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INFORMÁTICA PRÁTICA
1.1 Introdução
Para aprender a ler e a escrever é preciso pensar sobre a escrita, pensar sobre o que a
escrita representa e como ela representa graficamente a linguagem. Primeiro se aprende a ler,
depois é que o aluno passa a escrever e surgem as preocupações com a ortografia. Algumas
situações didáticas favorecem especialmente a análise e a reflexão sobre o sistema alfabético
de escrita e a correspondência fonográfica. São atividades que exigem uma atenção à análise,
tanto quantitativa como qualitativa, da correspondência entre segmentos falados e escritos. A
questão da alfabetização tem preocupado os profissionais da educação, pois nenhuma tarefa
hoje pode ser levada a bom termo sem o recurso do escrito. Quer se trate de tarefas
profissionais, de tarefas ligadas à vida cotidiana, de atividades de lazer ou de deveres do
cidadão, é necessário antes de qualquer coisa ler e muito freqüentemente escrever. Nossa
época é, por excelência, o tempo do escrito e, portanto, se faz necessário que a função social
dessas práticas sejam contempladas nos discursos e práxis pedagógicas.
espaço. Atualmente essa questão foi atropelada pela necessidade de sobrevivência e qualquer
tipo de trabalho passou a ser altamente disputado.
“... o professor não pode ser o dono da educação, aquele que tem tudo sob
seu comando. É preciso que haja também uma grande participação do
aprendiz, porque afinal de contas é ele quem precisa aprender e mostrar o que
aprendeu e sobretudo, saber que aprendeu” (p.40).
Com o uso dos computadores nas escolas, pode-se criar situações em que se possa
ensinar as crianças a trabalharem em equipe, associar-se a um objetivo, expor e negociar suas
idéias, argumentar e acreditar no seu potencial. Em suma, a assumir responsabilidades.
1.2 Problema
1.3 Justificativa
outros; elaborar os materiais didáticos que serão distribuídos aos alunos; participar de grupos
de estudo e projetos contribuindo com outros setores, como a Secretaria Municipal de
Educação.
1.4 Objetivos
Este trabalho tem por objetivo, através da leitura de diversos autores, e em pesquisas
na Internet, elaborar uma proposta pedagógica para a implantação dos computadores como
auxiliares no ensino da leitura e da escrita, dentro de uma escola da rede de ensino público do
Município do Rio de Janeiro, tornando o processo prazeroso, para professores e alunos. Ver
anexo.
Este estudo tomará como base os trabalhos que têm sido desenvolvidos por diversos
autores, tanto na área de educação, quanto na área de informática e das TI, aplicadas à
educação, procurando assim buscar o significado dos fenômenos observados, explicando e
compreendendo os aspectos da realidade em estudo, permitindo sua interpretação.
1.6 Metodologia
pesquisa, que é o computador como um auxiliar no ensino da leitura e da escrita. Esse método
se justifica no emprego da pesquisa por ser usado em problemas idealizados. Ele será
precedido do método indutivo, pois todo objeto ideal representa a etapa final de um processo
de abstração do concreto (particular) para o genérico (universal).
Inicia-se o presente trabalho, a partir dos métodos racional e científico, com o espírito
indagador, como ensinou Descartes1 (1637) em seu Discurso sobre o Método, ao escrever:
"Não aceitar como verdadeiro sem saber evidentemente o que é".
Por isso, com o rigor do espírito científico não se pode aceitar proposições como eu
acho, ou, isso é tão óbvio. Com espírito crítico, procura-se ater-se à imparcialidade diante
dos fatos para não distorcê-los e apresentá-los tão claros quanto possível, e com a criticidade
que a pesquisa científica nos autoriza a demonstrar, evitando os dois extremos perigosos
apresentados, de um lado, pela aceitação dócil e passiva de conclusões baseadas no prestígio
de respeitáveis tradições, ou na autoridade dos nomes respeitáveis ou organizações
envolvidas. Esta predisposição crítica leva também a evitar o ceticismo, tão prático, que pode
instalar-se depois de derrocada docilidade diante dos fatos observados.
Capítulo 2
“Enfrentar essa nova realidade significa ter como perspectiva cidadão abertos
e conscientes, que saibam tomar decisões e trabalhar em equipe. Cidadãos
que tenham capacidade de aprender a aprender e de utilizar a tecnologia para
a busca, a seleção, a análise e a articulação entre informações e, dessa forma,
construir e reconstruir continuamente os conhecimentos,, utilizando-se de
todos os meios disponíveis, em especial dos recursos do computador. Pessoas
que atuem em sua realidade tendo em vista a construção de uma sociedade
mais humana e menos desigual” (PREFEITURA DA CIDADE DO RIO DE
JANEIRO,2002, p. 12, Módulo I).
A sociedade não é mudada pela escola, mas pode através de um projeto político
pedagógico assumir, em conjunto com os vários segmentos da sociedade onde a escola está
inserida, tornar a escola, não um espaço de reprodução, mas de transformação.
Isso implica que ele esteja preparado para dominar os recursos computacionais,
conhecer os fundamentos educacionais subjacentes aos diferentes usos do computador. O
domínio da tecnologia só faz sentido quando faz parte do contexto das relações entre homem
e sociedade.
O educador, tendo em vista as transformações por que passa e pelas quais irá passar o
educando, não pode perder a visão do processo social, pois assim estaria esvaziando o
educativo, tornando-o fragmentário e imediatista. O valor real da ação educativa é a sua
projeção no futuro, é a sua coerência intrínseca, que lhe dá significado, direção e unidade.
Encontram-se nas necessidades da sociedade os parâmetros e os valores que nortearão os
agentes participantes no trabalho educativo, isto é, pais e demais educadores.
O professor não pode esperar pela interferência em sua formação para começar a atuar.
Deve começar sua atualização com livros, revistas, jornais, noticiários, periódicos, cursos
breves ou longos, sempre pensando no seu papel como educador, isto é, como profissional de
educação.
A educação deve ser encarada, pois, como um processo no sentido de modificar para
melhor o educando, instrumentalizando-o para que se torne um ser livre, consciente e
esclarecido.
Os benefícios trazidos pela tecnologia nem sempre são percebidos pela sociedade, as
inovações são introduzidas e aceitas de forma que não as notamos até que algo modifique
nosso contexto social. As inúmeras transformações tecnológicas sofridas pela sociedade por
sua vez possibilitam novas formas de viver e de ser. A atuação do homem passou a sofrer
influência direta do instrumento tecnológico que utiliza. A ordenação da experiência humana,
a produção do conhecimento sofreu grande modificação com meios de comunicação e
informação como jornais, revistas, CD-ROM, rádio, televisão, home-page, sites, etc. O
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aprendizado por meio de computadores gera transformação nas relações sociais, nas
consciências individuais, nos valores, na percepção do mundo.
A Informação está virando matéria-prima, ela é a chave para se agir e tomar decisões.
Ter informação não significa ter conhecimento embora o conhecimento dependa da
informação. A enorme quantidade destas informações implica em um gerenciamento e
tratamento de informações que possibilitam o acesso ao saber e como conseqüência ao poder.
A educação hoje precisa estar sintonizada com o tempo em que vivemos e ligar as
diferentes regiões do planeta que interagem em uníssono. O homem não é mais um indivíduo
com cidadania regional. Sua cidadania é global, pois hoje sua casa é do tamanho do mundo.
Entram em sua vida diária, produtos, e costumes das mais variadas regiões do mundo.
todos nós. A escola, às vésperas do terceiro Milênio, tem que abrir espaço
para as questões locais, regionais, nacionais e globais; buscando as suas
interdependências e pensando no futuro que já chegou (Multieducação, 1996,
p. 151).
É óbvio que se deverá ter cautela com a informatização da escola , mas é a mesma
cautela que temos ao escolher o melhor livro didático. E termos também a visão de que não se
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irá reproduzir com o computador o mesmo ambiente educacional que existe, isto é, mudando
apenas a roupagem, usando-se o computador com as mesmas idéias repetitivas e mecanicistas
dos métodos atuais. Sem um bom embasamento metodológico, um projeto educativo que o
sustente, o computador será um aparelho mecânico eletrizado nas escolas.
Para o leitor se envolver em uma atividade leitora é necessário que sinta-se capaz de
ler, compreender o texto e que este seja motivador, isto é, o conteúdo a ser lido deverá ser
interessante. É claro, que este interesse e esta motivação muitas vezes deverão ser criados
exteriormente, através da mediação do professor. É imprescindível que o leitor encontre
sentido no esforço cognitivo que vai efetuar ao ler. Para isso ele tem que conhecer o que vai
ler, para que vai ler, isto é, conhecer as diferentes tipologias de textos, por exemplo, ler uma
bula de remédio é diferente de se ler o jornal.
Outra função motivadora da leitura é a leitura para aprender, isto é a leitura que levará
o aluno a reificar o objeto da aprendizagem, num processo interativo de construção e
desconstrução deste objeto de forma lógica e coerente.
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“As crianças não aprender a ler para encontrar sentido na escrita. Elas se
empenham para encontrar sentido na escrita, e como conseqüência, aprendem
a ler” (Smith, 1999, p. 118).
Quando o leitor compreende o que lê, está aprendendo e agregando novos conceitos
aos conhecimentos prévios que possuía, e poderá ampliar sua interação com o mundo em
que vive e convive.
“Na verdade, entender que os primeiros esforços das crianças são sempre
para encontrar sentido no mundo afasta muito do mistério de como elas
passam a dominar a linguagem escrita e falada” (Smith, 1999, p. 118).
Cabe à escola mostrar à criança que ler e escrever são tarefas apaixonantes e
divertidas. A escola pode criar situações em que as atividades cognitivas poderão ser
estimuladas. A leitura e a escrita podem ser trabalhadas de forma prazerosa com o uso do
computador.
Para quem sabe ler, o domínio dos signos que produzem a fala ocorre
automaticamente. “Saber decifrar a escrita é o segredo da alfabetização” (Cagliari, 1998, p.
104).
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Outro aspecto também muito importante com relação ao uso do computador é que ele
se torna um instrumento socializador em nossas escolas, pois o equipamento dificilmente é
utilizado com um único usuário, ficando dois ou três alunos em um computador.
Antes de iniciar a sua redação deve-se escolher um tema adequado aos objetivos,
preferencialmente os de um projeto específico, definidos anteriormente pelo grupo.
Após a construção é conveniente uma primeira leitura crítica pelos seus autores,
seguida de outros componentes da escola para assim detectar problemas de adequação do
vocabulário, os pontos que não estejam claros, ou com erros de coerência, ortografia,
gramática.
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A leitura do texto final pode ser feita individual ou coletivamente, em voz alta ou
leitura silenciosa, de acordo com a série e idade dos alunos. Preferencialmente o texto será
lido em voz alta pelo menos uma vez.
A prática de elaboração de textos e hipertextos com o uso dos computadores deve ser
enfatizada pelo professor, pois possibilita o desenvolvimento da criatividade, o pensamento
lógico, a capacidade de expressão e a transferência dessa capacidade para outras áreas do
conhecimento.
O texto depois de produzido deve ser motivo de exposição para que os alunos sintam a
importância do tempo dedicado na execução da tarefa. Com o computador os textos podem
ser apresentados de diversas formas: jornal da escola, impresso ou on-line, cartazes, colados
em gravuras ou objetos para exposição.
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Capítulo 3
A escola do Futuro
Sabe-se que na tarefa de educar é preciso estabelecer situações coerentes com a vida
do aluno. Se o apresentado não tiver significação, ou correlação com seus interesses, a
aprendizagem pode não acontecer e/ou acontecer de modo insatisfatório. Todo trabalho
educativo deve partir de um projeto que norteie os passos não só dos alunos, mas também dos
profissionais de Educação para que estes não se percam durante a caminhada.
os professores terão um ponto de partida para o seu planejamento curricular que poderá ser
mensal, bimestral, semestral, ou abarcar todo o período.
Em informática educativa a apresentação do conteúdo precede a entrada do aluno no
laboratório. O professor deve evitar a apresentação dos conteúdos com o computador. A
informática faz parte da cultura contemporânea e a escola tem um papel fundamental, de
propiciar o acesso dos alunos a essa nova tecnologia e às suas linguagens. É principalmente
através da escola, que antigas e novas gerações têm oportunidade de participar, compreender,
decidir e de sentirem-se autônomas em relação à Tecnologia da Informação, realizando obras
sofisticadas, concretizando projetos antes apenas imaginados, estabelecendo novas relações
com o mundo, ampliando a sua participação e interação cultural, intelectual, social,
profissional e política. A tecnologia é um direito do cidadão contemporâneo, na medida em
que possibilita a ele conhecer e utilizar novas ferramentas e novas linguagens, fundamentais
para o domínio e a autonomia na convivência e no trabalho com o mundo atual e globalizado.
Para isso torna-se necessário criar um espaço especial nas escolas para aplicação da
Informática Educacional. Este espaço será responsável pelo processo de implantação e
acompanhamento do Projeto de Informática Educacional. Para isso, desenvolver-se-á as
seguintes atividades: pesquisas, análises e produções de softwares educacionais, verificando o
objetivo educacional para a faixa etária a que se destinam, e principalmente, se podem ser
inseridos no projeto pedagógico de nossa escola; coordenar os projetos envolvendo parcerias
com outros segmentos da comunidade; elaborar os materiais didáticos que serão distribuídos
aos alunos; participar de grupos de estudo e projetos contribuindo com outros setores, como
a Secretaria Municipal de Educação.
A metodologia a ser utilizada será a Pedagogia de Projetos, que se aplica aos alunos de
turmas especiais como de Progressão e aos alunos interessados em informática.
Os alunos são motivados a não ficarem parados esperando ordens do professor. Abre
perspectivas para a construção do conhecimento, a partir de questões reais. Possibilita a
experiência da vivência crítica e criativa. Ajuda o educando a desenvolver as capacidades de
observação, reflexão e criação e criam clima propício à comunicação, à cooperação, à
solidariedade e à participação.
Nas séries iniciais, o computador pode ser apresentado como um jogo para as crianças.
Os jogos podem ser muito úteis para explorar e desenvolver noções de proporção, medidas
conceitos físicos, relações geométricas, diferentes possibilidades e relações. Muitas
estratégias de letramento podem ser otimizadas com o uso dos computadores. Com os jogos
estão subentendidas as regras que deverão ser lidas pelos alunos, ou combinadas e escritas.
Temos então uma estratégia para o uso dos computadores como mobilizador da leitura e
escrita. Em contato com outras aprenderão normas para o seu uso, que não serão
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Deve-se apresentar aos alunos softwares que tenham como objetivo desenvolver o
raciocínio, organizar o pensamento, facilitar a expressão da criatividade, desenvolver a
percepção espacial através de diferentes figuras, usar cores, estimular a coordenação motora
através do desenho livre. Com o avanço do conhecimento do aluno com o computador poderá
colocá-lo mais tarde ao seu serviço, fazendo nele as tarefas escolares. As crianças e os jovens
têm muita facilidade para aprender e utilizar os recursos tecnológicos. Por isso rapidamente
tornam-se especialistas no uso de determinadas aplicações com o computador, muitas vezes
superando até mesmo o conhecimento do professor. Alguns alunos destacam-se mais do que
outros em relação ao conhecimento das possibilidades de utilização de recursos de hardware e
software, e podem ser fontes valiosas de informação para o bom desenvolvimento das
atividades em sala.
na tela do seu computador. O aluno interage, vê, participa, jogando simbolicamente com as
diferentes imagens. Quando o aluno se volta para a sociedade atual através da informática,
não está apenas brincando com o computador, está através deste reestruturando um novo
recorte da realidade, recriando parte desta. Assim estará através de uma educação prática,
exercitando a sua cidadania.
Uma das maiores dificuldades com que o professor poderá se deparar inicialmente são
as diferenças que as turmas apresentarão quanto ao conhecimento e habilidade com o uso do
computador. Para contornar essa situação o professor poderá separar grupos de alunos com
maior capacidade que poderão monitorar e auxiliar os colegas. Aulas extras poderão resolver
esse problema, quando o aluno brincará com o computador.
O laboratório de Informática nas escolas pode ser implantado em parceria com a Sala
de Leitura e os professores interessados. Através de um agendamento prévio com a Sala de
Leitura, cada turma irá para o laboratório uma vez por semana, ou mais. O agendamento só
poderá ser feito depois que o professor trabalhar em sala com a turma. O computador é o
último estágio em Informática Educativa, isto é, os alunos só irão para o laboratório quando
souberem o que deverão fazer lá.
Uma das formas de se evitar as faltas dos alunos é estabelecer que os alunos que
faltarem no dia do planejamento, ou no dia em que iriam para o laboratório, só voltarão a
entrar no laboratório em outra etapa do planejamento. O aluno ficará na Sala de Leitura
fazendo as pesquisas com material da Sala de Leitura. Alunos com atestado médico, poderão
recuperar as explicações perdidas em horário vago. Assim evitar-se-á a indisciplina no
laboratório, pois o aluno que não sabe o vai fazer irá perturbar os outros.
O domínio da tecnologia só faz sentido quando faz parte do contexto das relações
entre homem e sociedade. Assim, ela representa formas de manutenção e de transformação
das relações sociais, políticas e econômicas, acentuando a barreira entre os que podem e os
que não podem ter acesso a ela. Esse domínio tecnológico pressupõe o domínio da leitura e da
escrita.
A escola do futuro terá um papel importante a desempenhar com o uso das novas
tecnologias. O desenvolvimento das TI oferece alternativas para a educação do futuro, com o
seu uso o professor poderá ser autor de uma educação que leve o aluno a criar, inovar,
imaginar, questionar, encontrar soluções, tomar decisões com autonomia, vencer as
adversidades, as contingências do imprevisível.
No trabalho que realizamos com alunos da Escola XXX, do ensino fundamental, cada
turma desenvolveu o seu projeto, buscando conhecimentos, descobrindo novas formas de
transmiti-lo, ajustando-o às suas características e particularidades. O professor deixou de ser o
centralizador das ações para ser o mediador do processo. Assim o aluno pôde, praticando,
exercer sua autoconfiança, sua cidadania.
Este trabalho não foi realizado somente no ambiente computacional, mas também fora
dele. As crianças construíram cartazes, fizeram pesquisas, tiraram fotos, realizaram
experiências como a de participar de um congresso nacional de “jovens produtores de mídia”,
construíram blogs, páginas na internet, diversas formas de jornais – impresso, eletrônico e
jornal mural, dentre outras coisas, vivendo num mundo de descobertas e imaginações.
Podemos concluir que com o uso do computador, mesmo as tarefas mais simples,
como escrever um texto, montar um cartaz, etc..., são suficientemente ricas e complexas,
permitindo o desenvolvimento de uma série de habilidades que ajudam na solução de
problemas, o que levou os alunos a aprenderem através de seus próprios erros.
O propósito de se trabalhar com projetos foi romper com as limitações, muito delas auto-
impostas, do cotidiano, convidando os alunos à reflexão sobre questões importantes da vida
real, da sociedade em que vivem, propiciando a solidariedade, criação e cooperação.
Isto foi observado nos trabalhos realizados pelas turmas de Educação Infantil à 8ª série,
no qual os alunos foram desafiados a viajar através da imaginação e da criatividade, buscando
assim soluções para seus problemas. Isso implicou também a participação dos professores.
Estes deixaram de entregar as informações e passaram a ser os facilitadores, os mediadores
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O domínio da tecnologia só faz sentido quando faz parte do contexto das relações
entre homem e sociedade. Assim, ela representa formas de manutenção e de transformação
das relações sociais, políticas e econômicas, acentuando a barreira entre os que podem e os
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que não podem ter acesso a ela. Esse domínio tecnológico pressupõe o domínio da leitura e da
escrita. Pois grande parte dos conhecimentos é adquirida através dessa modalidade.
Para que uma instituição escolar introduza a informática, é preciso ter em primeiro lugar
um projeto político pedagógico, onde serão discutidos os objetivos de sua utilização como
ferramenta educativa e a escolha do software educativo que possa ser usado para ajudar a
atingir mais fácil e eficientemente os objetivos educacionais, não deixando portanto, que o
computador se torne um brinquedo. A escola precisa de professores capacitados e
disponibilizados a encarar esse novo ícone que é a informática educativa sem medo de que
algum dia seja substituído por computadores. É preciso então que haja uma integração entre o
meio escolar e o corpo docente, desenvolvendo assim a sociabilidade dos alunos e a
familiaridade dos professores com o mundo da tecnologia.
O grande desafio para a educação deste século é fazer com que a escola se sintonize
com o Mundo Contemporâneo. Para isso será preciso muita observação, reflexão e debate,
com urgência e presteza diante da velocidade com que a técnica e a tecnologia produzidas
transformam em obsoletos os sistemas até então em vigor.
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Referências bibliográficas:
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bo-bu.. São Paulo: Scipione, 1998.
FREIRE, Paulo. Educação como prática de liberdade. Rio de Janeiro, Paz e Terra, 1967.
JOLIBERT, Josette. Formando Crianças Produtoras de texto. Porto Alegre: Artmed Editora, 2001.
LDB, Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, lei n.º 9.394, de 20 de dezembro de 1996.
PELLANDA, Nize Maria Campos & Eduardo Campos. Ciberespaço: um hipertexto com
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Pierre Lév / org. Nize Maria Campos Pellanda e Edyardo Campos Pellanda. – Porto
Alegre: Artes e Ofícios, 2000.
SMITH, Frank. Leitura significativa; Trad. Beatriz Affonso Neves. –3ª ed. – Porto Alegre:
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WEISS, Alba Maria Lemme & CRUZ, Mara Lúcia Reis Monteiro. A informática e os
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ANEXO