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Unidade 2 - Anestesiologia SRPA- Sala de Recuperação Pós-Anestésica

CAPÍTULO 7

SRPA- Sala de Recuperação Pós-Anestésica

» Local destinado a receber o paciente em pós-operatório imediato até


que recupere a consciência e tenha seus sinais vitais estáveis;
» A assistência prestada ao paciente na SRPA requer cuidados constantes,
porque é uma fase delicada do pós-operatório, necessitando de uma
monitorização constante e controle de sua evolução;
» Para a prestação do cuidado em tais condições críticas é necessário que
a equipe de enfermagem esteja em constante estado de alerta para atuar
de maneira rápida e eiciente;
» Compete ao enfermeiro considerar os diversos fatores de risco
existentes relacionados ao trauma anestésico-cirúrgico;
» Riscos cirúrgicos: extensão do trauma e suas alterações neuroendócrinas,
sangramento, dor, alteração de sinais vitais;
» Riscos anestésicos: medicamentos pré-anestésicos e anestésicos
utilizados, potencial de depressão respiratória, interação medicamentosa;
» Riscos individuais: idade, estado nutricional, doenças associadas, estado
emocional;
Além da identiicação dos riscos, cabe ao enfermeiro fazer uma avaliação
global do paciente com destaque para diversas variáveis tais como: funções
respiratória e cardiovascular, sistema nervoso central, dor, temperatura, atividade
motora, equilíbrio hidroeletrolítico, infusões, drenagens, condições de curativo,
ocorrência de náusea e vômitos, entre outros.

1. pOTENCIAIS COMpLICAçÕES NA RECUpERAçãO póS-ANESTéSICA

» Dor: avaliar e quantiicar, posicionar corretamente paciente no leito


e utilizar coxins, auxiliar mudança de decúbito e administrar terapia
álgica prescrita;
» Complicações respiratórias: hipóxia, obstrução de vias aéreas
superiores, hipoventilação, apnéia, broncoaspiração;

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Protocolos Clínicos e Diretrizes Terapêuticas Maternidade Escola Assis Chateaubriand

» Monitorar sinais vitais, elevar decúbito de 30º a 45º, estimular respiração


profunda, aumentar oferta de oxigenio, se necessário, desobstruir vias
aéreas, manter disponível material para intubação e ventilação. Checar
carrinho de reanimação a cada plantão;
» Complicações cardiovasculares: Hipertensão e hipotensão arterial,
arritmias, choque hipovolêmico;
» Veriicar nível de consciência, veriicar pressão arterial com um
manguito de tamanho adequado à circunferência do braço, providenciar
acesso venoso adequado, elevar membros inferiores (se hipotensão
com pressão arterial sistólica - PAS < 90mmHg), observar queixa
dolorosa e retenção urinária (se hipertensão com PAS > 160mmHg),
manter monitorização através de cardioscopia e oximetria de pulso,
repor líquidos (se sinal hipovolemia PAS < 90mmHg e diminuição da
diurese – contatar o anestesiologista de plantão), observar sinais de
sangramento, realizar balanço hídrico;
» Hipotermia (temperatura - T < 36 ° C): manter paciente coberto, observar
alterações de ECG e oximetria, administrar soluções endovenosas aquecidas,
trocar roupas molhadas, utilizar colchão ou manta térmica, se disponível;
» Hipertermia (T > 38 °C): fazer compressas frias, controlar temperatura,
infundir líquidos em temperatura ambiente;
» Náuseas e vômito: manter cabeça lateralizada e decúbito elevado se
possível, evitar mudanças bruscas de decúbito, manter a permeabilidade
das vias aéreas e sondas, manter oxigenação, oferecer higienização da
boca e trocar roupas se vômito;
» Complicações renais:
• Oligúria - fazer balanço hídrico, controlar Pressão arterial (PA),
observar características diurese;
• Poliúria - controle hídrico, PA, glicemia;
• Retenção urinária: observar presença de globo vesical aumentado
e queixa dolorosa, realizar medidas mecânicas, se não resolver
proceder sondagem vesical de alívio.

2. RECUpERAçãO póS-ANESTéSICA: CUIDADOS DE ENfERMAGEM

» Recomendações para a admissão do paciente na SRPA:


• Conferir a identiicação da paciente
• Fazer exame físico
• Monitorar Frequencia Cardíaca (FC), PA, saturação de oxigênio,

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temperatura, nível de consciência e dor


» Manter vias aéreas permeáveis;
» Instalar nebulização de oxigenio oximetria periférica < 92%;
» Promover conforto e aquecimento;
» Veriicar condições do curativo (sangramentos), ixação de sondas e drenos;
» Anotar débitos de drenos e sondas;
» Fazer balanço hídrico caso necessário;
» Observar dor, náusea e vômito e comunicar anestesiologista;
» Administrar analgésicos, antieméticos e antibióticos conforme
prescrição médica;
» Manter infusões venosas e atentar para iniltrações e irritações cutâneas;
» Observar queixa de retenção urinária;
» Minimizar fatores de estresse;
» Orientar paciente sobre término da cirurgia, garantir sua privacidade e
zelar por sua segurança;
» Aplicar o índice de Aldrete e Kroulik para estabelecer os critérios
de alta da SRPA;
O Índice Aldrete e Kroulik tem como proposta, a avaliação dos sistemas
cardiovascular, respiratório, nervoso central e muscular dos pacientes submetidos
a ação dos fármacos e técnicas anestésicas, por parâmetros clínicos de fácil
veriicação, como frequência respiratória, pressão arterial, atividade muscular,
consciência e saturação periférica de oxigênio mediante oximetria de pulso.

Tabela 1. Índice de Aldrete Kroulik (Continua)


Movimenta os quatro membros 2
Atividade
Movimenta dois membros 1
Muscular
É incapaz de mover os membros voluntariamente ou sob comando 0
É capaz de respirar profundamente ou de tossir livremente 2
Respiração Apresenta dispnéia ou limitação da respiração 1
Tem apnéia 0
Circulação PA em 20% do nível pré-anestésico 2
PA em 20-49% do nível anestésico 1
PA em 50% do nível pré-anestésico 0

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Tabela 1. Índice de Aldrete Kroulik (Conclusão)


Consciência Está lúcido e orientado no tempo e espaço 2
Desperta, se solicitado 1
Não responde 0
Saturação É capaz de manter saturação maior que 92% respirando em ar ambiente 2
de oxigênio Necessita de oxigênio para manter saturação maior que 90% 1
Apresenta saturação de oxigênio menor que 90%, mesmo com 0
suplementação de oxigênio
Fonte: SOBECC, 2007

Aplicar Escala de Bromage nas pacientes que foram submetidas a


anestesias regionais (Raquianestesia ou Anestesia Peridural) para estabelecer os
critérios de alta da SRPA somado aos critérios da Escala de Aldrete e Kroulik.

Quadro 1: Escala Modiicada de Bromage


0 Sem bloqueio motor
1 Pode lexionar o joelho e mover o pé, mas não levanta a perna
2 Pode mover apenas o pé
3 Não pode mover o pé ou o joelho
Fonte: Bromage PR. Philadelphia: WB Saunders; 1978: 144

3. CRITéRIOS DE ALTA DA SALA DE RECUpERAçãO póS-ANESTéSICA

» Valor da escala de Aldrete e Kroulik acima de 8;


» Valor da escala de Bromage 2, 1 ou 0, em pacientes que foram
submetidas a anestesia reginal (Raquianestesia ou Peridural), ou seja,
pelo menos consegue mover o pé;
» Estabilidade dos sinais vitais, comparada com os sinais vitais de
enfermaria ou da admissão;
» Orientação do paciente no tempo e espaço;
» Ausência de sangramento ativo e retenção urinária;
» Ausência de náusea e vômito;
» Dor sob controle;
» Força muscular que favoreça respiração profunda e tosse;

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4. NORMAS E fLUxO DE pACIENTES DA SALA DE RECUpERAçãO DA MEAC

a. Intercorrências relacionadas aos pacientes na SRPA: comunicar o


anestesiologista de plantão ou o anestesista disponível.
b. Todo paciente deve ser avaliado pelo anestesista com a devida assinatura
na icha de Recuperação Pós-Anestésica antes de ser estabelecida a alta
da SRPA para enfermaria;
c. A alta do paciente da SRPA para enfermaria deve obedecer aos critérios
de alta descritos;
d. O uso contínuo de sulfato de magnésio em pacientes com pré-eclampsia
ou eclampsia não é critério de permanência na Sala de Recuperação
Pós-Anestésica;
e. Em casos excepcionais em que haja maior luxo de cirurgias no centro
cirúrgico do que a oferta de leitos na SRPA, as pacientes que estiverem
em melhores condições clínicas na SRPA, em recuperação parcial da
anestesia, devem ser removidas para leitos desocupados no Centro de
Parto, a im de que seja dada continuidade aos cuidados de recuperação
pós-anestésica sob os cuidados da enfermagem do Centro de Parto. O
anestesista de plantão deve ser acionado para avaliar a assinar a alta
da paciente que estiver em recuperação no centro de parto, quando em
condições de alta, a im de que seja encaminhada para a enfermaria.

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