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PODER JUDICIÁRIO DO ESTADO DA BAHIA

2ª TURMA RECURSAL DOS JUIZADOS ESPECIAIS


Processo Nº. : 0031531-67.2015.8.05.0001
Classe : RECURSO INOMINADO
Recorrente(s) : CONDOMINIO SHOPPING DA BAHIA

Recorrido(s) : ROGERIO CORREIRA SILVA

Origem : 1ª VSJE DO CONSUMIDOR (MATUTINO)

Relatora Juíza : MARIA AUXILIADORA SOBRAL LEITE

VOTO- E M E N T A

RECURSO INOMINADO. CONSUMIDOR. AÇÃO INDENIZATÓRIA.


RESPONSABILIDADE CIVIL. ALEGAÇÃO DE QUE O VEÍCULO FORA
DANIFICADO NO INTERIOR DE ESTACIONAMENTO DO SHOPPING.
AUSÊNCIA DE PROVAS ACERCA DO NEXO DE CAUSALIDADE ENTRE A
CONDUTA E O DANO. FALHA NA PRESTAÇÃO DO SERVIÇO NÃO
CONFIGURADA.AUSÊNCIA PROVAS. CONSTITUTIVO DO DIREITO DA PARTE
AUTORA NÃO DEMONSTRADO. (ART.373 INCISO I DO NCPC). INEXISTÊNCIA
DE ATO ILÍCITO. SENTENÇA REFORMADA.

1. Trata-se de recurso inominado interposto contra sentença que julgou


parcialmente procedente a ação, nestes termos : “Ante o exposto, JULGO
PARCIALMENTE PROCEDENTES os pedidos formulados na inicial para:a) condenar a Ré a
pagar ao Requerente, a título de danos materiais, no importe de R$ 1.100,00 (hum mil e cem
reais), referente ao reparo do veículo, que deverá ser devidamente corrigido pelo INPC e
acrescido de juros de 1% a.m. a contar do efetivo desembolso; b) condenar a Ré a pagar ao
Autor, a título de danos morais, o importe de R$ 9.000,00 (nove mil reais), corrigido
monetariamente e acrescidos de juros de 1% a.m., a contar da data de prolação da sentença.”.

2. A parte recorrente busca a reforma da sentença, aduzindo, em síntese, a


nulidade da sentença por cerceamento do direito de defesa, pela não juntada do
arquivo de áudio relativo à prova de fato relevante do processo, no âmbito da
audiência de instrução presidida por juiz leigo, e no mérito sustenta a inexistência
de provas acerca do fato constitutivo do direito da parte autora, não tendo sido
demonstrado que o evento ocorrera nas dependências do estabelecimento réu;
que não constam provas do alegado dano moral, sendo mister a improcedência do
feito.

3. A sentença vergastada merece reforma. Com efeito, não fora comprovado


pela parte autora a ocorrência de falha na prestação dos serviços por parte do réu,
inexistindo portanto a presença dos requisitos ensejadores da responsabilidade
civil e nem elementos suficientes par que haja a imputação da culpa ao
estabelecimento réu. Para que exsurja o dever de indenizar, mister que haja a
presença dos seguintes elementos, a saber, conduta, nexo de causalidade, e dano,
sendo que nas hipóteses de responsabilidade objetiva , não se faz necessária a
prova da culpa.

4. Inobstante isso, do quanto consta da instrução probatória, não houve a


comprovação do fato constitutivo do direito da parte autora. Alega a mesma que o
veículo fora danificado no interior do estabelecimento. Ainda que tenha juntado
fotografias indicando a existência das avarias no veículo, de tudo quanto consta
dos autos não é possível inferir que tais danos foram ocasionados no interior do
estacionamento do shopping ora demandado. Se faz necessária a demonstração
de elementos de prova que atestem o nexo de causalidade entre o dano e conduta,
ainda que omissiva, que possa ser imputada ao réu. No caso vertente não houve a
demonstração do referido nexo casual, pelo quê se faz impossível a atribuição da
responsabilidade ao estabelecimento réu.

5. Em que pese a narrativa fática delineada, as provas juntadas aos autos não
corroboram com a tese autoral. Em sede de audiência de instrução e julgamento a
parte autora não logrou êxito na demonstração do fato constitutivo do seu direito.
Como lhe incumbia fazer nos termos do art. 373, inciso I do CPC.
6. Diante do quadro probatório delineado nos autos, não restara comprovada
falha na prestação dos serviços que possa ser imputada ao estabelecimento réu, e
nem mesmo a prática de ato ilícito a cargo da empresa demandada, sendo,
portanto, despicienda a análise acerca do dano moral, que constitui etapa
conseqüente e gradativa na análise da gravidade do ato. É dizer, se nem mesmo
constam provas acerca do ilícito em si, não há motivos para adentrar na análise
acerca da eventual ocorrência de dano moral.
7. ISTO POSTO, voto no sentido de CONHECER DO RECURSO
INTERPOSTO E DOU-LHE PROVIMENTO, para reformar a sentença
objurgada, julgando improcedente o pedido. Sem custas processuais e
honorários advocatícios, pelo êxito da parte no recurso.

8. Salvador, Sala das Sessões, 01 de Junho de 2017.


9. BELA. MARIA AUXILIADORA SOBRAL LEITE
10. Juíza Relatora
11. BELA CÉLIA MARIA CARDOZO DOS REIS QUEIROZ
12. Juíza Presidente
13.

PODER JUDICIÁRIO DO ESTADO DA BAHIA

2ª TURMA RECURSAL DOS JUIZADOS ESPECIAIS

Processo Nº. : 0031531-67.2015.8.05.0001


Classe : RECURSO INOMINADO
Recorrente(s) : CONDOMINIO SHOPPING DA
BAHIA

Recorrido(s) : ROGERIO CORREIRA SILVA

Origem : 1ª VSJE DO CONSUMIDOR


(MATUTINO)
Relatora Juíza : MARIA AUXILIADORA SOBRAL
LEITE

ACÓRDÃO

Acordam as Senhoras Juízas da 2ª Turma Recursal dos Juizados Especiais


Cíveis e Criminais do Tribunal de Justiça do Estado da Bahia, CÉLIA MARIA
CARDOZO DOS REIS QUEIROZ –Presidente, MARIA AUXILIADORA SOBRAL
LEITE – Relatora e ALBÊNIO LIMA DA SILVA HONÓRIO, em proferir a seguinte
decisão: RECURSO CONHECIDO E PROVIDO . UNÂNIME, de acordo com a ata do
julgamento. Sem custas processuais e honorários advocatícios, pelo êxito da
parte no recurso.
Salvador, Sala das Sessões, 01 de Junho de 2017.
BELA. MARIA AUXILIADORA SOBRAL LEITE
Juíza Relatora
BELA CÉLIA MARIA CARDOZO DOS REIS QUEIROZ
Juíza Presidente

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