Académique Documents
Professionnel Documents
Culture Documents
Para análise de alimento, a primeira diluição deve ser feita transferindo 25g ou mL do
alimento para 225 mL de diluente. Este procedimento é realizado para obter melhor
amostragem dos alimentos.
Para preparar a diluição 10-1, deve-se transferir 25g ou mL para 225 mL de diluente.
Desta forma, esta é a diluição que contém 0,1g ou mL de amostra em 1 mL de solução.
Por conseguinte, para preparar a diluição 10-2, deve-se transferir 1mL da diluição 10-2
para outro tubo contendo 9 mL de diluente. Ao transferir uma alíquota de 1mL, na
verdade está transferindo 0,1g ou mL de amostra. Esta será diluída mais 10 vezes.
Assim, a diluição 10-2 é a que contém 0,01g ou mL de amostra em 1mL de solução.
Para diluição das amostras, utiliza-se solução salina a 0,85% ou água peptonada a 0,1%
estéril. Os solutos adicionados à água de tem objetivo de manter a isotonia entre o
citoplasma celular e o diluente. Desta forma, evita-se a osmose entre estes dois meios.
CONTAGEM EM PLACAS
TÉCNICA EM PROFUNDIDADE
Alíquota de 1mL de cada diluição é transferida para placa de Petri vazia e estéril.
Posteriormente, o meio de cultura mantido líquido em banho termostático a 50 – 55°C é
adicionado à placa. A homogeneização é realizada com movimentos suaves em forma de
“8” sobre a bancada. Após solidificação, as placas são incubadas na temperatura ótima
de crescimento microbiano.
1° Passo – encontrar uma diluição entre os limites de contagem do método. Neste caso, será utilizado limite
mínimo de 25 e máximo de 250 UFC. Portanto, a diluição selecionada deve ser a 10-3.
3° Passo – a diluição 10-3 significa que há 0,001g ou mL de alimento em 1 mL de solução. Portanto, deve-se
fazer uma regra de três para transformar em UFC por grama ou mililitro de alimento.
1 1
Resultado = média x x
nível de diluição volume da alíquota
Assim,
1 1
Resultado = 43 x −3
x
10 1
Resultado = 43000
Exemplo 1:
<1 UFC -------------------0,1g
Diluição Contagem (UFC)
X ------------------- 1g
10-1 0
-2 0,1x <1
10 0
X <1/0,1
10-3 0
X <10 UFC/g
Exemplo 2: 95 -------------------0,1g
Diluição Contagem (UFC) X ------------------- 1g
10-1 90 100 0,1x = 95
-2
10 6 10 X = 95/0,1
10-3 1 0 X = 950
X = 9,5 x102 UFC/g
Exemplo 3:
Diluição Contagem (UFC) 95 -------------------0,01g
10-1 >250 >250 X ------------------- 1g
10 -2
90 100 0,1x = 95
X = 95/0,01
10-3 6 10
X = 9500
X = 9,5 x103 UFC/g
Exemplo 4:
95 -------------------0,001g
Diluição Contagem (UFC)
X ------------------- 1g
10-1 >250 >250
-2
0,1x = 95
10 >250 >250 X = 95/0,001
10-3 90 100 X = 95000
X = 9,5 x104 UFC/g
Exemplo 5:
Diluição Contagem (UFC) >250 -------------------0,001g
10-1 >250 >250 X ------------------- 1g
10-2 >250 >250 0,1x >250
-3
10 >250 >250 X >250/0,001
X >250000
X >2,5 x105 UFC/g
Alíquota de 0,1mL de cada diluição deve ser transferida para placa de Petri já contendo
meio de cultura sólido. Posteriormente, a alíquota é espalhada sobre o meio com auxílio
de alça espalhadora (bastão tipo hockey ou alça de Drigalsky) até absorção completa da
alíquota pelo meio. Após, as placas são incubadas na temperatura ótima de crescimento
microbiano.
O volume máximo de alíquota que um meio de cultura, quando contido numa placa de
Petri de 9,1cm de diâmetro, consegue absorver é 0,3mL. Normalmente, na inoculação em
superfície, utiliza-se alíquota de 0,1mL. Porém, há casos que necessita inocular 1 mL de
cada diluição, neste caso, pode-se inocular 4 placas com volumes de: 0,3+0,3+0,3+0,1mL
ou 0,25+0,25+0,25+0,25mL.
1° Passo – encontrar uma diluição entre os limites de contagem do método. Neste caso, utilizaremos entre 25
e 250. Portanto, selecionaremos a diluição 10-3.
3° Passo – a diluição 10-3 significa que há 0,0001g ou mL de alimento em 1 mL de solução. Porém, a alíquota
inoculada foi de 0,1mL, então:
4° Passo – fazer uma regra de três para transformar em UFC por grama ou mililitro de alimento.
1 1
Resultado = média x x
nível de diluição volume da alíquota
Assim,
1 1
Resultado = 43 x −3
x
10 0,1
Resultado = 430000
Exemplo 2:
0,1 g -------------------1 mL 95 UFC -------------------0,01g
Diluição Contagem (UFC) X ------------------- 1g
X ------------------- 0,1 mL
10-1 90 100 0,01x = 95
X =0,01 g de alimento
10-2 6 10 X = 9500
inoculado
X = 9,5 x 103 UFC/g
Exemplo 3:
0,01 g -------------------1 mL 95 UFC -------------------0,001g
Diluição Contagem (UFC)
X ------------------- 0,1 mL X ------------------- 1g
10-1 >250 >250
X = 0,001 g de alimento 0,001x = 95
10-2 90 100
inoculado X = 95000
X = 9,5 x 104 UFC/g
Exemplo 4 :
0,01 g -------------------1 mL >250 UFC -----------------0,001g
Diluição Contagem (UFC)
X ------------------- 0,1 mL X ------------------- 1g
10-1 >250 >250
X = 0,001 g de alimento 0,001x >250
10-2 >250 >250
inoculado X > 250000
X > 2,5 x 105 UFC/g
Exemplo 5 :
0,1 g -------------------1 mL 13 UFC -----------------0,01g
Diluição Contagem (UFC) X ------------------- 0,1 mL X ------------------- 1g
10-1 10 16 X =0,01 g de alimento 0,01x = 13
10-2 0 0 inoculado X = 13/0,01
X = 1,3 x 103 UFC/g est.
Alíquota de 0,025ml (25µL) de cada diluição deve ser transferida para placa de Petri já
contendo meio de cultura sólido. Posteriormente, a placa é deixada em repouso sobre
uma superfície plana até absorção da alíquota pelo meio. Após, as placas são incubadas
na temperatura ótima de crescimento microbiano.
1° Passo – encontrar uma diluição entre os limites de contagem do método. Neste caso, deve-se utilizar limite
mínimo de 10 e máximo de 70. Portanto, deve-se selecionar a diluição 10-3.
3° Passo – diluição 10-3 significa que há 0,001g ou mL de alimento em 1 mL de solução. Porém, a alíquota
inoculada foi de 0,025mL, então:
4° Passo – fazer uma regra de três para transformar em UFC por grama ou mililitro de alimento.
1 1
Resultado = média x x
nível de diluição volume da alíquota
Assim,
1 1
Resultado = 43 x −3
x
10 0,025
Resultado = 1720000
Exemplo 2:
0,1 g -------------------1 mL 95 UFC -------------------0,0025g
Diluição Contagem (UFC) X ---------------------- 1g
X ------------------- 0,025 mL
10-1 90 100 0,0025x = 95
X =0,0025 g de alimento
10-2 6 10 X = 95/0,0025
inoculado
X = 3,8 x 104 UFC/g
Exemplo 3:
0,01 g -------------------1 mL 95 UFC -------------------0,00025g
Diluição Contagem (UFC)
X ------------------- 0,025 mL X ----------------------- 1g
10-1 >250 >250
X = 0,00025 g de alimento 0,00025x = 95
10-2 90 100
inoculado X = 95/0,00025
X = 3,8 x 105 UFC/g
Exemplo 4 :
0,01 g -------------------1 mL >250 UFC -----------------0,00025g
Diluição Contagem (UFC)
X ------------------- 0,025 mL X ------------------- 1g
10-1 >250 >250
X = 0,00025 g de alimento 0,00025x >250
10-2 >250 >250
inoculado X > 250/0,00025
X > 1,0 x 106 UFC/g
Exemplo 5 :
0,1 g -------------------1 mL 2 UFC ----------------- 0,0025g
Diluição Contagem (UFC) X ------------------- 0,025 mL X ------------------- 1g
10-1 1 3 X =0,0025 g de alimento 0,0025x = 2
10-2 0 0 inoculado X = 2/0,0025
X = 8,0 x 102 UFC/g est.
1° Passo – preencher a massa e o volume do diluente utilizado para realizar a primeira diluição;
4° Passo – digitar a alíquota inoculada – profundidade (1mL), superfície (0,1mL) e microgota (0,025mL);
4° Passo – assinalar com um “x” a campo da diluição que se encontra dentro do limite da contagem.
No caso de ausência de crescimento nas placas, é necessário assinalar com um “x” o campo: ausência de
crescimento nas placas.
Da mesma forma, se na última diluição inoculada, a contagem ultrapassar o limite máximo de contagem, é
necessário assinalar com um “x” o campo: incontáveis.
∑𝑥
Resultado =
V (n1 + 0,1 n2)d
Em que:
𝑥 - número de colônias em todas as placas selecionadas;
n1 – número de placas selecionadas na primeira diluição;
n2 – número de placas selecionadas na segunda diluição;
V – é o volume de inóculo em cada placa, em mililitros;
d - nível de diluição correspondente à primeira diluição selecionada (a suspensão inicial é uma diluição).
Assim,
Diluição Contagem
(UFC)
10-1 90 100
-2
10 6 10
Então,
n1 = 2
n2 = 2
206
Resultado = = 9,4𝑥103 UFC/g ou mL
0,1 (2 + 0,1(2))0,1
Para executar a técnica, é necessário diluir a amostras numa proporção de 1:1 com azul
de metileno ou eritrosina. Após homogeneização, transfere-se uma alíquota para a mesa
da câmara de forma a cobrir toda superfície da leitura. O campo de leitura de uma
câmara de Neubauer está mostrado na Figura 5.
Pode-se observar que a placa é dividida em 9 quadrantes, cada um deles contém 25 sub-
quadrantes. Cada quadrante pode ser separado em 3 tipos. As diferentes divisões dos
quadrantes servem para contar microrganismos de diferentes tamanhos.
No quadrante selecionado para contagem, contar pelo menos 5 sub-quadrantes (os dos
cantos superiores, os dos cantos inferiores e o quadrado central).
O valor do quadrante médio deve ser multiplicado por 25, que é o número total de sub-
quadrantes contidos no quadrante de contagem.
O valor obtido está em um volume de 0,1mm3. Convenientemente, este valor deve ser
transformado para cm3, pois 1cm3 equivale a 1mL. Em contrapartida, 1cm3 equivale a
1000mm3. Portanto, o número de células obtido na contagem, está em 0,0001mL. Então,
pode-se assumir que para expressar o resultado em células por mL, pode-se multiplicar
o número de células contadas pelo fator de 10000. Assim, o resultado já estará expresso
em células/mL.
Para obter o resultado final, ainda falta multiplicar o número de células/mL pelo fator de
diluição inicial da amostra (amostra + corante).
Há casos em que é necessário diluir a amostra antes de fazer a mistura com o corante.
Isso ocorre quando o número de células é muito alto. Neste caso, o resultado final deve
ser multiplicado pelo fator de diluição:
1
Fator de diluição =
nível de diluição
1° Passo – encontrar o tipo de quadrante mais adequado para a contagem. Selecionar e contar as células
contidas em, pelo menos, 5 sub-quadrantes
Quad 1 = 50 células
Quad 2 = 20 células
Quad 3 = 40 células
Quad 4 = 90 células
Quad 5 = 10 células
210
Quad médio = = 42
5
Neste caso, deve-se inocular 3 tubos de cada diluição com 1mL cada.
Para detecção dos tubos positivos, é necessário um meio de diferenciação. Isto pode ser
conseguido com adição de um tubo de Duhran invertido no interior de meio, como
ocorre na análise de coliformes pela técnica de tubos múltiplos.
Para aumentar o nível de detecção do teste, basta acrescentar mais tubos de diluição e
diluir mais a amostra.
2 – A quantidade de tubos positivos deve ser arranjados em uma única linha da maior para a menor diluição:
Exemplo:
10-1 10-2 10-3
2 1 0
Número Mais Provável por grama ou mL, para séries de 3 tubos com inóculos
de 0,1, 0,01 e 0,001 g ou mL e respectivos intervalos de confiança 95%.
Número de Tubos NMP/g ou mL Intervalo de Confiança
Positivos (95%)
-1 -2 -3
10 10 10 Inferior Superior
0 0 0 <3,0 -- 9,5
2 1 0 15 3,7 42
3 3 3 >1100 420 --
4 – Observar se a diluição utilizada para obter a combinação coincide com a diluição da Tabela NMP.
5 – Se coincidir, o NMP expresso na quarta coluna da Tabela NMP já é o resultado. Caso contrário, o resultado
da quarta coluna deve ser multiplicado pela razão (divisão) entre a diluição mais concentrada inoculada e a
primeira diluição da Tabela NMP.
Métodos de contagem microbiana. Valença, 1ª Edição, 2016, 28p. www.microbiologia-de-alimentos.com
Cálculo e expressão dos resultados - TABELA DE NÚMERO MAIS PROVÁVEL ELETRÔNICA
Neste caso, deve-se digitar a combinação de tubos positivos após teste de confirmação em caldo verde
brilhante ou Escherichia coli, e o resultado é gerado automaticamente. Também é necessário fazer a correção
se a diluição mais concentrada utilizada para gerar o resultado não coincidir com a primeira diluição da Tabela
NMP.
Exemplo:
2° Passo – centrifugação, lavagem do pellet com tampão fosfato pH 7,2 e centrifugação. Este
procedimento deve ser repetido duas vezes e tem como objetivo eliminar interferentes na leitura no
espectrofotômetro;
3° Passo – adicionar quantidade suficiente de tampão ao pellet de modo a conferir absorbância de 0,800 à
600λ;
4° Passo – a partir do tubo ajustado no 3° passo, preparar mais quatro diluições transferindo os
respectivos volumes de alíquota e tampão: 1:1; 1:5; 1:9; 1:99;
5° Passo – ler e anotar a absorvância de todos os tubos no espectrofotômetro ajustado para 600 λ;
6° Passo – fazer a contagem de UFC/g ou mL por alguma técnica de contagem (profundidade, superfície
ou microgota);
7° Passo – plotar um gráfico de dispersão absorvância x UFC/g ou mL. Solicitar regressão linear para
avaliar a melhor equação representativa dos dados experimentais. Avaliar o valor de “R” e “R2”.
1° Passo – tomar uma amostra e mensurar a absorvância no mesmo comprimento de onda selecionado
para construção da curva de calibração;
2° Passo – se a absorvância estiver no intervalo entre 0,2 e 0,8, este valor já pode ser utilizado para
cálculo de UFC/mL. Caso contrário, deve-se diluir ou concentrar a amostra até conseguir absorvância
nesta faixa de linearidade;
3° Passo –o valor da absorvância é o “y” da equação. O valor de “x” é a quantidade de UFC/g ou mL;
4° Passo – se tiver sido necessário diluir a amostra. O valor de “x” (UFC/g ou mL) ainda deve ser
multiplicado pelo fator de diluição.
Absorvância
células/mL Log células/mL
600λ
0.800 1200000 6.1
0.635 1000000 6.0
0.422 500000 5.7
0.321 190000 5.3
0.186 120000 5.1
Plotagem do gráfico
1.2
1
Absorvância 600λ
0.8
0.6
0.4
0.2
0
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
Log células/mL
1
Absorvância 600λ
0.8
0.6
0.4
0.2
0
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
Log células/mL
𝑦 = 0.5386𝑥 − 2.5578
0.532 = 0.5386𝑥 − 2.5578
0.532 + 2.5578 = 0.5386𝑥
𝑥 = 5.74 log 𝑐é𝑙𝑢𝑙𝑎𝑠/𝑚𝐿
Problema 2 – ajustar um inóculo de Saccharomyces cerevisiae para conter exatamente 2,5x105 células/mL
𝑥 = 3.3𝑥106 𝑐é𝑙𝑢𝑙𝑎𝑠/𝑚𝐿
TORTORA, Gerard J.; FUNKE, Berdell R; CASE, Christine L. Microbiologia. 10.ed. Porto
Alegre: Artmed, c2012. xxviii, 934 p., il., color. ISBN 9788536326061 (enc.).
NEDER, Rahme Nelly. Microbiologia : manual de laboratório. São Paulo: Nobel, 2004.
[138], il. Bibliografia : p. [138]. ISBN 8521307152 (Broch.).
MADIGAN, Michael T.; MARTINKO, John M.; PARKER, Jack. Microbiologia de Brock. 10.
ed. São Paulo: Prentice Hall, 2004. 608 p., il. Inclui bibliografia e índice. ISBN
9788587918512
KRIEG, N. R. & HOLT, J. G. Bergey's Manual of Systematic Bacteriology, 9th ed. Vol
1,2,3,4 - Willians & Wilkins Inc. N. York. 1984.