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Capítulo 1

INFORMÁTICA PRÁTICA

NAS ESCOLAS PÚBLICAS DO MUNICÍPIO DO RIO DE JANEIRO

1.1 Introdução

Se a educação sozinha não transforma a sociedade


sem ela, tampouco, a sociedade muda.
(Paulo Freire)

Para aprender a ler e a escrever é preciso pensar sobre a escrita, pensar sobre o que a
escrita representa e como ela representa graficamente a linguagem. Primeiro se aprende a ler,
depois é que o aluno passa a escrever e surgem as preocupações com a ortografia. Algumas
situações didáticas favorecem especialmente a análise e a reflexão sobre o sistema alfabético
de escrita e a correspondência fonográfica. São atividades que exigem uma atenção à análise,
tanto quantitativa como qualitativa, da correspondência entre segmentos falados e escritos. A
questão da alfabetização tem preocupado os profissionais da educação, pois nenhuma tarefa
hoje pode ser levada a bom termo sem o recurso do escrito. Quer se trate de tarefas
profissionais, de tarefas ligadas à vida cotidiana, de atividades de lazer ou de deveres do
cidadão, é necessário antes de qualquer coisa ler e muito freqüentemente escrever. Nossa
época é, por excelência, o tempo do escrito e, portanto, se faz necessário que a função social
dessas práticas sejam contempladas nos discursos e práxis pedagógicas.

Hoje, com o avanço tecnológico, o analfabeto encontra-se fora de sintonia com o


mercado de trabalho. Não por incompetência profissional, mas porque os excedentes de
graduados que não encontram colocações específicas em suas áreas, passaram a ocupar esse
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espaço. Atualmente essa questão foi atropelada pela necessidade de sobrevivência e qualquer
tipo de trabalho passou a ser altamente disputado.

Saber ler e escrever não é um simples problema de alfabetização, as crianças


precisam ler, mas sobretudo entender o que lêem. Devem estar conscientes da necessidade do
saber interpretar imagens, números e letras, de ler o mundo. A participação dessas crianças na
sociedade depende do conhecimento adquirido e da forma de comunicação que se utilizam;
por essas e outras razões, é fundamental ler e escrever bem, além de compreender o uso social
dessas práticas no seu cotidiano.

O conjunto de códigos, letras e números deve dar à criança à capacidade de analisar,


sintetizar e interpretar dados e fatos. Aos professores também cabe a responsabilidade pela
formação dessas crianças. Para se ter uma sociedade mais justa deve-se oferecer a elas todas
as condições que lhes permitam ser e atuar como cidadãos. Deve-se ensinar essas crianças a
defender seus interesses, solucionar problemas, argumentar e mudar o que precisar ser
mudado.

É necessário que entendam as diferentes linguagens de comunicação para adquirir


novos conhecimentos, valores morais e éticos. O professor será o mediador entre os
conhecimentos do mundo e o aluno, ajudando-o a construir seu saber através das informações
adequadas, oportunizando o acesso às informações que se apresentam nos diferentes veículos
de comunicação. De acordo com Cagliari (1998),

“... o professor não pode ser o dono da educação, aquele que tem tudo sob
seu comando. É preciso que haja também uma grande participação do
aprendiz, porque afinal de contas é ele quem precisa aprender e mostrar o que
aprendeu e sobretudo, saber que aprendeu” (p.40).

Com o uso dos computadores nas escolas, pode-se criar situações em que se possa
ensinar as crianças a trabalharem em equipe, associar-se a um objetivo, expor e negociar suas
idéias, argumentar e acreditar no seu potencial. Em suma, a assumir responsabilidades.

“O computador revela-se como um instrumento favorável à interação, onde


podem ser propostos vários desafios cognitivos no intuito de estimular o
desenvolvimento da linguagem escrita. Nesta interação, observam-se
situações onde o nível de desenvolvimento cognitivo do aluno caracteriza seu
relacionamento com o meio, inclusive com a própria linguagem escrita”
(Cruz, 2000, não publicado).
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O ensino em situações nas quais a leitura e a escrita ocorram de fato proporcionará


uma aprendizagem durável e adaptável. Ora, numa situação efetiva, é necessário que se reflita
para construir o sentido, e para isso não se pode confiar em nenhum outro mecanismo. É
preciso ter um projeto de leitura e escrita e saber relacioná-lo ao objeto portador de texto, à
sua função social e às informações que ele contém. Em resumo, é preciso ter uma atitude de
pesquisa inteligente, pois todo processo educativo precisa de um método que o fundamente,
que lhe sirva de referencial teórico. É uma atitude desse tipo que importa desenvolver de
início com seriedade e convicção, pois, “um método não é uma panacéia que resolve todos os
problemas educacionais” (Cagliari, 1998, p.60).

O computador pode ser utilizado como recurso na construção dessa aprendizagem


reflexiva, a reflexão e a depuração, em busca de uma transformação educacional que leve à
independência, criatividade e autocrítica. A proposta pedagógica da área de informática é
incorporar a perspectiva dos alunos de interagirem com o computador através da elaboração e
da concretização dos projetos da escola, considerando o envolvimento prévio e contínuo do
estudante, ao longo de seus estudos, a utilidade dos conhecimentos e as informações que
estará adquirindo.

1.2 Problema

Como o professor, preparado para uma pedagogia baseada em procedimentos que


visam à acumulação de informações pelo aluno, poderá criar competências que tornem sua
prática pedagógica aliada ao computador, e assuma uma nova atitude diante do ensino da
leitura e da escrita?

Como preparar os professores já formados para a utilização crítica do computador na


prática pedagógica? De que conteúdos ou saberes o professor precisa se apropriar para o uso
dessa ferramenta de forma crítica e criativa? Que estratégias, de leitura e escrita, podem ser
utilizadas com o computador nas unidades escolares da rede municipal de ensino do
Município do Rio de Janeiro? Como atrelar o computador ao projeto político pedagógico
(PPP) das escolas buscando alternativas para sua implantação?
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A utilização de tecnologias em todos os ramos das atividades no mundo atual está


gerando mudanças nas organizações e no pensamento humano. Isso exige independência,
criatividade e autocrítica na obtenção e na seleção de informações, assim como na construção
do conhecimento. Tentar-se-á apresentar uma proposta com o uso do computador que leve o
professor a refletir sobre a sua prática e seu papel de agente transformador, e a criar situações
de aprendizagem com o uso do computador, especificamente o ensino da leitura e escrita.

1.3 Justificativa

A informática faz parte da cultura contemporânea e a escola tem o papel fundamental


de propiciar o acesso dos alunos a essa tecnologia e às suas linguagens. É principalmente
através da escola, que antigas e novas gerações têm oportunidade de participar, compreender,
decidir e de sentirem-se autônomas em relação à Tecnologia da Informação – TI, realizando
obras sofisticadas, concretizando projetos antes apenas imaginados, estabelecendo novas
relações com o mundo, ampliando a sua participação e interação cultural, intelectual, social,
profissional e política. A tecnologia é um direito do cidadão contemporâneo, na medida em
que possibilita a ele conhecer e utilizar novas ferramentas e novas linguagens, fundamentais
para o domínio e a autonomia na convivência e no trabalho com o mundo atual e globalizado.

“As tecnologias interagem com o sistema cognitivo, principalmente sob duas


formas: (a) transformam a configuração da rede social de significação,
cimentando novos agenciamentos e possibilitando novas pautas interativas de
representação e de leitura do mundo; (b) permitem construções novas,
constituindo-se em fonte de metáforas e analogias” (Pellanda, 2000, p.112).

De modo geral, a informática está sendo gradativamente introduzida nas escolas, e


não se pode deixar que os alunos de nossa comunidade fiquem de fora desse processo.
Para isso torna-se necessário criar um espaço especial para aplicação da Informática
Educacional. Este setor será responsável pelo processo de implantação e acompanhamento do
projeto de Informática Educacional em nossa escola. Para isso, desenvolver-se-á as seguintes
atividades: pesquisa, análise e produção de softwares educacionais, verificando o objetivo
educacional para a faixa etária a que se destinam, e principalmente, se podem ser inseridos no
PPP; coordenar os projetos envolvendo parcerias com a sala de leitura, o pólo de Ciências e
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outros; elaborar os materiais didáticos que serão distribuídos aos alunos; participar de grupos
de estudo e projetos contribuindo com outros setores, como a Secretaria Municipal de
Educação.

A utilização de tecnologias em todos os ramos das atividades no mundo atual está


gerando mudanças nas organizações e no pensamento humano. Isso exige independência,
criatividade e autocrítica na obtenção e na seleção de informações, assim como na construção
do conhecimento.

“Um projeto crítico e criativo de apropriação crítico e criativo das


tecnologias nas relações de aprendizagem tomaria as tecnologias como
potencializadoras da atividade cognitiva” (Pellanda, 2000, p.113).

1.4 Objetivos

Espera-se que, com a introdução da Informática Educativa no PPP da escola, o


aprendizado dos alunos melhore, pois com o computador o aluno poderá ter a oportunidade
de interagir com o erro e pesquisá-lo pensando sobre ele, compreendendo-o como construtivo,
o que não acontece nas aulas tradicionais, quando o tratamento do erro é feito pelo professor,
ou seja, deixa de ser tarefa do aluno. Assim o aluno poderá aprender com seus erros sendo o
professor e o computador mediadores nesse processo.

Este trabalho tem por objetivo, através da leitura de diversos autores, e em pesquisas
na Internet, elaborar uma proposta pedagógica para a implantação dos computadores como
auxiliares no ensino da leitura e da escrita, dentro de uma escola da rede de ensino público do
Município do Rio de Janeiro, tornando o processo prazeroso, para professores e alunos. Ver
anexo.

Tentar-se-á apresentar uma proposta da aplicação da Informática na Educação que


ajude ao professor a refletir sobre a sua prática e seu papel de agente transformador, e a criar
situações de aprendizagem com o uso do computador.
O que se pretende enfatizar neste é o consenso que deve ser adotado. Não tendo em
vista mostrar como se usa um computador, mas a forma de usá-lo. Para isso serão abordadas
as teorias educacionais que norteiam a fundamentação dos princípios educacionais em sua
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forma prática, apresentando um projeto de trabalho na Informática Educativa, que segundo


Hernandez e Ventura (1998):

“A função do projeto é favorecer a criação de estratégias de organização dos


conhecimentos escolares em relação: 1) o tratamento da informação, e 2) a
relação entre os dois diferentes conteúdos em torno de problemas ou
hipóteses que facilitem aos alunos a construção de seus conhecimentos, a
transformação da informação procedente dos diferentes saberes disciplinares
em conhecimento próprio” (p.61).

1.5 Pressupostos teóricos

Este estudo tomará como base os trabalhos que têm sido desenvolvidos por diversos
autores, tanto na área de educação, quanto na área de informática e das TI, aplicadas à
educação, procurando assim buscar o significado dos fenômenos observados, explicando e
compreendendo os aspectos da realidade em estudo, permitindo sua interpretação.

Para que o professor possa utilizar o computador, dentro de uma abordagem de


construção é preciso que ele esteja preparado para dominar os recursos computacionais e
conhecer os fundamentos educacionais subjacentes aos diferentes usos do computador. Os
textos de Cagliari, Cruz e Weiss, Levy, Solé, Smith, Valente e outros, ajudarão essa
compreensão do papel do computador na escola, e as características que permitem seu uso
pedagógico.

1.6 Metodologia

As metodologias aplicadas foram a pesquisa social, teórico-descritiva, e o método


racional, indutivo e científico, pois os fenômenos educacionais devem ser analisados
levando-se em conta as teorias produzidas permitindo-se através desses estudos teóricos
explicar e compreender os aspectos da realidade em estudo e interpretá-la.

Empregar-se-ão, concomitantemente, o método indutivo e o método dedutivo. Com o


método dedutivo, pretende-se verificar através da observação e experimentação o objeto da
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pesquisa, que é o computador como um auxiliar no ensino da leitura e da escrita. Esse método
se justifica no emprego da pesquisa por ser usado em problemas idealizados. Ele será
precedido do método indutivo, pois todo objeto ideal representa a etapa final de um processo
de abstração do concreto (particular) para o genérico (universal).

Usando as regras do pensamento científico, procurou-se inferências, evidências,


generalizações do material, alguns hipoteticamente estabelecidos, com humildade, sem a
preocupação de chegar a verdades que possam ser afirmadas com certeza.

Inicia-se o presente trabalho, a partir dos métodos racional e científico, com o espírito
indagador, como ensinou Descartes1 (1637) em seu Discurso sobre o Método, ao escrever:
"Não aceitar como verdadeiro sem saber evidentemente o que é".

Por isso, com o rigor do espírito científico não se pode aceitar proposições como eu
acho, ou, isso é tão óbvio. Com espírito crítico, procura-se ater-se à imparcialidade diante
dos fatos para não distorcê-los e apresentá-los tão claros quanto possível, e com a criticidade
que a pesquisa científica nos autoriza a demonstrar, evitando os dois extremos perigosos
apresentados, de um lado, pela aceitação dócil e passiva de conclusões baseadas no prestígio
de respeitáveis tradições, ou na autoridade dos nomes respeitáveis ou organizações
envolvidas. Esta predisposição crítica leva também a evitar o ceticismo, tão prático, que pode
instalar-se depois de derrocada docilidade diante dos fatos observados.

Pretende-se estudar a aplicação de um projeto de informática educativa com turmas


em uma escola do município do Rio de Janeiro e confrontá-las com as teorias levantadas. Este
estudo parte de uma pesquisa qualitativa, exploratória e descritiva, com coleta de dados
subjetivos (com a preocupação em detectar o interesse dos alunos, a qualidade dos trabalhos o
desempenho e a execução do projeto proposto). Os participantes são todos os alunos de uma
escola municipal localizada no município do Rio de Janeiro. Ver anexo.

A princípio, será analisado o que tem sido feito em relação à implantação da


informática educativa na escola E.M. XXX concomitante ao seu PPP. Com essa intenção,
procurar-se-á responder a questões do tipo: Como uma professora faz para aplicar a
informática educativa em uma unidade escolar? As atividades desenvolvidas servem para que
o aluno desenvolva habilidades e competências de leitura e escrita com o computador?
____________
1.Consta no endereço: http://www.mundodosfilosofos.com.br, na data:2003.
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O próximo passo será observar as atividades sendo postas em prática e, verificar o


interesse e o desempenho dos alunos nas atividades e o terceiro passo será a verificação do
alcance dos objetivos propostos através do próprio projeto, isto é, se os alunos conseguiram
realizá-lo.

Capítulo 2

Uma nova Educação

2.1 Formação e prática da Cidadania

A cidadania deve ser compreendida como a produção da história social de determinado


grupo, constituída por diferentes tipos de direitos e instituições. Quando se admite isso, parte-
se de diversos pontos de vista que nem sempre são consensuais, isto é, são contraditórios. A
constituição da sociedade começa através de um processo histórico permanente que é
potencialmente transformável pela ação social. Entendendo a escola como espaço onde as
ações sociais são imitadas, pode-se pensar sobre a ação política dos educadores e a sua
prática educacional.

“Enfrentar essa nova realidade significa ter como perspectiva cidadão abertos
e conscientes, que saibam tomar decisões e trabalhar em equipe. Cidadãos
que tenham capacidade de aprender a aprender e de utilizar a tecnologia para
a busca, a seleção, a análise e a articulação entre informações e, dessa forma,
construir e reconstruir continuamente os conhecimentos,, utilizando-se de
todos os meios disponíveis, em especial dos recursos do computador. Pessoas
que atuem em sua realidade tendo em vista a construção de uma sociedade
mais humana e menos desigual” (PREFEITURA DA CIDADE DO RIO DE
JANEIRO,2002, p. 12, Módulo I).

A sociedade não é mudada pela escola, mas pode através de um projeto político
pedagógico assumir, em conjunto com os vários segmentos da sociedade onde a escola está
inserida, tornar a escola, não um espaço de reprodução, mas de transformação.

As mudanças culturais – decorrentes do progresso científico e tecnológico –


condicionaram profundas alterações na estrutura social.

“A mudança pedagógica que todos almejam é a passagem de uma educação


totalmente baseada na transmissão da informação, na instrução, para a
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criação de ambientes de aprendizagem nos quais o aluno realiza atividades e


constrói o seu conhecimento. Essa mudança acaba repercutindo em alterações
na escola como um todo: sua organização, na sala de aula, no papel do
professor e dos alunos e na relação com o conhecimento. Embora tudo
indique que a escola deverá sofrer ajustes para se adequar aos novos tempos,
o quanto ela deverá mudar é polêmico” (PREFEITURA DA CIDADE DO
RIO DE JANEIRO,2002, p. 42, Módulo I).

Neste contexto mundial, marcado pela interdependência crescente entre os povos,


pressupõe-se que é preciso aprender a viver juntos no planeta. Porém o como fazê-lo é a
resposta que se está buscando. Se o homem não é capaz de viver em comunidades naturais,
das quais faz parte como: nação, região, cidade, bairro, comunidade, é preciso com urgência
que se aprenda desde já.

“Se a mudança na Educação é lenta e quase imperceptível, a mudança em


outros segmentos da nossa sociedade – como no sistema produtivo – é rápida,
visível, afetando drasticamente o nosso comportamento, principalmente o
modo de trabalhar e, por conseguinte o modo de pensar e atuar” (PREFEITURA DA
CIDADE DO RIO DE JANEIRO,2002, p. 42, Módulo I).

Aprende-se a participar participando, e a formação da cidadania nos bancos escolares


começa com o exercício de atividades do cotidiano do aluno.

“A escola é um espaço de trabalho complexo, que envolve inúmeros outros


fatores, além do professor e alunos. A implantação de novas idéias depende,
fundamentalmente, das ações do professor e dos seus alunos. Porém essas
idéias, para serem efetivas, devem ser acompanhadas de uma maior
autonomia para tomar decisões, alterar o currículo, desenvolver propostas de
trabalho de equipe e usar novas tecnologias da informação” (PREFEITURA
DA CIDADE DO RIO DE JANEIRO,2002, p. 53, Módulo I).

A realidade na comunidade escolar passa pelas situações que direta ou indiretamente


afetam o ambiente escolar. Com um ensino e aprendizagem participativos, alunos envolvidos
em atividades como eleições de grêmio, campanhas de preservação do ambiente escolar e
comunitário, elaboração e execução de um jornal escolar, entre outros, favorecem a
aprendizagem no sentido de serem uma imitação da vida real em vários de seus aspectos. Essa
participação implica na nivelação dos atos à potencialidade dos alunos para que não ocorram
frustrações. Para isso os professores devem estar atentos em intervir sistematicamente, de
forma planejada, desenvolvendo a autonomia dos alunos.

“Na escola que estimula a compreender, a questão do espaço e do tempo deve


ser revista. A realização de tarefas pode acontecer no mesmo local, porém em
tempos diferentes. Cada aluno pode estar realizando uma tarefa, que pode
estar acontecendo em tempos e níveis diferentes. Além disso, a utilização da
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tecnologia da informação poderá favorecer a colaboração de alunos, para o


desenvolvimento de atividades intelectuais em um mesmo tempo, porém, em
espaços diferentes. No entanto, a escola pode tornar o espaço onde alunos e
especialistas se encontram para esclarecer e digerir, refletir e depurar suas
idéias” (PREFEITURA DA CIDADE DO RIO DE JANEIRO,2002, p. 53, Módulo I).

A construção da cidadania perpassa pelo cruzamento de diversos grupos sociais, em


diversas situações, em relações de interesses e poder historicamente construídos. O pleno
exercício da cidadania acontece quando o indivíduo participando na produção e usufruto de
bens e valores em determinadas situações sociais ouve e se faz ouvir pelo seu grupo social.

Quando participa de uma sociedade, tendo direitos e deveres específicos, o cidadão


pode estar constantemente revendo esses direitos e esses deveres. Fazer parte de uma
sociedade implica em interferir criativamente na construção dessa sociedade, configurando
seu ser como marca dessa mesma sociedade.

“É nosso papel, ou seja, é função dos educadores contribuir para o


encurtamento de distâncias, propiciando a imensa maioria do povo brasileiro
que nas carteiras das escolas públicas o real contato com a informação, para
que assim, possamos estar de fato, contribuindo para que além das
habilidades intelectuais, os nossos alunos, através e com a inserção da
informática no cotidiano escolar possam adquirir autoconfiança, elevar a
auto- estima, aspectos fundamentais para o desenvolvimento de uma plena
cidadania” (PREFEITURA DA CIDADE DO RIO DE JANEIRO,2002, p.
64, Módulo I).

Essa participação política diz respeito tanto às vivências de caráter privado, na


intimidade dos indivíduos ou dos grupos, como na participação na esfera maior, isto é, na
esfera pública.

A prática educativa é uma prática política, por isso a questão da democracia se


apresenta na escola assim como acontece na vida em sociedade. Ao incluir questões que
possibilitem compreender e criticar a realidade é oferecida aos alunos a oportunidade de se
apropriarem de instrumentos que os ajudam a refletir e mudar suas vidas. Isso acontece
quando a escola elege quais conteúdos serão trabalhados, de que maneira, e sob quais
condições.
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2.2 O papel do professor/educador

O perfil do trabalhador vem sofrendo alterações, e em pouco tempo a sobrevivência no


mercado de trabalho dependerá da aquisição de novas qualificações profissionais. Cada vez
mais se torna necessário que o trabalhador tenha conhecimentos atualizados, iniciativa,
flexibilidade mental, atitude crítica, competência técnica, capacidade para criar novas
soluções e para lidar com a quantidade crescente de novas informações, em novos formatos e
com novas formas de acesso. O mercado de trabalho vem sofrendo alterações substanciais, em
relação à forma de desenvolver muitos dos trabalhos tradicionais, com a utilização de novos
recursos que agilizam com eficiência a execução das tarefas.

A formação da cidadania pela escola começa com o exercício de atividades do


cotidiano do aluno. A proposta pedagógica da área de informática é incorporar a perspectiva
dos alunos de interagirem com o computador através da elaboração e da concretização dos
projetos da escola, considerando o envolvimento prévio e contínuo do estudante, ao longo de
seus estudos e da utilidade dos conhecimentos e das informações que estará adquirindo.

As questões relativas s transformações científicas e tecnológicas e a necessária


discussão da ética e de valores que a sociedade apresenta para a escola, atribuem-lhe a tarefa
de instrumentalizar os jovens para participar da cultura, das relações sociais e políticas. Com
esse posicionamento a escola abre a oportunidade para que os alunos aprendam sobre todos os
temas relativos à sociedade que pertence e também se aproprie dos sistemas de informação e
das TI com eficácia.

Isso implica que ele esteja preparado para dominar os recursos computacionais,
conhecer os fundamentos educacionais subjacentes aos diferentes usos do computador. O
domínio da tecnologia só faz sentido quando faz parte do contexto das relações entre homem
e sociedade.

Observa-se em todos os setores o grande entusiasmo que o computador produz nos


usuários. Nas salas de aula não poderia ser diferente e constatamos em todos os níveis de
educação a grande motivação por parte dos alunos em participarem das aulas de informática.

“O aluno deverá estar constantemente interessado no aprimoramento de suas


idéias e habilidades e solicitar (puxar) do sistema educacional a criação de
situações que permitam esse aprimoramento. Portanto, deve ser ativo: sair da
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passividade de quem só recebe, para se tornar ativo caçador da informação,


de problemas para resolver e de assuntos para pesquisar. Isso implicar ser
capaz de assumir responsabilidades, tomar decisões e buscar soluções para
problemas complexos que não foram pensados anteriormente e que não
podem ser atacados de forma fragmentada. Finalmente, ele deve desenvolver
habilidades, como ter autonomia, saber pensar, criar, aprender a aprender de
modo que possa continuar o aprimoramento de suas idéias e ações, sem estar
vinculado a um sistema educacional. Ele deve ter claro que aprender é
fundamental para sobreviver na sociedade do conhecimento” (PREFEITURA
DA CIDADE DO RIO DE JANEIRO,2002, p. 55, Módulo I).

As experiências educativas podem provir de pessoas as mais diversas e de situações as


mais variadas. Uma conversa, um livro, um filme, uma peça teatral, um programa de
televisão, uma manchete do jornal, uma carta, um telefonema, pode afetar o comportamento,
pode modificá-lo. Como, porém, o meio social deseja que o indivíduo reflita sobre certas
idéias, domine certas técnicas e que certas atitudes sejam estruturadas para exercer os diversos
papéis nos diversos grupos a que pertence - grupo familiar, profissional, religioso, político etc.
- surge então o ensino, ou seja, o esforço educativo deliberado, consciente, sistematizado que
é distinto das experiências em grupo que se denominam educação assistemática.

A Educação é hoje considerada como um fator de mudanças: um dos principais


instrumentos de intervenção da realidade social com vistas a garantir a evolução econômica e
social capaz de dar continuidade à mudança no sentido desejado.

“O papel do professor deixará de ser o de total entregador da informação para


ser o de facilitador, supervisor, consultor do aluno no processo de resolver o
seu problema. Eventualmente, essa consultoria terá momentos de transmissão
de informação ao aluno. Entretanto ele deverá se concentrar em propiciar ao
aluno a chance de converter a enorme quantidade de informação que ele
adquire, em aplicável na solução de problemas de seu interesse”
(PREFEITURA DA CIDADE DO RIO DE JANEIRO, 2002, p. 54, Módulo I).

O educador, tendo em vista as transformações por que passa e pelas quais irá passar o
educando, não pode perder a visão do processo social, pois assim estaria esvaziando o
educativo, tornando-o fragmentário e imediatista. O valor real da ação educativa é a sua
projeção no futuro, é a sua coerência intrínseca, que lhe dá significado, direção e unidade.
Encontram-se nas necessidades da sociedade os parâmetros e os valores que nortearão os
agentes participantes no trabalho educativo, isto é, pais e demais educadores.

A preocupação sobre as diferentes formas de se pensar em uma mudança na educação


primeiro se concentra na própria sociedade, teóricos, pedagogos, intelectuais, nos meios
acadêmicos e escolares, culminando em projeto e promulgação de leis como a Lei de
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Diretrizes e Bases da Educação Nacional, de 20 de dezembro de 1996, que dispõe que a


educação escolar vinculada ao mundo do trabalho e à prática social, visando entre outras
coisas desenvolver o entendimento do homem com o meio, promovendo o ajustamento do
indivíduo ao meio.

O professor não pode esperar pela interferência em sua formação para começar a atuar.
Deve começar sua atualização com livros, revistas, jornais, noticiários, periódicos, cursos
breves ou longos, sempre pensando no seu papel como educador, isto é, como profissional de
educação.

O resgate do papel da escola como formadora por excelência do indivíduo, permite a


produção coletiva do conhecimento, mas esse papel deve estar antenado com o presente, com
o dia-a-dia da comunidade em seu cotidiano, ter a comunidade na escola participando dos
seus projetos que repercutem dentro e fora da escola.
Assim, o educador precisa compreender os processos de desenvolvimento e de
ajustamento do aluno, criando sempre novos e mais adequados meios para mediar tais
processos. Porém tal compreensão e tal criação pressupõem, como ponto de partida, uma
visão nítida dos fins do processo educativo.

A educação deve ser encarada, pois, como um processo no sentido de modificar para
melhor o educando, instrumentalizando-o para que se torne um ser livre, consciente e
esclarecido.

2. 3 Tecnologia na educação e formação da cidadania

Os benefícios trazidos pela tecnologia nem sempre são percebidos pela sociedade, as
inovações são introduzidas e aceitas de forma que não as notamos até que algo modifique
nosso contexto social. As inúmeras transformações tecnológicas sofridas pela sociedade por
sua vez possibilitam novas formas de viver e de ser. A atuação do homem passou a sofrer
influência direta do instrumento tecnológico que utiliza. A ordenação da experiência humana,
a produção do conhecimento sofreu grande modificação com meios de comunicação e
informação como jornais, revistas, CD-ROM, rádio, televisão, home-page, sites, etc. O
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aprendizado por meio de computadores gera transformação nas relações sociais, nas
consciências individuais, nos valores, na percepção do mundo.

“A sociedade do conhecimento exige uma mudança de postura, de


paradigma, onde formar o indivíduo pressupões dar a ele condições de se
tornar um sujeito investigador e pesquisador atuante para construir seu
conhecimento, abandonado a posição de receptor passivo . Juntos, professor e
aluno, precisam buscar propostas para acessar a informação, analisar, refletir
e construir este conhecimento com autonomia, tornando-se cidadãos críticos,
criativos, autônomos, que saibam que saibam questionar e intervir para
transformar a sociedade, conquistando assim, uma melhor qualidade de vida”
(PREFEITURA DA CIDADE DO RIO DE JANEIRO,2002, p. 1, Caderno I).

Atravessa-se uma época de mudanças radicais, onde só as ações baseadas em


informações de qualidade podem garantir a sobrevivência, o sucesso. Porém, o tempo
disponível para que se reaja e se tomem decisões está diminuindo. As pessoas precisam
aprender a desenvolver o poder de captar, analisar, resumir e distribuir dados e finalmente,
decidir o que fazer com essas informações.

A Informação está virando matéria-prima, ela é a chave para se agir e tomar decisões.
Ter informação não significa ter conhecimento embora o conhecimento dependa da
informação. A enorme quantidade destas informações implica em um gerenciamento e
tratamento de informações que possibilitam o acesso ao saber e como conseqüência ao poder.

Ao mesmo tempo em que a tecnologia contribui para aproximar as diferentes culturas,


aumentando as possibilidades de comunicação, ela também gera a centralização na produção
do conhecimento e do capital, pois o acesso ao mundo da tecnologia e informação ainda é
restrito a uma parcela da população planetária. Em torno das sofisticadas tecnologias circula
todo tipo de informação atendendo a finalidades, interesses, funções bastante diferenciadas.
Existem os indivíduos que dominam a tecnologia, os que são apenas consumidores e os que
não têm condições nem de consumir.

“A informática deverá assumir duplo papel na escola. Primeiro, deverá ser


uma ferramenta para permitir a comunicação de profissionais da escola e
consultores ou pesquisadores externos, permitindo a presença virtual desse
sistema de suporte na escola. Segundo, a informática poderá ser usada para
apoiar a realização de uma pedagogia que proporcione a formação dos
alunos, possibilitando o desenvolvimento de habilidades que serão
fundamentais na sociedade do conhecimento” (PREFEITURA DA CIDADE
DO RIO DE JANEIRO, 2002, p. 69, Módulo I).
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O professor há muito deixou de ser o centro de transmissão da cultura e do saber. As


aulas expositivas e o uso do livro didático são considerados métodos arcaicos diante da
explosão das informações e da tecnologia que avança cada vez mais. É impossível ao livro
didático absorver as constantes mudanças do cenário mundial. E o professor atualmente não é
mais o responsável pela transmissão de informações. Estas vêm através do rádio, televisão,
cinema, revistas, livros, cartazes, computadores, Internet, etc.

Os jovens e as crianças atualmente, por estarem em permanente, intenso e prolongado


contato com os meios de comunicação de massa estão, por vezes, bem mais informados que
os professores, tão sobrecarregados em suas atividades profissionais.

A educação hoje precisa estar sintonizada com o tempo em que vivemos e ligar as
diferentes regiões do planeta que interagem em uníssono. O homem não é mais um indivíduo
com cidadania regional. Sua cidadania é global, pois hoje sua casa é do tamanho do mundo.
Entram em sua vida diária, produtos, e costumes das mais variadas regiões do mundo.

A rapidez com que se dá a produção de conhecimento e a circulação de informações


no mundo atual impõe novas demandas para a vida em sociedade. Hoje mais do que nunca é
necessário que a humanidade aprenda a conviver com a provisoriedade, com as incertezas,
com o imprevisto, com a novidade em todos os sentidos. Isso pressupõe o desenvolvimento de
competências relacionadas à capacidade de aprendizagem contínua, ou seja, a autonomia na
construção e na reconstrução do conhecimento.

“As idéias dos mestres são passíveis de discussão e de confrontação. Aliado a


isso, existe o incremento na velocidade com que as coisas aparecem e
desaparecem. O quase instantâneo sucateamento de vários lançamentos da
indústria informática deslocam para o futuro, e não mais para o passado, as
fontes do conhecimento. A novidade ocupa o lugar da tradição, a velocidade
o lugar do movimento. As inúmeras possibilidades de experimentar, no
âmbito do consumo, vários objetos e descarta-los tornaram-se modos de viver
que impregnam outros setores da vida. A informação e o conhecimento são
interpelados em seu valor utilitário, de uso e de desuso” (Pellanda, 2000, p.
109).

É preciso uma educação que permita ao educando desenvolver a capacidade de


analisar, refletir, tomar consciência do que já sabe, ter disponibilidade para transformar o seu
conhecimento, processando novas informações e produzindo conhecimento novo. Segundo a
Multieducação:

“O espaço escolar precisa abrir as janelas para o mundo. O mundo deve


entrar: o mundo daqui, o mundo de lá, o mundo de cada um, o mundo de
16

todos nós. A escola, às vésperas do terceiro Milênio, tem que abrir espaço
para as questões locais, regionais, nacionais e globais; buscando as suas
interdependências e pensando no futuro que já chegou (Multieducação, 1996,
p. 151).

As necessidades da sociedade do Terceiro Milênio, exigem que se favoreça aos alunos


desenvolver sólida formação cultural e competência técnica, além do desenvolvimento de
conhecimentos, habilidades e atitudes que permitam a adaptação e a permanência no mercado
de trabalho.

A prática escolar distingue-se de outras práticas educativas, como as que acontecem


na família, no trabalho, na mídia, no lazer e nas demais formas de convívio social, por
constituir-se em uma ação intencional, sistemática, planejada e continuada para crianças e
jovens durante um período contínuo e extenso de tempo. Deve tomar para si o objetivo de
formar cidadãos capazes de atuar com competência, solidariedade e dignidade na sociedade,
buscar eleger como objeto de ensino, conteúdos que estejam em consonância com as questões
sociais que marcam cada momento histórico, cuja aprendizagem e assimilação são as
consideradas essenciais para que os alunos possam exercer seus direitos e deveres. Pelo seu
propósito explicitamente formativo, a educação tem o compromisso de intervir efetivamente
para promover o desenvolvimento e a socialização de seus alunos. Para tanto é preciso que a
escola garanta práticas planejadas com o propósito de contribuir para que os alunos se
apropriem dos conteúdos de maneira crítica e construtiva.

Se entendermos a escola como um local de construção do conhecimento e de


socialização do saber, como um ambiente de discussão e de troca de experiências e de
elaboração de uma nova sociedade, é fundamental que a utilização dos recursos tecnológicos
seja implantada com objetivos previamente estabelecidos para não se tornar apenas mais um
moderno equipamento. O diferencial será a concepção de uma metodologia de vanguarda,
cibernética, que tenha significado e ligação com o mundo real.

“Entretanto, na minha opinião, o que contribui para a diferença entre essas


duas maneiras de construir o conhecimento é a presença do computador -- o
fato de o aprendiz estar construindo algo usando o computador (computador
como máquina para ser ensinada). Nesse caso, o computador requer certas
ações que são bastante efetivas no processo de construção do conhecimento”
(Valente, 1993, p. 33).

É óbvio que se deverá ter cautela com a informatização da escola , mas é a mesma
cautela que temos ao escolher o melhor livro didático. E termos também a visão de que não se
17

irá reproduzir com o computador o mesmo ambiente educacional que existe, isto é, mudando
apenas a roupagem, usando-se o computador com as mesmas idéias repetitivas e mecanicistas
dos métodos atuais. Sem um bom embasamento metodológico, um projeto educativo que o
sustente, o computador será um aparelho mecânico eletrizado nas escolas.

“Isso significa que a mudança pedagógica que pretendemos, não é passível


de ser resolvida com uma solução mágica, com a compra de equipamentos
sofisticados. Essa mudança é muito mais complicada e os desafios são
enormes. Porém, se eles não forem atacados com todos os recursos e energia
que nós, educadores, dispomos, corremos os risco de termos que nos
contentar em trabalhar em um ambiente obsoleto e em descompasso com a
sociedade atual. A educação enxuta será realizada em ambientes alternativos
e a escola, como é hoje, será fossilizada definitivamente” (PREFEITURA DA
CIDADE DO RIO DE JANEIRO,2002, p. 57, Módulo I).

2.4 Leitura com compreensão e o uso dos computadores

A leitura é um processo de interação entre o leitor e o texto onde se tenta satisfazer a


necessidade de obter uma informação. Nossa leitura é dirigida para os objetivos que
pretende--se. Esses objetivos é que vão definir quais estratégias serão utilizadas para a
compreensão do que é lido. Essa preocupação é um requisito para a leitura eficaz, pois se ele
não existisse não se compreenderia a mensagem de um texto.

Para o leitor se envolver em uma atividade leitora é necessário que sinta-se capaz de
ler, compreender o texto e que este seja motivador, isto é, o conteúdo a ser lido deverá ser
interessante. É claro, que este interesse e esta motivação muitas vezes deverão ser criados
exteriormente, através da mediação do professor. É imprescindível que o leitor encontre
sentido no esforço cognitivo que vai efetuar ao ler. Para isso ele tem que conhecer o que vai
ler, para que vai ler, isto é, conhecer as diferentes tipologias de textos, por exemplo, ler uma
bula de remédio é diferente de se ler o jornal.

Outra função motivadora da leitura é a leitura para aprender, isto é a leitura que levará
o aluno a reificar o objeto da aprendizagem, num processo interativo de construção e
desconstrução deste objeto de forma lógica e coerente.
18

“As crianças não aprender a ler para encontrar sentido na escrita. Elas se
empenham para encontrar sentido na escrita, e como conseqüência, aprendem
a ler” (Smith, 1999, p. 118).

Quando o leitor compreende o que lê, está aprendendo e agregando novos conceitos
aos conhecimentos prévios que possuía, e poderá ampliar sua interação com o mundo em
que vive e convive.

No tratamento educativo da leitura deve-se refletir sobre os seguintes pontos: a


potencialidade da formação da pessoa, a necessidade de usar a leitura como instrumento
privilegiado da aprendizagem, pois em uma leitura compreensiva o aluno aprende a aprender.
Isto o transforma em autor de seu próprio saber, isto é, em um indivíduo autônomo, condição
para a auto-aprendizagem e para a reflexão sobre a cidadania, o aluno deve ser autor e sujeito
desse processo.

“Na verdade, entender que os primeiros esforços das crianças são sempre
para encontrar sentido no mundo afasta muito do mistério de como elas
passam a dominar a linguagem escrita e falada” (Smith, 1999, p. 118).

O objetivo básico da escola é ensinar o aluno a ler compreensivamente e a aprender a


partir da leitura. Para ler é necessário dominar habilidades de decodificação, isto é, aprender
as correspondências que existem entre os sons da linguagem e os signos ou os conjuntos de
signos gráficos, nosso alfabeto e seus respectivos fonemas, precisa-se refletir sobre esses
códigos e manipulá-los.

O domínio da leitura e da escrita pressupõe o aumento do domínio da linguagem oral,


da consciência que está além da linguagem, da capacidade de refletir e manipular a linguagem
falada e algumas de suas propriedades.

Cabe à escola mostrar à criança que ler e escrever são tarefas apaixonantes e
divertidas. A escola pode criar situações em que as atividades cognitivas poderão ser
estimuladas. A leitura e a escrita podem ser trabalhadas de forma prazerosa com o uso do
computador.

Para quem sabe ler, o domínio dos signos que produzem a fala ocorre
automaticamente. “Saber decifrar a escrita é o segredo da alfabetização” (Cagliari, 1998, p.
104).
19

O uso das Tecnologias da Informação na alfabetização e letramento usada


simplesmente para divulgar ensinos pré-determinados, prontos em algum software
prejudicando desta forma o processo de alfabetização, tirando a significação do aprendizado
da leitura e da escrita. A melhor forma de se aprender com o computador é explorando-o,
usando-o com pessoas que já o conheçam. Com a compreensão de como a leitura e a escrita
são produzidas, tanto professores quanto os alunos poderão estar preparados para enfrentar
desafios que a era da informação lhes apresentar. O computador poderá ser um aliado.

“O professor deverá incentivar o processo de melhorias e ter consciência de


que a construção do conhecimento se dá por meio do processo de depurar o
conhecimento que o aluno já dispõe. Para tanto, o professor deverá conhecer
seus alunos, incentivando a reflexão crítica e permitindo que eles passem a
identificar os próprios problemas na sua formação, buscando soluções para o
mesmo. Caberá ao professor saber desempenhar um papel de desafiador,
mantendo vivo o interesse do aluno, e incentivando relações sociais, de modo
que os alunos possam aprender uns com os outros e saber trabalhar em grupo.
Além disso, o professor deverá servir como modelo de aprendiz e ter um
profundo conhecimento dos pressupostos teóricos que embasam os
conhecimentos das tecnologias que podem facilitar esses processos de
construção” (PREFEITURA DA CIDADE DO RIO DE JANEIRO, 2002, p. 55,
Módulo I).

Outro aspecto também muito importante com relação ao uso do computador é que ele
se torna um instrumento socializador em nossas escolas, pois o equipamento dificilmente é
utilizado com um único usuário, ficando dois ou três alunos em um computador.

Ao utilizar o computador para estimular o letramento em seus alunos, o professor pode


usar das seguintes estratégias:

 A construção de um texto coletivo, professor e alunos.

 Antes de iniciar a sua redação deve-se escolher um tema adequado aos objetivos,
preferencialmente os de um projeto específico, definidos anteriormente pelo grupo.

 Pode ser elaborado um roteiro que contenha as palavras-chaves para a construção do


texto.

 Após a construção é conveniente uma primeira leitura crítica pelos seus autores,
seguida de outros componentes da escola para assim detectar problemas de adequação do
vocabulário, os pontos que não estejam claros, ou com erros de coerência, ortografia,
gramática.
20

 A leitura do texto final pode ser feita individual ou coletivamente, em voz alta ou
leitura silenciosa, de acordo com a série e idade dos alunos. Preferencialmente o texto será
lido em voz alta pelo menos uma vez.

 O professor deverá contextualizá-lo historicamente e registrar a autoria do mesmo.


 Em seguida o professor pode sugerir aos alunos que em grupos, realizem as seguintes
atividades: leiam e sublinhem as idéias principais do texto, com maior atenção e postura
crítica; releiam o sublinhado tomando notas para organizar a leitura; assinalem dúvidas e
discordâncias em relação a ponto de vista do grupo que o escreveu; façam anotações pessoais
que expressem suas opiniões e as reflexões que surgiram com a releitura; reunam as
anotações, relacionando-as, e proponham roteiros, esquemas e debates;

A prática de elaboração de textos e hipertextos com o uso dos computadores deve ser
enfatizada pelo professor, pois possibilita o desenvolvimento da criatividade, o pensamento
lógico, a capacidade de expressão e a transferência dessa capacidade para outras áreas do
conhecimento.

“Partindo de traços tomados de empréstimo de várias outras mídias, o


hipertexto constitui portanto, uma rede original de interfaces. Algumas
particularidades do hipertexto (seu aspecto dinâmico e multimídia) devem-se
a seu suporte de inscrição ótica ou magnética e a seu ambiente de consulta do
tipo “interface amigável”. As possibilidades de pesquisa por palavras-chave e
a organização subjacente das informações remetem aos bancos de dados
clássicos.
...O que, então, torna o hipertexto específico quanto a isto? A velocidade,
como sempre. A reação ao clique sobre um botão (lugar da tela de onde é
possível chamar um outro nó) leva menos de um segundo. A quase
instantaneidade da passagem de um nó a outro permite generalizar e utilizar
em toda sua extensão o princípio da não-linearidade. Isto se torna a norma,
um novo sistema de escrita, uma metamorfose da leitura, batizada de
navegação. A pequena característica de interface “velocidade” desvia todo o
agendaciamento intertextual e documentário para outro domínio de uso, com
seus problemas e limites. Por exemplo, nos perdemos muito mais facilmente
em um hipertexto do que em uma enciclopédia. A referência espacial e
sensoriomotora que atua quando seguramos quando seguramos um volume
nas mãos não mais ocorre diante da tela, onde somente temos acesso direto a
uma pequena superfície vinda de outro espaço, como que suspensa entre dois
mundos, sobre a qual é difícil projetar-se” (Levy, 1993, p.47).

O texto depois de produzido deve ser motivo de exposição para que os alunos sintam a
importância do tempo dedicado na execução da tarefa. Com o computador os textos podem
ser apresentados de diversas formas: jornal da escola, impresso ou on-line, cartazes, colados
em gravuras ou objetos para exposição.
21

“A codificação digital já é um princípio de interface. Compomos com bits as


imagens, textos, sons, agenciamentos nos quais imbricamos nosso
pensamento ou nossos sentidos. O suporte da informação torna-se
infinitamente leve, móvel, maleável, inquebrável. O digital é uma matéria, se
quisermos, mas uma matéria pronta a suportar todas as metamorfoses, todos
os revestimentos, todas as deformações” (Levy, 1993, pp.102 e 103).

Antes de qualquer consideração sobre a utilização do laboratório de informática pelo


professor, deve-se considerar o projeto político pedagógico da escola. Todo trabalho que
envolva o uso de um laboratório de informática deve ser feito em parceria, com outros
profissionais da escola. Acredita-se que a melhor parceria, no caso das escolas públicas do
Município do Rio de Janeiro, seria com os Pólos de Ciências e Matemática das escolas,
dividindo a turma com outros professores como os de educação física, música, artes ou com a
Sala de Leitura.
Em anexo é apresentado um planejamento em que se prioriza a Sala de Leitura para o
trabalho da Informática Educativa, concomitante com a formação do aluno leitor.

Capítulo 3

A escola do Futuro

3.1 Informática Educativas nas Escolas Públicas

Sabe-se que na tarefa de educar é preciso estabelecer situações coerentes com a vida
do aluno. Se o apresentado não tiver significação, ou correlação com seus interesses, a
aprendizagem pode não acontecer e/ou acontecer de modo insatisfatório. Todo trabalho
educativo deve partir de um projeto que norteie os passos não só dos alunos, mas também dos
profissionais de Educação para que estes não se percam durante a caminhada.

Os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN) são bem explícitos com relação à


elaboração de um Projeto Educativo nas escolas. Este projeto deverá ser feito com toda a
comunidade escolar de preferência ou que envolva, pelo menos uma parcela significativa,
como pais, comunidade, direção, professores, alunos, funcionários. Embasados neste projeto
22

os professores terão um ponto de partida para o seu planejamento curricular que poderá ser
mensal, bimestral, semestral, ou abarcar todo o período.
Em informática educativa a apresentação do conteúdo precede a entrada do aluno no
laboratório. O professor deve evitar a apresentação dos conteúdos com o computador. A
informática faz parte da cultura contemporânea e a escola tem um papel fundamental, de
propiciar o acesso dos alunos a essa nova tecnologia e às suas linguagens. É principalmente
através da escola, que antigas e novas gerações têm oportunidade de participar, compreender,
decidir e de sentirem-se autônomas em relação à Tecnologia da Informação, realizando obras
sofisticadas, concretizando projetos antes apenas imaginados, estabelecendo novas relações
com o mundo, ampliando a sua participação e interação cultural, intelectual, social,
profissional e política. A tecnologia é um direito do cidadão contemporâneo, na medida em
que possibilita a ele conhecer e utilizar novas ferramentas e novas linguagens, fundamentais
para o domínio e a autonomia na convivência e no trabalho com o mundo atual e globalizado.

Com relação às atividades desenvolvidas em sala, o computador na escola pode


auxiliar na apresentação dos conteúdos, melhorando e favorecendo o trabalho educativo.

Podemos pensar em dois tipos de ensino e perguntar sobre o papel do computador em


cada um deles. Estudo sendo dirigido pelo professor ou educação aberta, isto é,
autodidatismo, a busca e exploração do computador pelo próprio aluno.

“A informática aplicada à Educação tem dimensões mais profundas que não


aparecem à primeira vista. Não se trata apenas de informatizar a parte
administrativa da escola (como controle de notas ou dos registros
acadêmicos), ou de ensinar informática para os jovens (eles aprendem
sozinhos, fuçando, experimentando, testando sua curiosidade, ou quando
precisam usar este ou aquele software ou jogo)” (PREFEITURA DA
CIDADE DO RIO DE JANEIRO, 2002, p. 11, Módulo I).

Com o uso do computador em sala, os outros recursos e materiais, como, livros, as


revistas, os jornais, os vídeos, não desaparecem, ao contrário, terão um novo papel a
desempenhar, favorecendo a articulação com o computador, evitando às vezes um hiato,
promovendo ao contrário, um diálogo nas relações em sala. Tudo dependerá sempre da
finalidade e da conseqüência de sua utilização e da competência e criatividade do professor.

O professor que utiliza um recurso tecnológico, como fonte de Informação ou como


recurso didático deve agir mais como um orientador, possibilitando aos alunos apreenderem
23

as práticas sociais que utilizam tecnologia e desenvolvam habilidades e atitudes para se


relacionarem com a tecnologia na vida.

“O problema está em como estimular os jovens a buscar novas formas de


pensar, de procurar e de selecionar informações, de construir seu jeito
próprio de trabalhar com o conhecimento e de reconstruí-lo continuamente,
atribuindo-lhe novos significados, ditados por seus interesses e necessidades.
Como despertar-lhes o prazer e as habilidades da escrita; a curiosidade para
buscar dados, trocar informações, atiçar-lhes o desejo de enriquecer seu
diálogo com o conhecimento sobre outras culturas e pessoas, de construir
peças gráficas, de visitar museus, de olhar o mundo além das paredes de sua
escola, de seu bairro ou de seu País...” (PREFEITURA DA CIDADE DO
RIO DE JANEIRO,2002, p. 11, Módulo I).

O laboratório-sala deverá ser campo propício para as pesquisas aonde ocorrerá o


crescimento espontâneo para a plenitude da ontogenia do ser humano, tornando-a
extremamente rica. O computador em sala é um instrumento poderoso para fazer da escola um
espaço de aprendizagem mais prazeroso e competente, pois além de democratizar o saber,
estimula uma mudança de mentalidade, pois valoriza o professor como centro do processo de
aprendizagem. Afinal, é pelo professor que vão passar as problematizações e situações de
aprendizagem.

Os principais ataques feitos ao ensino através do computador estão calcados em


dois pontos fundamentais:

O primeiro prende-se à passividade e automação do aluno frente à máquina. Os


programas são vistos como repetitivos e fragmentados, favorecendo apenas a um tipo de
aprendizagem: a passiva e mecânica. Além disso, mesmo que o programa permitisse a
interferência do aluno, o fato de que todas as alternativas de ação precisariam estar previstas,
levaria ao fechamento do universo dos possíveis caminhos a serem trilhados;

O segundo ponto liga-se a temática da substituição do homem pela máquina, quando


prevê a possibilidade de se dispensar a figura do professor, cabendo ao computador todas as
tarefas ligadas ao ato de ensinar;

“A integração do computador ao processo educacional depende da atuação do


professor, que nada fará se atuar isoladamente. São necessários o
envolvimento e o apoio de toda a comunidade para que se estabeleça uma
perspectiva comum de trabalho em torno dos objetivos que explicitados no
projeto pedagógico da escola, o qual deve ser elaborado coletivamente e
24

continuamente revisto, atualizado e alterado segundo os interesses


emergente” (PREFEITURA DA CIDADE DO RIO DE JANEIRO,2002, p.
13, Módulo I).

Para isso torna-se necessário criar um espaço especial nas escolas para aplicação da
Informática Educacional. Este espaço será responsável pelo processo de implantação e
acompanhamento do Projeto de Informática Educacional. Para isso, desenvolver-se-á as
seguintes atividades: pesquisas, análises e produções de softwares educacionais, verificando o
objetivo educacional para a faixa etária a que se destinam, e principalmente, se podem ser
inseridos no projeto pedagógico de nossa escola; coordenar os projetos envolvendo parcerias
com outros segmentos da comunidade; elaborar os materiais didáticos que serão distribuídos
aos alunos; participar de grupos de estudo e projetos contribuindo com outros setores, como
a Secretaria Municipal de Educação.

“Nessa perspectiva o professor cria ambientes de aprendizagem


interdisciplinares, propõe desafios e explorações que possam conduzir a
descobertas e promove a construção do conhecimento utilizando o
computador e seus programas (software) para problematizar e implementar
projetos” (PREFEITURA DA CIDADE DO RIO DE JANEIRO,2002, p.13,
Módulo I).

A proposta pedagógica da área de informática é incorporar a perspectiva dos alunos de


interagirem com o computador através da elaboração e da concretização dos projetos da
Escola. Considerando o envolvimento prévio e contínuo do estudante, ao longo de seus
estudos, da utilidade dos conhecimentos e das informações que estará adquirindo. Assim o
aluno estará fazendo uso do seu aprendizado, o aprender/fazendo que contribuirá para o seu
pleno desenvolvimento e construção de sua autonomia.

Espera-se também com a introdução da Informática Educativa nas escolas, melhorar o


aprendizado dos alunos, pois com o computador o aluno tem a oportunidade de interagir com
o erro e tratá-lo, o que não acontece nas aulas tradicionais, quando o tratamento do erro é feito
pelo professor. Assim o aluno pode aprender com seus erros, e corrigi-los fazendo sua própria
auto-avaliação e o seu auto-aprendizado, sendo o professor um mediador nesse processo.

A metodologia a ser utilizada será a Pedagogia de Projetos, que se aplica aos alunos de
turmas especiais como de Progressão e aos alunos interessados em informática.

“O uso das tecnologias possibilitam o desenvolvimento o desenvolvimento


dos projetos que privilegiam o intelecto e a criatividade e não ao acúmulo de
25

conhecimento, pois envolve o vídeo, televisão, computador, hipertextos,


softwares educacionais, bem como livros e textos, tornando os professores
orientadores intelectuais, preparando os estudantes para o milênio, que exige
o seguinte perfil:
Rapidez na produção e transmissão da informação;
Capacidade para resolver problemas situados numa complexa rede de
interdisciplinaridade;
Manipulação com altas tecnologias; (PREFEITURA DA CIDADE DO RIO
DE JANEIRO,2002, p. 6, Módulo III).

Designada de metodologia progressista (porque está sempre em progresso) não pode


representar um planejamento fechado. O principal objetivo da Pedagogia de Projeto é
aproximar a escola da vida. Sua função: motivar a aprendizagem, tornando-a além de ativa,
agradável. Porque é ativa, pressupõe que o aluno trabalhe, procurando informações,
depoimentos, organizando entrevistas, gráficos, que sirvam de ponto de partida para uma
tarefa ou aplicação na vida real. Esta metodologia possibilita o estudo de temas vitais com
maior riqueza de detalhes e aprofundamento do tema no horizonte político-pedagógico da
comunidade e, ao mesmo tempo, no interesse dos alunos de nossa escola. Permite a
participação de todos, porque é da essência do projeto levar as pessoas a construírem algo.

“O projeto investigativo representa a intencionalidade de fazer algo e o como


fazer para alcançar esse algo. É aquilo que alguém propõe a realizar e é a
maneira como o fará. É a pesquisa elaborada de forma bem explicitada e bem
estruturada em etapas, prazos, com metodologia, estratégias, hipóteses, coleta
de dados, análise, comprovação e deduções, para alcançar determinados
resultados” (PREFEITURA DA CIDADE DO RIO DE JANEIRO,2002, pp. 6
e 7, Módulo III).

Os alunos são motivados a não ficarem parados esperando ordens do professor. Abre
perspectivas para a construção do conhecimento, a partir de questões reais. Possibilita a
experiência da vivência crítica e criativa. Ajuda o educando a desenvolver as capacidades de
observação, reflexão e criação e criam clima propício à comunicação, à cooperação, à
solidariedade e à participação.

Nas séries iniciais, o computador pode ser apresentado como um jogo para as crianças.
Os jogos podem ser muito úteis para explorar e desenvolver noções de proporção, medidas
conceitos físicos, relações geométricas, diferentes possibilidades e relações. Muitas
estratégias de letramento podem ser otimizadas com o uso dos computadores. Com os jogos
estão subentendidas as regras que deverão ser lidas pelos alunos, ou combinadas e escritas.
Temos então uma estratégia para o uso dos computadores como mobilizador da leitura e
escrita. Em contato com outras aprenderão normas para o seu uso, que não serão
26

constrangimentos, mas condições de operacionalização da máquina, e que essas regras são


convencionadas para que haja harmonia nas relações que deverão existir em continuum em
suas vidas.
Não há necessidade de se ter inúmeros programas educativos para a aplicação da
informática em aula. As situações de aprendizagem em séries maiores com o uso de um editor
de textos como o Word, em qualquer versão, podem ser estabelecidas com sucesso nas salas-
laboratórios. O professor pode, através do conteúdo que escolher, pedir que os alunos
completem palavras cruzadas, ou caça palavras, com os conteúdos referentes à aula dada. E
como sugestão, pedir que montem outras, que troquem as palavras cruzadas ou caça palavras
com os grupos, e estabelecer também uma espécie de desafio aos grupos que montarem o
maior número de palavras cruzadas, por exemplo. Assim os alunos assimilam melhor o
conteúdo trabalhado na pesquisa que tiverem que realizar para achar as respostas das palavras
cruzadas dadas pelo professor e, na mesma tarefa, além de ter que pesquisar o mesmo
conteúdo ou outro que foi dado, eles aprendem a usar uma das ferramentas do editor de
textos, no caso o Word, e sem que saibam, isto é, que percebam, estão aprendendo informática
e estão aprendendo a aprender.

Deve-se apresentar aos alunos softwares que tenham como objetivo desenvolver o
raciocínio, organizar o pensamento, facilitar a expressão da criatividade, desenvolver a
percepção espacial através de diferentes figuras, usar cores, estimular a coordenação motora
através do desenho livre. Com o avanço do conhecimento do aluno com o computador poderá
colocá-lo mais tarde ao seu serviço, fazendo nele as tarefas escolares. As crianças e os jovens
têm muita facilidade para aprender e utilizar os recursos tecnológicos. Por isso rapidamente
tornam-se especialistas no uso de determinadas aplicações com o computador, muitas vezes
superando até mesmo o conhecimento do professor. Alguns alunos destacam-se mais do que
outros em relação ao conhecimento das possibilidades de utilização de recursos de hardware e
software, e podem ser fontes valiosas de informação para o bom desenvolvimento das
atividades em sala.

A imaginação infantil atribui um aspecto lúdico ao computador, o que o torna de


produto científico-tecnológico, em um grande brinquedo de aprender. Sabe-se que a
motivação existe para propiciar prazer em qualquer tarefa que venha a se desempenhar. O
computador é essa motivação prazerosa que permite a imaginação do aluno expressar-se
diante das diferentes imagens que se lhe são apresentadas, levando-o a reorganizar o mundo
27

na tela do seu computador. O aluno interage, vê, participa, jogando simbolicamente com as
diferentes imagens. Quando o aluno se volta para a sociedade atual através da informática,
não está apenas brincando com o computador, está através deste reestruturando um novo
recorte da realidade, recriando parte desta. Assim estará através de uma educação prática,
exercitando a sua cidadania.

“Podemos observar que o computador desperta, na maioria dos alunos, a


motivação que pode ser o primeiro “trunfo” do educador para resgatar a
criança que não vai bem na sala de aula. Ele funciona como um instrumento
que permite uma interação aluno-objeto, aluno-aluno e aluno-professor,
baseada nos desafios e trocas de experiência” (Weiss, Cruz, 1999, p.38).

Uma das maiores dificuldades com que o professor poderá se deparar inicialmente são
as diferenças que as turmas apresentarão quanto ao conhecimento e habilidade com o uso do
computador. Para contornar essa situação o professor poderá separar grupos de alunos com
maior capacidade que poderão monitorar e auxiliar os colegas. Aulas extras poderão resolver
esse problema, quando o aluno brincará com o computador.

O interessante é que o aluno seja apresentado ao computador mediante um projeto


bem elaborado, com objetivos claros e bem estabelecidos, em que o aluno produza algo de útil
para si e para a comunidade escolar. É claro que esse produtivo também é o conhecimento
cognitivo, lingüístico e social, possibilitado pelo uso das TI, que é o principal produto que a
escola tem que lhe oferecer. Deve prepará-lo para ser um futuro usuário, em que tenha
condições de enfrentar a competitividade ao se inserirem em um mercado de trabalho, que a
cada dia se utiliza mais do computador.

“Para se ter um bom projeto não é necessário trabalhar com a informática em


todas as suas etapas. A informática deve estar a serviço de uma perspectiva
mais abrangente do o simples uso de uma máquina como modismo vazio e
isolado. Ou o uso da máquina está articulado com as atividades mais amplas
da escola ou tenderá a desaparecer nos buracos negros do currículo escolar”
(PREFEITURA DA CIDADE DO RIO DE JANEIRO,2002, p. 6, Módulo
III).

Os alunos precisam ser preparados para uma sociedade pós-moderna da qual já


visualizamos parte do que os espera, onde os parâmetros cognitivos serão continuamente
redefinidos, e onde situações contingenciais serão uma constante em suas vidas.
28

Melhorar o processo de ensino-aprendizagem, levando o aluno a aprender e o


professor a aprender a orientar e auxiliar a aprendizagem do aluno é uma das aplicações mais
úteis das TI. A interação adequada com o computador na escola contribuirá significativamente
para a formação de alunos e professores na leitura crítica e consciente da cidadania do homem
do futuro, tornando-os aptos para discernirem sobre a realidade, o que fazer ante as situações
contingenciais, as seleções das melhores e mais proveitosas informações, facilitando enfim, o
processo da tomada de decisão de maneira eficaz no mundo.

O laboratório de Informática nas escolas pode ser implantado em parceria com a Sala
de Leitura e os professores interessados. Através de um agendamento prévio com a Sala de
Leitura, cada turma irá para o laboratório uma vez por semana, ou mais. O agendamento só
poderá ser feito depois que o professor trabalhar em sala com a turma. O computador é o
último estágio em Informática Educativa, isto é, os alunos só irão para o laboratório quando
souberem o que deverão fazer lá.

Uma das formas de se evitar as faltas dos alunos é estabelecer que os alunos que
faltarem no dia do planejamento, ou no dia em que iriam para o laboratório, só voltarão a
entrar no laboratório em outra etapa do planejamento. O aluno ficará na Sala de Leitura
fazendo as pesquisas com material da Sala de Leitura. Alunos com atestado médico, poderão
recuperar as explicações perdidas em horário vago. Assim evitar-se-á a indisciplina no
laboratório, pois o aluno que não sabe o vai fazer irá perturbar os outros.

3.2 A Informática entra em cena

O domínio da tecnologia só faz sentido quando faz parte do contexto das relações
entre homem e sociedade. Assim, ela representa formas de manutenção e de transformação
das relações sociais, políticas e econômicas, acentuando a barreira entre os que podem e os
que não podem ter acesso a ela. Esse domínio tecnológico pressupõe o domínio da leitura e da
escrita.

A rapidez com que se dá a produção de conhecimento e a circulação de informações


no mundo atual impõe novas demandas para a vida em sociedade. Hoje mais do que nunca é
necessário que a humanidade aprenda a conviver com a provisoriedade, com as incertezas,
29

com o imprevisto, com a novidade em todos os sentidos. Isso pressupõe o desenvolvimento de


competências relacionadas à capacidade de aprendizagem contínua, ou seja, a autonomia na
construção e na reconstrução do conhecimento. É preciso uma educação que permita ao
educando capacidade de analisar, refletir, tomar consciência do que já se sabe, ter
disponibilidade para transformar o seu conhecimento, processando novas informações e
produzindo conhecimento novo.

A escola do futuro terá um papel importante a desempenhar com o uso das novas
tecnologias. O desenvolvimento das TI oferece alternativas para a educação do futuro, com o
seu uso o professor poderá ser autor de uma educação que leve o aluno a criar, inovar,
imaginar, questionar, encontrar soluções, tomar decisões com autonomia, vencer as
adversidades, as contingências do imprevisível.

A prática escolar distingue-se de outras práticas educativas, como as que acontecem


na família, no trabalho, na mídia, no lazer e nas demais formas de convívio social, por
constituir-se uma ação intencional, sistemática, planejada e continuada para crianças e jovens
durante um período contínuo e extenso de tempo. Deve tomar para si o objetivo de formar
cidadãos capazes de atuar com competência, solidariedade e dignidade na sociedade, buscar
eleger como objeto de ensino, conteúdos que estejam em consonância com as questões sociais
que marcam cada momento histórico, cuja aprendizagem e assimilação são as consideradas
essenciais para que os alunos possam exercer seus direitos e deveres. Pelos seus propósitos
explicitamente formativos, a educação tem o compromisso de intervir efetivamente para
promover o desenvolvimento e a socialização de seus alunos. Para tanto é preciso que a escola
garanta práticas planejadas com o propósito de contribuir para que os alunos se apropriem dos
conteúdos de maneira crítica e construtiva.

Se entendermos a escola como um local de construção do conhecimento e de


socialização do saber, como um ambiente de discussão e de troca de experiências e de
elaboração de uma nova sociedade, é fundamental que a utilização dos recursos tecnológicos
seja implantada com objetivos previamente estabelecidos.

“Significa permitir que o aluno use o computador para buscar, selecionar e


inter-relacionar informações significativas na exploração, reflexão,
representação e depuração de suas próprias idéias, segundo seu estilo de
pensamento” (PREFEITURA DA CIDADE DO RIO DE JANEIRO, 2002, p.
5 Caderno 1).
30

Deve-se desmistificar que o computador é mais uma alegoria na Educação, mais um


modismo. Para que este venha a ser utilizado com precisão e se torne um instrumento
pedagógico importante, irá depender de seus usuários, principalmente pelos tipos de trabalho
que a escola vier a optar.

3.3 O Computador na Escola

No trabalho que realizamos com alunos da Escola XXX, do ensino fundamental, cada
turma desenvolveu o seu projeto, buscando conhecimentos, descobrindo novas formas de
transmiti-lo, ajustando-o às suas características e particularidades. O professor deixou de ser o
centralizador das ações para ser o mediador do processo. Assim o aluno pôde, praticando,
exercer sua autoconfiança, sua cidadania.

Este trabalho não foi realizado somente no ambiente computacional, mas também fora
dele. As crianças construíram cartazes, fizeram pesquisas, tiraram fotos, realizaram
experiências como a de participar de um congresso nacional de “jovens produtores de mídia”,
construíram blogs, páginas na internet, diversas formas de jornais – impresso, eletrônico e
jornal mural, dentre outras coisas, vivendo num mundo de descobertas e imaginações.

Os alunos contribuíram com pesquisas e materiais para construção do blog e do site.


Primeiramente, dialogamos com eles para verificar suas hipóteses sobre qual seria a
importância da construção de um jornal eletrônico e dos blogs. Isto propiciou o
desencadeamento da imaginação. E em seguida os alunos escreveram no bloco de notas do
computador o que haviam imaginado. Finalizando o trabalho, os alunos construíram um
editorial para explicar as atribuições e as atribuições de cada um.

Durante o projeto os alunos e os professores participaram de oficinas que os


capacitassem no uso de outras ferramentas para a construção e colocação de uma página na
Internet. Sem essa capacitação para os professores acredito que o projeto perderia muito do
seu rendimento. As aulas eram em horário contrário ao que habitualmente estudam, e com
relação aos professores, o horário era o do centro de estudos. Alunos da manhã participavam
31

da oficina de tarde. Os alunos da tarde vinham de manhã. Nessas oficinas observamos a


expansão da criatividade e da imaginação dos alunos, e com os professores, o entusiasmo e a
imaginação fértil para elaboração de novos detalhes aos já planejados. Isso se manifestou
através do interesse, da participação, da cooperação e da motivação dos alunos na realização
das atividades propostas, e nas atividades planejadas pelos professores, como podemos notar
pelos trabalhos que foram colocados na página na Internet. Uma ótima combinação de
conteúdo, currículo e trabalho cooperativo.

Podemos concluir que com o uso do computador, mesmo as tarefas mais simples,
como escrever um texto, montar um cartaz, etc..., são suficientemente ricas e complexas,
permitindo o desenvolvimento de uma série de habilidades que ajudam na solução de
problemas, o que levou os alunos a aprenderem através de seus próprios erros.

“Os recursos multimídia parecem resgatar, ou despertar, o interesse pela


escrita, devido à infinita gama de possibilidades de interação que oferece.
Desta forma, o aluno pode usar a criatividade para personalizar seu trabalho,
o que também facilita a expressão emocional, além de produzir vínculos
positivos com sua própria escrita” (Cruz, 2000, não publicado).

Isto contribuiu para o desenvolvimento da autoconfiança, ou seja, dar a capacidade do


aluno viver em uma sociedade cada vez mais permeada pela tecnologia, crescendo com o
sentido que são elas que devem controlar as máquinas e não o inverso.

O trabalho realizado usando a metodologia de projetos deu a possibilidade de ruptura,


por se colocarem como espaço corajoso, onde é possível relacionar uma matéria com a outra,
facilitando a atividade, a ação, a participação do aluno no seu processo de produzir fatos
sociais, de trocar informações, enfim, de construção de conhecimento.

O propósito de se trabalhar com projetos foi romper com as limitações, muito delas auto-
impostas, do cotidiano, convidando os alunos à reflexão sobre questões importantes da vida
real, da sociedade em que vivem, propiciando a solidariedade, criação e cooperação.

Isto foi observado nos trabalhos realizados pelas turmas de Educação Infantil à 8ª série,
no qual os alunos foram desafiados a viajar através da imaginação e da criatividade, buscando
assim soluções para seus problemas. Isso implicou também a participação dos professores.
Estes deixaram de entregar as informações e passaram a ser os facilitadores, os mediadores
32

dos alunos no processo de construção e resolução de problemas, incentivando a reflexão e a


crítica, permitindo que estes identifiquem os próprios problemas. Ver anexo.

3.4 Considerações finais

A escola, na perspectiva de construção de cidadania, precisa assumir a valorização da


cultura de sua própria comunidade e, ao mesmo tempo, buscar ultrapassar seus limites,
propiciando às crianças e aos jovens pertencentes aos diferentes grupos sociais o acesso ao
saber, tanto no que diz respeito aos conhecimentos socialmente relevantes da cultura no
âmbito nacional e regional como no que faz parte do patrimônio universal da humanidade. É
imprescindível à escola repensar as relações homem-conhecimento-mundo. É na escola que
os alunos terão oportunidade de acesso aos meios e às linguagens que constroem o
pensamento, o sujeito e o cidadão, e é na escola que esses devem se adequar à nova realidade
criada pelo desenvolvimento dos meios de comunicação e dos processos de Informação. Isso
requer que a escola seja um espaço de formação e informação, em que a aprendizagem de
conteúdos deve necessariamente favorecer a inserção do aluno no dia a dia das questões
sociais marcantes em um universo cultural maior.

“As transformações vivenciadas nos levam à necessidade de mudanças, pois


existe uma insatisfação constante no dia-a-dia das instituições escolares, nas
quais estamos assistindo a um distanciamento cada vez maior entre as
atividades propostas pela escola e a vida dos estudantes” (Pellanda, 2000,
p.223).

Cabe à escola formar cidadãos autônomos, conscientes e críticos diante da massa de


informações a qual estão expostos diariamente, tornando-os aptos a se fazerem representar
através da capacidade de produção simbólica presentes nas múltiplas linguagens, propiciar o
desenvolvimento de capacidades e habilidades, de modo a favorecer a compreensão e a
intervenção nos fenômenos sociais e culturais, assim como possibilitar aos alunos usufruir as
manifestações culturais nacionais e universais, condição necessária para que se apropriem de
todas as formas de diálogo contemporâneo.

O domínio da tecnologia só faz sentido quando faz parte do contexto das relações
entre homem e sociedade. Assim, ela representa formas de manutenção e de transformação
das relações sociais, políticas e econômicas, acentuando a barreira entre os que podem e os
33

que não podem ter acesso a ela. Esse domínio tecnológico pressupõe o domínio da leitura e da
escrita. Pois grande parte dos conhecimentos é adquirida através dessa modalidade.

“As tecnologias intelectuais desempenham um papel fundamental nos


processos cognitivos, mesmo os mais cotidianos; para perceber isto, basta
pensar no lugar ocupado pela escrita nas sociedades desenvolvidas
contemporâneas. Estas tecnologias estruturam profundamente nosso uso das
faculdades de percepção, manipulação e de imaginação” (Lévy, 1993,
p.160).

A educação poderá contribuir para diminuir diferenças e desigualdades, na medida em


que acompanhar os processos de mudanças, oferecendo formação adequada às novas
gerações. A pouca familiaridade com as tecnologias emergentes também pode constituir-se
um problema para as pessoas, pois no cotidiano são muitas as situações que exigem
conhecimento tecnológico.

Portanto, a informática quando adotada nas escolas deve se integrar ao ambiente e à


realidade dos alunos, não só como ferramenta, mas como recurso interdisciplinar,
constituindo-se também em alguma coisa a mais com que o professor possa contar para bem
realizar o seu trabalho, desenvolvendo com os alunos atividades, projetos e questionamento.

Para que uma instituição escolar introduza a informática, é preciso ter em primeiro lugar
um projeto político pedagógico, onde serão discutidos os objetivos de sua utilização como
ferramenta educativa e a escolha do software educativo que possa ser usado para ajudar a
atingir mais fácil e eficientemente os objetivos educacionais, não deixando portanto, que o
computador se torne um brinquedo. A escola precisa de professores capacitados e
disponibilizados a encarar esse novo ícone que é a informática educativa sem medo de que
algum dia seja substituído por computadores. É preciso então que haja uma integração entre o
meio escolar e o corpo docente, desenvolvendo assim a sociabilidade dos alunos e a
familiaridade dos professores com o mundo da tecnologia.

O grande desafio para a educação deste século é fazer com que a escola se sintonize
com o Mundo Contemporâneo. Para isso será preciso muita observação, reflexão e debate,
com urgência e presteza diante da velocidade com que a técnica e a tecnologia produzidas
transformam em obsoletos os sistemas até então em vigor.
34

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WEISS, Alba Maria Lemme & CRUZ, Mara Lúcia Reis Monteiro. A informática e os
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ANEXO

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