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Ano Letivo: 2018/2019

Psicologia B – 12ºD

Psicologia B – 12ºD

O inconsciente em Sigmund Freud

Trabalho
realizado por:
Inês Cunha nº10
Índice

Introdução .......................................................................................................... 3

Desenvolvimento

Capítulo I – Teoria defendida por Freud ................................................. 4

Capítulo II – Confronto entre Freud e Wundt.......................................... 9

Conclusão ........................................................................................................ 11

Bibliografia........................................................................................................ 12

Webliografia ..................................................................................................... 12

2
Introdução

“Homem como um ser em constante busca pelo prazer” 1

A partir da frase acima descrita temos uma pequena definição da teoria


que irei abordar e aprofundar os meus conhecimentos do psicanalista Sigmund
Freud.

O motivo pelo qual optei pelo fundador da psicanálise foi devido a


considerar o tema bastante interessante e pertinente. Para além disso, ajudar-
nos-á a conhecer uma parte de nós que nos é desconhecida.

No primeiro capítulo irei referir a sua respetiva teoria defendida que se


centra no estudo do inconsciente através da psicanálise.

No segundo capítulo irei por em confronto Wundt e Freud sobre ambas


as suas teorias defendidas, uma vez que, estas têm tudo para se confrontar.
Pois é através da teoria defendida pelo fundador da psicanálise que a ideia de
que o ser humano é racional e que é através da introspeção que se
conheceria o fundamental do cada ser humano (a consciência) vai ser
negada.

Para poder realizar este trabalho apoiei-me na informação encontrada


na internet acerca do inconsciente, no manual de Psicologia B e em vários de
seus livros dentre os quais “O Ego e o Id” e “Além do Princípio do Prazer”.

1
S. Freud, Frase retidada do site Pensador

3
Desenvolvimento
Capítulo I – Teoria defendida por Freud

“A divisão do psíquico em o que é consciente e o que é inconsciente constitui a premissa


fundamental da psicanálise, […].” 2

Para se compreender a teoria defendida por Freud, importa desde já ter


em conta a existência do inconsciente, ― devido a ser fundamental para a
psicanálise ― onde este funciona como um reportório dos desejos, das
pulsões, das tendências e recalcamentos de um dado ser humano, sendo estes
essencialmente de carácter sexual.

Freud apresenta duas interpretações do psiquismo da mente humana,


dividindo-o em duas partes. A primeira parte é associada iceberg ― o
consciente.

“[…], todo o nosso conhecimento está invariavelmente ligado à consciência.” 3

“Dissemos que a consciência é a superfície do aparelho mental, ou seja,


determinamo-lo como função de um sistema que, espacialmente, é o primeiro a ser
atingido a partir do mundo externo, […]” 4

É a partir das afirmações de Freud acima descritas que podemos verificar


que o consciente corresponde à parte visível do iceberg (que é afetada pelo
mundo exterior), uma vez que, é aí que se concentra o conhecimento, ou seja,
as imagens, ideias, recordações e pensamentos acessíveis através de uma
introspeção.

No entanto, é na segunda parte que o trabalho de Freud é destacado,


sendo esta precisamente a que se encontra invisível ao olho nu e submersa ―

2 S. Freud, “O Ego e o Id e outros trabalhos”, 1923-1925, p.9


3 S. Freud, “O Ego e o Id e outros trabalhos”, 1923-1925, p.12
4 S. Freud, “O Ego e o Id e outros trabalhos”, 1923-1925, p.12

4
de difícil acesso, sendo este fortalecido pelo processo de recalcamento, que
impede que os materiais do inconsciente se tornem conscientes.

Em uma extensão desta teoria, Freud estrutura o psiquismo em três


componentes: o id, o ego e o superego. O id refere-se à zona inconsciente,
primitiva, a parte menos acessível da personalidade e instintiva que o ser
humano possui desde o seu nascimento e que engloba todos os desejos,
instintos e pulsões. É aqui que reside o princípio do prazer (que tem como
objetivo a realização e satisfação imediata dos desejos e pulsões). O ego é a
zona fundamentalmente consciente orientada pelo princípio da realidade que
se forma durante o primeiro ano de vida. Este é o mediador entre os desejos e
prazeres do id e as normas e valores éticos e morais provenientes do
superego, que provem do contacto com adultos e forma-se entre os 3 e os 5
anos de idade.

“É fácil ver que o ego é aquela parte do id que foi modificada pela influência direta do
mundo externo, […]” 5

O aspeto descrito no excerto acima em que nos diz que o ego é a parte
do id modificada devido à influência do mundo externo diz-nos de uma forma
simples que enquanto o id é a parte que tem menos influência do mundo
externo, uma vez que, esta é mais primitiva e a que o ser humano possui
desde a nascença. Enquanto o ego é a mais influência pelo mundo externo já
que este é orientado pelo princípio da realidade.

O psicanalista concluiu que grande parte dos conflitos eram


manifestações de conflitos psíquicos de cariz sexual, sendo estes sujeitos à
repressão. Desta forma, e enumera uma série de estádios psicossexuais nos
quais enuncia as possíveis espécies de conflitos e a zona erógena (parte do
corpo que causa excitação sexual) de cada um. Começando pelo estádio
oral (do nascimento até aos 12/18 meses), este carateriza-se pelo prazer do
bebé ao levar objetos à boca e no processo de amamentação. Contudo, as
normas provenientes da sociedade vigente obrigam, à formação do ego, que

5 S. Freud, “O Ego e o Id e outros trabalhos”, 1923-1925, p.16

5
vem mitigar a dimensão deste estádio. Logo depois decorre o estádio
anal (12/18 meses até aos 2/3 anos), onde a zona erógena é a região anal. A
criança obtém prazer pela estimulação do ânus quando retém e expulsa as
fezes, existindo uma mescla de dor e de prazer na retenção das mesmas. É
nesta fase que ocorre a educação para a higiene, à qual a criança ou cede ou
se opõe ao cumprimento das regras. Em seguida, dá-se o estádio fálico (3 aos
5/6 anos), sendo a zona erógena a genital. A criança obtém prazer através dos
seus órgãos sexuais, surgindo aqui uma grande curiosidade sobre as
diferenças sexuais.

“O menino nota que o pai se coloca em seu caminho, em relação à mãe. Sua
identificação com eles assume então em colorido hostil e se identifica com o desejo de
substituí-lo também em relação à mãe.” 6

A partir da afirmação de Freud acima exporta podemos verificar que é


neste estádio que surge o complexo de Édipo, onde a criança se atrai pelo
progenitor do sexo oposto e demonstra agressividade pelo progenitor do
mesmo sexo, tentando tomar o seu lugar. A sua identificação leva a criança a
adotar os seus comportamentos, valores e atitudes e é a sua interiorização que
conduz à formação do superego. Através do seguinte excerto podemos
verificar que o complexo de Édipo pode inverter e ser o pai o centro de atração
da criança.

“Pode acontecer que o complexo de Édipo se inverta e que o pai seja tomado como
objeto de uma atitude feminina, […]” 7

Depois temos o quarto estádio o de latência (dos 5/6 anos até à


puberdade), onde é atenuada a atividade sexual e onde ocorre a amnésia
infantil. É neste período, que seriam reprimidas no inconsciente as experiências
que perturbaram a criança no estádio fálico e as relações estabelecidas na
escola tem uma especial relevância na evolução da mesma. Por fim, é atingido

6 S. Freud, “Além do Principio do Prazer, Psicologia de Grupo e outros trabalhos”, 1920,-1922 p.66
7 S. Freud, “Além do Principio do Prazer, Psicologia de Grupo e outros trabalhos”, 1920-1922, p.66

6
o estádio genital (a partir da puberdade), onde, tal como no estádio fálico, a
zona erógena é a genital, contudo, é neste estádio que o prazer é proliferado
por todo o corpo. A sexualidade latente no estádio anterior volta e com ela o
complexo de Édipo também, mas assume contornos ligeiramente diferentes,
agora fora da família.

Depois de ter abandonado a hipnose como meio de explorar o


inconsciente, Freud considera necessário constituir um método próprio ― a
psicanálise. Na aplicação das competências adquiridas na formação em
medicina, o psicanalista põe em prática na sua terapêutica, alguns
procedimentos ou técnicas próprias: as associações livres, as interpretações de
sonhos, a análise do processo de transferência e a análise dos atos falhados.

“O tratamento psicanalítico não comporta senão uma troca de palavras entre o


analisado e o médico. O paciente fala, conta os acontecimentos da sua vida passada e
as suas emoções.” 8

O excerto acima retirado de um dos livros de Freud indica-nos que a


psicanálise envolvia o contacto entre paciente e médico, onde o analisado
relata os seus sonhos ao analista.

Começando nas associações livres, este incentiva o analisado a


expressar tudo o que pensa e sente. É através deste procedimento que, Freud
deteta resistências, desejos, recalcamentos e recordações passíveis. Para
além disso, é solicitado ao paciente que este relate os sonhos, tendo em conta
o caráter simbólico (o que é lembrado, o que é consciente) e o conteúdo latente
(os desejos, medos, recalcamentos que estão subjacentes) dos mesmos.

“Cabe ao analista dar-lhe um sentido, interpretando os sonhos narrados” 9

O excerto retirado do manual expressa-nos que após o analisando


relatar os seus sonhos, o psicanalista vai ter de o interpretar dando-lhe um
sentido.
8 Freud, S., “Introduction à la Psychanalyse”, Payot, 1976, pp.15-16
9 Manuela M. Monteiro, Pedro T. Ferreira, Cândida Moreno, “PSI para SI”, Psicologia B – parte 2, 12ºano, p.125

7
Para que o processo de interpretação seja mais fácil, Freud suscita uma
espécie de transferência de dados (analisa e interpreta os dados do processo
de transferência) quanto aos sentimentos de amor/odio vividos na infância,
especialmente aqueles em relação aos pais, contudo este procura interpretar
os atos falados, ou seja, os esquecimentos, lapsos e erros de linguagem,
leitura ou audição do analisado. É nestes erros que Freud deteta desejos
recalcados que poderiam surgir de forma quotidiana em caso de serem
desbloqueados. Dedicando ao estudo destes lapsos a obra “A Psicopatologia
da Vida Quotidiana”

Para concluir, ao afirmar a existência do inconsciente e a existência de


uma sexualidade infantil, Freud escandalizou muita gente. Para Freud o
desenvolvimento psíquico é caracterizado pela evolução da psicossexualidade,
pois é possível distinguir os estádios psicossexuais que pertencemos desde
crianças: estádio anal, oral, fálico, de latência e genital. É através do estudo da
psicanálise, que Freud encontra quatro formas terapêuticas para a
interpretação da mente humana: as associações livres, a interpretação dos
sonhos, a análise de transferências e a análise dos atos falhados. Apesar de
ter sido muito contestado Freud tem uma grande importância na ciência, mais
precisamente no que diz respeito às doenças mentais.

8
Capítulo II – Confronto entre Freud e Wundt

Antes mesmo de começar o confronto entre estes dois grandes


psicólogos temos que saber um pouco sobre eles, principalmente sobre Wundt.

Wilhelm Wundt foi um médico, filósofo e psicólogo alemão e é


considerado um dos fundadores da moderna psicologia experimental. Para ele,
o objeto da psicologia é o estudo da mente, dos processos mentais e
da experiência consciente do Homem.

Tanto Freud como Wundt defendem que o que é determinante no ser


humano são os processos mentais que estão na base dos comportamentos e
das atitudes, contudo, há uma grande diferença de conceções entre ambos.

Através da teoria de Wundt podemos verificar que para este o ser humano
é um ser racional que consegue aceder aos seus conteúdos mentais, sendo o
seu objeto de estudo a consciência (sensações e sentimentos) que se estudam
através da introspeção, diferente de Freud que nos mostra que o ser humano é
produto de complexos conflitos intrapsíquicos entre as diversas componentes
da mente: id, ego e superego. Pois, segundo ele, a nossa vida é comandada
através de impulsos, desejos e pulsões de natureza inconsciente (sobretudo
sexual e agressiva), sendo o seu objeto de estudo o inconsciente (estrutura e o
funcionamento psíquico) através da psicanálise.

As duas conceções (Freud e Wundt) a que me refiro remetem para dois


polos opostos: inato/adquirido, interno/externo e individual/social. A teoria
defendida por Wundt é inata, uma vez que, este valoriza a consciência e o que
existe de significativo no ser humano, já a teoria de Freud, além de inata devido
a que, existem duas pulsões inatas: a pulsão da vida que visa as pulsões
sexuais e a pulsão de morte que estaria na base dos comportamentos
agressivos, esta também é adquirida pois não ignora o que é adquirido,
valorizando as experiencias vividas pelos sujeitos, sobretudo as que decorrem
na infância. Tanto a teoria defendida por Freud como a de Wundt são bem
diferentes neste ponto, uma vez que, na de Wundt encontramos uma certa
estabilidade pois existem todo um conjunto de traços, expressões e modos de

9
falar que mantém o que nos permite prever os comportamentos de uma certa
pessoa, contudo, em Freud verificamos a mudança em que somente a procura
do prazer permanece e o que muda são as zonas erógenas que estão
associadas ao prazer. É possível verificar que a teoria de Wundt é interna pois
ele estuda a dimensão humana que não é directamente observável sendo
apenas acessível através de um introspecção e é individual já que ele encara o
ser humano na sua individualidade sem qualquer referencia do meio social que
cada um esta integrado. Por outro lado, a teoria de Freud é interna e externa
pois o individuo vive em conflito entre os seus impulsos (factores internos) em
cada estádio de desenvolvimento e expectativas sociais que são transmitidas
pelos pais, por fim esta também social devido ao facto de o factor social ter
alguma importância no desenvolvimento afectivo que se atribui ao papel dos
pais.

10
Conclusão

Com a realização deste trabalho aprofundei os meus conhecimentos a


cerca do inconsciente, no ponto de vista de Sigmund Freud.

Com os conhecimentos adquiridos a cerca deste psicanalista, podemos


concluir que não é possível compreender muitos dos aspectos do
comportamento humano, se só admitirmos a existência do consciente, o
inconsciente é importante.

O inconsciente assume três instâncias na segunda parte do seu


contributo sendo elas o id, o ego e o superego. Com a análise que Freud
desenvolve com os seus doentes, conclui que muitos dos sintomas por eles
apresentados são manifestações de conflitos psíquicos relacionados com a
sexualidade e para ele o desenvolvimento da personalidade ocorre na
sequência de estádios psicossexuais.

Por fim, ele interpreta os sonhos a partir das associações livres, da


análise da transferência e dos atos falhados.

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Bibliografia

Manuela. M Monteiro, Pedro T. Ferreira, Cândida Moreno – PSI para SI, Porto
Editora, Psicologia B – parte 2

Webliografia

https://www.comunidadeculturaearte.com/sigmund-freud-do-consciente-ao-
inconsciente/

FREUD, Sigmund (1923-1925) - O Ego e o Id e outros trabalhos


Disponível na Internet:
https://drive.google.com/file/d/1saL-AApN2qj6gNGsgTSFu3yiEuxXx59S/view

FREUD, Sigmund (1920-1922) - Além do Principio do Prazer, Psicologia de


Grupo e outros trabalhos
Disponível na Internet:
https://drive.google.com/file/d/1jcM4UMl-Zwfb53g28GrmgF0ztovZVUjT/view

https://prezi.com/ovqasy0nwzcz/as-posicoes-de-wundt-e-freud-em-relcao-aos-
conceitos-fundame/

http://www.notapositiva.com/old/pt/apntestbs/psicologia/12_ser_humano_d.htm

FREUD, S., Frase retirada – Pensador


Site:
https://www.pensador.com/frase/MTQwODQ5Mg/

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