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Direito Civil VI – Luiz Fernando

7º Período – 1º Bimestre
1ª Aula - 17/02/2016

DIREITO DE FAMÍLIA

Livro IV - Arts 1511 a 1783 CC

Natureza Jurídica (Embora o direito de família esteja previsto no código


civil, muitos doutrinadores defendem que está entre o direito privado e o
publico, isso pelo interesse do estado manter as características. Por exemplo, a
questão da filiação, não pode revogar o reconhecimento da filiação, são
situações que uma vez concretizadas não se pode voltar atrás, não pode voltar
atrás, isso é característica do direito público)
Interesse do Estado Maior (interesse do estado em manter as
características)
1- Regras Insuscetíveis de serem derrogadas por convenção (alguns atos
concretizados não dependem da vontade das partes pra voltar atrás)
2- Direito Personalíssimo
3- Não admite condição ou termo (casar por tempo determinado, ou se casa
pra vida toda ou não casa. O casamento não tem validade)
4- Importância social da família

DEFINIÇÃO: Complexo de normas que regulam a celebração do


casamento, sua validade e efeitos; relações pessoais e econômicas da
sociedade conjugal, dissolução desta; união estável; relações entre pais e
filhos; vínculo de parentesco e os institutos da tutela e curatela.

LIVRO DIVIDIDO EM 4 PARTES:

Casamento (Direito Matrimonial)


1- Capacidade (idade núbio é de 16 anos para homens e mulheres, se a
pessoa tiver 16 ou 17 anos e quiser casar, precisa da autorização de pais.
Menor de 16 anos, se resultar gravidez, o juiz poderá autorizar o casamento,
mesmo que os pais não autorizem, o juiz poderá consentir o casamento. A
partir de 18 anos já tem plena capacidade de assumir matrimonio).
2- Impedimentos (1521) (genro e sogra, etc.)
3- Causas Suspensivas (1523, a viúva que não deu a partilha de bens, se ela
casar o regime passa a ser de separação de bens)
4- Celebração (a celebração do casamento ocorre quando os contraentes
manifestam a vontade de casar, responde-se o sim. Se um dos contraentes
não disser o sim e o juiz declará-los casados na forma da lei, esse casamento
não tem validade, pois não existe manifestação tácita, tem que ser expressa.
Se um dos contraentes disser não ou não sei, a celebração é interrompida e só
pode ser continuada no dia seguinte. A celebração do casamento acontece
quando há a manifestação dos contraentes e depois com a declaração do juiz.
Se após o casamento um dos contraentes falece, o outro já passa a ser viúvo.

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A luz do direito, somente o casamento religioso, a pessoa não é reconhecida
como casada e sim equiparado como união estável. O casamento civil tem que
ser precedido de um processo de habilitação. A celebração tem que ser
pública.
5- Regime de bens (não deixa de ser um contrato)
6- Prova
7- Nulidade e anulabilidade
8- Dissolução (morte de um dos conjugues, a separação não dissolve o
vinculo matrimonial)

União Estável (Direito Convivencial) (a união estável deve ser pública,


onde as pessoas sabem da relação, para poder provar; contínua, ou seja,
convivência sem interrupção e duradoura, sendo o prazo a critério do juiz pra
entender o que é duradoura, fala-se em 5 anos porque a lei de 93 exigia 5
anos, só que surgiu uma nova lei em 96 falando somente na palavra duradoura
e não mais um prazo específico)

Relações de Parentesco (Direito Parental)


1- Filiação
2- Adoção
3- Poder familiar
4- Alimentos

Direito Protesto
1- Guarda
2- Tutela
3- Curatela

2ª Aula - 22/02/2016

ACEPÇÕES DO TERMO FAMÍLIA

a) Amplíssima (a família seria composta por todos os parentes consangüíneos


e afins, inclusive terceiros ou pessoas estranhas (empregados domésticos) a
própria família. Seria usado no direito do trabalho, porque no direito civil não
encontra a definição amplíssima)

b) Lata (segundo a doutrina haveria uma restrição acerca dos membros que
compõe a família, se considerarmos a definição amplíssima. Seriam os
parentes consangüíneos ou afins: pais, filhos, bisavós, bisnetos, cunhados,
genro. É adotada pelo direito de família, na maioria das vezes adotada pelo
código civil.

c) Restrita (inclusive família mono parental) (na definição de família


teríamos apenas os pais e a prole, não importando se é família mono parental,
que consiste em ter apenas o pai ou apenas a mãe, os dois não estariam
juntos. Para o Direito de Família, na maioria das vezes utiliza a definição lata e
às vezes a definição restrita.

CRITÉRIOS ADOTADOS

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Sucessório: os que herdam um dos outros (parentes que herdam um dos
outros, apenas por consangüinidade, da linha reta (infinito) e linha colateral até
o quarto grau.
Alimentar (Ascendentes, descendentes e irmãos, Conjugues e
companheiros, pessoas que podem pedir umas das outras alimentos)
Autoridade (apenas pais e filhos)
etc

ESPÉCIES FAMÍLIA

Matrimonial (aquela que decorre do casamento, vínculo matrimonial pra


constituição da família)
Não matrimonial (aquela que não decorre do casamento, união estável, pai
e filho somente)
Adotiva (a família substitutiva, alguém adota outra pessoa, decorre da
adoção)
Mono parental (família constituída pelo pai ou pela mãe e a prole)

CASAMENTO

Conceito: É a união formal entre duas pessoas, com o objetivo de


constituírem família legítima (união formal, porque hoje temos a união
estável que não é uma união formal/solene. O casamento é um dos atos
jurídicos mais solenes, formais do direito civil, se as regras não forem
observadas, pode gerar invalidade do casamento. Hoje existe casamento entre
pessoas do mesmo sexo)

União estável  família natural (reconhece como família legítima)


 Não é formal

Natureza jurídica (analisar os efeitos jurídicos do casamento)

1- Teoria institucionalista (essa teoria defende que o casamento é uma


instituição social em que os contraentes aderem a regras públicas, ou seja, a
regras cogentes. Não haveria possibilidade de alteração das regras, a teoria
não é aceita na sua plenitude. As regras patrimoniais podem sofrer alterações,
com relação ao regime de bens. A teoria não é totalmente aceita pelo fato que
as regras patrimoniais podem ser alteradas pelos contraentes)
2- Teoria clássica ou individualista (que o casamento é meramente um
contrato. Não seria um contrato típico, porque qualquer cláusula poderia ser
alterada, mas no casamento existem coisas que não podem ser alteradas. O
CC determina algumas regras com celebração do casamento, como por
exemplo, o maior de 70 só poder casar em regime separação de bens. Se
fosse um contrato tradicional, todas as cláusulas poderiam ser alteradas)
3- Teoria eclética (Adotamos essa teoria. Esta entre as duas
anteriores. Fala que o casamento é um contrato de direito de família, ou seja,
um contrato com regras especiais, segundo o que dispõe o próprio código civil.
Adotou-se um pouco das duas outras teorias. Tem sua forma própria de ser
elaborado.)

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Características

1- Formal (solene, o casamento tem que obedecer as regras impostas pelo


Direito Civil, sob pena de ser considerado inválido, assim como o testamento,
tem que obedecer regras)
2- Plurilateral (depende da vontade dos dois, não basta a vontade de um)
3- Dissolúvel (o casamento não é para o resto da vida sob a ótica jurídica, é
dissolúvel através do divórcio ou da morte de um dos conjugues
4- "intuitu persona": confiança e nos laços afetivos (confiança e laços
afetivos recíprocos)

Finalidades

1- Nome (utilização do sobrenome do outro, faculdade de acrescentar o


sobrenome do outro, se assim optar. Hoje não pode mais substituir o
sobrenome, somente acrescer.)
2- Sucessão (o casamento dá direito a sucessão, ordem da sucessão
hereditária, descendentes, ascendentes, e na falta o conjugue herda. Isso para
fins de herança, porque a meação já é da pessoa pelo regime de casamento.
Herança seria nos casos em que a pessoa falece).
3- Regime de bens (pelo casamento você pode escolher um dos quatro
regimes: o regime parcial de bens, regime de comunhão total de bens ou
universal, regime de separação total (obrigatório maior de 70 e menor de 14)
e regime de participação final nos aquestos. Se quiser fazer um pacto
antenupcial, pode mesclar os dois regimes, por exemplo, resguardar um bem e
os outros ser em comunhão de bens. Pode convencionar da forma como
quiser. Pode deixar as regras dos regimes ou confeccionar regras mistas) No
caso de falecimento, a metade a ser transferida pagará um imposto chamado
ITCD, que é um imposto pago pra transferir os bens aos herdeiros)

Dever fidelidade (quebra dos deveres e é motivo da dissolução da


sociedade conjugal)
Procriação (não é mais uma finalidade do casamento, pode-se ter filhos sem
casar)
Satisfação sexual (não é mais uma finalidade do casamento)
Legitimar e família (no caso de legitimar a família, também não é mais uma
finalidade, pois tem a união estável)

3ª Aula - 24/02/2016

ARTS. 1511 E S.S. CC

Art. 1.511. O casamento estabelece comunhão plena de vida,


com base na igualdade de direitos e deveres dos cônjuges.

A gente via pelo Código Civil de 16 que havia a predominância do homem na


família, sendo que com o Código Civil de 2002 esses direitos ficaram

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igualados. A mulher e o homem possuem direitos e deveres iguais. A
manutenção não fica mais restrita somente ao homem.

Art. 1.512. O casamento é civil e gratuita a sua celebração.


Parágrafo único. A habilitação para o casamento, o registro e a
primeira certidão serão isentos de selos, emolumentos e
custas, para as pessoas cuja pobreza for declarada, sob as
penas da lei.

Para que o casamento produza efeitos civis tem que ser feito perante a
autoridade competente para tanto. O casamento que produz efeitos é o civil. Se
a pessoa for casada somente na igreja, ela passa a conviver em união estável,
não é casada para fins jurídicos, não é casada para o direito civil. A celebração
é gratuita, não se pode cobrar para fazer a celebração, o que o cartório faz é
cobrar despesas com taxas e entre outros, mas para a celebração ele não
pode cobrar. Se for feita fora do cartório ele cobra pelas despesas que terá
com o transporte.

Art. 1.513. É defeso a qualquer pessoa, de direito público ou


privado, interferir na comunhão de vida instituída pela família.

Alguns países o estado tem controle da natalidade, mas no Brasil é aberto,


não tem intervenção no tocante à família, como a família será gerida será
decidido pelo casal.

Art. 1.514. O casamento se realiza no momento em que o


homem e a mulher manifestam, perante o juiz, a sua vontade
de estabelecer vínculo conjugal, e o juiz os declara casados.

O casamento se celebra e começa a produzir efeitos no momento da


manifestação do casal e do juiz. A finalidade dos padrinhos é servir de
testemunha do ato.

CASAMENTO RELIGIOSO COM EFEITOS CIVIS – ART. 1515

Art. 1.515. O casamento religioso, que atender às exigências


da lei para a validade do casamento civil, equipara-se a este,
desde que registrado no registro próprio, produzindo efeitos a
partir da data de sua celebração.

Processo de habilitação antes da celebração


Processo de habilitação após a celebração
 Os efeitos são “ex tunc” – ele vai retroagir ao momento da celebração. O
juiz de casamento deve lançar o seu preito juntamente com o prefeito,
sendo escolhido com voto secreto, mas essa lei não está
regulamentada, portanto que escolhe é o judiciário. O juiz de casamento
não é oficial de cartório, o juiz de casamento é escolhido.
Art. 1.516. O registro do casamento religioso submete-se aos
mesmos requisitos exigidos para o casamento civil.

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§ 1o O registro civil do casamento religioso deverá ser
promovido dentro de noventa dias de sua realização, mediante
comunicação do celebrante ao ofício competente, ou por
iniciativa de qualquer interessado, desde que haja sido
homologada previamente a habilitação regulada neste Código.
Após o referido prazo, o registro dependerá de nova
habilitação.
§ 2o O casamento religioso, celebrado sem as formalidades
exigidas neste Código, terá efeitos civis se, a requerimento do
casal, for registrado, a qualquer tempo, no registro civil,
mediante prévia habilitação perante a autoridade competente e
observado o prazo do art. 1.532.
§ 3o Será nulo o registro civil do casamento religioso se, antes
dele, qualquer dos consorciados houver contraído com outrem
casamento civil.

O casamento civil e o religioso possuem os mesmos requisitos: certificado de


habilitação, depois que tramita um processo administrativo para o casamento, e
verificando que não possui impedimento, logo após a esse processo é extraído
o certificado de habilitação, que tem o prazo de 90 dias. Portanto, o casamento
civil tem que ser realizado no prazo de 90 dias, e não sendo respeitado esse
prazo tem que fazer novamente o processo administrativo para o casamento. A
pessoa de posse desse certificado apresenta-o na igreja para assim poder
fazer o casamento.
Tanto para o casamento no cartório quanto o casamento na igreja com
efeitos civis, será preciso a habilitação. Quando se tem o casamento na igreja
com efeitos civis, o casal pega essa habilitação e leva na igreja para poder
fazer a celebração, e essa celebração vai ser feita pelo padre, não precisando
do juiz de casamento, pois o padre com posse da habilitação faz o papel de
celebrar o casamento com efeitos civis. Após o casamento na igreja o casal irá
receber uma certidão comprovando que houve a celebração do casamento e
também a habilitação, tendo que levar esses dois documentos no prazo de 90
dias para ser registrado.
O prazo de validade do certificado de habilitação é de 90 dias, o casamento
religioso tem que ser celebrado no prazo de 90 dias. E a contar da celebração
do casamento, o casal tem mais 90 dias para registrar, começa uma nova
contagem de 90 dias. Qualquer pessoa no prazo de 90 dias pode requerer o
registro, se um cônjuge falecer após a celebração do casamento, esse registro
ainda pode ser feito, se teve a habilitação corretamente feita, e tiver dentro do
prazo de 90 dias. Se perder o prazo de 90 dias para registrar ele terá que fazer
um novo processo de habilitação, e terá o prazo de 90 dias para fazer o
registro, e o prazo é de 90 dias porque é a validade da habilitação.
Se casar na igreja sem a habilitação, este poderá ser feito após a celebração
do casamento sem problema, mas terá que respeitar o prazo de 90 dias. E no
caso de o processo de habilitação ter sido feito após a celebração do
casamento na igreja, só o casal terá legitimidade para requerer o registro, se
um deles morrer o outro não poderá fazer o registro.

4ª Aula - 29/02/2016

IMPEDIMENTOS MATRIMONIAIS = IMPEDIMENTOS DIRIMENTES

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É a falta de legitimação para se casar com certa pessoa;
Art. 1521 CC (no artigo 1523 são causas suspensivas)
Nulidade do casamento (não podem casar sob pena de nulidade do
casamento)

1- Os ascendentes com os descendentes, seja, por parentesco natural ou


civil; (parentesco natural seria consangüinidade, como mãe e filho, civil
decorrente da adoção como o adotante com o adotado)

A linha reta por consangüinidade é infinita. Na linha colateral até o 4º grau.

Bisavós
Avós (2º grau) Tios (3º grau) Primo (4º grau)
Pais (1º grau) Irmãos (2º grau) Sobrinho (3º)
Você
Filhos (1º grau)
Netos (2º grau)
Bisnetos (3º grau)

2- Os afins em linha reta: nora, sogro, genro, enteado, padrasto


(parentesco por afinidade nunca se extingue)

Parentes afins seriam os parentes consangüíneos do conjugue. Não são


parentes por consangüinidade, e sim por afinidade. Mesmo que haja o divórcio
e/ou a morte do cônjuge, os parentes afins não deixam de ser parentes. A
relação por afinidade jamais se extingue.

Avós (2º grau por afinidade)


Sogro (1º grau por afinidade)
Conjugue: você se coloca no lugar do conjugue
Enteado

3- O adotado com o adotante, ou o adotante com o adotado

O individuo A adotou o B. A passa a ter um relacionamento com C, após a


adoção. Quem adotou B foi A e não C. Porém B casou com D. D não pode
casar com A. B não pode casar com C. Porém o ex do adotado (D) e o ex do
adotante (C) podem ter uma relação.

(Conjugue adotante) C A (adotante)

(adotado) B D(conjugue adotado)

4- Os irmãos, unilaterais ou bilaterais e demais colaterais até o 3º grau (4º


grau permitido, 3º grau, somente com médicos atestando, 2º grau jamais)

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Avós (2º grau) Tios (3º grau) Primo (4º grau)
Pais (1º grau) Irmãos (2º grau) Sobrinho (3º)
Você

Decreto nº 3.200 de 41, fala que ficando provado por dois médicos que não
há problema de hegemonia fica permitido o casamento para parentes de
terceiro grau, somente para 3º grau.

5- Adotado com filho do adotante


6- Pessoas casadas (No art. 1723 que trata da união estável, existe um
dispositivo que reconhece união estável de pessoa ainda casada)
7- Cônjuge sobrevivente com o condenado por homicídio ou tentativa de
homicídio contra o seu consorte (Esse dispositivo é aplicado somente para
caso de crime doloso, o culposo não, se quiser casar antes do transito em
julgado não há impedimento, não há nulidade. Somente será fato impeditivo se
a sentença já houver transitado em julgado, ou seja, o casamento será nulo. Se
ela não conhecer do fato e casar-se, pode pedir a anulação, porém se ela
casar-se conhecendo o fato ela não pode pedir a anulação, pois a anulação
tem dois requisitos, sendo o desconhecimento do fato e a insuportabilidade da
vida em comum. Há necessidade dos dois requisitos juntos para configurar a
anulação)

Quem pode opor


1- Qualquer pessoa capaz
2- Juiz ou oficial do registro = devem declará-lo, se souberem
3- Deve ser:
a) por escrito
b) instruída com prova do fato ou indicação onde pode ser encontrada

Oposição: impede a celebração até decisão final


Nubentes têm conhecimento e podem requerer prazo razoável para
fazer prova em contrário
Processo administrativo

CAUSAS SUSPENSIVAS (IMPEDIMENTOS IMPEDIENTES)

Art. 1523 CC
Casamento Irregular (o casamento contraído com inobservância do
disposto no art. 1523 do CC, será válido, porém implica uma causa suspensiva,
que tem como conseqüência a aplicação obrigatório do regime de separação
de bens)
A conseqüência é que o casamento passa a ser de separação total

Possibilidades:

1- O viúvo ou viúva que tiver filho do conjugue (desde que não tenha feito
inventário do primeiro casamento. Se casar será em regime de separação total.
2- A viúva ou a mulher cujo casamento se desfez por ser nulo ou ter sido
anulado, até 10 meses depois do começo da viuvez, ou da dissolução da

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sociedade conjugal. (pelo fato do filho nascido de uma viúva em até 10 meses
depois, será reconhecido por presunção como filho do falecido. Haverá uma
presunção de paternidade)
3- O divorciado, enquanto não houver sido homologada ou decidida a
partilha dos bens do casal
4- O tutor ou o curador e os seus descendentes, ascendentes, irmãos,
cunhados ou sobrinhos, com a pessoa tutelada ou curatelada, enquanto
não cessar a tutela ou curatela, e não estiverem saldadas as respectivas
contas (pra não ser fraude com relação ao pupilo, contra seu patrimônio)
Parágrafo único: no caso de gravidez, deverá provar o nascimento do filho ou
a ausência de gravidez.

Nos impedimentos matrimoniais (impedimentos dirimentes), sua existência


pode ser alegada por qualquer pessoa. Já nas causas suspensivas
(impedimentos impedientes), poderá ser alega pelos parentes em linha reta de
um dos nubentes, sejam eles consangüíneos, ou afins ou colaterais até
segundo grau.

5ª Aula - 02/03/2016

PROCESSO DE HABILITAÇÃO

É a fase preliminar na qual se verifica se os nubentes preenchem os


requisitos para o ato nupcial (deve ser precedido por um processo de
habilitação, porque pra casar no civil tem que apresentar um certificado de
habilitação, esse documento é expedido como conseqüência do processo de
habilitação. A finalidade é verificar se os nubentes preenchem os requisitos
para o casamento, a idade núbil, estado civil, entre outras questões)
Por meio da habilitação visa-se evitar a realização de casamentos
vedados pela lei
Como requerer...

Art. 1.525. O requerimento de habilitação para o casamento


será firmado por ambos os nubentes, de próprio punho, ou, a
seu pedido, por procurador, e deve ser instruído com os
seguintes documentos:
I - certidão de nascimento ou documento equivalente;
II - autorização por escrito das pessoas sob cuja dependência
legal estiverem, ou ato judicial que a supra;
III - declaração de duas testemunhas maiores, parentes ou
não, que atestem conhecê-los e afirmem não existir
impedimento que os iniba de casar;
IV - declaração do estado civil, do domicílio e da residência
atual dos contraentes e de seus pais, se forem conhecidos;
V - certidão de óbito do cônjuge falecido, de sentença
declaratória de nulidade ou de anulação de casamento,
transitada em julgado, ou do registro da sentença de divórcio.

O requerimento de habilitação para o casamento será assinado por ambos


os nubentes. No cartório será disponibilizado um formulário, e nada impede
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que seja representado por procurador. Os contraentes nem precisam estar
presentes ao ato, podem estar representados no momento da celebração, bem
como, no processo de habilitação.

Documentos:

1- Certidão de nascimento ou documento equivalente


2- Autorização por escrito das pessoas sob cuja dependência legal estiver
ou ato judicial que a supra (menor de 18 anos tem que ter a autorização dos
pais. A autorização dos pais não pode ser por procuração. Se os pais negarem
a autorização para o casamento, haverá necessidade de autorização judicial ou
se os pais forem falecidos e não houver tutor nomeado, e também se houver
divergência entre os pais, no caso da mãe e do pai divergirem de opinião)
3- Declaração de duas testemunhas maiores, parentes ou não, que
atestem conhecê-los, e afirmem não existir impedimento para o
casamento (não são ainda os padrinhos do casamento, só duas pessoas que
atestam que não tem impedimentos)
4- Declaração do estado civil, do domicilio e da residência atual dos
contraentes e de seus pais, se forem conhecidos (Estado civil seria solteiro
ou viúvo. No caso de cada nubente residir em uma cidade, o edital correrá nas
duas cidades)
5- Certidão de óbito do conjugue falecido, de sentença declaratória de
nulidade ou de anulação de casamento, transitada em julgado, ou de
registro da sentença de divórcio

Art. 1.526. A habilitação será feita pessoalmente perante o


oficial do Registro Civil, com a audiência do Ministério Público.
Parágrafo único. Caso haja impugnação do oficial, do Ministério
Público ou de terceiro, a habilitação será submetida ao juiz.

Até 2009 havia necessidade de uma decisão do juiz, em decorrência do


acumulo de serviço dos juízes, não precisa mais da manifestação judicial,
basta o parecer do MP, é o suficiente para a habilitação do casamento. Mas
será encaminhado ao juiz se houver impugnação do MP ou de qualquer outra
pessoa que manifeste imposição, por exemplo, no caso de algum documento
errado. Se estiver tudo correto basta o parecer do MP.

Art. 1.527. Estando em ordem a documentação, o oficial


extrairá o edital, que se afixará durante quinze dias nas
circunscrições do Registro Civil de ambos os nubentes, e,
obrigatoriamente, se publicará na imprensa local, se houver.
Parágrafo único. A autoridade competente, havendo urgência,
poderá dispensar a publicação.

Se os nubentes estiverem em domicilio diferente, o edital deve correr nos


dois locais, com o prazo de 15 dias, para trazer a publicidade necessária, o
edital é fixado no cartório, e se houver imprensa, por exemplo, jornal sairá a
publicação. A autoridade competente é o juiz de direito, havendo urgência
poderá dispensar a publicação dos editais, isso acontece quando uma pessoa

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está doente e não pode aguardar. (o casamento não exige nada sobre amor,
procriação, basta o querer dos contraentes)

Art. 1.528. É dever do oficial do registro esclarecer os


nubentes a respeito dos fatos que podem ocasionar a
invalidade do casamento, bem como sobre os diversos
regimes de bens.

Quando vai requerer o processo de habilitação, o oficial informar as causas


que podem gerar nulidade do casamento.

Art. 1.529. Tanto os impedimentos quanto as causas


suspensivas serão opostos em declaração escrita e assinada,
instruída com as provas do fato alegado, ou com a indicação
do lugar onde possam ser obtidas.

Tanto os impedimentos do artigo 1521 e causas suspensivas do artigo 1523


serão feitas em declarações escritas e assinadas

Art. 1.530. O oficial do registro dará aos nubentes ou a seus


representantes nota da oposição, indicando os fundamentos,
as provas e o nome de quem a ofereceu.
Parágrafo único. Podem os nubentes requerer prazo razoável
para fazer prova contrária aos fatos alegados, e promover as
ações civis e criminais contra o oponente de má-fé.

O oficial apresentará as provas de oposição e os nubentes podem requerer


prazo para contra provas e inclusive ajuizar ação cível e criminal pedindo
reparação de danos, contra as pessoas que agiram de má fé

Art. 1.531. Cumpridas as formalidades dos arts. 1.526 e 1.527


e verificada a inexistência de fato obstativo, o oficial do registro
extrairá o certificado de habilitação

Verificada a inexistência de fato impeditivo, expedirá o certificado de


habilitação

Art. 1.532. A eficácia da habilitação será de noventa dias, a


contar da data em que foi extraído o certificado.

O certificado terá prazo de 90 dias

CELEBRAÇÃO DO CASAMENTO

Art. 1.533. Celebrar-se-á o casamento, no dia, hora e lugar


previamente designados pela autoridade que houver de presidir
o ato, mediante petição dos contraentes, que se mostrem
habilitados com a certidão do art. 1.531.

Foi expedido o certificado, os contraentes peticionarão ao juiz de paz, que


seja designado hora e local

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Art. 1.534. A solenidade realizar-se-á na sede do cartório, com
toda publicidade, a portas abertas, presentes pelo menos duas
testemunhas, parentes ou não dos contraentes, ou, querendo
as partes e consentindo a autoridade celebrante, noutro edifício
público ou particular.
§ 1o Quando o casamento for em edifício particular, ficará este
de portas abertas durante o ato.
§ 2o Serão quatro as testemunhas na hipótese do parágrafo
anterior e se algum dos contraentes não souber ou não puder
escrever.

A solenidade realizar-se-á na sede do cartório, com publicidade, portas


abertas, com pelo menos duas testemunhas (padrinho e madrinha) e pode ser
celebrado em outro lugar. Quando o casamento for em edifício particular
deverá ficar de portas abertas durante o ato e terá que ter 4 testemunhas ou
mesmo que o casamento seja celebrado no cartório se um dos nubentes não
souber ler e escrever o número de testemunhas passará a ser 4)

Art. 1.535. Presentes os contraentes, em pessoa ou por


procurador especial, juntamente com as testemunhas e o oficial
do registro, o presidente do ato, ouvida aos nubentes a
afirmação de que pretendem casar por livre e espontânea
vontade, declarará efetuado o casamento, nestes termos:"De
acordo com a vontade que ambos acabais de afirmar perante
mim, de vos receberdes por marido e mulher, eu, em nome da
lei, vos declaro casados."

Presentes os contraentes em pessoa ou por procuração especial

CASAMENTO POR PROCURAÇÃO:

Poderes especiais: procuração pública com poderes especiais, poderes


específicos para representar. Ambas as partes podem ser representados.
Ouvida a manifestação dos nubentes que ambos querem casar por livre e
espontânea vontade o juiz declarará que estão casados em nome da lei.

Art. 1.536. Do casamento, logo depois de celebrado, lavrar-se-


á o assento no livro de registro. No assento, assinado pelo
presidente do ato, pelos cônjuges, as testemunhas, e o oficial
do registro, serão exarados:
I - os prenomes, sobrenomes, datas de nascimento, profissão,
domicílio e residência atual dos cônjuges;
II - os prenomes, sobrenomes, datas de nascimento ou de
morte, domicílio e residência atual dos pais;
III - o prenome e sobrenome do cônjuge precedente e a data
da dissolução do casamento anterior;
IV - a data da publicação dos proclamas e da celebração do
casamento;
V - a relação dos documentos apresentados ao oficial do
registro;
VI - o prenome, sobrenome, profissão, domicílio e residência
atual das testemunhas;

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VII - o regime do casamento, com a declaração da data e do
cartório em cujas notas foi lavrada a escritura antenupcial,
quando o regime não for o da comunhão parcial, ou o
obrigatoriamente estabelecido.

Constará no assento, no registro do casamento, os dados constantes neste


artigo.

Art. 1.537. O instrumento da autorização para casar


transcrever-se-á integralmente na escritura antenupcial.

Art. 1.538. A celebração do casamento será imediatamente


suspensa se algum dos contraentes:
I - recusar a solene afirmação da sua vontade;
II - declarar que esta não é livre e espontânea;
III - manifestar-se arrependido.
Parágrafo único. O nubente que, por algum dos fatos
mencionados neste artigo, der causa à suspensão do ato, não
será admitido a retratar-se no mesmo dia.

A celebração do casamento será suspensa, se manifestar arrependido, ou


falar que não quer casar, é de obrigação do juiz de paz, suspender a
celebração. O nubente que deu causa ao fato não poderá se retratar
imediatamente, somente no dia seguinte.

6ª Aula - 07/03/2016

CASAMENTO EM CASO DE MOLÉSTIA GRAVE

Art. 1539 (situação em que um dos contraentes está doente, com alguma
moléstia grave, não podendo comparecer ao cartório ou ao lugar designado
pelo juiz de paz. O presidente do ato celebrará onde se encontrar o impedido,
diante de duas testemunhas que saibam ler e escrever. Uma conseqüência do
artigo na parte de habilitação, que a requerimento da parte poderá dispensar a
publicação dos editais. A celebração tem que ser por autoridade competente.
Poderá ser nomeado um oficial do cartório ADOC, caso autoridade não puder
comparecer)

Art. 1.539. No caso de moléstia grave de um dos nubentes, o


presidente do ato irá celebrá-lo onde se encontrar o impedido,
sendo urgente, ainda que à noite, perante duas testemunhas
que saibam ler e escrever.
§ 1o A falta ou impedimento da autoridade competente para
presidir o casamento suprir-se-á por qualquer dos seus
substitutos legais, e a do oficial do Registro Civil por outro ad
hoc, nomeado pelo presidente do ato.
§ 2o O termo avulso, lavrado pelo oficial ad hoc, será
registrado no respectivo registro dentro em cinco dias, perante
duas testemunhas, ficando arquivado.

CASAMENTO NUNCUPATIVO

13
Casamento 'in extremis' ou em 'atributo mortis' (situação extrema)
1540 CC

Art. 1.540. Quando algum dos contraentes estiver em iminente


risco de vida, não obtendo a presença da autoridade à qual
incumba presidir o ato, nem a de seu substituto, poderá o
casamento ser celebrado na presença de seis testemunhas,
que com os nubentes não tenham parentesco em linha reta,
ou, na colateral, até segundo grau.

a) iminente risco de vida (não houve processo de habilitação, realizado no


viva voz, tem que ser celebrado perante 6 testemunhas, e não podem ser
parentes de linha colateral ou reta com os contraentes)
b) impossibilidade de os contraentes obterem a presença de autoridade
celebrante ou de seu substituto;

Testemunhas
a) 6 (tem que ser obrigatoriamente 6 testemunhas)
a) Sem vínculo de parentesco – linha:
1- Reta
2- Colateral até o 2º grau

Procedimento Judicial – art. 1541 CC (instaurado para oitiva das


testemunhas, devem as testemunhas comparecerem perante a autoridade
judicial mais próxima dentro de 10 dias, pedindo que tome termo, que foram
convocadas por parte do enfermo, que estava em perigo de vida mas em seu
juízo e que os contraentes declararam livre e espontaneamente o desejo de
viver como marido e mulher. Efeitos da sentença ex tunc, retroagem até a data
da celebração. No caso deste artigo quem analisará será o juiz de direito.)

Art. 1.541. Realizado o casamento, devem as testemunhas


comparecer perante a autoridade judicial mais próxima, dentro
em dez dias, pedindo que lhes tome por termo a declaração de:
I - que foram convocadas por parte do enfermo;
II - que este parecia em perigo de vida, mas em seu juízo;
III - que, em sua presença, declararam os contraentes, livre e
espontaneamente, receber-se por marido e mulher.
§ 1o Autuado o pedido e tomadas as declarações, o juiz
procederá às diligências necessárias para verificar se os
contraentes podiam ter-se habilitado, na forma ordinária,
ouvidos os interessados que o requererem, dentro em quinze
dias.
§ 2o Verificada a idoneidade dos cônjuges para o casamento,
assim o decidirá a autoridade competente, com recurso
voluntário às partes.
§ 3o Se da decisão não se tiver recorrido, ou se ela passar em
julgado, apesar dos recursos interpostos, o juiz mandará
registrá-la no livro do Registro dos Casamentos.
§ 4o O assento assim lavrado retrotrairá os efeitos do
casamento, quanto ao estado dos cônjuges, à data da
celebração.

14
§ 5o Serão dispensadas as formalidades deste e do artigo
antecedente, se o enfermo convalescer e puder ratificar o
casamento na presença da autoridade competente e do oficial
do registro.

Contraente Convalescer (se esse puder convalescer, vai ratificar o


casamento)

O casamento pode realizar mediante procuração por instrumento público e


com poderes especiais, tendo poderes específicos pra representar no
casamento. Se o mandado for revogado e não foi informado ao mandatário e
nem ao contraente, e acontece o casamento, aí poderá responder o mandante
por perdas e danos. O nubente que não estiver em eminente risco de vida
poderá fazer se representar no casamento nuncupativo. O prazo da procuração
é por 90 dias.

Art. 1.542. O casamento pode celebrar-se mediante


procuração, por instrumento público, com poderes especiais.
§ 1o A revogação do mandato não necessita chegar ao
conhecimento do mandatário; mas, celebrado o casamento
sem que o mandatário ou o outro contraente tivessem ciência
da revogação, responderá o mandante por perdas e danos.
§ 2o O nubente que não estiver em iminente risco de vida
poderá fazer-se representar no casamento nuncupativo.
§ 3o A eficácia do mandato não ultrapassará noventa dias.
§ 4o Só por instrumento público se poderá revogar o mandato.

CASAMENTO CONSULAR

Celebrado no estrangeiro e quem celebra é o Consul – art. 1544 do CC. Na


volta de um ou de ambos para o Brasil, começara a correr o prazo de 180 dias,
para registrar o ato, mas o código não define se é no âmbito definitivo ou não.

Art. 1.544. O casamento de brasileiro, celebrado no


estrangeiro, perante as respectivas autoridades ou os cônsules
brasileiros, deverá ser registrado em cento e oitenta dias, a
contar da volta de um ou de ambos os cônjuges ao Brasil, no
cartório do respectivo domicílio, ou, em sua falta, no 1o Ofício
da Capital do Estado em que passarem a residir.

DAS PROVAS DO CASAMENTO

Art. 1543 do CC: como prova o casamento no Brasil? existem algumas


formas.

Art. 1.543. O casamento celebrado no Brasil prova-se pela


certidão do registro.
Parágrafo único. Justificada a falta ou perda do registro civil, é
admissível qualquer outra espécie de prova.

15
Prova Direta (certidão de casamento, a pessoa pede pra extrair uma
certidão do registro de casamento e é suficiente pra fazer prova. Qualquer
pessoa pode tirar a certidão)

 Outros meios (qualquer prova poderá ajudar na instrução, a sentença será


registrada no cartório de registro civil com a provável data que o casamento foi
realizado. O interessado abre esse processo. Mas isso só no caso de
acontecer um evento que impossibilite a emissão da certidão, por exemplo, o
caso de um incêndio e queimar os livros de registro. O casamento celebrado no
Brasil prova-se pela certidão de registro, no caso de não ser possível emitir
será por outros meios de prova)

Posse do estado de casados (o casal não pode manifestar vontade ou já


são falecidos falecidos, e os filhos querem provar que os pais eram casados,
mas os pais ou são falecidos ou não se recordam, pra tirar uma certidão. Os
filhos entram com ação para que o casamento dos pais seja reconhecido. Os
conjugues não tem legitimidade para esse tipo de ação. A legitimidade para a
posse do estado de casados somente é da prole.
a) 'nominativo' (provar que a mãe usava do sobrenome do pai)
b) 'tractatus' (provar que ambos se tratavam como marido e mulher)
c) 'reputativo' (que ambos eram conhecidos como marido e mulher, e embora
ninguém tenha visto a certidão, o casal era conhecido como pessoas casadas)

Art. 1546 do CC: Efeitos “ex tunc”, os efeitos retroagirão na data da


sentença

Art. 1.546. Quando a prova da celebração legal do casamento


resultar de processo judicial, o registro da sentença no livro do
Registro Civil produzirá, tanto no que toca aos cônjuges como
no que respeita aos filhos, todos os efeitos civis desde a data
do casamento.

Art. 1547 do CC: Na dúvida entre as partes contrarias, se houver duvidas se


houve ou não o casamento sempre a favor do casamento.

Art. 1.547. Na dúvida entre as provas favoráveis e contrárias,


julgar-se-á pelo casamento, se os cônjuges, cujo casamento se
impugna, viverem ou tiverem vivido na posse do estado de
casados.

CASAMENTO INEXISTENTE

Aquele que realmente não existe, porque os elementos necessários para a


formação do casamento não estão presentes. Não produz nenhum efeito
É o que não reúne os elementos necessários à sua formação:

a) Diversidade de sexo (caiu, hoje não é mais necessário)


b) Declaração de vontade dos nubentes ≠ coação (se não houver a
declaração de vontade dos nubentes o casamento é inexistente, não nulo. Se
no casamento a pessoa não falar nada, a pessoa fica quieta, não há o que se
falar em concordância tácita, tem que ser expressa. Diferente de coação, que

16
se declarar que quer se casar, mas está sendo coagida, o casamento não é
inexistente, porque houve a manifestação de vontade, então é passível de
anulação. Anulável pelo vício da coação.)
c) Celebração na forma da lei = com a presença do celebrante (exceto no
casamento nuncupativo, caso contrário é inexistente se não tiver a presença do
celebrante)

 Conseqüências do casamento inexistente

a) Não produz efeitos (não produz nenhum efeito)


b) Ação judicial (se o casamento não foi registrado não há a necessidade,
porém se foi registrado, há a necessidade de uma ação declaratória)
c) Declaratória = imprescritível (ação declaratória referente a ação judicial
quando o casamento não foi registrado é imprescritível)

7ª Aula - 09/03/2016

NULO

Reúne os elementos essenciais, porém formou-se defeituosamente,


infringindo os preceitos legais (art. 1521, pessoa casada que contrai novas
núpcias respeitando todos os quesitos legais, mas por ser uma pessoa casada
não tem legitimidade para o casamento, porque ainda mantém o vinculo
matrimonial)
Exige ação judicial (pra ser considerado nulo, necessita de uma ação
judicial)
Pode ser declarado putativo (putativo é o casamento nulo ou anulável, mas
contraído de boa fé) (se foi contraído de boa fé, os efeitos passam a ser ex
nunc, e não ex tunc. Ex. dois irmãos desconhecem a relação de parentesco
entre eles, acabam se casando e lá na frente descobre que são irmãos, o
casamento é nulo, porém é putativo, passando os efeitos serem ex nunc.. No
caso de um contratante de boa fé e o outro não, o de boa fé volta ao estado
civil anterior, sendo os efeitos ex nunc, e o contraente de boa fé ex tunc)
Antes da sentença não pode contrair novas núpcias (depois de transitado
em julgado, volta a situação anterior)
Não pode ser decretado de ofício

INEXISTENTE

Não reúne os elementos essenciais (vontade dos nubentes e celebração


na forma da lei, com a publicidade e o juiz de casamento)
Dispensa ação, desde que não registrado (se o casamento inexistente não
foi registrado não tem nenhum efeito, agora se o casamento for registrado, por
equivoco do cartório em verificar os requisitos, precisará de uma ação judicial)
Não pode ser declarado putativo (não produz efeito nenhum, não existe)
Pode o pseudocônjugue contrair novo matrimônio (se não estiver
registrado) (se estiver registrado também tem que aguardar a sentença
transitada em julgado. A doutrina entende que se uma pessoa que contraiu
casamento inexistente, casar novamente não cometeria crime de bigamia, pois

17
os efeitos seriam ex tunc, porque o casamento em tese não produziria efeitos,
não existiu)
Pode ser decretado de ofício pelo juiz

CASAMENTO NULO

Art. 1548, CC
a) Alienado mental (não tem discernimento total para a prática dos atos civis)
EM DISCUSSÃO SE FOI REVOGADO – O estatuto da pessoa deficiente
alterou e revogou esse inciso, o casamento o deficiente mental ou intelectual o
casamento é valido, ela pode casar e não precisa estar assistida, e se o
tabelião se opuser em realizar o ato ele estará cometendo um crime.
b) Art. 1521 CC (impedimentos dirimentes)

Art. 1.548. É nulo o casamento contraído:


I – (revogado pela Lei n. 13.146, de 6-7-2015)
II - por infringência de impedimento.

Legitimidade:
a) qualquer interessado, que tenha interesse:
1- jurídico
2- econômico
3- moral

b) MP (só para ação de nulidade)

Ação declaratória = imprescritível (a qualquer momento pode se requerer


a nulidade do casamento)

CASAMENTO ANULÁVEL

Hipóteses: art. 1550 CC

Art. 1.550. É anulável o casamento: (Vide Lei nº 13.146, de


2015) (Vigência)
I - de quem não completou a idade mínima para casar;
II - do menor em idade núbil, quando não autorizado por seu
representante legal;
III - por vício da vontade, nos termos dos arts. 1.556 a 1.558;
IV - do incapaz de consentir ou manifestar, de modo
inequívoco, o consentimento;
V - realizado pelo mandatário, sem que ele ou o outro
contraente soubesse da revogação do mandato, e não
sobrevindo coabitação entre os cônjuges;
VI - por incompetência da autoridade celebrante.
§ 1o. Equipara-se à revogação a invalidade do mandato
judicialmente decretada. (Renumerado do parágrafo único pela
Lei nº 13.146, de 2015)

Prazos decadenciais (cada hipótese tem um prazo para anulação do


casamento)

18
I- Falta de idade núbil:
Sem alvará (Se o menor de 16 casar sem autorização judicial, nesse caso
pode ser requerida a anulidade do casamento)
Se resultar gravidez? (se ele tem menos de 16, mesmo sendo contraído
sem autorização judicial, não vai ser anulado. Nesse caso não se anula o
casamento)
Poderá reafirmar o casamento ao atingir a idade núbil? (com 16 anos
pode ir ao cartório com seus representantes legais e reafirmar o ato, sanando a
irregularidade)
Ação = 180 dias
a) Pelo menor: a partir da idade núbil (se a ação for promovida pelo menor,
com 16 anos começa correr o prazo para anulação do casamento)
b) Representantes legais do casamento (a partir do casamento) (se
transcorrer o prazo não tem mais como pedir a anulação, embora ter um vício o
casamento será válido)

8ª Aula - 14/03/2016

II- Menor em idade núbil, sem autorização: Ele tem a idade núbio de
16 ou 17 anos, mas casou sem autorização dos representantes legais e
também sem autorização judicial, ele casa sem nenhum tipo de autorização.
 Autorização dos representantes legais
Denegação: alvará de suprimento de consentimento
Prazo para solicitar a anulação: 180 dias
Pessoas que podem requerer:
a) menor: a partir dos 18 anos, salvo se emancipado: o menor pode requer
a anulação a partir dos 18 anos, contando o prazo de 180 dias que é um prazo
decadencial. Se ele for emancipado, o prazo começa a correr a partir da
emancipação.
b) representantes legais: do casamento os representantes legais podem
requer a anulação a partir do casamento, contando o prazo de 180 dias.
c) pelos herdeiros do menor: do óbito Se o menor que casou faleceu antes
de atingir 18 anos, os seus herdeiros poderão requer a anulação contanto o
prazo de 180 dias a contar de seu óbito, isso somente se ele falecer ainda
menor.
Ratificação tácita: é quando os representantes do menor participam
ativamente do casamento, tendo assim uma ratificação do ato, eles não
autorização, mas participaram do ato, nesse caso ocorre a ratificação tácita, é
como se eles tivessem confirmando o ato .
Nas hipóteses de anulação, se a ação não for proposta no prazo de 180 dias
em qualquer hipótese de anulação, nesse caso ocorrerá a convalidação do
ato, não terá como entrar com ação de anulação, pois ele perdeu o prazo de
180 dias, que é um prazo decadencial.

III- Coação:
 Fundado temor de mal considerável e iminente para a vida, saúde e a
honra
Não se considera = bens: Não se considera motivo para anulação do
casamento se a pessoa tiver fundado temor de perder os bens.

19
Legitimidade: cônjuge que incidiu em coação (somente o cônjuge
coagido tem legitimidade para pedir a anulação do casamento no prazo legal)
Prazo: 4 anos, a contar do casamento: é o maior prazo para anulação do
casamento, porque se entende um prazo razoável para que a pessoa possa se
livrar do outro cônjuge para entrar com a ação.

IV- revogação do mandato: Mandato = ato procuratório. Poderá ocorrer a


anulação do casamento quando antes da celebração do casamento com
procurador, o mandante revogou o mandato, só que não deu tempo do outro
cônjuge ou do mandatário tomar conhecimento da revogação, portanto, nesse
caso o casamento é passível de anulação. São dois os requisitos para pleitear
a anulação, que o mandatário e o outro cônjuge desconheçam a revogação e
que não tenha coabitação.
 Espontâneo ou judicial
Prazo para requerer a anulação: 180 dias, a contar do dia que soube da
celebração
Requisitos para poder pleitear a anulação:
a) ignorância do mandatário e do outro cônjuge: Não tinham conhecimento
no momento da celebração do casamento que o mandato estava revogado.
Revogação esta que precisa ser feita antes da celebração do casamento para
valer esse inciso.
b) sem coabitação: quando o mandante toma conhecimento da celebração do
casamento que ele não queria, porque revogou o mandato antes da
celebração, só que ele tem o prazo de 180 dias para requer a anulação do
casamento alegando tal fato, e dentro desses 180 dias ele coabita, sendo
assim se houver a coabitação não poderá requer a anulação.
Se o cônjuge ou o mandatário já tiverem conhecimento da revogação do
mandato, e mesmo assim o casamento for celebrado, esse casamento será
inexistente, devido ao conhecimento da revogação.

V- incompetência a autoridade celebrante


Prazo para requer a anulação: 2 anos, da celebração
a) ‘rationi loci’: incompetência em razão do lugar é a incompetência que leva
a anulação do casamento. Se a autoridade realizar casamento fora da sua
circunscrição, esse casamento é passível de ser anulado, porque ele realizou
casamento fora da sua circunscrição.
b) ‘ratione material’ incompetência em razão da matéria, se um delegado
resolver celebrar o casamento, ele não tem competência para esse fim, sendo
assim, esse casamento será inexistente e não será caso de anulação.
Art. 1554 CC

Art. 1.554. Subsiste o casamento celebrado por aquele que,


sem possuir a competência exigida na lei, exercer
publicamente as funções de juiz de casamentos e, nessa
qualidade, tiver registrado o ato no Registro Civil.

a) requisitos para validade:


Exercer publicamente

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Registro: se o casamento for registrado, aquele casamento realizado por
aquele que não tem competência, e esse casamento for registrado e feito com
publicidade esse casamento será valido.

ART. 1557 DO CC – ERRO SOBRE A PESSOA DO OUTRO – HIPÓTESES


DE ANULAÇÃO

Art. 1.557. Considera-se erro essencial sobre a pessoa do


outro cônjuge:
I - o que diz respeito à sua identidade, sua honra e boa fama,
sendo esse erro tal que o seu conhecimento ulterior torne
insuportável a vida em comum ao cônjuge enganado;
II - a ignorância de crime, anterior ao casamento, que, por sua
natureza, torne insuportável a vida conjugal;
III - a ignorância, anterior ao casamento, de defeito físico
irremediável que não caracterize deficiência ou de moléstia
grave e transmissível, por contágio ou por herança, capaz de
pôr em risco a saúde do outro cônjuge ou de sua
descendência; (Redação dada pela Lei nº 13.146, de 2015)
IV - (Revogado). (Redação dada pela Lei nº 13.146, de 2015)

I- Se a pessoa se casa com João, mas na realidade ela está casando com
José, é um erro de identidade, tem que observar dois requisitos: a pessoa não
pode saber desse erro/ignorância dessa identidade e que o conhecimento
desse erro torne insuportável a vida em comum. Esse erro de identidade
pode ser utilizado para casos de troca de sexo, a pessoa não sabia que Maria
era José.
II- Tem que desconhecer o fato antes do casamento e tem que insuportável a
vida conjugal.
III- A pessoa não sabia que o outro tinha um defeito físico irremediável
instrumental, desde que não caracterize deficiência. O casamento
desconhecendo deficiência mental não cabe mais anulação, a pessoa tem que
passar por divórcio quando for esse o caso. Se tiver uma doença, como AIDS,
pode ter a anulação, mas desde que a pessoa não sabia que tinha a doença e
que torne a vida a dois insuportável.

9ª Aula - 16/03/2016

CASAMENTO PUTATIVO

Casamento putativo é aquele casamento nulo ou anulável


que tenha sido contraído de boa fé, portanto, se ocorrer esse
casamento contraído de boa-fé, porém ele é nulo ou anulável, poderá esse
casamento ser considerado putativo. Se apenas um dos contraentes estiver de
boa-fé, somente a ele será considerado o casamento putativo, e sobre o outro
recaíra os efeitos do casamento nulo ou anulável. Se ambos estiverem de má-
fé não poderá ser verificado o casamento putativo.

Efeitos:

21
a) Válido regime até a decisão: Se um bem foi adquirido até a decisão, o
regime de bens vai produzir efeitos até a decisão que decretar a nulidade ou
anulação e assim considerar a putatividade. Os interessados que terão que
requer a putatividade e requerer os seus efeitos, não pode ser decretado de
ofício pelo juiz.
b) Uso nome: Poderá continuar a usar o sobrenome do outro.
c) Pensão alimentícia: Aquele que está de boa-fé poderá requer pensão
alimentícia do outro, caso ele necessite. Para a pensão alimentícia a parte tem
que provar a necessidade da pensão, e que o outro tem possibilidade de pagar.
Portanto no casamento putativo tem direito a pensão, observando os dois
requisitos: necessidade em receber a pensão e possibilidade de pagar.
d) Após a morte - direito à herança: Se a nulidade ou anulação se der após a
morte de um dos cônjuges o sobrevivente terá direito a herança, porém esse
sobrevivente tem que ser aquele que contraiu o casamento de boa
fé, o casamento putativo tem que ser aplicado a ele, com seus efeitos, para ter
direito a herança, se acordo com o direito das sucessões.
e) Cônjuge menor continua emancipado: O cônjuge menor considerado
putativo não volta a condição de incapacidade, ele continua emancipado, se a
ele for aplicado os efeitos da putatividade.
f) Validade das doações em contemplação ao matrimônio: Se um dos
cônjuges for agraciado com uma doação e essa doação beneficiar o outro
cônjuge, esse cônjuge terá direito se os efeitos da putatividade atingir ele.
g) Validade dos negócios pelos cônjuges (teoria da aparência): Ainda que
não haja a aplicação da putatividade, entende a doutrina, que o negócio
praticado pela cônjuge com terceiros, tem validade, porque o terceiro não tem
como saber que aquele casamento é nulo ou anulável, porque o terceiro não
pode ser prejudicado no negócio.

Casamento inexistente = não há putatividade: A putatividade só


se aplica no caso de casamento nulo ou anulável.
Não há prejuízo à prole: A prole não sofre nenhum efeito do casamento
nulo, anulável ou putativo, não prejudica a presunção de paternidade, para
excluir a paternidade tem que entrar com processo. A prole não sofre nenhum
tipo de prejuízo, em nenhum momento.

DISSOLUÇÃO DA SOCIEDADE E DO VÍNCULO MATRIMONIAL

São duas situações distintas: A sociedade conjugal e o vínculo matrimonial


são duas situações distintas, porém ligadas. A sociedade conjugal tem fim
quando verificado a ocorrência do estabelecido no artigo 1.571, incisos I a
V do CC. Havendo a dissolução conjugal, o efeito é o fim do regime de bens
(qualquer bem adquirido logo após a dissolução será somente dele), coloca-se
fim ao dever de fidelidade e a coabitação (ocorrendo a dissolução da sociedade
conjugal não precisa mais manter a coabitação, que é um sentido mais amplo,
como morar no mesmo local e entre outros). Nas cinco hipóteses ocorre a
dissolução da sociedade conjugal, mas a dissolução do vinculo
matrimonial somente ocorre nas hipóteses dos incisos I ao IV. Na
separação não ocorre a dissolução do vínculo matrimonial, portanto a
pessoa que é separada não pode casar novamente, porque com a separação

22
não tem a dissolução do vínculo matrimonial. O desquite também não podia
casar, somente tinha uma exceção, que era quando o outro cônjuge morresse,
mas o desquite acabou e foi introduzido o divorcio e a separação.

I- nulidade
Casamento inválido
II- anulação
III- morte de um dos cônjuges
IV- divórcio
Casamento válido
V- Separação
Ocorre apenas a dissolução da sociedade conjugal; não vinculo.

Morte de um dos cônjuges:

A morte pode ser por duas hipóteses:


a) A morte real:
b) A morte presumida: a pessoa que se acha sumida e estava em situação de
risco – art. 7 do CC (a pessoa some e não da notícias, pode-se declarar a
morte presumida; tem acidente e a pessoa não é achada, neste caso pode ser
declarada a morte presumida) e pode ocorrer também no caso de ausência, a
pessoa não estava em situação de risco e some e não dá noticias.
 A morte dissolve o vínculo e a sociedade conjugal.
 O cônjuge tem sua morte presumida decretada, e o viúvo casa-se
novamente, mas logo após o cônjuge, cuja morte dói presumida, reaparece,
falando que estava vivo. Quando ele volta, é reabilitado e volta a condição
anterior. Para o viúvo, o seu segundo casamento vai ser considerado nulo,
porém putativo, pois contraído de boa fé. Para não ocorrer isso, antes de
decretar a morte presumida, ele pede o divórcio, porque ai não ocorre esse fato
acima. Mas esse pedido tem que ser antes de decretar a morte presumida,
porque se decretar a morte presumida ele será considerado viúvo e não
divorciado, portanto deve-se entrar com pedido de divórcio antes.

Divórcio:

Emenda constitucional 22/2010: O divorcio sofreu uma alteração com a


emenda constitucional de n.66/2010, alterou seu procedimento. Hoje a pessoa
pode requer o divorcio no dia seguinte ao casamento, a emenda acabou com
os prazos exigidos antes. O divórcio independe de previa separação, não
precisa de um processo de separação para poder requerer o divórcio. A
diferença é que no divórcio o vínculo matrimonial é dissolvido e na
separação não tem dissolução do vinculo matrimonial. Se a pessoa
divorciar, e depois quiser voltar a casar com o ex-cônjuge, vai ter que casar
novamente, porque com o divórcio tem a dissolução do vínculo matrimonial. A
pessoa que é separada, se o outro cônjuge morre ela é viúva, só que ela não
tem direito a herança, e nem tem mais o regime de bens.
Judicial ou extrajudicial: O divorcio ou a separação podem ser pela forma
judicial ou pela forma extrajudicial. Para ser extrajudicial, o cartório de notas
que faz o divórcio ou separação através de escritura pública, tem requisitos,
não pode ter litígio ou nem pode ter interesses de incapazes, se tiver um

23
desses requisitos tem que ser da forma judicial a separação ou o divórcio. No
cartório a vantagem é que é mais célere e menos burocrático, se não tiver bens
é barato, agora se tiver bens, é complicado, porque fica caro.
Litigioso ou consensual litigioso é quando não tem consenso e o
consensual é quando tem acordo. Se for litigioso, o divórcio ou a separação, os
tribunais não estão preocupados em fixar em quem foi o culpado pela
dissolução, porque a pessoa que foi culpada não vai sofrer nada, ela terá todos
os direitos, com relação aos filhos não afeta nada, o que pode afetar é que o
culpado pode perder o direito de usar o nome e a questão dos alimentos, o
culpado se provar a necessidade ele pode vir a receber alimentos. Portanto
atribuir culpa a um dos cônjuges é quase insignificância.

a) Consensual: Também chamada de amigável, quando os cônjuges chegam


a um acordo, quanto há partilha de bens ou não, já chegaram a um acordo com
relação aos filhos, alimentos, visitas, e coloca-se em uma petição onde as
partes assinam, o juiz assim dispensará a audiência, apenas homologando o
acordo. Sobre a questão material, pode-se requerer de forma consensual e
posteriormente se discutir a partilha de bens, que será feita oportunamente. A
partilha não é condição para a forma consensual. É a forma mais tranqüila,
porque as cláusulas já foram redigidas e elaboradas.
b) Litigiosa ou separação – sanção: Quando os conjugues não chegam a um
acordo, um conjugue pode entrar contra o outro, porém a petição inicial tem
que ser motivada, alegando o motivo que quer separar, mas tem que ter
provas. É necessário um motivo comprovado.
1- Deve ser motivada
2- Motivos
Art. 1572 do CC: Qualquer cônjuge poderá propor a ação de
divórcio/separação, alegando fatos que tornam a convivência insuportável, ou
quando violou os deveres do casamento. O autor terá que apontar um dever
violado e provar a acusação. A ação quando proposta será feita a designação
de uma audiência de conciliação e mediação. A parte ré não receberá a contra
fé, apenas a citação e mediação pra essa audiência de conciliação, pra tentar
uma maneira consensual. No caso de a conciliação ser infrutífera receberá a
contra fé e terá 15 dias pra contestar.

Art. 1.572. Qualquer dos cônjuges poderá propor a ação de


separação judicial, imputando ao outro qualquer ato que
importe grave violação dos deveres do casamento e torne
insuportável a vida em comum.
§ 1o A separação judicial pode também ser pedida se um dos
cônjuges provar ruptura da vida em comum há mais de um ano
e a impossibilidade de sua reconstituição.
§ 2o O cônjuge pode ainda pedir a separação judicial quando o
outro estiver acometido de doença mental grave, manifestada
após o casamento, que torne impossível a continuação da vida
em comum, desde que, após uma duração de dois anos, a
enfermidade tenha sido reconhecida de cura improvável

Art. 1573 do CC- Rol exemplificativo

24
Art. 1.573. Podem caracterizar a impossibilidade da comunhão
de vida a ocorrência de algum dos seguintes motivos:
I - adultério;
II - tentativa de morte;
III - sevícia ou injúria grave;
IV - abandono voluntário do lar conjugal, durante um ano
contínuo;
V - condenação por crime infamante;
VI - conduta desonrosa.
Parágrafo único. O juiz poderá considerar outros fatos que
tornem evidente a impossibilidade da vida em comum.

Violação dos deveres do casamento: Deveres do casamento artigo 1566


do CC.

Art. 1.566. São deveres de ambos os cônjuges:


I - fidelidade recíproca;
II - vida em comum, no domicílio conjugal;
III - mútua assistência;
IV - sustento, guarda e educação dos filhos;
V - respeito e consideração mútuos.

Conduta desonrosa: Conceito amplo


Comprovar a insuportabilidade de vida em comum: A convivência tem
que estar insuportável.
Conversão litigioso em consensual: Tentativa de passar de litigioso a
consensual em uma audiência de conciliação e mediação.
Separação - remédio art. 1572, § 2º CC: Se provar que o cônjuge foi
acometido com uma doença mental grave por no mínimo dois anos, pode
requerer a separação, desde que provado que seja cura improvável. Doença
tem que ser contraída após o casamento e tornar insuportável o convívio. Se a
pessoa já tinha a enfermidade ou deficiência e o outro desconhecia acabando
se casando, se o cônjuge tomar conhecimento posteriormente ao casamento é
motivo pra requerer o divórcio e não para anulação ou nulidade. Pode
caracterizar impossibilidade de comunhão de vida: o adultério, os maus tratos
(verbais, físicos e morais), abandono de lar, condenação por crime infamante e
conduta desonrosa, ou qualquer fato que torne insuportável a vida em comum.
Direto ou conversão

10ª Aula - 21/03/2016

1574 do CC (revogado emenda 66) O juiz pode revogar a homologação se


aprovar que a convenção não tenha interesse dos filhos ou um dos cônjuges.
Se verificar que alguém está saindo no prejuízo.

Art. 1.574. Dar-se-á a separação judicial por mútuo


consentimento dos cônjuges se forem casados por mais de um
ano e o manifestarem perante o juiz, sendo por ele
devidamente homologada a convenção.
Parágrafo único. O juiz pode recusar a homologação e não
decretar a separação judicial se apurar que a convenção não

25
preserva suficientemente os interesses dos filhos ou de um dos
cônjuges.

1575 do CC: A partilha de bens não precisa ser discutida no mesmo


processo.

Art. 1.575. A sentença de separação judicial importa a


separação de corpos e a partilha de bens.
Parágrafo único. A partilha de bens poderá ser feita mediante
proposta dos cônjuges e homologada pelo juiz ou por este
decidida.

1576 do CC: A dissolução coloca fim a coabitação.

Art. 1.576. A separação judicial põe termo aos deveres de


coabitação e fidelidade recíproca e ao regime de bens.
Parágrafo único. O procedimento judicial da separação caberá
somente aos cônjuges, e, no caso de incapacidade, serão
representados pelo curador, pelo ascendente ou pelo irmão.

1577 do CC: É lícito ao cônjuge se restabelecer com o cônjuge, isso se for


separação, que voltará ao estado de casado através de requerimento da parte.
Se for divórcio não tem jeito. A reconciliação não prejudicará terceiros, se tem
um bem que ficou pra ela e vende o bem, o restabelecimento não prejudica
terceiros, porque na verdade vendeu apenas o bem que tinha direito de acordo
com a partilha.

Art. 1.577. Seja qual for a causa da separação judicial e o


modo como esta se faça, é lícito aos cônjuges restabelecer, a
todo tempo, a sociedade conjugal, por ato regular em juízo.
Parágrafo único. A reconciliação em nada prejudicará o direito
de terceiros, adquirido antes e durante o estado de separado,
seja qual for o regime de bens.

1578 do CC: O cônjuge que deu causa a separação/divórcio perde direito ao


sobrenome se for requerido; mas desde que não cause prejuízo ou no caso de
o nome ficar diferente do da prole não perde o direito. O cônjuge inocente
poderá renunciar de usar o sobrenome do outro. Se a separação for decretada,
seja consensual ou litigiosa, se optou a continuar com o nome de casado, no
futuro poderá voltar a usar o nome de solteiro desde que requeira ao juiz. Mas
se na separação retornou ao nome de solteiro, no futuro não poderá requerer o
uso do nome de casado novamente.

Art. 1.578. O cônjuge declarado culpado na ação de separação


judicial perde o direito de usar o sobrenome do outro, desde
que expressamente requerido pelo cônjuge inocente e se a
alteração não acarretar:
I - evidente prejuízo para a sua identificação;
II - manifesta distinção entre o seu nome de família e o dos
filhos havidos da união dissolvida;
III - dano grave reconhecido na decisão judicial.

26
§ 1o O cônjuge inocente na ação de separação judicial poderá
renunciar, a qualquer momento, ao direito de usar o sobrenome
do outro.
§ 2o Nos demais casos caberá a opção pela conservação do
nome de casado.

1579 do CC: Não modifica os deveres com relação aos filhos. Novo
casamento dos pais não pode trazer restrição com relação aos filhos.

Art. 1.579. O divórcio não modificará os direitos e deveres dos


pais em relação aos filhos.
Parágrafo único. Novo casamento de qualquer dos pais, ou de
ambos, não poderá importar restrições aos direitos e deveres
previstos neste artigo.

1580 do CC: O prazo caiu com a emenda de 2010.

Art. 1.580. Decorrido um ano do trânsito em julgado da


sentença que houver decretado a separação judicial, ou da
decisão concessiva da medida cautelar de separação de
corpos, qualquer das partes poderá requerer sua conversão em
divórcio.
§ 1o A conversão em divórcio da separação judicial dos
cônjuges será decretada por sentença, da qual não constará
referência à causa que a determinou.
§ 2o O divórcio poderá ser requerido, por um ou por ambos os
cônjuges, no caso de comprovada separação de fato por mais
de dois anos.

1581 do CC: Não precisa de prévia partilha de bens.

Art. 1.581. O divórcio pode ser concedido sem que haja prévia
partilha de bens.

1582 do CC: Somente competirá aos cônjuges requerer o divórcio, mas


pode ser feito pelo curador, ascendente ou irmão. A separação que está
disposto na 1576, § único, caberá somente aos conjugues e poderão ser
representados.

Art. 1.582. O pedido de divórcio somente competirá aos


cônjuges.
Parágrafo único. Se o cônjuge for incapaz para propor a ação
ou defender-se, poderá fazê-lo o curador, o ascendente ou o
irmão.

11ª Aula - 23/03/2016

DA ESPÉCIE DO CASAMENTO

Art. 1565 do CC: Quando se fala em “qualquer nubentes” refere-se ao


casamento constituído por pessoas do mesmo sexo ou pessoas de sexo
distintos. No Brasil não existe nenhuma restrição em relação ao planejamento
familiar.
27
Art. 1.565. Pelo casamento, homem e mulher assumem
mutuamente a condição de consortes, companheiros e
responsáveis pelos encargos da família.
§ 1o Qualquer dos nubentes, querendo, poderá acrescer ao
seu o sobrenome do outro.
§ 2o O planejamento familiar é de livre decisão do casal,
competindo ao Estado propiciar recursos educacionais e
financeiros para o exercício desse direito, vedado qualquer
tipo de coerção por parte de instituições privadas ou públicas.

Art. 1566 do CC: II- Vida em comum: o cônjuge pode sair para trabalhar,
ficar um tempo fora, que não irá descaracterizar o casamento. Hoje se defende
a idéia de viver em lares separados, que não se irá descaracterizar o
casamento, devendo obrigatoriamente os cônjuges cumprirem seus deveres
conjugais. III- Mútua assistência: Envolve âmbito econômico, espiritual e moral,
se caracterizará crime de abandono material caso um dos cônjuges não
cumpram suas obrigações. V- Respeito e consideração: envolve a fidelidade
em amplo sentido, se houver violação cabe divórcio.

Art. 1.566. São deveres de ambos os cônjuges:


I – fidelidade recíproca;
II – vida em comum, no domicílio conjugal;
III – mútua assistência;
IV – sustento, guarda e educação dos filhos;
V – respeito e consideração mútuos.

Art. 1567 do CC: Tanto o homem quanto a mulher possuem


responsabilidades sobre os direitos, deveres e decisões referente a família, se
os cônjuges entram em divergência de interesses, poderão recorrer ao
judiciário.

Art. 1.567. A direção da sociedade conjugal será exercida, em


colaboração, pelo marido e pela mulher, sempre no interesse
do casal e dos filhos.
Parágrafo único. Havendo divergência, qualquer dos cônjuges
poderá recorrer ao juiz, que decidirá tendo em consideração
aqueles interesses.

Art. 1568 do CC: Ambos devem contribuir com as despesas e deveres, seja
entre os cônjuges ou entre a prole.

Art. 1.568. Os cônjuges são obrigados a concorrer, na


proporção de seus bens e dos rendimentos do trabalho, para o
sustento da família e a educação dos filhos, qualquer que seja
o regime patrimonial.

Art. 1569 do CC: Nada impede que um dos cônjuges se afaste do lar, que
não será considerado abandono de lar.

Art. 1.569. O domicílio do casal será escolhido por


ambos os cônjuges, mas um e outro podem ausentar-se
do domicílio conjugal para atender a encargos públicos,
ao exercício de sua profissão, ou a interesses articulares

28
relevantes.

Art. 1570 do CC: Na ausência de um cônjuge, nas situações previstas no


Art. 1570 do CC, o outro poderá assumir integralmente as responsabilidades.

Art. 1.570. Se qualquer dos cônjuges estiver em lugar remoto


ou não sabido, encarcerado por mais de cento e oitenta dias,
interditado judicialmente ou privado, episodicamente, de
consciência, em virtude de enfermidade ou de acidente, o
outro exercerá com exclusividade a direção da família,
cabendo-lhe a administração dos bens.

Direito a sucessão é outro direito previsto no casamento, e também direito a


alimentos.

DA PROTEÇÃO DA PESSOA DOS FILHOS

Art. 1583 do CC: Unilateral: quando os filhos menores ficam com o pai OU
com a mãe. Compartilhada: Quando o pai E a mãe juntos, tem
responsabilidades sobre os filhos menores. Guarda Alternada: ex. o filho menor
fica 15 dias na casa do pai e 15 dias na casa da mãe, ele possui residência fixa
em ambas. Guarda Compartilhada: O menor poderá ter residência física
apenas na casa da mãe ou do pai, podendo alternar entre ambas de acordo
com as necessidades dos pais.

Art. 1.583. A guarda será unilateral ou compartilhada.


(Redação dada pela Lei nº 11.698, de 2008).
§ 1o Compreende-se por guarda unilateral a atribuída a um só
dos genitores ou a alguém que o substitua (art. 1.584, § 5o) e,
por guarda compartilhada a responsabilização conjunta e o
exercício de direitos e deveres do pai e da mãe que não vivam
sob o mesmo teto, concernentes ao poder familiar dos filhos
comuns. (Incluído pela Lei nº 11.698, de 2008).
§ 2o A guarda unilateral será atribuída ao genitor que revele
melhores condições para exercê-la e, objetivamente, mais
aptidão para propiciar aos filhos os seguintes fatores: (Incluído
pela Lei nº 11.698, de 2008).
§ 2o Na guarda compartilhada, o tempo de convívio com os
filhos deve ser dividido de forma equilibrada com a mãe e com
o pai, sempre tendo em vista as condições fáticas e os
interesses dos filhos: (Redação dada pela Lei nº 13.058, de
2014)
I - afeto nas relações com o genitor e com o grupo familiar;
(Incluído pela Lei nº 11.698, de 2008).
I - (revogado); (Redação dada pela Lei nº 13.058, de 2014)
II - saúde e segurança; (Incluído pela Lei nº 11.698, de 2008).
II - (revogado); (Redação dada pela Lei nº 13.058, de 2014)
III - educação. (Incluído pela Lei nº 11.698, de 2008).
III - (revogado). (Redação dada pela Lei nº 13.058, de 2014)
§ 3o A guarda unilateral obriga o pai ou a mãe que não a
detenha a supervisionar os interesses dos filhos. (Incluído pela
Lei nº 11.698, de 2008).
§ 3º Na guarda compartilhada, a cidade considerada base de

29
moradia dos filhos será aquela que melhor atender aos
interesses dos filhos. (Redação dada pela Lei nº 13.058, de
2014)
§ 4o (VETADO). (Incluído pela Lei nº 11.698, de 2008).
§ 5º A guarda unilateral obriga o pai ou a mãe que não a
detenha a supervisionar os interesses dos filhos, e, para
possibilitar tal supervisão, qualquer dos genitores sempre será
parte legítima para solicitar informações e/ou prestação de
contas, objetivas ou subjetivas, em assuntos ou situações que
direta ou indiretamente afetem a saúde física e psicológica e a
educação de seus filhos. (Incluído pela Lei nº 13.058, de 2014)

Poder familiar: O poder que os pais tem em relação aos filhos menores,
este poder é dado de forma automática, desde o nascimento. Só ocorre a
perda do poder familiar caso a criança seja apresentada para a adoção, a
família que adotá-la passa a exercer o poder familiar. Em caso da perca de
guarda os pais continuam exercendo o poder familiar. Poder familiar é exercido
apenas em relação ao menor.

Art. 1584 CC.

Art. 1.584. A guarda, unilateral ou compartilhada, poderá ser:


(Redação dada pela Lei nº 11.698, de 2008).
I - requerida, por consenso, pelo pai e pela mãe, ou por
qualquer deles, em ação autônoma de separação, de divórcio,
de dissolução de união estável ou em medida cautelar;
(Incluído pela Lei nº 11.698, de 2008).
II - decretada pelo juiz, em atenção a necessidades
específicas do filho, ou em razão da distribuição de tempo
necessário ao convívio deste com o pai e com a mãe. (Incluído
pela Lei nº 11.698, de 2008).
§ 1o Na audiência de conciliação, o juiz informará ao pai e à
mãe o significado da guarda compartilhada, a sua importância,
a similitude de deveres e direitos atribuídos aos genitores e as
sanções pelo descumprimento de suas cláusulas. (Incluído
pela Lei nº 11.698, de 2008).
§ 2o Quando não houver acordo entre a mãe e o pai quanto à
guarda do filho, será aplicada, sempre que possível, a guarda
compartilhada. (Incluído pela Lei nº 11.698, de 2008).
§ 2o Quando não houver acordo entre a mãe e o pai quanto à
guarda do filho, encontrando-se ambos os genitores aptos a
exercer o poder familiar, será aplicada a guarda
compartilhada, salvo se um dos genitores declarar ao
magistrado que não deseja a guarda do menor. (Redação
dada pela Lei nº 13.058, de 2014)
§ 3o Para estabelecer as atribuições do pai e da mãe e os
períodos de convivência sob guarda compartilhada, o juiz, de
ofício ou a requerimento do Ministério Público, poderá basear-
se em orientação técnico-profissional ou de equipe
interdisciplinar. (Incluído pela Lei nº 11.698, de 2008).
§ 3o Para estabelecer as atribuições do pai e da mãe e os
períodos de convivência sob guarda compartilhada, o juiz, de
ofício ou a requerimento do Ministério Público, poderá basear-
se em orientação técnico-profissional ou de equipe

30
interdisciplinar, que deverá visar à divisão equilibrada do
tempo com o pai e com a mãe. (Redação dada pela Lei nº
13.058, de 2014)
§ 4o A alteração não autorizada ou o descumprimento
imotivado de cláusula de guarda, unilateral ou compartilhada,
poderá implicar a redução de prerrogativas atribuídas ao seu
detentor, inclusive quanto ao número de horas de convivência
com o filho. (Incluído pela Lei nº 11.698, de 2008).
§ 4o A alteração não autorizada ou o descumprimento
imotivado de cláusula de guarda unilateral ou compartilhada
poderá implicar a redução de prerrogativas atribuídas ao seu
detentor. (Redação dada pela Lei nº 13.058, de 2014)
§ 5o Se o juiz verificar que o filho não deve permanecer sob a
guarda do pai ou da mãe, deferirá a guarda à pessoa que
revele compatibilidade com a natureza da medida,
considerados, de preferência, o grau de parentesco e as
relações de afinidade e afetividade. (Incluído pela Lei nº
11.698, de 2008).
§ 5o Se o juiz verificar que o filho não deve permanecer sob a
guarda do pai ou da mãe, deferirá a guarda a pessoa que
revele compatibilidade com a natureza da medida,
considerados, de preferência, o grau de parentesco e as
relações de afinidade e afetividade. (Redação dada pela Lei nº
13.058, de 2014)
§ 6o Qualquer estabelecimento público ou privado é obrigado
a prestar informações a qualquer dos genitores sobre os filhos
destes, sob pena de multa de R$ 200,00 (duzentos reais) a R$
500,00 (quinhentos reais) por dia pelo não atendimento da
solicitação. (Incluído pela Lei nº 13.058, de 2014)

Art. 1585 do CC:

Art. 1.585. Em sede de medida cautelar de separação de


corpos, em sede de medida cautelar de guarda ou em outra
sede de fixação liminar de guarda, a decisão sobre guarda de
filhos, mesmo que provisória, será proferida preferencialmente
após a oitiva de ambas as partes perante o juiz, salvo se a
proteção aos interesses dos filhos exigir a concessão de
liminar sem a oitiva da outra parte, aplicando-se as
disposições do art. 1.584.

Art. 1586 do CC:

Art. 1.586. Havendo motivos graves, poderá o juiz, em


qualquer caso, a bem dos filhos, regular de maneira diferente
da estabelecida nos artigos antecedentes a situação deles
para com os pais.

Art. 1587 do CC:

Art. 1.587. No caso de invalidade do casamento, havendo


filhos comuns, observar-se-á o disposto nos arts.
1.584 e 1.586.

31
Art. 1588 do CC:

Art. 1.588. O pai ou a mãe que contrair novas núpcias não


perde o direito de ter consigo os filhos, que só lhe poderão ser
retirados por mandado judicial, provado que não são tratados
convenientemente.

Art. 1589 do CC:

Art. 1.589. O pai ou a mãe, em cuja guarda não estejam os


filhos, poderá visitá-los e tê-los em sua companhia, segundo o
que acordar com o outro cônjuge, ou for fixado pelo juiz, bem
como fiscalizar sua manutenção e educação.
Parágrafo único. O direito de visita estende-se a qualquer dos
avós, a critério do juiz, observados os interesses da criança ou
do adolescente.

Art. 1590 do CC:

Art. 1.590. As disposições relativas à guarda e prestação de


alimentos aos filhos menores estendem-se aos maiores
incapazes.

12ª Aula - 28/03/2016

PARENTESCO

É o vínculo entre pessoas provenientes do mesmo ancestral, ao passo que


afinidade é o vínculo que se estabelece entre o cônjuge ou companheiro e os
parentes do outro

Espécies
a) Natural: Consangüíneo, tem uma relação de um mesmo ancestral, relação
consangüínea entre as pessoas;
b) Civil: Adoção, cujos efeitos são equiparados por consangüinidade.
c) Afinidade: Afim, são os parentes consangüíneos do meu cônjuge ou do
meu companheiro, são meus parentes por afinidade. Todos os parentes do
cônjuge são também meus parentes.

Linhas:
a) Reta: Um descende do outro em linha reta, parentes infinitamente.
b) Colateral: Um não descende do outro, mas tem um tronco em comum,
parente até o 4º grau. Na linha colateral não existe parente de 1º grau, começa
no segundo grau e vai até o quarto.

Entre marido e mulher (cônjuges e companheiros) não existe


parentesco.
QUESTÕES:

1) Considerando você como principal, defina o parentesco:

32
a) Sogro: Afinidade, linha reta ascendente, primeiro grau
b) Enteado: Afinidade, linha reta descendente, primeiro grau
c) Filho do primo: Não é parente (5º grau)
d) Tio avô: Natural (consangüinidade), linha colateral, 4º grau
e) Bisneto: Natural (consangüinidade), linha reta descendente, 3º grau
f) Filho por adoção: Civil, linha reta descendente, 1 º grau
g) Genro: Afinidade, linha reta descendente, 1º grau (o genro e a nora se
equiparam ao seu filho)

13ª Aula - 30/03/2016

FILIAÇÃO

É o vínculo de parentesco com a pessoa que a gerou ou a adotou – art.


1596, CC: quando falamos de filiação a relação de parentesco é de
consangüinidade, vínculo de parentesco de primeiro grau da linha reta. Todos
os filhos são considerados filhos, não tem distinção no que diz respeito a
filiação, porém o código de 1916 fazia essa distinção, porém hoje não se faz
mais essa distinção, sendo todos filhos.

Art. 1.596. Os filhos, havidos ou não da relação de casamento,


ou por adoção, terão os mesmos direitos e qualificações,
proibidas quaisquer designações discriminatórias relativas à
filiação.

CC/1916
a) Legítimos de origem: Filhos considerados quando os pais já eram casados
entre si, esse era considerado o melhor filho;
b) Legítimos por assimilação ou legitimados: Eram os pais solteiros, sem
proibição para o casamento, e o filho foi concebido nessas hipóteses, e
posteriormente os pais casaram entre si, tornando esse filho legitimo por
assimilação;
c) Legítimos por equiparação: Filho que derivava do casamento, e que essa
relação foi anulada;
d) Ilegítimos naturais: Os pais não eram casados entre si, porém os pais não
tinham impedimentos para o casamento, nasceu o filho, só que casal não
chegou a casar posteriormente;
e) Ilegítimos adulterinos: Eram aqueles que um dos pais tinham
impedimentos para o casamento porque já era casado.
Espúrios
f) Ilegítimos incestuosos: Fruto do relacionamento daqueles que eram
impedidos de casar entre si.
g) Civil: Decorrente da adoção

CF/88 e art. 1596 CC

PRESUNÇÃO DE PATERNIDADE

33
Art. 1597 do CC: A presunção de paternidade ocorre quando é
aquele filho que nasceu durante o casamento ou durante os 300
dias após a dissolução da sociedade conjunção. Esse filho vai ser
registrado no nome do marido, porque existe a presunção de paternidade.
Após o registro, cabe ao pai entrar com uma ação negatória de paternidade.
Temos as hipóteses estabelecidas no artigo.

Art. 1.597. Presumem-se concebidos na constância do


casamento os filhos:
I - nascidos cento e oitenta dias, pelo menos, depois de
estabelecida a convivência conjugal;
II - nascidos nos trezentos dias subsequentes à dissolução da
sociedade conjugal, por morte, separação judicial, nulidade e
anulação do casamento;
III - havidos por fecundação artificial homóloga, mesmo que
falecido o marido;
IV - havidos, a qualquer tempo, quando se tratar de embriões
excedentários, decorrentes de concepção artificial homóloga;
V - havidos por inseminação artificial heteróloga, desde que
tenha prévia autorização do marido.

I- O prazo de 180 dias é contado do inicio da convivência conjugal, porque as


vezes a pessoa casa e ela não tem logo em seguida o inicio da convivência
conjugal, então o prazo de 180 observa essa questão, contando a partir da
convivência conjugal e não do casamento, porque a pessoa pode casar um dia
e demorar a ter a convivência conjugal, como ocorre com quem casa por
procuração.
II- Os nascidos nos 300 dias subseqüentes da dissolução da sociedade
conjugal, entre outros. Esse inciso não faz menção ao divórcio, mas temos
que entender o divórcio nesse caso também, em decorrência da emenda
constitucional 66.
III- Fecundação artificial homologa é quando utiliza o material do marido e da
esposa, fazendo assim uma fecundação artificial com esse material. Portanto,
se o marido tiver falecido e fizer essa fecundação, essa criança será tida e
havida como sendo do marido. Se essa fecundação for feita em uma barriga de
aluguel com o material do casal, neste caso não tem resposta, vai da
discussão.
IV- Embriões excedentários são aqueles criados em laboratórios, porém não
introduzidos no ventre materno, a qualquer tempo que ocorrer a concepção
poderá ser considerado tido e havido do marido.
V- Inseminação heteróloga é com material genético de outra pessoa, que não
seja o marido.

Art. 1598 do CC: Se a mulher ficar viúva, ai depois de quinze dias ela se
casa novamente, ai nasce uma criança com entre os 300 dias, no 299º dia,
neste caso cabe nas duas opções, no de 180 dias e no de 300 dias. Se ele
nascer depois dos 300 e passar os 180 dias será do segundo casamento.

Art. 1.598. Salvo prova em contrário, se, antes de decorrido o


prazo previsto no inciso II do art. 1.523, a mulher contrair novas

34
núpcias e lhe nascer algum filho, este se presume do primeiro
marido, se nascido dentro dos trezentos dias a contar da data
do falecimento deste e, do segundo, se o nascimento ocorrer
após esse período e já decorrido o prazo a que se refere o
inciso I do art. 1597.

Art. 1599 do CC: A prova da impotência para gerar ela ilide a presunção de
paternidade, ela afasta a presunção de paternidade.

Art. 1.599. A prova da impotência do cônjuge para gerar, à


época da concepção, ilide a presunção da paternidade.

Art. 1600 do CC: Não basta ela confessar que traiu o marido que não afasta
a presunção de paternidade, mesmo ela falando isso a criança será registrada.

Art. 1.600. Não basta o adultério da mulher, ainda que


confessado, para ilidir a presunção legal da paternidade.

Na união estável não se aplica a presunção de paternidade.


14ª Aula - 04/04/2016

AÇÃO NEGATIVA DE PATERNIDADE-ART. 1601 CC

Art. 1.601. Cabe ao marido o direito de contestar a paternidade


dos filhos nascidos de sua mulher, sendo tal ação
imprescritível.
Parágrafo único. Contestada a filiação, os herdeiros do
impugnante têm direito de prosseguir na ação.

Tem o objetivo de desfazer a presunção ‘pater in est’: Tem o objetivo de


desfazer a presunção de paternidade, que é quando o marido acha que o filho
não é seu. Essa presunção de paternidade decorre do casamento, união
estável não gera essa presunção de paternidade e nos outros casos sem haver
o casamento não existe a presunção da paternidade. A presunção de
paternidade é um instituto próprio do casamento.
Legitimidade – marido: Somente o marido que tem legitimidade
Se o marido falecer antes: seus herdeiros não poderão propô-la: Não
tem ninguém que posso entrar com ação negatória de paternidade, a
legitimidade é personalíssima, e é só do marido, os herdeiros podem continuar
a ação, jamais iniciá-la
a) Após o ajuizamento: os herdeiros poderão continuar
É imprescritível: A qualquer momento o marido pode entrar com a ação
negatória de paternidade, dependendo do tempo que levar para entrar com a
ação, pode ocorrer que ele não ganhe ação devida existir hoje o instituto da
paternidade socioafetiva, que poderá ser alegada pelo filho.
Sujeito passivo da relação processual: filho: Ele que vai ser sujeito
passivo, representado menor de 16 anos, ou assistido, entre 16 e 18 anos.
Foro competente: domicilio do réu - no caso, o filho
Rito: ordinário

35
Participação do MP: ‘custas legis”: Como fiscal da lei, o MP não tem
legitimidade para propor essa ação, mas ele é fiscal da lei.
Direito indisponível: não cabe reconhecimento do pedido: Ainda que o
filho fale que não é filho e reconheça a ação, ele reconhece do pedido, mas
essa ação não admite reconhecimento do pedido, tem que ter produção de
provas e o juiz tem que julgar depois.
Não cabe revelia: Se o filho não contestar a ação não quer dizer que vai ser
julgada procedente, pois o processo existirá.
Efeitos da sentença: “ex tunc” – concepção: Os efeitos retroagem

AÇÃO NEGATÓRIA DE FILIAÇÃO

Proposta pelo filho: É uma ação proposta pelo filho


a) Herdeiros: se o filho morreu incapaz ou menor: Seus herdeiros tem
legitimidade para entrar com a ação, eles podem iniciar a ação negatória de
filiação.
b) Filho capaz: morte – herdeiros poderão continuar: Só poderão continuar
a ação que foi proposta pelo filho.
Deve-se provar o erro: Tem que provar o erro que consta no termo de
nascimento, que ele não é filho da pessoa que consta no registro.
Ação negatória c/c investigação: A pessoa entra contra o pai registral para
tirá-lo do termo de nascimento, e no mesmo processo ele entra com pedido de
incluir o nome do pai, que acredita ser, no registro.

A ação de investigação de paternidade tem que ser feita contra


os herdeiros e não o espólio, isso quando o pai já faleceu.
PROVA DA FILIAÇÃO

Certidão do termo de nascimento: Você prova que é filho de alguém


através da certidão do termo de nascimento, qualquer pessoa consegue esse
certidão de qualquer pessoa, tendo que ser solicitado no cartório que a pessoa
foi registrada. A prova da filiação é através do termo de nascimento, através da
certidão.
Falta ou defeito do termo: A pessoa é registrada e o cartório, os livros,
foram destruídos por algum motivo, que a pessoa não consegue mais tirar a
certidão, nesse caso a pessoa pode provar a filiação por qualquer meio
admitido no direito  de ausência de termo: Se nunca teve o termo de
nascimento, nesse caso não consegue suprir a falta dessa prova, ai tem que
entrar com uma ação de investigação de paternidade.
1- qualquer meio: Pode se provar por qualquer meio em direito permitidos
quando tem a falta ou defeito do termo, tendo que provar que ocorreu essa
falta ou defeito do termo.
a) começo de prova escrita: Tem que ter pelo menor um inicio de prova
escrita da filiação.
b) “nominatio”: Que o filho tenha o sobrenome dos pais.
“tractatus”: Ele era tratado como filho pelos pais.
“reputatio”: Que ele era conhecido e reconhecido como filho dos seus pais
pela sociedade.

36
QUESTIONÁRIO:

1. Qual o conceito de casamento?


R: É a união formal entre duas pessoas, com o objetivo de constituírem família
legítima (união formal, porque hoje temos a união estável que não é uma união
formal/solene. O casamento é um dos atos jurídicos mais solenes, formais do
direito civil, se as regras não forem observadas, pode gerar invalidade do
casamento. Hoje existe casamento entre pessoas do mesmo sexo)

2. Qual a natureza jurídica do casamento?


R: São 3 teorias
1- Teoria institucionalista (essa teoria defende que o casamento é uma
instituição social em que os contraentes aderem a regras públicas, ou seja, a
regras cogentes. Não haveria possibilidade de alteração das regras, a teoria
não é aceita na sua plenitude. As regras patrimoniais podem sofrer alterações,
com relação ao regime de bens. A teoria não é totalmente aceita pelo fato que
as regras patrimoniais podem ser alteradas pelos contraentes)
2- Teoria clássica ou individualista (que o casamento é meramente um
contrato. Não seria um contrato típico, porque qualquer cláusula poderia ser
alterada, mas no casamento existem coisas que não podem ser alteradas. O
CC determina algumas regras com celebração do casamento, como por
exemplo, o maior de 70 só poder casar em regime separação de bens. Se
fosse um contrato tradicional, todas as cláusulas poderiam ser alteradas)
3- Teoria eclética (Adotamos essa teoria. Esta entre as duas
anteriores. Fala que o casamento é um contrato de direito de família, ou seja,
um contrato com regras especiais, segundo o que dispõe o próprio código civil.
Adotou-se um pouco das duas outras teorias. Tem sua forma própria de ser
elaborado.)

3. O que são impedimentos dirimentes e impedientes? Quais as


consequências da inobservância de tais impedimentos?
R: Impedimentos Impedientes: Art. 1523 CC. O casamento Irregular (o
casamento contraído com inobservância do disposto no art. 1523 do CC, será
válido, porém implica uma causa suspensiva, que tem como conseqüência a
aplicação obrigatório do regime de separação de bens). A conseqüência é que
o casamento passa a ser de separação total.
Impedimentos Dirimentes: É a falta de legitimação para se casar com certa
pessoa; Art. 1521 CC. A consequência é a nulidade do casamento.

4. O ordenamento jurídico atribui efeitos ao casamento contraído sem a


presença do juiz de casamentos? Em que circunstância?
R: Sim. Casamento religioso com efeitos civis – art. 1515. O casamento
religioso, que atender às exigências da lei para a validade do casamento civil,
equipara-se a este, desde que registrado no registro próprio, produzindo efeitos
a partir da data de sua celebração.
Casamento Nuncupativo: Casamento 'in extremis' ou em 'atributo mortis'
(situação extrema).1540 CC.

37
5. O que é casamento putativo?Quais os efeitos da sentença que assim o
declara?
R: Putativo é o casamento nulo ou anulável, mas contraído de boa fé) (se foi
contraído de boa fé, os efeitos passam a ser ex nunc, e não ex tunc. Ex. dois
irmãos desconhecem a relação de parentesco entre eles, acabam se casando
e lá na frente descobre que são irmãos, o casamento é nulo, porém é putativo,
passando os efeitos serem ex nunc.. No caso de um contratante de boa fé e o
outro não, o de boa fé volta ao estado civil anterior, sendo os efeitos ex nunc, e
o contraente de boa fé ex tunc). Antes da sentença não pode contrair novas
núpcias (depois de transitado em julgado, volta a situação anterior). Não pode
ser decretado de ofício.
Efeitos:
a) Válido regime até a decisão: Se um bem foi adquirido até a decisão, o
regime de bens vai produzir efeitos até a decisão que decretar a nulidade ou
anulação e assim considerar a putatividade. Os interessados que terão que
requer a putatividade e requerer os seus efeitos, não pode ser decretado de
ofício pelo juiz.
b) Uso nome: Poderá continuar a usar o sobrenome do outro.
c) Pensão alimentícia: Aquele que está de boa-fé poderá requer pensão
alimentícia do outro, caso ele necessite. Para a pensão alimentícia a parte tem
que provar a necessidade da pensão, e que o outro tem possibilidade de pagar.
Portanto no casamento putativo tem direito a pensão, observando os dois
requisitos: necessidade em receber a pensão e possibilidade de pagar.
d) Após a morte - direito à herança: Se a nulidade ou anulação se der após a
morte de um dos cônjuges o sobrevivente terá direito a herança, porém esse
sobrevivente tem que ser aquele que contraiu o casamento de boa
fé, o casamento putativo tem que ser aplicado a ele, com seus efeitos, para ter
direito a herança, se acordo com o direito das sucessões.
e) Cônjuge menor continua emancipado: O cônjuge menor considerado
putativo não volta a condição de incapacidade, ele continua emancipado, se a
ele for aplicado os efeitos da putatividade.
f) Validade das doações em contemplação ao matrimônio: Se um dos
cônjuges for agraciado com uma doação e essa doação beneficiar o outro
cônjuge, esse cônjuge terá direito se os efeitos da putatividade atingir ele.
g) Validade dos negócios pelos cônjuges (teoria da aparência): Ainda que
não haja a aplicação da putatividade, entende a doutrina, que o negócio
praticado pela cônjuge com terceiros, tem validade, porque o terceiro não tem
como saber que aquele casamento é nulo ou anulável, porque o terceiro não
pode ser prejudicado no negócio.

6. O que é casamento irregular e quais os seus efeitos?


R: Casamento Irregular (o casamento contraído com inobservância do disposto
no art. 1523 do CC, será válido, porém implica uma causa suspensiva, que tem
como conseqüência a aplicação obrigatório do regime de separação de bens)
A conseqüência é que o casamento passa a ser de separação total.

7. O casamento religioso produz efeitos civis? Quando?


R: O casamento religioso, que atender às exigências da lei para a validade do
casamento civil, equipara-se a este, desde que registrado no registro próprio,
produzindo efeitos a partir da data de sua celebração. art. 1515

38
8. O ordenamento jurídico admite casamento por procuração? Quais os
requisitos exigidos para a sua validade?
R: Sim. Procuração pública e são exigidos poderes especiais: procuração
pública com poderes especiais, poderes específicos para representar. Ambas
as partes podem ser representados. Ouvida a manifestação dos nubentes que
ambos querem casar por livre e espontânea vontade o juiz declarará que estão
casados em nome da lei. Prazo de validade de 90 dias da procuração.

9. Quais os requisitos essenciais para a validade do casamento?


R: Formal, tem que ser solene, obedecer as regras impostas pelo Direito Civil e
Plurilateral, depende da manifestação de vontade dos dois. (Celebração na
forma da lei, manifestação de vontades)

10. Qual a diferença entre o casamento inexistente e o casamento nulo?


R: Casamento Inexistente é aquele que realmente não existe, porque os
elementos necessários para a formação do casamento não estão presentes.
Não produz nenhum efeito. Casamento nulo é reúne os elementos essenciais,
porém formou-se defeituosamente, infringindo os preceitos legais (art. 1521,
pode ser decretado putativo, antes da sentença não pode contrair novas
núpcias e naõ pode ser decretado de ofício.

11. Quais as formas de dissolução da sociedade matrimonial?


A sociedade conjugal e o vínculo matrimonial são duas situações distintas,
porém ligadas. A sociedade conjugal tem fim quando verificado a ocorrência do
estabelecido no artigo 1.571, incisos I a V do CC. Havendo a dissolução
conjugal, o efeito é o fim do regime de bens (qualquer bem adquirido logo após
a dissolução será somente dele), coloca-se fim ao dever de fidelidade e a
coabitação (ocorrendo a dissolução da sociedade conjugal não precisa mais
manter a coabitação, que é um sentido mais amplo, como morar no mesmo
local e entre outros). Nas cinco hipóteses ocorre a dissolução da sociedade
conjugal, mas a dissolução do vinculo matrimonial somente ocorre nas
hipóteses dos incisos I ao IV.
I- nulidade
Casamento inválido
II- anulação
III- morte de um dos cônjuges
IV- divórcio
Casamento válido
V- Separação
Ocorre apenas a dissolução da sociedade conjugal; não vinculo.

12. Quais as formas de dissolução do vinculo matrimonial?


I- nulidade
II- anulação
III- morte de um dos cônjuges
IV- divórcio

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13. Admite o ordenamento jurídico a separação sem ser pela via judicial?
Justifique. Sim, tem a via extrajudicial.

14. Sendo afirmativa a resposta anterior, quais os requisitos exigidos para


que a separação assim ocorra?
R: Tem requisitos, não pode ter litígio ou nem pode ter interesses de
incapazes, se tiver um desses requisitos tem que ser da forma judicial a
separação ou o divórcio.

15. Qual a diferença entre separação judicial e extrajudicial e divórcio?


R: A diferença é que no divórcio o vínculo matrimonial é dissolvido e na
separação não tem dissolução do vinculo matrimonial. O divorcio ou a
separação podem ser pela forma judicial ou pela forma extrajudicial. Para ser
extrajudicial, o cartório de notas que faz o divórcio ou separação através de
escritura pública, tem requisitos, não pode ter litígio ou nem pode ter interesses
de incapazes, se tiver um desses requisitos tem que ser da forma judicial a
separação ou o divórcio. No cartório a vantagem é que é mais célere e menos
burocrático, se não tiver bens é barato, agora se tiver bens, é complicado,
porque fica caro.

16. Quanto ao divórcio, quais as principais alterações trazidas pela


emenda constitucional 66/2010?
R: Emenda constitucional 22/2010: O divorcio sofreu uma alteração com a
emenda constitucional de n.66/2010, alterou seu procedimento. Hoje a pessoa
pode requer o divorcio no dia seguinte ao casamento, a emenda acabou com
os prazos exigidos antes. O divórcio independe de previa separação, não
precisa de um processo de separação para poder requerer o divórcio.

17/18. Quais as formas de separação existentes? Explique-as. Quais as


formas de divórcio? Explique-as.
R: O divorcio ou a separação podem ser pela forma judicial ou pela forma
extrajudicial. Para ser extrajudicial, o cartório de notas que faz o divórcio ou
separação através de escritura pública, tem requisitos, não pode ter litígio ou
nem pode ter interesses de incapazes, se tiver um desses requisitos tem que
ser da forma judicial a separação ou o divórcio. No cartório a vantagem é que é
mais célere e menos burocrático, se não tiver bens é barato, agora se tiver
bens, é complicado, porque fica caro.

19. Para que haja o divórcio, é necessário prévia partilha dos bens do
casal?
R: Não. De acordo com o artigo 1581, o divórcio pode ser concedido sem que
haja prévia partilha de bens.

20. O juiz pode declarar a nulidade do casamento de ofício? Justifique.

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R: O juiz não pode decretar a nulidade do casamento de ofício, pois exige-se
uma ação judicial.

21. Quanto à relação de parentesco, defina:

21.1 Por consaguinidade;


R: Natural: Consangüíneo, tem uma relação de um mesmo ancestral, relação
consangüínea entre as pessoas;

21.2 Por afinidade;


R: Afinidade: Afim, são os parentes consangüíneos do meu cônjuge ou do
meu companheiro, são meus parentes por afinidade. Todos os parentes do
cônjuge são também meus parentes.

21.3 Civil;
R: Civil: Adoção, cujos efeitos são equiparados por consangüinidade.

Direito Civil VI – Luiz Fernando


7º Período – 2º Bimestre
13ª Aula - 06/04/2016

RECONHECIMENTO DOS FILHOS – ART. 1.607 CC

O reconhecimento é o ato que faz nascer o parentesco jurídico entre


pais e filhos. Parentesco entre pais e filhos. (reconhecimento dos filhos
nascidos fora do casamento, aqui é porque o filho nasceu fora do prazo para
presunção ou porque os pais não são casados, tendo que ter o reconhecimento
por ambos os pais.
Filho não reconhecido não é filho perante a lei. (para que seja
reconhecido como filho é necessário que haja a prova da filiação, que é feita
pela certidão do termo de nascimento ou por outros meios, mas tem que provar
a filiação para ser considerado filho, e após passa a gozar os benefícios que a
lei permite. A filiação trás uma seria de efeitos, podendo ter direitos a alimento,
ao poder familiar, a guarde entre outros. Uma exceção para esse caso de filho
não reconhecido não é filho perante a lei, é a filiação socioafetiva, que é aquela
decorrente da relação socioafetiva, se a pessoa provar que ela foi criada pela
outra, sendo tida e havida como filho, ela terá direitos sucessórios, mesmo não
tendo essa filiação no termo de nascimento. Tendo que entrar com uma ação e
provar essa filiação socioafetiva)
Espécies:
a) Espontânea: prescinde de ação judicial (quando os pais reconhecem
espontaneamente os filhos, voluntariamente faz esse reconhecimento)
b) Forçado: decorrente de ação de investigação de paternidade ou
maternidade (é quando o pai ou a mãe sofre uma ação de investigação de
paternidade ou maternidade. Quando a mãe vai registrar o filho e não for casa
de presunção de paternidade, o cartório pergunta se a mãe quer declinar o

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nome do suposto pai, mas não quer dizer que ele será registrado no nome
desse suposto pai, com isso o cartório distribui um procedimento no judiciário,
sendo que quando chega no judiciário o pai é chamado a se manifestar, ele
tem duas opções reconhecer ou negar a paternidade, se não reconhecer vai
para o MP entrar com uma ação de investigação de paternidade)

Formas de reconhecimento Voluntário (1609 CC)


I- no registro de nascimento = perfilhação (quando a criança vai ser
registrada, o pai e a mãe vão juntos ou separados no cartório, fazendo o
reconhecimento da filiação no momento do registro de nascimento, chamado
perfilhação.)
a) feito no momento da lavratura do assento de nascimento (o pai
comparece ao cartório falando que o filho é dele)
b) se a mulher for casada? Basta levar a certidão de casamento que terá o
registro no nome do pai, tendo assim a presunção de paternidade. Se não for
casada tem que o pai comparecer no cartório para registro. Se a mulher for
casada e a criança nascer antes de 180 dias de união tem que haver a
perfilhação pra poder reconhecer a criança no nome dos dois)
c) admite reconhecimento por procuração com poderes especiais

14ª Aula - 27/04/2016

II- por escritura pública ou escrito particular (pode fazer um reconhecimento


voluntário, ou por escritura pública ou escrito particular)
 após a lavratura do assento
 averbação no registro de nascimento (colocar nome do pai e avós
paternos e ficará arquivado no cartório onde foi feito o reconhecimento)
 doc. particular: específico (documento falando que reconhece a
criança como filho, leva o documento ao cartório falando que está
reconhecendo, e ele vai ser averbado. Específico para fins de
reconhecimento, não pode ser feita de maneira incidental, tem que ser
destinado para o reconhecimento)
 Não pode haver menção a respeito do reconhecimento posterior
(não vai sair menção que o filho foi reconhecido posteriormente em seu
registro)

III- Testamento (pode haver o reconhecimento, ainda que o testamento, não


seja específico pra fins de reconhecimento, pode-se fazer menção de
reconhecimento. Não precisa ser somente para fins patrimoniais, pode fazer o
reconhecimento de filhos. Se o testamento for revogado ou considerado nulo, o
reconhecimento do filho não será revogado, permanece intacta)
 ainda que incidentalmente manifestado (manifestou no testamento
tem validade)
 qualquer espécie de testamento (testamento ordinário ou
extraordinário)
 testamento ordinário: tem três modalidades:
 publico: cartório de notas, qualquer pessoa tem acesso e
o teor está registrado em um livro do cartório;
 serrado: fechado, a pessoa elabora e fecha, leva ao
cartório pra ser fechado/serrado, é costurado e ninguém

42
tem conhecimento do teor, o cartório fecha o testamento e
anota no livro o auto de aprovação que é o registro do
testamento serrado, mas o teor ninguém sabe;
 Particular: a pessoa redige seu próprio testamento na
presença de testemunhas, que são chamadas a ratificar o
testamento, não precisa ser levado ao cartório, as
testemunhas vão ratificar em cartório depois do
falecimento da pessoa.
 Testamento Extraordinário: Marítimo, militar e aeronáutico.
(Testamento sempre escrito, exceto o militar que pode ser verbal,
porque é feito quando está morrendo.)

 codicilo? (pequeno testamento, não tem testemunhas, não exige as


formalidades de um testamento, só pode dispor em testamento bens de
pequena monta, que seriam os bens que não ultrapassem 10% do valor
do patrimônio do codicilante, que é a pessoa que está dispondo no
codicilo. Pode falar também como quer o sepultamento e velório. Pode
haver reconhecimento de filho? A doutrina majoritária reconhece que
sim, porque é um documento particular e se por um escrito particular
pode, porque não através do codicilo. Então há o entendimento
majoritário que pode ser feito o reconhecimento de uma criança através
do codicilo. )

IV- Manifestação direta e expressa perante o juiz (não precisa ser


necessariamente o objeto do processo, se uma pessoa é arrolada como
testemunha e declara que reconhece tal pessoa como filho, isso é o suficiente,
mesmo que não seja o objeto da ação. É um documento válido para fins de
reconhecimento de filiação)

V- Investigação Oficiosa (não está no código, seria o caso de que a mãe vai
registrar a criança e o oficial pergunta se quer declinar o nome do pai da
suposta criança, o documento é encaminhado ao fórum e o suposto pai é
chamado para ratificar o reconhecimento, se ele ratificar é lavrado o ato e volta
ao cartório para constar, ou se o pai quiser pode solicitar exame de DNA, que
depois de ser feito também é reconhecida a criança, é um ato administrativo e
não judicial. Se o pai não reconhecer, é encaminhado para o MP, que pode
iniciar a investigação de paternidade, deixando de ser um ato voluntário
passando a ser judicial)

 reconhecimento do nascituro - art. 1609 (a criança ainda não nasceu,


mas pode por alguma das formas acima pode ser reconhecida, mesmo
anteriormente a seu nascimento)
 reconhecimento póstumo (pode ser feito o reconhecimento do filho
que já faleceu, desde que o filho tenha deixado descendentes. Para
evitar que o reconhecimento seja feito de má fé, ou seja, o pai estar
reconhecendo somente para herdar algum patrimônio deixado)

CAPACIDADE PARA RECONHECIMENTO (qualquer pessoa desde que seja


o pai)

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 Menor Púbere (ex: testamento) (16 a 18, pode fazer o reconhecimento
voluntário, ele já pode fazer um testamento conseqüentemente também
pode fazer o reconhecimento)
 Menor Ímpubere (ato personalíssimo)
 Pai (só através de ação judicial, não pode haver reconhecimento
voluntário, espontâneo)
 Mãe (pode fazer, pois o próprio hospital fornece a documentação
referente ao nascimento da criança)

 Poder extraconjugal? (casado e tem um filho fora do casamento, pode


reconhecer tranquilamente)

14ª Aula - 02/05/2016

CARACTERÍSTICAS

 ato personalíssimo (apenas o pai ou a mãe que podem reconhecer


como filho, um herdeiro não pode fazer um reconhecimento, depende
apenas do pai ou da mãe, só ele pode reconhecer. Exceção:
testamento, que o filho pode ser reconhecido. Pode ser reconhecido por
procuração com poderes públicos para efetuar o reconhecimento, se o
pai estiver vivo mas não estiver presente, ou seja,representar uma
perfilhação.)
 unilateral (reconhecimento é um ato unilateral em um primeiro
momento, dependendo apenas do pai, não depende da manifestação de
ninguém, o pai reconhece e é o suficiente, se o filho for maior de 18
anos, o filho tem que consentir, manifestar consentimento no caso de
reconhecimento, se houver o reconhecimento de um filho menor,
quando o filho atingir maioridade ele tem 4 anos pra impugnar o
reconhecimento)
 direito de impugnação (o filho menor, quando se torna maior ou
é emancipado, tem o prazo de 4 anos para impugnar o
reconhecimento)
 filho maior = bilateral (quando o filho é maior precisa dar o seu
consentimento para o reconhecimento)
 solene (o ato solene é que o reconhecimento tem que sser por uma das
formas descritas: perfilhação, escritura pública, testamento, escrito
particular, manifestação direta ao juiz)
 irrevogável=não admite arrependimento (NÃO SE REVOGA)
 puro e simples (não termo ou condição, não se pode impor uma
condição, um evento pra se cumprir)
 indivisível (quando se reconhece como filho é pra todos os efeitos, não
existe um fim específico, só para alimentos ou para outra coisa. O
reconhecimento é 'erga omnes', reconhece para tudo, é filho para todos
os efeitos)

EFEITOS (compulsório)

 "ex tunc" (quando se reconhece um filho, os efeitos retroagem a data


da concepção. Situação complicada. Se uma pessoa tem 2 filhos e faz a
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venda de um bem imovel pra um desses filhos, o outro filho reconhecido,
concorda com essa venda. aparece outro filho, e como os efeitos são ex
tunc, retroagirão até a data da concepção, como não houve a
concordância desse filho que foi reconhecido no negócio feito, o negócio
será nulo. Há uma discussão que quando o negocio foi feito não havia
existencia desse filho, então foi feito um ato jurídico perfeito, mas gera
discussão, podendo essa venda ser anulada diante do reconhecimento
de um outro filho. Gera em favor do pai o poder familiar, que é o poder
enquanto os filhos são menores, direitos e deveres que os pais tem em
relação aos filhos menores e sobre os bens porque detem o usufruto
legal.)
 poder familiar (é o poder enquanto os filhos são menores, direitos e
deveres que os pais tem em relação aos filhos menores e sobre os bens
porque detem o usufruto legal, inclusive pode pleitear a guarda)
 guarda
 art. 1611 CC (havendo o reconhecimento posterior, se o
conjugue não concordar, a criança não pode morar com o
pai)
 art. 1612 CC (tem-se atendido a guarda compartilhada
sempre que possível, se não for possível, um dos pais
poderá exercer a guarda unilateral, aquele que apresentar
melhores condições, financeiro, espiritual, moral, afetivo, a
questão financeira pode ser o ultimo requisito a ser
avaliado)
 alimentos (o direito é recíproco, dos filhos em relação aos pais, e dos
pais com relação aos filhos)
 patronímico (sobrenome, havendo reconhecimento o filho poderá
acrescer ao seu o sobrenome do pai)
 direitos sucessórios recíprocos (o direito é recíproco, dos filhos em
relação aos pais, e dos pais com relação aos filhos)

AÇÃO DE INVESTIGAÇÃO DE PATERNIDADE

 legitimidade concorrente =MP (o MP pode requerer)


 compete ao filho
 morte = durante/herdeiros (se houver morte, os herdeiros
poderão continuar com a ação, se o filho for maior e falecer no
decorrer da ação)
 morte/menor=herdeiros (se o filho for menor e falecer, os
herdeiros poderão entrar com a ação)

 passivo: indigitado pai


 se morto: herdeiros (se o pai for falecido, a ação tem que ser
ajuizada contra os herdeiros e não contra o espólio)
 cumulada (nada impede que a investigação de paternidade seja
cumulada, por exemplo cumular com alimentos ou petição de
herança)
 alimentos (pensão alimentícia)
 petição de herança (nada impede que pleiteie a parte na
herança)

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 imprescritível (não se prescreve, porém a petição de herança
prescreve em 10 anos. A ação de alimentos é imprescritível, porem só
passa a ter direito aos alimentos a partir do momento em que pleiteou,
ou seja , a partir do ajuizamento da ação. Até 18 anos, por causa do
poder familiar há a presunção de necessidade, de 18 anos em diante
tem que provar a necessidade)

FORMAS PARA SE PROVAR A PATERNIDADE

 exame de DNA (prova-se a paternidade)


 exame prosopográfico (o juiz pedia que fossem juntadas as fotografias
do filho e do pai para comaparar as feições)
 Testemunhal
 efeitos: "ex tunc" (Havendo reconhecimento são efeitos ex tunc)
 ação de investigação de maternidade (mesmo sentido da investigação
de paternidade, figurando em polo passivo a mãe)

15ª Aula - 04/05/2016

ADOÇÃO

 É ato jurídico que cria relações de paternidade e filiação entre duas


pessoas;

ADOTANTE

 Maior de 18 anos (pode requerer a adoção sozinho desde que


apresente as condições)
 adoção conjunta (pelo menos 1 com mais de 18 anos) (só é
permitida a adoção por duas pessoas se forem casadas ou viverem em
união estável. Hoje é permitido a adoção entre dois homens ou duas
mulheres pois houve a aceitação da união estável entre casais
homoafetivos)
 cônjuges (um dos cônjuges tem que ter mais de 18 anos)
 companheiros
 separação ou divorciados (se o casal está separado, mas a
adoção foi requerida enquanto ainda conviviam juntos, mesmo
com a separação pode ser deferida a adoção a ambos, ficando
sob regime de guarda)
 diferença de idade: 16 anos
 tutor ou curador/pupilo (pode adotar, desde que já tenha prestado as
contas)
 enquanto não der contas de sua administração
 adoção unilateral (casa com uma pessoa que já tem um filho, então
pode adotar o filho do cônjuge, se for menor, tem que ter a concordância
da mãe, isso se o adotado não tiver no registro o nome de um pai. Se
tiver um pai, o pai tem que concordar com isso, pois seu nome será
retirado e vai ser colocado no registro do filho o nome do novo adotante.
Se o filho for maior não precisa da anuência do pai)

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 adoção póstuma - efeitos 'ex tunc' (óbito) (deferida depois que o
adotante falece, para acontecer, o processo tem que ser iniciado pelo
adotante que faleceu, se ele deu início ao processo já é o suficiente para
continuar com o processo. Os efeitos da adoção vão retroagir a data do
falecimento para que o adotado não seja prejudicado no tocante a
herança. Se o adotado quiser iniciar um processo de investigação de
paternidade tem esse direito, se for reconhecido o pai biológico é
incluído seu nome no registro e retirado o nome do adotante)
 pode por testamento? (não, jamais, não se pode deixar um
testamento dizendo que se quer adotar. O processo

ADOTADO

 Consentimento dos pais ou representantes legais; do adotando, se


contar com mais de 12 anos
 Consentimento: pode ser revogado até a publicação da sentença
 não precisa ser motivado
 dispensa do consentimento:
a) pais desconhecidos
b) pais desaparecidos ou destituídos do poder familiar (criança
fica apta a adoção)
c) infante exposto (recém nascido abandonado)
d) órfão não reclamado por qualquer parente, por mais de 1 ano
(os pais já faleceram)
 Desnecessário consentimento do maior de 18 anos
 somente será admitida adoção que constituir efetivo benefício para
o adotando
 necessário processo judicial
 regime único de adoção
 simples ou restrita - CC/16 (maior de 18, era por escritura
pública e poderia ser revogada por escritura pública também, o
vínculo só era estabelecido entre adotado e adotante, não se
estabelecia vínculo com os demais parentes. Não existe mais.
Mas acabou hoje)
 Plena - ECA (maiores e menores, há vínculo com os familiares do
adotante)
 desvinculação da família consanguínea, exceto para
fins matrimoniais

16ª Aula - 09/05/2016

EFEITOS

 Começam a fluir a partir do trânsito em julgado da sentença (os


efeitos da sentença são ex nunc em regra geral, começando os efeitos
só depois do transito em julgado)
 exceção: póstuma/óbito (quando o adotante morre e já iniciou o
processo de adoção, único caso que os efeitos da sentença vão
retroagir na data do óbito)

47
 Situação de filho ao adotado (confere ao adotado a condição de filho
do adotante, o adotado não pode sofrer discriminação, inclusive pelos
outros filhos)

 Extinção do vínculo entre adotado e a sua família consangüínea,


salvo (extingue-se o vínculo com a família consangüínea) exceto:
 impedimento para casamento (nesse caso é a única restrição
em relação ao adotado e a família consangüínea)
 adoção unilateral (quando um conjugue adota o filho do seu
cônjuge, esse filho adotado não perde o vínculo consangüíneo
com a mãe/pai)

 Estabelecimento de vínculo entre o adotado e toda a família do


adotante (o adotado encerra as relações com a família biológica e
passa a ter relação com a família do adotante. No código de 16 se a
pessoa tivesse filhos não poderia adotar uma criança. Hoje adotamos
apenas o regime de adoção denominado adoção plena, não tendo
separação se o adotado é maior ou menor de idade, passando a ser
único em qualquer situação)

 herança e alimentos (tanto em relação do adotante ao adotado ou vice


versa)

 prenome (primeiro nome, se for menor de 18 anos, se houver


requerimento dos adotantes por solicitação judicial no processo de
adoção)
 menor de 18 anos (somente se houver solicitação e não é
permitido para maiores de 18 anos)
 solicitação (judicial no processo de adoção feita pelos adotantes)

 patronímico - obrigatoriedade (sobrenome tem que mudar para


adequar aos adotantes)

 novo registro, com cancelamento do anterior (sempre é feito e não é


feito menção sobre adoção)

 Regime único de adoção

 não podem adotar


a) ascendente (avós com netos)
b) irmão

 irrevogável (se houver arrependimento não tem como revogar. Mas se


por ventura os adotantes quiserem "devolver" a criança, já houve casos
que aconteceu a destituição do poder familiar e a criança foi colocada
novamente pra adoção, mas a criança adotada tem direito a indenização
moral e a alimentos até ser adotada novamente)

 não pode ser por procuração (adoção não pode ser por procuração)
Alguns pontos:
48
 Se os pais deram a criança a adoção, a criança foi adotada mas
posteriormente perdeu-se o poder familiar dos adotantes com relação a
criança. Sendo assim, os pais podem adotar o filho biológico.

 Há a possibilidade de um cônjuge apenas, requerer a adoção, porém há


necessidade da concordância do outro cônjuge e a criança adotada não
estabelece vínculo com aquele que não pleiteou a adoção, mas apenas
concordou.

 Houve caso de dois irmãos conseguirem adotar uma criança.

 Uma criança que está registrada em nome da mãe, e vai ser dada em
adoção, pode-se admitir o nome do adotante e da mãe biológica em
registro, mas somente no caso do adotante concordar. Somente se ele
quiser.

 Os avós não podem interferir na questão da adoção, porém pode ser


permitido aos avós o direito de visita, mas mesmo assim perdeu o
vínculo.

 Se uma pessoa maior de idade concordar em ser adotado, o


consentimento do pai registral não é necessário, porém ele deve ser
citado no processo, para que os efeitos da adoção recaiam sobre ele,
para que recaiam sobre ele, efeitos subjetivos da coisa julgada.

 Adoção a brasileira: comete um crime contra o estado de filiação.


Registra uma criança que não é sua como sendo. Porém há julgados
que entendem como um perdão judicial. Pois cometeu um crime do art.
242, mas foi por causa dígna, então entende-se que deve ser agraciado
com o perdão judicial. Não cabe anulação no caso de arrependimento,
somente se comportar vício jurídico, ou seja, registrou uma criança
achando ser seu filho porém se enganou. Se fez o registro
espontaneamente não tem volta, exceto por vício jurídico.

 Adoção é um ato extremo, tende-se a colocar a criança em uma família


extensiva, na hipótese de não conseguir e o casal realmente quiser dar
a criança a adoção, é feita adoção através do instituto.

 Existe o acolhimento familiar, que está sendo introduzido, mas com


algumas ressalvas, por não ter sido regulamentada, seriam pessoas que
passam por uma avaliação e funcionam como uma família acolhedora
que em tese teria que ser remunerada. Essas famílias pegariam
crianças em lares e ficariam com elas por no máximo dois anos, porém
não poderia adotar posteriormente. Seria um mecanismo para aliviar a
situação das crianças que ficam em lares.

 Tem um programa chamado de apadrinhamento familiar, no qual as


pessoas se habilitam, e pegam as crianças para cuidar nos finais de
semana, e também não podem adotar.
49
 Família extensa ou ampliada, o judiciário tenta colocar a criança com
parentes, mas a criança pode manifestar o desejo de não ir, as vezes
não teve contato com esse parente, portanto pode se negar a viver com
essa família extensa. Mas se acontecer de ir morar com esse parente, a
guarda da criança será deferida, porém não tem direito a herança e
alimentos. Não gera qualquer direito.

 Questão da habilitação para adoção: O estatuto da criança e da


adolescente, fala que deve-se manter um cadastro de crianças pra
adoção e um cadastro de pessoas que querem adotar, porém precisam
passar por um processo de habilitação. Uma pessoa não habilitada pode
adotar? art. 50 § 13 diz que: em favor de candidato domiciliado no Brasil:
I. Adoção unilateral (adotar o filho do companheiro)
II. Formulado por parente que a criança mantenha vínculos de
afinidade
III. Detenha a tutela legal desde que os laços de convivência sejam
suficientes para estabelecer laços de afinidade

 É possível indicar tutor através de testamento, mas não pode pra fins de
adoção. A mãe não pode indicar uma pessoa pra adotar se essa pessoa
não se enquadrar nesses casos do art. 50.

 Há um estágio de convivência que se torna um requisito para o processo


de adoção, que pode ser fixado pelo juiz.

 Tem que ser no mínimo por 30 dias para brasileiro residente fora do
Brasil. No caso de não haver no Brasil nenhum adotante interessado,
pode ser adotado por uma filha internacional, porém há necessidade de
se cumprir o período de estágio de convivência no Brasil, e a criança só
pode sair do território nacional depois de sentença transitada em
julgado.

17ª Aula - 11/05/2016

PODER FAMILIAR

É o conjunto de direitos e deveres atribuídos aos pais em relação à


pessoa e ao patrimônio dos filhos menores, que não estejam
emancipados, com o intuito de protegê-lo; (poder familiar não se confunde
com guarda, sendo que esta tem algumas limitações, e a pessoa apenas
detem a posse do filho e se responsabiliza em cuidar desse menor, já o poder
familiar é muito mais amplo do que a guarda, porque além de tratar do menor
trata-se do seu patrimônio, então quem tem poder familiar é somente os pais, o
poder familiar não tem como andar junto com a tutela, ou você tem a tutela ou
o poder familiar, só que o tutor não tem o poder familiar, porque somente tem o
poder familiar é os pais, o tutor tem seus direitos restritos. o poder familiar é
somente para os pais, sejam biológicos, adotivos, socioafetivos. Estão sujeitos
ao pode familiar tão somente os filhos menores, os maiores e os emancipados
não estão sujeitos ao pode familiar. Condição para o poder familiar: filho menor

50
e que seja os pais. Se o filho for maior incapaz não se fala em poder familiar, e
sim curatela, ela é instituto que vem em proteção do incapaz, os próprios pais
podem ser curadores, e os efeitos da curatela não serão os mesmo que o do
poder familiar. O poder familiar não pode ser exercido concomitantemente com
a tutela) Poder familiar é inerentes aos pais, é automático. A tutela vem em
proteção do menor que não está sob o poder familiar. A curatela é a forma de
proteção do maior incapaz, é através da interdição que se busca um curador.

Código Civil de 1916 = pátrio poder (ele chamada de pátrio poder, porque
dava ênfase maior ao pai, era um código machista, a figura masculina tinha
mais previlegios, um dos exemplos era esse, o pai tinha mais poderes em
relação ao menores em relação a mãe, porem com as igualdades de direitos o
pátrio poder perdeu o sentido, passando a ser poder familiar, que é o poder de
proteção que os pais tem em relação aos filhos)

Titularidade = pais, em conjunto e igualdade de condições (eles exercem


esses direitos e deveres em igualdades de condições, pouco importa se eles
são casados ou não, para que os pais percam o poder familiar tem que ter um
processo especifico, o menor tem que ser registrado no dos dois para que
ambos exerçam o poder familiar, agora se for registrado apenas no nome da
mãe, somente ele exerce o poder familiar)
a) desacordo: juiz (compete ao juiz decidir se os pais não entrarem em acordo
em relação ao filho)
b) falta ou impedimento de um deles: ao outro (na morte de um o outro
assume com exclusividade)

Características:
a) irrenunciável (os pais não pode renunciar o poder familiar, é inerente)
b) imprescritível (pode-se ser que os pais nunca tenham exercido com os
direitos e deveres, não quer dizer que vai ocorrer a perda)
c) indelegável (os pais não podem passar para outra pessoa os seus direitos e
deveres do poder familiar. Se os pais forem destituído do poder familiar, eles
ainda continuarão a ter deveres em relação ao menor, a destituição não pode
ser encarada como um premio para o pai, pois mesmo ele não tendo o poder
familiar ele pode ficar responsável por outras questões, como o dever de
alimentos)

Art. 1630 do CC – os filhos estão sujeitos ao poder familiar só enquanto


menores
Art. 1631 do CC – na falta de um dos pais o outro exercerá com
exclusividade. Em caso de divergência entre os pais no exercício do
poder familiar podem recorrer ao juiz para solucionar
Art. 1632 do CC
Art. 1633 do CC – nunca vai ter poder familiar e tutela de forma
concomitante.

Direitos e deveres quanto à pessoa dos filhos menores = art. 1634 (o


inciso I se por ventura houver omissão poderão responder no âmbito criminal;
inciso VI – o pai ou a mãe é falecido ou não foi reconhecido, e o menor está no
nome só do outro, e esse que detém o poder familiar tem medo com quem vai

51
ficar o filho caso sua morte, ai ele deixa em testamento o nome de um possível
tutor. Representação é o menor impúbere e o menor não comparece ao ato, já
o menor púbere o menor participa acompanhado dos pais, ele é assistido)
Quanto aos bens = at. 1689 (os pais enquanto no exercício do poder
familiar, são usufrutuários dos bens dos filhos, é o usufruto legal, é automático,
direito de uso e gozo dos bens dos filhos, e os pais não precisam prestar
contas ao juiz acerca desse usufruto legal, acontece naturalmente. O tutor não
tem esse usufruto legal sobre os bens do pupilo. Os pais também têm a
administração dos bens dos filhos menores sob sua autoridade.)
Art. 1690 do CC
Art. 1691 do CC (prévia autorização do juiz para poder vencer imóvel do
menor em caso de necessidade. Os pais tomam providencias de alienação, os
próprios filhos e as pessoas elencadas no artigo poderá ser preiteada a
nulidade)
a) exclusão: art. 1693 (
b) conflito de interesse = art. 1692 (conflito de interesse dos pais com o do
filho, o juiz neste caso, a requerimento do filho ou do MP nomeará curador
especial. É só para representar o menor naquele caso especifico, é especifica
para o ato, que quando acaba ela não tem razão de existir)

18ª Aula - 16/05/2016

Trabalho valendo 10 pontos 23/05: manuscritos, falando sobre os 4 regimes de


bens, falando sobre o que comunica e o que não comunica sobre os cônjuges.

Excluem-se do usufruto e da administração dos pais – art. 1693


CC(poder familiar é o conjunto de direitos e deveres que os pais tem com os
filhos menores, tanto em relação a eles quanto aos patrimônios. Casos em que
os pais não tem o usufruto legal ou administração dos bens dos filhos menores:
I- como que prova a condição de pai? Certidão de nascimento. Agora,
enquanto não houver o reconhecimento, não tem o poder familiar, e mesmo
que o reconhecimento seja tardio, poderá a qualquer momento, e o filho seja
menor, esse pai que reconheceu passa a ter o poder familiar e
conseqüentemente passa a ter o usufruto e a administração dos bens dos
filhos menores; II – porque uma das forma de emancipação e quando o menor
com 16 anos passa a ter economia própria, e por isso, não justificaria ter os
requisitos do poder familiar nesta circunstâncias, mantendo o poder familiar, os
pais só não terão direito ao usufruto e administração; III- duas situações:
doação com condição, os pais não terão o usufruto e a administração, tem
essa condição, ou em caso de herança, alguém beneficia o filho menor, mas no
próprio testamento tem a condição de os pais não terem o usufruto e a
administração, neste caso nomeia-se curador especial para administrar o bens
do menor, e o curador não terá o usufruto; IV – indignidade: é quando o
herdeiro, por um dos motivos elencados no código civil, é afastado da
sucessão do de cujos, ex. autor do motivo que causou a abertura da sucessão,
isso não acontece automaticamente, algum outro herdeiro que deverá entrar
com uma ação autônoma para retirar esse herdeiro indigno da sucessão. Se
essa pessoa considerada indigna, e ela foi excluída, porem se ela tiver filhos,
eles irão substituí-la, o filho vai receber no lugar da pessoa considerada
indigna. Se esse filho for menor, e a pessoa considerada indigna tem o poder

52
familiar desse filho menor que irá herdar, portanto neste caso, para os bens
específicos recebidos da sucessão ela não terá usufruto e nem administração,
sendo para tanto nomeado curador especial.)

SUSPENSÃO E A DESTITUIÇÃO

Suspensão e a destituição: consistem na interrupção do poder familiar


em face de uma conduta grave dos pais (se os pais praticarem uma conduta
grave, pode ocorrer a suspensão, e se for gravíssima pode ocorrer a
destituição)
a) depende de decisão judicial (ambos dependem de uma decisão judicial,
tanto a suspensão quanto a destituição)
b) requerimento
1- qualquer parente
2- MP

Finalidade: proteção do menor (não um castigo aos pais e muito menos


um premio aos pais, a finalidade é a proteção do menor)
Suspensão do usufruto legal (com a suspensão e a destituição têm-se a
suspensão do usufruto legal)


Suspensão Destituição
Fatos menos graves (suficientes Fatos mais graves
para requerer a suspensão, porém
não tão graves que poderá ocorrer a
destituição)
Pode ser de um dos filhos Gravidade = todos os filhos
(estende-se a todos filhos)
Algumas prerrogativas (mantém-se Todas (perdem-se todas as
algumas prerrogativas, somente prerrogativas)
algumas não vão ter)
Pode deixar de decretar (as vezes o Não tem outra hipótese (se houver
juiz poderá apenas chamar a atenção um fato gravíssimo o juiz é obrigado a
dos pais) realizar a destituição)
Pode ser liminar Trânsito em julgado
Pode ser prazo determinado ou Sempre por prazo indeterminado
indeterminado (o juiz decide um
prazo)
Averbação no registro do filho – nos dois casos deverá haver averbação na
margem do registro do filho, tem que ficar registrado.

Art. 1627 CC -

EXTINÇÃO DO PODER FAMILIAR

Morte: com a morte extingue o poder familiar


a) pais: se os pais morem, extingue-se o poder familiar, nomeando-se um tutor
para o menor, dependendo pode-se colocar para adoção

53
b) filhos
Emancipação: cessação do poder familiar, ele foi emancipado por alguma
das forma do art. 5º do CC
Maioridade
Adoção = pais biológicos (se for menor e ele for adotado, cessa só em
relação aos pais biológicos, mas o pode familiar vai para os pais adotivos.)

19ª Aula - 18/05/2016

DIREITO PATRIMONIAL

REGIME DE BENS (regras inerentes ao matrimônio dos cônjuges e


companheiros. Determina o que é um bem particular. Meação de bens é de
grande importância.
 É o estatuto que rege os interesses patrimoniais dos cônjuges e
companheiros durante o casamento ou união estável

 Espécies (Nada impede que se elabore um regime híbrido, fazendo um


pacto pré nupcial)
 Comunhão parcial de bens;
 Regime universal de bens ou regime total de bens;
 Regime de separação total de bens(convencional porque as
partes adotaram ou obrigatório sendo em algumas
possibilidades);
 Regime participação final nos aquestos.

 Princípios
 autonomia (não é absoluto) (autonomia de escolha, porém não
é absoluto porque tem situações que a lei determina ser de tal
forma)
 isonomia (vale para os dois contraentes,

 Indivisibilidade (sendo um regime só para ambos)

 Imutabilidade (não é absoluta) (antes era imutável, porém não é


absoluto porque hoje é possível a alteração)

 1639 - A alteração do regime deve ser feita por ambos nubentes e


tem que ser motivado, o juiz apurando as razões da mudança de
regime determinará se a sentença é procedente ou não,
ressalvando o direito de terceiros.
 1640 - Não havendo convenção ou sendo nula ou eficaz, vigorará o
regime parcial ( se os contraentes não fizerem o pacto ante nupcial ou
se fizerem e esse pacto for considerado nulo ou ineficaz, passa a vigorar
o regime parcial de bens, por isso é chamado supletivo esse regime)
 1641- É obrigatório o regime de separação de bens, aqueles que
contrairem casamento com inobservância das causas do 1523,
causas suspensivas ou seja casamento irregular; Maiores de 70
anos; todos que dependerem de suprimento judicial (autorização
judicial para o negócio)

54
 1642 - qualquer regime de bens, tanto o marido ou mulher pode
praticar todos os atos de disposição ou administração no exercício
da profissão (pode fazer negócios inerentes a sua profissão sem pegar
anuência do outro) O próprio cônjuge que concedeu o aval não pode
entrar com ação para anular isso. Qualquer um dos cônjuges pode
reivindicar bens que foram doados ao concubino, isso se não estiver
separado de fato a mais de 5 anos. Se separados a mais de 5 anos o
cônjuge não tem direito e desde que se prove que o concubino ajudou
na aquisição do bem, e o relacionamento com o concubino pode ser
considerado união estável. O prazo para reivindicar não é do ato da
doação e sim da cessação da união. (concumbinato é a relação
estabelecida pelo marido ou mulher comitantemente ao casamento, uma
relação de amantes)

20ª Aula - 23/05/2016

DO REGIME DE BENS

 Considerações Gerais

Art. 1.643. Podem os cônjuges, independentemente de autorização um do outro:


I - comprar, ainda a crédito, as coisas necessárias à economia doméstica;
II - obter, por empréstimo, as quantias que a aquisição dessas coisas possa
exigir
(ainda que um só contraia a dívida, e for para economia doméstica, os dois
respondem solidariamente porque na verdade usufruiu os benefícios)

Art. 1.646. No caso dos incisos III e IV do art. 1.642, o terceiro, prejudicado
com a sentença favorável ao autor, terá direito regressivo contra o cônjuge, que
realizou o negócio jurídico, ou seus herdeiros.

Art. 1.647. Ressalvado o disposto no art. 1.648, nenhum dos cônjuges pode,
sem autorização do outro, exceto no regime da separação absoluta:
I - alienar ou gravar de ônus real os bens imóveis; (pode ser doação, permuta,
etc)
II - pleitear, como autor ou réu, acerca desses bens ou direitos;
III - prestar fiança ou aval;
IV - fazer doação, não sendo remuneratória, de bens comuns, ou dos que
possam integrar futura meação.
Parágrafo único. São válidas as doações nupciais feitas aos filhos quando
casarem ou estabelecerem economia separada.

Art. 1.648. Cabe ao juiz, nos casos do artigo antecedente, suprir a outorga,
quando um dos cônjuges a denegue sem motivo justo, ou lhe seja impossível
concedê-la. ( o juiz cita o outro conjuge pra saber o porque não quer dar o
consentimento, e depois julgará o pedido)

Art. 1.649. A falta de autorização, não suprida pelo juiz, quando necessária
(art. 1.647), tornará anulável o ato praticado, podendo o outro cônjuge pleitear-
lhe a anulação, até dois anos depois de terminada a sociedade conjugal.

55
Parágrafo único. A aprovação torna válido o ato, desde que feita por
instrumento público, ou particular, autenticado.

Art. 1.650. A decretação de invalidade dos atos praticados sem outorga, sem
consentimento, ou sem suprimento do juiz, só poderá ser demandada pelo
cônjuge a quem cabia concedê-la, ou por seus herdeiros. (entrar com ação de
invalidade dos atos, só o conjuge que cabia a autorização ou herdeiros)

Art. 1.651. Quando um dos cônjuges não puder exercer a administração dos
bens que lhe incumbe, segundo o regime de bens, caberá ao outro:
I - gerir os bens comuns e os do consorte;
II - alienar os bens móveis comuns;
III - alienar os imóveis comuns e os móveis ou imóveis do consorte, mediante
autorização judicial.

Art. 1.652. O cônjuge, que estiver na posse dos bens particulares do outro,
será para com este e seus herdeiros responsável:
I - como usufrutuário, se o rendimento for comum;
II - como procurador, se tiver mandato expresso ou tácito para os administrar;
III - como depositário, se não for usufrutuário, nem administrador.

Prova: 1642 e 1647 - Conjuge pode ou não fazer sem autorização do outro

DO PACTO ANTENUPCIAL (obrigatório quando for de comunhão universal,


separação convencional ou participação final nos aquestos. Não é obrigatório
na separação de bens obrigatória ou comunhão parcial)

 Celebrado antes do casamento

 por ele é escolhido o regime de bens


 Exceção:
 Parcial de bens
 Separação de bens - obrigatório

 ato solene e condicional (solene porque precisa de ser feito por escritura
pública e condicional porque tem que ter o casamento para produzir efeitos)

 efeitos perante terceiros (tem que ser registrado no cartório de registro de


imóveis para produzir efeitos, caso contrário só produz efeitos perante os
contraentes e não perante terceiros)

REGIME PARCIAL DE BENS

 Três massas de bens:


 particular do marido (considera-se particular aqueles bens adquiridos
antes do casamento, ou ainda, adquiridos na constância dele,
gratuitamente, doação ou herança)
 particular da mulher
 em comum

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 Os frutos decorrente dos bens são divididos pelo casal.
 Herança é considerado um bem imóvel, portanto precisa de anuência do
cônjuge

57

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