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VIII SEMINÁRIO NACIONAL DE

HISTÓRIA DA MATEMÁTICA
05 a 08 de abril de 2009
Belém – Pará – Brasil
ISBN – 978-85-7691-081-7

CO 03
Arte e ciência na Amazônia no século XVIII: Algumas contribuições de
Joseph Antonio Landi e João Angelo Brunelli

Prof. Dr. Iran Abreu Mendes


Universidade Federal do Rio Grande do Norte – Natal/Brasil
iamendes@digizap.com.br

Introdução
Este trabalho surgiu quando fiz uma leitura do livro intitulado Anastácio da Cunha (1744-1787). O
matemático e o poeta. Actas do Colóquio Internacional seguidas de uma Antologia de Textos, coordenado
por Maria de Lurdes Ferraz et al, publicado pela Imprensa Nacional de Lisboa, em 1990. Durante a leitura
percebi que alguns matemáticos brasileiros que haviam estudado na universidade de Coimbra tinham uma
relação direta com o trabalho das comissões demarcadoras das terras portuguesas no Brasil. Surgiu, assim,
uma interrogação que me levou a fazer uma levantamento sobre tais aspectos, com a perspectiva de
verificar os trabalhos realizados e a produção desses matemáticos a partir de suas viagens pelas várias
regiões do país. Nos vários artigos já escritos por historiadores, encontrei uma série de informações que
puderam me esclarecer melhor sobre o tema, a partir da assinatura do tratado de Madri.
As informações históricas enfatizam que com a assinatura do tratado de Madri (1750), surgiram
novos limites entre as possessões portuguesas e espanholas na América, favorecendo as pretensões de
Portugal, uma vez que reconheciam seu domínio sobre a extensão territorial da Amazônia, das regiões
Centro-Oeste e Sul, conquistadas pelos colonizadores. A Espanha, por sua vez, tinha interesse em obter
todo o território da Colônia do Sacramento. O novo acordo consagrava o princípio de uti possidetis, que
significa o direito de propriedade e instituía a adoção dos acidentes naturais conhecidos (rios,
montanhas...) como balizas entre os domínios das duas nações ibéricas. Eliminava-se, assim, o Tratado de
Tordesilhas. Um mapa elaborado por um cartógrafo anônimo, sob a orientação de Alexandre de Gusmão,
intitulado Mapa dos confins com as terras da Coroa de Espanha América Meridional, serviu de base nas
negociações do tratado. Conhecido como Mapa das Cortes, por conter no verso as assinaturas e os selos
dos Ministros Plenipotenciários das duas coroas. (CORTESÃO, 1965).

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A comissão mista de demarcação dos limites territoriais da Amazônia foi subdividida dois grupos
que tinham como chefes, Francisco Xavier de Mendonça Furtado, irmão do Marquês de Pombal, do lado
português, e D. José Iturriaga, do lado espanhol. Mais tarde Mendonça Furtado foi substituído por D.
Antônio Rolim de Moura, Conde de Azambuja, Governador de Mato Grosso e posteriormente vice-rei do
Brasil. Participaram da comissão portuguesa Joseph Antonio Landi, João André Schwebel, Gaspar João
Geraldo Gronsfeld, Adão Leopoldo Breunig, Henrique Antonio Galluzzi, Sebastião José da Silva, Felipe
Sturm e o padre Inácio Sermatoni (Stenmartony). As duas comissões iriam se encontrar na aldeia de
Mariuá, atual cidade de Barcelos, no Estado do Amazonas. Entretanto, o encontro não ocorreu e os
trabalhos não foram realizados em conjunto. A comissão portuguesa ficou desempenhando o trabalho de
reconhecimento geográfico nas margens do rio Negro, deixando uma produção cartográfica bastante
apreciável e Landi traçou planos de alguns edifícios civis e religiosos em Belém, que hoje pertencem à
Divisão de Iconografia da Biblioteca Nacional.
Neste artigo abordarei a participação de alguns engenheiros, astrônomos, matemáticos e geógrafos
nessas comissões demarcadoras das terras portuguesas no Brasil e as contribuições advindas dessa
participação, me detendo especificamente na participação do matemático e astrônomo João Ângelo
Brunelli e do arquiteto Joseph Antônio Landi. Nesse sentido, revisitarei aspectos referentes a alguns
trabalhos realizados e a produção desses cientistas italianos no período em que estiveram na Amazônia e
alguns trabalhos publicados posteriormente, que foram resultantes de sua estada na região. Esta elaboração
historiográfica está baseada na investigação de alguns relatos ou diários de viagens, bem como em
trabalhos já realizados a esse respeito, por historiadores, antropólogos, cartógrafos, astrônomos e
jornalistas.
Para a obtenção das informações utilizei fontes primárias e secundárias por considerá-las
necessárias na reorganização dos fatos históricos e na construção das informações objetivadas por mim.
Este artigo é parte de uma pesquisa que iniciei em fevereiro de 2007 e que se ampliou em meu estágio
pós-doutoral realizado na UNESP de Rio Claro durante o ano de 2008, sem auxílio de quaisquer agencia
de fomento à pesquisa.
O interesse por este tema está relacionado diretamente com a busca de valorização do patrimônio
arquitetônico, artístico, histórico, religioso, científico e cultural originado das atividades de demarcações
de fronteiras portuguesas na América do Sul e principalmente por ligar-se a região amazônica, mas
especificamente da cidade de Belém do Pará, onde nasci.

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Sobre as atividades dos engenheiros-matemáticos na região amazônica


A contratação de engenheiros, astrônomos e matemáticos que fariam parte das comissões
de demarcação dos limites das fronteiras brasileiras ocorreu por ordem de Marco António de Azevedo
Coutinho, então secretário de estado, que solicitou ao padre António Cabral, a contratação de técnicos
estrangeiros para comporem a expedição que iria demarcar os territórios portugueses na América do Sul.
A ordem foi dada para que o padre João Álvares de Gusmão fosse o encarregado de contratar em Bolonha
e, caso fosse necessário, em outras partes da Europa, profissionais competentes para fazerem as
observações astronômicas e elaborarem as cartas geográficas do território a ser demarcado.
A ordem de contratação deixava claro que deveriam ser escolhidos preferencialmente aqueles
matemáticos-astrônomos pertencentes à Companhia de Jesus ou italianos ou alemães, bem instruídos nos
estudos matemáticos, e observaçoens astronomicas para irem a ditta diligencia, advertindo que ainda seria
mais estimável, se juntamente tivessem vocação de empregar-se nas missões do Brazil1.
Dentre os participantes da expedição que chegou ao Grão-Pará em 1753, os técnicos estrangeiros
destinados à tarefa das medições astronômicas e demarcação das fronteiras entre as Américas espanhola e
portuguesa, contavam entre eles: os padre Ignácio Szentmartonyi (astrônomo); João Ângelo Brunelli
(matemático e astrônomo); João André Schwebel (capitão-mor engenheiro alemão); Gaspar João Geraldo
de Grönfeld (capitão engenheiro alemão); Henrique António Galuzzi (ajudante engenheiro); Adão
Leopoldo de Breuning (ajudante engenheiro); Philippe Sturm (ajudante engenheiro); Manuel Götz
(tenente); Joseph Antonio Landi (desenhador); Daniel Panelli (cirurgião). Entre os portugueses estavam:
Sebastião José da Silva (sargento-mór), José Gonçalves da Fonseca (sargento-mór), Gregório Rebelo
Guerreiro Camacho (capitão), Henrique João Wilkens, António Mattos (cirurgião) e Domingos de Souza
(cirurgião) (Cf. MENDONÇA, 2005).
De um modo geral, os alemães eram bem considerados pelas suas habilidades, conhecimentos e
diligência no trabalho das demarcações. Eram, porém, esquivos e solitários, mantendo-se longe do barulho
dos italianos e das tramas e manobras dos padres da Companhia de Jesus. Os italianos Galuzzi, Brunelli,
Sanbucetti e Landi, foram promovidos por Mendonça Furtado, que os conhecia bem. O governador,
porém, mantinha distância crítica em relação a eles. Bastava lembrar da opinião que fazia de João Angelo
Brunelli, quando afirmava que este era soberbíssimo e avarento em sumo grau e desconfiado.

1
Ver Instruções dadas ao padre António Cabral por Marco António de Azevedo Coutinho sobre contratação de técnicos
estrangeiros para as demarcações, em 11 de abril de 1750. [AHU, Brasil, Limites, Caixa 1].
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Sobre a arquitetura na
na Amazônia
Amazônia do
do século XVIII

Para caracterizar a arquitetura da segunda metade do século XVIII no Brasil, pode-se mencionar
brevemente três núcleos urbanos de estruturas bem diversificadas: Belém do Pará, Rio de Janeiro e Ouro
Preto. Nessas regiões, fica clara a presença do poderio Pombalino. O maior despojamento parece ligar-se
ao movimento do neopaladianismo internacional, enquanto os ornatos parecem revelar influência de
Ferdinando Galli da Bibiena, autor de L'architettura civile preparata sula geometria, de 1711 (Ver foto
1). Joseph Antonio Landi, um arquiteto italiano de grande importância na urbanização da Amazônia,
durante a segunda metade do século XVIII, foi um dos discípulos de Bibiena, que transformou o cenário
arquitetônico e artístico da Amazônia na era pombalina.
Landi, que veio para o Brasil em 1753, como "desenhador", integrando a
Partida Norte das expedições militares enviadas ao Brasil em função do Tratado
de Madri. O "Capitão Antonio Joseph Landi, Architecto Regio", como é
referido em documentos, radicou-se em Belém do Pará, onde projetou e
concretizou a edificação de um apreciável número de obras caracterizadas por
uma grande coerência influenciada pela escola arquitetônica de Andrea
Paladium, cuja composição estética é marcada pela regularidade da modulação
e modernatura, com os ornatos parcimoniosamente usados segundo uma
linguagem rococó, notadamente nas portadas e nas janelas, influência de seus
Foto1. Folha de rosto do
estudos realizados na Academia Clementina de Bolonha e pelos manuais de manual de arquitetura de
Bibiena, 1711.
arquitetiura elaborados e utilizados por seu
mestre Bibiena (Ver foto 2).
Há, entretanto uma expectativa ainda
hoje não esclarecida sobre estes projetos
arquitetônicos da época de que modo os aspectos
matemáticos, principalmente relacionados ao
conceito de proporcionalidade, média
harmônica, simetrias entre outras noções
Foto2. Folha de rosto do matemáticas estiveram presentes na efetivação
manual de arquitetura para
estudantes, de Bibiena, S N H M – 2009 Foto3. Sumário dos autores 4
1734. ISBN – 978-85-7691-081-7 citados na obra de Bibiena
(1711).
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de uma obra cuja estética e plástica estiveram sempr emuito bem evidenciadas nos locais onde foram
edificadas? Tais aspectos foram influenciados pela escola de arte, arquitetura e pintura na qual Landi foi
formado: a Academia Clementina, caracterizada pela valorização da projeção tridimensional dos objetos
arquitetônicos e da pintura de quadratura, influenciadas por Vitruvius, Leonardo da Vinci, Nicolau
Tartáglia e Andrea Paladium (Ver Foto 3).
Aspectos como alguns aqui mencionados, nos levaram a iniciar um estudo histórico matemático
acerca das projeções arquitetônicas atribuídas a Landi tendo em vista explorar tais aspectos matemáticos
na criação de monumentos arquitetônicos na região amazônica no período pombalino, de modo a poder
acentuar a estética geométrica centrada na proporção harmônica, na arte da simetria e na geometria
simbólica de caráter religioso.

Sobre Joseph Antonio Landi

Antonio Giuseppe Landi, nasceu em Bolonha (Itália), em 1713 e faleceu em Belém do Pará em
1791, lugar onde viveu durante aproximadamente 38 anos. Arquiteto italiano fixado ao Brasil desde 1753
até a data de sua morte, foi integrante do movimento classicista italiano como discípulo de Fernando Galli
de Bibiena e membro eleito da Academia Clementina de Bolonha em 1743 e mestre de arquitetura no
Instituto de Ciências e Artes, premiado em 1731 e 1734.
A obra de Landi foi fortemente influenciada por seu mestre e isso fica evidente nas numerosas
gravuras metálicas que formam a "Coleção de Algumas Fachadas de Palácios e Pátios de Vários Notáveis
de Bolonha” e de um acervo de desenhos da Biblioteca Communale dell' Archigimnasio de Bolonha
denominado "Racolta Di Alcune Facciate di Palazzi e Cortle de Piú Riguardevli di Bologne”, alémdos
diversos outros originais conservados, nos quais se evidenciam aspectos da relação entre a sua arte
arquitetônica e a matemática sustentada na geometria simbólica. (Ver Fotos 4 e 5).

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Fotos 4 e 5. Exemplo de objetos


relacionados à arte, à estética e à
proporção harmônica, presentes na obra
de Bibiena, (1711 e 1734), que
influenciaram a formação de Landi,
bem como a sua obra na Amazônia.

Antonio Giuseppe Landi surpreendeu seus mestres e companheiros com a decisão de abandonar o
centro de prestígio em que se afirmara, disposto a se transferir para a aventura nos trópicos, na América
Portuguesa. Afim de chegar a tal propósito, foi para Lisboa em 1751 onde serviu como arquiteto à Coroa
Portuguesa, pelo prestígio do seu nome comparável, segundo Robert Smith, a Luís Vauvitelli, a Fernando
Fuga e a Carlo Dotti.
Facilitou seu destino a empresa de Marco de Azevedo Coutinho e do carmelita João Álvares de
Gusmão a mandado de D. João V para contratarem na Itália e especialmente em Bolonha, cartógrafos,
homens "versados em filosofia experimental”, e "que sejam suficientes desenhadores para tirarem vistas
dos lugares notáveis, e debuxarem as plantas, animais e outras coisas mais desconhecidas e dignas de
notícia”, nas imensas terras da Amazônia onde era necessidade a demarcação das fronteiras com a
América Espanhola.

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Frei Gusmão contratou, em Bolonha, o arquiteto Landi e o conceituado desenhista e matemático G.
Ângelo Brunelli. A vinda de Landi para a Amazônia ocorreu no início do reinado de D. José I e do
primeiro Ministro Marquês de Pombal e na vigência do Tratado de Madrid para demarcação das terras sul-
americanas. Era governador da Capitania do Grão Pará F. Xavier de Mendonça, irmão do Marquês de
Pombal, o qual chefiava a missão científica e artística, sediando-se em Barcelos onde Landi permaneceu
seis anos.
Por longo período o arquiteto bolonhês dedica-se a documentação da flora e da fauna, fazendo-se
explorador, missionário nas tribos indígenas, naturalista e desenhista. Ainda em Barcelos ensinou pintura
em perspectiva "a um soldado que tinha pendores artísticos" e desenhou, para a Igreja de Santana, "um
túmulo em forma de templo dórico”. Escreveu "Descrizioni de Varie P/ante, Frutti, Animle, etc. della
Capitania del Gran Pará" (conservada inédita na Biblioteca do Porto), com desenhos botânicos e da fauna
local.
Após fixar residência em Belém do Pará, tornou-se
Landi o autor praticamente de quase todas as construções
deimportância, de templos, palácio, mercado, cais,
substituindo o estilo barroco da Igreja jesuíta de Santo
Alexandre e do Convento e Igreja franciscana. Desenhou
e erigiu a Igreja do Carmo, a reforma da Sé, a Igreja de N.
Foto 6. Palácio dos governadores da
S. das Mercês, a de N. S. do Rosário dos Homens Pretos, província do Pará, em Belém. Obra de
Landi.
a de N. S. da Conceição, o Palácio dos Governadores (Ver
foto 6) e a bela Igreja de Santana (Ver foto 7) onde ele teve sepultura.
Alguns de seus historiadores como R. Smith, Germain Bazin, Donato Mello Junior e Leandro
Tocantins, identificam seu estilo eindividual como uma inteligente combinação do neo-clássico - (o
neopaladiano da Itália de setecentos) – com elementos do barroco tradicional, evidenciados e
reconstituídos nas construções portuguesas. Landi precedeu, por conseguinte, a introdução do neo-
classicismo na metrópole do Rio de Janeiro exercida pelos
arquitetos da Missão Artística Francesa contratada em 1816 e
iniciada em 1822.
A presença de Landi explica o nível artístico da
iconografia da Viagem Filosófica de Alexandre Rodrigues

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Foto 7. Desenho de um dos
interiores da Igreja de Santana,
projetada e executada por Landi.
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Ferreira, realizada no período de 1783-1793 que em muitos de seus documentos transcende o caráter
documental. De outro modo também possibilita a compreensão da continuidade e da expansão que o traço
caracterizador do neoclassicismo alcançou na vasta área amazônica, se manifestando desde as construções
palaciais à arquitetura empírica, popular.

Fotos 8. Desenho da Capela de São João, executado por Landi.


Foto 9. Capela de São João, projetada e executada por Landi.

Sobre João Ângelo Brunelli e sua contratação e seus trabalhos


Astrônomo italiano, nascido em Bolonha, contratado pela coroa portuguesa para participar, junto
com Joseph Antonio Landi, da comissão demarcadora de limites enviada para o Norte do Brasil (Belém do
Pará), em 1753, onde iniciaram um período de adaptação aos costumes e língua da região. Brunelli era um
clérigo bolonhês indicado pelo Marquês de Pombal para compor tal comissão e, além de receber um alto
salário anual, tinha ainda o direito de levar um criado (Francisco Xavier) pago pelo governo.
A contratação de João Angêlo Brunelli como astrônomo, geógrafo e matemático da comissão de
demarcação das fronteiras entre Portugal e Espanha, no norte do Brasil, ocorreu por ordem do Rei de
Portugal que solicitou ao secretário de estado Marco António de Azevedo Coutinho que viabilizasse a
contratação de profissionais competentes que pudessem compor a expedição que iria tratar da demarcação

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da fronteira no Brasil. Seguindo as instruções de Azevedo Coutinho, o padre carmelita João Álvares de
Gusmão chegou a Bolonha, por volta do mês de junho de 1750.
Facilitou seu destino o empreendimento de Marco de Azevedo Coutinho e do carmelita João
Álvares de Gusmão que a mando de D. João V foram contratar na Itália e especialmente em Bolonha,
cartógrafos, homens "versados em filosofia experimental”, e "que sejam suficientes desenhadores para
tirarem vistas dos lugares notáveis, e debuxarem as plantas, animais e outras coisas mais desconhecidas e
dignas de notícia”, nas imensas terras da Amazônia onde era necessidade a demarcação das fronteiras com
a América Espanhola.
Frei Gusmão contratou, em Bolonha, o arquiteto Antonio Joseph Landi, um conceituado desenhista
e o matemático Giovanni Ângelo Brunelli. A ida dos dois para a Amazônia ocorreu no início do reinado
de D. José I e do primeiro Ministro Marquês de Pombal e na vigência do Tratado de Madrid para
demarcação das terras sul-americanas. Era governador da Capitania do Grão Pará Francisco Xavier de
Mendonça Furtado, irmão do Marquês de Pombal, o qual chefiava a missão científica e artística, sediando-
se em Barcelos onde os dois permaneceram por seis anos. Em virtude de um desagravo ocorrido entre
Mendonça Furtado e Brunelli, o padre astrônomo foi enviado de volta a Lisboa, passando a atuar no Real
Colégio dos Nobres como professor de geometria.

No ano de 1761 o Senhor D. José estabeleceu o Real Colégio dos Nobres, lançando mão, para o
ensino da matemática, de João Angelo Brunelli e Miguel Ciera que haviam voltado das expedições
das comissões demarcadoras de limites do Brasil com a Espanha, na América do Sul (GARÇÃO-
STOCKLER, 1819).

Nessa escola, foi o responsável por uma das traduções portuguesas de


“Os Elementos de Euclides”, por ocasião do estabelecimento do referido
colégio em Lisboa, como parte da tentativa do Marquês de Pombal de reformar
a educação em Portugal e purgar a aristocracia da confiança deles em
privilégios nobres. O objetivo da tradução foi para favorecer o ensino de
matemática no colégio e que depois acabou por ser adaptado para uso na
Universidade de Coimbra, sendo freqüentemente reimpresso inúmeras vezes
sob a Chancela do Marquês de Pombal. Esta tradução é datada de 11 de junho
de 1768 e tomou como referência a versão latina atribuída a Frederico
Commandino, adicionada, e ilustrada por Roberto Simson, professor de
Matemática na Academia de Glasgow. O trabalho de Brunelli constou da
Foto 10: Página de rosto da
tradução de Brunelli para
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tradução de uma parte do tratado matemático de Euclides: os livros de I a VI, XI e XII (foto 10).
Sobre a tradução dos Elementos de Euclides
Em 1768, já em Portugal, Angelo Brunelli traduziu e publicou uma versão em língua portuguesa
dos Livros de I a VI, XI e XII dos Elementos de Euclides, usando como base a tradução latina de
Frederico Comandino incluindo as notas dessa versão, de autoria de Roberto Sinson (1687-1768). Este
livro foi muito usado nas escolas portuguesas, recebendo novas edições em 1790, 1792, 1824, 1835, 1839,
1852, 1855 e 1862. Todavia, nessa época já haviam outros livros de Geometria, didaticamente mais
adequados ao ensino, notadamente o Éléments de Géométrie de Legendre, que também foi traduzido para
o português e muito usado nas escolas brasileiras.
Sobre essa tradução portuguesa dos Elementos de Euclides, sabe-se que, o estabelecimento do
Colégio de Nobres em Lisboa era parte da tentativa de Pombal de reformar a instrução em Portugal e de
remover a aristocracia de seu poderio de privilégios nobres. Logo na página de rosto do livro percebe-se
claramente a falta de identificação da autoria de Brunelli como tradutor da versão portuguesa, constando
apenas o nome do tradutor para o latin (Federico Commandino) e de Roberto Sinson, responsável pelas
notas adicionadas à tradução. Percebemos, ainda, a evidente louvação do tradutor ao Senhor Sebastião
José de Carvalho e Mello, o Marques de Pombal, enfatizando um caráter de submissão muito forte à figura
mais importante de todo aquele processo de criação do Colégio Real dos Nobres e da implantação dessa
tradução para o ensino de geometria na referida escola.
Logo no inicio do livro há um texto de louvação a majestade do Marquês de Pombal, de autoria de
João Ângelo Brunelli, conforme as páginas a seguir (Foto 11):

Foto11: Louvação de
Brunelli a majestade do
Marquês de Pombal.

Em linguagem atual, a louvação é descrita da seguinte maneira:


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Ao Illmo e EXCmo Senhor Sbeastião josé de carvalho e mello, Conde de Oeyras, Ministro e
Secretário de Estado de S. Magestade Fidelíssima.
EXCmo SENHOR
Estes Elementos de Euclides traduzidos em língua portuguesa para uso do Real Collegio de
Nobres, devião necessariamente sahir ao publico debaixo do respeitável nome de V. Excellencia:
Para o que basta dizer, que forão traduzidos do excellente livro de Roberto Simson; e que de V.
Excellencia recebi a ordem para os traduzir. De mais, como este Real Collegio deve a V.
Excellencia o seu mais firme estabelecimento, parece que as producções, que delle vão sahindo, se
hão de tributar a V. Excellencia, para assim cumprirmos de alguma maneira com o que devemos; e
para que os mais vejão quanto nos importa fazer publica ao mundo a lembrança dos benefícios, que
de V. Excellencia temos recebido. Estes são os motivos, que me obrigão a offerecer a V.
Excellencia este meu trabalho, e assim espero, que V. Excellencia se dignará de o proteger com o
seu amparo.
De V. Excellencia o mais humilde criado
Joâo Ângelo Brunelli.

Nota-se, enfim a assinatura do tradutor apenas no final do texto de apresentação do livro, cujo
conteúdo do texto mostra extrema submissão a autoridade do Marques de Pombal e da devoção a Coroa
Portuguesa.

Sobre o Real Colégio dos Nobres


O Colégio dos Nobres, foi um estabelecimento de educação pré-universitário fundado em Lisboa, por
carta de lei de 7 de Março de 1761, voltado especificamente para a formação inicial dos jovens
aristocratas portugueses. A intenção era preparar os jovens oriundos das famílias da alta aristocracia, que
soubessem ler e tivessem idade compreendida entre os 7 e os 13 anos no periodo de ingresso no colégio,
visando torná-los úteis à administração e produção, propiciando-lhes, além da formação tradicional nas
humanidades clássicas, uma sólida formação científica e literária que lhes permitisse o acesso à
Universidade de Coimbra.
Quando o Marquês de Pombal quis fundar o Colégio dos Nobres (posteriormente criado por carta
régia de 7 de Março de 1761), viu-se em sérias dificuldades, porque os conhecimentos das ciências exatas,
que havia em Portugal, eram tão poucos que foi necessário “recorrer a professores estrangeiros para o
ensino das Matemáticas. Foram eles João Ângelo Brunelli, professor de Bolonha, Miguel Ciera,
matemático piemontês, e Miguel Franzini, geómetra veneziano. (GARÇÃO- STOCKLER, 1819).
O marquês de Pombal valeu-se de Brunelli e Ciera, que naquele período haviam acabado de
voltara “da América meridional, da demarcação dos limites das nossas possessões naquela parte do
Mundo: expedição para a qual haviam sido chamados no princípio do seu reinado (de D. José) por não
haver astrônomos nacionais, a quem ela se confiasse.” (GARÇÃO-STOCKLER, 1819, p. 66).

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Em síntese, para os historiadores da época, O marques de Pombal não tinha nem matemáticos nem
astrônomos disponíveis para a missão que ele pretendia empreender nas escolas naquela época. A
Astronomia foi estudada em Portugal, pelas suas aplicações à Navegação e a Matemática foi estudada,
pelas suas aplicações à Astronomia. Com a decadência da Navegação decaiu a Astronomia e, com a
decadência da Astronomia, decaiu a Matemática. “Já é tempo de os governos do País entenderem que a
Matemática precisa de ser estudada, não é pelas inúmeras aplicações às outras ciências e às técnicas, mas
também, e sobretudo, pelos seus próprios méritos. Ora, depois de Pedro Nunes, houve apenas um curto
período, em que se estudou Matemática pelos seus próprios méritos - o período da reforma pombalina da
Universidade de Coimbra. (GARÇÃO-STOCKLER, 1819). O Colégio do Nobres foi extinto por decreto
de 4 de Janeiro de 1837, tendo em vista que seus objetivos não mais podiam subsistir no enquadramento
criado pela implantação do regime liberal em Portugal, sendo as suas instalações e equipamentos
atribuídos à então criada Escola Politécnica de Lisboa (atual Faculdade de Ciências da Universidade de
Lisboa).

Sobre outros trabalhos de Brunelli


A parte mais importante do trabalho realizado por João Ângelo Brunelli durante o pouco tempo
que pertenceu a expedição demarcadora de limites e enveredou pela região amazônica foram as várias
medições astronômicas realizadas nas novas terras e que contribuíram para a determinação dos limites das
fronteiras, bem como alguns estudos baseados nas observações da lua, dos eclipses solares e lunares e dos
fenômenos dos equinócios, considerando a proximidade da linha equatorial. Tal realização de estudos
dessa natureza não haviam ainda sido feitos naquela região até aquele momento (Século XVIII). É ainda
dessa época outros estudos de Brunelli como “De Pororoca”, publicado em Scientiarum at Artium, do
Instituto Atque Academia, na cidade de Bolonha (Foto 4), no qual seu autor remete-se a descrever e
comentar o fenômeno provocado pelo encontro das duas marés, originado pela força das águas do rio
Amazonas com o oceano atlântico, tendo como área de abrangência a ilha do Marajó.

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05 a 08 de abril de 2009
Belém – Pará – Brasil
ISBN – 978-85-7691-081-7

Foto 4. Capa do Periódico Foto 5. Parte do trabalho sobre


Scientiarum at Artium, do o fenômeno da Pororoca,
Instituto Atque Academia, na publicado por Brunelli, em
cidade de Bolonha, em 1767. 1767.

Nessa mesma revista científica, Brunelli publicou outro artigo intitulado De Mannioca ad Ferdinandum
Bassium Epistola, onde retoma aspectos da história natural e dos costumes amazônicos, principalmente
acerca da cultura da mandioca e seu aproveitamento culinário, medicinal e como meio de sobrevivência
dos habitantes nativos da região naquela época.

Em outro número na mesma revista, Brunelli publicou outro artigo abordando novos resultados de
suas pesquisas e memórias referentes ao período em que passou na Amazônia. Trata-se de um artigo
intitulado De flumine Amazonum (foto 6), no qual o autor descreve os aspectos naturais por ele observado
em diversos trechos do rio Amazonas, centrando seu foco descritivo nos aspectos referentes a latitude e
longitude das cidades, a fauna e a flora local, os aspectos referentes aos primeiros viajante que publicaram
algumas informações sobre a região e alguns pontos referentes a astronomia local. O texto foi publicado
em 1791, após Brunelli ter deixado Lisboa e voltado para Bolonha.

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Foto6. uma das páginas da


opúscula de Brunelli, publicada
na Scientiarum at Artium, do
Instituto Atque Academia, na
cidade de Bolonha, em 1778.

Perspectivas futuras
Um estudo mais minucioso sobre os trabalhos realizados na arte, na arquitetura e na ciência, na
Amazônia, no século XVIII, certamente poderá contribuir para que possamos melhor compreender os
métodos e práticas introduzidos e estabelecidos por esses engenheiros, geógrafos, arquitetos, nessa região,
durante o período em que os participantes da comissão demarcadora de limites territoriais enveredaram no
intuito de demarcar e urbanizar as terras brasileiras. O estudo é muito longo, mas oferece uma gama de
possibilidades de investigação e análise detalhada de cada documento existente, bem como as obras e
documentos deixados na região, na biblioteca nacional ou nos arquivos portugueses, sobre as descobertas
da época. Cabe aos interessados o desafio de fazer essa arqueologia com um olhar matemático mais
dirigido de modo a poder vislumbrar novas ações didáticas no ensino de matemática, tomando como ponto
de matemática as práticas culturais estabelecidas na região durante esse período histórico que muito
influenciou e definiu um pouco da característica de Belém como uma metrópole na zona equatorial.

Bibliografia consultada
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BRUNELLI, Joannis Angeli. De Mannioca ad Ferdinandum Bassium Epistola. In: De bononiensi
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