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AD1– HISTÓRIA DO BRASIL IV

A importância dos movimentos históricos entre 1930 a 1937 para o enriquecimento


da História do país.

O Brasil passou por vários momentos que contribuíram e contribuem para a sua História. Um
deles foi a “Revolução Constitucionalista” de 1932, onde, o país passava por um momento político
instável, isso fez com que a Revolução eclodisse no estado de São Paulo. Esses processos de
mudanças que vieram desde 1930 a 1937 são considerados formas de redescobrimento do Brasil. No
texto “A Revolução Constitucionalista de 1932: historiografia e história” de Marcelo Santos de
Abreu, menciona exatamente alguns períodos da História do Brasil entre 1932 e 1938, onde o mesmo
salienta a questão literária, iniciando seu texto com a frase de Menotte Del Picchia “a Revolução
paulista transformou-se, calados os canhões, numa guerra literária. Gastaram-se mais palavras para
descrevê-la do que fitas de metralhadora para sustenta-la”.

O partido democrático (PD) que participou da Aliança Liberal apoiando Vargas, passou a fazer
oposição ao mesmo após escolher chefes militares para funções dentro da política. Os paulistas
consideravam uma afronta ter tenentes no governo estadual. Por conta deste motivo, as ruas do estado
de São Paulo começaram a encher de constitucionalistas e foi ganhando força e aliados ao longo do
percurso. Os paulistanos invocavam a tradição bandeirante e tinham como principal objetivo
restaurar a autonomia política e econômica de São Paulo, conforme é salientado na aula 2 do livro
didático (História do Brasil IV) – “Os desafios do governo provisório de Getúlio Vargas (1930-1934):
a “Revolução Constitucionalista” e a Assembleia Nacional Constituinte”.

Em 1932 o Partido Democrático se alia por completo ao PRP na frente Única Paulista. Além
dos paulistanos Vargas começa a ter problemas com Minas Gerais, Natal e também com Rio Grande
do Sul, todos começam a se aliar à causa constitucionalista. Ocorre neste momento a morte de quatro
estudantes (MMDC), impulsionando ainda mais a luta contra o governo provisório, ou seja, contra
Getúlio Vargas.
No dia 13 de julho de 1932 – “Os rebeldes divulgaram na empresa um intimado, no qual
apresentavam as motivações de sua luta: exigiam a deposição de Vargas, a instalação de uma nova
junta de governo e a convocação de uma Assembleia Nacional Constituinte”. (Aula 2 – Vol. 1 – Pg.
43).

Contudo, o conflito contra Vargas permanece, e a população civil paulista volta a seus
esforços para uma guerra, desta forma, as indústrias começam a produzir armamento em grande
escala. Ocorrendo adiante um combate entre o governo provisório e os constitucionalistas, onde os
últimos acabam tendo cerca de 15 mil vítimas entre mortos e feridos e se rendem. Em 1933, iniciasse
um processo de retorno do país à ordem legal. Esses acontecimentos e revoluções, se estendem de
1930 ao Estado Novo.

Para comentar sobre o artigo de Marcelo Santos de Abreu, se faz necessário compreender e conhecer
um pouco sobre a história mencionada a cima. Desta forma, Abreu salienta a questão da Licenciatura
Testemunhal, onde por exemplo, em 1932 somente a indústria editorial paulista publicou cerca de
177 títulos, a maior parte das obras ao longo dos anos concentraram suas publicações e edições no
estado de São Paulo.

Deve-se levar em consideração, o fato de São Paulo ter sido o foco do movimento constitucionalista,
consequentemente o estado teria mais testemunhas e assim, mais produções da literatura testemunhal
principalmente nos anos de 1932, 1933 e 1934.

De tal modo, vale retornar a frase utilizada no trecho inicial do artigo de Abreu:

“... Gastaram-se mais palavras para descrevê-la do que fita de metralhadora para sustenta-la”,
(Menotte Del Pucchia)

Ou seja, a Revolução em si não perdurou por um longo tempo, no entanto, após o seu término
a guerra foi literária e permaneceu durante anos, com autores escrevendo até 3 livros sobre o assunto,
pois, havia uma satisfação do público leitor. Neste período no Brasil, não havia historiadores
profissionais, desta forma, a maioria dos autores eram realmente testemunhas da Revolução
Constitucionalista e normalmente os mesmos eram lidos somente por pessoas do mesmo nível social
(médio ou alto) e que se identificavam por terem passado e presenciado as mesmas situações.

Porém, os livros eram escritos por pessoas leigas em História que apenas estavam basicamente dando
o seu testemunho sobre um momento histórico do País, por este motivo, não é possível confirmar a
veracidade das informações expressas, já que muitos se apropriaram da imagem de bandeirantes
paulistas e construíram o livro ou artigo em cima deste ponto.

Marcelo Santos de Abreu, também chega a levantar a questão da veracidade, desta maneira o autor
expressa o seguinte trecho:

“O valor do testemunho escrito preferencialmente acompanhado de farta documentação era uma


forma de escapar “deformação imaginativa e difluente com que a tradição oral costuma desfigurar a
verdade das coisas”.

Tal qual, os livros tinham certa nacionalidade onde, escritores defendiam movimentos políticos, a luta
armada ressaltando que os mesmos eram “uma enérgica expressão de brasilidade”, ou seja, a luta pela
liberdade e direitos constantes, era simplesmente um movimento na qual modificaria a personalidade
nacional, tendo como base sua tradição e o passado, para aprender com ele. Na qual, os brasileiros
estavam se tornando os próprios protagonistas da História do país.

Todavia, o artigo de Marcelo Santos de Abreu “A Grande Revolução Constitucionalista de 1932:


historiografia e História”, menciona a importância da literatura para a construção da História, onde, a
mesma permanece “viva” durante anos, mesmo tendo como fonte o testemunho, o que acaba
deixando a desejar na veracidade, levantando dúvidas constantes. “A História representada nos
testemunhos ressalta a coesão social resultante de uma crise aproximando-se do mito”. Apesar disso,
permanece consecutivamente apropriando e enriquecendo a reconstrução do passado da História do
país e do período no qual se destina.
Bibliografia

 ABREU, Marcelo de Santos. “A Revolução Constitucionalista de 1932:


historiografia e história”. Anais do XIII Encontro de História ANPUH - RJ.
Rio de Janeiro: ANPUHRJ, 2008.
(http://www.encontro2008.rj.anpuh.org/resources/content/anais/1215609388_A
RQUIV O_ARevoluc aoConstitucionalistade1932.pdf)

 CORRÊA, Maria Letícia

História do Brasil IV. V.1 / Maria Letícia Corrêa, Monica Piccola


Almeida. – Rio de Janeiro: Fundação CECIERJ, 2011. (Aula 1 – “A Revolução
de 1930 e o significado da Era Vargas: Historiografia”).

 CORRÊA, Maria Letícia

História do Brasil IV. V.1 / Maria Letícia Corrêa, Monica Piccola


Almeida. – Rio de Janeiro: Fundação CECIERJ, 2011. (Aula 2 – “Os desafios
do Governo Provisório de Getúlio Vargas (1930 – 1934): a “Revolução
Constitucionalista” e a Assembleia Nacional Constituinte”).

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