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PROSPECÇÃO GEOTÉCNICA DO SUBSOLO

Qualquer projeto de engenharia, por menor


que seja, requer o conhecimento adequado das
características e propriedades dos solos onde a
obra irá ser implantada.
Na prática, os depósitos de solo naturais não
são homogêneos. Em alguns locais, a estratificação
dos depósitos de solo pode variar muito dentro de
curtas distâncias (15 a 30 m).
As sondagens não só identificam o sub-solo
mas também servem como referência para a escolha
do tipo de fundação mais adequada à obra.
FATORES INICIAIS A CONSIDERAR

 Condições geológicas da área a estudar;


 Condições físicas da área de estudo (acesso,
drenagem, vegetação);
 Tipo de estrutura a ser suportada ou de obra a ser
realizada no local.
 Informações sobre estruturas vizinhas que possam
ser afetadas pela obra.
OBJETIVOS

a) Determinação da profundidade e espessura de cada


camada e sua extensão na direção horiozontal;
b) Determinação da natureza do solo com sua descrição
e indicação da compacidade/consistência;
c) Profundidade da superfície da rocha e suas
características;
d) Informações sobre a ocorrência de água no solo –
profundidade do lençol freático e suas variações;
e) Obtenção de amostras para medir as propriedades
de engenharia dos solos e das rochas.
ETAPAS DE INVESTIGAÇÃO

1. Estudos de Reconhecimento;
Abrangem investigações geológicas do local em
estudo, levantamentos aerofotogramétricos, mapas,
etc..
2. Estudos para Anteprojeto
Estudos realizados em locais definidos a partir da
etapa anterior, permitem a escolha de soluções técnicas
e o dimensionamento de estruturas de fundações.
3. Estudos para o Projeto Executivo
4. Investigação durante a construção
Estudos Preliminares e Planejamento

O número de sondagens e a sua localização em


planta dependem do tipo da estrutura, de suas
características especiais e das condições geotécnicas do
subsolo.
O número de sondagens deve ser suficiente para
fornecer um quadro, o melhor possível, da provável
variação das camadas do subsolo do local em estudo.
De acordo com o estabelecido na Norma NBR
8036 a investigação do subsolo deve ser feita através
furos escolhidos e distribuídos na área em estudo,
dependendo da área a ser ocupada pela construção, isto
é, por sua projeção.
 Um furo para cada 200 m2 até 1200 m2;
 Um furo adicional para cada 400 m2 para área entre
1200 e 2400 m2 ;
 Acima de 2400 m2 o número de sondagens deve ser
fixado de acordo com o plano particular da construção.
Em quaisquer circunstâncias o número mínimo de
sondagens deve ser:

a) dois para área da projeção em planta do edifício até


200 m2;

b) três para área entre 200 m2 e 400 m2.


Nos casos em que não houver ainda disposição
em planta dos edifícios, como nos estudos de
viabilidade ou de escolha de local, o número de
sondagens deve ser fixado de forma que a distância
máxima entre elas seja de 100 m, com um mínimo de
três sondagens.
Profundidade das sondagens

A profundidade a ser explorada pelas sondagens


de simples reconhecimento, para efeito do projeto
geotécnico, é função do tipo de edifício, das
características particulares de sua estrutura, de suas
dimensões em planta, da forma da área carregada e
das condições geotécnicas e topográficas locais.
A experiência do engenheiro responsável pelos
estudos é importante na análise da profundidade
necessária aos mesmos.
A exploração deve ser levada a profundidades
tais que incluam todas as camadas impróprias ou que
sejam questionáveis como apoio de fundações, de tal
forma que não venham a prejudicar a estabilidade e o
comportamento estrutural ou funcional do edifício.

As sondagens devem atingir a profundidade onde


o solo não seja mais significativamente solicitado pelas
cargas estruturais, fixando-se como critério aquela
profundidade onde o acréscimo de pressão no solo,
devida às cargas estruturais aplicadas, for menor do
que 10% da pressão geostática efetiva. (NBR 8036)
As sondagens devem ser localizadas em planta e
obedecer às seguintes regras gerais:

a) na fase de estudos preliminares ou de planejamento


do empreendimento, as sondagens devem ser
igualmente distribuídas em toda a área; na fase de
projeto podem-se localizar as sondagens de acordo
com critério específico que leve em conta pormenores
estruturais;

b) quando o número de sondagens for superior a três,


elas não devem ser distribuídas ao longo de um mesmo
alinhamento.
MÉTODOS DE INVESTIGAÇÃO

1. Métodos Indiretos:
São aqueles em que a determinação das
propriedades das camadas do subsolo é feita
indiretamente pela medida de um parâmetro geofísico.
a) Resistividade Elétrica;
b) Método Sísmico.
2. Métodos Diretos:
São aqueles que utilizam amostras dos materiais
existentes no subsolo.
Métodos Diretos de Prospecção
I. Manuais
 Poços;
 Trincheiras;
 Trado manual;
II. Mecânicos
 Sondagem à percussão com lavagem;
 Sondagem rotativa;
 Sondagem especial com extração de amostras
indeformadas.
POÇOS DE SONDAGEM
 NBR 9604/86
Permitem o exame das camadas do subsolo ao longo
de suas paredes, e a retirada de amostras deformadas
ou indeformadas (blocos).
A profundidade da investigação é limitada pela
presença do nível d’água ou desmoronamento das
paredes.
Com diâmetro mínimo de 60 cm, permitem um exame
visual das camadas do subsolo e de suas
características, bem como a retirada de amostras
indeformadas na forma de blocos.
Bloco de amostra indeformada
TRINCHEIRAS

 NBR 9604/86

São valas escavadas manual ou


mecanicamente. Permitem um exame visual e
contínuo do subsolo, ao longo, por exemplo da seção
de uma barragem ou de áreas de empréstimo.

Permitem a coleta de amostras deformadas e


indeformadas. Muito empregadas em escavações em
taludes.
Poço e Trincheira de sondagem
SONDAGEM À TRADO (NBR 9603/86)

Constituem o meio mais simples, rápido e econômico


para as investigações preliminares do subsolo.
Neste método a perfuração é executada
manualmente com o auxílio de trados (tipo concha ou
helicoidal).
Por meio de sua execução pode-se obter a posição
do nível d’água (NA) e coletar-se amostras para ensaios
geotécnicos, bem como para estudos geológicos.
Seu avanço é limitado pelo NA ou pelo excesso de
resistência de solos contendo camadas de pedregulhos ou
areias muito compactas.
TIPOS DE TRADOS PARA SONDAGENS
Uso do trado
em sondagens.
Uso de trado motorizado
MÉTODOS MECÂNICOS DE SONDAGEM

SONDAGEM À PERCUSSÃO COM LAVAGEM (SPT)

BASEADO NA NORMA NBR 6484/2001 O ENSAIO TEM


OS SEGUINTES OBJETIVOS:

1. DETERMINAR OS TIPOS DE SOLOS EM SUAS


RESPECTIVAS PROFUNDIDADES DE OCORRÊNCIA;

2. DETERMINAR A POSIÇÃO DO NÍVEL D´ÁGUA;


3. OBTER OS ÍNDICES DE RESISTÊNCIA À PENETRAÇÃO
(NSPT) A CADA METRO DE PROFUNDIDADE.
SEQÜÊNCIA EXECUTIVA PARA O SPT

1. Locação do furo com determinação de uma cota de


referência (RN);
2. Execução do furo, inicialmente com o trado,
posteriormente por meio de lavagem à percussão;
3. Ensaio de penetração, determinação do número N, com
retirada de amostra;
4. Determinação da posição do nível d’água;
EQUIPAMENTO SPT

Foto: Erinaldo Cavalcante


SONDAGEM À PERCUSSÃO: ESCAVAÇÃO E SPT
SPT – EXECUÇÃO DO FURO

Exame táctil-visual do solo escavado


SPT – EXECUÇÃO DO FURO

Exame táctil-visual do solo escavado

Foto: Erinaldo Cavalcante


ESQUEMA DA CRAVAÇÃO DO AMOSTRADOR SPT
ESQUEMA DE REALIZAÇÃO DO ENSAIO SPT
RESISTÊNCIA À PENETRAÇÃO - NSPT

Solo perturbado 15cm

15cm
Número de golpes para
30cm finais de penetração
30cm
15cm

NSPT : Número de golpes necessários para cravar os


últimos 30cm do amostrador no solo.
SPT – STANDARD PENETRATION TEST

SISTEMA DE LEVANTAMENTO

Fotos: Erinaldo Cavalcante


SPT – Levantamento Manual do Martelo
SPT – STANDARD PENETRATION TEST

TRÉPANO PARA PERFURAÇÃO

CABEÇA DE BATER E LUVA (CONEXÃO)

Fotos: Erinaldo Cavalcante


SPT – EXECUÇÃO DO FURO

Amostrador bi-partido

Amostrador desmontado

Amostrador sendo
enroscado na haste
Fotos: Erinaldo Cavalcante
RESISTÊNCIA À PENETRAÇÃO - NSPT

NO de golpes
PROFUNDIDADE 15cm
(m)
15cm iniciais 15cm finais
intermediários
1 – 1,45 2 4 7

2 - 2,45 3 5 9

3 – 3,45 4 7 12

4 – 4,45 2 2 4

5 – 5,45 3 7 10
Perfil Individual
de Sondagem à
Percussão
APLICAÇÕES DO SPT

 Identificação do tipo de solo (compacidade e


consistência)
 Previsão da capacidade de carga de fundações
superficiais e profundas
σadm = k . NSPT
 Previsão de recalques de fundações
rmáx = f(σadm, B)

 Correlações com diversas propriedades dos solos


CORRELAÇÕES NA NORMA 6484/2001
Relação entre tensão admissível e número de golpes (SPT)

Tensão
Tipo de solo Consistência SPT admissível
(Kg/cm²)

Muito mole <2 < 0,25


Mole 2a4 0,25 a 0,5
Média 4a8 0,5 a 1,0
Argila
Rija 8 a 15 1a2
Muito rija 16 a 30 2a4
Dura > 30 maior que 4
Fofa <= 4 <1

Pouco compacta 5 a 10 1a2

Medianamente
Areia 11 a 30 2a4
compacta

Compacta 31 a 50 4a6

Muito compacta > 50 >6


SONDAGENS ROTATIVAS
São empregadas na perfuração de rochas,
matacões e solos de alta resistência. Tem como
principal objetivo a obtenção de testemunhos
(amostras de rochas) para identificação das
descontinuidades do maciço rochoso, mas permite
ainda a realização de ensaios “in situ”, como por
exemplo o ensaio de perda d’água ou infiltração.
Profa. Andrea Sell Dyminski
Realização de
Sondagem Rotativa
Detalhes da sonda rotativa e
ponteiras de corte.
Tipos de ponteiras Amostras (testemunhos)
utilizadas em sondas
rotativas.

Profa. Andrea Sell Dyminski


SONDAGENS ESPECIAIS
Ensaio de Penetração de Cone

Os ensaios de cone com medida de poropressão são


utilizados para a determinação estratigráfica de
perfis de solos, avaliação de propriedades dos
materiais investigados e previsão da capacidade de
carga de fundações.

No Brasil sua metodologia é normatizada pela NBR


12069/91 - Solo - Ensaio de penetração de cone in
situ (CPT).
PROCEDIMENTO

O ensaio de cone é bastante simples, consistindo


na cravação no terreno de uma ponteira cônica (60° de
ápice) a uma velocidade constante de 20 mm/s. A seção
transversal do cone é de 10 cm2 e a área da luva de
atrito lateral é de 150 cm2.
O equipamento de cravação possui uma estrutura
de reação e um sistema de aplicação de carga. A
penetração é obtida através do acionamento contínuo
de hastes com comprimento de 1 m, mediante a
operação de um pistão hidráulico.
Aspectos do Cone de Penetração
Profa. Andrea Sell Dyminski
Pressiômetro de Menard
REFERÊNCIAS NORMATIVAS

NBR 8036 (1983) – Programação de sondagens de simples


reconhecimento de solos para fundações de edifícios – Procedimento;
NBR 6484 (2001) – Sondagens de simples reconhecimento com SPT –
Método de ensaio;
NBR 6502 (1995) – Terminologia de solos e Rochas;
NBR 13441 (1995) – Rochas e solos – Simbologia.

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