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2. MECANISMOS DE TRANSPORTE
2.1. TRANSPORTE PASSIVO
Corresponde ao transporte a favor do gradiente de concentração, podendo ser através da
própria membrana plasmática ou de proteínas carreadoras. Compreende, então, o
processo de difusão, cuja energia envolvida é exclusivamente cinética, de movimentação
das moléculas. A difusão pode ser definida como movimento contínuo de moléculas umas
contra as outras nos fluidos (líquidos e gases).
2.1.1. Difusão simples
É a difusão direta através da bicamada fosfolipídica de uma membrana. A taxa de difusão
depende basicamente de 4 fatores: capacidade da molécula de se dissolver na camada
lipídica da membrana, área de superfície da membrana, espessura da membrana
(inversamente) e gradiente de concentração, segundo a Lei de Fick.
Também pode ocorrer através de proteínas canais, como os canais de água. Esses canais
não interagem diretamente com as moléculas, apenas servem como aberturas para
permitir a sua livre passagem.
Ainda, esses canais permitem uma permeabilidade seletiva, já que, conforme o seu
diâmetro, eles selecionam as partículas que passarão por eles. Possuem, também, a
capacidade de serem abertos ou fechados por comportas que são reguladas por
mediadores químicos (canais dependentes de ligantes) ou elétricos (dependentes da
voltagem).
2.1.2. Difusão facilitada
Ela se caracteriza pela utilização de transportadores que se ligam diretamente às
moléculas e íons carreados, em um movimento de vaivém ou ponte aérea. A velocidade
de transporte depende da capacidade de um carreador mover, da competição com outros
possíveis ligantes ao seu receptor e, de certa forma, da quantidade de substrato
disponível. Ela se diferencia altamente da difusão simples uma vez que ela possui uma
velocidade limite que depende da proteína carreadora e dos receptores no seu interior,
que demandam um tempo de resposta para a alteração conformacional da proteína e elas
limitam a quantidade de substrato que é transportado em cada processo.
2.2. TRANSPORTE ATIVO
2.2.1. Primário
Consiste em uma forma de transporte contra o gradiente de concentração que necessita,
portanto, do consumo de energia para poder ocorrer. No transporte ativo primário, a
energia utilizada para a realização desse transporte é diretamente o ATP ou outro
composto fosfatado. Necessita de proteínas carreadoras.
2.2.2. Secundário
A energia é derivada da polarização da membrana plasmática, ou seja, da diferença de
concentrações entre espécies carregadas decorrentes do transporte ativo primário.
Necessita de proteínas carreadoras.
Ocorre de duas maneiras: cotransporte/simporte (a substância a ser transportada junto ao
sódio visa chegar ao mesmo lado que o sódio) e contratransporte (a substância tenta fazer
o caminho inverso do sódio).
2.3. OSMOSE
O movimento da água para dentro e fora da célula é dinâmico e ocorre, dentro dos limites
do solvente, de maneira incessante. Contudo, quando a célula está inserida em um meio
isotônico, o seu volume permanece constante, uma vez que o volume de entrada e de saída
de água da célula se equilibram. Quando o meio não é isotônico, por outro lado, ocorre o
transporte chamado de osmose.
Pressão osmótica: representa a pressão que precisa ser aplicada em um meio hipotônico
ao outro a fim de cessar o processo de osmose. A velocidade da osmose é altamente
influenciada pela diferença de concentração entre os meios hipotônico e hipertônico.
2.4. TRANSPORTE VESICULAR
2.4.1. Endocitose
É a incorporação de partículas grandes por meio de especializações da membrana
plasmática que englobam parte do meio extracelular formando vesículas. Pode ser por
pinocitose ou por fagocitose.
2.4.1.1. Fagocitose
É a incorporação de estruturas maiores que macromoléculas, como bactérias, células
totais ou partes de tecido em regeneração. É uma propriedade específica de alguns tipos
celulares.
Essas grandes partículas se ligam aos receptores ou aos anticorpos que se ligam aos
receptores (opsonização) e desencadeiam um movimento ao redor dos pontos de ligação,
que invaginam para envolver totalmente as partículas até se encontrarem, se fecharem e
formarem a vesícula fagocítica.
2.4.1.2. Pinocitose
As gotículas se ligam a receptores na superfície da membrana, localizados normalmente
em pequenas concavidades, chamadas cavidades revestidas. Logo abaixo dessa cavidade,
a proteína caritina, associadamente com actina e miosina, vai “cedendo” para dentro do
citoplasma até que essa vesícula pinocítica se feche. 3 proteínas que permitem a entrada:
clatrina, caveolina e cop.
2.4.2. Exocitose
É a libertação de substâncias celulares (como produtos de secreção) contidas nas vesículas
de células por meio da fusão da membrana vesicular com a membrana plasmática e
libertação subsequente do conteúdo para o exterior da célula. As proteínas de membrana
e os lipídeos nessas vesículas fornecem novos componentes para a membrana plasmática,
enquanto que as proteínas solúveis dentro das vesículas são secretadas para o espaço
extracelular.
3. POTENCIAL DE MEMBRANA, DESPOLARIZAÇÃO, REPOLARIZAÇÃO E
HIPERPOLARIZAÇÃO
Potencial de Membrana: é a diferença de potencial da membrana em repouso devido ao
gradiente elétrico entre os líquidos extracelular e intracelular. A parte “em repouso”, do
nome, vem do fato de que este gradiente elétrico está presente em todas as células vivas,
inclusive naquelas que parecem não ter atividade elétrica.
Contudo, acontecem situações em que as células excitáveis recebem um estímulo e, como
resposta a isso, alteram seu equilíbrio a fim de cumprirem suas funções. Exemplos disso
são os neurônios e as células cardíacas. Tal processo é descrito abaixo:
- Despolarização: é a positivação da área interna membrana em relação a área externa.
Ocorre pela abertura de canais de Na+, levando-os para o interior da célula, isso faz o que
o interior fique positivo até atingir +35mV.
Assim que a despolarização acontece, as cargas positivas que entram são sugadas pela
barreira de cargas negativas na face interna da membrana, sendo espalhadas pela face
interna, e o mesmo acontece com as cargas negativas do lado de fora gerando assim uma
corrente elétrica gerada pela movimentação de íons (corrente iônica).
- Repolarização: é o retorno ao potencial de membrana. Ocorre com a abertura dos canais
de K+ (processo mais lento que a despolarização), também dependentes de voltagem, e
com a saída de potássio. Os canais para Sódio e Cálcio são fechados ou inativados (no
caso do Na+). Esses eventos, fazem com que o interior da célula fique mais negativo em
relação ao meio externo.
- Repouso: é o retorno às condições normais da membrana celular sem impulso elétrico,
isto é, antes da mesma ser excitada e despolarizada. O potencial de membrana celular
retorna ao seu valor de repouso (cerca de -90mV).
OBS.: Chama-se Potencial de Ação esse conjunto de eventos (repouso, despolarização e
repolarização) que promove a propagação do impulso elétrico. O limiar para a
estimulação do PA é de -65 mV, isso significa que, se o estimulo não atingir esta medida,
o PA não ocorre (Princípio do Tudo ou Nada). SN: efeito somatório (potencial graduado
que chega ao limiar), no músculo, não há esse sistema, o PA deve obedecer diretamente
ao Princípio do Tudo ou Nada.
Todo o processo descrito dura 2 a 3 milésimos de segundo na grande maioria das células
excitáveis do corpo, mas algumas apresentam um potencial bem mais longo do que o
descrito acima. As células musculares cardíacas, por exemplo, apresentam potenciais de
ação que chegam a durar 0,15 a 0,3 segundos. Tais potenciais, mais longos, apresentam
um período durante o qual a membrana celular permanece despolarizada por um grande
período. Esses potenciais são denominados Potenciais em Platô.
As causas do Platô são variadas. No músculo cardíaco, a abertura dos canais rápidos (de
sódio) provocam o spike do PA, enquanto que a prolongada abertura dos canais lentos
(de cálcio-sódio) permite o influxo de íons de cálcio para a fibra. Outro fator é que a
abertura dos canais de potássio na repolarização é mais lenta do que a usual, em geral só
se abrindo de modo completo até o final do Platô.
A Hiperpolarização acontece quando há muita saída de potássio ou com a abertura dos
canais de cloro, o que torna o meio intracelular mais negativo que o normal.
4. COMUNICAÇÃO CELULAR
4.1. SINAIS FISIOLÓGICOS
O sistema de comunicação celular atua por meio de moléculas sinalizadoras/ligantes, ou
também conhecidas por mensageiros, que se prendem a locais específicos das moléculas
receptoras/receptores nas células-alvo. Para ser considerado receptor, uma molécula
deve ser capaz de reconhecer o ligante e de desencadear uma resposta celular (transdução
de sinal), quando unida a ele.
A transdução de sinal é a maneira pela qual a célula recebe um determinado tipo de
sinalização e o transmite para diversas vias, que poderão ser novamente transformadas,
até chegar a função efetora.
O destino final das vias são proteínas efetoras (reguladoras de genes, canais iônicos,
componentes de uma via metabólica ou componentes do citoesqueleto), que são alteradas
quando a via está ativa e induzem uma mudança comportamental.
4.1.1. Elétricos
O potencial de ação atua como mecanismo de sinalização célula a célula.
4.1.2. Químicos
Os mensageiros são sinais químicos na comunicação. Consistem em moléculas secretadas
pelas células no líquido extracelular e configuram-se como a maior parte da comunicação
interna corporal. Essas moléculas podem ser proteínas, peptídeos, aminoácidos,
nucleotídeos, ácidos graxos, esteroides e gases.
4.2. MÉTODOS DE COMUNICAÇÃO CÉLULA-CÉLULA
4.2.1. Junções comunicantes
Permitem a transferência direta de sinais químicos e elétricos do citoplasma entre as
células adjacentes.
4.2.2. Sinais dependentes de contato
As sinalizações dependentes de contato necessitam da interação entre moléculas da
membrana de duas células, estas que estão unidas por meio de moléculas de adesão
celular (CAMs), que permitem a transferência de sinais em ambas as direções. Esse tipo
de comunicação ocorre no sistema imune, durante o crescimento e desenvolvimento dos
membros.
Exemplos de CAMs para as junções celulares: caderinas, integrinas, superfamília de
imunoglobulinas CAMs e selectinas.
4.2.3. Comunicação local
Essa forma de comunicação utiliza-se de sinais parácrinos e autócrinos para ser efetivada.
Os ligantes se difundem através do líquido intersticial e chegam às células-alvo, próximas
às células secretoras. Assim, a distância é fator limitante para que a difusão ocorra
efetivamente. Exemplo: histamina, ecosanoides e citocinas.
4.2.4. Comunicação de longa distância
Ocorre pela combinação de sinais elétricos carregados por células nervosas e sinais
químicos transportados no sangue. Um tipo de sinal químico presente nessa comunicação
diz respeito às substâncias neurócrinas: no sistema nervoso, há a utilização de sinais
elétricos, que percorrem toda a extensão da célula, e químicos (neurotransmissores:
substâncias neurócrinas que possuem efeito rápido e difundem-se em um pequeno espaço
extracelular), atuantes na porção final da célula. No entanto, em casos de atuação lenta,
há a ação de um neuromodulador, e, caso a substância seja distribuída pelo sangue, tem-
se um neurohormônio.
5. VIAS DE SINALIZAÇÃO
Todas as vias de sinalização compartilham as características:
1. A molécula sinalizadora é um ligante (1º mensageiro) que se liga a um receptor
da célula-alvo.
2. A ligação ligante-receptor ativa o receptor.
3. O receptor ativa uma proteína associada. Essa proteína pode:
- ativar proteínas cinase (enzimas que transferem um grupo fosfato do ATP para uma
proteína), que fosforilam outras proteínas.
- ativar enzimas amplificadoras, que geram segundos mensageiros.
4. A última molécula sinalizadora da via inicia a síntese proteica ou modifica as
proteínas já existentes para gerar uma resposta.
5.1. PARÁCRINA – AUTÓCRINA
Parácrina: ocorre por meio da secreção de moléculas na matriz extracelular, que exercem
seu efeito em células próximas. Esse tipo de sinalização é muito comum nos processos
alérgicos e inflamatórios. Exemplos de ligantes: histamina e citocinas.
Autócrina: ocorre por meio de uma secreção, sendo que as próprias células secretoras
sofrem o efeito. Exemplo de ligante: histamina.
5.2. HORMONAL (ENDÓCRINA)
Acontece através da secreção de hormônios, que são lançados para o meio extracelular,
onde penetram os capilares sanguíneos e se distribuem por todo o organismo. Esses
hormônios atuam à distância em suas células-alvo, por isso, essa via de sinalização entre
as células, pode ser considerada a que leva maior tempo para ocorrer.
Hormônios: podem ser definidos como substâncias secretadas por glândulas endócrinas
que atuam em locais específicos. Esses produtos são secretados pela glândula na própria
corrente sanguínea e seguem até o seu alvo, onde se ligam a receptores específicos,
desencadeando o funcionamento daquele tecido ou órgão. Vale destacar que alguns
hormônios, no entanto, podem chegar até o destino por difusão passiva.
As atividades do sistema endócrino são controladas por mecanismos denominados de
feedback (retroalimentação). O feedback pode ser negativo ou positivo.
O feedback negativo é o mais comum no organismo e tem como objetivo limitar os
excessos no corpo. Isso quer dizer que, se um hormônio estiver em excesso, sua produção
será interrompida; caso contrário, sua síntese será estimulada. Isso faz com que os
hormônios permaneçam em níveis adequados.
O feedback positivo, por sua vez, é bem menos frequente e se caracteriza por possuir um
estímulo inicial que causa cada vez mais estimulação do mesmo tipo. Isso quer dizer que
o estímulo provocará cada vez mais produção de dado hormônio. Enquanto o feedback
negativo restaura a homeostase, o positivo estimula as alterações.
5.3. SINÁPTICA
Existem 2 tipos de sinapses: a química e a elétrica. Quase todas as sinapses presentes no
SNC humano são do tipo química. Nessas estruturas, o primeiro neurônio realiza a
secreção, por seu terminal, do neurotransmissor, substância que atua em proteínas
receptoras, presentes no neurônio subsequente, para promover a excitação, inibição ou
ainda modificar de outro modo a sensibilidade dessa célula.
Alguns neurotransmissores: acetilcolina, norepinefrina, epinefrina, histamina, ácido
gama-aminobutírico (GABA), glicina, serotonina e glutamato.
Já as sinapses elétricas são caracterizadas por canais que conduzem eletricidade de uma
célula para a próxima através da livre passagem de íons pelas junções comunicantes
(GAP). Existem poucas GAP no SNC, mas sua importância encontra-se na transmissão
do PA na fibra muscular lisa e na célula muscular cardíaca.
6. RECEPTORES E RESPECTIVO MECANISMO DE AÇÃO
6.1. INTRACELULARES: conectam-se a ligantes lipofílicos
São receptores encontrados dentro da célula, normalmente no citoplasma ou no núcleo.
Exemplos de ligantes que “exigem” receptores intracelulares: óxido nítrico, hormônios
esteroides e hormônios tireoidianos.
6.2. DE MEMBRANA: conectam-se a ligantes lipofóbicos
São proteínas ancoradas à membrana, que se ligam a ligantes na superfície externa da
célula para que haja a transdução do sinal e alteração do comportamento celular.
6.2.1. Acoplados a canais iônicos
O acesso de íons e de outras substâncias hidrofílicas através da membrana celular ocorre
por meio de canais transmembrana especializados.
Mecanismos de regulação dos receptores acoplados aos canais iônicos: ligação do ligante
ao canal (regulado por ligante), condutância regulada por mudanças de voltagem através
da membrana plasmática (regulado por voltagem) e condutância controlada pela ligação
do ligante a receptores de membrana plasmática que estão fixados ao canal (regulado
por segundo mensageiro).
Quando os receptores se encontram em estado livre, ou seja, sem ligante, o canal fica
obstruído por cadeias laterais de aminoácidos, impedindo a passagem de íons e outras
substâncias.
- Funcionam de maneira simples e direta
- Responsáveis pela transmissão rápida de sinais (sinapses do sistema nervoso)
- Contração muscular, secreção hormonal, processos sensoriais, memória, etc.
- Gradiente de concentração de íons e potencial elétrico são mantidos a custas de
ATP
- Fluxo de íons continua até consumir a força propulsora provida pelo gradiente de íons
e potencial de membrana.
- É especifico para cada íon.
- É influenciado pelo tempo de abertura e fechamento de um dado canal iônico.
Ação conjunta de 3 canais iônicos controlados por voltagem:
1) Onda de despolarização abre canais de sódio = entrada de sódio
2) Despolarização atrasada de canais de potássio = saída de potássio
- Participa da repolarização
3) Despolarização final abre canais de cálcio = entrada de cálcio
- Age como 2º mensageiro
4) Exocitose de vesículas de acetilcolina na fenda sináptica
- Ativação de receptores na membrana pós-sináptica
- Abertura de canais iônicos
6.2.2. Enzimáticos
Receptores transmembrana que transduzem uma interação com ligantes extracelulares,
atuando de modo intracelular por meio da ativação de um domínio enzimático ligado.
Estes receptores desempenham diversas funções metabólicas, de crescimento, processos
celulares e fisiológicos.
Diversos receptores com domínios citosólicos enzimáticos sofrem alterações, essas
proteínas são modificadas por meio da adição ou remoção de grupos fosfato de resíduos
de aminoácidos específicos. A grande carga negativa dos grupos fosfato pode alterar a
estrutura e a ação desta proteína.
A maior classe de receptores com domínios citosólicos enzimáticos é a categoria dos
receptores tirosinocinase, eles transduzem sinais de diversos hormônios e fatores do
crescimento por meio da fosforilação da tirosina, compreendendo no recrutamento de
várias moléculas sinalizadoras citosólicas.
Por outro lado, os receptores com tirosinofosfatases removem grupos fosfato de resíduos
de tirosina específicos. Muitos desses receptores podem ser encontradas em células do
sistema imunológico, regulando a ativação celular.
6.2.3. Acoplados à proteína G
É a classe mais abundante de receptores no organismo. Expostos à superfície extracelular,
atravessam a membrana e possuem regiões intracelulares que ativam uma classe singular
de moléculas de sinalização, denominadas proteínas G, chamadas assim por sua ligação
aos nucleotídeos de guanina.
Todos os receptores acoplados à proteína G dispõem de sete locais transmembrana dentro
de uma única cadeia polipeptídica (atravessam 7 vezes a MP). Em estado de repouso, o
domínio citoplasmático do receptor está ligado de forma não-covalente a uma proteína G,
constituída por subunidades alfa, beta e gama.
Quando a proteína G é ativada, ela pode abrir um canal iônico na membrana ou alterar a
atividade enzimática no citoplasma (por meio da via adenilato ciclase, uma enzima
amplificadora, ou sistema fosfolipase C).
Via adenilato ciclase: após a ativação dessa enzima, a adenilato ciclase converte ATP
em AMP cíclico, que ativa a proteína cinase A que fosforila outras proteínas.
Sistema fosfolipase C: a PL-C converte fosfolipídios da MP em diacilglicerol (DAG),
que permanece na membrana, e IP3, que se difunde no citoplasma. O DAG ativa a
proteína cinase C (PK-C), que fosforila proteínas. E o IP3 estimula a liberação de cálcio
das organelas.
6.2.4. Integrinas
São intermediadoras na interação entre o citoesqueleto celular e as proteínas plasmáticas
da matriz extracelular através da anuência célula-a-célula, por meio de comunicação com
outras proteínas de membrana. Integrinas são reconhecidas moléculas de sinalização que
realizam a transdução de mensagens por vias de sinalização clássica, devido sua estrutura
molecular.
Não apresentam atividade enzimática, seu mecanismo de ação depende da indução de
uma mudança na sua conformação. Na ativação da integrina, são os ectodomínios que
sofrem uma alteração conformacional, que aumenta a sua afinidade para a interação com
a matriz extracelular.
- Interações macromoleculares seletivas.
- Desenvolvimento embrionário, coagulação, angiogênese, sistema imune, diferenciação
celular, crescimento e metástase tumoral.
- Sinalização “de fora para dentro” e “de dentro para fora”: liga citoesqueleto à matriz
extracelular, integra intra e extracelular.
- Influencia diretamente a adesão celular
- Ligantes extracelulares: colágeno, fibrinogênio, fibronectina, outros.
- Ligantes intracelulares: proteínas do citoesqueleto, talina, α-actinina, vinculina,
paxilina, outros.