especial atenção ao material dos invólucros de sobressalentes, geralmente
feitos de material combustível. Assim que possível, estes sobressalentes devem ser
desempacotados para serem armazenados e os invólucros jogados fora.
2.6.4 - Limitação da quantidade de materiais inflamáveis ao mínimo necessário à
operação em vista
Essa limitação será mais fácil de ser planejada em tempo de paz, quando a duração de
cada comissão pode ser estimada com rigor.
2.6.5 - Manutenção do navio nas suas melhores condições de resistência ao fogo
Pode ser alcançada por meio da realização de frequentes inspeções, de modo a manter
os riscos de incêndio reduzidos ao mínimo, e da contínua conscientização da tripulação
quanto à necessidade de manter o navio seguro, o que é alcançado através do adestramento
individual, por equipes e para os quartos de serviço, e de notas em Plano de Dia.
2.7 - REDUÇÃO DE RISCOS DE INCÊNDIO NAS PRAÇAS DE MÁQUINAS
São apresentadas abaixo algumas ações a executar e metas a serem atingidas de modo a
se eliminar ou reduzir os riscos de incêndio nas Praças de Máquinas, através da eliminação ou
contenção de pequenos vazamentos, manuseio de combustíveis, realização de adestramentos
etc.:
- inspecionar frequentemente os sistemas de recebimento, armazenamento e
transferência de óleos combustíveis e lubrificantes quanto a vazamentos, incluindo seus
flanges, válvulas, elipses e demais itens;
- estabelecer normas de segurança para o manuseio de óleos combustíveis (diesel ou de
aviação) quando retirados do sistema em que trabalham;
- testar e inspecionar os sistemas que envolvem inflamáveis, após reparos;
- doutrinar, educar e treinar todo o pessoal para a redução dos riscos de incêndio,
realizando adestramentos de procedimentos do pessoal após detecção de vazamentos e no
OSTENSIVO - 2-14- REV.2
OSTENSIVO CAAML-1202
CAPÍTULO 3
AGENTES EXTINTORES
3.1 - DEFINIÇÃO
Agente extintor é qualquer material empregado para resfriar, abafar as chamas ou
quebrar a reação em cadeia, oriundas de uma combustão, proporcionando sua extinção.
Os agentes extintores de uso mais difundido a bordo são a água, a espuma, o vapor, o
CO2, os compostos halogenados, o pó químico e a solução aquosa de carbonato de potássio
(APC), porém existem outros, como o pó químico ABC.
3.2 - ÁGUA
Aplicação:
Agente extintor de uso mais comum, é aplicada nas formas de jato sólido e neblina de
alta velocidade. Atua principalmente por resfriamento, devido à sua propriedade de absorver
grande quantidade de calor, podendo atuar também, quando em forma de vapor, por
abafamento. O jato sólido (Fig. 3.1) consiste em um jorro de água, lançado em alta pressão
por meio de um esguicho com orifício circular de descarga. Sob esta forma, a água atinge o
material incendiado com violência e penetra em seu interior. É o meio por excelência para a
extinção de incêndios classe “A”, onde o material tem de ser bem encharcado de água para
garantir a extinção total do fogo e impedir seu ressurgimento.
ser utilizada para auxiliar a extinção de incêndios classe “A”, reduzindo as chamas
superficiais e permitindo que as equipes se aproximem mais do foco do incêndio, o que
facilitará sua extinção definitiva com jato sólido. Na ausência de espuma, também é altamente
eficiente na extinção de incêndios classe “B”, onde a aplicação de jato sólido provocaria um
turbilhonamento no seio do líquido inflamado, aumentando o vulto do incêndio.
3.4 - VAPOR
Aplicação:
O vapor de água pode ser utilizado como agente extintor, por abafamento.
Evidentemente, por sua temperatura normalmente elevada, não tem nenhuma ação de
resfriamento.
Usa-se o vapor para extinguir incêndios classe “B”, principalmente em porões de praças
de caldeiras, tanques de carga e praças de máquinas de navios a vapor, quando esses incêndios
se mostram insensíveis a outros métodos. O uso de vapor obriga ao isolamento do
compartimento, que fica inoperante.
Cuidados:
– Requer a retirada de todo o pessoal do compartimento.
– Submete todos os equipamentos contidos no compartimento a uma temperatura
elevada.
3.5 - GÁS CARBÔNICO
Aplicação:
O gás carbônico é um gás inerte que não alimenta a combustão, agindo na redução do
comburente (oxigênio) a níveis abaixo de 16%, sendo empregado como agente extintor por
abafamento, criando, ao redor do corpo em chamas, uma atmosfera pobre em oxigênio.
É especialmente indicado para incêndios classe “C”, por ser um mau condutor de
eletricidade. O CO2 é amplamente utilizado extintores portáteis, sendo empregado em
incêndios das classes “B” e “C”.
O CO2 é um agente limpo, que pode ser configurado com sistemas de alta ou baixa
pressão. O sistema de baixa pressão é recomendado para aplicações onde são necessárias
grandes quantidades de CO2. O sistema de alta pressão é recomendado para perigos menores
ou espaços limitados.
Cuidados:
– Pode causar acidentes por asfixia quando utilizado em ambientes fechados e sem
ventilação.
– Pode causar queimaduras na pele e principalmente nos olhos, se dirigido à curta
distância sobre o pessoal.
– A descarga das ampolas de CO2 pode dar origem à formação de cargas de eletricidade
estática. Não é indicada, portanto, a utilização das ampolas de CO2 para saturação de
ambientes onde existam misturas inflamáveis, mas apenas para combate a incêndios já em
evolução.
3.6 - COMPOSTOS HALOGENADOS
Aplicação:
Os compostos halogenados são utilizados atualmente apenas em sistemas fixos. O mais
conhecido e utilizado na Marinha do Brasil é o halon. O Protocolo de Montreal (16/09/87)
identificou o halon como uma das numerosas combinações que requerem limitações de uso e
produção, devido a sua implicação na destruição da camada de ozônio. Uma emenda no
Protocolo original (01/01/94), resultou na proibição de sua produção, sendo adquirido
atualmente em bancos de coleta e usado em meios militares dos países signatários do
Protocolo.
Quando liberado, o halon forma uma nuvem de gás, com aspecto incolor, inodoro e
densidade cinco vezes maior que a do ar.
Ele extingue o fogo através da quebra da reação em cadeia, atuando a nível molecular.
Na Marinha do Brasil são utilizados dois tipos: o halon 1211 e o 1301.
O halon 1211 (BCF) é o agente ideal para a extinção de incêndios em módulos de
motores e turbinas. O BCF é mais tóxico que o halon 1301, não podendo ser usado em um
compartimento ainda guarnecido.
Os agentes halogenados apresentam baixa toxidez quando armazenados em condições
normais, ditadas pelos fabricantes.
Cuidados:
– O halon 1301, numa concentração entre 5 e 7%, não causa efeito danoso caso a
exposição seja de até cinco minutos. Em uma concentração entre 7 e 10 %, em caso de
exposição por um período de um minuto, alguns sintomas se fazem notar, como perda da
coordenação motora e redução da acuidade mental, sem, contudo, ocorrer a incapacitação do
indivíduo. Para concentração acima de 10%, durante um minuto de exposição a pessoa ficará
totalmente incapacitada. Se o período for maior que um minuto, ocorrerá o desmaio e
possivelmente a morte.
– Para o halon 1211, em uma concentração de até 4%, é aceitável a permanência no
ambiente por cinco minutos, no máximo. Em concentração de 4 a 5%, o máximo aceitável é
um minuto de permanência. Acima de 5%, é recomendável evitar qualquer contato ou
exposição ao agente. Se alguma pessoa sofrer os efeitos de ter respirado o halon, deve ser
removida para um local de ar fresco até que seja prestado o devido socorro médico.
– Quando um incêndio for extinto por um agente qualquer derivado de hidrocarbonetos
halogenados, alguns cuidados deverão ser tomados, pois, além dos subprodutos comuns
oriundos da combustão, o halon se decompõe a 500º C (900º F), formando diversos elementos
tóxicos que podem causar a morte quase instantânea. Portanto, sabendo-se que o halon foi
utilizado para extinguir incêndio em um compartimento, para se efetuar a reentrada será
obrigatoriamente necessário o uso de um equipamento autônomo de respiração, observando-
se um tempo mínimo de quinze minutos após ter sido comprovada a extinção do incêndio pela
redução da temperatura no compartimento.
3.7 - COMPOSTOS HALOCARBONADOS
Aplicação:
O gás halocarbonado é um agente extintor que tem como componentes primários um ou
mais componentes orgânicos que contenham um ou mais dos seguintes elementos: fluorino,
bromino clorino ou iodino. São considerados gases limpos, pois não deixam resíduo após a
evaporação quando na supressão do incêndio e são não condutores elétricos.
São aplicáveis, dentro de suas limitações, em riscos específicos de equipamentos e
ocupações onde um meio de combate não condutor elétrico é essencial ou desejável e onde a
limpeza pós combate por outro meio apresente problemas.
Cuidados:
Esses gases não devem ser usados em fogos envolvendo os seguintes materiais, amenos
que tenham sido testados e considerado aprovados pela autoridade com jurisdição:
-Certos químicos ou misturas químicas, com nitrato de celulose e pólvora, que são
susceptíveis a oxidação rápida na ausência de ar.
- Metais reativos, como lítio, sódio, potássio, magnésio, titânio, zircônio, urânio e
plutônio.
- Metais hídricos.
- Químicos capazes de entrar em auto-decomposição térmica, como certos peróxidos
orgânicos e hidrazina.
Os principais agentes halocarbonados listados são:
a) Heptafluoropropano (designação - HFC227ea (FM-200) e fórmula - CF3CHFCF3)
É considerado o substituto mais eficiente do Halon 1301, não altera significativamente o
nível de O2, resfria a nível molecular (físico-químico) e possibilita um reduzido espaço de
armazenamento (até 7 x - CO2 ou gases inertes) por ser armazenado liquefeito. Acima de
1300°F forma subprodutos tóxicos na supressão e apresenta custo elevado.
Cuidados:
– Os produtos empregados na sua composição são não-tóxicos. Entretanto, a descarga
de grandes quantidades pode causar uma dificuldade temporária de respiração, durante e
imediatamente após a descarga, podendo também interferir seriamente com a visibilidade.
– Exigem recomendações para limpeza.
– Podem dar origem a maus contatos e baixas de isolamento em equipamentos elétricos
e eletrônicos.
Os principais PQS são:
a) Purple-K (PKP) – É um agente extintor à base de bicarbonato de potássio, muito
eficiente na extinção de incêndios em líquidos inflamáveis em forma pulverizada e em gases
inflamáveis, atacando a reação em cadeia necessária para sustentar a combustão. A substância
química seca é codificada com a cor violeta, com o propósito de identificação. É capaz de
extinguir incêndios da classe “B” e é obrigatório para a classe “C”.
O bicarbonato de potássio é ligeiramente alcalino e pode ser corrosivo a superfícies que
são afetadas através de resíduo alcalino. Em incêndios classe “C”, deixará resíduos de difícil
remoção. O PKP pode ser empregado para o combate a incêndio em copas, cozinhas, dutos,
fritadeiras e chapas quentes.
b) Plus Fifty®(PQS) - A base da substância química seca é o bicarbonato de sódio,
contendo aditivos químicos secos, que o mantém com uma vazão livre e não higroscópico. A
substância química seca é codificada com a cor azul clara, com o propósito de identificação. É
capaz de extinguir incêndios da classe “B” e é obrigatório para a classe “C”.
O bicarbonato de sódio é ligeiramente alcalino e pode ser corrosivo em superfícies que
são afetadas por resíduo alcalino.
c) Pó Químico ABC (FORAY) - Fosfato de monoamônia + sulfato de amônia. A
substância química seca é codificada com a cor amarela, com o propósito de identificação.
Pode ser usado em alguns tipos de incêndios da classe “A” e “B” e é obrigatório para a classe
“C”.
O fosfato de monoamônia é ligeiramente ácido na presença de umidade, o que resulta
em propriedades corrosivas moderadas. O fosfato de monoamônia derrete quando aquecido a
uma temperatura de 149ºC (300°F), formando uma camada que adere a uma superfície. A
camada permanecerá aderente até mesmo depois que a superfície se resfrie. Esta camada,
quando exposta a umidade, também é ácida.
Incêndio
Método de
Agente extintor Classe
Classe “B” Classe “C” Classe “D” Classe “K” extinção
“A”
Água – jato Resfriamento
Eficiente Não Não Não Não
sólido (Abafamento)
Água – neblina Resfriamento
Eficiente Eficiente Eficiente1 Não Não
de alta (Abafamento)
Pouco Pouco Abafamento
Espuma Eficiente Não Não
Eficiente Eficiente (Resfriamento)
2
Vapor Não Eficiente Não Não Não Abafamento
Gás Carbônico Pouco Abafamento
Eficiente Eficiente Não Não
(CO2) Eficiente (Resfriamento)
Composto Pouco Extinção Química
Eficiente Eficiente Não Não
Halogenado Eficiente (Abafamento)
Incêndio
Método de
Agente extintor Classe
Classe “B” Classe “C” Classe “D” Classe “K” extinção
“A”
Compostos Pouco Extinção Química
Eficiente Eficiente Não Não
Halocarbonados Eficiente (resfriamento)
Pouco Extinção Química
PQS – PKP Eficiente Eficiente3, 4 Não Não
Eficiente (abafamento)
PQS – PLUS Extinção Química
Não Eficiente Eficiente 4 Não Não
FIFTY (abafamento)
Extinção Química
PQS – ABC Eficiente5 Eficiente Eficiente5 Não Não
(abafamento)
Extinção Química
PQS – MET-L-X Não Não Não Eficiente Não
(abafamento)
Solução Aquosa Extinção Química
Não Não Não Não Eficiente
de Pó Químico (abafamento)
1
Portaria n. 111, de 28/SET/1999 do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC).
OSTENSIVO - 4-1 - REV.2
OSTENSIVO CAAML-1202
4.2 - EXTINTORES DE ÁGUA PRESSURIZADA
O propelente (ar comprimido) e o agente extintor são armazenados no cilindro e a
descarga é controlada por meio da válvula de fechamento (Fig. 4.1).
CARACTERÍSTICAS
Capacidade 10 litros
Aplicação Incêndios Classe “A”
Alcance mínimo do jato 4 metros*
Tempo mínimo de descarga 50 segundos*
2
NBR12962
OSTENSIVO - 4-2 - REV.2
OSTENSIVO CAAML-1202
CARACTERÍSTICAS
10 litros (mistura de
Capacidade água e Líquido
Gerador de Espuma)
Incêndios Classes “A”
Aplicação
e “B”
Alcance mínimo do jato Não aplicável *
Tempo mínimo de 50 segundos *
descarga
Fig. 4.6 – Extintor de espuma
*De acordo com a Portaria nº5/2011 do INMETRO
mecânica pressurizada
CARACTERÍSTICAS
Capacidade 1 a 2 kg 4 a 6 kg
Aplicação Incêndios classes “B” e “C”.
Alcance mínimo
Não aplicável*
do jato
Tempo mínimo de 1 a 2 kg – 8 segundos*
descarga 4 a 6 kg – 13 segundos*
Fig. 4.9 – Extintor de CO2
CARACTERÍSTICAS
Capacidade De 1 a 4 kg, de 4 a 12 kg
Aplicação Incêndios classes “B” e “C”. Classe “D”, utilizando pó químico seco
especial
Alcance mínimo
Não aplicável*
do jato
Tempo mínimo 1 a 4 kg 4 a 12 kg
de descarga 08 segundos
CARACTERÍSTICAS
Capacidade 06 Litros
Aplicação Incêndios classes “K”
Tempo de
90 segundos
descarga
Fonte: www.protege.ind.br
CARACTERÍSTICAS
CARACTERÍSTICAS
Capacidade 25 kg a 50 kg
Aplicação Incêndios classes “B” e “C”
Alcance médio do
3 metros
jato
Tempo de descarga
60 segundos
para 30 kg
3
A Portaria 005/2011 do INMETRO regulamenta o assunto.
OSTENSIVO - 4-16 - REV.2
OSTENSIVO CAAML-1202
processo mecânico, devem ser substituídos por novos extintores já testados hidrostaticamente;
– Os extintores portáteis, que utilizam agentes em estado gasoso ou em pó, podem ser
ineficazes se empregados ao ar livre sob condições de vento forte.
4.12 - IDENTIFICAÇÃO DOS EXTINTORES PORTÁTEIS
O local onde ficam instalados os extintores deve ser marcado com um sinal, indicando a
classe de incêndio para o qual aquele extintor é adequado.
Extintores utilizados em incêndios classe “A” são identificados por meio de um
triângulo verde contendo a letra A.
Fig. 4.44 – Representação gráfica de um extintor portátil utilizado em incêndios classe “A”
Fig. 4.45 – Representação gráfica de um extintor portátil utilizado em incêndios classe “B”
Fig. 4.46 – Representação gráfica de um extintor portátil utilizado em incêndios classe “C”
Extintores utilizados em incêndios classe “D” são identificados por meio de uma estrela
amarela de cinco pontas contendo a letra D.
Fig. 4.47 – Representação gráfica de um extintor portátil utilizado em incêndios classe “D”
Fig. 4.48 – Representação gráfica de um extintor portátil utilizado em incêndios classe “K”
(aproximadamente 6,89 bar), sendo que é necessária uma pressão mínima de 75 libras/pol.2
Tais ralos têm a descarga com diâmetro igual ao da tomada onde são instalados e são
empregados para a retirada de incrustações diversas que, com a trepidação do navio e os
Fig 5.3 - Extremidade roscada macho fêmea Fig 5.4 - Extremidade engate rápido STORZ
Nas Fragatas Classe Greenhalgh, NDCC Alte Saboia e Garcia D'Ávila existem dois
tipos de mangueiras: a tipo 2 (equivalente à mangueira de 1½”) e a tipo 3 (equivalente à
mangueira de 2½”). São encontradas a bordo nos tamanhos: 60 pés (somente tipo 3), 40 pés,
20 pés e 6 pés. Os terminais macho e fêmea das mangueiras são comuns, independente do
diâmetro. Os engates são chamados de acoplamentos instantâneos e, no início da
pressurização pode ocorrer um pequeno vazamento que cessa quando a pressão de trabalho
for atingida.
As mangueiras tipo 2 estão localizadas nas tomadas de incêndio no interior do navio e
nos reparos de CAv. As tipo 3 encontra-se nas tomadas externas do navio, nos reparos de
CAv e são utilizadas para descarga nas fainas de esgoto.
Ao pressurizar uma mangueira de incêndio, é desejável que se abra lenta e
continuamente a tomada de incêndio para evitar danos nas percintas dos acoplamentos.
Particularidades:
Manutenção: Todas as mangueiras deverão ser inspecionadas semanalmente, a fim de
ser verificado acúmulo de água. Devem ser retirados dos seus respectivos suportes pelo
menos uma vez por mês e novamente colhidas. Trimestralmente, todas as mangueiras devem
ser submetidas a testes de pressão de 1,5 vezes a pressão de trabalho.
Acondicionamento:
As mangueiras tipo 3 de 60 pés são disponibilizadas em cabides duplo na área do
hangar para utilização em conjunto ao FB 10X.
Cabides externos: As mangueiras de 40 pés tipo 2 deverão estar aduchadas na parte
mais interna do cabide e conectada ao hidrante e ao esguicho do tipo waterwall, enquanto a de
Fig. 5.7-A
5.5.2 - Acessórios
Conexões e reduções
No caso da tomada se localizar em uma das cobertas do navio, torna-se sempre
necessário o emprego da redução especial Y, onde ficarão permanentemente ligadas uma ou
duas seções de 1½" (Fig. 5.9).
Mesmo em convés aberto, a manipulação das mangueiras de 2½" sob pressão é bastante
difícil. Elas são mais utilizadas para dar maior extensão a linhas de mangueiras, alimentando
duas outras de 1½" com emprego de uma redução em Y.
A união dupla fêmea é utilizada especialmente para unir duas mangueiras ligadas à
tomada de incêndio (que têm rosca macho), para efeito de contorno da rede.
O jato de espuma deve ser dirigido para uma antepara, de onde ela escorrerá para a
superfície do líquido inflamado. Nunca se deve dirigir o jato de espuma diretamente sobre as
chamas, pois esta ação pode fazer com que o combustível se espalhe.
Quando utilizando equipamentos que produzem espuma para combater incêndio é
necessário que seja efetuado o teste antes da entrada do compartimento. Caso exista uma
cobertura de espuma anterior, o jato direto pode quebrá-la, permitindo que gases inflamáveis
escapem. Isso geralmente resulta na propagação do incêndio, ou numa reignição do
combustível.
Quando o incêndio ocorrer em líquidos derramados, torna-se eficiente represar o líquido
com a própria espuma, empurrando-a aos poucos sobre o líquido inflamado. O jato em forma
de neblina deve ser usado para produzir uma aplicação mais suave e reduzir a mistura da
espuma com o combustível.
A espuma contorna obstáculos com facilidade, sendo indicada para incêndios em praças
Propriedades à 25º C
Ph 7,5 – 8,5
Temperatura de armazenamento
mínima 2º C
Temperatura de armazenamento
máxima 49º C
Tabela 6.1 – Propriedades do LGE a 25º C
O líquido gerador da espuma, quando misturado com água, provê três vantagens na
extinção de fogo:
– uma película é formada na superfície do combustível, impedindo que este desprenda
vapores de hidrocarbonetos;
– a camada de espuma efetivamente isola o oxigênio da superfície do combustível; e
– a água contida na espuma permite contornar obstáculos, dando mais flexibilidade ao
combate a incêndio.
A espuma pode ser obtida de várias formas, dependendo do material existente nas
diversas classes de navios. Borrifo de porões, borrifo de teto ou lançamento de espuma
usando esguichos FB 5X / FB 10X / NPU de modo adequado, são algumas formas de utilizar
a espuma, fazendo a selagem dos vapores combustíveis e prevenindo o ressurgimento do
incêndio.
Pelo menos uma das linhas de mangueira para combate a incêndio classe “B” deve ser
com espuma. Caso todo o LGE seja utilizado por ocasião do combate a um incêndio, deve ser
utilizada água em neblina de alta velocidade, tomando-se o devido cuidado para não
romper a película de espuma produzida anteriormente.
Observa-se que o misturador não introduz o ar. Este é acrescentado na mistura água-
líquido em outra parte da linha, depois do misturador (em um esguicho NPU, por exemplo).
6.3 - ESTAÇÕES GERADORAS DE ESPUMA
Locais de grande risco de incêndios classe “B” exigem recursos de maior vulto para
geração de espuma (Fig. 6.9).
Estações centrais, de alta capacidade, produzem a mistura água x líquido gerador, que é
canalizada para os canhões e as tomadas de incêndio especiais localizadas em diversos pontos
de bordo, especialmente no hangar, convoo e praças de máquinas.
Os componentes básicos de uma estação geradora de espuma são:
– um tanque com capacidade para armazenagem e pronta utilização do líquido gerador
de espuma;
OSTENSIVO - 6-7 - REV.2
OSTENSIVO CAAML-1202
– um filtro instalado entre a rede de incêndio e a estação;
– uma válvula de tipo especial, instalada entre o filtro e o misturador. Ela pode ser aberta
por uma válvula piloto acionada por solenoide;
– um misturador; e
– uma bomba de recalque de água que eleva a pressão da rede de incêndio.
6.3.1 - Operação da Estação
Quando o equipamento produtor de espuma de alta capacidade é posto a funcionar,
todas as bombas de incêndio deverão ser utilizadas, para assegurar o máximo suprimento de
água. A pressão na entrada do misturador deverá ser mantida entre 100 e 150 psi (7 e 10 bar).
Uma pressão mínima de 70 psi (5 bar) é necessária nos esguichos de espuma para que se
produza espuma com a consistência desejada para o combate a incêndios. As estações de
espuma são projetadas para suprir quatro esguichos de 2½" operando simultaneamente. Os
esguichos são do tipo variável ou NPU. Podem existir recursos para acionamento remoto do
sistema junto às tomadas de espuma. As mangueiras devem estar conectadas às válvulas, para
pronta utilização.
As estações fixas produtoras de espuma devem ser sempre guarnecidas em postos de
combate e de postos de voo, por no mínimo três homens.
Tão logo a estação entre em funcionamento, será iniciada a alimentação do tanque com
líquido gerador e isto deverá ser mantido de forma contínua. Caso o seu funcionamento se
prolongue por muito tempo, deverá der providenciado reforço de pessoal. É necessário que se
mantenha constante vigilância sobre o indicador de nível do tanque, para mantê-lo
convenientemente abastecido.
Se for considerado que todas as bombonas de reserva de líquido gerador possam vir a
ser consumidas antes da extinção do incêndio, o encarregado do CAv deverá ser avisado, para
que ordene um novo suprimento.
A utilização das mangueiras de espuma é, de modo geral, idêntica à das mangueiras de
incêndio. Para maior facilidade de manuseio, as mangueiras deverão ser primeiramente
estendidas no convés e só depois disso é que deverão ser submetidas à pressão de
funcionamento.
A bordo, o tipo mais antigo de sistema fixo de borrifo consiste em uma derivação da
rede de incêndio e se destina geralmente à proteção dos paióis de munição e praças de
Fig. 7.2 – Chuveiro automático com elemento sensível tipo ampola de vidro
Outros tipos de chuveiros podem utilizar ligas metálicas de baixo ponto de fusão como
elemento sensível (fusível). Como exemplos, temos o chuveiro com elemento de solda, o
convencional, o lateral e o do tipo especial (Fig. 7.3). O rompimento dessa peça por ocasião
do aumento de temperatura faz operar o sistema.
Um cabo de arame vai do mecanismo de disparo das válvulas das ampolas até uma
caixa para partida à distância, com tampa de vidro, localizada fora do compartimento onde se
encontram as ampolas. Para descarregar o CO2 é necessário quebrar o vidro e puxar a
alavanca. Em algumas instalações, existem alavancas para descarga de CO2 em cada ampola;
em outras, apenas duas ampolas são comandadas pelo cabo de arame, e as demais são abertas
por válvulas automáticas de pressão. De um modo geral, as diferenças encontradas de um
fabricante para outro são pequenas.
Antes de empregar o CO2 como agente abafador, deve ser verificado se todos os acessos
ao compartimento estão fechados e as ventilações estão paradas (ou serão paradas
automaticamente ao se abrir o CO2). A descarga das ampolas, uma vez iniciada, não poderá
mais ser interrompida. O sistema de descarga direta pode ser aplicado para inundação total
(Fig. 7.9) ou aplicação local (Fig. 7.10).
Fig. 7.9 – Sistema com inundação total Fig. 7.10 – Sistema com aplicação local
c) Roupas de Penetração
As roupas de penetração são usadas nas fainas de combate a incêndio onde o militar
poderá ficar em contato direto com as chamas ou altas temperaturas.
As roupas aluminizadas devem ser vestidas sobre o macacão. Constam de calças, paletó,
botas, luvas e capuz com visor. Modernamente, roupas de lã de vidro e aluminizadas estão
substituindo as roupas de amianto. A superfície aluminizada reduz a absorção do calor
radiante (Fig. 8.4).
– temperaturas elevadas;
– fumaça; e
– gases tóxicos.
8.3.1 - Falta de oxigênio
O processo de combustão consome oxigênio (O2) e, ao mesmo tempo, produz gases
tóxicos. Estes ocupam o lugar do O2 ou diminuem sua concentração. Quando a concentração
de O2 está abaixo de 18%, o corpo humano reage com aumento da frequência respiratória,
como se estivesse sendo submetido a um esforço físico maior.
O quadro a seguir mostra os sintomas causados pela deficiência de O2, considerando
diferentes porcentagens de O2 no ar respirado:
8.3.3 - Fumaça
A fumaça é constituída principalmente por partículas de carbono (C, CO e CO2) em
suspensão. O tamanho das partículas é que determina a quantidade que, quando inalada,
penetrará nos pulmões.
8.3.4 - Gases tóxicos
Um incêndio pode gerar a exposição a substâncias tóxicas e irritantes. No entanto, não é
possível prever quais serão essas substâncias. A inalação simultânea de substâncias tóxicas ou
irritantes pode ter efeitos mais graves do que quando são inaladas separadamente.
A inalação de gases tóxicos pode determinar vários efeitos no corpo humano. Alguns
gases causam danos diretamente aos tecidos dos pulmões e perda de suas funções. Outros
gases não têm efeito direto nos pulmões, mas quando entram na corrente sanguínea, inibem a
capacidade dos glóbulos vermelhos transportarem O2.
a) Monóxido de Carbono (CO)
O monóxido de carbono destaca-se entre os gases tóxicos. A maioria das mortes em
incêndios ocorre por causa do monóxido de carbono (CO). Este gás sem cor e sem odor está
presente em todo incêndio e a queima incompleta é responsável pela formação de grande
quantidade de CO. Pode-se entender que fumaça escura indica altos níveis de CO.
A hemoglobina existente no sangue é responsável pela troca gasosa. O CO combina-se
com a hemoglobina de forma irreversível, inutilizando-a. Quando grande parte da
hemoglobina do sangue se combina com CO, pode-se morrer por falta de oxigênio.
Num ambiente, a concentração de 0,05% de monóxido de carbono no ar já é perigosa.
Ainda que a concentração de CO no ambiente seja maior que 1%, não ocorrem sinais que
permitam a fuga do local em tempo hábil.
Em baixos níveis de concentração de CO, ocorrem dor de cabeça e tontura (que são
avisos antecipados), antes da incapacitação.
b) Outros Gases
Além do CO existem outros gases tóxicos e asfixiantes que causam efeitos prejudiciais
à saúde do homem.
Exemplos:
– cloreto de hidrogênio (HCl);
– cianeto de hidrogênio (HCN);
– dióxido de carbono (CO2);
– óxido de nitrogênio (NO); e
– fosgênio (COCl2).
OSTENSIVO - 8-5 - REV.2
OSTENSIVO CAAML-1202
8.8 - EXPLOSÍMETRO
Os “indicadores de vapores” de hidrocarbonetos usados a bordo dos navios são
conhecidos como explosímetros (Fig 8.15). São instrumentos para rápida detecção e medição
de gases ou vapores combustíveis no ar.
8.8.1-Explosímetros Digitais
Existem no mercado explosímetros mais avançados e capazes de fornecerem medidas
mais precisas: são os explosímetros digitais (Fig. 8.16). A desvantagem deste equipamento é a
necessidade anual de aferição.
OSTENSIVO - 8-11 - REV.2
OSTENSIVO CAAML-1202
Fig. 9.2 – Ataque indireto a um incêndio classe “A” - “Fog attack” - Ganhando o controle do incêndio
Fig. 9.4 – Ataque direto a um incêndio classe “A” com descompressão para a atmosfera
Fig. 9.6 – Ataque indireto a um incêndio classe “A” com descompressão para a atmosfera
Fig. 9.7 – Porta abrindo para fora Fig. 9.8 – Porta abrindo para dentro
Fluxograma 10.1
Fluxograma 10.2
– novas tentativas podem ser feitas em melhores condições, ou após o uso de algum
sistema fixo, quando disponível.
– um preparo do pessoal de combate a incêndio com melhor roupa de proteção, estudo
do melhor acesso a ser utilizado, abertura de acessórios para descompressão (redução da
temperatura e pressão no interior do compartimento) etc. podem ser necessários nessa
situação.
– todos os esforços devem ser envidados para que a avaria seja limitada na sua
progressão, até a extinção do material combustível naquele compartimento ou a ordem de
abandono do navio.
– o EnCCAv deve utilizar o fonoclama sempre que for determinar ações a serem
executadas, imediatamente, por turmas situadas em locais de difícil trânsito ou de difícil
T = 0,03. L. W
N
c) Oficial de Crache
É a função acumulada pelo Oficial de Lançamento e Pouso (OLP), que em caso de
acidente a bordo, coordenará as ações da equipe de crache durante as fainas de combate a
incêndio, remoção ou alijamento de destroços da aeronave acidentada.
Compete ao Oficial de “Crache”:
– Caso haja fogo, assumir de imediato o controle da faina, determinando o setor de
abordagem da aeronave pela turma de ataque;
– Solicitar à manobra a redução da velocidade do navio, a fim de facilitar o combate a
incêndio;
– Determinar o fechamento total da porta do hangar;
– Informar ao Comandante do navio a situação do sinistro; e
– Ao término da faina de combate a incêndio, solicitar a presença do médico ou
enfermeiro para proceder à retirada da tripulação;
– No caso de alijamento da aeronave, solicitar a permissão ao Comandante do navio
para fazê-lo; e
– Ao término da faina, dar o pronto ao Comandante do navio.
d) Líder de “Crache”
É a função exercida por um Sargento, cuja responsabilidade é auxiliar o Oficial de
“Crache” em suas atribuições, sendo ele o elo entre a equipe de “crache” e o respectivo
oficial.
Compete ao Líder de “Crache”:
– Por ocasião da prontificação do navio para as operações aéreas, verificar a presença
da equipe e informar as devidas faltas ao OLP;
– Supervisionar a manutenção e guarda do material de “crache”, bem como a sua
OSTENSIVO - 11-5 - REV.2
OSTENSIVO CAAML-1202
disposição ordenada e racional durante as operações aéreas; e
– Em caso de acidente, conduzir a equipe durante a faina de combate a incêndio.
e) Equipe de salvamento
São os auxiliares diretos do médico e/ou enfermeiro na operação de salvamento da
tripulação da aeronave acidentada.
Compete à Equipe de Salvamento:
– Em caso de acidente, cumprir os procedimentos de cabine (alijamento de portas, corte
de combustível, de bateria e frear o rotor); e
– Por ocasião da remoção das vítimas, auxiliar o médico e/ou enfermeiro nos primeiros
socorros e na imobilização e transporte das vítimas, se necessário.
f) Médico
É o oficial médico responsável pela coordenação das ações de salvamento da tripulação
da aeronave acidentada.
Compete ao Médico da Equipe de “crache”:
– Coordenar os primeiros socorros e prestar assistência médica às vítimas da aeronave
acidentada, no local, conforme a necessidade; e
– Orientar a retirada e transporte das vítimas.
g) Enfermeiro
É a praça especialista em enfermagem que, por ocasião do salvamento, é o encarregado
de prestar os primeiros socorros às vítimas.
Compete ao Enfermeiro da Equipe de “Crache”:
– Desconectar o plug do capacete;
– Afastar o microfone;
– Soltar ou cortar o tirante do capacete (jugular);
– Içar a viseira e fixá-la nessa posição;
– Folgar manualmente o capacete, segurando-o sob os fones, e removê-lo girando-o
ligeiramente para vante;
– Aplicar o colar cervical;
– Soltar ou cortar os tirantes do equipamento de sobrevivência individual;
– Soltar ou cortar os cintos de segurança;
– Remover e transportar os acidentados; e
– Auxiliar o médico no desempenho de suas funções.
11.3.3 - Composição de equipes
As equipes de crache deverão ser formadas de acordo com a classe de apoio do navio a
que se destinam. Em outras palavras, se o navio for dotado de convoo, o que implica em
OSTENSIVO - 11-6 - REV.2
OSTENSIVO CAAML-1202
pouso e decolagem de aeronaves além das fainas de pick-up e VERTREP, a equipe deverá ser
formada de modo que atenda a todas as suas necessidades, relacionadas tanto com a
operatividade quanto com a segurança. Do mesmo modo, se o navio for dotado de Área de
Transferência (ATr), o que implica apenas no emprego do gancho e/ou do guincho de
helicóptero, a composição da equipe deverá obedecer aos mesmos critérios.
A equipe de “crache” é, normalmente, composta da seguinte forma:
a) Para navios dotados de Plataforma de Voo (pousos e decolagens):
- Um oficial – oficial de “crache” (exercido pelo OLP);
- Um SG – líder de “crache”;
- Dois CB/MN – salvamento (vestem roupas especiais de proteção);
- Três CB/MN – operadores das linhas de espuma;
- Três CB/MN – operadores das linhas de proteção;
- Um oficial (Md) – médico; e
- Um SG/CB-EF – enfermeiro.
Obs.: Os navios dotados de canhão de espuma providenciarão o seu guarnecimento por
um elemento devidamente qualificado.
b) Para navios apenas com Área de Transferência – ATr (Pick-up e VERTREP):
- Um oficial – oficial de “crache” (exercido pelo OLP);
- Um SG – líder de “crache”;
- Três CB/MN – Manobreiros de carga/descarregador da eletricidade estática; e
- Um Reparo do Grupo de CAv, que deverá permanecer guarnecido durante as
operações aéreas e um SG/CB-EF – Enfermeiro.
c) Equipe da lancha de prontidão ou do bote inflável:
- Dois SG/CB-MG, podendo ser substituídos por duas praças cursadas em
NATSALV;e
- Tripulação necessária para manobrar a embarcação.
11.3.4 - Características dos componentes da equipe de “crache”
Tendo em vista o perigo e o tipo de missão que lhes é destinada, os componentes da
equipe de crache deverão ser selecionados dentre os membros da tripulação, a fim de dotar a
equipe de elementos com as seguintes características:
- Liderança;
- Agilidade;
- Iniciativa;
- Coragem;
- Paciência: e
OSTENSIVO - 11-7 - REV.2
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- Compleição física robusta (pelos menos dois).
A liderança é uma característica fundamental a ser destacada tanto no Oficial quanto no
Líder de “Crache”, uma vez que caberá a eles, respectivamente, a coordenação e condução da
equipe.
11.3.5 - Equipamentos e ferramentas utilizados pela equipe de “crache”
Os equipamentos e ferramentas abaixo apresentados são requisitos básicos e
obrigatórios para operação com aeronaves, de acordo com as normas em vigor da MB:
a) Tomadas de incêndio
Todas as áreas em que se realizam operações aéreas (Convoo, Área de “VERTREP”,
Área de “PICK UP”, Área de Reabastecimento em Voo e Hangar), deverão ser alcançáveis
por mangueiras alimentadas a partir de, pelo menos, duas tomadas de incêndio, as quais
deverão ser adjacentes, e posicionadas, preferencialmente, em ambos os bordos do convoo.
b) Extintores
I) Para uso no Convoo:
– Dois extintores portáteis de CO2 de seis quilogramas, com suporte para instalação em
cabide de antepara; e
– Um cilindro de pó químico de no mínimo setenta quilogramas em carreta.
II) Para uso no Hangar
– Dois extintores portáteis de CO2 de seis quilogramas, com suporte para instalação em
antepara, adicionais aos previstos no item I; e
– Dois extintores de pó químico de oito ou doze quilogramas, com suporte para
instalação em cabide de antepara, adicionais ao previsto no item I.
III) Para uso em áreas de “VERTREP”, “PICK UP” e “HIFR”
– Dois extintores portáteis de CO2 de seis quilogramas, com suporte para instalação em
cabide de antepara; e
– Dois extintores de pó químico de oito ou doze quilogramas com suporte para
instalação em cabide de antepara.
c) Ferramentas de crache e salvamento
Deverão ser guardadas em armário, nas proximidades do Convoo, disposta na Área de
“VERTREP”, na Área de “PICK UP” ou Área de Reabastecimento em Voo, conforme a
figura abaixo:
1) Um machado de CAV;
2) Um Corta Fio (tesourão para corte de cabos de aço);
3) Um pé-de-cabra com unha, de 30 ou 36 polegadas de comprimento;
4) Um arco de serra para metal;
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OSTENSIVO CAAML-1202
5) Uma chave de fenda com cabo isolado de ¼ de polegada;
6) Um alicate universal isolado, de 8 polegadas;
7) Uma faca de marinheiro e/ou faca em “V”; e
8) Uma lanterna de antepara ou jator elétrico (para os navios de Níveis de Operação I e
II).
VENTILAÇÃO
VENTILAÇÃO NATURAL
( LOCAL / CLASSIF. )
PROCEDIMENTOS:
REMOÇÃO
DE
FUMAÇA
PARA
DENTRO DO COMPARTIMENTO FORA DO
ESGOTO
COMPARTIMENTO
ACESSÓRIOS DE
Cav
(LOCAL / CLASSIF.)
ANEXO B
QUADRO DE CONTROLE PARA MÁSCARA
A B C D E F G
MÁSCARA OPERADOR FUNÇÃO PRESSÃO TEMPO HORA INÍCIO HORA PREP. HORA INÍCIO HORA FIM
nº CILINDRO P/ APITO RENDIÇÃO RETORNO AMPOLA
A B C D F E
MÁSCARA PRESSÃO TEMPO HORA INÍCIO HORA FIM
nº OPERADOR FUNÇÃO CILINDRO P/ APITO HORA INÍCIO RETORNO AMPOLA
ANEXO D
ROTA DE
Nº BORDO NOME HORA TIPO DE ACIDENTE REMOVIDO (H)
REMOÇÃO