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7º Período – 1º Bimestre
1ª Aula - 17/02/2016
DIREITO DE FAMÍLIA
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A luz do direito, somente o casamento religioso, a pessoa não é reconhecida
como casada e sim equiparado como união estável. O casamento civil tem que
ser precedido de um processo de habilitação. A celebração tem que ser
pública.
5- Regime de bens (não deixa de ser um contrato)
6- Prova
7- Nulidade e anulabilidade
8- Dissolução (morte de um dos conjugues, a separação não dissolve o
vinculo matrimonial)
Direito Protesto
1- Guarda
2- Tutela
3- Curatela
2ª Aula - 22/02/2016
b) Lata (segundo a doutrina haveria uma restrição acerca dos membros que
compõe a família, se considerarmos a definição amplíssima. Seriam os
parentes consangüíneos ou afins: pais, filhos, bisavós, bisnetos, cunhados,
genro. É adotada pelo direito de família, na maioria das vezes adotada pelo
código civil.
CRITÉRIOS ADOTADOS
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Sucessório: os que herdam um dos outros (parentes que herdam um dos
outros, apenas por consangüinidade, da linha reta (infinito) e linha colateral até
o quarto grau.
Alimentar (Ascendentes, descendentes e irmãos, Conjugues e
companheiros, pessoas que podem pedir umas das outras alimentos)
Autoridade (apenas pais e filhos)
etc
ESPÉCIES FAMÍLIA
CASAMENTO
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Características
Finalidades
3ª Aula - 24/02/2016
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igualados. A mulher e o homem possuem direitos e deveres iguais. A
manutenção não fica mais restrita somente ao homem.
Para que o casamento produza efeitos civis tem que ser feito perante a
autoridade competente para tanto. O casamento que produz efeitos é o civil. Se
a pessoa for casada somente na igreja, ela passa a conviver em união estável,
não é casada para fins jurídicos, não é casada para o direito civil. A celebração
é gratuita, não se pode cobrar para fazer a celebração, o que o cartório faz é
cobrar despesas com taxas e entre outros, mas para a celebração ele não
pode cobrar. Se for feita fora do cartório ele cobra pelas despesas que terá
com o transporte.
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§ 1o O registro civil do casamento religioso deverá ser
promovido dentro de noventa dias de sua realização, mediante
comunicação do celebrante ao ofício competente, ou por
iniciativa de qualquer interessado, desde que haja sido
homologada previamente a habilitação regulada neste Código.
Após o referido prazo, o registro dependerá de nova
habilitação.
§ 2o O casamento religioso, celebrado sem as formalidades
exigidas neste Código, terá efeitos civis se, a requerimento do
casal, for registrado, a qualquer tempo, no registro civil,
mediante prévia habilitação perante a autoridade competente e
observado o prazo do art. 1.532.
§ 3o Será nulo o registro civil do casamento religioso se, antes
dele, qualquer dos consorciados houver contraído com outrem
casamento civil.
4ª Aula - 29/02/2016
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É a falta de legitimação para se casar com certa pessoa;
Art. 1521 CC (no artigo 1523 são causas suspensivas)
Nulidade do casamento (não podem casar sob pena de nulidade do
casamento)
Bisavós
Avós (2º grau) Tios (3º grau) Primo (4º grau)
Pais (1º grau) Irmãos (2º grau) Sobrinho (3º)
Você
Filhos (1º grau)
Netos (2º grau)
Bisnetos (3º grau)
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Avós (2º grau) Tios (3º grau) Primo (4º grau)
Pais (1º grau) Irmãos (2º grau) Sobrinho (3º)
Você
Decreto nº 3.200 de 41, fala que ficando provado por dois médicos que não
há problema de hegemonia fica permitido o casamento para parentes de
terceiro grau, somente para 3º grau.
Art. 1523 CC
Casamento Irregular (o casamento contraído com inobservância do
disposto no art. 1523 do CC, será válido, porém implica uma causa suspensiva,
que tem como conseqüência a aplicação obrigatório do regime de separação
de bens)
A conseqüência é que o casamento passa a ser de separação total
Possibilidades:
1- O viúvo ou viúva que tiver filho do conjugue (desde que não tenha feito
inventário do primeiro casamento. Se casar será em regime de separação total.
2- A viúva ou a mulher cujo casamento se desfez por ser nulo ou ter sido
anulado, até 10 meses depois do começo da viuvez, ou da dissolução da
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sociedade conjugal. (pelo fato do filho nascido de uma viúva em até 10 meses
depois, será reconhecido por presunção como filho do falecido. Haverá uma
presunção de paternidade)
3- O divorciado, enquanto não houver sido homologada ou decidida a
partilha dos bens do casal
4- O tutor ou o curador e os seus descendentes, ascendentes, irmãos,
cunhados ou sobrinhos, com a pessoa tutelada ou curatelada, enquanto
não cessar a tutela ou curatela, e não estiverem saldadas as respectivas
contas (pra não ser fraude com relação ao pupilo, contra seu patrimônio)
Parágrafo único: no caso de gravidez, deverá provar o nascimento do filho ou
a ausência de gravidez.
5ª Aula - 02/03/2016
PROCESSO DE HABILITAÇÃO
Documentos:
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está doente e não pode aguardar. (o casamento não exige nada sobre amor,
procriação, basta o querer dos contraentes)
CELEBRAÇÃO DO CASAMENTO
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Art. 1.534. A solenidade realizar-se-á na sede do cartório, com
toda publicidade, a portas abertas, presentes pelo menos duas
testemunhas, parentes ou não dos contraentes, ou, querendo
as partes e consentindo a autoridade celebrante, noutro edifício
público ou particular.
§ 1o Quando o casamento for em edifício particular, ficará este
de portas abertas durante o ato.
§ 2o Serão quatro as testemunhas na hipótese do parágrafo
anterior e se algum dos contraentes não souber ou não puder
escrever.
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VII - o regime do casamento, com a declaração da data e do
cartório em cujas notas foi lavrada a escritura antenupcial,
quando o regime não for o da comunhão parcial, ou o
obrigatoriamente estabelecido.
6ª Aula - 07/03/2016
Art. 1539 (situação em que um dos contraentes está doente, com alguma
moléstia grave, não podendo comparecer ao cartório ou ao lugar designado
pelo juiz de paz. O presidente do ato celebrará onde se encontrar o impedido,
diante de duas testemunhas que saibam ler e escrever. Uma conseqüência do
artigo na parte de habilitação, que a requerimento da parte poderá dispensar a
publicação dos editais. A celebração tem que ser por autoridade competente.
Poderá ser nomeado um oficial do cartório ADOC, caso autoridade não puder
comparecer)
CASAMENTO NUNCUPATIVO
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Casamento 'in extremis' ou em 'atributo mortis' (situação extrema)
1540 CC
Testemunhas
a) 6 (tem que ser obrigatoriamente 6 testemunhas)
a) Sem vínculo de parentesco – linha:
1- Reta
2- Colateral até o 2º grau
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§ 5o Serão dispensadas as formalidades deste e do artigo
antecedente, se o enfermo convalescer e puder ratificar o
casamento na presença da autoridade competente e do oficial
do registro.
CASAMENTO CONSULAR
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Prova Direta (certidão de casamento, a pessoa pede pra extrair uma
certidão do registro de casamento e é suficiente pra fazer prova. Qualquer
pessoa pode tirar a certidão)
CASAMENTO INEXISTENTE
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se declarar que quer se casar, mas está sendo coagida, o casamento não é
inexistente, porque houve a manifestação de vontade, então é passível de
anulação. Anulável pelo vício da coação.)
c) Celebração na forma da lei = com a presença do celebrante (exceto no
casamento nuncupativo, caso contrário é inexistente se não tiver a presença do
celebrante)
7ª Aula - 09/03/2016
NULO
INEXISTENTE
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os efeitos seriam ex tunc, porque o casamento em tese não produziria efeitos,
não existiu)
Pode ser decretado de ofício pelo juiz
CASAMENTO NULO
Art. 1548, CC
a) Alienado mental (não tem discernimento total para a prática dos atos civis)
EM DISCUSSÃO SE FOI REVOGADO – O estatuto da pessoa deficiente
alterou e revogou esse inciso, o casamento o deficiente mental ou intelectual o
casamento é valido, ela pode casar e não precisa estar assistida, e se o
tabelião se opuser em realizar o ato ele estará cometendo um crime.
b) Art. 1521 CC (impedimentos dirimentes)
Legitimidade:
a) qualquer interessado, que tenha interesse:
1- jurídico
2- econômico
3- moral
CASAMENTO ANULÁVEL
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I- Falta de idade núbil:
Sem alvará (Se o menor de 16 casar sem autorização judicial, nesse caso
pode ser requerida a anulidade do casamento)
Se resultar gravidez? (se ele tem menos de 16, mesmo sendo contraído
sem autorização judicial, não vai ser anulado. Nesse caso não se anula o
casamento)
Poderá reafirmar o casamento ao atingir a idade núbil? (com 16 anos
pode ir ao cartório com seus representantes legais e reafirmar o ato, sanando a
irregularidade)
Ação = 180 dias
a) Pelo menor: a partir da idade núbil (se a ação for promovida pelo menor,
com 16 anos começa correr o prazo para anulação do casamento)
b) Representantes legais do casamento (a partir do casamento) (se
transcorrer o prazo não tem mais como pedir a anulação, embora ter um vício o
casamento será válido)
8ª Aula - 14/03/2016
II- Menor em idade núbil, sem autorização: Ele tem a idade núbio de
16 ou 17 anos, mas casou sem autorização dos representantes legais e
também sem autorização judicial, ele casa sem nenhum tipo de autorização.
Autorização dos representantes legais
Denegação: alvará de suprimento de consentimento
Prazo para solicitar a anulação: 180 dias
Pessoas que podem requerer:
a) menor: a partir dos 18 anos, salvo se emancipado: o menor pode requer
a anulação a partir dos 18 anos, contando o prazo de 180 dias que é um prazo
decadencial. Se ele for emancipado, o prazo começa a correr a partir da
emancipação.
b) representantes legais: do casamento os representantes legais podem
requer a anulação a partir do casamento, contando o prazo de 180 dias.
c) pelos herdeiros do menor: do óbito Se o menor que casou faleceu antes
de atingir 18 anos, os seus herdeiros poderão requer a anulação contanto o
prazo de 180 dias a contar de seu óbito, isso somente se ele falecer ainda
menor.
Ratificação tácita: é quando os representantes do menor participam
ativamente do casamento, tendo assim uma ratificação do ato, eles não
autorização, mas participaram do ato, nesse caso ocorre a ratificação tácita, é
como se eles tivessem confirmando o ato .
Nas hipóteses de anulação, se a ação não for proposta no prazo de 180 dias
em qualquer hipótese de anulação, nesse caso ocorrerá a convalidação do
ato, não terá como entrar com ação de anulação, pois ele perdeu o prazo de
180 dias, que é um prazo decadencial.
III- Coação:
Fundado temor de mal considerável e iminente para a vida, saúde e a
honra
Não se considera = bens: Não se considera motivo para anulação do
casamento se a pessoa tiver fundado temor de perder os bens.
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Legitimidade: cônjuge que incidiu em coação (somente o cônjuge
coagido tem legitimidade para pedir a anulação do casamento no prazo legal)
Prazo: 4 anos, a contar do casamento: é o maior prazo para anulação do
casamento, porque se entende um prazo razoável para que a pessoa possa se
livrar do outro cônjuge para entrar com a ação.
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Registro: se o casamento for registrado, aquele casamento realizado por
aquele que não tem competência, e esse casamento for registrado e feito com
publicidade esse casamento será valido.
I- Se a pessoa se casa com João, mas na realidade ela está casando com
José, é um erro de identidade, tem que observar dois requisitos: a pessoa não
pode saber desse erro/ignorância dessa identidade e que o conhecimento
desse erro torne insuportável a vida em comum. Esse erro de identidade
pode ser utilizado para casos de troca de sexo, a pessoa não sabia que Maria
era José.
II- Tem que desconhecer o fato antes do casamento e tem que insuportável a
vida conjugal.
III- A pessoa não sabia que o outro tinha um defeito físico irremediável
instrumental, desde que não caracterize deficiência. O casamento
desconhecendo deficiência mental não cabe mais anulação, a pessoa tem que
passar por divórcio quando for esse o caso. Se tiver uma doença, como AIDS,
pode ter a anulação, mas desde que a pessoa não sabia que tinha a doença e
que torne a vida a dois insuportável.
9ª Aula - 16/03/2016
CASAMENTO PUTATIVO
Efeitos:
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a) Válido regime até a decisão: Se um bem foi adquirido até a decisão, o
regime de bens vai produzir efeitos até a decisão que decretar a nulidade ou
anulação e assim considerar a putatividade. Os interessados que terão que
requer a putatividade e requerer os seus efeitos, não pode ser decretado de
ofício pelo juiz.
b) Uso nome: Poderá continuar a usar o sobrenome do outro.
c) Pensão alimentícia: Aquele que está de boa-fé poderá requer pensão
alimentícia do outro, caso ele necessite. Para a pensão alimentícia a parte tem
que provar a necessidade da pensão, e que o outro tem possibilidade de pagar.
Portanto no casamento putativo tem direito a pensão, observando os dois
requisitos: necessidade em receber a pensão e possibilidade de pagar.
d) Após a morte - direito à herança: Se a nulidade ou anulação se der após a
morte de um dos cônjuges o sobrevivente terá direito a herança, porém esse
sobrevivente tem que ser aquele que contraiu o casamento de boa
fé, o casamento putativo tem que ser aplicado a ele, com seus efeitos, para ter
direito a herança, se acordo com o direito das sucessões.
e) Cônjuge menor continua emancipado: O cônjuge menor considerado
putativo não volta a condição de incapacidade, ele continua emancipado, se a
ele for aplicado os efeitos da putatividade.
f) Validade das doações em contemplação ao matrimônio: Se um dos
cônjuges for agraciado com uma doação e essa doação beneficiar o outro
cônjuge, esse cônjuge terá direito se os efeitos da putatividade atingir ele.
g) Validade dos negócios pelos cônjuges (teoria da aparência): Ainda que
não haja a aplicação da putatividade, entende a doutrina, que o negócio
praticado pela cônjuge com terceiros, tem validade, porque o terceiro não tem
como saber que aquele casamento é nulo ou anulável, porque o terceiro não
pode ser prejudicado no negócio.
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não tem a dissolução do vínculo matrimonial. O desquite também não podia
casar, somente tinha uma exceção, que era quando o outro cônjuge morresse,
mas o desquite acabou e foi introduzido o divorcio e a separação.
I- nulidade
Casamento inválido
II- anulação
III- morte de um dos cônjuges
IV- divórcio
Casamento válido
V- Separação
Ocorre apenas a dissolução da sociedade conjugal; não vinculo.
Divórcio:
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desses requisitos tem que ser da forma judicial a separação ou o divórcio. No
cartório a vantagem é que é mais célere e menos burocrático, se não tiver bens
é barato, agora se tiver bens, é complicado, porque fica caro.
Litigioso ou consensual litigioso é quando não tem consenso e o
consensual é quando tem acordo. Se for litigioso, o divórcio ou a separação, os
tribunais não estão preocupados em fixar em quem foi o culpado pela
dissolução, porque a pessoa que foi culpada não vai sofrer nada, ela terá todos
os direitos, com relação aos filhos não afeta nada, o que pode afetar é que o
culpado pode perder o direito de usar o nome e a questão dos alimentos, o
culpado se provar a necessidade ele pode vir a receber alimentos. Portanto
atribuir culpa a um dos cônjuges é quase insignificância.
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Art. 1.573. Podem caracterizar a impossibilidade da comunhão
de vida a ocorrência de algum dos seguintes motivos:
I - adultério;
II - tentativa de morte;
III - sevícia ou injúria grave;
IV - abandono voluntário do lar conjugal, durante um ano
contínuo;
V - condenação por crime infamante;
VI - conduta desonrosa.
Parágrafo único. O juiz poderá considerar outros fatos que
tornem evidente a impossibilidade da vida em comum.
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preserva suficientemente os interesses dos filhos ou de um dos
cônjuges.
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§ 1o O cônjuge inocente na ação de separação judicial poderá
renunciar, a qualquer momento, ao direito de usar o sobrenome
do outro.
§ 2o Nos demais casos caberá a opção pela conservação do
nome de casado.
1579 do CC: Não modifica os deveres com relação aos filhos. Novo
casamento dos pais não pode trazer restrição com relação aos filhos.
Art. 1.581. O divórcio pode ser concedido sem que haja prévia
partilha de bens.
DA ESPÉCIE DO CASAMENTO
Art. 1566 do CC: II- Vida em comum: o cônjuge pode sair para trabalhar,
ficar um tempo fora, que não irá descaracterizar o casamento. Hoje se defende
a idéia de viver em lares separados, que não se irá descaracterizar o
casamento, devendo obrigatoriamente os cônjuges cumprirem seus deveres
conjugais. III- Mútua assistência: Envolve âmbito econômico, espiritual e moral,
se caracterizará crime de abandono material caso um dos cônjuges não
cumpram suas obrigações. V- Respeito e consideração: envolve a fidelidade
em amplo sentido, se houver violação cabe divórcio.
Art. 1568 do CC: Ambos devem contribuir com as despesas e deveres, seja
entre os cônjuges ou entre a prole.
Art. 1569 do CC: Nada impede que um dos cônjuges se afaste do lar, que
não será considerado abandono de lar.
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relevantes.
Art. 1583 do CC: Unilateral: quando os filhos menores ficam com o pai OU
com a mãe. Compartilhada: Quando o pai E a mãe juntos, tem
responsabilidades sobre os filhos menores. Guarda Alternada: ex. o filho menor
fica 15 dias na casa do pai e 15 dias na casa da mãe, ele possui residência fixa
em ambas. Guarda Compartilhada: O menor poderá ter residência física
apenas na casa da mãe ou do pai, podendo alternar entre ambas de acordo
com as necessidades dos pais.
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moradia dos filhos será aquela que melhor atender aos
interesses dos filhos. (Redação dada pela Lei nº 13.058, de
2014)
§ 4o (VETADO). (Incluído pela Lei nº 11.698, de 2008).
§ 5º A guarda unilateral obriga o pai ou a mãe que não a
detenha a supervisionar os interesses dos filhos, e, para
possibilitar tal supervisão, qualquer dos genitores sempre será
parte legítima para solicitar informações e/ou prestação de
contas, objetivas ou subjetivas, em assuntos ou situações que
direta ou indiretamente afetem a saúde física e psicológica e a
educação de seus filhos. (Incluído pela Lei nº 13.058, de 2014)
Poder familiar: O poder que os pais tem em relação aos filhos menores,
este poder é dado de forma automática, desde o nascimento. Só ocorre a
perda do poder familiar caso a criança seja apresentada para a adoção, a
família que adotá-la passa a exercer o poder familiar. Em caso da perca de
guarda os pais continuam exercendo o poder familiar. Poder familiar é exercido
apenas em relação ao menor.
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interdisciplinar, que deverá visar à divisão equilibrada do
tempo com o pai e com a mãe. (Redação dada pela Lei nº
13.058, de 2014)
§ 4o A alteração não autorizada ou o descumprimento
imotivado de cláusula de guarda, unilateral ou compartilhada,
poderá implicar a redução de prerrogativas atribuídas ao seu
detentor, inclusive quanto ao número de horas de convivência
com o filho. (Incluído pela Lei nº 11.698, de 2008).
§ 4o A alteração não autorizada ou o descumprimento
imotivado de cláusula de guarda unilateral ou compartilhada
poderá implicar a redução de prerrogativas atribuídas ao seu
detentor. (Redação dada pela Lei nº 13.058, de 2014)
§ 5o Se o juiz verificar que o filho não deve permanecer sob a
guarda do pai ou da mãe, deferirá a guarda à pessoa que
revele compatibilidade com a natureza da medida,
considerados, de preferência, o grau de parentesco e as
relações de afinidade e afetividade. (Incluído pela Lei nº
11.698, de 2008).
§ 5o Se o juiz verificar que o filho não deve permanecer sob a
guarda do pai ou da mãe, deferirá a guarda a pessoa que
revele compatibilidade com a natureza da medida,
considerados, de preferência, o grau de parentesco e as
relações de afinidade e afetividade. (Redação dada pela Lei nº
13.058, de 2014)
§ 6o Qualquer estabelecimento público ou privado é obrigado
a prestar informações a qualquer dos genitores sobre os filhos
destes, sob pena de multa de R$ 200,00 (duzentos reais) a R$
500,00 (quinhentos reais) por dia pelo não atendimento da
solicitação. (Incluído pela Lei nº 13.058, de 2014)
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Art. 1588 do CC:
PARENTESCO
Espécies
a) Natural: Consangüíneo, tem uma relação de um mesmo ancestral, relação
consangüínea entre as pessoas;
b) Civil: Adoção, cujos efeitos são equiparados por consangüinidade.
c) Afinidade: Afim, são os parentes consangüíneos do meu cônjuge ou do
meu companheiro, são meus parentes por afinidade. Todos os parentes do
cônjuge são também meus parentes.
Linhas:
a) Reta: Um descende do outro em linha reta, parentes infinitamente.
b) Colateral: Um não descende do outro, mas tem um tronco em comum,
parente até o 4º grau. Na linha colateral não existe parente de 1º grau, começa
no segundo grau e vai até o quarto.
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a) Sogro: Afinidade, linha reta ascendente, primeiro grau
b) Enteado: Afinidade, linha reta descendente, primeiro grau
c) Filho do primo: Não é parente (5º grau)
d) Tio avô: Natural (consangüinidade), linha colateral, 4º grau
e) Bisneto: Natural (consangüinidade), linha reta descendente, 3º grau
f) Filho por adoção: Civil, linha reta descendente, 1 º grau
g) Genro: Afinidade, linha reta descendente, 1º grau (o genro e a nora se
equiparam ao seu filho)
FILIAÇÃO
CC/1916
a) Legítimos de origem: Filhos considerados quando os pais já eram casados
entre si, esse era considerado o melhor filho;
b) Legítimos por assimilação ou legitimados: Eram os pais solteiros, sem
proibição para o casamento, e o filho foi concebido nessas hipóteses, e
posteriormente os pais casaram entre si, tornando esse filho legitimo por
assimilação;
c) Legítimos por equiparação: Filho que derivava do casamento, e que essa
relação foi anulada;
d) Ilegítimos naturais: Os pais não eram casados entre si, porém os pais não
tinham impedimentos para o casamento, nasceu o filho, só que casal não
chegou a casar posteriormente;
e) Ilegítimos adulterinos: Eram aqueles que um dos pais tinham
impedimentos para o casamento porque já era casado.
Espúrios
f) Ilegítimos incestuosos: Fruto do relacionamento daqueles que eram
impedidos de casar entre si.
g) Civil: Decorrente da adoção
PRESUNÇÃO DE PATERNIDADE
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Art. 1597 do CC: A presunção de paternidade ocorre quando é
aquele filho que nasceu durante o casamento ou durante os 300
dias após a dissolução da sociedade conjunção. Esse filho vai ser
registrado no nome do marido, porque existe a presunção de paternidade.
Após o registro, cabe ao pai entrar com uma ação negatória de paternidade.
Temos as hipóteses estabelecidas no artigo.
Art. 1598 do CC: Se a mulher ficar viúva, ai depois de quinze dias ela se
casa novamente, ai nasce uma criança com entre os 300 dias, no 299º dia,
neste caso cabe nas duas opções, no de 180 dias e no de 300 dias. Se ele
nascer depois dos 300 e passar os 180 dias será do segundo casamento.
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núpcias e lhe nascer algum filho, este se presume do primeiro
marido, se nascido dentro dos trezentos dias a contar da data
do falecimento deste e, do segundo, se o nascimento ocorrer
após esse período e já decorrido o prazo a que se refere o
inciso I do art. 1597.
Art. 1599 do CC: A prova da impotência para gerar ela ilide a presunção de
paternidade, ela afasta a presunção de paternidade.
Art. 1600 do CC: Não basta ela confessar que traiu o marido que não afasta
a presunção de paternidade, mesmo ela falando isso a criança será registrada.
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Participação do MP: ‘custas legis”: Como fiscal da lei, o MP não tem
legitimidade para propor essa ação, mas ele é fiscal da lei.
Direito indisponível: não cabe reconhecimento do pedido: Ainda que o
filho fale que não é filho e reconheça a ação, ele reconhece do pedido, mas
essa ação não admite reconhecimento do pedido, tem que ter produção de
provas e o juiz tem que julgar depois.
Não cabe revelia: Se o filho não contestar a ação não quer dizer que vai ser
julgada procedente, pois o processo existirá.
Efeitos da sentença: “ex tunc” – concepção: Os efeitos retroagem
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QUESTIONÁRIO:
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5. O que é casamento putativo?Quais os efeitos da sentença que assim o
declara?
R: Putativo é o casamento nulo ou anulável, mas contraído de boa fé) (se foi
contraído de boa fé, os efeitos passam a ser ex nunc, e não ex tunc. Ex. dois
irmãos desconhecem a relação de parentesco entre eles, acabam se casando
e lá na frente descobre que são irmãos, o casamento é nulo, porém é putativo,
passando os efeitos serem ex nunc.. No caso de um contratante de boa fé e o
outro não, o de boa fé volta ao estado civil anterior, sendo os efeitos ex nunc, e
o contraente de boa fé ex tunc). Antes da sentença não pode contrair novas
núpcias (depois de transitado em julgado, volta a situação anterior). Não pode
ser decretado de ofício.
Efeitos:
a) Válido regime até a decisão: Se um bem foi adquirido até a decisão, o
regime de bens vai produzir efeitos até a decisão que decretar a nulidade ou
anulação e assim considerar a putatividade. Os interessados que terão que
requer a putatividade e requerer os seus efeitos, não pode ser decretado de
ofício pelo juiz.
b) Uso nome: Poderá continuar a usar o sobrenome do outro.
c) Pensão alimentícia: Aquele que está de boa-fé poderá requer pensão
alimentícia do outro, caso ele necessite. Para a pensão alimentícia a parte tem
que provar a necessidade da pensão, e que o outro tem possibilidade de pagar.
Portanto no casamento putativo tem direito a pensão, observando os dois
requisitos: necessidade em receber a pensão e possibilidade de pagar.
d) Após a morte - direito à herança: Se a nulidade ou anulação se der após a
morte de um dos cônjuges o sobrevivente terá direito a herança, porém esse
sobrevivente tem que ser aquele que contraiu o casamento de boa
fé, o casamento putativo tem que ser aplicado a ele, com seus efeitos, para ter
direito a herança, se acordo com o direito das sucessões.
e) Cônjuge menor continua emancipado: O cônjuge menor considerado
putativo não volta a condição de incapacidade, ele continua emancipado, se a
ele for aplicado os efeitos da putatividade.
f) Validade das doações em contemplação ao matrimônio: Se um dos
cônjuges for agraciado com uma doação e essa doação beneficiar o outro
cônjuge, esse cônjuge terá direito se os efeitos da putatividade atingir ele.
g) Validade dos negócios pelos cônjuges (teoria da aparência): Ainda que
não haja a aplicação da putatividade, entende a doutrina, que o negócio
praticado pela cônjuge com terceiros, tem validade, porque o terceiro não tem
como saber que aquele casamento é nulo ou anulável, porque o terceiro não
pode ser prejudicado no negócio.
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8. O ordenamento jurídico admite casamento por procuração? Quais os
requisitos exigidos para a sua validade?
R: Sim. Procuração pública e são exigidos poderes especiais: procuração
pública com poderes especiais, poderes específicos para representar. Ambas
as partes podem ser representados. Ouvida a manifestação dos nubentes que
ambos querem casar por livre e espontânea vontade o juiz declarará que estão
casados em nome da lei. Prazo de validade de 90 dias da procuração.
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13. Admite o ordenamento jurídico a separação sem ser pela via judicial?
Justifique. Sim, tem a via extrajudicial.
19. Para que haja o divórcio, é necessário prévia partilha dos bens do
casal?
R: Não. De acordo com o artigo 1581, o divórcio pode ser concedido sem que
haja prévia partilha de bens.
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R: O juiz não pode decretar a nulidade do casamento de ofício, pois exige-se
uma ação judicial.
21.3 Civil;
R: Civil: Adoção, cujos efeitos são equiparados por consangüinidade.
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nome do suposto pai, mas não quer dizer que ele será registrado no nome
desse suposto pai, com isso o cartório distribui um procedimento no judiciário,
sendo que quando chega no judiciário o pai é chamado a se manifestar, ele
tem duas opções reconhecer ou negar a paternidade, se não reconhecer vai
para o MP entrar com uma ação de investigação de paternidade)
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tem conhecimento do teor, o cartório fecha o testamento e
anota no livro o auto de aprovação que é o registro do
testamento serrado, mas o teor ninguém sabe;
Particular: a pessoa redige seu próprio testamento na
presença de testemunhas, que são chamadas a ratificar o
testamento, não precisa ser levado ao cartório, as
testemunhas vão ratificar em cartório depois do
falecimento da pessoa.
Testamento Extraordinário: Marítimo, militar e aeronáutico.
(Testamento sempre escrito, exceto o militar que pode ser verbal,
porque é feito quando está morrendo.)
V- Investigação Oficiosa (não está no código, seria o caso de que a mãe vai
registrar a criança e o oficial pergunta se quer declinar o nome do pai da
suposta criança, o documento é encaminhado ao fórum e o suposto pai é
chamado para ratificar o reconhecimento, se ele ratificar é lavrado o ato e volta
ao cartório para constar, ou se o pai quiser pode solicitar exame de DNA, que
depois de ser feito também é reconhecida a criança, é um ato administrativo e
não judicial. Se o pai não reconhecer, é encaminhado para o MP, que pode
iniciar a investigação de paternidade, deixando de ser um ato voluntário
passando a ser judicial)
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Menor Púbere (ex: testamento) (16 a 18, pode fazer o reconhecimento
voluntário, ele já pode fazer um testamento conseqüentemente também
pode fazer o reconhecimento)
Menor Ímpubere (ato personalíssimo)
Pai (só através de ação judicial, não pode haver reconhecimento
voluntário, espontâneo)
Mãe (pode fazer, pois o próprio hospital fornece a documentação
referente ao nascimento da criança)
CARACTERÍSTICAS
EFEITOS (compulsório)
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imprescritível (não se prescreve, porém a petição de herança
prescreve em 10 anos. A ação de alimentos é imprescritível, porem só
passa a ter direito aos alimentos a partir do momento em que pleiteou,
ou seja , a partir do ajuizamento da ação. Até 18 anos, por causa do
poder familiar há a presunção de necessidade, de 18 anos em diante
tem que provar a necessidade)
ADOÇÃO
ADOTANTE
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adoção póstuma - efeitos 'ex tunc' (óbito) (deferida depois que o
adotante falece, para acontecer, o processo tem que ser iniciado pelo
adotante que faleceu, se ele deu início ao processo já é o suficiente para
continuar com o processo. Os efeitos da adoção vão retroagir a data do
falecimento para que o adotado não seja prejudicado no tocante a
herança. Se o adotado quiser iniciar um processo de investigação de
paternidade tem esse direito, se for reconhecido o pai biológico é
incluído seu nome no registro e retirado o nome do adotante)
pode por testamento? (não, jamais, não se pode deixar um
testamento dizendo que se quer adotar. O processo
ADOTADO
EFEITOS
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Situação de filho ao adotado (confere ao adotado a condição de filho
do adotante, o adotado não pode sofrer discriminação, inclusive pelos
outros filhos)
não pode ser por procuração (adoção não pode ser por procuração)
Alguns pontos:
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Se os pais deram a criança a adoção, a criança foi adotada mas
posteriormente perdeu-se o poder familiar dos adotantes com relação a
criança. Sendo assim, os pais podem adotar o filho biológico.
Uma criança que está registrada em nome da mãe, e vai ser dada em
adoção, pode-se admitir o nome do adotante e da mãe biológica em
registro, mas somente no caso do adotante concordar. Somente se ele
quiser.
É possível indicar tutor através de testamento, mas não pode pra fins de
adoção. A mãe não pode indicar uma pessoa pra adotar se essa pessoa
não se enquadrar nesses casos do art. 50.
Tem que ser no mínimo por 30 dias para brasileiro residente fora do
Brasil. No caso de não haver no Brasil nenhum adotante interessado,
pode ser adotado por uma filha internacional, porém há necessidade de
se cumprir o período de estágio de convivência no Brasil, e a criança só
pode sair do território nacional depois de sentença transitada em
julgado.
PODER FAMILIAR
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e que seja os pais. Se o filho for maior incapaz não se fala em poder familiar, e
sim curatela, ela é instituto que vem em proteção do incapaz, os próprios pais
podem ser curadores, e os efeitos da curatela não serão os mesmo que o do
poder familiar. O poder familiar não pode ser exercido concomitantemente com
a tutela) Poder familiar é inerentes aos pais, é automático. A tutela vem em
proteção do menor que não está sob o poder familiar. A curatela é a forma de
proteção do maior incapaz, é através da interdição que se busca um curador.
Código Civil de 1916 = pátrio poder (ele chamada de pátrio poder, porque
dava ênfase maior ao pai, era um código machista, a figura masculina tinha
mais previlegios, um dos exemplos era esse, o pai tinha mais poderes em
relação ao menores em relação a mãe, porem com as igualdades de direitos o
pátrio poder perdeu o sentido, passando a ser poder familiar, que é o poder de
proteção que os pais tem em relação aos filhos)
Características:
a) irrenunciável (os pais não pode renunciar o poder familiar, é inerente)
b) imprescritível (pode-se ser que os pais nunca tenham exercido com os
direitos e deveres, não quer dizer que vai ocorrer a perda)
c) indelegável (os pais não podem passar para outra pessoa os seus direitos e
deveres do poder familiar. Se os pais forem destituído do poder familiar, eles
ainda continuarão a ter deveres em relação ao menor, a destituição não pode
ser encarada como um premio para o pai, pois mesmo ele não tendo o poder
familiar ele pode ficar responsável por outras questões, como o dever de
alimentos)
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ficar o filho caso sua morte, ai ele deixa em testamento o nome de um possível
tutor. Representação é o menor impúbere e o menor não comparece ao ato, já
o menor púbere o menor participa acompanhado dos pais, ele é assistido)
Quanto aos bens = at. 1689 (os pais enquanto no exercício do poder
familiar, são usufrutuários dos bens dos filhos, é o usufruto legal, é automático,
direito de uso e gozo dos bens dos filhos, e os pais não precisam prestar
contas ao juiz acerca desse usufruto legal, acontece naturalmente. O tutor não
tem esse usufruto legal sobre os bens do pupilo. Os pais também têm a
administração dos bens dos filhos menores sob sua autoridade.)
Art. 1690 do CC
Art. 1691 do CC (prévia autorização do juiz para poder vencer imóvel do
menor em caso de necessidade. Os pais tomam providencias de alienação, os
próprios filhos e as pessoas elencadas no artigo poderá ser preiteada a
nulidade)
a) exclusão: art. 1693 (
b) conflito de interesse = art. 1692 (conflito de interesse dos pais com o do
filho, o juiz neste caso, a requerimento do filho ou do MP nomeará curador
especial. É só para representar o menor naquele caso especifico, é especifica
para o ato, que quando acaba ela não tem razão de existir)
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familiar desse filho menor que irá herdar, portanto neste caso, para os bens
específicos recebidos da sucessão ela não terá usufruto e nem administração,
sendo para tanto nomeado curador especial.)
SUSPENSÃO E A DESTITUIÇÃO
Suspensão Destituição
Fatos menos graves (suficientes Fatos mais graves
para requerer a suspensão, porém
não tão graves que poderá ocorrer a
destituição)
Pode ser de um dos filhos Gravidade = todos os filhos
(estende-se a todos filhos)
Algumas prerrogativas (mantém-se Todas (perdem-se todas as
algumas prerrogativas, somente prerrogativas)
algumas não vão ter)
Pode deixar de decretar (as vezes o Não tem outra hipótese (se houver
juiz poderá apenas chamar a atenção um fato gravíssimo o juiz é obrigado a
dos pais) realizar a destituição)
Pode ser liminar Trânsito em julgado
Pode ser prazo determinado ou Sempre por prazo indeterminado
indeterminado (o juiz decide um
prazo)
Averbação no registro do filho – nos dois casos deverá haver averbação na
margem do registro do filho, tem que ficar registrado.
Art. 1627 CC -
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b) filhos
Emancipação: cessação do poder familiar, ele foi emancipado por alguma
das forma do art. 5º do CC
Maioridade
Adoção = pais biológicos (se for menor e ele for adotado, cessa só em
relação aos pais biológicos, mas o pode familiar vai para os pais adotivos.)
DIREITO PATRIMONIAL
Princípios
autonomia (não é absoluto) (autonomia de escolha, porém não
é absoluto porque tem situações que a lei determina ser de tal
forma)
isonomia (vale para os dois contraentes,
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1642 - qualquer regime de bens, tanto o marido ou mulher pode
praticar todos os atos de disposição ou administração no exercício
da profissão (pode fazer negócios inerentes a sua profissão sem pegar
anuência do outro) O próprio cônjuge que concedeu o aval não pode
entrar com ação para anular isso. Qualquer um dos cônjuges pode
reivindicar bens que foram doados ao concubino, isso se não estiver
separado de fato a mais de 5 anos. Se separados a mais de 5 anos o
cônjuge não tem direito e desde que se prove que o concubino ajudou
na aquisição do bem, e o relacionamento com o concubino pode ser
considerado união estável. O prazo para reivindicar não é do ato da
doação e sim da cessação da união. (concumbinato é a relação
estabelecida pelo marido ou mulher comitantemente ao casamento, uma
relação de amantes)
DO REGIME DE BENS
Considerações Gerais
Art. 1.646. No caso dos incisos III e IV do art. 1.642, o terceiro, prejudicado
com a sentença favorável ao autor, terá direito regressivo contra o cônjuge, que
realizou o negócio jurídico, ou seus herdeiros.
Art. 1.647. Ressalvado o disposto no art. 1.648, nenhum dos cônjuges pode,
sem autorização do outro, exceto no regime da separação absoluta:
I - alienar ou gravar de ônus real os bens imóveis; (pode ser doação, permuta,
etc)
II - pleitear, como autor ou réu, acerca desses bens ou direitos;
III - prestar fiança ou aval;
IV - fazer doação, não sendo remuneratória, de bens comuns, ou dos que
possam integrar futura meação.
Parágrafo único. São válidas as doações nupciais feitas aos filhos quando
casarem ou estabelecerem economia separada.
Art. 1.648. Cabe ao juiz, nos casos do artigo antecedente, suprir a outorga,
quando um dos cônjuges a denegue sem motivo justo, ou lhe seja impossível
concedê-la. ( o juiz cita o outro conjuge pra saber o porque não quer dar o
consentimento, e depois julgará o pedido)
Art. 1.649. A falta de autorização, não suprida pelo juiz, quando necessária
(art. 1.647), tornará anulável o ato praticado, podendo o outro cônjuge pleitear-
lhe a anulação, até dois anos depois de terminada a sociedade conjugal.
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Parágrafo único. A aprovação torna válido o ato, desde que feita por
instrumento público, ou particular, autenticado.
Art. 1.650. A decretação de invalidade dos atos praticados sem outorga, sem
consentimento, ou sem suprimento do juiz, só poderá ser demandada pelo
cônjuge a quem cabia concedê-la, ou por seus herdeiros. (entrar com ação de
invalidade dos atos, só o conjuge que cabia a autorização ou herdeiros)
Art. 1.651. Quando um dos cônjuges não puder exercer a administração dos
bens que lhe incumbe, segundo o regime de bens, caberá ao outro:
I - gerir os bens comuns e os do consorte;
II - alienar os bens móveis comuns;
III - alienar os imóveis comuns e os móveis ou imóveis do consorte, mediante
autorização judicial.
Art. 1.652. O cônjuge, que estiver na posse dos bens particulares do outro,
será para com este e seus herdeiros responsável:
I - como usufrutuário, se o rendimento for comum;
II - como procurador, se tiver mandato expresso ou tácito para os administrar;
III - como depositário, se não for usufrutuário, nem administrador.
Prova: 1642 e 1647 - Conjuge pode ou não fazer sem autorização do outro
ato solene e condicional (solene porque precisa de ser feito por escritura
pública e condicional porque tem que ter o casamento para produzir efeitos)
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Os frutos decorrente dos bens são divididos pelo casal.
Herança é considerado um bem imóvel, portanto precisa de anuência do
cônjuge
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