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A MATEMÁTICA APLICADA NA ENFERMAGEM

Resumo

O artigo presente busca conhecer a matemática aplicada na


enfermagem, e como esses conhecimentos são aprendidos no processo
formativo desses profissionais. O objetivo geral do artigo é desenvolver uma
pesquisa bibliográfica apresentando contribuições da matemática para o
profissional da enfermagem. Neste texto, são apresentadas as compreensões
da utilização de saberes de Matemática no local de trabalho em que o
profissional da enfermagem desenvolve suas funções. Após a análise dos
dados podemos afirmar que muitos saberes e cálculos matemáticos estão
presentes na prática da enfermagem. Entre esses, destacam-se os
relacionados às ações de cuidado, como o controle do gotejamento de infusões
endovenosas, a dosagem de medicações, a diluição de medicações, a infusão
por bombas programáveis, o balanço hídrico e as mensurações
antropométricas.

Palavra chave: Enfermagem. Matemática . cálculos na enfermagem.


1- INTRODUÇÃO

A matemática tem uma grande responsabilidade para os


cursos nesta área, pois é através do domínio de cálculos matemáticos básicos
que o futuro profissional resolverá
problemas que envolvem a administração de medicamentos.
Estes profissionais têm, muitas vezes, a vida em suas mãos e devem
desempenhar seu trabalho com responsabilidade e competência.
Há três sistemas de medidas comuns usadas nos cuidados
da saúde – sistemas métrico, familiar e farmacêutico. Os enfermeiros devem
ser capazes de fazer conversões entre esses sistemas para administrarem de
forma apropriada a medicação. A dosagem é aquela prescrita, e é calculada de
acordo com a dose disponível e de acordo com a disponibilidade da dosagem,
volume e quantidade
A administração segura e precisa de medicamentos é uma das
mais importantes responsabilidades do profissional de enfermagem. O
profissional é responsável pela compreensão dos efeitos de uma droga, pelo
preparo e administração correta, pela monitorização da resposta do paciente e
pelo auxílio ao paciente na auto-administração correta.
A administração de medicamentos é uma responsabilidade do
enfermeiro, mesmo que esteja sendo executada por outro membro da equipe
de enfermagem, conforme o Decreto lei 94.406/87 que regulamenta a lei do
exercício da Enfermagem.
Na administração e aplicação de medicamentos, tornam-se
evidentes os conhecimentos de Matemática usados com frequência pelos
profissionais, pois estão associados à regra básica “dos seis certos”
(CLAYTON e STOCK, 2006, p.103): o volume (dose) certo, via certa,
medicamento certo, paciente certo, documentação certa (registro) e horário
certo. O cálculo para diluição de medicação, para a diluição de concentração
de eletrólitos para soroterapia e para reduzir a concentração de glicose em
soro fisiológico são aplicações de modelos lineares que atendem a um
raciocínio matemático.
O objetivo geral do artigo é desenvolver uma pesquisa
bibliográfica apresentando contribuições da matemática para o profissional da
enfermagem.

1.2 HIPÓTESE

Como a matemática pode contribuir para o profissional da enfermagem?

1.3 JUSTIFICATIVA

Depara-se com situações no cotidiano da prática profissional,


em que profissionais. como auxiliares, técnicos de enfermagem ou mesmo
enfermeiros, apresentam dificuldades em fazer os cálculos de medicamentos
simplesmente porque' não dominam a matemática elementar que e
imprescindível para se chegar ao resultado correto da operação. Por outro
lado, e de extrema importância 0 conhecimento dos princípios que envolvem a
administração de medicamentos, bem como das vias de aplicação, uma vez
que um erro pode levar a iantrogenias que podem trazer serias conseqüências
ao paciente. [GIOVANI, Arlete, 1999]. Especialmente na enfermagem, cálculos
matemáticos são úteis em diluição de medicamentos. Porcentagem, conversão
de unidades, regra de três simples e operações de gotas e micro gotas. Estes
profissionais têm, muitas vezes. a vida em suas mãos e devem desempenhar
seu trabalho com responsabilidade, vista que 0 enfermeiro toma-se
responsável pela correta aplicação do medicamento ao paciente. Algumas
prescrições medicamentosas estabelecem horários exatos para administração,
outras deixam a critério do enfermeiro, que usa então , não somente seus
conhecimentos dos princípios científicos, como também de um atendimento
adequado ao paciente.

1.4 PROBLEMA

O profissional da enfermagem se depara freqüentemente com


situações em que é necessário preparar os medicamentos na dosagem
especificada antes de ministrá-lo ao paciente. Uma vez que um medicamento
ministrado incorretamente pode causar danos à saúde do paciente, a perfeita
execução dessa tarefa é de extrema importância para um enfermeiro.
Barker & McConnell, (1961) publicam um estudo mostrando
que em cada seis doses de medicamentos administradas, uma foi feita
erroneamente. Os autores apresentaram os dados do sistema implantado pelo
FDA3 no período de 1993 a 1998 que coletou 5.307 casos de erros com
medicamentos. Os autores também trazem as considerações publicadas no
periódico Archives of Internal Medicine4 de Setembro de 2002, sobre estudo
prospectivo em 36 hospitais americanos. Segundo os pesquisadores, os erros
na administração e no preparo de medicamentos são considerados a oitava
causa de morte, acima do câncer de mama, AIDS e acidentes.
Pozzi (1998) afirma que, o uso de tabelas prontas e a
familiaridade com as drogas fornecem respostas corretas e genuínas. Esta
afirmação pode estar baseada no fato de que cada grupo cultural possui
identidade própria ao pensar e agir, e, portanto possui um modo próprio de
desenvolver o conhecimento matemático. O autor conclui na sua pesquisa que
os profissionais da saúde não utilizam a Matemática aprendida na escola na
execução de suas tarefas.
2- METODOLOGIA

O método científico ser abordado no artigo é a pesquisa bibliográfica;


uma vez que será utilizado uma revisão da literatura abordando o tema ‘a
matemática aplicada na enfermagem’.

A pesquisa bibliográfica é uma etapa fundamental em todo trabalho


científico que influenciará todas as etapas de uma pesquisa. Consistem no
levantamento, seleção, fichamento e arquivamento de informações
relacionadas à pesquisa.

A pesquisa bibliográfica é feita a partir do levantamento de


referências teóricas já analisadas, e publicadas por meios escritos e
eletrônicos, como livros, artigos científicos, páginas de web sites.
Qualquer trabalho científico inicia-se com uma pesquisa bibliográfica,
que permite ao pesquisador conhecer o que já se estudou sobre o
assunto. Existem porém pesquisas científicas que se baseiam
unicamente na pesquisa bibliográfica, procurando referências teóricas
publicadas com o objetivo de recolher informações ou conhecimentos
prévios sobre o problema a respeito do qual se procura a resposta
(FONSECA, 2002, p. 32).

O acesso à bibliografia será feito de dois modos básicos:


manualmente e eletronicamente. O primeiro consiste em pesquisar diretamente
nos livros de referências disponíveis na biblioteca e o segundo utilizando a
internet.

O artigo focará na pesquisa bibliográfica fazendo assim o


levantamento de bibliografia já publicada em livros e internet, tornando assim
objeto de estudo e leitura para aprofundar construção deste, além, de
apresentar conceitos e idéia de autores que trará suporte pesquisa.

Será empregada a Técnica da Documentação Indireta, tendo


como fontes a pesquisa documental, bem como a pesquisa bibliográfica.
Inicialmente, dentro do tema proposto,será realizada a formulação do
problemas definição dos objetivos, será realizada a revisão da literatura. A
pesquisa e estudo será realizada através de materiais já publicados: artigos
científicos e livros.
3- LEVANTAMENTO DE DADOS

Conceitos básicos envolvidos no cálculo de medicamentos


Solução : mistura homogênea composta de soluto e solvente.
Solvente: é a porção líquida da solução.
Soluto: é a porção sólida da solução.

AAATIVIDADEE
ATIVIDADE PROFISSIONAL CONTEÚDOS ASSOCIADOS A
MATEMÁTICA
Gotejamento de infusões Razões e proporções. Função linear
Diluição de medicamentos Regra de três
Aplicação de medicamentos Ângulos. Geometrias
Balanço hídrico Operações aritméticas. Gráficos
Mensurações antropométricas Temperatura, pressão, tempo, massa,
comprimento. Medidas físicas.

Proporções e Equivalências

 1ml contém 20 gotas

 1 gota equivale a 3 microgotas

 1ml contém 60 microgotas

 1g = 1000 mg

 1L = 1000 ml

Sistema Métrico

 Sistema decimal logicamente organizado.

 Cada unidade básica de mensuração está organizada em unidade de


10. Multiplicando-se ou dividindo-se por 10, formam-se as unidade
secundárias.

1. Multiplicação: vírgula decimal vai para direita


2. Divisão: vírgula decimal vai para esquerda

20,0 mg x 10 = 200 mg

20,0 mg ÷ 10 = 2,00 mg

 Miligramas em gramas: dividir por 1000, movimentando a vírgula


decimal três casas para esquerda.

2.000mg = 2g

450 mg = 0,45 g

 Litros em mililitros: multiplicar por 1000 ou movimentar a vírgula


decimal três casas para a direita.

1 l = 1.000 ml

0,25 l = 250 ml

GOTEJAMENTO DE SORO

 VOLUME= V ( mililitros –ml)

 TEMPO= (horas) (minutos)

 1ML = 20 MACROGOTAS ( equipo padrão)

 1ML = 60 MICROGOTAS( equipo padrão)

 1 GOTA = 3 MICROGOTAS

Nº gotas/min= V(ml) x nº gotas/ml = V x 20(gotas) = V ( ml)

Nº horas x nº min/h T x 60 (min) T(h) x 3

Nº microgotas/min= V(ml) x nº mcgts/ml = V x 60(mcgts) = V ( ml)

Nº horas x nº min/h T x 60 (min) T(h)


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4- REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

A Matemática é um saber necessário para a prática profissional


da enfermagem, apesar desse saber não estar explícito no que está sugerido
no catálogo nacional de cursos técnicos. Esse saber é utilizado tanto para a
preparação de diluições ou partições de medicamentos para que seja
preparada a dosagem correta quanto para o fornecimento de informações aos
familiares cuidadores, pois
Os motivos pelos quais os responsáveis pela realização do cuidado
medicamentoso não expõem essas situações, ao interagir com o
profissional de saúde, estão relacionados à dificuldade de
demonstrarem que possuem limitações de conhecimentos
matemáticos e gerais, especialmente frente à figura do médico, que
possui a representação do saber. (GOMES e CABRAL, 2009, p. 336),

Os erros produzidos por técnicos em enfermagem que


decorrem de cálculos incorretos em situações mais diretas no cuidado podem
implicar em prejuízo considerável aos pacientes como, eventualmente, é
noticiado nos telejornais locais e nacionais.
Assim, esse saber é fundamental para a prática de trabalho
desses profissionais. “Sua importância, ligada à formação, é também básica
numa profissão voltada à arte do cuidado, onde qualquer equívoco pode levar
perigo à vida do paciente.” (SILVA, 2005, p. 91)
No processo formativo de técnicos de enfermagem não fica
expresso, de maneira clara, que temas associados diretamente à matemática
sejam desenvolvidos. Encontram espaço em diferentes disciplinas como
Fundamentos de Enfermagem ou Farmacologia ou outra pelo uso de cálculos e
dosagens para preparo e administração de drogas e soluções
medicamentosas.
Silva (2005) afirma que as falhas e dificuldades de formação
escolar fundamental podem refletir do decorrer do curso, principalmente em
cálculos aritméticos, comprometendo a base do aprendizado em Enfermagem.
Após formado e na atuação profissional, muitos aprendizados são construídos
por meio das partilhas de experiências e conhecimentos. A valorização desse
saber da experiência pode contribuir para reduzir as dificuldades que envolvem
a qualificação de profissionais ou a sua formação inicial, compreendendo que o
trabalho assume uma dimensão educativa, o que fica marcado é que “não é
cabível nos dias atuais a postura de desconsideração pelas habilidades,
conhecimentos e competências adquiridas por qualquer pessoa por meio de
estudos não formais ou no próprio trabalho” (BRASIL, 1997, p. 2). Esses
saberes, muitas vezes, pela individualização do trabalho e pelo isolamento dos
sujeitos, deixam de ser compartilhados ou discutidos no coletivo, e dificilmente
são registrados e sistematizados.
Por outro lado, os docentes que atuam na educação
profissional técnica de nível médio, em geral, não possuem formação para o
magistério o que dificulta o desenvolvimento de sua prática pedagógica e a
aprendizagem dos alunos. (ABREU, 2009). Já no espaço de trabalho, Schwartz
(2000) afirma que a renormalização que se produz nas atividades questiona e
invalida, em parte, os saberes organizados em disciplinas. Dessa forma, não é
possível considerar os estudantes como um copo vazio para ser preenchido de
conhecimentos, a pessoa possui saberes advindos de sua experiência que
durante a sua formação devem ser levados em conta. Portanto, o trabalho em
saúde também é uma atividade na qual as aprendizagens ocorrem além dos
cursos de formação e as competências são também desenvolvidas no espaço,
no tempo e no coletivo de trabalho.
Soffner (1992) mostrou em seu estudo sobre o ensino de
administração de medicamentos que se deve dar maior relevância ao fazer-
saber das atividades cotidianas do profissional da enfermagem, porque em um
simples engano ou erro de cálculo pode-se levar pessoas à morte.
Nesse trabalho, a autora afirma que a “regra de três” é, muitas
vezes, apresentada como uma fórmula pronta, de maneira que o aluno não lhe
atribui significado, ficando os procedimentos matemáticos destituídos de
sentido. A pesquisa de Soffner encaminhou à possibilidade de se repensar a
condução dos processos de ensino de administração de medicamentos,
contribuindo para que os professores possam refletir sobre o seu fazer.
Xavier (2006) estudou as pesquisas de Célia Hoyles e Richard
Noss, em especial, as “ferramentas na prática” ou Matemática em uso, na qual
colocam em discussão o uso da Matemática nas atividades de duas
enfermeiras experientes do setor de Pediatria, administrando medicamentos e
monitorando o soro de um paciente. Esse trabalho permitiu evidenciar a
relação entre o profissional e o conhecimento matemático, identificando
qualquer ação envolvendo essa área, destacando procedimentos aritméticos
simples, além de tentar compreender outras situações em que a matemática
era menos visível.
Silva (2005), estudando a enfermagem e dificuldades em
cálculos aritméticos abordou a verificação da presença dos obstáculos no
processo de aprendizagem, em especial nos cálculos aritméticos. Observou a
possibilidade de o aluno perceber a importância dos conceitos matemáticos
para a sua futura atividade profissional. Independentemente da prescrição
médica não ser uma conduta dessa categoria profissional, a garantia da
adequação e precisão da assistência terapêutica depende da compreensão do
texto escrito, bem como o cálculo, preparo e administração correta pela equipe
de enfermagem. Os dados de sua pesquisa apontam para a necessidade de
rever os conhecimentos construídos na educação fundamental, que podem
comprometer a formação de uma profissão que se baseia na precisão de
administração de drogas e soluções. Essas três pesquisas mostram a
importância de considerar o conhecimento matemático que os enfermeiros
usam na sua prática cotidiana e construir associações e relações
entre esses saberes e o processo de formação desses profissionais.
5- CONCLUSÃO

As aplicações da Matemática que são percebidas e


desenvolvidas por trabalhadores da enfermagem podem contribuir para a
promoção da educação de profissionais reflexivos e críticos sobre a ação do
trabalho. Foi possível reconhecer e compreender a utilização de saberes de
Matemática no local onde o técnico de enfermagem trabalha. De modo geral,
esses saberes estão associados às ações de cuidado ou com o processo de
trabalho.
É importante afirmar que muitos saberes e cálculos
matemáticos estão presentes na prática dos técnicos em enfermagem. Entre
esses, destacam-se os relacionados às ações de cuidado, como o controle do
gotejamento de infusões endovenosas, a dosagem de medicações, a diluição
de medicações, a infusão por bombas programáveis, o balanço hídrico e as
mensurações antropométricas.
6- REFERÊNCIAS

ABREU, Guacira Ribeiro de. Ressignificação da formação do professor de


ensino técnico profissional: por uma prática reflexiva na reconstrução de sua
identidade. Revista Profissão Docente, Uberaba, v. 9, n. 20, 2009.

ANDRADE, Rui Skroch de. SAMPAIO, Maria Eugênia de Carvalho e Silva.


Fundamentos matemáticos para o Curso Técnico em Enfermagem. In: XXV
CONGRESSO DE MATEMÁTICA APLICADA E COMPUTACIONAL, 25. 2002,
Curitiba, Anais... Curitiba, SBMAC, 2002.

CANDAU, Vera Maria Ferrão. A didática em questão. 28. ed. Petrópolis: Vozes,
2008.

CLAYTON, Bruce D.; STOCK, Yvonne N. Farmacologia na Prática de


Enfermagem. 13. Ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2006.

D´AMBRÓSIO, Beatriz. Formação de professores de matemática para o século


XXI: o grande desafio. Pró-posições, Campinas, v. 4, n. 1, mar. 1993.

DESTRUTI, Ana Beatriz C. B.; ARONE, Evanisa Maria; PHILIPPI, Maria Lúcia
dos Santos. Cálculos e conceitos em farmacologia. 2. ed. rev. São Paulo:
SENAC, 1999.

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