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10 DE OUTUBRO DE 2015
Ajuda Jurídica / Direito Penal / Resumos e Casos Concretos / DIREITO PROCESSUAL PENAL I – Resumo Completo
D
IREITO PROCESSUAL PENAL I – Resumo Completo
Princípios Gerais:
CATEGORIAS
Direito Constitucional
1. Devido processo legal clássico – contém todas as fases do processo;
2. O novo devido processo legal – Lei 9.099/95 – dispõe outras formas de fases do processo. Direito do Trabalho e
Previdenciário
Novo CPC
O juiz não pode agir de ofício. Fundamento – se deve ao processo tipo acusatório vigorante que OAB
distingue as funções de investigação, denúncia e julgamento.
Peças
Vídeo Aulas
Princípio do Contraditório
Existem provas que são colhidas sem o contraditório, são as chamadas Provas Cautelares.
Exemplo de prova cautelar: perícias.
As provas cautelares tem o contraditório diferido ou seja, adiado, o contraditório é postergado para o
processo.
2. Possibilidade de recursos.
Obs.: não existe fase de defesa no Inquérito Policial, pois é peça administrativa.
Consiste em que todo acusado é presumido inocente até que se comprove a sua culpabilidade.
Duas regras:
1. Cabe a quem acusa o ônus de provar a culpabilidade;
2. Regra de tratamento no sentido do acusado não poder ser tratado como condenado.
O acusado pode ser preso durante o processo ? Seria esta prisão inconstitucional ?
Resp.: Sim, pode o acusado ser preso durante o processo, desde que o juiz fundamente a necessidade
da sua prisão cautelar. Não fere nenhum princípio constitucional.
Conecta-se à regra da liberdade de provas: todos os meios probatórios em princípio são válidos
para comprovar a verdade real.
1. Prova ilícita – são as provas adquiridas por meios ilícitos. Ex.: prova mediante tortura.
2. Prova Ilegítima – são as provas colhidas com violação de normas processuais. Ex.: busca
domiciliar sem ordem do juiz.
3. Art. 475 do CPP – diz respeito às provas nos Julgamentos pelo Tribunal do Júri. Deve-se
juntar as provas ao processo com três dias de antecedência ao Júri.
Princípio da Obrigatoriedade
O Ministério Público na ação penal pública é obrigado a agir. Deve ele denunciar.
Exceção: encontra-se na ação penal privada, onde aqui vigora o Princípio da Oportunidade.
Outra exceção: Transação Penal – Art. 76 da Lei 9.099/95 – onde o Ministério Público faz um
acordo com o réu, ao invés de denunciá-lo.
Art. 42 do CPP – iniciado o processo o Ministério Público não poderá dispor dele, ou seja, abrir
mão na acusação.
Princípio da O cialidade
Os órgãos da persecução penal são o ciais.
Princípio da Publicidade
Este Princípio não é absoluto, pois é possível restringir a publicidade do processo em casos
especiais. Art. 792 do CPP, Parágrafo 1º: “Se da publicidade da audiência, da sessão ou do ato
processual, puder resultar escândalo, incoveniente grave ou perigo de perturbação da ordem, o
juiz, ou o tribunal, câmara, ou turma, poderá, de ofício ou a requerimento da parte ou do
Ministério Público, determinar que o ato seja realizado a portas fechadas, limitando o número
de pessoas que possam estar presentes.”
O juiz que preside a instrução deve ser o mesmo que vai sentenciar.
Não há jurisdição sem imparcialidade. O juiz deve ser imparcial, neutro entre as partes.
Exceção: está nos processos de competência originária dos Tribunais, pois neste caso, não há
mais para quem se recorrer.
Resp.: Nem todo processo segue estritamente o CPP. Ex.: Tóxicos, Crime Militar, Crime Eleitoral,
Crimes de Imprensa, etc. Estes crimes tem seus procedimentos próprios.
Resp.: Em regra sim, mas há exceção: está na imunidade diplomática. Ex.: Embaixador norte-
americano que cometer crime no Brasil será julgado e processado em seu país de origem, nos
Estados Unidos da América.
Art. 2º do CPP: Lei Processual no Tempo
Lei processual sem re exos penais, é regida pelo Princípio da Aplicação Imediata. Ex.: Lei que
muda competência, o STJ diz que a lei processual se aplica imediatamente.
Ex.: Lei que cuida de ança é uma lei processual, mas tem re exos penais, portanto, se ela
bene ciar o réu, ela retroage, senão, não retroage.
1. Interpretação Extensiva:
Ex.: Art. 34 CPP – o menor entre 18 e 21 anos pode oferecer queixa, então por interpretação
extensiva entende-se que ele também poderá oferecer a representação, pois quem pode o
mais, pode o menos.
1. Aplicação Analógica:
Ex.: Qual o prazo que tem o querelante para oferecer queixa quando o réu estiver preso ?
Resp.: Não existe esta resposta no CPP, mas por analogia ao artigo 46 do CPP, entende-se que o
prazo é igual ao do Ministério Público, que são de 5 dias.
Ex.: Quando o juiz não encontra solução para um litígio na lei e também não consegue decidi-lo
por analogia, então deverá recorrer aos Princípios Gerais do Direito, pois deverá ele dar uma
solução ao caso concreto.
PERSECUÇÃO PENAL:
1. Fase de Investigação
Investigação
A quem compete ?
A polícia judiciária investiga o crime e visa reprimir a ocorrência de novos crimes.
Resp.: Não é atividade exclusiva da polícia civil. As investigações pode ser exercidas por outros órgãos,
por exemplo, no Inquérito Policial Militar, nas Investigações Administrativas, na Comissão
Parlamentar de Inquérito, etc.
Resp.: Esta investigação não está proibida no Brasil, o particular deve apresentar os documentos
conseguidos ao Ministério Público ou a Polícia Civil.
A polícia civil exerce suas atividades no âmbito de sua circunscrição. Art. 4º do CPP.
Cabe ao Ministério Público exercer o controle externo da polícia civil na forma de lei
complementar.
Resp.: Pode ser autoridade de carreira, que são os delegados de polícia, ou autoridade nomeada pelo
Secretário de Segurança.
O juiz no Brasil, preside a investigação de um crime somente quando este tratar-se de crime
falimentar.
Resp.: Não acarreta nenhuma nulidade ao Inquérito Policial, pois é ele uma peça administrativa.
É o Inquérito Policial uma peça informativa, logo é ele uma peça administrativa.
Os vícios do Inquérito Policial afetam a Ação Penal Futura ?
Resp.: Não afetam, pois são peças distintas.O Inquérito Policial é dispensável – Art. 27 do CPP. Por
exemplo, não há Inquérito Policial nos crimes de menor potencial ofensivo.
O Inquérito Policial é inquisitivo – não há contraditório e nem ampla defesa, pois é uma
peça administrativa. Algumas provas do Inquérito Policial tem validade em juízo, são as
provas cautelares. Ex.: perícias.
1. Por Portaria;
A busca domiciliar exige o mandado judicial, salvo se for o caso de Prisão em Flagrante.
O incidente de insanidade mental só pode ser determinado pelo juiz (Art. 149 CPP).
A reconstituição do crime (Art. 7º CPP) pode ser feita, salvo se ofender a ordem pública e a
moralidade. O indiciado não está obrigado a participar da reconstituição do crime.
Indiciamento: Indiciar é atribuir a autoria de uma infração penal a uma determinada pessoa.
Conseqüências:
1. Identi cação criminal – é feita a sua identi cação criminal. Consiste em: Identi cação
Dactiloscópica e Identi cação Fotográ ca.
Não é obrigatória a identi cação criminal para quem já é civilmente identi cado. A súmula 568
do STF foi cancelada. Somente pode ser identi cado criminalmente quando existe dúvida
quanto ao sujeito, onde lhe é colhido as impressões digitais.
Cabe o Habeas-Corpus para evitar indiciamento arbitrário, ilegal, e também para se trancar o
Inquérito Policial.
O Art. 21 do CPP, permite que o indiciado preso que até 3 dias incomunicável. Deve ser feita
por ordem de juiz, e fundamentada. Somente o advogado é quem tem livre acesso ao preso
incomunicável.
O Art. 21 do CPP é ou não Inconstitucional ?
É a conclusão do inquérito.
Nesse relatório deve haver uma classi cação jurídica do crime, a qual não está vinculado o juiz.
O prazo para conclusão do Inquérito Policial é de 10 dias se o réu estiver preso e de 30 dias se
estiver solto.
Dilação do Prazo
O delegado pode requerer a dilação do prazo quantas vezes precisar, devendo fundamentar
seu pedido ao juiz, que o concederá ou não, depois de ouvido o Órgão do Ministério Público.
Se o indiciado estiver preso, não há que se dilatar o prazo, pois se está preso, entende-se que já
se possui substratos fáticos para a denúncia.
O inquérito pode ser devolvido para a polícia, quando o Ministério Público achar que falta uma
diligência imprescindível para a denúncia. Se o juiz discordar dessa devolução e não devolve-lo,
cabe Correição Parcial contra ele, pois está ele sendo arbitrário.
Se o indiciado estiver preso, não há que se falar em devolução do inquérito, salvo se este for
solto antes.
A autoridade policial não pode arquivar e nem requerer o arquivamento do Inquérito Policial.
Somente o Ministério Público é quem tem legitimidade para pedir o seu arquivamento, mas
somente o juiz é quem manda arquivar.
Tecnicamente este ato do juiz é uma decisão, e conforme o fundamento para o arquivamento,
transita em julgado, fazendo coisa julgada. Ex.: Fato Atípico faz coisa julgada material.
Se o juiz discordar do Ministério Público, ele enviará os autos ao Procurador Geral da Justiça que
no caso oferecerá a denúncia, designa um promotor para faze-lo ou insiste no arquivamento, o
qual vincula o juiz a faze-lo.
Somente quando surgirem novas provas. Súmula 524 STF – Arquivar o Inquérito Policial, por
despacho do juiz, a requerimento do Promotor de Justiça não pode o Inquérito Policial ser
reaberto sem novas provas.
Não ocorre o arquivamento do Inquérito Policial na Ação Penal Privada, mas sim a renúncia ao
direito de queixa, onde o juiz julga extinta a punibilidade.
O Procurador Geral da Justiça não pode avocar o Inquérito Policial, mas de acordo com a lei
orgânica do Ministério Público, ele pode designar um Promotor para acompanhar o Inquérito
Policial.
Quem preside este inquérito é o Procurador Geral da Justiça ou um Promotor por ele
designado.
Correição Parcial – é cabível durante o Inquérito Policial quando o juiz não acata o pedido de
devolução do Inquérito à autoridade policial.
Quem julga este habeas corpus é o juiz de direito. Se denegar o Habeas Corpus cabe Recurso
em Sentido Estrito ou um novo Habeas Corpus contra o Juiz.
Se o crime cometido pelo juiz for ina ançável ele pode ser preso. A autoridade policial lavra o
Auto de Prisão em Flagrante e imediatamente o encaminha ao Tribunal de Justiça, inclusive o
preso.
Se o crime cometido pelo Promotor for ina ançável ele pode ser preso. A autoridade policial
lavra o Auto de Prisão em Flagrante e imediatamente o encaminha ao Procurador Geral da
Justiça, inclusive o preso.
DA AÇÃO PENAL: Não há pena sem processo. Não há processo sem ação.
Características:
É um direito público – porque a ação penal visa a aplicação do Direito Penal que é público.
Direito Subjetivo – pertence a alguém, tem titular. Na ação pública o titular é o Ministério
Público e na Ação Privada é o ofendido.
1. Possibilidade Jurídica do Pedido – signi ca que o pedido deve versar sobre um fato típico,
ou seja, descrito em lei.
2. Legitimidade “ad causam” para causa – no Polo Ativo: Ministério Público e Ofendido. No
Polo Passivo: pessoa física, maior de 18 anos e que for autora do crime.
3. Interesse de Agir – é o pedido idôneo, quando existe “fumus boni juris” – quando há justa
causa – quando estão presentes prova ou probabilidade da existência do crime e prova ou
probabilidade da autoria do crime.
1. Especí cas – são condições que são exigidas eventualmente. Ex.: Representação da Vítima,
Requisição do Ministro da Justiça.
Se faltar alguma condição especí ca o juiz rejeita a ação. Essa ação só poderá ser reproposta
desde que for suprida a falta da condição. Art. 43 CPP.
Escusa Absolutória é matéria de Direito Penal. É a renúncia ao Direito de Punir por razões de
política criminal. Ex.: Art. 181, CP – é isento de pena quem comete crimes previstos neste título,
em prejuízo: do cônjuge, na constância da sociedade conjugal; de ascendente ou descendente.
Não existe no Brasil, Ação Penal Popular, que consiste na possibilidade de qualquer pessoa do
povo entrar com ação penal em qualquer crime. Existe na Espanha.
Habeas Corpus tem semelhança com a Ação Penal Popular, pois qualquer pessoa pode entrar
com o Habeas Corpus.
É simples, quando a lei não dispor sobre a ação penal é ela pública incondicionada.
Ação Penal Pública Incondicionada:
Esta ação é exclusiva do Ministério Público. Mas se o Ministério Público não entrar com a ação
no prazo, cabe Ação Penal Privada Subsidiária da Pública.
O Art. 26 e o Art. 531 do CPP estão revogados, pois antes da CF/88 eles autorizavam os
Delegados e o Juiz a entrarem com a ação. Com o advento da CF/88 é competência exclusiva do
Ministério Público.
Princípios da Ação:
O cialidade – a ação penal é proposta pelo Ministério Público. O Ministério Público é órgão
o cial.
Exceção: é a Transação Penal – Art. 76 da Lei 9.099/95 – O Ministério Público não denuncia, ele
propõe um acordo.
Indisponibilidade – a ação penal uma vez proposta é indisponível. Art. 42 CPP. Vale para o
Recurso do Ministério Público. Art. 576 CPP.
Indivisibilidade – a ação penal deve ser proposta contra todos os co-autores conhecidos.
“Opinio Delicti”: É o convencimento do promotor de que existe justa causa (prova de crime e
prova de autoria).
Se o promotor formar a “Opinio Delicti” ele apresenta a denúncia (peça acusatória que inicia o
processo público).
Omissões não essenciais a Denúncia – podem ser supridas até as alegações nais.
1. Identi cação do acusado – dizer quem é o réu. No caso de co-autoria, o promotor deve
individualizar a conduta de cada um, na medida do possível (posição do STF).
2. Classi cação do Crime – o Promotor deve apontar o Artigo da Lei. Essa classi cação não
vincula o Juiz, podendo este desclassi car o crime, mas não desde o início, somente na
sentença. Ex.: Num caso de Furto Quali cado, o juiz percebe que não houve nenhuma
quali cadora, devendo rejeitar em parte a denúncia, em sua parte excessiva. O promotor
pode entrar com Recurso em Sentido Estrito se a denúncia for rejeitada em parte.
5. A Denúncia deve vir subscrita pelo Promotor – Deve o promotor assinar a denúncia ao
nal.
A Denúncia que não tiver algum desses requisitos essenciais é uma denúncia inepta, é ela
rejeitada.
Prazo para Denunciar – se o réu estiver preso o prazo é de 5 dias. Se o réu estiver solto é de
15 dias. É um prazo processual, não conta o dia do início.
3. Art. 801 CPP – perda de vencimentos do Promotor, tantos dias de atraso, tantos dias de
desconto.
Conexão entre Crime de Ação Pública e Crime de Ação Privada – forma-se um litisconsórcio
ativo, o Ministério Público oferece denúncia e o Ofendido apresenta queixa.
O promotor não pode denunciar alegando que se o réu não for condenado por Estupro deve
ser condenado por Homicídio.
Sim, existe, basta que o Promotor tenha subsídios para oferecer a Denúncia.
1. autoridade policial
2. Ministério Público
3. Juiz
se não tiver representante legal e não ter ninguém responsável pela sua guarda, ser-lhe-á
nomeado um Curado Especial;
Menor de 17 anos e casada, para representar aguarda-se que ela complete os 18 anos,
não suspendendo o prazo da prescrição, mas suspendendo o prazo decadencial.
exclusivamente o ofendido;
Retratação da Retratação pode ser feita, desde que dentro do prazo decadencial;
Co-autoria – representação somente contra “a” e não contra “b”. O Ministério Público pode
denunciar os dois? Não, falta uma condição de procedibilidade. O Ministério Público é o
órgão controlador da indivisibilidade do processo, então o Ministério Público deve chamar
a vítima e perguntar-lhe se ela quer representar contra “b” ou não. Querendo, o Ministério
Público denuncia os dois; não querendo, o Princípio da Indivisibilidade do Processo,
permite ao promotor não denunciar nenhum dos dois, pois a renúncia a um aproveita a
todos.
É um prazo penal, computa-se o dia do início, a contar da data em que se sabe quem foi o autor
do crime. O prazo não se suspende, interrompe e não se prorroga.
Dupla Titularidade – o prazo decadencial é um prazo para cada um. (Súmula 594 STF).
Requisição é uma ordem. Mas não vincula o Ministério Público, ele pode ou não denunciar.
É um ato administrativo e político, pois refere-se a conveniência. O caso mais comum é o crime
contra a honra do Presidente da República.
Dois réus, o Ministro requisita somente contra um, o Ministério Público não pode denunciar os
dois, mas pode scalizar o Princípio da Indivisibilidade, comunicando ao Ministro da Justiça se
quer ou não requisitar contra o outro, onde, querendo o Ministério Público denunciar os dois, e
se não querer, renunciando a um, a renúncia vale para todos.
É proposta pelo ofendido. Sempre existe a substituição processual (quando o sujeito defende
em nome próprio interesse alheio).
1. autoridade policial
2. Ministério Público
3. Juiz
3. Princípio da Indivisibilidade – a ação tem que ser proposta contra todos os co-autores
conhecidos (Art. 48 CPP). Renúncia a um, implica renuncia a todos. (Art. 49 do CPP).
se não tiver representante legal e não ter ninguém responsável pela sua guarda, ser-lhe-á
nomeado um Curado Especial;
Menor de 17 anos e casada, para oferecer queixa aguarda-se que ela complete os 18 anos,
não suspendendo o prazo da prescrição, mas suspendendo o prazo decadencial.
exclusivamente o ofendido;
O procurador necessita de poderes especiais, tem que especi car e tem que ter um
resumo dos fatos na procuração (Art. 44 CPP);
Prazo – 6 meses contados do dia em que se sabe quem é o autor da infração. É prazo
penal e decadencial (não se suspende, não se interrompe e não se prorroga);
Se o prazo vence no Domingo, tem que despachar a inicial no próprio Domingo, ou com o
juiz, ou com o escrivão do cartório;
Se a queixa foi protocolada no último dia, mas só foi recebida pelo juiz 6 dias após o
término do prazo, não operou a decadência;
Custas judiciais, são previstas pelo CPP, mas no Estado de São Paulo de 1985 não existe
mais;
Honorários Advocatícios – incidem na ação penal Privada, conforme jurisprudência do STJ
e do STF;
O Ministério Público pode aditar a queixa somente para incluir dados não essenciais, mas
nunca para incluir um novo co-autor, pois não tem legitimidade ativa;
Só é cabível quando o Ministério Público deixa de oferecer denúncia no prazo legal. Cabe
quando há inércia do Ministério Público. Se o Ministério Público pediu o arquivamento do
Inquérito Policial ele agiu.
Art. 129 CF – diz que quem promove a Ação Penal é exclusivamente o Ministério Público.
É uma ação facultativa, mas tem um prazo decadencial de 6 meses. É um prazo impróprio,
porque mesmo tendo se passado 6 meses, o Ministério Público pode denunciar.
1. Pode repudiar a queixa, sem mesmo fundamentar, mas tem nesse caso a obrigação de
denunciar. É a denúncia substitutiva.
1. Aditá-la;
2. Fornecer provas;
3. Interpor Recursos.
Renúncia:
É um ato unilateral;
Pode ser expressa (declaração assinada da vítima) ou tácita (se dá quando a vítima
pratica ato incompatível com o direito de queixa. Ex.: casamento da vítima com o
agressor);
O Recebimento de Indenização não signi ca renúncia ao direito de queixa (Art. 104 CPP);
Do Perdão do Ofendido:
Limite – o perdão só pode ser dado até o dia do trânsito em julgado da sentença;
Tácito – ocorre quando a vítima pratica ato incompatível com o direito de queixa. Ex.: quando o
querelante casa-se com o querelado.
Dupla Titularidade – se o perdão for concedido por um e oposto pelo outro, esse perdão
não gera efeito nenhum;
Se o Querelado tem idade entre 18 e 21 anos, e aceita o perdão, mas o seu representante
legal se opõe, esse perdão não produz efeito algum;
Perdão Parcial – é possível, cabe nas hipóteses de 2 ou mais crimes, onde o querelante
perdoa sobre um crime.
Perempção:
Ocorre crime complexo quando se dá a fusão de 2 ou mais crimes. Essa ação segue a regra
geral da ações penais.
Exceções:
2. Crime cometido por pais, padastro, tutor, curador – a ação é penal pública incondicionada;
4. Estupro com Lesão leve – era de ação pública incondicionada por força da Súmula 608 do
STF, mas hoje, depois da Lei 9.099/95, é preciso representação da vítima.
Da Ação Penal nos Crimes Contra a Honra: Regra Geral – é de Ação Penal Privada;
Exceções:
1. quando a peça acusatória for inepta. Ocorre quando falta um requisito essencial. Ex.: não
narrar o fato;
Se o juiz recebe a peça, não pode mais rejeitar, vai até o nal.
Desclassi car a ação – o juiz não pode desclassi car a denúncia ab initio (desde o início), só o
fará na sentença.
O juiz pode rejeitar a denúncia em parte. Caso o juiz o faça, o promotor pode se valer do
Recurso em Sentido Estrito.
Obs.: na Lei de Imprensa contra a rejeição da denúncia/queixa, seja total ou parcial, só cabe
apelação.
Renovação da Ação – se a peça for rejeitada, dependendo do fundamento dessa rejeição, pode
a ação ser intentada novamente. Ex.: extinção da punibilidade não permite a renovação da
ação. Já a falta de representação quando sanada, pode-se intentar uma nova ação.
Estando em curso o processo penal a vítima pode entrar com ação civil (Art. 67 CPP).
O juiz civilista pode suspender o processo civil até que se julgue o processo penal.
O risco é o de con ito de julgados. No civil cabe ação rescisória para reparar essa injustiça.
Se a vítima for pobre o Ministério Público pode entrar com a ação em benefício dela.
2. quando o juiz criminal reconhece que o acusado não participou dos fatos;
1. Art. 1519 e 1520 do Código Civil – estado de necessidade agressivo, quando se lesa
terceiro inocente. Tem que indenizá-lo, mas tem ação regressiva contra aquele que
ocasionou o perigo;
2. legítima defesa real com “aberractio ictus” , onde por exemplo, A atira contra B e B se
defende mas acerta C, matando-o, B está absolvido, mas tem que indenizar a família de C,
mas tem ação regressiva contra A.
Execução Civil: A sentença penal condenatória é um título executivo, podendo ser executada.
Art. 63 do CPP.
Problema: a sentença é um título certo, porém ilíqüido, pois o juiz penal não xa o quantum
que deve ser pago. Para executar é preciso liquidar, e essa liquidação se dá na esfera civil.
Se a vítima for pobre o Ministério Público entra com a execução em favor dela;
Resp.: Para o STF essa sentença é condenatória, podendo ser executada no cível. Já para o
STJ essa sentença é declaratória de extinção da punibilidade (Súmula 18), não podendo ser
executada no cível.
Para o concurso é adotada a posição do STJ, pois é ele quem dá a última palavra sobre matéria
infra-constitucional.
Se a vítima não pode executar a sentença, para receber a indenização deve entrar com Ação
Civil.
Princípio da Unidade – a jurisdição é única em todo o país. Cada juiz julga nos limites de sua
competência.
Competência – é o poder de cada juiz de conhecer e julgar determinados litígios.
Princípio da Indeclinabilidade – o juiz não pode recusar a jurisdição. Se o juiz não acha
fundamento na lei, deve julgar por analogia, costumes, princípios gerais do direito, etc, mas não
pode deixar de julgar.
Princípio da Indelegabilidade – o juiz pode delegar atos processuais, mas não pode delegar a
função de julgar, de dirimir litígios.
Princípio do Juiz Natural – quer dizer juiz competente, ou seja, que o juiz é competente para o
caso, proibindo a criação do juízo ou tribunal de exceção.
Critérios de Competência:
Lei dos Juizados Especiais Criminais – a competência xa-se pelo local do cometimento da
infração da conduta.
Este critério é subsidiário ou supletivo, somente é usado quando não se sabe qual é o local da
consumação.
Foro Optativo – está previsto no Art. 73 do CPP – só vale para ação penal exclusivamente
privada ou personalíssima, portanto, não valendo para a Subsidiária da Pública. O querelante
pode optar entre o local da consumação e o domicílio do réu.
Justiça Militar Estadual – é competente para julgar somente os crimes militares cometidos por
militares. Jamais será competente para julgar um civil.
Crime cometido por militar mas não descrito no CPM – a competência é da Justiça Comum.
Justiça Militar Federal – é competente para julgar crimes militares cometidos contra as forças
armadas. Não importa se o criminoso é civil ou militar.
Justiça Federal – é competente para julgar crimes cometidos contra a União ou contra suas
Autarquias.
Ex.: Crimes cometidos contra a Caixa Econômica Federal é da competência da Justiça Federal.
Crimes Políticos – de nidos na Lei da Segurança Nacional. O recurso é direito para o STF.
Tribunal do Júri – é competente para julgar os crimes dolosos contra a vida e conexos.
Qual é o Juízo ou Foro que tem força atraente ? Deve-se respeitar as seguintes regras:
1. Entre Justiça Comum e Tribunal do Júri – o Tribunal do Júri tem força atrativa.
1. Entre Jurisdição Comum e Jurisdição Especial – a Jurisdição Especial tem força atrativa.
1. Art. 79 – Justiça Comum e Justiça Militar – separam-se os processos, o que é militar será
julgado na Justiça Militar e o que é civil será julgado na Justiça Comum.
6. De acordo com o Art. 80 do CPP, o juiz separa os processos quando julgar conveniente. Na
pratica, em caso de co-autoria, um preso em agrante e outro foragido, separa-se o
processo.
8. No Tribunal do Júri o crime desclassi cado passa para o juiz presidente julgar. Já o outro
crime conexo, por exemplo um crime de estupro, continuará sendo julgado pelo Tribunal
do Júri.
10. Art. 82 do CPP – o Juízo com força atrativa pode avocar processos que correm por outras
varas. Não é obrigado, a lei diz que pode.
Juízo Prevento no Crime – dá-se a prevenção quando o juiz tomar conhecimento o cialmente da
infração.
Resp.: Depende, se o processo está em 1º grau é o juiz de 1º grau, se o processo está no Tribunal, é o
próprio Tribunal que aplica e se já tem coisa julgada, é o juízo das execuções (Súmula 611 STF).
Regra.: a Justiça Estadual (Súmula 140 do STJ). Mas quando envolver direitos indígenas é a Justiça
Federal.
Obs.: se o réu for condenado injustamente, deve aguardar o trânsito em julgado, para depois
entrar com pedido de revisão criminal.
Regras Especiais:
1. Crime cometido durante a função – nesse caso mesmo depois de cessada a função,
continua a prerrogativa de competência.
2. Crime cometido antes do início da função – quando o agente assume a função, altera-
se a competência por razão da prerrogativa de função, mas cessada essa função, o
processo volta para a sua origem.
3. Crime cometido depois da função – não tem foro por prerrogativa de função.
1. Lei 8.038/90
2. Lei 8.658/93
1. Presidente da República:
1. Vice-Presidente da República:
1. Deputado Federal:
1. Senado Federal:
1. Ministro de Estado:
1. Ministro do STF:
1. Desembargadores: S.T.J.
1. Governador:
1. Prefeitos:
1. Vereador: não tem foro por prerrogativa de função. Exceção: Estado do Piauí.
Exemplo: um juiz entra com queixa crime contra um advogado. Esse advogado entra com
exceção da verdade.
Nesse caso o Tribunal é quem julga exclusivamente a exceção da verdade, devido à prerrogativa
da função.
Toda instrução é feita no juízo de 1º grau, ou seja, as provas são colhidas em 1º grau.
1. Extinção da queixa;
Outras Hipóteses:
O processo corre na capital onde o réu morava. Se este nunca morou no Brasil, é na capital da
República, ou seja, em Brasília.
Se o navio for para o estrangeiro o foro competente será o do local onde por último o navio
tocou.
Se o avião for para o estrangeiro o foro competente será o do local de onde o avião decolou
vôo.
1. Questões prejudiciais;
2. Exceções;
3. Incidente de Falsidade;
6. Etc.
Questões Prejudiciais; É uma questão que surge no curso de um processo e deve ser julgada
antes da questão principal.
Características:
Classi cação:
Questões homogêneas – quando versam sobre o mesmo ramo jurídico da questão principal.
Ex.: exceção da verdade.
Questões heterogêneas – quando versa sobre outro ramo jurídico distinto da questão
principal. Ex.: No crime de bigamia quando o réu invoca nulidade do primeiro casamento.
Questões não devolutivas – são obrigatoriamente julgadas pelo próprio juízo penal. Ex.:
Exceção da Verdade.
1. Questões devolutivas absolutas – são questões que obrigatoriamente devem ser
remetidas ao juízo civil (Art. 92 CPP). São as questões que versam sobre o estado civil das
pessoas.
Se o juiz manda o processo para o civil, o processo penal ca suspenso, assim como a
prescrição. Mas o juiz colhe todas as provas do processo penal para que não haja prejuízo.
1. Questões devolutivas relativas – nestas questões o juízo penal pode remeter a causa ao
juízo civil (Art. 93 CPP). São questões civil diferentes do estado civil das pessoas. Ex.: Crime
de furto em que o réu alega ser o proprietário da coisa.
Se o juiz remeter a causa para o juízo civil, suspende o processo penal. O juiz xa um prazo para
a suspensão do processo. Nesse prazo não corre a prescrição e o juiz pode colher as provas.
1. Exceções Dilatórias – são exceções que visam prorrogar o processo. Divide-se em três
modalidades:
1. Suspeição;
2. Incompetência;
3. Ilegitimidade de Parte.
1. Litispendência; e
2. Coisa Julgada.
I – EXCEÇÃO DE SUSPEIÇÃO:
Finalidade – visa afastar o juiz da causa, por suspeita de parcialidade. Também pode ser
alegada contra:
1. Promotor;
2. Peritos;
3. Intérpretes;
4. Jurados e
5. Funcionários da justiça.
Resp.: Não existe exceção de suspeição contra Delegado (Art. 107 CPP).
Se um delegado suspeito presidir o Inquérito Policial, este inquérito terá um menor valor probatório.
As hipóteses de exceção de suspeição estão elencadas no Art. 254 do CPP, valendo para todas
as pessoas já mencionadas.
Procedimento:
1. Reconhecimento de ofício pelo juiz. O juiz nesse caso deve fundamentar e mandar os
autos ao seu substituto.
2. Argüição pelas partes em caso de não reconhecimento de ofício pelo juiz. A via jurídica é a
exceção de suspeição. A defesa deve argüi-la na defesa prévia. O Ministério Público deve
argüi-la no oferecimento da denúncia. O assistente do Ministério Público não pode argüir
suspeição.
1. autuar em apartado;
No Tribunal:
4. Julgamento:
1. Se o julgamento for por procedência – todos os atos presididos pelo juiz são nulos.
Contra jurado a exceção é oral e o juiz decide na hora (Art. 106 CPP).
Defesa – deve argüir na hora da defesa prévia, desde que se trate de incompetência relativa,
sob pena de reclusão.
Se for caso de incompetência absoluta, pode ela ser alegada em qualquer fase do processo.
Cabe ao juiz:
1. autuá-la em apartado;
3. O juiz decide.
Resp.: De acordo com o Art. 567, somente são nulos os atos decisórios, sendo que os
demais serão rati cados. Ë a jurisprudência do STF.
EXCEÇÃO DE LITISPENDÊNCIA:
Fundamento – ninguém pode ser processado duas vezes pelas mesma razão.
Causas Idênticas – quanto têm o mesmo pedido, mesmas partes e mesma causa de pedir.
Procedimento – é o mesmo da incompetência do Juízo. Obs.: não tem prazo, pode ser invocada
em qualquer momento do processo.
Fundamento – ninguém pode ser condenado duas vezes pelo mesmo delito.
Exceção: somente em caso de extraterritorialidade da lei penal brasileira, onde o sujeito pode
ser condenado no exterior e no Brasil pelo mesmo delito.
Só existe coisa julgada quando as ações são idênticas, ou seja, tem o mesmo pedido, mesmas
partes e a mesma causa de pedir.
Se o réu for condenado duas vezes pelo mesmo fato a sentença válida é sempre a primeira, pois
a segunda sentença é nula.
Instrumento para se alegar Exceção de Coisa Julgada – somente através de Revisão Criminal ou
Habeas Corpus.
Se no Tribunal do Júri o réu for absolvido como autor do crime, pode ele ser processado
como partícipe ?
Resp.: Sim, pode, houve a coisa julgada, mas a causa de pedir nova é distinta da causa de pedir
anterior, pois antes é autor sendo que agora é partícipe.
Vale tanto para a ilegitimidade “ad processum”, por exemplo no caso de queixa oferecida por
menor de 17 anos, quando para a ilegitimidade “ad causam”, por exemplo, quando o promotor
oferece denúncia no caso em que só é cabível a queixa.
Resp.: Depende: no caso de Ilegitimidade “ad causam” anula-se o processo inteiro, já no caso de
ilegitimidade “ad processum” é possível convalidar o defeito, desde que rati que-se o ato por quem
de direito.
CONFLITO DE JURISDIÇÃO – ART. 113 E S. CPP: Ocorre quando dois ou mais juizes ao mesmo
tempo julgam-se competentes, acontecendo aí o con ito positivo, ou quando se julgam
incompetentes, ocasionando o con ito negativo.
O con ito de atribuições acontece entre autoridades outras que não judiciárias. Ex.: quando
dois promotores entram em con ito, sendo que quem decide é o Procurador Geral de Justiça.
Aspectos procedimentais
1. Pode ser suscitado pela parte, pelo Ministério Público ou pelo juiz de ofício;
3. Se o con ito for positivo é autuado em apartado aos autos, e em caso de con ito negativo
autua-se dentro do mesmo processo;
Resp.: Depende:
O STF – julga con itos entre tribunais superiores e con itos entre tribunais superiores e outros
tribunais do país.
Resp.: Não, não cabe. No caso de dúvida o que vale é a palavra do STF.
Início – pelo juiz ex ofício ou por requerimento do Ministério Público ou pelo cônjuge,
ascendente, descendente ou irmão.
A perícia do juízo civil não tem validade no juízo penal, ou seja, deve sempre ser feito outro
exame no juízo penal.
Procedimento
1. Autuação em apartado
2. Suspende o processo
6. O exame é realizado por dois peritos, normalmente por dois médicos psiquiatras
O laudo médico não vincula o juiz, sendo que para rejeitá-lo ele precisa fundamentar essa
decisão.
Objeto de Prova – são as a rmações ou fatos que devem ser comprovados. Mesmo que o fato
não seja contestado, ele precisa ser comprovado.
Precisam de prova:
1. Os costumes;
2. Regulamentos e Portarias; e
3. Direito Estrangeiro.
2. Presunções absolutas.
Sujeito da Prova – são as pessoas responsáveis pela produção da prova. Ex.: vítimas,
testemunhas, peritos, etc.
Além da provas do CPP, podemos produzir outras provas. Ex.: lmagens, interceptações
telefônicas, etc.
Prova Pessoal – são as provas que emanam das pessoas. Ex.: declarações, perícias, con ssões,
testemunhos, etc.
Prova Material – é todo objeto que comprove o crime. Ex.: faca, revólver, etc.
Prova emprestada – só é válida se colhida perante o mesmo réu, pois não desrespeita o
princípio do contraditório e da ampla defesa na sua colheita.
Regra da Liberdade de Provas: Em princípio, toda e qualquer meio de prova é admitido, pelo
Princípio da Verdade Real.
Restrições:
1. Art. 207 do CPP – quem tem o dever de guardar segredo, não pode testemunhas. Ex.:
advogado, padre confessional, etc.
2. Art. 475 do CPP – só se pode ler documento em plenário, se juntado aos autos com no
mínimo três dias de antecedência;
3. Prova ilícita (viola uma regra de direito material) e prova ilegítima (viola uma regra de
direito processual).
Princípio da Comunhão da Prova – a prova produzida por uma parte, pode ser utilizada por
qualquer parte.
Ônus da Prova – é a responsabilidade de provar. O ônus da prova cabe sempre a quem alega
(Art. 156 do CPP).
4. o juiz tem que motivar (fundamentar) sua convicção. É o sistema acolhido pelo CPP (Art.
157).
Este sistema vale para os jurados, no Tribunal do Júri, que não precisam fundamentar suas
decisões, e caso o façam, é nulo o Júri.
I – DAS PERÍCIAS: é um exame feito por pessoas com conhecimentos especí cos.
Quesitos – na fase policial é formulado pela autoridade policial, no juízo é formulado pelo juiz e
pelas partes. (Art. 176)
Perito – só pode ser perito quem tem curso superior. O perito é um auxiliar do juiz. Há peritos
o ciais, que são os perito concursados e peritos não o ciais, que são os peritos não
concursados.
Os peritos não concursados prestam compromisso todas às vezes que nomeados. Mas a falta
de compromisso é uma mera irregularidade.
Número de peritos – sempre participarão da perícia dois peritos.
Os peritos não o ciais são nomeados pela autoridade policial ou pelo juiz, dependendo da fase
do processo.
A perícia feita no Inquérito Policial não se repete em juízo, pois o contraditório é diferido, ou
seja, é postergado para dentro do processo, porque é um prova de natureza cautelar.
Indireto – quando desaparecem os vestígios, a prova testemunhal pode suprir o exame direto.
Boletim médico – não vale como laudo, mas é uma prova indireta.
Em regra não é preciso. Mas há certos processos que o necessitam. Por exemplo: no caso de
entorpecentes não é possível nem lavrar o auto de prisão em agrante sem o exame de corpo
de delito, quanto mais a denúncia.
O laudo pode ser feito em qualquer hora e qualquer dia, devendo sempre ser fundamentado.
O laudo principal às vezes é obscuro, omisso, onde o juiz pode determinar um laudo
complementar para que os peritos declarem sobre a omissão e a obscuridade.
Características do Interrogatório:
1. É ato personalíssimo;
5. É um ato individual, ou seja, nenhum co-réu pode ser interrogado na presença do outro;
A falta de nomeação de curador gera apenas uma nulidade relativa, ou seja, deve-se provar
prejuízo.
Se o menor mentir sobre a sua idade, dizendo ser mais velho, não há nulidade.
No caso de índio, se este for aculturado não necessitará de curador, já se for não aculturado, é
obrigatório a nomeação de curador.
1. Judicial: é aquela feita em juízo. Tem valor relativo, assim como todas as provas.
2. Extrajudicial: é aquela feita fora do juízo. Não tem valor nenhum, salvo se rati cada em
juízo.
4. Implícita: é uma con ssão presumida, por exemplo, quando o réu repara os danos.
5. Simples: ocorre quando o réu confessa o crime, mas não indica nada em seu benefício.
6. Quali cada: ocorre quando o réu confessa o crime, mas indica algo em sua defesa. Ex.:
Confessa, mas alega legítima defesa, estado de necessidade, etc.
Características:
1. Ato personalíssimo;
3. É retratável;
Con ssão cta ou presumida: é aquela con ssão que se dá quando o réu não contesta os
fatos narrados. Não é válida no processo penal, sendo aplicada somente no processo civil.
Con ssão Delatória: ocorre quando o réu confessa, mas incrimina outras pessoas. É também
chamada de Chamamento de Cúmplice.
1. Direta: ocorre quando a testemunha depõe sobre fatos que viu, presenciou;
2. Indireta: ocorre quando a testemunha depõe sobre fato que ouvir dizer;
5. Referida: é a testemunha que foi mencionada por outra testemunha. São ouvidas como
testemunhas do juízo.
Características:
Podem ser testemunhas: qualquer pessoa, inclusive o menor, silvícolas, policiais, juizes,
promotores, etc.
Advogado que presenciou o crime é testemunha, não podendo ser contratado como advogado
no processo.
Deveres da Testemunha:
1. Art. 207: quem tem o dever de guardar segredo não pode depor. Ex.: Advogado, padre,
etc.
3. Parlamentares: não são obrigados a depor sobre fatos que tomam conhecimento no
exercício da pro ssão.
Exceções:
1. Art. 220 – pessoa enferma, ou muito idosa, etc – o juiz vai ouvi-la onde ela estiver.
3. Art. 222 – testemunha que mora fora da comarca. É ouvida através de Carta Precatória.
Caso esteja no estrangeiro, é ouvida através de Carta Rogatória. Quando o Tribunal
designar a oitiva de testemunha, é através de uma Carta de Ordem.
Quando se expede uma Carta Precatória é imprescindível a intimação das partes. Intima-se da
expedição. O juiz xa o prazo de cumprimento da precatória. A expedição de precatória não
suspende o andamento do processo, mesmo que passado o prazo para o cumprimento dela.
1. conduzir coercitivamente;
2. aplicar multa;
2. Advertência;
Não pode haver inversão da ordem, caso contrário haverá nulidade relativa. O juiz é passível de
correição parcial, pois estará tumultuando o processo.
Número de Testemunhas:
E caso de vários fatos, a acusação poderá arrolar até 8 testemunhas, assim como a defesa.
Em se tratando de vário réus, podem ser arroladas até 8 testemunhas por cada réu.
Momento da Arrolação
O juiz pode ouvir testemunhas não arroladas, as quais são chamadas de testemunhas do juízo.
Reinquirição – é possível.
Incidentes Possíveis
1. Contradita-se a testemunha;
2. Oitiva da testemunha;
1. Argüição de parcialidade;
2. Oitiva da testemunha;
Retirada do réu da sala – Art. 217 – se dá quando o réu por sua atitude possa in uenciar o
ânimo da testemunha.
Reconhecimento da voz – é possível. Tem valor relativo. Na gíria da polícia é chamado de “Clichê
Fônico”. Se dá com freqüência nos crimes contra os costumes, por exemplo no estupro.
VII – DA ACAREAÇÃO: Acarear é confrontar, é colocar duas pessoas frente a frente, cara a cara,
para que esclareçam divergências relevantes.
É sempre entre duas pessoas. Qualquer pessoa pode ser acareada, desde que esteja incluída no
processo. A acareação em regra, se dá entre presentes, mas o Art. 230 permite a acareação
entre ausentes.
VIII – DOS DOCUMENTOS: São escritos, imagens ou sons que possam comprovar um fato.
Podem ser escritos (laudo pericial) ou não-escritos ( lmagens, fotogra as, gravações, etc).
Os documentos podem ser originais ou cópias, sendo que se forem cópias deverão
obrigatoriamente estarem autenticados.
2. Provas ilícitas;
3. Provas ilegítimas;
4. Etc.
Se os documentos já foram juntados aos autos podem ser desentranhados desde que não
sejam imprescindíveis ao processo, mas sempre cará uma cópia no processo.
É perfeitamente possível a condenação com base em indícios, desde que sejam veementes.
Quem determina ?
Busca Domiciliar: É feita numa casa. O conceito de casa está no art. 150 do CP. Carro não é
casa. Estabelecimento comercial aberto ao público não é considerado casa.
Finalidade – é possível para prender pessoas ou apreender objetos de interesse criminal (Art.
240 CPP).
Em regra, documento em poder do advogado do réu não pode ser apreendido, salvo:
A busca domiciliar necessita de mandado, ordem judicial. Não é preciso ordem judicial em dois
casos especí cos:
1. prisão em agrante; e
Horário da Busca Domiciliar
2. Durante à noite, desde que haja ordem judicial e desde que haja o consentimento do
morador.
Em regra, quando possível, a busca em mulher deverá ser efetuada por outra mulher.
DOS SUJEITOS PROCESSUAIS: São as pessoas que participam do processo. Dividem-se em:
DAS PARTES:
ACUSADOR:
1. Ministério Público;
2. Ofendido;
1. É parte acusadora;
3. Substituto Processual. Ex.: quando entra com ação de reparação em favor de vítima
pobre.
DO ACUSADO OU RÉU
Acusado – é usado este termo desde o oferecimento da denúncia.
Indiciado – é usado este termo antes do oferecimento da denúncia.
DO DEFENSOR:
O defensor é responsável pela defesa técnica do réu. O réu faz a autodefesa, mas nada o
impede que faça a autodefesa técnica, desde que seja advogado.
O defensor pode ser constituído ou dativo. Se for defensor constituído, em regra, necessita de
procuração nos autos, salvo quando o réu indicá-lo no interrogatório.
O defensor nomeado tem direito a honorários. Em regra, quem paga os honorários é o réu, mas
em caso deste ser pobre, quem para é o erário público.
Em regra, só a vítima pode ser assistente. Em caso da vítima falecer, pode ser assistente: o
cônjuge, ascendente, descendente ou irmão.
Nos crimes de responsabilidade de Prefeitos o Pode Público pode ser assistente do Ministério
Público.
No caso da habilitação ser irregular ela não anula o processo, é um mero incidente.
Direito do Habilitado – o habilitado tem o direito de ser intimado de todos os atos processuais.
4. Pode aditar o libelo. O assistente não pode aditar a denúncia. Não lhe foi conferido este
poder;
2. no caso de impronúncia.
1. Apelação:
Resp.: Sim, pode recorrer, mas deverá fazê-lo dentro do prazo de 15 dias, justamente porque não é
intimada de nada que aconteceu no processo. O prazo é contado do m do prazo recursal do
Ministério Público.
O assistente pode interpor recurso extraordinário e especial, mas somente nas hipóteses que
pode recorrer.
1. Prisão Civil: é decretada por juiz para ns civis. Ex.: devedor de alimentos
A prisão cautelar não é pena. Ela pode ser debitada da pena nal.
A prisão cautelar tem nalidade instrumental. Já a prisão penal tem nalidade retributiva.
A prisão cautelar não con ita com a presunção de inocência, desde que o juiz fundamente a sua
necessidade.
1. Prisão em agrante;
Resp.: Atualmente está sendo tolerada a detenção do ébrio por algumas horas, até que passe os
efeitos da bebedeira. Fundamento: defesa de Segurança Pública e Pessoal do próprio ébrio.
1. Comunicação da prisão a:
2. ao juiz competente.
Esta comunicação deve ser imediata, ou seja, logo que possível. O juiz examina a legalidade do
ato. Sendo o ato ilegal, o juiz deve relaxar a prisão, sob pena de crime de responsabilidade.
Direito ao silêncio é o direito que o preso tem de car calado. O silêncio do preso não pode ser
interpretado contra ele.
1. Direito de identi cação do responsável pela prisão (Art. 5º, LXXIV, CF).
Resp.: Art. 283, CPP – a prisão pode ser realizada em qualquer dia, qualquer hora e qualquer lugar,
ressalvada a inviolabilidade do domicílio.
1. haja agrante;
2. e que haja ordem judicial e ordem judicial de busca domiciliar, durante o dia. Durante a
noite é necessário ainda o consentimento do morador. Se o morador não consentir, cerca-
se a casa e espera-se o advento do dia, ou seja, até as 06:00 horas.
Código Eleitoral – Art. 236 – dispõe uma restrição à prisão – desde 5 dias antes até 48 horas
depois da eleição não é possível a prisão de nenhum eleitor, salvo:
1. agrante;
PRISÃO POR MANDADO: É preciso exibir mandado na hora da prisão e o preso passa recibo.
Prisão fora da comarca – esta prisão só é possível por carta precatória, que pode ser expedida
por telefone, fax, computador, ou seja, qualquer meio de comunicação.
Os policia brasileira não pode prender em outro país (art. 290 CPP).
Uso da força na prisão – regra geral – não é possível o uso de força para efetuar a prisão.
Exceções:
1. em caso de resistência;
Recolhimento à Prisão
Resp.: Em cadeia pública. O preso provisório deve car separado do preso de nitivo.
2. Jornalista
3. Policia Civil
Onde não existe quartel ou presídio especial, o preso especial vai para uma cela especial ou a
prisão é transformada em prisão domiciliar.
Características
1. é prisão cautelar;
Infrações de menor potencial ofensivo – é possível a captura, mas não se lavra o auto de
prisão em agrante. Lavra-se o Termo Circunstanciado. Exceção: quando o autor do fato recusa
o compromisso de ir a juízo, lavra-se o auto de prisão em agrante.
Resp.: qualquer pessoa do povo pode. É nesse caso, uma prisão facultativa. As autoridades e seus
agentes devem prender. É a prisão obrigatório ou compulsória.
1. Presidente da República;
3. Autor de acidente automobilístico culposo, desde que este socorra a vítima (Art. 123, CNT);
2. advogado – no exercício da pro ssão só pode ser preso por crime ina ançável.
Resp.: Sim, deve-se lavrar o agrante, sendo que em seguida o juiz concederá a liberdade sem ança.
Em caso de ação privada e ação penal pública condicionada à representação também pode
haver prisão em agrante, mas o recolhimento ao cárcere depende do consentimento da
vítima. Neste caso, se o autor do crime está preso, em caso do querelante querer mantê-lo
preso, deve oferecer a queixa em 5 dias. Este prazo não reduz o prazo decadencial de 6 meses.
1. Flagrante Impróprio ou Quase-Flagrante – se dá quando o agente é perseguido logo
após e vem a ser preso. Esta perseguição deve ser ininterrupta. Não há limite temporal,
desde que não pare a perseguição.
1. Lavratura imediata;
3. Oitiva do condutor;
5. Oitiva da vítima, se possível (pode ser que esteja morta ou em estado grave);
7. Assinatura de todos.
A falta de um requisito torna a prisão ilegal. O juiz deve relaxá-la, mas pode decretar a prisão
preventiva.
É necessário o laudo pericial para se lavrar o auto de prisão em agrante ?
Resp.: Em regra não é preciso o laudo pericial para lavrar o agrante. Exceção: tóxicos.
Encerrado o auto de prisão em agrante, em regra, o preso será recolhido ao cárcere. Exceções:
1. Fiança;
3. Quando não resultar das respostas fundada suspeita contra o conduzido (Art. 304).
Nota de Culpa – é o documento escrito onde se apresenta o motivo da prisão. O preso deve
obrigatoriamente receber uma via dela. Deve ser expedida em até 24 horas. A falta da nota de
culpa torna a prisão ilegal e o juiz deve relaxá-la.
Resp.: Sim, desde que o crime seja cometido contra ela ou ao menos na presença dela, desde que
esteja no exercício das suas funções (Art. 307 CPP).
2. Crimes dolosos punidos com detenção, desde que se trate de vadio ou pessoa não
identi cada;
Resp.: Não, não pode, por expressa disposição do Art. 313 do CPP.
3. prisão para assegurar a aplicação da lei penal (Ex.: o réu pode fugir).
Resp.: A prisão preventiva pode ser decretada em qualquer momento, seja durante o Inquérito
Policial ou durante o Processo, desde que seja antes do transito em julgado da sentença.
Resp.: Somente o juiz pode decretar a Prisão Preventiva, sempre em decisão fundamentada.
Já, se o juiz relaxar o agrante por excesso de prazo, não pode mais decretar a prisão
preventiva.
Recursos Cabíveis:
Toda decisão que decreta a prisão preventiva e uma decisão rebus sic stantibus, ou seja, o juiz
pode decretar e revogar a preventiva quantas vezes for necessário (Art. 316, CPP).
Resp.: Sim, e possível, mas esta preventiva só pode ser decretada por Ministro do STF.
2. Quando o suspeito não tem residência xa ou não esta devidamente identi cado;
Discussão da Matéria – os requisitos 1 e 3 são imprescindíveis.
Resp.: Somente o juiz e quem pode decreta-la, sempre em decisão fundamentada. Jamais poderá
decreta-la de o cio. E necessário requerimento do MP ou representação da autoridade. Uma via do
mandado de prisão serve como nota de culpa.
Resp.: Somente e possível decretar a prisão temporária contra investigado. Jamais se pode decreta-la
contra acusado.
Duração – dura 5 dias, pode uma única prorrogação por igual período.
Nos crimes hediondos a duração da prisão temporária e de 30 dias, podendo ter também uma
única prorrogação, sendo o tempo máximo de 60 dias.
Direitos do Preso – o preso temporário tem o direito de car separado dos demais presos.
1. Art. 310, Caput, CPP – trata das causas excludentes da ilicitude. Ex.: legitima defesa, estado
de necessidade;
2. Art. 310, Parágrafo Único, CPP – quando estão ausentes os requisitos da prisão preventiva;
3. Art. 350, CPP – liberdade ao réu pobre que não pode pagar ança.
Em qualquer destas hipóteses a liberdade e vinculada, porque o réu e liberado sob condições,
ou seja, ca vinculado ao processo.
Recursos cabíveis:
1. Sonegação Fiscal; e
Não confundir Liberdade Provisória com Fiança com Direito de Livrar-se Solto (Art. 321, CPP).
4. Relaxamento da prisão.
Fiança – e uma garantia real. Consiste num deposito. Este deposito pode ser em dinheiro,
pedras preciosas ou títulos da divida publica. O deposito e feito em favor da União.
1. Prisão em Flagrante;
A ança e um direito subjetivo do réu desde que presentes todos os requisitos legais.
1. assegurar a liberdade;
Momento – a liberdade provisória com ança pode ser concedida em qualquer momento, ate o
transito em julgado.
Se o réu for a ançado e não quebrar a ança, tem ele o direito de apelar em liberdade.
Se o delegado não xar a ança, deve-se requerer ao juiz. Se o juiz não a xar, cabe habeas
corpus contra o juiz.
1. Hipóteses constitucionais
1. racismo;
2. tortura;
3. tra co de entorpecentes;
4. terrorismo;
5. crimes hediondos; e
1. Hipóteses legais
4. vadiagem e mendicância;
5. crimes dolosos punidos com prisão, desde que reincidente;
6. crimes punidos com reclusão:
3. cuja pena mínima seja superior a 2 anos. Concurso material deve-se somar as penas
mínimas. Sumula 81 do STJ.
Em todas estas hipóteses o juiz pode conceder liberdade provisória sem ança.
Somente os crimes hediondos não admitem liberdade provisória de nenhuma espécie, tanto a
com ança quanto a sem ança.
1. réu vadio;
3. prisão civil;
4. prisão administrativa;
Valor da Fiança
O juiz pode:
Critérios:
1. natureza da infração;
O juiz pode determinar reforço da ança. Se o réu não reforçar, a ança ca sem efeito e o réu e
preso.
Obrigações do a ançado
Se o réu descumprir uma das obrigações, ocorre a quebra da ança. Quando se quebra a
ança, perde-se metade do seu valor.
E uma garantia individual. E imprescindível. A falta de citação gera nulidade absoluta. E a única
nulidade absoluta que pode convalescer, somente quando o réu comparece espontaneamente
ao juiz, antes da instrução.
Principio da Unidade – no processo penal só existe uma citação. Não existe citação para a
execução. Exceção: execução da pena de multa, onde o réu e citado.
Principio da Personalidade – o réu deve ser citado na sua pessoa. Exceção: citação por edital.
Modalidades de citação:
1. Por mandado do juízo processante – é feita quando o réu reside na comarca do
processo.
2. Citação por carta de ordem – é uma ordem de citação que um juiz de Tribunal faz a um
juiz comum.
3. Citação por rogatória – é feita quando o réu está no estrangeiro em lugar sabido. Não
importa se o crime é a ançável ou ina ançável. Suspende a prescrição (Art. 368, CPP).
Resp.: Se o réu pedir prazo para preparar a defesa, o juiz é obrigado a conceder. É um direito do réu.
Hipóteses de cabimento:
4. quando o réu é pessoa incerta. Pessoa incerta é a pessoa não devidamente identi cada e
cujo o paradeiro é desconhecido, porém, sicamente certa.
3. Nome do réu;
4. Data do interrogatório;
Resp.: Se o réu estiver preso na mesma unidade da federação não pode ser citado por edital (Súmula
351 do STF). Se foi citado, esta citação é nula. Para se saber se o réu se encontra preso, requer-se
informações à COESP.
Se o réu é citado por edital e não comparece e nem constitui advogado, suspende-se o processo
(Lei 9.271/96).
Noti cação – noti ca-se uma pessoa para a prática de um ato futuro.
Intimação – intima-se uma pessoa de um ato passado, que já aconteceu. Intimar é dar ciência.
As noti cações e as intimações são regidas, em geral, pelas mesmas regras das citações.
Peculiaridades
2. intimação do réu por edital – é possível. Ex.: o seu advogado constituído desiste do
processo e o réu é intimado para constituir novo advogado;
6. intimação por carta AR – é possível. Também é possível por qualquer outro meio idôneo;
Audiência sem o réu preso – há nulidade relativa, ou seja, só se anula se car provado que
houve prejuízo para a defesa.
Citação Circunducta – esta espécie de citação não existe mais. O autor da ação tinha o dever
de provar que citou o réu. Se não conseguisse provar, a citação é chamada circunducta, ou seja,
nula.
DO PROCESSO E DO PROCEDIMENTO:
Natureza jurídica do processo – é uma relação jurídica triangular. Pressupõe três sujeitos
processuais: autor, juiz e réu.
Características do Processo:
Pressupostos processuais:
1. Pressupostos de existência:
1. Pressupostos de validade:
1. imparcialidade do juiz;
2. inexistência de litispendência;
1. Condições da Ação:
2. legitimidade de partes;
3. interesse de agir.
Início do Processo – para o STF o processo se inicia com o recebimento da peça acusatória,
mas na verdade, o processo nasce com o oferecimento da peça acusatória.
PROCEDIMENTOS PENAIS
Classi cação pelo CPP:
1. Comum – se divide em:
1. Solene (reclusão);
1. Peça acusatória;
4. Se a peça acusatória for recebida, segue-se o procedimento comum dos crimes punidos
com reclusão.
Resp.: É feito pelo órgão previsto no regimento interno de cada Tribunal. Por exemplo, no Estado de
São Paulo, os prefeitos são julgados em qualquer uma das seis Câmaras.
Para estes crimes, existe o procedimento comum e vários procedimento especiais, tais como:
Tóxicos, Lei de Imprensa, Júri, Eleitoral, Militar, etc.
Para estes crimes, existe o procedimento comum e vários procedimentos especiais, tais como:
Art. 16, Tóxicos; Lei de Imprensa, Júri (infanticídio); etc.
Das contravenções
São infrações de menor potencial ofensivo e por isso regidas pela Lei dos Juizados Especiais.
Para estas cabem a Transação Penal, Suspensão do Processo e na rejeição de qualquer um
desses dois institutos, segue-se o Procedimento Sumaríssimo.
DO PROCEDIMENTO COMUM PARA O CRIMES PUNIDOS COM RECLUSÃO: Arts. 394 e Segs.
Do CPP
3. Citação;
4. Interrogatório;
5. Defesa prévia;
7. Oitiva das testemunhas de defesa. Não é possível inverter a ordem de oitiva das
testemunhas. Se houver esta inversão, há nulidade relativa.
Resp.: O tema é muito polêmico, mas a corrente majoritária diz que não pode, pois são
essenciais. Se o advogado se recusar a fazê-las, o juiz nomeará um advogado dativo para
que as faça.
1. Sentença.
Resp.: Depende, em princípio é relativa, porque cabe apelação contra a decisão dos
jurados, quando esta decisão for manifestamente contrária às provas dos autos. O
Tribunal de Justiça pode no máximo mandar a novo júri, sendo que:
2. O Tribunal do Júri condena o réu novamente, onde a soberania dos veredictos é relativa. É
cabível a revisão criminal.
1. É um direito e uma garantia constitucional;
É órgão da justiça comum estadual ou federal. Nas justiças especiais não tem júri.
Competência:
Regra Geral – julga os crimes dolosos contra à vida, tentados ou consumados, omissivos ou
comissivos.
1. Interesse público;
2. Falta de imparcialidade;
3. Falta de segurança;
Resp.: Qualquer parte, inclusive podendo ser feito pelo próprio juiz.
Desafora-se o julgamento para a comarca mais próxima onde será possível um julgamento
justo.
Reaforamento – há duas correntes. Uma que sim e outra que não admite. Em São Paulo não é
possível, porque o regimento interno do Tribunal de Justiça não o permite.
Ampliação da Competência do Júri: A ampliação da competência do júri é possível nos casos
de conexão e continência.
Requisitos:
1. pessoa idônea;
2. maior de 21 anos;
O serviço do júri é obrigatório, salvo para o maior de 60 anos e para as pessoas elencadas no
Art. 436 do CPP.
Recusa do Júri – pode haver a recusa do júri, porém se for por motivo político, losó co ou
religioso, o CPP prevê a perda dos direitos políticos (Art. 435, CPP).
Hoje este artigo é inaplicável, porque a CF diz que antes do sujeito perder os direitos políticos,
deve ele prestar um serviço social alternativo, nos termos da lei. O que ocorre é que até hoje
não existe lei disciplinando os serviços sociais alternativos.
Direitos do Jurado
1. prisão especial;
Para conquistar esses direitos, é preciso participação efetiva e concreta no julgamento, atuando
no conselho de sentença.
PROCEDIMENTO DO JÚRI
O julgamento pelo Tribunal do Júri é bifásico ou escalonado. É composto por duas fases:
Juditio Acusationes:
1. Denúncia ou queixa;
2. Citação;
3. Interrogatório;
4. Defesa prévia;
9. Decisão do juiz
1. Impronúncia;
3. Absolvição sumária;
4. Pronúncia.
IMPRONÚNCIA: Ocorre quando não há prova do crime ou não há indícios de autoria (Art. 409,
CPP). O processo pode ser reaberto quando surgirem novas provas. Limite: até a prescrição.
ABSOLVIÇÃO SUMÁRIA – ART. 411 CPP:Ocorre quando está comprovada uma causa de
exclusão da ilicitude ou da culpabilidade. É preciso que a prova seja inequívoca. Havendo
dúvida, pronuncia-se o réu. Indubio pro societate. Havendo caso de medida de segurança,
primeiro absolve-se o réu, depois aplica-se a medida de segurança.
PRONÚNCIA – ART 408, CPP: Pronuncia quando há prova do crime e pelo menos indícios de
autoria. Na dúvida, deve-se pronunciar. Há um juízo de deliberação, porque não se julga o
mérito.
A pronúncia é uma decisão, mas a doutrina diz que é uma sentença. O juiz deve usar uma
linguagem simples e imparcial, para não in uenciar os jurados. Havendo excesso, a pronúncia é
nula e deve ser desentranhada dos autos.
É indispensável a classi cação do crime na pronúncia. O juiz pode dar classi cação diversa da
que consta da denúncia ou queixa. As quali cadoras também devem constar, só podendo ser
afastadas quando impertinentes. Também devem constar da pronúncia, as causas de aumento
de pena. As agravantes e as atenuantes não devem constar da pronúncia. Em caso de crime
conexo, este também vai a júri.
Efeitos da pronúncia:
2. limita o libelo;
3. interrompe a prescrição;
Resp.: O próprio juiz, pois o Recurso em Sentido Estrito permite a retratação, e o Tribunal de Justiça.
Após a pronúncia, deve haver a intimação das partes. Se o crime for ina ançável a intimação do
réu deve ser pessoal (Art. 413, CPP). Se o réu não for encontrado, o processo ca paralisado,
correndo normalmente a prescrição.
O Art. 416, CPP prevê a aplicação do Princípio da Imodi cabilidade da Pronúncia – a pronúncia
não pode ser modi cada, salvo por fato superveniente que altere a classi cação do crime. Ex.:
morte superveniente da vítima. Neste caso, o juiz promove nova pronúncia, substituindo a
antiga.
Libelo é uma peça acusatória que deve ser oferecida em 5 dias, pela parte acusadora. A parte
acusadora, em regra, é o MP, mas pode ser um acusador particular, no caso de ação penal
privada subsidiária da pública.
Características do Libelo:
1. O libelo não é bifronte. É único e dirigido ao Juiz Presidente do Tribunal do Júri e aos
Jurados.
6. É individualizado, ou seja, havendo vários réus, deverá haver um libelo para cada um e
havendo vários crimes, haverá uma série para cada crime.
1. assinatura do promotor;
2. o nome do réu;
Uma cópia do libelo deverá ser entregue ao réu e outra ao seu advogado.
Preparação do Julgamento:
3. sorteio de 21 jurados;
6. publicação da lista dos processos – o preso tem preferência no julgamento. O preso mais
antigo prefere o preso mais novo, no julgamento.
1. Ausência de jurado – se presentes 15 jurados, tem-se o Júri. Se o jurado não justi car sua
ausência, será passível de multa.
2. Ausência do promotor – adia-se o Júri. Se o promotor não justi car a sua ausência,
comunica-se o Procurador Geral de Justiça.
6. Ausência de testemunha – em regra, não se adia o júri, salvo se ela foi arrolada como
imprescindível. Só se pode adiar o Júri uma única vez, por esse motivo.
7. Ausência do réu – em regra, a ausência do réu adia o júri, salvo se o crime for a ançável.
5. Sorteio dos jurados. Cada parte tem direito a 3 recusas peremptórias, sem
fundamentação. Primeira pergunta-se à defesa sobre a recusa. Havendo dois réus com
advogados distintos, um aceita e o outro recusa, cinde-se o processo, salvo se o promotor
zer a recusa como dele.
6. Exortação – é o compromisso dos jurados (Os jurados devem dizer: “Assim o prometo”).
1. Interrogatório do réu;
3. leitura de peças;
1. não é possível ler documentos não juntados com pelo menos três dias de antecedência;
1. autoria e materialidade;
2. teses da defesa;
3. quali cadora;
2. é feita a leitura pública dos quesitos. Havendo qualquer reclamação, deverá ser feita neste
momento;
3. sala secreta;
CRIME FALIMENTAR: Arts. 503 e segs. do CPP e Arts. 103 e segs. da Lei de Falências:
Estes crimes também têm procedimento especial. É bifásico, sendo a primeira fase composta
pelo Inquérito Judicial e a segunda fase pelo processo propriamente dito.
DO INQUÉRITO JUDICIAL: O inquérito judicial é presidido por juiz de direito. É o próprio juiz da
falência que preside o inquérito.
Defesa: o falido tem o direito de defesa neste inquérito, mas ele não é contraditório, pois a
defesa é facultativa e não obrigatória. Não há necessidade de advogado. O prazo da defesa é de
5 dias, contados da abertura do inquérito judicial.
Concluído o inquérito, os autos vão para o Ministério Público, que pode requerer o
apensamento do inquérito ou oferecer denúncia. Apensamento é o mesmo que arquivamento,
e pode ser requerido quando não há provas de crime ou indícios de autoria. Se o juiz discordar
deste pedido, aplica-se subsidiariamente o Art. 28 do CPP.
O promotor denuncia quando houver ao menos provas do crime e pelo menos indícios de
autoria.
Se o promotor se manter inerte, cabe Ação Penal Privada Subsidiária, promovida pelo Síndico
ou por qualquer credor habilitado.
Recebida a peça acusatória, o juiz competente, no Estado de São Paulo, continua sendo o da
Vara de Falências (Lei Estadual Paulista 3947/83 – esta lei é constitucional, por força do Art. 194
da Lei de Falências).
A partir deste momento, segue-se o procedimento ordinário dos crimes punidos com reclusão.
Obs.: esse processo não pode ser iniciado sem a sentença declaratória da falência. É uma
condição de procedibilidade (Art. 507, CPP).
Nulidade da Sentença de Falência – não poderá ser argüida na vara criminal (Art. 511, CPP).
Extinção das Obrigações do Falido – mesmo que o falido tenha pago todos os credores, o
processo criminal continua, não sendo extinto.
Peculiaridades – o funcionário tem direito de defesa preliminar, que deverá ser feita antes do
recebimento da denúncia.
Se o réu não for encontrado, é nomeado um defensor dativo para efetuar a defesa preliminar.
Exceção: excesso de exação. O art. 514 do CPP não se aplica se o acusado já não é funcionário
na época do processo.
Se houver descumprimento do Art. 514, é uma causa de nulidade relativa. Cabe, neste caso,
correição parcial contra o juiz.
Recebida a denúncia, segue-se o procedimento ordinário dos crimes punidos com reclusão.
Peculiaridade – Art. 520, que prevê uma audiência de reconciliação entre o querelante e o
querelado. Só existe em caso de ação penal privada.
Não havendo acordo, é preciso veri car a possibilidade da Suspensão Condicional do Processo.
Cabe suspensão em ação penal privada.
A proposta deve ser feita pelo querelante. Se ele não zer, o querelado pode requerer, o juiz
pode conceder, e o querelado pode recorrer, em apelação.
Se receber a acusação, segue-se o procedimento ordinários dos crimes punidos com reclusão.
A defesa pode invocar exceção da verdade. Momento: só poderá ser invocada na defesa prévia.
Depois disso, segue-se o procedimento ordinário dos crimes punidos com reclusão.
O juiz julga a exceção da verdade na sentença nal. A exceção da verdade é julgada primeiro. É
uma questão prejudicial homogênea, ou seja, do mesmo ramo jurídico.
PEDIDO DE EXPLICAÇÕES EM JUÍZO: Art. 144 do Código Penal: É uma medida preparatória da
ação privada. É facultativa. Entra-se com ela se quiser.
Procedimento:
O juiz marca um prazo para o requerido dar as explicações. Esse prazo geralmente é de 5 dias.
O requerido dá as explicações se quiser.
O juiz não decide nada. Ao nal, ele manda entregar os autos ao requerente. Este pedido de
explicações exige a presença de advogado.
Procedimento:
1. Peça acusatória. Podem ser arroladas até 5 testemunhas por cada parte;
3. Citação;
4. Interrogatório;
5. Defesa prévia;
7. Despacho saneador;
11. Julgamento.
A inversão de procedimento causa nulidade ? Por exemplo, em caso de crime punido com
reclusão é adotado o rito da detenção.
Resp.: Sim, anula o processo, pois houve cerceamento da defesa. Já se o crime for punido com
detenção e é adotado o rito da reclusão, não se anula o processo, pois não houve cerceamento da
defesa.
Nos Estados que ainda não criaram os Juizados, é adotado o procedimento dos crimes punidos
com detenção.
DA SENTENÇA:
Despachos;
Decisões.
b1. Terminativas – é a decisão que extingue o processo, sem julgamento do mérito. Exemplo.:
quando o juiz acolhe uma exceção de coisa julgada.
b2. Não terminativas – é a decisão que encerra uma fase do procedimento, mas não extingue
o processo. Exemplo clássico é a pronúncia.
1. De nitivas – o nome técnico das decisões de nitivas é sentença. É a decisão que julga o
mérito da causa. Existem dois tipos de decisões de nitivas:
3. Sentença em Sentido Estrito – ocorre quando o juiz julga extinta a punibilidade, porém
não condena e não absolve o réu. Exemplo é a extinção do processo pela morte, pela
prescrição.
O que é arresto ?
1. Relatório – deve conter os nomes das partes, pedidos das partes, principais
acontecimentos, etc.
Resp.: Depende, se existir error in procedendo, anula-se a sentença. Já, se ocorrer um error in
judicando, a sentença será reformada. Por exemplo, será reformada pelo Tribunal quando o juiz
avaliar mal as provas.
1. Emendatio Libelli – Art. 383 do CPP – emendatio signi ca emendar, corrigir o libelo. Neste
caso, o fato provado é exatamente o fato narrado. O problema surge na classi cação do
delito. A classi cação jurídica da denúncia não vincula o juiz. O juiz pode e deve corrigir a
classi cação jurídica do fato. Estará nesse caso, fazendo uma emendatio libelli. É aplicada
também em 2º Grau e no Júri, mais precisamente na fase da pronúncia.
2. Mutatio Libelli – mutatio signi ca mudança, alteração. O fato provado é distinto do fato
narrado. Narra-se um fato “x” e prova-se um fato “y”. Neste caso, o juiz pode julgar
imediatamente ? Não, não pode o juiz julgar imediatamente, ele deve respeitar o direito
de defesa, porque o réu vinha se defendendo de outros fatos. Surgem três hipóteses
possíveis:
1. a pena do fato provado é a mesma do fato narrado. Exemplo: denuncia por furto, onde
ca provado apropriação indébita. O CPP manda dar 8 dias para a defesa se manifestar e
se quiser produzir provas.
2. a pena do fato provado é menor que a do fato narrado. Exemplo: denuncia por
receptação dolosa, cando provado receptação culposa. A defesa também terá 8 dias para
manifestar-se e se quiser, produzir provas.
3. a pena do fato provado é maior que a do fato narrado. Exemplo: denuncia por furto,
onde prova-se roubo. O CPP manda aditar a denúncia. Se o MP recusar-se a aditá-la,
aplica-se o Art. 28 do CPP. Em seguida, a defesa tem 3 dias para requerer provas.
A mutatio libelli não é aplicada em 2º grau. É o que dispõe a Súmula 453 do STF.
1. para corrigir inexatidões materiais e erro de cálculo. Por exemplo: escreve-se “Luís”, com
“s”, sendo que o correto é “Luiz”, com “z”; 1 + ½ = 2.
O STF acaba de decidir que se os embargos declaratórios visarem a modi car a sentença, deve-
se ouvir a parte contrária. Deve-se respeitar o contraditório.
Formas de Intimação
3. Réu – depende:
1. Prisão, salvo se for primário e de bons antecedentes. Pela jurisprudência atual, esta é uma
prisão cautelar, ou seja, só será cabível se presentes os requisitos da prisão preventiva.
2. Lançamento do nome do réu no livro rol dos culpados. Desde a CF/88 este efeito foi
revogado, só ocorrendo após o trânsito em julgado da sentença.
3. É pressuposto da reincidência;
4. Obrigação de indenizar.
DA COISA JULGADA:
A coisa julgada ocorre quando a sentença se torna irrecorrível. Há duas espécies de coisa
julgada:
2. Coisa julgada material – impede que qualquer outro juízo reexamine a causa.
A coisa julgada no processo penal não é absoluta, ou seja, pode ser desfeita através da revisão
criminal ou através do habeas corpus, em caso de nulidades.
1. Limites Objetivo – o que é que transita em julgado ? Resp.: o que transita em julgado é o
dispositivo.
2. Limites Subjetivo – A coisa julgada vale em relação a quem ? Resp.: A coisa julgada só
vale em relação às partes.
Observações:
1. A sentença que julga extinta a punibilidade com base em Certidão de óbito falsa, não é
válida, conforme a jurisprudência do STF. Para a doutrina, deve-se respeitar a coisa
julgada, portanto, a sentença é válida.
2. Exemplo: no Júri, um réu foi processado como executor, foi pronunciado como executor, e
no julgamento foi absolvido, porque se descobriu que ele é partícipe. Sendo absolvido
como executor, ele poderá ser processado como partícipe Resp: Sim, poderá ser processado
como partícipe, pois a causa de pedir antes era executor e agora é partícipe.
DAS NULIDADES:
Objeto – uma nulidade pode recair sobre um ato, procedimento ou sobre o processo inteiro.
A doutrina distingue ato nulo de ato inexistente. O ato nulo precisa ser declarado judicialmente
nulo. O Ato inexistente não precisa ser declarado judicialmente inexistente. Ex.: sentença sem
fundamentação é ato nulo. Já, sentença proferida por pessoa que não o juiz, é um ato
inexistente.
Diferença entre ato nulo e Ato irregular: O Ato irregular possui um vício, um defeito, mas
produz e cácia. Ex.: denúncia fora do prazo, sentença fora do prazo.
As nulidades do Art. 564, III, são absolutas, salvo as indicadas no Art. 572 do CPP.
1. Nulidade absoluta – pode ser argüida em qualquer momento, mesmo após o trânsito em
julgado. A via jurídica é a revisão criminal ou habeas corpus.
1. deve ser argüida no momento certo. O momento está no Art. 571 do CPP. Perdido o
Momento, ocorre a preclusão temporal. O Ato se convalesce, está sanado.
Resp.: Sim, pode, desde que as partes tenham pedido a nulidade do recurso.
Resp.: Súmula 160 do STF – se não houve pedido, o Tribunal não pode reconhecer nulidade contra o
réu.
Resp.: Art. 565 do CPP – qualquer parte pode argüi-la, desde que:
3. tenha interesse.
Resp.: Em princípio não. Mas tem prova do inquérito policial que tem valor judicial. Com exemplo, a
prova pericial. Esta prova pode ser nula e não o inquérito policial inteiro.
2. O ato processual não afetado pela nulidade deve ser conservado, preservado, mantido
intacto.
3. Os atos afetados pela nulidade devem também ser declarados nulos. O juiz deve dizer
quais os atos que foram afetados pela nulidade. Por exemplo: citação nula, o processo
estará totalmente nulo dela para frente. O Juiz pode dizer que declara nulo o processo a
partir das folhas de número tal. É a nulidade derivada ou ine cácia contagiosa.
Resp.: Depende de qual é a incompetência do juízo. Exemplo: se for incompetência ratione materiae
(justiça militar julga crime comum), é nulidade absoluta. Se for incompetência ratione loci, a nulidade
é relativa.
DOS RECURSOS: É um meio jurídico de se provocar o reexame de decisão que não transitou em
julgado. Após o trânsito em julgado cabe ações de impugnação. Exemplo: Revisão Criminal.
O recurso para as partes é um ônus processual, portanto, não interposto, dá-se a preclusão. O
defensor dativo pode apelar. É facultativo.
Princípio da Voluntariedade – os recursos são voluntários. É dizer: a parte entra com recurso
se quiser.
Parte da doutrina fala em recurso necessário, que é aquele recurso ex o cio. Tecnicamente não
é recurso, é caso de duplo grau de jurisdição obrigatório. Hipóteses:
1. concessão de habeas corpus;
3. concessão de reabilitação;
4. etc.
Súmula 423 do STF – sem o duplo grau, a decisão não transita em julgado.
2. Recurso adequado – deve-se escolher o recurso certo. Se o recurso for inadequado, mas
havendo boa fé, ele é recebido. É o chamado Princípio da Fungibilidade dos Recursos. Só é
admitido se o recurso equivocado for interposto no prazo para o recurso certo. Em caso
de erro grosseiro, não se admite a fungibilidade. Exemplo: entrar com recurso
extraordinário para o TACrim. Em caso de endereçamento equivocado, não haverá
nulidade. O recurso é admitido pelo Princípio da Conversão. Vigora também o Princípio da
Unirrecorribilidade, ou seja, em princípio, só cabe um recurso para cada decisão.
Exceções: Protesto por Novo Júri e Apelação; Recurso Extraordinário e Recurso Especial.
3. Tempestividade – o recurso deve ser interposto dentro do prazo legal. Não sendo
interposto, ocorre a preclusão.
1. Prazo de 5 dias – apelação, recurso em sentido estrito, protesto por novo júri, agravos;
Se o prazo terminar em um domingo, prorroga-se o prazo para o primeiro dia útil subsequente.
Quando haver intimação por carta precatória, o prazo conta-se da juntada dela aos autos.
Se a intimação for feita na sexta-feira, o prazo começa no primeiro dia útil subseqüente. É o que
dispõe a Súmula 310 do STF.
O importante é protocolar o recurso no prazo. O recebimento não importa. Súmula 428 do STF.
O prazo conta-se em dobro para o defensor público. A jurisprudência diz que o prazo também
conta-se em dobro para o defensor nomeado.
1. Formas de Interposição:
Regra Geral – é interposto por petição. Excepcionalmente também é possível por termos nos
autos ou inequívoca manifestação da parte. Desde 1994 também é admitido o recurso por fax.
1. Motivação do Recurso:
O recurso tem que vir acompanhado das razões, para que se permita o contraditório, ou seja,
as contra-razões.
Em se tratando de apelação, aplica-se o Art. 601 do CPP, que dispõe que com ou sem razões o
recurso será conhecido.
1. Preparo :É o pagamento das custas. Só é exigido nas queixas. Em ação pública não tem
preparo.
1. Interesse – tem interesse quem foi prejudicado pela decisão. O MP também pode
recorrer em favor do réu, pois também atua como scal da lei. O MP também pode
impetrar habeas corpus em favor do réu. Se o réu for absolvido, ele pode recorrer para
alterar o fundamento da absolvição. Reconhecida a prescrição, não é mais possível
recurso para exame do mérito. Quando se tratar de ação privada e o réu for absolvido,
somente o querelante tem interesse em recorrer, sendo impossível o MP recorrer.
É a veri cação dos requisitos recursais. Se o recurso for admitido, fala-se que ele é conhecido.
Se o recurso não for admitido, fala-se que ele não foi conhecido.
Esta admissibilidade é feita pelo juízo a quo e pelo juízo ad quem. O juízo de admissibilidade de
1º grau não vincula o de 2º grau.
Recurso não conhecido é o recurso que não preenche um dos requisitos legais.
O recurso conhecido pode ser provido ou não provido. O recurso é provido quando o Tribunal
admite o pedido recursal. O recurso não é provido quando o Tribunal não admite o pedido
recursal.
1. Falta de preparo;
2. Deserção – se dá com a fuga do apelante (Art. 595, CPP). Só existe deserção na apelação.
Quanto aos recursos vigora o Princípio da Disponibilidade dos Recursos. Exceção: o Ministério
Público não pode desistir do recurso interposto (Art. 576, CPP).
Regra Geral
2. Efeito Devolutivo – todo recurso devolve ao órgão recursal o reexame da decisão. Esta
devolução pode ser total ou parcial, dependendo do recurso;
1. Recurso em Sentido Estrito – em regra, não tem efeito suspensivo. Exceção: Art. 584 do
CPP;
2. Tóxicos;
3. Crimes Falimentares;
4. Crimes do Júri;
Competência do TACrim
Recursos ao STJ
Recursos ao STF
1. Extraordinário –
2. Ordinário: somente quando o habeas corpus é denegado em decisão única nos Tribunais
Superiores e Crimes Políticos.
Prazo – deve ser interposto no prazo de 5 dias. Exceção: Art. 581, XIV, que tem o prazo de 20
dias.
Aspectos Procedimentais
2. É motivado. Tem o prazo de 2 dias para oferecer razões e 2 dias para as contra-razões.
Não cabe contra-razões em 2º grau.
O juiz pode sustentar ou reformar a decisão. Se reformar, cabe novo recurso pela parte
prejudicada.
Hipóteses de Cabimento:
1. quando o juiz não recebe a denúncia ou queixa. Se recebe, em tese cabe Habeas Corpus.
A Lei de Imprensa determina que se o juiz rejeitar a denúncia ou queixa, cabe apelação.
Em caso de rejeição parcial cabe recurso em sentido estrito.
2. quando o juiz se dá por incompetente. Quando o juiz se dá por competente não cabe
recurso nenhum.
7. quando o juiz concede liberdade provisória. Se o juiz indefere a liberdade provisória cabe
habeas corpus.
9. quando o juiz concede ou denega o habeas corpus. Da concessão de habeas corpus cabe
recurso ex o cio.
Todas as hipóteses do Art. 581 que se relacionam com execução penal cabe o agravo em
execução previsto na LEP.
Resp.: Sim, pode, nas seguintes hipóteses: a) impronúncia; b) extinção da punibilidade.
Nos dois casos acima, a vítima só poderá interpor o recurso se o Ministério Público não
recorreu, pois é um recurso subsidiário.
APELAÇÃO: Art. 593 do CPP: A apelação permite o reexame da matéria fática e jurídica.
Prazo – 5 dias.
Quando é cabível ?
Resp: Art. 593, CPP – está prevista no CPP e também em leis especiais.
Hipóteses de cabimento:
2. decisões de nitivas ou com força de de nitivas das quais não caiba Recurso em Sentido
Estrito. Exemplo: quando o juiz julga liminares; suspensão do Art. 89; etc.
É perfeitamente possível a apelação em favor de réu revel, salvo se o juiz determinar a prisão
deste para apelar.
Apelação contra decisão do Tribunal do Júri: É uma apelação com fundamentação vinculada,
porque só cabe nas hipóteses estritamente previstas em lei.
Hipótese de cabimento:
2. quando a sentença do juiz for contrária à lei expressa ou à decisão dos jurados;
4. quando a decisão dos jurados for manifestamente contrária às provas dos autos. Sob esse
fundamento só é possível uma única apelação, seja por parte do réu, seja por parte do MP
ou vítima.
Nas três primeiras hipóteses, se o Tribunal der provimento ao recurso, rescinde a decisão, isto
é, o acórdão substitui a decisão.
Na quarta e última hipótese, se o Tribunal der provimento ao recurso, ele cassa a decisão
anterior e determina novo julgamento. O Tribunal não pode substituir a decisão dos jurados. Se
no segundo julgamento os jurados mantiverem a decisão, respeita-se a soberania dos
veredictos.
Resp.: Não pode, é matéria dos jurados. Se for o caso, o Tribunal manda a novo júri.
Princípio da Consunção – Art. 593, § 4º, CPP – quando for cabível a apelação, não cabe o
recurso em sentido estrito.
Resp.: Excepcionalmente sim (Art. 598, CPP). Não importa se a vítima está habilitada ou não. É uma
apelação supletiva ou subsidiária, que signi ca que a vítima só pode apelar se o MP não apelou.
Se o MP apelar apenas de uma parte da sentença, a vítima pode apelar quando a outra parte.
1. vítima não habilitada – 15 dias, contados do transcurso do prazo para o MP (Súmula 448
do STF);
Aspectos Procedimentais:
1. O recurso é dirigido ao Tribunal, mas o juízo a quo faz o juízo de admissibilidade. SE o juiz
não receber a apelação cabe recurso em sentido estrito. Se o juiz também não receber o
recurso em sentido estrito, cabe carta testemunhável.
Apelação em 2º Grau: Em 2º grau existe a apelação ordinária (Art. 613, CPP) e a apelação
sumária.
Apelação Ordinária – vale para os crimes punidos com reclusão. Ordem procedimental:
1. sorteio do relator;
2. vistas ao MP;
3. vistas ao relator;
4. vistas ao revisor;
5. julgamento.
Apelação Sumária – não existe revisor. Vale para os demais crimes, ou seja, para as infrações
que não sejam punidas com reclusão.
Resp.: Tem. Ela manifesta-se por meio de memoriais ou pode fazer sustentação oral.
O Tribunal pode converter o julgamento em diligência. Por exemplo: quando quer ouvir
testemunhas.
A decisão é proferida por maioria de votos. Em caso de empate, vale a decisão mais favorável ao
réu.
Efeitos da Apelação:
1. Efeito devolutivo – a apelação devolve ao Tribunal o conhecimento da matéria. Pode ser
uma devolução total ou parcial, surgindo a apelação plena e a apelação parcial (Art. 599,
CPP);
Exceção: quando o réu tem o direito de livrar-se solto; quando presta ança; quando for
primário e de bons antecedentes.
Reformatio In Pejus – Art. 617, CPP – quando a apelação é exclusiva do réu, o Tribunal não pode
agravar a sua situação.
Reformatio in pejus indireta – anulada uma sentença condenatória em recurso exclusivo do réu,
pode o juiz xar pena maior ?
Não, não pode. Se pudesse o réu estaria sendo prejudicado por um recurso dele.
Resp.: Há polêmica. A melhor posição diz que se o Ministério Público concordou com a pena anterior,
o juiz não pode aplicar pena maior, mas desde que o julgamento seja o mesmo.
Da Reformatio in Mellius –
Resp.: O tema é polêmico. O STF diz que não. Os demais Tribunais dizem sim. Para o
concurso devemos dizer que sim, em duas hipóteses:
1. o Tribunal pode conceder ao réu algo mais favorável do que ele pediu;
DO PROTESTO POR NOVO JÚRI: Arts. 607 e 608 do CPP: É o pedido de novo julgamento.
Hipótese de Cabimento – cabe quando a pena por um crime for igual ou superior a 20 anos.
Tratando-se de concurso material de crimes, as penas não podem ser somadas para pedir
Protesto Por Novo Júri.
Se a pena atingir 20 anos por força de concurso formal ou crime continuado, é cabível este
recurso.
Características:
Se o juiz não recebe o Protesto Por Novo Júri, cabe Carta Testemunhável.
Em caso de crime conexo, às vezes cabe Apelação e Protesto Por Novo Júri. Nesta hipótese, a
apelação aguarda o novo julgamento.
Caso o Ministério Público tenha concordado com a pena anterior, o juiz no novo julgamento não
poderá xar pena maior, desde que este julgamento seja idêntico ao anterior.
O jurado que participou do julgamento anterior não pode participar do novo julgamento
(Súmula 206 do STF).
Hipóteses de Cabimento:
4. Desfavorável ao réu;
Os embargos não podem extrapolar os limites do voto vencido. Se o voto vencido é parcial, os
embargos serão parcial.
Características
1. é um recurso exclusivo do réu. Tanto o réu quanto o seu defensor podem interpô-lo;
2. prazo – 10 dias, contados da publicação do acórdão;
4. competência para julgamento – toda Câmara to TACrim é composta por 5 juizes. É julgado
pela mesma Câmara;
5. permite a retratação;
Os embargos interrompem o prazo para recurso. Exceção: Lei dos Juizados, onde os embargos
suspendem o prazo.
Finalidade: visa promover o andamento de outro recurso que não foi recebido ou que foi
paralisado.
Aspectos Procedimentais:
Se a carta estiver bem instruída, o Tribunal pode julgar a Carta Testemunhável e o Recurso que
estava paralisado (Art. 644, CPP).
DA CORREIÇÃO PARCIAL:
É um recurso. No Estado de São Paulo, está previsto no Código Judiciário de São Paulo. O STF já
disse que é constitucional.
Hipóteses de Cabimento: cabe contra decisão do juiz que implica inversão tumultuária.
Resp.: Não, não pode. O juiz não é punido na própria correição parcial. Encaminha-se
cópia de tudo ao Conselho Superior da Magistratura.
2. Agravo Inominado – Art. 625, § 3º, CPP – cabe contra decisão que indefere liminarmente
decisão;
Finalidade – manter a supremacia da CF. Só cabe contra decisão judicial. Nunca cabe contra
decisão administrativa.
Hipóteses de Cabimento: estão elencadas no Art. 102 da CF. Cabe Recurso Extraordinário:
3. quando a decisão julgar válida a Lei ou Ato de Governo Municipal ou Estadual Local que
con ita com a CF.
2. existência de uma questão jurídica constitucional. Não cabe Recurso Extraordinário para
discutir matéria fática. Também não cabe Recurso Extraordinário para reexame de provas
(Súmula 279 do STF);
Qualquer parte pode interpor Recurso Extraordinário, inclusive o assistente do MP pode, mas
somente nas hipóteses em que ele pode recorrer (Súmula 210 do STF).
Prazo – 15 dias.
Quem julga o Recurso Extraordinário é uma das Turmas do STF. Se a decisão de uma Turma
con ita com a decisão da outra Turma cabe Embargos de Divergência.
Hipóteses de Cabimento – Art. 105 da CF. Só cabe contra decisões de Tribunais. Não cabe
contra decisões de Turmas Recursais. É cabível:
2. quando a decisão julga válida Lei ou Ato de Governo Local que contraria Lei Federal;
3. existência de uma questão jurídica federal. Não cabe para discutir matéria fática. Também
não cabe para reexame de provas (Súmula 7 do STJ);
Prazo – 15 dias.
Quem julga o Recurso Especial é uma das Turmas do STJ. Se a decisão de uma Turma con ita
com a decisão da outra Turma cabe Embargos de Divergência.
A decisão no Recurso Especial não requer maioria absoluta, basta maioria simples (decisão de
Setembro de 1997). O STF disse que o Art. 181 do Regimento Interno do STJ é inconstitucional
porque previa maioria absoluta.
Quando cabíveis Recurso Extraordinário e Recurso Especial, devem ser interpostos em petições
diferentes. O Recurso Especial é julgado em primeiro lugar, salvo se o Recurso Extraordinário
for prejudicial.
3. Habeas corpus contra decisão que denegou Habeas Corpus – neste caso cabe Recurso
Ordinário ao STJ.
DA REVISÃO CRIMINAL: É uma ação que permite rever uma sentença que já transitou em
julgado. Ela desfaz a coisa julgada.
Resp.: A revisão criminal não tem réu, porque é uma ação impugnativa de uma decisão precedente.
Pressupostos –
2. trânsito em julgado.
Se ocorrer a prescrição da pretensão punitiva não é mais possível entrar com revisão criminal,
porque não existe sentença condenatória.
É cabível a revisão criminal antes, durante e depois do cumprimento da pena. Também cabe
revisão criminal pro vivo e pro morto. Só existe revisão criminal pro réu.
5. para anular o processo. Na prática entra-se com habeas corpus, pois tem um
processamento mais célere.
Resp.: O autor da ação de revisão deve a rmar na inicial uma das hipóteses legais de cabimento da
revisão, sob pena de carência de ação.
O autor da ação de revisão criminal que a teve por indeferida, pode reiterar seu pedido, desde
que haja novas provas ou invoque novo fundamento.
Competência:
1. STF e STJ – são competentes para julgar a revisão de suas próprias condenações;
No Tribunal de Justiça e Tribunal de Alçada Criminal quem julga é o grupo de Câmaras, que é
composto por duas Câmaras.
1. réu, pessoalmente;
4. Ministério Público – o tema é polêmico, mas prevalece a posição que pode, pois age como
custus legis.
Aspectos procedimentais:
O pedido pode ser indeferido liminarmente, seja pelo Presidente, seja pelo Relator. Desta
decisão cabe Agravo Inominado (Art. 625 do CPP).
Ordem Procedimental
Admitida a revisão, os autos vão ao Ministério Público. Ato seguinte, vão para o relator, que
deve ser distinto do relator do processo.
Depois, os autos vão para o revisor. Ato seguinte os autor vão para o julgamento.
Recursos Cabíveis
1. Embargos de Declaração;
2. absolver o réu;
4. anular o processo.
Nas três primeiras hipóteses tem-se o juízo rescindente e o juízo rescisório. O Tribunal rescinde
a sentença anterior e julga o assunto, proferindo nova sentença.
Na quarta hipótese só existe juízo rescindente, porque o Tribunal anula o processo, fazendo-o
voltar ao órgão do 1º grau.
Na anulação do processo, o juiz pode impor pena maior da que a pena anterior ?
O Tribunal pode deferir a revisão por fundamento distinto do pedido do réu ?
Se o réu for absolvido na revisão criminal, todos os seus direitos são restabelecidos
automaticamente.
Indenização Civil: Quando o réu é condenado por erro judiciário, ele tem direito a uma
indenização civil. Cabe ao réu entrar com uma ação autônoma de indenização ou pedir a
indenização no próprio pedido de revisão (Art. 630, CPP). Neste último caso, se o Tribunal
reconhecer o direito a indenização, ele não xa o quantum. Cabe ao réu, antes de executar a
decisão, liqüidá-la.
Observações nais:
1. não importa se tenha havido ação privada. Está revogado o § 2º do Art. 630 do CPP;
Questões Finais:
Abolitio Criminis – não cabe revisão criminal, pois ela apaga todos os efeitos penais.
Anistia – não cabe revisão criminal, pois ela apaga todos os efeitos penais.
Art. 580, CPP – efeito extensivo – revisão concedida a um co-réu estende-se ao outro co-réu,
salvo se a revisão teve um motivo pessoal.
Legitimidade Ativa – quem pode impetrar habeas corpus ? Qualquer pessoa. É exemplo de
ação popular. Exemplo: maior, menor, louco, pessoa jurídica, Ministério Público, inclusive em 2ª
Instância. O juiz só pode impetrar habeas corpus se não invocar a qualidade de juiz, mas a de
cidadão.
Capacidade Postulatória – não é necessário ser advogado para impetrar habeas corpus.
6. habeas corpus contra ato isolado de membro de Tribunal – é julgado pelo STJ;
7. habeas corpus contra prisão civil – é sempre julgado por um órgão civil;
8. habeas corpus contra juiz dos juizados – é julgado por uma Turma Recursal, onde existe.
1. quando não houver justa causa para o inquérito policial, processo ou prisão;
2. quando o réu está preso por mais tempo que determina a lei. Duas hipóteses:
2. quando cessou o motivo da prisão. Exemplo: juiz decreta prisão por conveniência de
instrução;
As duas primeiras hipóteses são hipóteses constitucionais. As três últimas hipóteses são
hipóteses criadas pela jurisprudência.
Deve estar em vernáculo nacional. Não cabe habeas corpus redigidos em língua estrangeira.
Também é possível a impetração por telefone, mas desde que alguém reduza a termo.
Mesmo que o habeas corpus seja indeferido, ele pode ser reiterado, mas desde que haja novos
documentos ou novos argumentos.
3. Habeas Corpus denegado por Tribunal da Justiça Comum – cabe recurso ordinário
constitucional ao STJ;
4. Habeas Corpus denegado em única instância pelo STJ – cabe recurso ordinário
constitucional ao STF.
Questões Finais:
Habeas corpus em 2ª instância – previne o juízo ? Não previne o juízo, mas previne o relator.
Resp.: O tema é polêmico. Mas é impossível, pois as pessoas jurídicas não tem liberdade de
locomoção.
O paciente pode desistir do habeas corpus impetrado. Também pode rejeitar o habeas corpus
impetrado por terceira pessoa.
Proc.Penal_I_Resumo_Completo
Crimes e Excludentes
MAIO 1ST, 2019