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PODER JUDICIÁRIO DO ESTADO DA BAHIA

2ª TURMA RECURSAL DOS JUIZADOS ESPECIAIS


Num. Processo : 0030970-09.2016.8.05.0001
Classe : RECURSO INOMINADO
Recorrente(s) : GERSONILDO SANTANA BARBOSA

Recorrido(s) : BANCO SANTANDER

Origem : 13ª VSJE DO CONSUMIDOR (MATUTINO)


Relatora Juíza : MARIA AUXILIADORA SOBRAL LEITE

VOTO-E M E N T A

RECURSO INOMINADO. CONSUMIDOR. ALEGAÇÃO DE NEGATIVAÇÃO INDEVIDA.


DÍVIDA ORIUNDA DE CONTRATO DE EMPRÉSTIMO CONSIGNADO. AUSÊNCIA DE
PROVAS DO PAGAMENTO DAS PARCELAS QUE ENSEJARAM A NEGATIVAÇÃO DO
NOME DA PARTE AUTORA NOS CADASTROS DE PROTEÇÃO AO CRÉDITO
(ART.373, INCISO I DO CPC.). EXERCÍCIO REGULAR DO DIREITO DO CREDOR.
COBRANÇA DEVIDA. SENTENÇA DE IMPROCEDÊNCIA MANTIDA.

1.Trata-se de recurso interposto contra sentença que julgou improcedente o


pedido, por entender o magistrado sentenciante que: “ Não é que se afirme aqui que os
fatos alegados não aconteceram da forma como narrado, mas se faz necessário um mínimo
de provas que demonstrem a robustez das alegações. É que não se pode imputar ao
acionado qualquer responsabilidade por fato cuja existência não restou devidamente
comprovada.Assim, não havendo prova do ato ilícito, logo, não há que se falar em
declaração de inexistência do débito, tampouco em reparação de danos, restando

comprometidos os pedidos da exordial.”.

1. Alega a parte recorrente que teve o seu nome inserido indevidamente nos
cadastros de proteção ao crédito por dívida que havia sido quitada, relativa a empréstimo
consignado firmado com o réu, motivo pelo qual restara ilegítima a inscrição de seu nome
nos cadastro de proteção ao crédito. Requereu indenização pelos danos morais sofridos.

2. A despeito das alegações da parte autora, esta não comprova o pagamento de


todas as parcelas que compuseram o contrato de empréstimo firmado, como lhe incumbia
fazer nos termos do art. 373, inciso I do CPC. Conforme consta do contrato colacionado
no ev.01 pela parte autora, a data programada para o pagamento da última parcela seria
10/10/2018, o que presume portanto a continuidade do contrato, sendo materialmente
impossível a sua quitação.

3. Por seu turno, o autor não colaciona aos autos comprovantes de pagamentos
relativos às parcelas que ensejaram a inscrição de seu nome nos cadastros de proteção
ao crédito. Vale destacar ainda que a consulta formulada ao órgão arquivista encontra-se
ilegível, não servindo como meio de prova suficiente acerca do ato da negativação.

4. Nestes termos, não se aplica ao caso a inversão do ônus da prova, sendo dever
processual da parte autora a prova do fato constitutivo de seu direito, nos termos do
art.373, inciso I do CPC, , o que não logrou faze no presente caso, sendo insuficiente para
a formação da convicção do julgador meras alegações, quando o contexto fático-
probatório não se revela suficiente para embasar a pretensão formulada.

5. Assim sendo, o débito que fora objeto de apontamento está lastreado em dívida
regularmente constituída, originária que foi de contrato validamente formado entre as
partes, o que representa, ademais, exercício regular do direito da parte credora da
relação.

5. ISTO POSTO, voto no sentido de CONHECER e NEGAR PROVIMENTO ao recurso


interposto pelo Recorrente para manter a sentença objurgada em seus termos.
Condenação em custas e Honorários advocatícios arbitrados em 20% (vinte por
cento) sobre o valor da causa, restando suspensa a exigibilidade do pagamento
pela parte autora, pelo prazo de 05 (cinco) anos, nos termos do artigo 98, § 3º, do
CPC/2015.

Salvador, Sala das Sessões, 01 de Junho de 2017.


BELA. MARIA AUXILIADORA SOBRAL LEITE
Juíza Relatora
BELA CÉLIA MARIA CARDOZO DOS REIS QUEIROZ
Juíza Presidente
PODER JUDICIÁRIO DO ESTADO DA BAHIA
2ª TURMA RECURSAL DOS JUIZADOS ESPECIAIS

Num. Processo : 0030970-09.2016.8.05.0001


Classe : RECURSO INOMINADO
Recorrente(s) : GERSONILDO SANTANA BARBOSA

Recorrido(s) : BANCO SANTANDER

Origem : 13ª VSJE DO CONSUMIDOR (MATUTINO)


Relatora Juíza : MARIA AUXILIADORA SOBRAL LEITE

ACÓRDÃO

Acordam as Senhoras Juízas da 2ª Turma Recursal dos Juizados Especiais


Cíveis e Criminais do Tribunal de Justiça do Estado da Bahia, CÉLIA MARIA
CARDOZO DOS REIS QUEIROZ –Presidente, MARIA AUXILIADORA SOBRAL LEITE
– Relatora e ALBÊNIO LIMA DA SILVA HONÓRIO, em proferir a seguinte decisão:
RECURSO CONHECIDO E IMPROVIDO . UNÂNIME, de acordo com a ata do
julgamento. Condenação em custas e Honorários advocatícios arbitrados em 20%
(vinte por cento) sobre o valor da causa, restando suspensa a exigibilidade do
pagamento pela parte autora, pelo prazo de 05 (cinco) anos, nos termos do artigo
98, § 3º, do CPC/2015
Salvador, Sala das Sessões, 01 de Junho de 2017.
BELA. MARIA AUXILIADORA SOBRAL LEITE
Juíza Relatora
BELA CÉLIA MARIA CARDOZO DOS REIS QUEIROZ
Juíza Presidente

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