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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE

CENTRO DE TECNOLOGIA
DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA CIVIL

TÁCITO CUNHA LIMA

Cálculo do parâmetro de instabilidade global ϒz

NATAL/RN
2019
1. Cálculo das forças horizontais.
Inicialmente, para calcular o parâmetro de instabilidade ϒz é necessário avaliar as forças
que agem horizontalmente na estrutura, nesse caso em particular, aplica-se o desaprumo
e a força do vento. O desaprumo é calculado pela seguinte expressão fornecida na NBR
6118/2014.
Figura 1 – Cálculo do Desaprumo

Com o valor do desaprumo calculado, chega-se a uma força equivalente, aplicada em


cada laje de pavimento. Essa força é calculada como o desaprumo multiplicado pelo
carga total do pavimento. Os valores obtidos foram:
Figura 2 - Força devido ao desaprumo

O momento causado pela força de desaprumo, em relação a base do edifício, é calculado


e então comparado com o momento exercido pela força do vento em cada pavimento em
relação ao mesmo ponto. Dependendo da magnitude de ambas as forças, considera-se
ambas ou apenas uma delas, conforme o seguinte critério:
Figura 3 - Critério para consideração do desaprumo e força do vento.

Após análise, verificou-se que a força do vento era predominante.


A força do vento é obtida seguindo os critérios da NBR 6123/88. Inicialmente calcula-
se a velocidade característica do vento para o local onde a edificação será construída.
Segundo a referida norma, essa velocidade é dada pela seguinte expressão;
𝑉 =𝑉𝑆 𝑆 𝑆
Onde Vo é a velocidade básica do vento para a região, dada no mapa de isopletas
constante na norma. Para a região de Natal-RN Vo vale 30 m/s. S1 é um parâmetro que
leva em consideração o fator topográfico do terreno que para terrenos planos vale 1. S2
leva em consideração a rugosidade do terreno, a forma da edificação e a variação da
velocidade do vento com a altura, esse parâmetro é calculado pela expressão;
𝑧
𝑆 = 𝑏𝐹 ( )
10
Com os parâmetros b, Fr e p obtidos na Tabela 1 da NRB 6123/88. Segundo a
classificação da norma, a edificação está em terreno plano de categoria II e a forma da
edificação é definida como sendo de classe B. Com isso os parâmetros obtidos foram
b=1, Fr=0,98 e p=0,09.
O fator S3 considera o tipo de uso da estrutura e, para estruturas residenciais, vale 1.
Dessa forma, os valores de velocidade característica do vento que foram obtidos são:
Figura 4 - Velocidade característica do vento
Com conhecimento da velocidade do vento é possível encontrar a pressão dinâmica
causada na estrutura. A pressão dinâmica do vento em N/m², é dada por;
q= 0,613Vk²
Por fim, calcula-se a força exercida pelo vento na estrutura ao considerar a área de
incidência Ae e o coeficiente de arrasto Ca que já considera as regiões de subpressão e
sobrepressão na estrutura. A área frontal efetiva para o um pavimento foi considerada
tomando metade da altura do pavimento superior e metade da altura do pavimento
inferior vezes a largura do edifício. Apenas para a primeira e última laje que houve
diferença, nesta foi considerado apenas a metade inferior do pavimento visto que ela
seria de cobertura, naquela foi considerado o pavimento inferior inteiro e metade do
superior. O coeficiente de arrasto foi obtido por meio da figura 4 da NBR 6123/88 para
as duas direções, de acordo com as dimensões da estrutura, como segue;
Figura 5 - Obtenção do Coeficiente de arrasto Ca

Para a direção y os valores de l1 e l2 são 17,10m e 11,20m respectivamente. O valor de h


é igual para as duas direções e vale 33m. Dessa forma, para a direção y, l1/l2 vale 1,53 e
h/l1 vale 1,93, com esses valores Cay vale 1,3.
Na direção x l1 e l2 valem 11,20m e 17,10m respectivamente, l1/l2 vale 0,65 e h/l1 vale
2,95. Com esses valores na figura obtém-se Cax igual a 1,1.
Com o coeficiente de arrasto e a área frontal efetiva calcula-se a força a do vento na
estrutura com a seguinte expressão;
𝐹 = 𝐴 𝑞𝐶

2. Cálculo do parâmetro ϒz.


O parâmetro ϒz é calculado considerando os momentos de primeira ordem das forças
horizontais em relação a base da estrutura e os momentos de segunda ordem
provenientes das cargas verticais dos pavimentos agindo com deslocamento causado
pela deformação da estrutura devido aos esforços horizontais atuantes, que nesse caso é
o vento. ϒz é dado por;
1
𝛾 =
∆𝑀 ,
1 − 𝑀1
, ,

Onde M1,tot,d é soma dos momentos de todas as forças horizontais, com seus valores de
cálculo, em relação à base da estrutura e ∆Mtot,d é a soma dos produtos de todas as
forças verticais atuantes na estrutura pelos deslocamentos horizontais de seus
respectivos pontos de aplicação, obtidos pela análise de primeira ordem adotando-se
(EI)sec para levar em consideração a não linearidade física do material.
Segundo a NBR 6118/2014 (EI)sec vale;

Desse modo, para obtenção dos deslocamentos da estrutura foi feito a associação plana
dos pórticos de contraventamento considerando um módulo de elasticidade para o
concreto igual a 24800 MPa para os pilares e 12400MPa para as vigas.
Levando em conta a simetria da estrutura foi considerado para obtenção dos
deslocamentos apenas metade dos pórticos em cada direção com metade da força do
vento aplicada. Foi considerado o seguinte;
Figura 6 - Porticos de contraventamento

Com o uso do Ftool foram obtidos os deslocamentos para a estrutura em ambas direções
como segue;
Figura 7 - Deslocamentos na direção x
Figura 8 - Deslocamentos na direção y

Obtidos os deslocamentos, por fim, calcula-se o parâmetro ϒz com a ajuda de uma tabela
do excel.

Tabela 1 – ϒz na direção y
Tabela 2 - ϒz na direção x

Como ɣz nas duas direções ficou menor ou igual a 1,10, pode-se considerar que a
estrutura é de nós fixos e, portanto, os efeitos de segunda ordem globais podem ser
desconsiderados.

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