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Liberdade de Expressão e Discurso de ódio: dois lados de moedas diferentes.

Até aonde vai a nossa liberdade de falar o que quiser? Até aonde vai nosso direito de
dizer o que pensamos sem nos preocupar com o que estamos dizendo?
Essas perguntas podem parecer fácil de se responder. O hoje a famosa Zoeira muito
banaliza xingamentos e comportamentos de constrangimento e humilhação em nome
de risos e aplausos. Contudo a Liberdade de expressão mesmo que seja uma garantia
legal (um direito garantido por lei) isso não quer dizer que devamos usar levianamente.
Vamos a uma definição entre as várias que podemos encontrar de liberdade
Liberdade, segundo o Dicionário Filosófico de Nicola Abbagnano, possui três
maneiras de ser caracterizada, ao longo da história:
a) como autodeterminação ou auto causalidade. Ausência de condições e de limites;
b) como necessidade, que se baseia no mesmo conceito da anterior, a
autodeterminação, mas atribuindo-a à totalidade a que o ser humano pertence;
c) Como possibilidade ou escolha, segundo a qual a L. é limitada e condicionada,
isto é, fínita.
A liberdade de Expressão é muito abrangente, contudo dentro dos direitos legais: a
liberdade de expressão é a garantia que o todo cidadão tem de falar o que pensa sem
que sobre nenhum tipo de censura por parte do Estado e das instituições. Em nosso
país a lei que nos garante esse direito é a constituição de 1988, artigo 5º, o inciso IV,
do artigo 5º, afirma que "é livre a manifestação do pensamento, sendo vedado o
anonimato" – já trazendo o primeiro limite à tal liberdade que é o anonimato-, e,
continua, no inciso IX, que garante ser "livre a expressão da atividade intelectual,
artística, científica e de comunicação, independentemente de censura ou licença".
Liberdade de expressão também é um direito humano garantido na Carta Universal
dos Direitos Humanos: “Art 19 - Todo o indivíduo tem direito à liberdade de opinião e
de expressão; este direito implica a liberdade de manter as suas próprias opiniões
sem interferência e de procurar, receber e difundir informações e ideias por qualquer
meio de comunicação e independentemente de fronteiras.”

Beleza então agora eu vou falar o que eu quiser! Não pega nada!
Ai é que você se engana. Ter um direito nos trás uma garantia e também uma
responsabilidade de usar esse direito de maneira que não seja violado e também não
prejudique ou tire o direito de outra pessoa. O discurso de ódio é exatamente isso.
A sociedade é complexa e há diversos grupos sociais, com ideias diversas e que
muitas vezes, alguns grupos incitam a violência à determinados grupos, por puro e
simples fato de existirem ou sentirem que atrapalham suas vidas de algum jeito.
Nossa história oficial, nos conta como os europeus “conquistaram” vários outros
povos, invadiram suas terras, mataram populações inteiras, roubaram suas riquezas,
escravizaram e ensinaram a sua visão de mundo. Uma visão de mundo trás
preconceitos e valores e discriminações etc, mas é somente isso, uma visão de
mundo. E na herança europeia: aquilo que não for europeu, e posteriormente,
dominação Norte-Americana, não tem nenhum valor, e logo se tornam alvo de grupos
que propagam violência e ódio. Os grupos mais atacados são: mulheres ( machismo),
estrangeiros (xenofobia), negros, sejam africanos ou afrodescendentes ( Racismo,
aqui incluímos tanto homens quanto mulheres, sendo a mulher negra duas vezes alvo,
por ser mulher e negra), indígenas ( refletirmos bem, a história da invasão europeia é
exatamente de desprezo total pelos povos indígenas, herdamos isso, quando
negamos nossas raízes indígenas e quando mantemos todo um preconceito de como
o indígena deve ou não ser) e por último, homossexuais ( homofobia, LGBTfobia,
Lesbofobia, transfobia etc)
Esses grupos estão em constante ataque, não a toa na ultima eleição para presidente
do Brasil, sempre fazia sempre ataques a esse grupos. Basta estudar um pouquinho
a história da humanidade e ver como esse sentimento de desprezo e atos violentos
sempre foram e são destinados a esses grupos, claro em cada momento e lugar
acontecia de um jeito.
Discurso de ódio (texto adaptado de Emerson Santiago) – determinada mensagem
que busca promover o ódio e incitação a discriminação, hostilidade e violência contra
uma pessoa ou grupo em virtude de raça, religião, nacionalidade, orientação sexual,
gênero, condição física ou outra característica. O discurso do ódio é utilizado para
insultar, perseguir e justificar a privação dos direitos humanos e, em casos extremos,
para dar razão a homicídios.
No Brasil, apesar de séculos de escravidão de povos vindos da África, e a
consequente discriminação velada destes mesmos que ainda hoje ocorre, não houve
experiência semelhante àquela vivida em outras regiões do globo, onde um grupo
resolve se voltar contra outro no sentido de deslocar ou mesmo exterminá-lo. Isso não
significa que o país não careça de uma legislação que busque suprimir o discurso de
ódio (que envolve em seu conteúdo o racismo, como o que sofre o negro no Brasil)
Em 2010 foi promulgado o Estatuto da Igualdade Racial que busca garantir,
principalmente à população negra, a igualdade de oportunidades e combater a
discriminação, estabelecendo não somente sanções e punições mas também uma
série de obrigações aos Estados para inclusão social de minorias raciais no País.
Segundo vimos mesmo com o passar do tempo, determinados pensamentos e
ataques a certos grupos sociais é a base da nossa civilização, nos momentos de crise
a busca por culpados também é um fator que agrava comportamentos em que o
Discurso de Ódio fala mais alto. Nosso papel é saber identificar esse tipo de
comportamento e combate-lo sempre que possível.

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