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Faculdade de Direito
Nampula
2019
Universidade católica de Moçambique
Faculdade de Direito
Elementos do 4º Grupo:
Nampula
2019
Lista de Abreviatura
CC.-Código Civil
Conclusão ....................................................................................................................... 51
No que tange ao objectivo geral do trabalho este terá como foco elucidar e
desenvolver todas as componentes que envolvem a Empresa Comercial e o
Estabelecimento Comercial.
Esta abordagem tem como objectivos específicos descurar acerca das acepções
da empresa comercial, os elementos da empresa comercial bem como a classificação da
empresa comercial. Entretanto terá como enfoque o destaque da noção do
estabelecimento comercial, os elementos do estabelecimento comercial que são eles a
firma, nome e insígnia e marcas, sem deixar de mencionar os negócios sobre o
estabelecimento comercial e por fim a penhora e execução do estabelecimento
comercial.
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CORRREIA, Manuel A, Pupo, Direito Comercial Direito da Empresa, 12ªEdicao, Revista Actualizada,
Ediforum,2011, Pág. 42.
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ampla para a qual a empresa abrange um conjunto de pessoas, um elemento humano,
comportando não só os empresários.
Mas também os seus colaboradores, designadamente os trabalhadores que lhe
prestam a sua colaboração em ordem ao desenvolvimento da actividade empresarial.
Certos autores como JOSI IAVAKI S entendiam num sentido subjectivo a palavra
"empresas " utilizada no corpo do art. 210" do C.Com. podendo também considerar-se
nesse sentido o seu uso na L. n" 4/73 (agrupamentos complementares de empresas).
Empresa como Actividade
O termo empresa é, por vezes, também usado para significar a actividadc económica
exercida pelo empresário de forma profissional e organizada, em vista à realização de
fins de produção ou troca de bens e serviços.
É o sentido que ressalta do art. 2082° do CC italiano de 1942. É empresário o que
exerce profissionalmente a actividade económica organizada com o intuito de
produzirbens e serviços.
Aliás, também neste sentido se pode dizer como - que süo empresas (comerciais) as
actividades referidas no corpo do art. 230° do C.Com. c que embora empresas, não terão
qualificação de comerciais.
Mas. Como já fizemos notar, o art. 230º não circunscreve estritamente as actividades
abrangidas materialmente pelo direito comercial. A criatividade e expansionismo
caracterizadores das economias capitalistas, principais catalizadores da evolução
económica das sociedades Hodiernas, têm levado a ampliar a esfera primitiva2.
Empresa como Objecto
Trata-se, neste sentido, da organização do conjunto de factores de produção e outros
elementos congregado pelo empresário com vista ao exercício da sua actividade.
Equivale à principal acepção da palavra estabelecimento por ventura a mais expressiva
da realidade jurídica deste. E neste sentido que dizemos empresa e estabelecimento são
sinónimos.
Empresa como Conjunto activo de elementos
Este é o sentido dinâmico do termo empresa, que vê nela a expressão de um circulo de
actividade regido pela pessoa do empresário, fazendo apelo aos factores e elementos de
natureza heterogénea, actuando sobre um património de coisas e direitos dando origem
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CORRREIA, Manuel A, Pupo, Direito Comercial Direito da Empresa, 12ªEdicao, Revista Actualizada,
EDIFORUM, 2011, Pág. 43.
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a relações jurídicas, económicas e sociais, polarizados numa organização apta a
desenvolver uma actividade económica.
É o sentido mais amplo e compreensivo da empresa, que a reconduz a uma instituição
de carácter basicamente económico, mas também social, um organismo vivo polarizador
da criação da riqueza, mas também de emprego e até de cultura.
Note-se que, no âmbito do direito mercantil, esta concepção aparece mais restrita, de
traços mais singelamente circunscritos às relações jurídicas que concentra. Só uma
"colagem" de elementos conceituais, trazidos também dos outros ramos de direito que
lhe dão guarida, é que fazem surgir a plena significação institucional da empresa3.
1.1. Noção de Empresário Comercial
Antigamente o empresário era considerado como sendo aquele que prestava
determinados bens ou serviços usando como principal factor produtivo o trabalho de
outrem.
Esta é, pois, uma noção restritiva, que não abrange as organizações produtivas
dedicadas ao comércio stricto sensu, embora o seu emprego nos códigos comerciais
objectivistas tivesse o intuito de submeter os respectivos titulares ao estatuto jurídico
dos comerciantes, a par dos comerciantes tradicionais, intermediários nas trocas4.
Actualmente o código comercial não fornece, noção de empresário comercial
límitando-se, porém, no art. 2° C.com a indicar as categorias legais de empresário
comercial no sentido de que são empresários comerciais por um lado, as pessoas
singulares, também designadas por comerciantes em nome individual, e por outro lado,
as sociedades comerciais. Relativamente as pessoas colectivas, elas obedecem ao
principio da especialidade, isto é, há condições específicas para tal qualificação. É um
assunto que analisaremos mais adiante em relação as sociedades comerciais.
Podemos assim, definir empresário comercial, como sendo aquele que
enquadrando-se numa das categorias do art. 2o C.com, seja titular de uma empresa
que exerça unia das actividades comerciais tais como as qualificam o art. 3°e as
demais disposições avulsas que caracterizam e englobam no direito comercial
certas actividades económicas.
A categoria de empresário comercial, não é transmissível entre vivos e nem mortis
3
CORRREIA, Manuel A, Pupo, Direito Comercial Direito da Empresa, 12ªEdicao, Revista Actualizada,
EDIFORUM, 2011, Pág. 44.
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CORRREIA, Manuel A, Pupo, Direito Comercial Direito da Empresa, 12ªEdicao, Revista Actualizada,
EDIFORUM, 2011, Pág. 42.
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causa, na medida em que ele exige em si u reunião de certos requisitos. Requisitos
estes associados a pessoa do empresário comercial que a seguir indicamos5.
1.2. Empresário Comercial a Pessoa Singular: Requisitos
Em relação â personalidade jurídica, não há qualquer especificidade em relação ao
direito civil. A personalidade jurídica adquire-se com nascimento completo e com vida
nos termos do n° 1 do art. 66° do CC.
Em relação à capacidade comercial, que é a medida dos direitos e obrigações de
que uma pessoa é susceptível de ser sujeito, destingue-se entre a capacidade de
exercício e capacidade de gozo. No que se refere aos menores, é menor todapessoa de
um ou outro sexo enquantonãoperfizer vinte e um anos de idade e, em princípio
estariam ferridosde incapacidade de exercício profissional da actividade empresarial
por força do princípio da equivalência consagrado no art. 9o do Ccom, Contudo o art.
10o, vem estabelecer algumas excepções e nestes termos, o menor de vinte e um anos
e maior de dezoito anos pode exercer a actividade empresarial, desde que devidamente
autorizado.
Esta autorização pode ser dada pelos pais, desde que detenham a guarda do menor.
Sucede que, se os pais não exercem a guarda do menor por força de decisão judicial ou
outro qualquer impedimento, não tem poderes de autorizar o menor para a prática da
actividade empresarial.
Pelo tutor nos termos estabelcidos na lei civil e pelo juiz na falta dos pais ou do
tutor, ou quando entender conveniente e oportuno aos interesses do menor.
Assim, equivale dizer que, o juiz pode por decisão a favor dos interesses do menor
autorizar a este a prática da actividade empresarial mesmo que sem anuência dos seus
pais ou tutores.
A lei comercial impõe que tal autorização para o exercício da actividade
empresarial seja outorgada por escrito, podendo tal instrumento limitar os poderes do
menor ou impor condições para o seu exercício23, indicar o ramo da actividade a ser
explorado pelo menor, fixar prazo de validade da autorização e, mesmo quando
concedida por tempo determinado, pode ser revogada, a qualquer altura, pelo
outorgante, salvaguardados os direitos adquiridos de terceiros. Impõe igualmente o
5
JUNIOR, Manuel, Guilherme, Manual de Direito Comercial Moçambicano, Vol.1, Escolar Editora,
Maputo, 2013, Pág. 55.
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legislador que esta autorização seja registada para que seja válida perante terceiros6.
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Maputo, 2013, Pág. 56.
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JUNIOR, Manuel, Guilherme, Manual de Direito Comercial Moçambicano, Vol.1, Escolar Editora,
Maputo,2013, Pág. 57.
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É necessário que se organizem factores de produção com vista a criar actividades
económicas, resultantes de uma daquela subtilidade económica que as leis consideram
como comerceiam.
Em jeito de conclusão, é empresário comercial, quem possui exerceu ma empresa
comercial, que é titular, de uma organização daquelas que a lei qualifica como empresa
comercial para através dela exercer uma actividade empresarial de forma profissional.
A plena capacidade comercial ai de deperder de uma pessoa singular ou colectiva,
terá capacidade civil em ao estar abrangida por alguma norma, que esta dele uma
restrição ao exercício do comercio8.
O exercício profissional deve ser de modo pessoal, independente o autónomo, isto é, em
nome próprio sem subordinação de outrem.
É necessário que se organizem factores de produção com vista a criar utilidades
económicas, resultantes de uma daquelas utilidades económica que a lei considera como
comerciais.
Em jeito de conclusão, é empresário comercial, quem possui e exerce uma empresa
comercial, quem é titular de uma organização daquelas que a lei qualifica como empresa
comercial para através dela exercer uma actividade empresarial de forma profissional.
A plena capacidade comercial há-de depender de uma pessoa singular ou colectiva,
ter a capacidade civil e não estar abrangida por alguma norma, que estabeleça uma
restrição ao exercício do comércio9.
1.4. Restrições ou Proibições ao Exercício da Profissão de Empresário
Comercial
Embora o exercício da actividade empresarial seja livre bastando o
preenchimento dos requisitos gerais anunciados anteriormente, existem
situações que há limitação do exercício profissional do comércio. Tais situações
podem se consubstanciar em proibições legais e impedimentos. Inibições e
incompatibilidades.
1.5. Impedimentos e Proibições Legais ao Exercício do Comércio
Os impedimentos consubstanciam as situações em que determinado sujeito ainda
que civilmente capaz está vedado por lei para a prática de actos de comércio de forma
8
JUNIOR, Manuel, Guilherme, Manual de Direito Comercial Moçambicano, Vol.1, Escolar Editora,
Maputo, 2013, Pág. 58.
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JUNIOR, Manuel, Guilherme, Manual de Direito Comercial Mocambicano,Vol.1, Escolar Editora,
Maputo, 2013, Pág.58.
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profissional. Nesta situação, estão por exemplo, os administradores das sociedades por
quotas.
Nos termos do art. 324o do C.com, os administradores não podem, sem o
consentimento expresso dos sócios exercer, por conta própria ou alheia, actividade
abrangida no objecto social da sociedade, desde que esteja a ser exercida por ela ou o
seu exercício tenha sido objecto de deliberação dos sócios.
Equivale dizer que, há protecção da concorrência e na nossa opinião, da
concorrência desleal que resultaria do exercício do comércio no mesmo ramo de
actividade ou objecto comercial pelo administrador.
O administrador nos termos deste artigo só poderá exercer a actividade nos termos
anteriormente ditos se consentirem os sócios da sociedade onde ele é administrador.
Esta limitação faz todo o sentido na medida em que recai em gerais sobre os
administradores o dever de diligência.
A questão que se pode colocar é a de saber se tal consentimento terá de rir de todos
os sócios ou se basta a vontade da maioria.
Entendemos que tal consentimento terá de ser expresso e resultará de deliberação
dos sócios seguindo as regras da maioria estabelecidas para cada tipo societário ou
resulte do estatuto da sociedade.
Por fim, importa anotar que este impedimento que recai sobre os administradores é
parcial e não geral na medida em que só se aplica ao ramo de actividade ou objecto
igual ou coincidente com o da sociedade. Equivale dizer que, o administrador não está
impedido no seu todo de exercer actividades comerciais10.
Outro impedimento resulta do art. 14o do C.com nos termos do qual, estão
impedidos do exercício da actividade empresarial:
a) as pessoas colectivas que não tenham por objecto interesses materiais.
b) Os Impedidos por Lei Especial.
Relativamente ao primeiro aspecto, encontra a sua essência na natureza do próprio
direito comercial e das suas normas que se associam ao exercício de uma actividade
lucrativa. O que a lei impede, como escrevemos noutro lugar, não é a prática de actos de
comércio, mas sim, do exercício profissional da actividade comercial e a aquisição da
qualidade de empresário comercial.
10
JUNIOR, Manuel, Guilherme, Manual de Direito Comercial Mocambicano,Vol.1, Escolar Editora,
Maputo, 2013, Pág.58.
8
Veja-se por exemplo, a fundação para o desenvolvimento da comunidade (FDC),
desenvolve uma série de acções beneméritas e até tira dinheiro para várias actividades
mas não o faz com vista a lucrar, ou seja, uma empresa de facturação de lucros embora
possa em certas circunstâncias vender um bem de sua pertença. O que irá acontecer é
que esse acto será regulado pela lei comercial, mas, no entanto, a FDC não será por isso
considerada empresário comercial.
A par dos impedimentos há aquilo que ousamos chamar proibições legais com o
intuito apenas de diferenciar aqueles actos que são limitados a certa categoria de
sujeitos e por isso, exclusivos a eles. A título de exemplo, o comércio bancário está
reservado apenas as instituições de crédito por força da Lei n° 15/99 de 1 de Novembro
com as alterações introduzidas pela Lei n° 9/2004 de 21 de Julho. Estabelece o n° 1 do
art. 7° da referida lei que só as instituições de crédito podem exercer a actividade de
recepção, do público, de depósitos ou outros fundos reembolsáveis, para utilização por
conta própria.
Para o efeito, só pode ser praticado por sociedades anónimas com certos
condicionalismos em termos de capitais a investir e com necessidade de intervenção do
Banco de Moçambique quer para autorização quer para fiscalização ou supervisão.
Resulta disto que, aquele que não tiver compreendido nas categorias legais para a
prática destes actos, não pode fazê-lo e uma vez praticados irá consubstanciar o crime
de exercício ilegal de profissão titulada previsto e punido pelo parágrafo 2° do art. 236 o
da CP11.
1.6. Incompatibilidades
A noção dei incompatibilidade está associada a impossibilidade de certo sujeito em
função da posição determinada que ocupa, estar impedido de praticar certos actos ou
negócios. Não quer significar que ele não tenha capacidade e muito menos a
possibilidade física de o fazer. Tem é a, impossibilidade de o fazer por força da posição
que ocupa nesse dado momento podendo cessar se tal posição deixar de existir
relativamente, a pessoa que recai a proibição.
Nesta situação estão os magistrados que por força da Constituição do modo geral e
do seu estatuto não podem ser simultaneamente magistrados e empresários comerciais.
Estabelece o art. 219oda CRM. que "os Magistrados Judiciais e do Ministério
11
JUNIOR, Manuel, Guilherme, Manual de Direito Comercial Moçambicano, Vol.1, Escolar Editora,
Maputo, 2013, Pág. 58-61.
9
público em exercício, não podem desempenhar quaisquer outras funções públicas ou
privadas, excepto a actividade de docente ou de investigação jurídica ou outra de
divulgação e publicação científica-literária artística e técnica, mediante prévia
autorização do conselho Superior de Magistratura Judicial.
12
JUNIOR, Manuel, Guilherme, Manual de Direito Comercial Moçambicano, Vol.1, Escolar Editora,
Maputo, 2013, Pág. 61-62.
10
No entanto, há limites relativamente aos actos que compreendem o exercício da
empresa comercial que possa afectar o património comum, do casal isto quer dizer
que, o cônjuge que se sentir prejudicado pelos actos praticados por outro cônjuge no
exercício da empresa comercial pode usar os mecanismoslegaispara opor-se contra os
mesmos.
Quando, o cônjuge empresário comercial pretender prestar garantias tais como o
aval ou outras, deverá obter anuência expressa do outro cônjuge sob pena de nulidade
do acto praticado. Exceptuando-se os bens pessoais.
A existência de bens pessoais, só ê possível se o casamento tiver sido em regime de
separação de bens ou de comunhão de bens adquiridos, parece-nos não fazer sentido a
aplicação desta disposição quando se trate de comunhão geral de bens a menos que se
tratem de bens incomunicável independente do regime de casamento adoptado pelos
cônjuges.
Havendo separação de pessoas e bens nos termos dos artigos 176o e seguintes da Lei
da Família ou ainda havendo apenas a separação de bens, o cônjuge empresário
comercial que tiver contraído obrigações no âmbito do exercício da sua empresa
comercial, irá responder pelo seu património não dotal cabendo-lhe inclusive a
possibilidade de empenhá-los, vendê-los, hipotecá-los ou aliená-los sem dependência de
autorização do outro cônjuge.
Tais liames previstos por lei, não terão igual valor se os cônjuges por exemplo,
constituírem conjuntamente e como sócios, uma sociedade por quotas de
responsabilidade limitada nos termos do art. 284o do C.com.
É que, a ideia de protecção do património do sócio não empresário comercial cai
por terra na medida em que haverá entre eles um novo ente que é a sociedade por quotas
a qual se aplicará o regime consagrado para o efeito. Por isso, não fará qualquer sentido
a discussão deste assunto13.
13
JUNIOR, Manuel Guilherme, Manual de Direito Comercial Moçambicano, Vol.1, Escolar Editora,
Maputo, 2013, Pág. 62-63.
11
sentido lato, abrangem todas as que desempenham uma das actividades qualificadas na
lei como comercias; e, em sentido restrito, apenas as que se dedicam ao comercio em
sentido económico, pois no ponto de vista jurídico-privado estão quase na totalidade
abrangidas no sentido lacto e jurídico da classe empresas comerciais).
14
CORREIA, Miguel J.A. Pupo, Direito Comercial, Direito da Empresa, 12ª edição, Revista e
Actualizada, EDIFORUM, Lisboa, Setembro, 2011, Pág. 46.
15
REPÚBLICA DE MOÇAMBIQUE, Lei nº 23/2007, de 1 de Agosto, 1ª edição, Minerva press, 2016.
12
No contexto deste fenómeno, que atravessa todo o restante do séc. XX e do qual
inda subsistem marcas significativas nos ordenamentos político-económicos do nosso
tempo, surgiram diversos tipos de soluções institucionais através das quais o Estado e
outros Poderes Públicos, assumiram a exploração directa de actividades económicas ou
através delas se associaram a agentes económicos privados.
1) Empresas públicas em sentido lacto, que por sua vez são de duas espécies:
a) Empresas públicas em sentido restrito: sociedades constituídas nos termos da
lei comercial (sociedades comerciais ou civis em forma comercial) nas quais o
16
REPÚBLICA DE MOÇAMBIQUE, Lei nº 23/2007, de 1 de Agosto, 1ª edição, Minerva press, 2016.
13
Estado ou outras entidades públicas estaduais possam exercer – isolada ou
conjuntamente e directa ou indirectamente – uma influência dominante, mercê
de uma das seguintes circunstâncias: detenção da maioria do capital ou dos
direitos de voto, direito de designar ou destituir a maioria dos membros dos
órgãos de administração ou de fiscalização.
b) Entidades públicas empresariais: pessoas colectivas de direito publico, com
natureza empresarial – ou seja, que tenham por objecto o exercício de
actividades económicas, nomeadamente de produção e/ou comercialização de
bens ou de prestação de serviço – criadas pelo Estado.
O mandante comercial difere do mandato civil que nos termos do art. 1158º do Código
Civil presume-se gratuito excepto se o seu exercício corresponder a actos de profissão,
caso em que há lugar a presunção da sua onerosidade.
17
CORREIA, Miguel J.A. Pupo, Direito Comercial, Direito da Empresa, 12ª Edição, Revista e
Actualizada, EDIFORUM, Edições Jurídicas, Lisboa, Setembro, 2011, Pág. .48.
18
JUNIOR, Manuel Guilherme, Manual de Direito Comercial Moçambicano, Vol.1, Escolar Editora,
Pág. 64.
14
1.9.2. Gerente
É aquele que em nome e por conta de um empresário trata do comércio no lugar
onde este empresário comercial tenha ou o peça para actuar, ou seja, aquele que sobre
qualquer outra designação de acordo com os usos comerciais, se coloca na situação de
tratar do comércio de outrem no lugar onde o empresário exerce a empresa ou em
qualquer outro lugar.
Entende-se que para tal facto se deve à maior ligação que este, assume para com
a sociedade e/ou com os actos relativos ao exercício do comercio no seu dia-a-dia.19
1.9.3. Comissário
Trata-se de uma espécie de mandato sem representação. Em termos gerais, dá-se
por comissão quando a pessoa executa um mandato comercial sem menção alguma do
mandante (empresário comercial). Na verdade, há aqui uma vinculação do comissário
que acontece em virtude de ter havido um acordo entre o comissário e o comitente que
neste caso é o empresário comercial.
É preciso anotar que quando o comissário vai actuar relacionando com terceiros
no restarão duvidas de que ele prática actos de comercio más, tal só em consequência da
vinculação que ele tem como o empresário comercial. Assim, prática actos de comercio
em representação de outrem numa situação de mandato de representação.
19
JUNIOR, Manuel Guilherme, Manual de Direito Comercial Moçambicano, Vol.1, Escolar Editora,
Pág. 64.
15
Há, quanto a nos, e em conformidade com a posição defendida pelo Professor
Luís Teles de Menezes Leitão e, fortemente consagrada pela nossa lei civil, a
consagração da teoria da dupla transferência. Assim, quando os art.1180º do CC, ao
referir que se o mandatário agir em nome próprio adquire os direitos e assume as
obrigações resultantes dos negócios que celebra, os efeitos dos negócios não se
repercutem assim directamente na esfera do mandante, mas antes na esfera do
mandatário, de onde terão de ser posteriormente transferidos para o mandante.
1.9.4. O mediador
Se atentarmos ao que escrevemos anteriormente as figuras de mandatário,
gerente e comissário podemos facilmente concluir que estas figuras se encontram
associadas à pessoa do empresário comercial.
O mediador é autónomo deste e em principio não se pode assumir que ele prática
actos jurídicos na terminologia rigorosa de Mota Pinto.
Para o professor Mota Pinto, os actos jurídicos simples são factos voluntários
cujos efeitos se produzem, mesmo que não tenha sido previstos ou queridos pelos seus
autores, embora muitas vezes haja concordância entre a vontade de produção dos efeitos
correspondentes ao tipo de simples acto jurídico em causa para essa eficácia se
desencadear.
20
JUNIOR, Manuel Guilherme, Manual de Direito Comercial Moçambicano, Vol.1, Escolar Editora,
Pag.65-66.
16
contrario do mandatário comercial que poderá outorgar o contrato em representação do
mandante. Limita-se a criar as condições para que o contrato seja celebrado se as partes
aproximadas assim o entender e o seu papel termina com a aproximação das partes.
21
JUNIOR, Manuel Guilherme, Manual de Direito Comercial Moçambicano, Vol.1, Escolar Editora,
Pag.66-67.
22
JUNIOR, Manuel Guilherme, Manual de Direito Comercial Moçambicano, Escolar Editora, Vol. I,
Maputo,2013, Pág. 83-84.
17
própria firma, os próprios direitos ou relações jurídica, como instrumento do exercício
do comércio.23
23
CORREIA, Ferrer A. Lições de Direito Comercial, Lisboa, Pág.117-118
24
CORREIA, Miguel, J.A. Pupo, Direito Comercial Direito da Empresa, 12ª Edição, Revista e
Actualizada, Lisboa, 2011, Pág. 50.
18
industrial que recaem sobre as patentes, marcas, nome e insígnias do
estabelecimento25.
25
JUNIOR, Manuel Guilherme, Manual de Direito Comercial Moçambicano, Escolar Editora, Vol. 1,
Maputo, 2013, Pág. 85.
19
encomendas. Por outro lado a clientela virtual que corresponde as expectativas
ou possibilidades de que os novos clientes se dirijam a empresa.26
Elemento de Facto/ o Aviamentos- vai ser a capacidade lucrativa da empresa, a
aptidão para gerar lucros resultantes do conjunto de factores nela reunidos.
O aviamento resulta do conjunto de elementos da empresa, mas também de
certas situações de facto que lhe potenciam a lucratividade. O aviamento confere
ao estabelecimento uma mais-valia em relação ao elementos patrimoniais que o
integram, a qual é tida em conta na determinação do montante do respectivo
valor global.
2.2.1. Sinal Distintivo do Comércio
26
CORREIA, Miguel, J. A Pupo, Direito Comercial Direito da Empresa, 12ª Edição Revista e
Actualizada, Lisboa, 2011, Pág. 52-55.
27
CORREIA, A, Ferrer. Lições de Direito Comercial.
20
relativos a sua actividade. Portanto, é obrigação essencial do empresário comercial, usar
um nome no exercício da sua empresa, esse nome representa a sua identidade comercial.
2.3.Conceito de Firma
2.3.1. No Sentido Objectivo
28
JUNIOR, Manuel Guilherme, Manual do Direito comercial moçambicano, Vol.1, Escolar editora
2013. Pág. 68-69.
21
singular ou sociedade comercial, o que pode permitir a separação da sua actividade civil
da comercial e dada a multiplicidade de nomes idênticos ou semelhantes habilitar a que
se efectuem varias composições com o nome civil que em comércio permite distinguir o
empresário dos outros com nomes próximos. (artigo 18º C.Com).29
A firma consoante os casos pode ser formada com o nome de uma ou mais
pessoas, fala-se aqui de firma-nome, ou pode ser constituída com a expressão relativa ao
tipo de actividade que ele exerce ou se propõe exercer, aditada ou não de elementos de
fantasia que é designada firma denominação ou simplesmente denominação, e em
terceiro lugar a firma mista, que resulta da conjugação dos elementos anteriores na
composição de uma mesma firma.
Mas quem qualquer dos casos a firma é um sinal nominativo e não emblemático,
e como a firma desempenha o mesmo papel desempenhado pelo nome civil todo
empresário comercial, quer seja pessoa colectiva ou singular de adoptar uma firma.
Nos termos do art. 21º C.com, a firma deve ser redigido obrigatoriamente em
língua oficial ou mediante a junca da tradução oficial quando se trate da adopção de
firma em outras línguas, sendo admissível em caso tratem da adopção de firma em
outras línguas, sendo admissível em casos excepcionais dispostos no mesmo artigo, o
não uso da língua oficial.31
29
JUNIOR, Manuel Guilherme, Manual do Direito comercial moçambicano, Vol.1, Escolar Editora
2013. Pág. 69-70.
30
CORREIA, A, Ferrer. Lições de direito comercial. Pág. 151.
31
JUNIOR, Manuel Guilherme, Manual do Direito Comercial Moçambicano, Vol.1, Escolar Editora
2013, Pág. 70.
22
2.3.4. Princípios Relativos à Constituição da Firma
2.3.4.1.Princípio da Verdade
De acordo com este princípio a firma deve espelhar a realidade a que se reporta,
não induzindo em erro relativamente à caracterização jurídica do ente, quer quanto á
identidade do empresário (tratando-se de comerciante em nome individual), quer quanto
a identidade dos sócios (tratando-se de uma empresa colectiva), quer ainda quanto a
natureza da sociedade e a índole ou âmbito do próprio estabelecimento.32
A firma deve espelhar a realidade a que se reporta não induzindo em erro quanto
a caracterização jurídica do empresário, e sem prejuízo das disposições especiais do
artigo 26º C.Com. A parir deste princípio aferir se estamos perante um empresário
comercial pessoa singular ou colectiva, o seu ramo de actividade, e tratando-se de
Sociedade comercial, o tipo de sociedade de que se trata.
32
CORREIA, A, Ferrer. Lições de Direito Comercial, Pág. 153.
23
2.3.4.2.Princípio da Novidade
Nos termos do art. 20º C.com, a firma deve ser distinta, e insusceptível de
confusão ou erro com qualquer outra já registada, exigindo-se no ajuizamento dessa
confusão, considerar o tipo de empresário, o seu domicílio ou sede e bem assim a
proximidade ou afinidade, das actividades exercidas ou a exercer e ainda a existência de
nomes de estabelecimentos, insígnias ou marcas de forma semelhantes que possam
induzir em erro sobre a titularidade dos mesmos sinais distintos.
Pelo uso ilegal da firma, assiste ao seu titular legítimo o direito de proibir o seu
uso ou até exigir danos provenientes do seu uso ilegal sem prejuízo do procedimento
criminal nos termos do art. 25º C.com.
33
JUNIOR, Manuel Guilherme, Manual do Direito Comercial Moçambicano, Vol. 1, Escolar Editora
2013. Pág. 72-73.
34
CORREIA, A, Ferrer. Lições de Direito Comercial. Pág. 161-163
24
Na verdade, a disposição do art. 25º C.com, reconhece ao empresário comercial,
titular da firma devidamente registada não só o direito do uso exclusivo da firma, como
também e fundamentalmente, as seguintes possibilidades legais. C.com não fala
relativamente a este, como propriamente um princípio.35
Mas para que estas garantias possam ser exercidas, ou, de modo mais exacto,
para que o direito ao uso exclusivo exista, impõe a lei o cumprimento de uma
formalidade essencial: o registo da firma. O direito à firma não nasce do simples uso,
mas apenas do registo, que reveste naturezas constitutivas.
a) Exigir aquela que usa ilegalmente a firma que não continue a usa-la,
evitando confusão, prejuízos futuros, mesmo que o interessado não tenha
ainda sofrido efectivamente o prejuízo, ou ainda, o usurpador da firma não
tenha feito de má fé, ou até ignorando dos prejuízos que ia causar.37 Por
outro lado, o uso ilegítimo da firma não existe apenas quando um terceiro a
usa integralmente: poderá ainda versificar-se, conforme as circunstâncias do
caso concreto, através de um uso parcial da firma (quer se trate do seu
núcleo, quer mesmo dos aditamentos porventura nela contidos)
O direito à proibição do uso da firma compreende o de exigir a eliminação de
todas as situações que possam prejudicar o titular. Por exemplo, poderá exigir-se
35
JUNIOR, Manuel Guilherme, Manual do Direito Comercial Moçambicano, Vol. 1, Escolar Editora
2013. Pág. 73.
36
CORREIA, A, Ferrer. Lições de Direito Comercial. Pág. 166.
37
JUNIOR, Manuel Guilherme, Manual do Direito Comercial Moçambicano, Vol.1, Escolar Editora
2013, Pág. 73.
25
o cancelamento da matrícula, a eliminação da firma dos papéis da concorrência,
da fechada do estabelecimento;38
b) A segunda possibilidade que assiste ao titular da firma é a de intentar uma
acção por perda e danos nos termos do art. 483º CC, para obter reparação,
quer resulte de negligência ou de culpa;
c) Em terceiro lugar, pode intentar uma acção criminal nos termos do 25º
C.com, se a ela houver lugar por qualquer crime que tenha resultado do uso
ilegal da firma.
38
CORREIA, A, Ferrer. Lições de Direito Comercial. Pág.167.
39
JUNIOR, Manuel Guilherme, Manual do Direito Comercial moçambicano, Vol.1, Escolar Editora
2013. Pág. 74.
26
2.5.1. Natureza Jurídica do Direito a Firma
a) É uma espécie ou modalidade particular do direito ao nome – é um direito de
personalidade de aspecto fortemente patrimonial (não um puro direito de
personalidade)
b) Trata-se de um direito (real: do tipo da propriedade) sobre uma coisa ou bem
imaterial: a firma tem um valor de uso e um valor de troca; é transmissível
(embora não em separado do estabelecimento constitui (apesar disto) um
objectivo jurídico do próprio estabelecimento (e não uma simples qualidade
deste), porque o comerciante pode alienar o estabelecimento e reservar a firma
para outro que também possua ou que se proponha criar. O comerciante tem
gozo pleno da sua firma (das utilidades que ela é susceptível de proporcionar,
segundo a natureza das coisas) – e o gozo exclusivo; mas a obrigação passiva
universal correspondente ao direito real de gozo é restrita aos comerciantes da
área da respectiva conservatória (salvo o caso das denominações particulares).
c) O direito subjectivo a firma tutela interesses de uma dupla natureza: ele tutela,
antes de mais, a personalidade do comerciante (interesses não patrimoniais),
sendo algo de semelhante ao nome civil; mas tutela também interesses de outra
ordem; interesses, não da personalidade, mas da organização comercial, da
empresa, de cuja fama e crédito a firma é expoente, cuja clientela ajuda a criar e
a manter.40
2.6.Transmissão da Firma
40
CORREIA, A, Ferrer. Lições de Direito Comercial. Pág. 167-169
41
JUNIOR, Manuel Guilherme, Manual do Direito Comercial Moçambicano Vol.1, Escolar Editora
2013. Pág. 75-76.
27
Conservando a firma, o adquirente passa a usa-la como meio através do qual
funda a presença do publico demonstrando a continuidade da empresa, retirando
vantagens do antigo proprietário. O código também protege o interesse dos clientes no
sentido de que não se pode admitir uma mudança radical das condições que fizeram
manter, exigir a confiança do antigo proprietário e igualmente, procura-se proteger os
fornecedores. Tal sucede porque, como dispõe o nº 6 do art. 36º do C.com, a
transmissão da firma só é possível conjuntamente com a empresa comercial a que se
acha ligada.
Deste modo, se por um lado, não é possível transmitir apenas a firma sem o
respectivo estabelecimento, por outro, o adquirente assume as obrigações que recaiam
sobre o alienante.
42
JUNIOR, Manuel Guilherme, Manual do Direito Comercial moçambicano Vol.1, Escolar Editora
2013. Pág. 75-76.
28
2.7.1. Caducidade e Renúncia da Firma
Caduca a firma nos termos do art. 39º do C.com, nas seguintes circunstâncias:
Por forçar desta aliena c) do art. 39º, impõe-se ao empresário comercial o dever de
provar a continuidade do exercício do comércio em cada trimestre do ano na entidade
competente para o registo, sob pena de ver a firma caducada e sem a possibilidade de
invocar a mesma.
43
JUNIOR, Manuel Guilherme, Manual do Direito Comercial Moçambicano, Vol. 1, Escolar editora
2013. Pág. 76-77.
29
2.7.2. Renúncia da Firma
44
JUNIOR, Manuel Guilherme, Manual do Direito Comercial Moçambicana, Vol.1, Escolar editora
2013. Pág. 78.
45
JUNIOR, Manuel Guilherme, Manual do Direito Comercial Moçambicana, Vol.1, Escolar editora
2013. Pág. 78.
30
b) Inventário e Balanço. Serve para lançar detalhadamente a situação inicial
da empresa e outros tantos balanços que o empresário comercial é obrigado
por lei.
c) Livros de Actas. Este livro esta associada à ideia de existência de pessoa
colectiva e no caso em concreto, sociedade comercial. Serve para lavraras
actas das reuniões e sócios ou associados, de administradores e do órgão de
fiscalização, devendo cada uma delas expressar, a data da realização da
reunião, os nomes do participantes ou referência à lista de presenças
autenticada pela mesa, os votos emitidos, as deliberações tomadas e tudo o
que possa servir para as conhecer e fundamentar e assinatura pela mesa e na
inexistência desta, pelos participantes
O livro de acta assegura que toda informação relativa as reuniões dos órgãos
sociais da sociedade ou dos sócios possam ser conhecidas e facilitem a
compreensão dos procedimentos e decisões tomadas na sociedade.46
46
JUNIOR, Manuel Guilherme, Manual do Direito comercial moçambicana, Vol.1, Escolar editora
2013. Pág. 79.
31
2.8.3. Forma de Escrituração
A escrituração deve ser efectuada nos termos do artigo 48º do C.Com, pelo
empresário ou por qualquer outra pessoa devidamente autorizada, podendo se presumir
que aquele que efectuou a escrituração tinha autorização para o efeito.
O registo comercial, tem por fim publicar os actos que compreendem descrição e
identificação do empresário e todos os actos relevantes que como tal a lei só qualifica e
por isso sujeito a registo. A vantagem do registo esta na publicidade, pois através do
registo publicitam-se as actividades do empresário comercial, como também do publico
em geral nos termos do art. 58 C.Com.47
47
JUNIOR, Manuel Guilherme, Manual do Direito Comercial Moçambicano, Vol.1, Escolar Editora
2013, Maputo, Pág. 80- 81.
48
CORREIA, A. Ferrer, Lições de Direito Comercial, V.I, Coimbra,1994, Pág. 171.
32
2.9.1. Constituição do Nome e Insígnia
Vê-se que a lei não fazia distinção rigorosa entre a firma e o nome do
estabelecimento. Mas havia de transigir com as inúmeras situações criadas. O registo do
nome, firma ou denominação social do respectivo dono, completo ou abreviado, como
nome de estabelecimento.
O facto de se tratar de um sinal figurativo ou emblemático não exclui que possa ser
construído com quaisquer expressões, nomeadamente com o nome do estabelecimento
ou com a firma do titular. E essencial, no entanto, que as expressões utilizadas se
49
CORREIA, A. Ferrer, Lições de Direito Comercial, V.I, Coimbra,1994, Pág. 171.
33
representem de tal modo que no conjunto sobreleve a forma ou configuração especifica,
como elemento distintivo e característico. O direito á insígnia tem por conteúdo, nestes
termos, não o teor ou significado literal das expressões nela contidas, mas apenas a
forma especial com são apresentadas.
Mais concretamente, não poderão ser registadas como nome ou insígnia expressões
ou figuras alusivas á actividade desenvolvida na empresa que, pelo seu carácter
genérico, ao tenham eficácia individualizadora ou diferenciadora, como por exemplo
Restaurante, Instituto de Beleza, casa de tecidos, a figura de um pincel, para uma
barbearia, o desenho de um sapato. Não poderão ser igualmente registadas aquelas
expressões ou figuras que, por virtude do seu uso vulgarizado na linguagem corrente ou
nos hábitos leais e constantes do comércio, se devam considerar como que do domínio
publico, e por virtude disso, insusceptível de apropriação. Exemplo: O melhor
restaurante, Grane Hotel, Instituto de Beleza Ideal, a figura de um chinês como insígnia
de uma casa de chá.
50
CORREIA, A. Ferrer, Lições de Direito Comercial, V. I,Coimbra,1994. Pág. 172, 173.
34
pedem deixar de estar subordinados. A lei não a refere de modo expresso, mais
implicitamente a pressupõe ao determinar, no n.º 1⁰ do art. 159⁰, que se em relação a
mesmo estabelecimento existir mais de um registo de nome ou insígnia, só valerá o
primeiro regularmente feito.
Esta norma permite que um comerciante, desde que haja perigo de concorrência
desleal, faça oposição ao registo de um nome ou insígnia idênticos ou semelhantes aos
do seu estabelecimento, embora lhe não seja lícito invocar no caso o princípio do
exclusivismo, nos termos do art.147⁰ (e do art.144.⁰ n.⁰7).51 O referido direito de
oposição existe, portanto, para além do domínio em que funciona protecção decorrente
do chamado princípio do exclusivismo. Assim, um comerciante que tenha registado
determinado nome e insígnia para um estabelecimento não poderá invocar o n.º 7 do
art.144⁰ como fundamento de oposição ao registo de um nome ou insígnia idênticos
para o estabelecimento de outros comerciantes localizados em qualquer das províncias.
51
CORREIA, A. Ferrer, Lições de Direito Comercial, V. I,Coimbra,1994. Pág. 172, 173.
35
Ao se tutelar o direito ao nome registado do estabelecimento contra o uso do
mesmo nome por parte de concorrente, e isto em todas e quaisquer circunstâncias,
independentemente da verificada ou mesmo do simples perigo da verificação de um
prejuízo, porem, em contrapartida da intensidade da tutela conferida, esta só é eficaz
dentro dos limites especiais fixados. Diversamente, destina-se a proteger (contra o
registo de nome idêntico ou semelhante o titular de um nome registado fora da área em
que ele beneficia do exclusivismo, e ainda o utente de um nome não registado (ou cujo
registo já caducou); mas a protecção esta aqui condicionada á prova de que o requerente
do registo pretende fazer concorrência desleal, ou de que o registo ocasionará por si um
estado de coisas propicio a tal concorrência, ainda que acaso não seja essa identificado
daquele que o vem requerer.
Tal como em relação á firma, e por razão idêntica, a lei só permite a transmissão
do nome e da insígnia juntamente com o estabelecimento a que respeite: art.157⁰. Por
outro lado, salvo declarações em contrário e á parte a hipótese prevista no nr 2⁰ do art.
157⁰, a transmissão do estabelecimento envolve o respectivo nome ou insígnia nos
termos do n⁰ 1 do art. 157⁰.
52
CORREIA, A. Ferrer, Lições de Direito Comercial, V. I,Coimbra,1994. Pág. 172, 173.
36
Quanto as formas da transmissão do nome ou da insígnia, serão as exigidas para
a transmissão do estabelecimento de que são acessórios. Mais o preceito era
desnecessário, uma vez que a transmissão destes sinais distintivos só é permitida em
casos de alienação do estabelecimento e há-de obedecer, por consequência as mesmas
formalidades.
Marca
2.11.1. Conceito:
Por outro lado se as mercadorias marcadas forem de boa qualidade, a marca surgirá
como um símbolo da capacidade ou da seriedade de certa empresa. Será natural, por
isso, que os consumidores, quando possam identificar essa empresa através da própria
marca ou por outra via, acabem por preferir genericamente os seus produtos, mesmo os
não diferenciados. A marca funciona como um cartão de apresentação do empresário
que a usa, como um facto de potenciação da sua clientela.
53
CORREIA, Ferrer A, Lições de Direito Comercial, volume I, Coimbra, 1994, página 179 e 180
37
com idêntica composição, não tenham mesmo nome ( a mesma marca). A consequência
deste condicionalismo é a eliminação da concorrência54.
a) Nos termos do número 1 e 2 do artigo 76º, o direito de usar marcas compete aos
industriais e fabricantes, para assinalar os produtos do seu fabrico, e aos
comerciantes, para assinalar os produtos do seu comércio.
No último caso temos chamados marcas comercias; no primeiro, as marcas
industriais ou de fabrica ( ou, as marcas de produtor, para abranger também as
referidas no numero 3 do artigo 76º).
b) Além destas, há também as marcas de artífice (artigo 76º, número 4). A marca
de artífice não é uma marca de produtor. Não quis o legislador, com a disposição
do número 4 artigo 76º, conceder aos artífices que trabalham em regime de
artesanato o direito de assinalar os produtos da sua indústria. Esse direito já
resultava do número 1 do mesmo artigo.
c) Note-se ainda, por último, a existência de marcas colectivas. A nossa lei
reconhece expressamente esta categoria de marcas, atribuindo o direito de usar
aos organismos de coordenação económica e corporativos, para assinalar os
produtos das actividades nos mesmos representadas ou provenientes de certas
regiões. (numero 5 do artigo 76º).
Em regra, essas marcas são usadas, não pelo organismo associativo a quem
pertençam, mas sim pelos empresários neles integrados.
Em princípio, nenhum empresário é obrigado a usar marcas (artigo 75º). Este regime
é perfeitamente compreensível, aliás a marca estaria em condições de desempenhar a
sua função económica. A marca é um meio de recomendação do produto à clientela.
Há, no entanto, certos produtos que, por lei, têm de ser marcados. Assim as obras de
pratas e ouro, além da chamada marca de contraste (que constitui a garantia oficial do
toque legal), devem ter ainda a marca do fabricante. A mesma obrigação pesa também
sobre o fabricante de cartas de jogar.
54
CORREIA, Ferrer A, Lições de Direito Comercial, volume I, Coimbra, 1994, Pág. 179-180
38
Estas marcas de fabricante, quando impostas por lei, desempenham uma função de
garantia: destinam-se a possibilitar a identificação do produtor, para em caso de
irregularidades, lhe pedir contas55.
Nos termos do número 2 do artigo 79º as cores, por si só, não podem constituir
marca, salvo se forem unidas e combinadas entre si ou outros elementos, por forma
peculiar e distintiva. A lei refere, por forma meramente exemplificativa, aquilo que os
autores alemães designam por sinais fracos: sinais desprovidos de capacidade distintiva
e que, por consequência, não podem ser protegidos como marcam.
55
CORREIA, Ferrer A, Lições de Direito Comercial, volume I, Coimbra 1994, Pág. 183
39
princípio da especialidade da marca aos produtos da mesma espécie ou fins, nessa
conformidade tendo substituído ao sistema do registo por classes o sistema de registo
por produtos. (artigo 90.º).
Em segundo lugar, o direito sobre a marca deriva da sua adopção e do seu uso. O
registo apenas da uma consistência maior a esse direito, protegendo mais eficazmente o
seu titular e estabelecendo em seu favor uma presunção de uso legítimo. Exemplo: A
regista a marca que começou a usar um certo momento; B tinha começado a usar uma
marca idêntica em momento anterior, embora não tivesse registado: o direito do A cede.
Se nem um nem o outro registou a marca, prevalece o direito do primeiro ocupante, mas
56
CORREIA, Ferrer A, Lições de Direito Comercial, volume I, Coimbra, 1994, Pág. 184-185,
40
quem tinha registado a marca tem em seu favor a presunção do uso legitimo, presunção
apenas relativa.
O proprietário de qualquer marca registada tem direito ao seu exclusivo dentro dos
limites territoriais em que o registo é eficaz. Neste uso exclusivo compreende-se
qualquer emprego de que a marca seja susceptível na actividade mercantil: assim a
marca não só pode ser aposta nos produtos a que se destina, como reproduzida em
anúncios luminosos, facturas.
Se, for feito um registo de uma marca a favor de pessoa sem legitimidade para usar,
ou constituída em desconformidade com os preceitos legais, poderá esse registo ser
anulado a requerimento de qualquer interessado ou por iniciativa do Ministério Publico,
122 e 123. As acções de anulação, exceptuando o caso de ma fé do regista-te, deverão
ser intentadas, no prazo de três 3 anos a contar da data do despacho de concessão do
registo. Este prazo de caducidade é inaplicável ao registo de marcas que não preencham
57
CORREIA, Ferrer A, Lições de Direito Comercial, Volume I, Coimbra, 1994, Pág. 190-191
58
CORREIA, Ferrer A, lições de Direito Comercia, Volume Coimbra, 1994, Pág. 198
41
os requisitos de existência como sinais diferenciadores, nomeadamente o da eficácia
distintiva. Que são os sinais que não chegam de preencher o conceito de marca.
Trespasse
A identidade jurídica do estabelecimento como, simultaneamente, universalidade
de direito e bem móvel incorpóreo, fornece uma base conceptual adequada para a
estruturação do regime jurídicos dos negócios jurídicos que o tomam como um todo.
Sendo o mais conhecido Trespasse, uma figura jurídica que recobre uma pluralidade de
modalidades (à semelhança do que ocorre com prestação de serviços, a locação, ou o
empréstimo) e não um negócio uniforme.
Diz-se Trepasse, todo e qualquer negócio jurídico pelo qual seja transmitido
definitivamente e inter vivos um estabelecimento comercial, como unidade, onde o
alienante chama-se trespassante e o adquirente trespassário.61 Assim sendo, exclui-se
aqui, os casos de transmissão mortis causa. É certo que ele pode ser alienado com um
todo, como uma coisa colectiva, e nesta negociação transfere-se o conjunto de bens e os
seus nexos organizativos e por isso também o aviamento.
59
CORREIA, Ferrer A, lições de Direito Comercia, Volume Coimbra, 1994 Pág. 199-200.
60
JUNIOR, Manuel Guilherme, Manual de Direito Comercial Moçambicano, Vol.1, Escolar Editora.
Maputo, 2013, Pág. 89.
61
CORREIA, Miguel J. A. Pupo, Direito Comercial, 12. Edição, EDIFORUM, Portugal, Pág. 68.
42
Não constitui apenas a transferência das quotas ou acções de uma sociedade,
estas transferem sem a mudança da direcção da actividade e por conseguinte e própria
alteração do titular do estabelecimento que continuará a ser a mesma pessoa jurídica,
pois nesta figura há mudança efectiva do seu titular.62
62
JUNIOR, Manuel Guilherme, Manual do Direito Comercial Moçambicana, Vol.1, Escolar Editora
2013. Pág. 200.
63
CORREIA, Miguel J. A. Pupo, Direito Comercial, 12. Edição, EDIFORUM, Portugal, Pág.69.
64
CORREIA, Miguel J. A. Pupo, Direito Comercial, 12. Edição, EDIFORUM, Portugal, Pág. 90.
43
Não haverá trespasse quando transmitido o gozo do prédio para se exercer nele
outro ramo de comércio, isto é, lhe seja dado outro destino.
Para que a alínea b) do artigo 1118º do CC não tenha aplicação é suficiente que
o senhorio prove não ter sido transferido um ou mais componentes do estabelecimento,
terá que provar que sem estes elementos aquele concreto estabelecimento não subsiste
que o mesmo não poderia ter sido negociado por simulação de trespasse e dissimulando
a cessão da posição de arrendatário.
A alínea a) do art. 1118º oferece uma outra posição no sentido de que não há
trespasse quando transferido o gozo do prédio, passe a exerce-se outro ramo de
comercio, ou quando de um modo geral lhe seja dado outro destino.
65
JUNIOR, Manuel Guilherme, Manual de Direito Comercial Moçambicano, Vol.1, Escolar Editora.
Maputo, 2013, Pág. 89.
44
Deste modo, considera-se não haver trespasse quando no momento do negocio
havia a intenção de dar outro destino ao prédio, isto ee, o cessionário da posição de
arrendatário tinha em vista com ou sem o consentimento de cedente, não a continuação
do mesmo estabelecimento, mais sim a constituição no mesmo prédio de um
estabelecimento novo com um eventual aproveitamento dos bens daquele, ou ainda a
aplicação de um imóvel a fins não comerciais. A intenção de mudança de destino pode
revelar-se das declarações negociais do trespasse, ou em declarações do cessionário e
ainda o mais provável revelado pelos factos posteriores.
66
JUNIOR, Manuel Guilherme, Manual de Direito Comercial Moçambicano, Vol.1, Escolar Editora.
Maputo, 2013, Pág. 89.
67
JUNIOR, Manuel Guilherme, Manual de Direito Comercial Moçambicano, Vol.1, Escolar Editora.
Maputo, 2013, Pág. 92.
45
prorrogação, renovação automática e obrigatória do contrato que não encontram aqui a
aplicação.
Para outros autores esta posição esta posição é inconsistente, porque a razão de
ser da dispensa da lei da autorização do senhorio no caso do trespasse que é a protecção
da subsistência da empresa comercial de modo a não ser posta em risco pela mudança
de titular é também verificável na locação, pois neste caso o dono do estabelecimento
não se demite definitivamente apenas o loca ao locatário.
68
JUNIOR, Manuel Guilherme, Manual de Direito Comercial Moçambicano, Vol.1, Escolar Editora.
Maputo, 2013, Pág. 92-93.
69
JUNIOR, Manuel Guilherme, Manual de Direito Comercial Moçambicano, Vol.1, Escolar Editora.
Maputo, 2013, Pág. 93.
46
posição de arrendatário inerente na cessão depende sempre de esta ter sido
tempestivamente comunicada no prazo previsto no art.1038 do CC.70
70
JUNIOR, Manuel Guilherme, Manual de Direito Comercial Moçambicano, Vol.1, Escolar Editora.
Maputo, 2013, Pág. 93 -94.
71
CORREIA, Ferrer A, lições de Direito Comercia, Volume Coimbra, 1994, Pág.72.
72
REPÚBLICA DE MOCAMBQUE, Decreto-Lei nº2/2005, Código Comercial, Escolar Editora,
Maputo, Moçambique.
47
Esta matéria cabe na autonomia da vontade das partes podendo ocorrer a
transmissão desde que eles acordem que assim seja. Aliás, como se defendeu antes, a
ideia de unidade de existência e funcionalidade pode muito bem sustentar a
transmissibilidade destas situações com vista a assegurara a continuidade da actividade
comercial pelo adquirente.74
74
JUNIOR, Manuel Guilherme, Manual do Direito comercial moçambicana, Vol.1, Escolar Editora
2013. Pág. 94-95.
75
JUNIOR, Manuel Guilherme, Manual do Direito comercial moçambicana, Vol.1, Escolar Editora
2013. Pág.95.
76
MAGALHAES, Barbosa De, Do Estabelecimento Comercial, pag.42 e CORDEIRO, Menezes,
Manual de Direito Comercial, Vol. I, Pág. 243.
77
DUARTE, Rui Pinto, A Penhora e a Venda Executiva do Estabelecimento Comercial, 1 edição,
Revista Editora, 2004, Pág. 128.
48
nos termos já analisados, que a penhora do direito de arrendamento se faz como se o
mesmo de um direito de crédito se tratasse.78
Ao estabelecer que a penhora se faz por auto, a lei está a estender à penhora de
estabelecimento o modo de efectuação da penhora de bens móveis, dispostos no
art.849° do CPC.
A forma do auto não levantará grandes dúvidas, mas o seu conteúdo levanta a
questão de saber qual o grau de discriminação a que a relação de bens deve obedecer.
Ao dizer que essa relação deve compreender “os bens que essencialmente integram o
estabelecimento”, a lei parece apontar no sentido de que o elenco dos bens móveis
(corpóreos) não tem de ser exaustivo, de resto uma exigência de exaustividade não seria
impraticável como contrariaria a prática corrente dos negócios quanto á sua
identificação do conteúdo do estabelecimento.79
78
DUARTE, Rui Pinto, A Penhora e a Venda Executiva do Estabelecimento Comercial, 1 edição,
Revista Editora, 2004, Pág. 129.
79
DUARTE, Rui Pinto, A Penhora e a Venda Executiva do Estabelecimento Comercial, 1 edição,
Revista Editora, 2004, Pág. 130.
81
DUARTE, Rui Pinto, A Penhora e a Venda Executiva do Estabelecimento Comercial, 1 edição,
Revista Editora, 2004, Pág. 130.
49
credor que sobre detenha garantia real. Além disso, o n° 2 do mesmo artigo dispõe que
o Juiz determina, se as propostas serão abertas na sua presença. Tais preceitos merecem
várias notas:
82
DUARTE, Rui Pinto, A Penhora e a Venda Executiva do Estabelecimento Comercial, 1 edição,
Revista Editora, 2004, Pág. 134.
50
Conclusão
Principiamos o presente trabalho propondo-nos a explorar a meandros
Organização do Empresário Comercial.
51
protegido o nome empresarial. Antes de fazer um pedido de registo, é fundamental
realizar uma busca para saber se a marca que você deseja esta disponível.
52
Referências Bibliográficas
Legislação
REPÚBLICA DE MOCAMBQUE, Decreto-Lei nº2/2005, Código Comercial,
Escolar Editora, Maputo, Moçambique.
REPÚBLICA DE MOÇAMBIQUE, Lei nº 23/2007, de 1 de Agosto, 1ª edição,
Minerva press, 2016.
Doutrina
CORRREIA, Manuel A, Pupo, Direito Comercial Direito da Empresa,
12ªEdicao, Revista e Actualizada, Ediforum, 2011.
DUARTE, Rui Pinto, A Penhora e a Venda Executiva do Estabelecimento Comercial,
1ª edição, Revista Editora, 2004.
JUNIOR, Manuel, Guilherme, Manual de Direito Comercial Moçambicano,
Vol.1, Escolar Editora, Maputo, 2013.
MAGALHAES, Barbosa De, Do Estabelecimento Comercial, CORDEIRO, Menezes,
Manual de Direito Comercial, Vol. I.
53