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ANTES DE COMEÇARMOS... .......................................................................... 1
SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE – SUS: FUNDAMENTOS E PRÁTICAS EM ATENÇÃO
PRIMÁRIA À SAÚDE E MEDICINA DE FAMÍLIA E COMUNIDADE - POLÍTICAS
PÚBLICAS DE SAÚDE: BASES LEGAIS DO SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE (SUS) - LEI
ORGÂNICA DO SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE (LEI FEDERAL 8.080/90, 19 DE
SETEMBRO DE 1990; LEI FEDERAL 8.142/90, DE 28 DE DEZEMBRO DE 1990). .... 3
LEI N° 8.080/1990......................................................................................................... 3

36
LEI Nº 8.142/1990 ..................................................................................... 50

5:
:2
14
QUESTÕES ............................................................................................... 52

9
01
QUESTÕES COMENTADAS E GABARITADAS .................................................. 60

/2
05
5/
-1
Antes de começarmos...

om
l.c
ai
gm

O presente curso intensivo Psicologia para a Prefeitura de Juazeiro -


@

Ceará será voltado para este grande concurso que irá ofertar 30 vagas!
ita

Eis os principais dados do concurso até o presente momento:


an
ri.
-d

Inscrições: 26/03/2019 a 25/04/2019


4
-7

Banca: CETREDE www.cetrede.com.br


98

Vagas: 30
.4
69

Remuneração inicial: R$ 3.395,56


.7
19

Data da Prova: 26 de maior de 2019


-2

Conteúdos da prova: Língua Portuguesa, Matemática, Atualidades e Convivência


jo

Societária e PSICOLOGIA (40 questões para conhecimentos gerais e 20 questões


au
Ar

para psicologia).
de

O nosso curso do Psicologia Nova irá preparar você para a parte de


ita

Conhecimentos Específicos!
An
na

7 Motivos para você fazer esse concurso:


ria
Ad

1. Número de vagas (30 vagas!)


2. Não teremos questão discursiva para psicologia!
3. Poucas matérias
4. Remuneração inicial boa para um concurso de prefeitura
5. É no dia da prova de Cajazeiras/PB
6. A concorrência tende a ser pouco qualificada
7. Temos curso no Psicologia Nova!!!

A disponibilização do curso ocorrerá conforme o calendário abaixo:

1
Aula Conteúdo Data provável
de liberação
1 Sistema Único de Saúde – SUS: Fundamentos e 27/03
Práticas em Atenção Primária à Saúde e Medicina de
Família e Comunidade - Políticas Públicas de Saúde:
Bases Legais do Sistema Único de Saúde (SUS) - Lei
Orgânica do Sistema Único de Saúde (Lei Federal
8.080/90, 19 de setembro de 1990; Lei Federal

36
5:
8.142/90, de 28 de dezembro de 1990)

:2
14
2 Histórico; Atenção Primária a Saúde; Política Nacional 10/04

9
de Atenção Básica ; Normas Operacionais Básicas –

01
/2
NOB-SUS de 1996; Controle Social do SUS; Lei

05
complementar n. 141/12, de 13 de janeiro de 2012

5/
-1
Regulamenta o § 3° do artigo 198 da Constituição

om
Federal para dispor sobre os valores mínimos a serem
aplicados anualmente pela União, Estados, Distrito l.c
ai
gm

Federal e Municípios em ações e serviços públicos de


@

saúde; estabelece os critérios de rateio dos recursos de


ita
an

transferências para a saúde e as normas de


ri.

fiscalização, avaliação e controle das despesas com


-d

saúde nas 3 (três) esferas de governo; revoga


4
-7

dispositivos das Leis n. 8.080/90, de 19 de setembro de


98
.4

1990, e 8.689/93, de 27 de julho de 1993; e dá outras


69

providências; Decreto n. 7.508/11, de 28 de junho de


.7
19

2011 Regulamenta a Lei n. 8.080/90, de 19 de setembro


-2

de 1990, para dispor sobre a organização do Sistema


jo
au

Único de Saúde – SUS.


Ar

3 Funções do psicólogo na equipe multiprofissional. 17/04


de

Gestão de programas preventivos de saúde. Técnicas


ita

de seleção profissional. Técnicas de aconselhamento e


An

orientação psicossocial. Pareceres. Laudos. Relatórios.


na
ria

Métodos e Técnicas de avaliação psicológica.


Ad

4 Psicofisiologia. Transtornos mentais. Psicopatologia e 24/04


o método clínico. Psicologia Clínica e Social e os
fenômenos de grupo: a comunicação, as atitudes, o
processo de socialização, os grupos sociais e seus
papéis.
5 Psicologia institucional e seus métodos de trabalho. 01/05
Psicologia hospitalar, reforma psiquiátrica, o
psicólogo e a saúde pública.
6 Teorias e técnicas psicoterápicas. Psicofarmacologia. 08/05
Drogodependência. Ações de biossegurança,

| 2
humanização da assistência. Sistema de referência e
contra referência. Agravos sociais.
7 Legislação, ética profissional e relações humanas. 15/05
Código de Ética Profissional do psicólogo (resolução
CFP-Nº 010/2005. Resolução CFP No 001-2009,
007/2003). Humanização da assistência. Legislação e
ética profissional.

36
5:
Em função da disponibilidade do professor e da necessidade do curso,

:2
14
poderão ocorrer eventuais mudanças de calendário. Essas mudanças serão

9
sempre comunicadas aos alunos.

01
/2
Vamos tentar adiantar as aulas finais logo nessas primeiras semanas. =]

05
Vou lançar amanhã alguns materiais que você precisará levar com você sempre:

5/
-1
1. O Planner do curso e

om
2. o caderno de provas.
l.c
ai
gm
@

Sistema Único de Saúde – SUS: Fundamentos e Práticas em


ita
an

Atenção Primária à Saúde e Medicina de Família e


ri.
-d

Comunidade - Políticas Públicas de Saúde: Bases Legais do


4
-7
98

Sistema Único de Saúde (SUS) - Lei Orgânica do Sistema


.4
69

Único de Saúde (Lei Federal 8.080/90, 19 de setembro de


.7
19

1990; Lei Federal 8.142/90, de 28 de dezembro de 1990).


-2
jo
au
Ar

Futuros servidores da Prefeitura de Juazeiro do Norte, aqui devemos


de

trabalhar com apenas duas leis. Sim, esse assunto de atenção primária à saúde e
ita

medicina de família e comunidade será apresentada ao longo das próximas aulas


An

com mais detalhes.


na

Percebam que, incrivelmente, não temos o tópico de saúde na constituição


ria
Ad

federal. Tudo bem, melhor para nós!


Vamos começar!

Lei n° 8.080/1990
Após a promulgação da Constituição de 1988 – CF/88, o Brasil amarga com
maior prejuízo os efeitos da inflação galopante do final da década de 1980 e 1990.
O índice de desemprego era alta, assim como as demandas por serviços de
assistência social, previdência e, obviamente, saúde. O Brasil ainda estava se
abrindo à democracia e ao capital externo. O Governo Collor propôs uma nova

| 3
forma de gerir a máquina pública e concentrou-se em privatizações de estatais e
pouco geriu as demandas sociais na área de saúde. Aliado a esse cenário pouco
propício para o desenvolvimento de políticas públicas, a CF/88, em função de ser
uma norma programática, carecia de regulamentação. Faltava uma lei que
instituísse os mecanismos de funcionamento e os conceitos básicos da saúde no
país. Muitas práticas de centralização, clientelismo e de problemas de
financiamento persistiram.
A Lei 8.080 de 1990 dispõe, assim, sobre as condições para a promoção,

36
5:
proteção e recuperação da saúde, a organização e o funcionamento dos serviços

:2
14
correspondentes e dá outras providências. Ela é a lei orgânica da saúde e levanta

9
as principais informações acerca da saúde no Brasil e do Sistema Único de Saúde.

01
/2
Essa lei foi publicada no início do curto Governo Collor, ou seja, em um

05
ambiente de conservadorismo e do patente despreocupação do governo com a

5/
-1
saúde. Em função disso, muitos dos dispositivos em lei foram vetados. Entre as

om
partes vetadas estavam a obrigatoriedade de destinação de pelo menos 45% dos
l.c
recursos do Fundo Nacional de Saúde aos municípios, o plano de cargos e salários
ai
gm

do SUS (incluindo piso salarial) e a transferência regular e automática de recursos


@

independente de convênios. Os Conselhos e Conferências de Saúde também


ita

foram vetados na Lei n° 8.080/90. Após a publicação da Lei n° 8.080/90, a


an
ri.

sociedade civil pressionou o Congresso Nacional e as suas casas para a aprovação


-d

da Lei 8.142 em dezembro de 1990, com a previsão dos Conselhos e as


4
-7

Conferências de Saúde.
98
.4

É por esse motivo que a Lei n° 8.142/90 também é conhecida como lei
69

orgânica da saúde. Além disso, no campo financeiro e operacional, as Normas


.7
19

Operacionais Básicas e Normas Operacionais de Assistência à Saúde,


-2

posteriormente, tentaram equacionar parte desses dispositivos vetados na Lei n°


jo
au

8.080/90.
Ar
de

Atenção: A seção de Saúde da Constituição Federal e as Leis nº 8.080 e nº


ita

8.142 de 1990 constituem respectivamente as bases jurídicas, constitucional e


An

infraconstitucionais do SUS.
na
ria
Ad

Lei orgânica: lei que disciplina o funcionamento de uma área ou de uma


categoria.

Vejamos essa lei comentada a seguir.

| 4
LEI Nº 8.080, DE 19 DE SETEMBRO DE 1990.

Dispõe sobre as condições para a promoção,


proteção e recuperação da saúde, a
organização e o funcionamento dos serviços

36
correspondentes e dá outras providências.

5:
:2
14
A Lei 8.080/1990 dispõe sobre três aspectos fundamentais da saúde:

9
01
1. Promoção, proteção e recuperação da saúde

/2
2. Organização e funcionamento dos serviços correspondentes

05
5/
3. Outras coisas.

-1
om
l.c
ai
DISPOSIÇÃO PRELIMINAR
gm

Art. 1º Esta lei regula, em todo o território nacional, as ações e serviços de


@
ita

saúde, executados isolada ou conjuntamente, em caráter permanente ou


an

eventual, por pessoas naturais ou jurídicas de direito Público ou privado.


ri.
-d
4

Como os serviços de saúde são de relevância pública, cabe ao Estado a


-7
98

regulação das ações e serviços de saúde tanto na área pública quanto na esfera
.4

privada. Essa regulação ocorre independente do serviço privado atual em


69
.7

conjunto ou em separado dos serviços públicos de saúde.


19
-2
jo

TÍTULO I
au

DAS DISPOSIÇÕES GERAIS


Ar
de

Art. 2º A saúde é um direito fundamental do ser humano, devendo o Estado


ita

prover as condições indispensáveis ao seu pleno exercício.


An

§ 1º O dever do Estado de garantir a saúde consiste na formulação e


na

execução de políticas econômicas e sociais que visem à redução de riscos de


ria
Ad

doenças e de outros agravos e no estabelecimento de condições que assegurem


acesso universal e igualitário às ações e aos serviços para a sua promoção,
proteção e recuperação.

Já nas disposições gerais a Lei 8.080/90 retoma a Constituição Federal. Ao


falar em promoção, proteção e recuperação da saúde.
Segundo o artigo 2˚, o Estado tem de garantir a saúde, mas como ele faz
isso? Segundo o § 1º, através da formulação e execução de políticas econômicas e
sociais. Para quê? Para a redução de riscos de doenças e de outros agravos.
Além disso, o Estado tem a função de prover a universalidade e igualdade às ações
e serviços de saúde.

| 5
Esquematicamente temos:
Responsável O que faz Objetivo
formulação e execução de redução de riscos de
políticas econômicas e sociais doenças e de outros
agravos
Estado estabelece condições que promoção, proteção e
assegurem acesso universal e recuperação da saúde
igualitário às ações e aos

36
5:
serviços

:2
14
9
Um ponto que merece destaque é que a concepção de saúde aqui adotado,

01
/2
do mesmo modo como ocorre com a concepção adotada na Constituição Federal,

05
é de base social e marxista. Ou seja, ao contrário do utilitarismo liberalista que

5/
-1
entendia a saúde como um fenômeno alcançado com a felicidade individual, aqui

om
a concepção de saúde pressupõe uma abordagem de grandes massas e que vai
l.c
além do simples “bem-estar”. Quando fala-se em redução de riscos de doenças e
ai
gm

de agravos, não há outra forma de viabilizar isso senão através de abordagens


@

sociais e universais.
ita
an
ri.

§ 2º O dever do Estado não exclui o das pessoas, da família, das empresas e


-d

da sociedade.
4
-7
98
.4

Aqui temos um ponto de complementação da Constituição Federal. A CF/88


69
.7

não responsabilizou a família como detentora do dever de promover e proteger a


19

saúde. A Lei 8.080/90 sim!


-2

Ao contrário da educação, por exemplo, que tem a família como


jo
au

responsável pela sua promoção, na saúde o único responsável, para a CF/88 é o


Ar

Estado. Veja:
de

Art. 196. A saúde é direito de todos e dever do Estado,


ita
An

garantido mediante políticas sociais e econômicas que visem à


na

redução do risco de doença e de outros agravos e ao acesso


ria

universal e igualitário às ações e serviços para sua promoção,


Ad

proteção e recuperação.
Art. 205. A educação, direito de todos e dever do Estado e da
família, será promovida e incentivada com a colaboração da
sociedade, visando ao pleno desenvolvimento da pessoa, seu
preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para
o trabalho.
Qual foi a intenção dos legisladores ao colocar a família como responsável
para cuidar da saúde? A intenção foi de ampliar a responsabilização das ações de
proteção e promoção da saúde.

| 6
Art. 3o Os níveis de saúde expressam a organização social e econômica do País,
tendo a saúde como determinantes e condicionantes, entre outros, a alimentação,
a moradia, o saneamento básico, o meio ambiente, o trabalho, a renda, a
educação, a atividade física, o transporte, o lazer e o acesso aos bens e serviços
essenciais.

Parágrafo único. Dizem respeito também à saúde as ações que, por força do

36
5:
disposto no artigo anterior, se destinam a garantir às pessoas e à coletividade

:2
14
condições de bem-estar físico, mental e social.

9
01
/2
Aqui temos os determinantes sociais da saúde, ou apenas os

05
determinantes da saúde da Lei 8.080/1990. Não é uma lista exaustiva, mas,

5/
-1
ainda assim, necessita de bastante atenção por parte do candidato. O que significa

om
dizer que temos determinantes e condicionantes sociais na saúde? Que a saúde de
um país é afetada DIRETAMENTE por 11 variáveis: l.c
ai
gm

1. a alimentação
@

2. a moradia
ita
an

3. o saneamento básico,
ri.

4. o meio ambiente,
-d

5. o trabalho,
4
-7

6. a renda,
98
.4

7. a educação,
69

8. a atividade física,
.7
19

9. o transporte,
-2

10. o lazer e
jo
au

11. o acesso aos bens e serviços essenciais


Ar

Temos mais determinantes além desses? Sim, sem dúvida. A economia é


de

um exemplo de determinante que afeta diretamente a saúde do brasileiro. O nível


ita
An

de desenvolvimento, a desigualdade social, a segurança pública, o acesso aos fast-


na

foods, etc. O que importa é saber esses 11 condicionantes e determinantes, pois


ria

são os explícitos na Lei em estudo.


Ad

Essa visão de determinantes da saúde foi abarcada pela reforma sanitária,


que teve grande influência no pensamento da saúde insculpido na Constituição e
nas Leis Orgânicas da Saúde. A grande crítica defendida era de que seria
necessário entender e alterar o contexto social para promover e proteger a saúde
e não apenas oferecer medicamentos e médicos. Acertaram nisso!
Mas a Lei 8.080/1990 não é a única a creditar aos determinantes sociais o
papel de mantenedor da saúde. Outros documentos de valor legal também
reafirmam essa posição. Em 2006, por exemplo, foi criada a Comissão Nacional
sobre os Determinantes Sociais da Saúde (CNDSS). Seu trabalho pode ser
conferido aqui: http://www.determinantes.fiocruz.br/. Em 2008 entregaram um

| 7
relatório com o título “As causas sociais das iniquidades em saúde no Brasil”. O
relatório completo pode ser acessado no seguinte endereço:
http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/causas_sociais_iniquidades.pdf. Esse
relatório também aponta para a íntima relação da saúde com determinantes
sociais, como a educação, nutrição, redes de assistência, etc.

TÍTULO II - DO SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE

36
5:
DISPOSIÇÃO PRELIMINAR

:2
14
Art. 4º O conjunto de ações e serviços de saúde, prestados por órgãos e

9
instituições públicas federais, estaduais e municipais, da Administração direta e

01
/2
indireta e das fundações mantidas pelo Poder Público, constitui o Sistema Único

05
de Saúde (SUS).

5/
-1
§ 1º Estão incluídas no disposto neste artigo as instituições públicas federais,

om
estaduais e municipais de controle de qualidade, pesquisa e produção de insumos,
l.c
medicamentos, inclusive de sangue e hemoderivados, e de equipamentos para
ai
gm

saúde.
@

§ 2º A iniciativa privada poderá participar do Sistema Único de Saúde (SUS),


ita
an

em caráter complementar.
ri.
-d
4
-7
98
.4

Quem compõem o SUS? Órgãos e instituições públicas federais, estaduais e


69

municipais, da Administração direta e indireta e das fundações mantidas pelo


.7
19

Poder Público. Como que elas exercem seus papéis? Através de um conjunto de
-2

ações e serviços de saúde.


jo
au

Todos os entes federativos participam do SUS, assim como toda a


Ar

administração direta, administração indireta (relacionada com a área de saúde) e


de

fundações mantidas pelo poder público (também relacionada com a área da


ita
An

saúde).
na

O que significa dizer que uma instituição é da área da saúde? Significa dizer
ria

que ela oferta serviços de saúde para a população. Também consideramos


Ad

instituições de saúde aquelas de (1) controle de qualidade, pesquisa e produção


de (2) insumos, (3) medicamentos, inclusive de (4) sangue e hemoderivados, e
de (5) equipamentos para saúde.
Aqui vai uma das frases mais cobradas em concursos da história: A
iniciativa privada poderá participar do Sistema Único de Saúde (SUS), em caráter
complementar. O que isso significa? Que a responsabilidade principal é do poder
público, a iniciativa privada apenas complementa os serviços ofertados
diretamente pelo poder público. A Lei detalha o que seria a participação
complementar mais a frente.

| 8
CAPÍTULO I
Dos Objetivos e Atribuições
Art. 5º São objetivos do Sistema Único de Saúde SUS:
I - a identificação e divulgação dos fatores condicionantes e determinantes
da saúde;
II - a formulação de política de saúde destinada a promover, nos campos
econômico e social, a observância do disposto no § 1º do art. 2º desta lei;
III - a assistência às pessoas por intermédio de ações de promoção,

36
5:
proteção e recuperação da saúde, com a realização integrada das ações

:2
14
assistenciais e das atividades preventivas.

9
01
/2
Esse artigo busca sanar a questão: para que serve o SUS? Serve para uma

05
infinidade de propósitos, mas, especificamente, para esse artigo, o SUS serve para:

5/
-1
(1) identificar e divulgar os fatores condicionantes e determinantes da saúde;

om
(2) formular a política de saúde destinada a promover, nos campos econômico
l.c
e social, essas mesmas políticas de saúde de acordo com o § 1º do art. 2˚1;
ai
gm

e
@

(3) dar assistência às pessoas por intermédio de ações de promoção, proteção


ita
an

e recuperação da saúde, com a realização integrada das ações assistenciais


ri.

e das atividades preventivas


-d

Percebam que o terceiro ponto é muito semelhante ao § 1º do art. 2˚ citado


4
-7

pelo inciso II do art. 5˚. Nos dois casos temos a promoção, proteção e
98
.4

recuperação da saúde. Mas, as semelhanças param por ai. No inciso III do art. 5˚,
69

temos a ênfase na realização integrada entre ações assistenciais e das


.7
19

atividades preventivas. No § 1º do art. 2˚ temos a ênfase no acesso universal e


-2

igualitário à saúde.
jo
au

Vamos para o artigo mais belo de toda a Lei 8.080/1990.


Ar
de

Art. 6º Estão incluídas ainda no campo de atuação do Sistema Único de Saúde


ita
An

(SUS):
na

I - a execução de ações:
ria

a) de vigilância sanitária;
Ad

b) de vigilância epidemiológica;
c) de saúde do trabalhador; e
d) de assistência terapêutica integral, inclusive farmacêutica;
II - a participação na formulação da política e na execução de ações de
saneamento básico;

1
Art. 2˚. § 1º O dever do Estado de garantir a saúde consiste na formulação e execução de políticas
econômicas e sociais que visem à redução de riscos de doenças e de outros agravos e no
estabelecimento de condições que assegurem acesso universal e igualitário às ações e aos serviços
para a sua promoção, proteção e recuperação.

| 9
III - a ordenação da formação de recursos humanos na área de saúde;
IV - a vigilância nutricional e a orientação alimentar;
V - a colaboração na proteção do meio ambiente, nele compreendido o do
trabalho;
VI - a formulação da política de medicamentos, equipamentos,
imunobiológicos e outros insumos de interesse para a saúde e a
participação na sua produção;
VII - o controle e a fiscalização de serviços, produtos e substâncias de

36
5:
interesse para a saúde;

:2
14
VIII - a fiscalização e a inspeção de alimentos, água e bebidas para consumo

9
humano;

01
/2
IX - a participação no controle e na fiscalização da produção, transporte,

05
guarda e utilização de substâncias e produtos psicoativos, tóxicos e

5/
-1
radioativos;

om
X - o incremento, em sua área de atuação, do desenvolvimento científico e
tecnológico; l.c
ai
gm

XI - a formulação e execução da política de sangue e seus derivados.


@
ita
an

Além das funções descritas nos incisos do art. 5, temos 11 grandes


ri.

atribuições aqui. Vejamos detalhadamente cada uma.


-d
4
-7

I - a execução de ações:
98
.4

a) de vigilância sanitária;
69

b) de vigilância epidemiológica;
.7
19

c) de saúde do trabalhador; e
-2

d) de assistência terapêutica integral, inclusive


jo
au

farmacêutica;
Ar
de

O SUS é responsável pela vigilância sanitária e epidemiológica, definidas


ita

adiante. Assim como também é responsável pela saúde do trabalhador e pela


An

assistência terapêutica integral, inclusive farmacêutica. A grande questão é: de


na
ria

quem? Saúde de quem? De todos! Lembre-se do critério de universalidade aqui.


Ad

Apenas a saúde do trabalhador é restrita a um grupo, obviamente, seleto de


pessoas.
Como que isso costuma confundir o candidato? De modo bastante
elementar muitos erram a literalidade do que está escrito. Acreditam, por
exemplo, a assistência terapêutica integral não inclui a assistência farmacêutica,
que aqui não está a saúde do trabalhador ou, como veremos adiante, que não
compete ao SUS ações de saneamento básico. Esses são os três erros mais
elementares na identificação das funções do SUS. Não erre!
Sigamos com as funções do SUS:

| 10
II - a participação na formulação da política e na execução de ações
de saneamento básico;

O SUS terá papel fundamental, junto com representantes de outras funções


sociais, na elaboração das políticas e execução de ações de saneamento básico. É
comum vermos, portanto, descentralizações orçamentárias para o pagamento de
estruturas de saneamento em municípios. O SUS tem como função compartilhada
com os municípios a promoção do saneamento básico. É importante observar que

36
5:
sanear não é apenas ligar dutos de esgoto entre as casas e a estação de

:2
14
tratamento de esgoto, mas também produzir água potável, manejo de resíduos

9
sólidos e líquidos, melhorias sanitárias domiciliares, etc.

01
/2
A FUNASA tem papel fundamental na promoção do saneamento básico.

05
Veja:

5/
-1
A Fundação Nacional de Saúde (Funasa), órgão do Ministério da Saúde,

om
detém a mais antiga e contínua experiência em ações de saneamento no País,
l.c
atuando a partir de critérios epidemiológicos, sócio-econômicos e ambientais,
ai
gm

voltados para a promoção e proteção da saúde.


@

[...]
ita

Promove as melhorias sanitárias domiciliares, a cooperação técnica,


an
ri.

estudos e pesquisas e ações de saneamento rural, contribuindo para a erradicação


-d

da extrema pobreza.
4
-7

O risco à saúde pública está ligado a fatores possíveis e indesejáveis de


98
.4

ocorrerem em áreas urbanas e rurais, e que podem ser minimizados ou eliminados


69

com o uso apropriado de serviços de saneamento.


.7
19

A utilização de água potável é vista como o fornecimento de alimento


-2

seguro à população. O sistema de esgoto promove a interrupção da “cadeia de


jo
au

contaminação humana”. A melhoria da gestão dos resíduos sólidos reduz o


Ar

impacto ambiental e elimina ou dificulta a proliferação de vetores.


de

Dentro do Sistema Único de Saúde (SUS), a Funasa respeita o pacto


ita

federativo nacional promovendo o fortalecimento das instituições estaduais e


An

municipais com o aporte de recursos que desoneram as tarifas dos serviços e


na
ria

aceleram a universalização do atendimento dos serviços. E utilizando ferramentas


Ad

de abrangência regional, sempre que se mostrar necessário.


Na esfera federal, cabe à Funasa a responsabilidade de alocar recursos não
onerosos para sistemas de abastecimento de água, esgotamento sanitário,
manejo de resíduos sólidos urbanos e melhorias sanitárias domiciliares. Compete,
ainda, à Funasa, ações de saneamento para o atendimento, prioritariamente, a
municípios com população inferior a 50.000 habitantes e em comunidades
quilombolas e de assentamentos.
Fonte: Fundação Nacional de Saúde – Ministério da Saúde. Disponível em:
http://www.funasa.gov.br/site/engenharia-de-saude-publica-2/saneamento-para-
promocao-da-saude/

| 11
Em continuidade, o SUS tem a seguinte função:

III - a ordenação da formação de recursos humanos na área de


saúde;

Significa ter uma política de programas de treinamento e ofertar esses


treinamentos a toda a cadeia de profissionais que compõe o atendimento direto
de saúde ao público. Educando desde agentes de saúde e de vigilância sanitária

36
5:
até enfermeiros e médicos de hospitais universitários.

:2
14
9
IV - a vigilância nutricional e a orientação alimentar;

01
/2
05
Vigilância significa estar atento, vigiar. Temos quatro tipos de vigilância de

5/
-1
responsabilidade do SUS: epidemiológica, sanitária, nutricional e ambiental.

om
Sobre a orientação alimentar, o Ministério da Saúde lançou em 2008 os
l.c
Protocolos do Sistema de Vigilância Alimentar e Nutricional – SISVAN na
ai
gm

assistência à saúde. Esses protocolos orientam para ações nutricionais mínimas


@

para os seguintes tipos de vulnerabilidades:


ita

• vulnerabilidade etária: abrange crianças menores de dois anos,


an
ri.

gestantes adolescentes e idosos com mais de 80 anos;


-d

• vulnerabilidade por morbidade: abrange casos de indivíduos com


4
-7

diagnóstico de doenças crônicas não-transmissíveis, com especial atenção para


98
.4

portadores de hipertensão arterial, diabetes mellitus e obesidade;


69

• vulnerabilidade social: corresponde aos beneficiários de programas


.7
19

sociais, de doação de alimentos ou de transferência de renda, como o Programa


-2

Bolsa Família, povos e comunidades tradicionais, moradores sem teto, pessoas em


jo
au

situação de rua, acampados e assalariados rurais e moradores de áreas


Ar

favelizadas.
de
ita

V - a colaboração na proteção do meio ambiente, nele compreendido


An

o do trabalho;
na
ria
Ad

Aqui o meio ambiente é tanto a conservação e manutenção da fauna e flora


quanto o meio ambiente laboral.

VI - a formulação da política de medicamentos, equipamentos,


imunobiológicos e outros insumos de interesse para a saúde e a
participação na sua produção;
VII - o controle e a fiscalização de serviços, produtos e substâncias de
interesse para a saúde;
VIII - a fiscalização e a inspeção de alimentos, água e bebidas para
consumo humano;

| 12
IX - a participação no controle e na fiscalização da produção,
transporte, guarda e utilização de substâncias e produtos psicoativos,
tóxicos e radioativos;

E quem participa de todas essas funções? Além de outras instituições, a


ANVISA.
Criada pela Lei nº 9.782, de 26 de janeiro 1999, a Agência Nacional de
Vigilância Sanitária (Anvisa) é uma autarquia sob regime especial, que tem como

36
5:
área de atuação não um setor específico da economia, mas todos os setores

:2
14
relacionados a produtos e serviços que possam afetar a saúde da população

9
brasileira.

01
/2
Fonte: Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Disponível em:

05
http://portal.anvisa.gov.br/wps/portal/anvisa/anvisa/agencia

5/
-1
om
Por fim, ainda temos as seguintes funções:
l.c
ai
gm

X - o incremento, em sua área de atuação, do desenvolvimento


@

científico e tecnológico;
ita

XI - a formulação e execução da política de sangue e seus


an
ri.

derivados.
-d
4
-7

A seguir veremos as definições de vigilância sanitária, vigilância


98
.4

epidemiológica e saúde do trabalhador.


69
.7
19

Art. 6º.
-2

§ 1º Entende-se por vigilância sanitária um conjunto de ações capaz de


jo
au

eliminar, diminuir ou prevenir riscos à saúde e de intervir nos problemas


Ar

sanitários decorrentes do meio ambiente, da produção e circulação de


de

bens e da prestação de serviços de interesse da saúde, abrangendo:


ita
An

I - o controle de bens de consumo que, direta ou indiretamente, se


na

relacionem com a saúde, compreendidas todas as etapas e


ria

processos, da produção ao consumo; e


Ad

II - o controle da prestação de serviços que se relacionam direta ou


indiretamente com a saúde.

A vigilância sanitária tem relação direta com os riscos à saúde. Seu


objetivo é duplo: (1) eliminar, diminuir ou até prevenir esses riscos e (2) intervir nos
problemas sanitários decorrentes do meio ambiente, da produção e circulação de
bens e da prestação de serviços de interesse da saúde.

| 13
§ 2º Entende-se por vigilância epidemiológica um conjunto de ações que
proporcionam o conhecimento, a detecção ou prevenção de qualquer
mudança nos fatores determinantes e condicionantes de saúde individual
ou coletiva, com a finalidade de recomendar e adotar as medidas de
prevenção e controle das doenças ou agravos.

A vigilância epidemiológica tem como função recomendar e adotar as


medidas de prevenção e controle das doenças ou agravos. Para isso, monitora os

36
5:
fatores determinantes e condicionantes de saúde individual ou coletiva. É a

:2
14
vigilância epidemiológica que atua, segundo a Lei 8.080/90, sobre os fatores

9
determinantes e condicionantes de saúde.

01
/2
Observe que é fundamental distinguir a vigilância sanitária da vigilância

05
epidemiológica. Essa diferenciação ocorre pelo modo como cada tipo de vigilância

5/
-1
atua em relação aos casos de doença. A vigilância sanitária está preocupada

om
com os riscos anteriores à doença (vigiar e controlar aquilo que pode trazer
l.c
problemas de saúde). Por outro lado, a vigilância epidemiológica atua nos
ai
gm

efeitos sobre a saúde quando os agravos já estão instalados ou na iminência de


@

ocorrer (previne e controla doenças e agravos).


ita
an

Junto da função de vigilância sanitária e epidemiológica, temos a


ri.

vigilância ambiental, que, apesar de não estar explícita nessa lei, é uma das
-d

funções do SUS inferidas a partir de vários dispositivos da mesma lei – inciso V do


4
-7

art. 6˚, por exemplo.


98
.4

A Vigilância Ambiental em Saúde é um conjunto de ações que proporciona


69

o conhecimento e a detecção de qualquer mudança nos fatores determinantes e


.7
19

condicionantes do meio ambiente que interferem na saúde humana, com a


-2

finalidade de identificar as medidas de prevenção e controle dos fatores de risco


jo
au

ambientais relacionados as doenças ou outros agravos à saúde.


Ar

Para sua implementação, a FUNASA vem articulando com outras


de

instituições dos setores públicos e privado que compõem o SUS e demais


ita

integrantes das áreas de meio ambiente, saneamento e saúde, a adoção de ações


An

integradas com o propósito de exercer a vigilância dos fatores de risco ambientais


na
ria

que possam vir a afetar a saúde da população.


Ad

Fonte: Vigilância Ambiental em Saúde. Disponível em:


http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/manual_sinvas.pdf
A partir da união das três vigilâncias (epidemiológica, sanitária e
ambiental), temos a vigilância em saúde. Um conceito ampliado e fundamentado
na universalidade, integralidade e equidade das ações de promoção da saúde
entre os indivíduos e grupos.

| 14
§ 3º Entende-se por saúde do trabalhador, para fins desta lei, um conjunto
de atividades que se destina, através das ações de vigilância
epidemiológica e vigilância sanitária, à promoção e proteção da saúde dos
trabalhadores, assim como visa à recuperação e reabilitação da saúde dos
trabalhadores submetidos aos riscos e agravos advindos das condições de
trabalho, abrangendo:
I - assistência ao trabalhador vítima de acidentes de trabalho ou
portador de doença profissional e do trabalho;

36
5:
II - participação, no âmbito de competência do Sistema Único de

:2
14
Saúde (SUS), em estudos, pesquisas, avaliação e controle dos riscos

9
e agravos potenciais à saúde existentes no processo de trabalho;

01
/2
III - participação, no âmbito de competência do Sistema Único de

05
Saúde (SUS), da normatização, fiscalização e controle das condições

5/
-1
de produção, extração, armazenamento, transporte, distribuição e

om
manuseio de substâncias, de produtos, de máquinas e de
l.c
equipamentos que apresentam riscos à saúde do trabalhador;
ai
gm

IV - avaliação do impacto que as tecnologias provocam à saúde;


@

V - informação ao trabalhador e à sua respectiva entidade sindical e


ita

às empresas sobre os riscos de acidentes de trabalho, doença


an
ri.

profissional e do trabalho, bem como os resultados de fiscalizações,


-d

avaliações ambientais e exames de saúde, de admissão, periódicos e


4
-7

de demissão, respeitados os preceitos da ética profissional;


98
.4

VI - participação na normatização, fiscalização e controle dos


69

serviços de saúde do trabalhador nas instituições e empresas


.7
19

públicas e privadas;
-2

VII - revisão periódica da listagem oficial de doenças originadas no


jo
au

processo de trabalho, tendo na sua elaboração a colaboração das


Ar

entidades sindicais; e
de

VIII - a garantia ao sindicato dos trabalhadores de requerer ao órgão


ita

competente a interdição de máquina, de setor de serviço ou de todo


An

ambiente de trabalho, quando houver exposição a risco iminente


na
ria

para a vida ou saúde dos trabalhadores.


Ad

A saúde do trabalhador é o conjunto de ações de vigilância


epidemiológica e vigilância sanitária orientados para a promoção, proteção,
recuperação e reabilitação da saúde dos trabalhadores.

CAPÍTULO II
Dos Princípios e Diretrizes
Art. 7º As ações e serviços públicos de saúde e os serviços privados contratados ou
conveniados que integram o Sistema Único de Saúde (SUS), são desenvolvidos de

| 15
acordo com as diretrizes previstas no art. 198 da Constituição Federal,
obedecendo ainda aos seguintes princípios:

Temos agora o conjunto de princípios e diretrizes que complementam as


diretrizes do art. 198: participação da comunidade, atendimento integral com
prioridade para as atividades preventivas sem prejuízo das assistenciais e
descentralização com direção única para cada esfera de governo.

36
5:
I - universalidade de acesso aos serviços de saúde em todos os níveis de

:2
14
assistência;

9
II - integralidade de assistência, entendida como conjunto articulado e

01
/2
contínuo das ações e serviços preventivos e curativos, individuais e

05
coletivos, exigidos para cada caso em todos os níveis de complexidade do

5/
-1
sistema;

om
l.c
ai
A universalidade em saúde, como sabemos, não possui limites. Aqui ela é
gm

apresentada e reafirmada como princípio para garantir o acesso à saúde em todos


@

os seus níveis (primário, secundário e terciário).


ita
an

Observe que a universalidade é um princípio oriundo da luta do movimento


ri.

sanitarista no Brasil. Porém, se por um lado não há explicitação dos limites


-d
4

distributivos da assistência da saúde, por outro não há também a medida na qual


-7
98

essa universalidade deve ser equilibrada com a equidade.


.4

Por falar em equidade, vale uma observação:


69
.7

a CF/88 não fala no conceito de equidade


19

Qual o motivo disso? Simples, o movimento sanitarista receava que tal tipo
-2

de conceito justificasse a omissão do Estado em alguns setores para alguns


jo
au

grupos. A CF/88 adotou, portando, uma perspectiva de coletivismo igualitário. O


Ar

cidadão possui igualdade de direitos, independente das necessidades, que devem


de

ser atendidos de forma direta e indireta pelo Estado.


ita
An

A integralidade, por sua vez, é um conceito não tão conciso. Mesmo na VIII
na

Conferência de Saúde tínhamos diferentes definições de integralidade. Leiamos


ria

com maior atenção o que está em nosso art. 7˚:


Ad

II - integralidade de assistência, entendida como conjunto articulado e


contínuo das ações e serviços preventivos e curativos, individuais e
coletivos, exigidos para cada caso em todos os níveis de complexidade
do sistema;
O que significa? Que temos a integralidade nesse inciso expressa como um
continuum de ações em diferentes critérios:
1. preventivos e curativos;
2. individuais e coletivos; e
3. todos os níveis de complexidade do sistema.

| 16
Não significa que as ações deixam de ser preventivas para serem curativas
ou deixam de ser individuais para serem coletivas. Mas que devem variar de um
polo ao outro.
Teríamos mais algum critério para entendermos a integralidade? Sim, a
visão do paciente como um ser social, histórico e que deve ser entendido para
além da perspectiva exclusivamente médica. Significa, nesse dimensão que está
além do presente inciso, admitir que há relação entre os condicionantes da saúde
e os problemas de saúde apresentados.

36
5:
:2
14
III - preservação da autonomia das pessoas na defesa de sua integridade

9
física e moral;

01
/2
05
O paciente tem direito de fazer escolhas terapêuticas e de acordo com seus

5/
-1
valores pessoais. Aqui entramos em um campo de colisão de direitos humanos. Se

om
por um lado o Estado e o profissional de saúde tem o dever de promover e
l.c
preservar a vida, por outro deve respeitar a escolha do paciente.
ai
gm

Que instrumentos legais temos que “garantem” opção do paciente?


@

Inicialmente temos a própria Constituição Federal:


ita
an

Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer


ri.

natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes


-d

no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à


4
-7

segurança e à propriedade, nos termos seguintes:


98
.4

II - ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa


69

senão em virtude de lei;


.7
19

Além disso, temos o art. 15 do Código Civil:


-2

Art. 15. Ninguém pode ser constrangido a submeter-se, com risco de


jo
au

vida, a tratamento médico ou a intervenção cirúrgica.


Ar

A Lei 10.741/2003 (mais conhecida como o Estatuto do Idoso) contribui


de

para assegurar a opinião do paciente em seu art. 17:


ita
An

Art. 17. Ao idoso que esteja no domínio de suas faculdades mentais é


na

assegurado o direito de optar pelo tratamento de saúde que lhe for


ria

reputado mais favorável.


Ad

Parágrafo único. Não estando o idoso em condições de proceder à


opção, esta será feita:
I – pelo curador, quando o idoso for interditado;
II – pelos familiares, quando o idoso não tiver curador ou este
não puder ser contactado em tempo hábil;
III – pelo médico, quando ocorrer iminente risco de vida e não
houver tempo hábil para consulta a curador ou familiar;
IV – pelo próprio médico, quando não houver curador ou
familiar conhecido, caso em que deverá comunicar o fato ao
Ministério Público.

| 17
Nesse caso, mesmo em casos graves, o profissional de saúde não pode agir
sem o consentimento do paciente, a não ser quando não estiver em condições de
proceder sua opção.
Segundo a Portaria n˚ 1.820/2009 do Ministério da Saúde, que dispõe
sobre os direitos e deveres dos usuários da saúde, fala o seguinte em seu art. 5˚:
Art. 5º Toda pessoa deve ter seus valores, cultura e direitos
respeitados na relação com os serviços de saúde, garantindo-lhe:
V - o consentimento livre, voluntário e esclarecido, a quaisquer

36
5:
procedimentos diagnósticos, preventivos ou terapêuticos,

:2
14
salvo nos casos que acarretem risco à saúde pública,

9
considerando que o consentimento anteriormente dado

01
/2
poderá ser revogado a qualquer instante, por decisão livre e

05
esclarecida, sem que sejam imputadas à pessoa sanções

5/
-1
morais, financeiras ou legais;

om
VI -a não-submissão a nenhum exame de saúde pré-
l.c
admissional, periódico ou demissional, sem conhecimento e
ai
gm

consentimento, exceto nos casos de risco coletivo;


@

VII -a indicação de sua livre escolha, a quem confiará a tomada


ita

de decisões para a eventualidade de tornar-se incapaz de


an
ri.

exercer sua autonomia;


-d

VIII - o recebimento ou a recusa à assistência religiosa,


4
-7

psicológica e social;
98
.4

IX - a liberdade, em qualquer fase do tratamento, de procurar


69

segunda opinião ou parecer de outro profissional ou serviço


.7
19

sobre seu estado de saúde ou sobre procedimentos


-2

recomendados;
jo
au
Ar

Mas Alyson, e os casos dos Testemunhas de Jeová que precisam de


de

transfusão de sangue e os pais alegam o respeito da convicção religiosa para


ita

evitar que tal transfusão seja feita2? É um caso para a Bioética discutir isso. Temos
An

um conflito de direitos e deveres. De um lado figura a autonomia do paciente em


na
ria

recusar o tratamento médico por crença religiosa; e de outro lado figura a


Ad

autonomia do médico em atuar de forma a zelar pela vida e saúde do paciente.


Do Código Penal, em seu artigo 146, § 3º, inciso I, percebemos que é lícita a
intervenção médica/cirúrgica sem consentimento do paciente ou seu
representante legal, se justificada por iminente risco de vida. Ainda pelo Código
Penal, em seu artigo 135, é crime deixar de prestar assistência, quando possível
fazê-lo sem risco pessoal, à criança abandonada ou extraviada, ou à pessoa
inválida ou ferida, ao desamparado ou em grave e iminente perigo; ou não pedir,
nesses casos, o socorro da autoridade pública. A pena é de detenção, de um a seis

2
Posto esse caso, pois sempre é o primeiro na mente de nossos alunos.

| 18
meses, ou multa, sendo aumentada de metade se da omissão resulta lesão
corporal de natureza grave, e triplicada se resulta morte.
Pelo Estatuto da Criança e Adolescente temos dispositivos que, de forma
especial, estabelecem o dever de proteção à vida e à integridade de indivíduo
menor de idade.
Finalmente, a criança deve ou não receber o sangue para salvar sua vida?
Cabe transcrever uma decisão judicial que retrata a posição mais comum sobre
esse caso:

36
5:
“APELAÇÃO CÍVEL. TRANSFUSÃO DE SANGUE. TESTEMUNHA DE

:2
14
JEOVÁ. RECUSA DE TRATAMENTO. INTERESSE EM AGIR. Carece de

9
interesse processual o hospital ao ajuizar demanda no intuito de

01
/2
obter provimento jurisdicional que determine à paciente que se

05
submeta à transfusão de sangue. Não há necessidade de

5/
-1
intervenção judicial, pois o profissional de saúde tem o dever de,

om
havendo iminente perigo de vida, empreender todas as diligências
l.c
necessárias ao tratamento da paciente, independentemente do
ai
gm

consentimento dela ou de seus familiares. Recurso desprovido”.


@

(BRASIL. AC 70020868162, 2007)


ita

Para fins de concurso, a Lei n˚ 8.080/1990 prevê a autonomia do sujeito na


an
ri.

defesa de sua integridade, mas tal direito encontra limitações jurídicas e éticas em
-d

outros fundamentos constitucionais e legais. Questões como eutanásia e suicídio,


4
-7

por exemplo, apesar de serem escolha do sujeito, não são possíveis dentro do
98
.4

atual ordenamento jurídico.


69
.7
19

IV - igualdade da assistência à saúde, sem preconceitos ou privilégios de


-2

qualquer espécie;
jo
au
Ar

Aqui temos a equidade horizontal: tratamento igual para os iguais e igual


de

acesso para igual necessidade. A equidade vertical, por sua vez, significa que o
ita
An

tratamento desigual para desiguais e o atendimento prioritário a quem mais


na

necessita.
ria
Ad

V - direito à informação, às pessoas assistidas, sobre sua saúde;

Em complemento, a Portaria 1.820/2009 dispõe das informações a que a


pessoa tem direito:
Art. 3º [...]
II -informações sobre o seu estado de saúde, de maneira clara,
objetiva, respeitosa, compreensível quanto a:
a) possíveis diagnósticos;
b) diagnósticos confirmados;
c) tipos, justificativas e riscos dos exames solicitados;

| 19
d) resultados dos exames realizados;
e) objetivos, riscos e benefícios de procedimentos
diagnósticos, cirúrgicos, preventivos ou de tratamento;
f) duração prevista do tratamento proposto;
g) quanto a procedimentos diagnósticos e tratamentos
invasivos ou cirúrgicos;
h) a necessidade ou não de anestesia e seu tipo e
duração;

36
5:
i) partes do corpo afetadas pelos procedimentos,

:2
14
instrumental a ser utilizado, efeitos colaterais, riscos ou

9
consequências indesejáveis;

01
/2
j) duração prevista dos procedimentos e tempo de

05
recuperação;

5/
-1
k) evolução provável do problema de saúde;

om
l) informações sobre o custo das intervenções das quais
a pessoa se beneficiou; l.c
ai
gm

m) outras informações que forem necessárias;


@

III - toda pessoa tem o direito de decidir se seus familiares e


ita

acompanhantes deverão ser informados sobre seu estado de


an
ri.

saúde;
-d
4
-7

Art. 4º [...]
98
.4

Parágrafo único. É direito da pessoa, na rede de serviços de saúde,


69

ter atendimento humanizado, acolhedor, livre de qualquer


.7
19

discriminação, restrição ou negação em virtude de idade, raça, cor,


-2

etnia, religião, orientação sexual, identidade de gênero, condições


jo
au

econômicas ou sociais, estado de saúde, de anomalia, patologia ou


Ar

deficiência, garantindo-lhe:
de

III - nas consultas, nos procedimentos diagnósticos,


ita

preventivos, cirúrgicos, terapêuticos e internações, o seguinte:


An

e) a confidencialidade de toda e qualquer informação


na
ria

pessoal;
Ad

IX - a informação a respeito de diferentes possibilidades


terapêuticas de acordo com sua condição clínica, baseado nas
evidências científicas e a relação custo-benefício das
alternativas de tratamento, com direito à recusa, atestado na
presença de testemunha;

VI - divulgação de informações quanto ao potencial dos serviços de saúde e


a sua utilização pelo usuário;

No mesmo documento legal, Portaria 1.820/2009, temos:

| 20
Art. 7º Toda pessoa tem direito à informação sobre os serviços de
saúde e aos diversos mecanismos de participação.
§ 1º O direito previsto no caput deste artigo, inclui a
informação, com linguagem e meios de comunicação
adequados, sobre:
I - o direito à saúde, o funcionamento dos serviços de
saúde e sobre o SUS;
II -os mecanismos de participação da sociedade na

36
5:
formulação, acompanhamento e fiscalização das

:2
14
políticas e da gestão do SUS;

9
III - as ações de vigilância à saúde coletiva

01
/2
compreendendo a vigilância sanitária, epidemiológica

05
e ambiental; e

5/
-1
IV - a interferência das relações e das condições sociais,

om
econômicas, culturais, e ambientais na situação da
l.c
saúde das pessoas e da coletividade.
ai
gm
@

VII - utilização da epidemiologia para o estabelecimento de prioridades, a


ita
an

alocação de recursos e a orientação programática;


ri.
-d

Aqui temos os dados epidemiológicos como orientadores das políticas


4
-7

públicas. Eles devem ser a base para a alocação de recursos (gasto público) e a
98
.4

orientação programática (planejamento dos programas de governo orientados


69

para a saúde).
.7
19
-2

VIII - participação da comunidade;


jo
au
Ar

A participação social está na CF/88, na Lei 8.080/1990 e, mais claramente,


de

na Lei 8.142/1990.
ita
An
na
ria

IX - descentralização político-administrativa, com direção única em cada


Ad

esfera de governo:
a) ênfase na descentralização dos serviços para os municípios;
b) regionalização e hierarquização da rede de serviços de saúde;

O princípio da descentralização político-administrativa deve ser entendido


sempre em conjunto com o direcionamento único em cada esfera do governo.
Significa que em cada ente da federação temos um arranjo institucional único
responsável pela saúde. A descentralização na Lei 8/080/1990, em complemento
ao que já está posto de forma geral na Constituição Federal, define que esta deve
ser feita em direção aos municípios, e de forma regionalizada e hierarquizada.

| 21
Não confunda a regionalização com a descentralização. Na regionalização
temos o planejamento baseado em áreas com perfis epidemiológicos comuns e
que necessitam de intervenções comuns. Temos, portanto, aglomerados de
territórios municipais contíguos que recebem o nome de Regiões de Saúde.
Significa, por exemplo, planejar a construção de um hospital de média
complexidade entre 3 municípios para atender determinados perfis de saúde
desses municípios. Na descentralização temos a responsabilidade e a gestão
financeira do ente mais próximo do usuário para melhor administração, ou seja,

36
5:
para o município. Significa que o município vai traçar como quiser a sua política de

:2
14
saúde? Não, ele deve sempre observar o Plano Plurianual federal e os estaduais. O

9
que vai acontecer é que o município terá uma relativa autonomia para executar

01
/2
suas ações de saúde.

05
Significa que quanto mais a política pública for descentralizada melhor

5/
-1
será a saúde da população? Na vida real não. Mais de cinco mil municípios e

om
menos do que algumas centenas são competentes para isso. Na vida dos
l.c
concursos é o contrário, devemos assumir que a descentralização torna a política
ai
gm

pública mais próxima do cidadão, facilita sua participação social, facilita a


@

regionalização das políticas e atende de modo mais personalizado as populações


ita

locais.
an
ri.

Esqueça a vida real e siga essa dica.


-d
4
-7

X - integração em nível executivo das ações de saúde, meio ambiente e


98
.4

saneamento básico;
69

XI - conjugação dos recursos financeiros, tecnológicos, materiais e


.7
19

humanos da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios na


-2

prestação de serviços de assistência à saúde da população;


jo
au

XII - capacidade de resolução dos serviços em todos os níveis de


Ar

assistência; e
de

XIII - organização dos serviços públicos de modo a evitar duplicidade de


ita

meios para fins idênticos.


An

XIV – organização de atendimento público específico e especializado para


na
ria

mulheres e vítimas de violência doméstica em geral, que garanta, entre


Ad

outros, atendimento, acompanhamento psicológico e cirurgias plásticas


reparadoras, em conformidade com a Lei nº 12.845, de 1º de agosto de
2013.

O que significa dizer que deve haver integração em nível executivo das
ações de saúde, meio ambiente e de saneamento básico? Significa que essas
políticas devem ser realizadas de forma integrada..
A saúde pertence a todos os entes federativos do governo. Por isso, sua
articulação é fundamental para o seu correto funcionamento. Ela deve ser
conjugada tanto em termos financeiros quanto em termos estruturais, de modo a

| 22
evitar duplicidade de meios para fins idênticos e para evitar que alguma
necessidade fique descoberta.

CAPÍTULO III
Da Organização, da Direção e da Gestão
Art. 8º As ações e serviços de saúde, executados pelo Sistema Único de Saúde

36
5:
(SUS), seja diretamente ou mediante participação complementar da iniciativa

:2
14
privada, serão organizados de forma regionalizada e hierarquizada em níveis de

9
complexidade crescente.

01
/2
05
Esse artigo é ponto fundamental da aula de hoje. Aqui falamos da

5/
-1
participação da iniciativa privada e da organização do SUS. A iniciativa privada

om
participará de forma complementar na prestação de ações e serviços de saúde
em relação ao SUS. l.c
ai
gm

A organização dos serviços de saúde ocorre de forma regionalizada e


@

hierarquizada em níveis de complexidade crescente. Vejamos cada uma dessas


ita
an

duas expressões:
ri.

a) de forma regionalizada: ações e serviços de saúde devem ser oferecidos


-d

de acordo com áreas específicas e populações específicas.


4
-7

b) Hierarquizada em níveis de complexidade crescente: ações e serviços de


98
.4

saúde devem ser dispostos dos níveis mais simples até os níveis mais
69

complexos. A porta de entrada de todos deveria ser as Unidades Básicas de


.7
19

Saúde e as pessoas, somente então, seriam encaminhadas para os


-2

hospitais gerais ou centros especializados de tratamento.


jo
au

A pergunta que faço é a seguinte: as ações e serviços de saúde da iniciativa


Ar

privada também devem ser oferecidas de forma regionalizada, hierarquizada e em


de

níveis de complexidade crescente? Pelo exposto pelo artigo sim, mas na vida real
ita
An

não há qualquer relação entre essas diretrizes descritas e a atuação da iniciativa


na

privada. Ficaremos com a vida abstrata da má redação do artigo.


ria
Ad

Art. 9º A direção do Sistema Único de Saúde (SUS) é única, de acordo com o inciso I
do art. 198 da Constituição Federal, sendo exercida em cada esfera de governo
pelos seguintes órgãos:
I - no âmbito da União, pelo Ministério da Saúde;
II - no âmbito dos Estados e do Distrito Federal, pela respectiva Secretaria
de Saúde ou órgão equivalente; e
III - no âmbito dos Municípios, pela respectiva Secretaria de Saúde ou órgão
equivalente.

| 23
Qual o propósito de ter uma direção única em cada esfera do governo?
Unificar as ações e serviços de saúde. Lembre-se que antes da instituição do SUS,
esses serviços e ações estavam dispersos entre várias subáreas e instituições
responsáveis na área da saúde e na área da previdência.
Temos os seguintes responsáveis, segundo a Lei 8.080/1990, pela direção
única do SUS em cada esfera de governo.
União à Ministério da Saúde;
Estados e Distrito Federal à Secretaria de Saúde ou órgão

36
5:
equivalente

:2
14
Municípios à Secretaria de Saúde ou órgão equivalente.

9
Nesses órgãos temos a atuação dos gestores de saúde. Eles são os

01
/2
responsáveis pela proposição de diretrizes para a formulação de políticas de

05
saúde, e pela atuação na formulação de estratégias e consolidação de

5/
-1
orçamento na área.

om
l.c
ai
gm

Art. 10. Os municípios poderão constituir consórcios para desenvolver em


@

conjunto as ações e os serviços de saúde que lhes correspondam.


ita
an

§ 1º Aplica-se aos consórcios administrativos intermunicipais o princípio da


ri.

direção única, e os respectivos atos constitutivos disporão sobre sua observância.


-d

§ 2º No nível municipal, o Sistema Único de Saúde (SUS), poderá organizar-se


4
-7

em distritos de forma a integrar e articular recursos, técnicas e práticas voltadas


98
.4

para a cobertura total das ações de saúde.


69
.7
19

Observe que os consórcios intermunicipais podem constituir consórcios,


-2

consórcios estaduais não!


jo
au

Nos consórcios municipais, quem manda? Sempre teremos a direção única,


Ar

assim, o ato constitutivo do consórcio dirá como será aplicado esse princípio.
de

Entre municípios podemos ter consórcios, dentro dos municípios podemos


ita
An

ter distritos. Qual a vantagem de termos consórcios ou distritos? A vantagem dos


na

consórcios é ter uma melhor estrutura para atender às demandas da população e,


ria

mais propriamente, conseguir recursos da União para políticas de saúde, como a


Ad

construção de hospitais, por exemplo. A vantagem de dividir um grande município


em distritos é de administrar melhor as necessidades da população. Com a
organização por distritos é mais fácil atender demandas mais específicas de cada
área municipal e de identificar responsáveis por cada área.
Foi a Constituição Federal de 1988 que instituiu o consórcio de municípios?
Não, temos a figura dos consórcios desde o ano passado. É importante distinguir
consórcios de associações. Consórcios3 podem ocorrer apenas entre municípios,

3
A Lei afirma que, quando de direito público, o consórcio integrará a administração indireta
de todos os entes da Federação consorciados, constituindo uma forma de autarquia
plurifederativa.

| 24
sendo uma forma de organização horizontal para atender às demandas da saúde.
Associações são vinculações entre entes de mesmo nível, como municípios
(associação horizontal) e entre diferentes níveis, como associações entre a União,
Estado e Município. Observe que a Lei n˚ 8.080/1990 trata de consórcios e não de
associações.
Por fim, para a Lei nº 11.107/2005, a União somente participará de
consórcios públicos em que também façam parte todos os Estados em cujos
territórios estejam situados os Municípios consorciados.

36
5:
Isso significa que a União só pode consorciasse com um município se o

:2
14
Estado de localização do mesmo também se consorciar.

9
01
/2
Art. 12. Serão criadas comissões intersetoriais de âmbito nacional, subordinadas

05
ao Conselho Nacional de Saúde, integradas pelos Ministérios e órgãos

5/
-1
competentes e por entidades representativas da sociedade civil.

om
Parágrafo único. As comissões intersetoriais terão a finalidade de articular
l.c
políticas e programas de interesse para a saúde, cuja execução envolva áreas não
ai
gm

compreendidas no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS).


@
ita
an

O décimo segundo artigo trata das comissões intersetoriais. Essas


ri.

comissões são de âmbito nacional e são subordinadas ao Conselho Nacional de


-d

Saúde. Quem compõe essas comissões intersetoriais? Ministérios e órgãos


4
-7

competentes e por entidades representativas da sociedade civil.


98
.4

Segundo a página do Conselho Nacional de Saúde:


69
.7

Comissões do Conselho Nacional de Saúde


19

As comissões do Conselho Nacional de Saúde – CNS –


-2

estão constituídas pela Lei nº 8.080/90, com a finalidade de


jo
au

articular políticas e programas de interesse para a saúde. Com o


Ar

objetivo de assessorar o pleno do CNS, fornecem subsídios de


de

discussão para deliberar sobre a formulação da estratégia e


ita
An

controle da execução de políticas públicas de saúde.


na

O Conselho Nacional de Saúde, em conformidade com o


ria

seu regimento, pode ainda criar comissões e grupos de


Ad

trabalho, permanentes ou temporários, de acordo com a


necessidade e com a aprovação do seu pleno, homologadas
pelo Ministro da Saúde e publicadas em Diário Oficial da União.
Segundo o Regimento do CNS, a “constituição e funcionamento
de cada Comissão e Grupo de Trabalho serão estabelecidos em
Resolução específica e deverão estar embasados na explicitação
de suas finalidades, objetivos, produtos, prazos e demais
aspectos que identifiquem claramente a sua natureza”.
A coordenação das Comissões permanentes é de
responsabilidade dos conselheiros nacionais, e as “Comissões

| 25
não coordenadas por conselheiros deverão ter suas atividades
acompanhadas por um conselheiro especialmente indicado
para integrá-las”.
Comissões e grupos de trabalho não são deliberativos,
nem normatizadores. Seu papel consiste em discutir e articular
as políticas, normas e programas das instituições e setores de
interesse do Sistema Único de Saúde, como também submetem
ao pleno do CNS as suas recomendações.

36
5:
Em cumprimento ao estabelecido na Lei nº 8.080/90, as

:2
14
Comissões previstas em Lei são: Alimentação e Nutrição;

9
Vigilância Sanitária e Farmacoepidemiologia; Recursos

01
/2
Humanos; Ciência e Tecnologia; Saúde do Trabalhador; e

05
Comissão de Orçamento e Finanças.

5/
-1
om
Abaixo as comissões do Conselho Nacional de Saúde.
l.c
ai
gm

Alimentação e Nutrição (CIAN) Saúde da Mulher (CISMU)


@
ita

Ciência e Tecnologia (CICT) Saúde do Idoso (CISID)


an
ri.
-d

Comunicação e Informação em
Saúde Suplementar (CISS)
4

Saúde (CICIS)
-7
98
.4

Eliminação da Hanseníase (CIEH) Trauma e Violência (CITV)


69
.7
19

Saúde da Pessoa com Deficiência


-2

Ética em Pesquisa (CONEP)


(CISPD)
jo
au

Educação Permanente para o


Ar

Pessoas com Patologias (CIPP)


Controle Social no SUS (CIEPCSS)
de
ita

Práticas Integrativas e
An

Acompanhamento das Políticas


Complementares no SUS
na

em DST/ AIDS (CIAPAIDS)


(CIPICSUS)
ria
Ad

Orçamento e Financiamento
Saúde População Negra (CISPN)
(COFIN)
Saúde da População de Lésbicas,
Saúde do Trabalhador (CIST) Gays, Bissexuais, Travestis e
Transexuais (CISPLGBTT)
Vigilância Sanitária e
Recursos Humanos (CIRH)
Farmacoepidemiologia (CIVSF)
Saneamento e Meio Ambiente
Assistência Farmacêutica (CIAF)
(CISAMA)

| 26
Saúde Mental (CISM) Saúde Bucal (CISB)

Atenção Integral à Saúde da


Saúde Indígena (CISI) Criança, do Adolescente e do
Jovem (CIASAJ)

36
5:
:2
14
Art. 13. A articulação das políticas e programas, a cargo das comissões

9
01
intersetoriais, abrangerá, em especial, as seguintes atividades:

/2
05
I - alimentação e nutrição;

5/
-1
II - saneamento e meio ambiente;

om
III - vigilância sanitária e farmacoepidemiologia;
l.c
IV - recursos humanos; ai
gm

V - ciência e tecnologia; e
@

VI - saúde do trabalhador.
ita
an
ri.

Essas são as comissões básicas descritas na Lei n˚ 8.080/1990. Mas, como


-d

vimos antes, o CNS não fica restrita apenas a criação dessas comissões.
4
-7
98
.4
69

Art. 14. Deverão ser criadas Comissões Permanentes de integração entre os


.7
19

serviços de saúde e as instituições de ensino profissional e superior.


-2

Parágrafo único. Cada uma dessas comissões terá por finalidade propor
jo
au

prioridades, métodos e estratégias para a formação e educação continuada dos


Ar

recursos humanos do Sistema Único de Saúde (SUS), na esfera correspondente,


de

assim como em relação à pesquisa e à cooperação técnica entre essas instituições.


ita
An

Essas comissões permanentes são implementadas nas esferas


na
ria

correspondentes.
Ad

Art. 14-A. As Comissões Intergestores Bipartite e Tripartite são reconhecidas


como foros de negociação e pactuação entre gestores, quanto aos aspectos
operacionais do Sistema Único de Saúde (SUS).

O que são as Comissões Intergestores Bipartite e Tripartite? São instâncias


colegiadas de gestores que discutem a saúde. Essas instâncias possuem poder
consultivo e deliberativo e estão no nível mais amplo da federação (União,
Estados, Distríto Federal e Municípios) e no nível mais regionalizado (Estados e
Municípios). São constituídas, portanto, as Comissões Intergestores Bipartite (de

| 27
âmbito estadual) e Comissão Intergestores Tripartite (nacional) como
importantes espaços de negociação, pactuação, articulação, integração entre
gestores.
Segundo o “SUS de A a Z”, as Comissões Intergestores Bipartite e Tripartite
são definidas do seguinte modo:
Comissão Intergestores Tripartites Comissões Intergestores Bipartites
(CIT) (CIB)
Instância de articulação e pactuação na Espaços estaduais de articulação e

36
5:
esfera federal que atua na direção pactuação política que objetivam

:2
14
nacional do SUS, integrada por gestores orientar, regulamentar e avaliar os

9
do SUS das três esferas de governo - aspectos operacionais do processo de

01
/2
União, estados, DF e municípios. Tem descentralização das ações de saúde.

05
composição paritária formada por 15 São constituídas, paritariamente, por

5/
-1
membros, sendo cinco indicados pelo representantes do governo estadual,

om
Ministério da Saúde (MS), cinco pelo indicados pelo Secretário de Estado da
l.c
Conselho Nacional de Secretários Saúde, e dos secretários municipais de
ai
gm

Estaduais de Saúde (Conass) e cinco Saúde, indicados pelo órgão de


@

pelo Conselho Nacional de Secretários representação do conjunto dos


ita

Municipais de Saúde (Conasems). A municípios do estado, em geral


an
ri.

representação de estados e municípios denominado Conselho de Secretários


-d

nessa Comissão é regional, sendo um Municipais de Saúde (Cosems).


4
-7

representante para cada uma das cinco


98
.4

regiões no País. Nesse espaço, as


69

decisões são tomadas por consenso e


.7
19

não por votação. A CIT está vinculada à


-2

direção nacional do SUS.


jo
au
Ar

Didaticamente, podemos separar as informações apresentadas da seguinte


de

forma:
ita

CIT CIB4
An
na

Objetivo Articulação e Pactuação Política e todos os do parágrafo único


ria

do art. 14-A da Lei n˚ 8.080/1990


Ad

Quem participa Gestores do SUS das três Gestores Estaduais e Municipais


esferas de governo
Composição e Composição paritária Composição paritária e número
quantidade de formada por 15 membros depende de cada CIB.
membros
Distribuição da 5 MS, 5 Conass e 5 É constituída (em nível estadual)
composição Conasems (um de cada paritariamente por
região do país nos últimos representantes da Secretaria
4
As CIBs foram institucionalizadas pela Norma Operacional Básica nº 1 de 1993 e instaladas em
todos os estados do País.

| 28
dois casos) Estadual de Saúde e das
Secretarias Municipais de Saúde,
indicados pelo Conselho de
Secretários Municipais de Saúde
(Cosems). Incluem,
obrigatoriamente, o Secretário de
Saúde da capital do estado.

36
5:
Como exemplo da composição da Comissão Intergestores Bipartite, temos

:2
14
a CIB da Bahia5:

9
A Comissão Intergestores Bipartite (CIB) é o fórum de

01
/2
negociação entre gestores do Estado e Municípios,

05
na implantação e operacionalização do Sistema

5/
-1
Único de Saúde (SUS). Como um colegiado de

om
decisões bipartite, a CIB é composta por dez
membros, sendo cinco representantes da Secretarial.c
ai
gm

da Saúde do Estado (Sesab) e cinco, do Conselho de


@

Secretários Municipais de Saúde (COSEMS).


ita

Como é possível perceber ao longo da aula, estamos construindo um


an
ri.

vocabulário próprio do SUS. É importante definir três siglas6:


-d

Conass - Conselho Nacional de Secretários Estaduais de Saúde:


4
-7

Conselho NACIONAL que conta com a participação dos Estados.


98
.4

Conasems - Conselho Nacional de Secretários Municipais de Saúde:


69

Conselhos NACIONAL que conta com a participação dos Municípios.


.7
19

Cosems - Conselho Estadual de Secretários Municipais de Saúde:


-2

Conselho ESTADUAL que conta com a participação dos municípios


jo
au

Segundo a Portaria nº 2.203, de 5 de novembro de 1996, quando trata dos


Ar

processos de articulação das políticas de saúde, fala o seguinte:


de

A direção do Sistema Único de Saúde (SUS), em


ita
An

cada esfera de governo, é composta pelo órgão setorial


na

do poder executivo e pelo respectivo Conselho de Saúde,


ria

nos termos das Leis Nº 8.080/90 e Nº 8.142/1990.


Ad

O processo de articulação entre os gestores, nos


diferentes níveis do Sistema, ocorre, preferencialmente,
em dois colegiados de negociação: a Comissão
Intergestores Tripartite (CIT) e a Comissão Intergestores
Bipartite (CIB).

5
Fonte: http://www.saude.ba.gov.br/
6
Perceba o seguinte: se a sigla não tiver “M”, é o Conselho Nacional de Secretários Estaduais de
Saúde.

| 29
A CIT é composta, paritariamente, por
representação do Ministério da Saúde (MS), do Conselho
Nacional de Secretários Estaduais de Saúde (CONASS) e
do Conselho Nacional de Secretários Municipais de
Saúde (CONASEMS).
A CIB, composta igualmente de forma paritária, é
integrada por representação da Secretaria Estadual de
Saúde (SES) e do Conselho Estadual de Secretários

36
5:
Municipais de Saúde (COSEMS) ou órgão equivalente. Um

:2
14
dos representantes dos municípios é o Secretário de

9
Saúde da Capital. A Bipartite pode operar com

01
/2
subcomissões regionais.

05
As conclusões das negociações pactuadas na CIT

5/
-1
e na CIB são formalizadas em ato próprio do gestor

om
respectivo. Aquelas referentes a matérias de
l.c
competência dos Conselhos de Saúde, definidas por
ai
gm

força da Lei Orgânica, desta NOB ou de resolução


@

específica dos respectivos Conselhos são submetidas


ita

previamente a estes para aprovação. As demais


an
ri.

resoluções devem ser encaminhadas, no prazo máximo


-d

de 15 dias decorridos de sua publicação, para


4
-7

conhecimento, avaliação e eventual recurso da parte que


98
.4

se julgar prejudicada, inclusive no que se refere à


69

habilitação dos estados e municípios às condições de


.7
19

gestão desta Norma.


-2
jo
au

Vejamos, na continuidade do art. 14-A da Lei n˚ 8.080/1990, os objetivos da


Ar

CIT e das CIB.


de

Parágrafo único. A atuação das Comissões Intergestores Bipartite e Tripartite


ita
An

terá por objetivo:


na

I - decidir sobre os aspectos operacionais, financeiros e administrativos da


ria

gestão compartilhada do SUS, em conformidade com a definição da política


Ad

consubstanciada em planos de saúde, aprovados pelos conselhos de saúde;


II - definir diretrizes, de âmbito nacional, regional e intermunicipal, a respeito
da organização das redes de ações e serviços de saúde, principalmente no tocante
à sua governança institucional e à integração das ações e serviços dos entes
federados;
III - fixar diretrizes sobre as regiões de saúde, distrito sanitário, integração de
territórios, referência e contrarreferência e demais aspectos vinculados à
integração das ações e serviços de saúde entre os entes federados.
Art. 14-B. O Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) e o
Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (Conasems) são

| 30
reconhecidos como entidades representativas dos entes estaduais e municipais
para tratar de matérias referentes à saúde e declarados de utilidade pública e de
relevante função social, na forma do regulamento.
§ 1o O Conass e o Conasems receberão recursos do orçamento geral da União
por meio do Fundo Nacional de Saúde, para auxiliar no custeio de suas despesas
institucionais, podendo ainda celebrar convênios com a União.
§ 2o Os Conselhos de Secretarias Municipais de Saúde (Cosems) são
reconhecidos como entidades que representam os entes municipais, no âmbito

36
5:
estadual, para tratar de matérias referentes à saúde, desde que vinculados

:2
14
institucionalmente ao Conasems, na forma que dispuserem seus estatutos.

9
01
/2
A CIT e as CIBs têm, resumidamente, as seguintes funções:

05
I. decidir sobre os aspectos operacionais, financeiros e

5/
-1
administrativos da gestão compartilhada do SUS (de acordo com

om
os planos de saúde)
l.c
II - definir diretrizes sobre a organização das redes de ações e
ai
gm

serviços de saúde
@

III - fixar diretrizes sobre as regiões de saúde, distrito sanitário,


ita
an

integração de territórios, referência e contrarreferência e outros.


ri.

Observe que o Conass e o Conasems recebem recursos do orçamento geral


-d

da União por meio do Fundo Nacional de Saúde (FUNASA) e podem celebrar


4
-7

convênios com a União. Outro ponto importante é que os Cosems só são


98
.4

reconhecidos para participarem da CIB se estiverem vinculados ao Conasems.


69

E como são tomadas essas decisões nesses Conselhos de Saúde? Em regra


.7
19

é por consenso.
-2
jo
au
Ar

CAPÍTULO IV
de

Da Competência e das Atribuições - Seção I


ita
An

Das Atribuições Comuns


na

Art. 15. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios exercerão, em seu


ria

âmbito administrativo, as seguintes atribuições:


Ad

I - definição das instâncias e mecanismos de controle, avaliação e de


fiscalização das ações e serviços de saúde;
II - administração dos recursos orçamentários e financeiros destinados, em
cada ano, à saúde;
III - acompanhamento, avaliação e divulgação do nível de saúde da
população e das condições ambientais;

As atribuições comuns são atribuições que todos os entes da federação


fazem. Nos três primeiros incisos temos que todos os entes são responsáveis, cada
um em seu âmbito, pelo campo e mecanismos de controle, avaliação e fiscalização

| 31
da saúde, assim como a divulgação do nível de saúde da população e das
condições ambientais. Os entes também são responsáveis pela gestão financeira
anual da saúde.
Em continuidade, temos as seguintes atribuições:

IV - organização e coordenação do sistema de informação de saúde;


V - elaboração de normas técnicas e estabelecimento de padrões de
qualidade e parâmetros de custos que caracterizam a assistência à saúde;

36
5:
VI - elaboração de normas técnicas e estabelecimento de padrões de

:2
14
qualidade para promoção da saúde do trabalhador;

9
VII - participação de formulação da política e da execução das ações de

01
/2
saneamento básico e colaboração na proteção e recuperação do meio ambiente;

05
VIII - elaboração e atualização periódica do plano de saúde;

5/
-1
om
O que é o plano de saúde? É o instrumento que, a partir da análise
l.c
situacional, apresenta as intenções e os resultados a serem buscados no período
ai
gm

de quatro anos de cada esfera de governo. Ele deve estar alinhado com uma série
@

de outros instrumentos, como o Plano Plurianual, as políticas transetoriais, as


ita
an

políticas regionais, etc. Observe que ele traça objetivos e metas para a saúde e é
ri.

plurianual.
-d

Mas, qual a função maior desses planos de saúde na vida real? Receber
4
-7

repasses da União e dos Estados?


98
.4

O Decreto nº 1.232/1994, que regulamenta o repasse fundo a fundo, diz o


69

seguinte:
.7
19

Art. 1º. § 1º Enquanto não forem estabelecidas, com base


-2

nas características epidemiológicas e de organização dos


jo
au

serviços assistenciais previstas no art. 35 da Lei nº 8.080, de


Ar

1990, as diretrizes a serem observadas na elaboração dos


de

planos de saúde, a distribuição dos recursos será feita


ita
An

exclusivamente segundo o quociente de sua divisão pelo


na

número de habitantes, segundo estimativas populacionais


ria

fornecidas pelo IBGE, obedecidas as exigências deste


Ad

decreto.
Art. 2º A transferência de que trata o art. 1º fica
condicionada à existência de fundo de saúde e à
apresentação de plano de saúde, aprovado pelo respectivo
Conselho de Saúde, do qual conste a contrapartida de
recursos no Orçamento do Estado, do Distrito Federal ou do
Município.
[...]

| 32
§ 2º O plano de saúde discriminará o percentual destinado
pelo Estado e pelo Município, nos respectivos orçamentos,
para financiamento de suas atividades e programas.
Assim, o plano de saúde é uma programação de ações e serviços integrado
com uma programação orçamentária.

IX - participação na formulação e na execução da política de formação e

36
desenvolvimento de recursos humanos para a saúde;

5:
X - elaboração da proposta orçamentária do Sistema Único de Saúde (SUS),

:2
14
de conformidade com o plano de saúde;

9
XI - elaboração de normas para regular as atividades de serviços privados de

01
/2
saúde, tendo em vista a sua relevância pública;

05
XII - realização de operações externas de natureza financeira de interesse da

5/
-1
saúde, autorizadas pelo Senado Federal;

om
XIII - para atendimento de necessidades coletivas, urgentes e transitórias,
l.c
decorrentes de situações de perigo iminente, de calamidade pública ou de
ai
gm

irrupção de epidemias, a autoridade competente da esfera administrativa


@

correspondente poderá requisitar bens e serviços, tanto de pessoas naturais como


ita
an

de jurídicas, sendo-lhes assegurada justa indenização;


ri.

XIV - implementar o Sistema Nacional de Sangue, Componentes e Derivados;


-d

XV - propor a celebração de convênios, acordos e protocolos internacionais


4
-7

relativos à saúde, saneamento e meio ambiente;


98
.4
69
.7

Observe que todos os entes podem propor acordos e protocolos


19

internacionais!
-2
jo
au

XVI - elaborar normas técnico-científicas de promoção, proteção e


Ar

recuperação da saúde;
de

XVII - promover articulação com os órgãos de fiscalização do exercício


ita
An

profissional e outras entidades representativas da sociedade civil para a definição


na

e controle dos padrões éticos para pesquisa, ações e serviços de saúde;


ria

XVIII - promover a articulação da política e dos planos de saúde;


Ad

XIX - realizar pesquisas e estudos na área de saúde;


XX - definir as instâncias e mecanismos de controle e fiscalização inerentes ao
poder de polícia sanitária;
XXI - fomentar, coordenar e executar programas e projetos estratégicos e de
atendimento emergencial.

Como percebido, a quantidade de atribuições comuns a todos os entes é


enorme. As principais atribuições são:
a) Elaborar
a. Proposta orçamentária do SUS

| 33
b. Normas técnico-científicas de promoção, proteção e
recuperação da saúde
c. Pesquisas na área da saúde
b) Regular através de normas
a. Atividades de serviços privados de saúde
c) Elaborar e implementar
a. Mecanismos de controle, avaliação e fiscalização na área
da saúde, incluindo as sanitárias.

36
5:
b. Padrões de qualidade para promoção da saúde do

:2
14
trabalhador

9
c. Políticas de saneamento básico e recuperação do meio

01
/2
ambiente.

05
d. Plano de saúde

5/
-1
e. Formação de recursos humanos para a saúde

om
f. Sistemas de informação de saúde
d) Administrar l.c
ai
gm

a. Recursos financeiros e orçamentários


@

b. A articulação da política e dos planos de saúde


ita

e) Acompanhar, avaliar e divulgar


an
ri.

a. Níveis de saúde da população de das condições


-d

ambientais
4
-7

f) Realizar
98
.4

a. Operações externas de natureza financeira autorizadas


69

pelo Senado Federal


.7
19

b. Requisições de bens e serviços em caráter de urgência


-2
jo
au

Observe que cabe a todos os entes definir as instâncias e mecanismos de


Ar

controle e fiscalização inerentes ao poder de polícia sanitária.


de

A seguir falaremos das competências próprias da União, em sua função de


ita

coordenadora da direção nacional do SUS.


An
na
ria

Seção II - Da Competência
Ad

Art. 16. A direção nacional do Sistema Único da Saúde (SUS) compete:


I - formular, avaliar e apoiar políticas de alimentação e nutrição;
II - participar na formulação e na implementação das políticas:
a) de controle das agressões ao meio ambiente;
b) de saneamento básico; e
c) relativas às condições e aos ambientes de trabalho;
III - definir e coordenar os sistemas:
a) de redes integradas de assistência de alta complexidade;
b) de rede de laboratórios de saúde pública;
c) de vigilância epidemiológica; e

| 34
d) vigilância sanitária;
IV - participar da definição de normas e mecanismos de controle, com órgão
afins, de agravo sobre o meio ambiente ou dele decorrentes, que tenham
repercussão na saúde humana;
V - participar da definição de normas, critérios e padrões para o controle das
condições e dos ambientes de trabalho e coordenar a política de saúde do
trabalhador;
VI - coordenar e participar na execução das ações de vigilância

36
5:
epidemiológica;

:2
14
VII - estabelecer normas e executar a vigilância sanitária de portos,

9
aeroportos e fronteiras, podendo a execução ser complementada pelos Estados,

01
/2
Distrito Federal e Municípios;

05
VIII - estabelecer critérios, parâmetros e métodos para o controle da

5/
-1
qualidade sanitária de produtos, substâncias e serviços de consumo e uso

om
humano;
l.c
IX - promover articulação com os órgãos educacionais e de fiscalização do
ai
gm

exercício profissional, bem como com entidades representativas de formação de


@

recursos humanos na área de saúde;


ita

X - formular, avaliar, elaborar normas e participar na execução da política


an
ri.

nacional e produção de insumos e equipamentos para a saúde, em articulação


-d

com os demais órgãos governamentais;


4
-7

XI - identificar os serviços estaduais e municipais de referência nacional para


98
.4

o estabelecimento de padrões técnicos de assistência à saúde;


69

XII - controlar e fiscalizar procedimentos, produtos e substâncias de


.7
19

interesse para a saúde;


-2

XIII - prestar cooperação técnica e financeira aos Estados, ao Distrito Federal


jo
au

e aos Municípios para o aperfeiçoamento da sua atuação institucional;


Ar

XIV - elaborar normas para regular as relações entre o Sistema Único de


de

Saúde (SUS) e os serviços privados contratados de assistência à saúde;


ita

XV - promover a descentralização para as Unidades Federadas e para os


An

Municípios, dos serviços e ações de saúde, respectivamente, de abrangência


na
ria

estadual e municipal;
Ad

XVI - normatizar e coordenar nacionalmente o Sistema Nacional de Sangue,


Componentes e Derivados;
XVII - acompanhar, controlar e avaliar as ações e os serviços de saúde,
respeitadas as competências estaduais e municipais;
XVIII - elaborar o Planejamento Estratégico Nacional no âmbito do SUS, em
cooperação técnica com os Estados, Municípios e Distrito Federal;
XIX - estabelecer o Sistema Nacional de Auditoria e coordenar a avaliação
técnica e financeira do SUS em todo o Território Nacional em cooperação técnica
com os Estados, Municípios e Distrito Federal.

| 35
Parágrafo único. A União poderá executar ações de vigilância epidemiológica e
sanitária em circunstâncias especiais, como na ocorrência de agravos inusitados à
saúde, que possam escapar do controle da direção estadual do Sistema Único de
Saúde (SUS) ou que representem risco de disseminação nacional.

Perceba que a responsabilidade de estabelecer normas e executar a


vigilância sanitária de portos, aeroportos e fronteiras, podendo a execução ser
complementada pelos Estados, Distrito Federal e Municípios é da UNIÃO.

36
5:
A seguir veremos as competências Estaduais.

:2
14
9
Art. 17. À direção estadual do Sistema Único de Saúde (SUS) compete:

01
/2
I - promover a descentralização para os Municípios dos serviços e das ações

05
de saúde;

5/
-1
II - acompanhar, controlar e avaliar as redes hierarquizadas do Sistema Único

om
de Saúde (SUS);
l.c
III - prestar apoio técnico e financeiro aos Municípios e executar
ai
gm

supletivamente ações e serviços de saúde;


@

IV - coordenar e, em caráter complementar, executar ações e serviços:


ita
an

a) de vigilância epidemiológica;
ri.

b) de vigilância sanitária;
-d

c) de alimentação e nutrição; e
4
-7

d) de saúde do trabalhador;
98
.4

V - participar, junto com os órgãos afins, do controle dos agravos do meio


69

ambiente que tenham repercussão na saúde humana;


.7
19

VI - participar da formulação da política e da execução de ações de


-2

saneamento básico;
jo
au

VII - participar das ações de controle e avaliação das condições e dos


Ar

ambientes de trabalho;
de

VIII - em caráter suplementar, formular, executar, acompanhar e avaliar a


ita
An

política de insumos e equipamentos para a saúde;


na

IX - identificar estabelecimentos hospitalares de referência e gerir sistemas


ria

públicos de alta complexidade, de referência estadual e regional;


Ad

X - coordenar a rede estadual de laboratórios de saúde pública e


hemocentros, e gerir as unidades que permaneçam em sua organização
administrativa;
XI - estabelecer normas, em caráter suplementar, para o controle e
avaliação das ações e serviços de saúde;
XII - formular normas e estabelecer padrões, em caráter suplementar, de
procedimentos de controle de qualidade para produtos e substâncias de consumo
humano;
XIII - colaborar com a União na execução da vigilância sanitária de portos,
aeroportos e fronteiras;

| 36
XIV - o acompanhamento, a avaliação e divulgação dos indicadores de
morbidade e mortalidade no âmbito da unidade federada.

A seguir, veremos as competências da direção municipal do SUS.

Art. 18. À direção municipal do Sistema de Saúde (SUS) compete:


I - planejar, organizar, controlar e avaliar as ações e os serviços de saúde e

36
gerir e executar os serviços públicos de saúde;

5:
II - participar do planejamento, programação e organização da rede

:2
14
regionalizada e hierarquizada do Sistema Único de Saúde (SUS), em articulação

9
com sua direção estadual;

01
/2
III - participar da execução, controle e avaliação das ações referentes às

05
condições e aos ambientes de trabalho;

5/
-1
IV - executar serviços:

om
a) de vigilância epidemiológica;
b) vigilância sanitária; l.c
ai
gm

c) de alimentação e nutrição;
@

d) de saneamento básico; e
ita
an

e) de saúde do trabalhador;
ri.

V - dar execução, no âmbito municipal, à política de insumos e equipamentos


-d

para a saúde;
4
-7

VI - colaborar na fiscalização das agressões ao meio ambiente que tenham


98
.4

repercussão sobre a saúde humana e atuar, junto aos órgãos municipais,


69

estaduais e federais competentes, para controlá-las;


.7
19

VII - formar consórcios administrativos intermunicipais;


-2

VIII - gerir laboratórios públicos de saúde e hemocentros;


jo
au

IX - colaborar com a União e os Estados na execução da vigilância sanitária de


Ar

portos, aeroportos e fronteiras7;


de

X - observado o disposto no art. 26 desta Lei, celebrar contratos e convênios


ita
An

com entidades prestadoras de serviços privados de saúde, bem como controlar e


na

avaliar sua execução;


ria

XI - controlar e fiscalizar os procedimentos dos serviços privados de saúde;


Ad

XII - normatizar complementarmente as ações e serviços públicos de saúde


no seu âmbito de atuação.

Acabamos de ver uma série de atribuições da União, dos Estados e dos


Municípios. E o Distrito Federal? Ele assume as atribuições dos Estados e
Municípios. Veja.

7
Observe que quem executa tais políticas é a União. Municípios apenas colaboram com a vigilância
sanitária de portos, aeroportos e fronteiras.

| 37
Art. 19. Ao Distrito Federal competem as atribuições reservadas aos Estados e aos
Municípios.

A seguir, veremos três subsistemas de atenção à saúde que foram


incorporados à Lei n˚ 8.080/1990 depois de sua sanção: o subsistema indígena, o
subsistema de atendimento e internação domiciliar e o subsistema de
acompanhamento durante o trabalho de parto, parto e pós-parto imediato. Qual a

36
função desses três subsistemas? Conferir direitos aos seguintes subgrupos: os

5:
índios, os que necessitam de atendimento domiciliar e as parturientes.

:2
14
Entraremos nos artigos da saúde indígena. Tal rol de artigos passou a

9
integrar a lei em comento em 1999, após pressões sociais que clamavam pelo

01
/2
reconhecimento das necessidades diferenciadas da população indígena.

05
5/
-1
CAPÍTULO V - Do Subsistema de Atenção à Saúde Indígena

om
Art. 19-A. As ações e serviços de saúde voltados para o atendimento das
l.c
ai
populações indígenas, em todo o território nacional, coletiva ou individualmente,
gm

obedecerão ao disposto nesta Lei.


@

Art. 19-B. É instituído um Subsistema de Atenção à Saúde Indígena, componente


ita
an

do Sistema Único de Saúde – SUS, criado e definido por esta Lei, e pela Lei
ri.

no 8.142, de 28 de dezembro de 1990, com o qual funcionará em perfeita


-d
4

integração.
-7
98

Art. 19-C. Caberá à União, com seus recursos próprios, financiar o Subsistema de
.4

Atenção à Saúde Indígena.


69
.7
19

Quem financia a saúde indígena? A União. Mas outros entes e outras


-2

instituições (governamentais ou não) também podem bancar o custeio da saúde


jo
au

dos índios e a sua execução.


Ar
de
ita

Art. 19-D. O SUS promoverá a articulação do Subsistema instituído por esta Lei
An

com os órgãos responsáveis pela Política Indígena do País.


na

Art. 19-E. Os Estados, Municípios, outras instituições governamentais e não-


ria

governamentais poderão atuar complementarmente no custeio e execução das


Ad

ações.
Art. 19-F. Dever-se-á obrigatoriamente levar em consideração a realidade local e
as especificidades da cultura dos povos indígenas e o modelo a ser adotado para a
atenção à saúde indígena, que se deve pautar por uma abordagem diferenciada e
global, contemplando os aspectos de assistência à saúde, saneamento básico,
nutrição, habitação, meio ambiente, demarcação de terras, educação sanitária e
integração institucional.

O subsistema de saúde indígena adapta o SUS às condições indígenas ao


falar que deve-se levar em conta a realidade local, as especificidades da cultura

| 38
dos povos indígenas e o modelo a ser adotado para a atenção à saúde indígena na
oferta de serviços de saúde a essa população. A única grande variável diferente do
sistema maior e que deve ser incluída no subsistema indígena é a demarcação de
terras.
Além disso, esse subsistema deve obedecer aos mesmos princípios que o
SUS obedece: descentralização, hierarquização e regionalização.

Art. 19-G. O Subsistema de Atenção à Saúde Indígena deverá ser, como o SUS,

36
5:
descentralizado, hierarquizado e regionalizado.

:2
14
§ 1o O Subsistema de que trata o caput deste artigo terá como base os

9
Distritos Sanitários Especiais Indígenas.

01
/2
§ 2o O SUS servirá de retaguarda e referência ao Subsistema de Atenção à

05
Saúde Indígena, devendo, para isso, ocorrer adaptações na estrutura e

5/
-1
organização do SUS nas regiões onde residem as populações indígenas, para

om
propiciar essa integração e o atendimento necessário em todos os níveis, sem
discriminações. l.c
ai
gm

§ 3o As populações indígenas devem ter acesso garantido ao SUS, em âmbito


@

local, regional e de centros especializados, de acordo com suas necessidades,


ita
an

compreendendo a atenção primária, secundária e terciária à saúde.


ri.

Art. 19-H. As populações indígenas terão direito a participar dos organismos


-d

colegiados de formulação, acompanhamento e avaliação das políticas de saúde,


4
-7

tais como o Conselho Nacional de Saúde e os Conselhos Estaduais e Municipais de


98
.4

Saúde, quando for o caso.


69
.7
19

Segundo a FUNASA8:
-2

O Subsistema de Atenção à Saúde Indígena está


jo
au

organizado na forma de 34 Distritos Sanitários Especiais


Ar

Indígenas (DSEI) e como um subsistema em perfeita


de

articulação com o Sistema Único de Saúde, atendendo as


ita
An

seguintes condições:
na

· Considerar os próprios conceitos de saúde e


ria

doença da população e os aspectos


Ad

intersetoriais de seus determinantes;


· Ser construído coletivamente a partir de um
processo de planejamento participativo;
· Possuir instâncias de controle social
formalizados em todos os níveis de gestão.
O DSEI é uma unidade organizacional da FUNASA e
deve ser entendido como uma base territorial e
populacional sob responsabilidade sanitária claramente
8
Fonte: http://www.bvsde.paho.org/bvsapi/p/fulltext/distritos/distritos.pdf

| 39
identificada, enfeixando conjunto de ações de saúde
necessárias à atenção básica, articulado com a rede do
Sistema Único de Saúde - SUS, para referência e contra-
referência, composto por equipe mínima necessária para
executar suas ações e com controle social por intermédio
dos Conselhos Locais e Distrital de Saúde.
Os territórios distritais foram definidos num
processo de construção com as comunidades indígenas,

36
5:
profissionais e instituições de saúde. A definição destas

:2
14
áreas se pautou não apenas por critérios técnico-

9
operacionais e geográficos, mas respeitando também a

01
/2
cultura, as relações políticas e a distribuição demográfica

05
tradicional dos povos indígenas, o que necessariamente

5/
-1
não coincide com os limites de Estados e/ou Municípios

om
onde estão localizadas as terras indígenas.
l.c
ai
gm

Esses são os Distritos Sanitários Especiais Indígenas:


@
ita
an
ri.
-d
4
-7
98
.4
69
.7
19
-2
jo
au
Ar
de
ita
An
na
ria
Ad

A seguir, veremos o subsistema de atendimento e internação domiciliar,


incluído em 2002, e que trata, entre outras coisas, do home-care no SUS.
A lei é linda.

CAPÍTULO VI - DO SUBSISTEMA DE ATENDIMENTO E INTERNAÇÃO DOMICILIAR


Art. 19-I. São estabelecidos, no âmbito do Sistema Único de Saúde, o
atendimento domiciliar e a internação domiciliar.
§ 1o Na modalidade de assistência de atendimento e internação domiciliares
incluem-se, principalmente, os procedimentos médicos, de enfermagem,

| 40
fisioterapêuticos, psicológicos e de assistência social, entre outros necessários ao
cuidado integral dos pacientes em seu domicílio.
§ 2o O atendimento e a internação domiciliares serão realizados por equipes
multidisciplinares que atuarão nos níveis da medicina preventiva, terapêutica e
reabilitadora.
§ 3o O atendimento e a internação domiciliares só poderão ser realizados por
indicação médica, com expressa concordância do paciente e de sua família.

36
5:
Do art. 19-I você deve guardar duas grandes informações: os cuidados aos

:2
14
pacientes internados são realizados por vários profissionais, em equipe

9
interdisciplinar, mas cabe ao médico, com expressa concordância da família,

01
/2
autorizar o atendimento e a internação domiciliar.

05
Para finalizarmos os subsistemas, o Subsistema de Acompanhamento

5/
-1
Durante o Trabalho de Parto, Parto e Pós Parto Imediato foi inserido na lei que

om
estamos comentando em 2005.
l.c
ai
gm

CAPÍTULO VII - DO SUBSISTEMA DE ACOMPANHAMENTO DURANTE O


@

TRABALHO DE PARTO, PARTO E PÓS-PARTO IMEDIATO


ita
an

Art. 19-J. Os serviços de saúde do Sistema Único de Saúde - SUS, da rede própria
ri.

ou conveniada, ficam obrigados a permitir a presença, junto à parturiente, de 1


-d

(um) acompanhante durante todo o período de trabalho de parto, parto e pós-


4
-7

parto imediato.
98
.4

§ 1o O acompanhante de que trata o caput deste artigo será indicado pela


69

parturiente.
.7
19

§ 2o As ações destinadas a viabilizar o pleno exercício dos direitos de que


-2

trata este artigo constarão do regulamento da lei, a ser elaborado pelo órgão
jo
au

competente do Poder Executivo.


Ar

§ 3o Ficam os hospitais de todo o País obrigados a manter, em local visível de


de

suas dependências, aviso informando sobre o direito estabelecido no caput deste


ita
An

artigo.
na
ria

O próximo capítulo foi integrado à Lei n˚ 8.080/1990 em 2011 e trata da


Ad

Assistência Terapêutica e da Incorporação de Tecnologia em Saúde.

CAPÍTULO VIII - DA ASSISTÊNCIA TERAPÊUTICA E DA INCORPORAÇÃO DE


TECNOLOGIA EM SAÚDE
Art. 19-M. A assistência terapêutica integral a que se refere a alínea d do inciso I
do art. 6o consiste em:
I - dispensação de medicamentos e produtos de interesse para a saúde, cuja
prescrição esteja em conformidade com as diretrizes terapêuticas definidas em
protocolo clínico para a doença ou o agravo à saúde a ser tratado ou, na falta do
protocolo, em conformidade com o disposto no art. 19-P;

| 41
II - oferta de procedimentos terapêuticos, em regime domiciliar,
ambulatorial e hospitalar, constantes de tabelas elaboradas pelo gestor federal do
Sistema Único de Saúde - SUS, realizados no território nacional por serviço
próprio, conveniado ou contratado.

Decorrente do presente artigo, podemos definir o que é a assistência


terapêutica integral:
1. dispensação 9 de medicamentos e produtos de interesse, de

36
5:
acordo com protocolo clínico ou outros parâmetros (19-P)

:2
14
2. oferta de procedimentos terapêuticos de três modalidades de

9
atendimento e três formas de vinculação com quem executa:

01
/2
a. Formas de atendimento: em regime domiciliar, ambulatorial e

05
hospitalar

5/
-1
b. Formas de prestação do serviço: serviço próprio (direto),

om
conveniado ou contratado
l.c
ai
gm

Art. 19-N. Para os efeitos do disposto no art. 19-M, são adotadas as seguintes
@

definições:
ita
an

I - produtos de interesse para a saúde: órteses, próteses, bolsas coletoras e


ri.

equipamentos médicos;
-d

II - protocolo clínico e diretriz terapêutica: documento que estabelece


4
-7

critérios para o diagnóstico da doença ou do agravo à saúde; o tratamento


98
.4

preconizado, com os medicamentos e demais produtos apropriados, quando


69

couber; as posologias recomendadas; os mecanismos de controle clínico; e o


.7
19

acompanhamento e a verificação dos resultados terapêuticos, a serem seguidos


-2

pelos gestores do SUS.


jo
au

Art. 19-O. Os protocolos clínicos e as diretrizes terapêuticas deverão estabelecer


Ar

os medicamentos ou produtos necessários nas diferentes fases evolutivas da


de

doença ou do agravo à saúde de que tratam, bem como aqueles indicados em


ita
An

casos de perda de eficácia e de surgimento de intolerância ou reação adversa


na

relevante, provocadas pelo medicamento, produto ou procedimento de primeira


ria

escolha.
Ad

Parágrafo único. Em qualquer caso, os medicamentos ou produtos de que trata


o caput deste artigo serão aqueles avaliados quanto à sua eficácia, segurança,
efetividade e custo-efetividade para as diferentes fases evolutivas da doença ou do
agravo à saúde de que trata o protocolo.
Art. 19-P. Na falta de protocolo clínico ou de diretriz terapêutica, a dispensação
será realizada:

9
A dispensação é o ato farmacêutico de distribuir um ou mais medicamentos a
um paciente em resposta a uma prescrição elaborada por um profissional
autorizado.

| 42
I - com base nas relações de medicamentos instituídas pelo gestor federal do
SUS, observadas as competências estabelecidas nesta Lei, e a responsabilidade
pelo fornecimento será pactuada na Comissão Intergestores Tripartite;
II - no âmbito de cada Estado e do Distrito Federal, de forma suplementar,
com base nas relações de medicamentos instituídas pelos gestores estaduais do
SUS, e a responsabilidade pelo fornecimento será pactuada na Comissão
Intergestores Bipartite;
III - no âmbito de cada Município, de forma suplementar, com base nas

36
5:
relações de medicamentos instituídas pelos gestores municipais do SUS, e a

:2
14
responsabilidade pelo fornecimento será pactuada no Conselho Municipal de

9
Saúde.

01
/2
05
A seguir, o restante dos artigos 19s. Até hoje nunca vi questão sobre eles em

5/
-1
qualquer concurso e acredito que são de menor atenção.

om
l.c
Art. 19-Q. A incorporação, a exclusão ou a alteração pelo SUS de novos
ai
gm

medicamentos, produtos e procedimentos, bem como a constituição ou a


@

alteração de protocolo clínico ou de diretriz terapêutica, são atribuições do


ita
an

Ministério da Saúde, assessorado pela Comissão Nacional de Incorporação de


ri.

Tecnologias no SUS.
-d

§ 1o A Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no SUS, cuja


4
-7

composição e regimento são definidos em regulamento, contará com a


98
.4

participação de 1 (um) representante indicado pelo Conselho Nacional de Saúde e


69

de 1 (um) representante, especialista na área, indicado pelo Conselho Federal de


.7
19

Medicina.
-2

§ 2o O relatório da Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no


jo
au

SUS levará em consideração, necessariamente:


Ar

I - as evidências científicas sobre a eficácia, a acurácia, a efetividade e a


de

segurança do medicamento, produto ou procedimento objeto do processo,


ita
An

acatadas pelo órgão competente para o registro ou a autorização de uso;


na

II - a avaliação econômica comparativa dos benefícios e dos custos em


ria

relação às tecnologias já incorporadas, inclusive no que se refere aos


Ad

atendimentos domiciliar, ambulatorial ou hospitalar, quando cabível.


Art. 19-R. A incorporação, a exclusão e a alteração a que se refere o art. 19-Q
serão efetuadas mediante a instauração de processo administrativo, a ser
concluído em prazo não superior a 180 (cento e oitenta) dias, contado da data em
que foi protocolado o pedido, admitida a sua prorrogação por 90 (noventa) dias
corridos, quando as circunstâncias exigirem.
§ 1o O processo de que trata o caput deste artigo observará, no que couber,
o disposto na Lei no 9.784, de 29 de janeiro de 1999, e as seguintes determinações
especiais:

| 43
I - apresentação pelo interessado dos documentos e, se cabível, das
amostras de produtos, na forma do regulamento, com informações necessárias
para o atendimento do disposto no § 2o do art. 19-Q;
III - realização de consulta pública que inclua a divulgação do parecer
emitido pela Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no SUS;
IV - realização de audiência pública, antes da tomada de decisão, se a
relevância da matéria justificar o evento.
Art. 19-T. São vedados, em todas as esferas de gestão do SUS:

36
5:
I - o pagamento, o ressarcimento ou o reembolso de medicamento, produto

:2
14
e procedimento clínico ou cirúrgico experimental, ou de uso não autorizado pela

9
Agência Nacional de Vigilância Sanitária - ANVISA;

01
/2
II - a dispensação, o pagamento, o ressarcimento ou o reembolso de

05
medicamento e produto, nacional ou importado, sem registro na Anvisa.”

5/
-1
Art. 19-U. A responsabilidade financeira pelo fornecimento de medicamentos,

om
produtos de interesse para a saúde ou procedimentos de que trata este Capítulo
será pactuada na Comissão Intergestores Tripartite. l.c
ai
gm
@

A seguir, veremos a caracterização dos serviços privados na assistência à


ita
an

saúde no Brasil. Ele é uma complementação do que já foi dito no decorrer da


ri.

presente lei e também da Constituição Federal.


-d
4
-7

TÍTULO III - DOS SERVIÇOS PRIVADOS DE ASSISTÊNCIA À SAÚDE


98
.4

CAPÍTULO I - Do Funcionamento
69

Art. 20. Os serviços privados de assistência à saúde caracterizam-se pela atuação,


.7
19

por iniciativa própria, de profissionais liberais, legalmente habilitados, e de


-2

pessoas jurídicas de direito privado na promoção, proteção e recuperação da


jo
au

saúde.
Ar

Art. 21. A assistência à saúde é livre à iniciativa privada.


de
ita
An

Como sabemos, a assistência à Saúde é livre à iniciativa privada e ela tua


na

de forma complementar ao poder público.


ria
Ad

Art. 22. Na prestação de serviços privados de assistência à saúde, serão


observados os princípios éticos e as normas expedidas pelo órgão de direção do
Sistema Único de Saúde (SUS) quanto às condições para seu funcionamento.
Art. 23. É permitida a participação direta ou indireta, inclusive controle, de
empresas ou de capital estrangeiro na assistência à saúde nos seguintes casos:

I - doações de organismos internacionais vinculados à Organização das Nações


Unidas, de entidades de cooperação técnica e de financiamento e empréstimos;
II - pessoas jurídicas destinadas a instalar, operacionalizar ou explorar:

| 44
a) hospital geral, inclusive filantrópico, hospital especializado, policlínica,
clínica geral e clínica especializada; e
b) ações e pesquisas de planejamento familiar;
III - serviços de saúde mantidos, sem finalidade lucrativa, por empresas, para
atendimento de seus empregados e dependentes, sem qualquer ônus para a
seguridade social; e
IV - demais casos previstos em legislação específica.

36
5:
Agora vem a parte perigosa.

:2
14
9
CAPÍTULO II

01
/2
Da Participação Complementar

05
Art. 24. Quando as suas disponibilidades forem insuficientes para garantir a

5/
-1
cobertura assistencial à população de uma determinada área, o Sistema Único de

om
Saúde (SUS) poderá recorrer aos serviços ofertados pela iniciativa privada.
l.c
ai
gm

O SUS poderá recorrer aos serviços ofertados pela iniciativa privada


@

quando suas disponibilidades forem insuficientes para garantir a cobertura


ita
an

assistencial à população de uma determinada área. Observe que ele PODERÁ, não
ri.

DEVERÁ. Cuidado para não se confundir na hora da prova.


-d
4
-7
98

Parágrafo único. A participação complementar dos serviços privados será


.4

formalizada mediante contrato ou convênio, observadas, a respeito, as normas de


69
.7

direito público.
19

Art. 25. Na hipótese do artigo anterior, as entidades filantrópicas e as sem fins


-2

lucrativos terão preferência para participar do Sistema Único de Saúde (SUS).


jo
au

Art. 26. Os critérios e valores para a remuneração de serviços e os parâmetros de


Ar

cobertura assistencial serão estabelecidos pela direção nacional do Sistema Único


de

de Saúde (SUS), aprovados no Conselho Nacional de Saúde.


ita
An

§ 1° Na fixação dos critérios, valores, formas de reajuste e de pagamento da


na

remuneração aludida neste artigo, a direção nacional do Sistema Único de Saúde


ria

(SUS) deverá fundamentar seu ato em demonstrativo econômico-financeiro que


Ad

garanta a efetiva qualidade de execução dos serviços contratados.


§ 2° Os serviços contratados submeter-se-ão às normas técnicas e
administrativas e aos princípios e diretrizes do Sistema Único de Saúde (SUS),
mantido o equilíbrio econômico e financeiro do contrato.
§ 4° Aos proprietários, administradores e dirigentes de entidades ou serviços
contratados é vedado exercer cargo de chefia ou função de confiança no Sistema
Único de Saúde (SUS).

Veja que mesmo sendo um serviço contratado, teremos a obediência aos


princípios do SUS.

| 45
TÍTULO IV
DOS RECURSOS HUMANOS
Art. 27. A política de recursos humanos na área da saúde será formalizada e
executada, articuladamente, pelas diferentes esferas de governo, em
cumprimento dos seguintes objetivos:
I - organização de um sistema de formação de recursos humanos em todos os
níveis de ensino, inclusive de pós-graduação, além da elaboração de programas de

36
5:
permanente aperfeiçoamento de pessoal;

:2
14
IV - valorização da dedicação exclusiva aos serviços do Sistema Único de

9
Saúde (SUS).

01
/2
Parágrafo único. Os serviços públicos que integram o Sistema Único de Saúde

05
(SUS) constituem campo de prática para ensino e pesquisa, mediante normas

5/
-1
específicas, elaboradas conjuntamente com o sistema educacional.

om
Art. 28. Os cargos e funções de chefia, direção e assessoramento, no âmbito do
l.c
Sistema Único de Saúde (SUS), só poderão ser exercidas em regime de tempo
ai
gm

integral.
@

§ 1° Os servidores que legalmente acumulam dois cargos ou empregos


ita
an

poderão exercer suas atividades em mais de um estabelecimento do Sistema


ri.

Único de Saúde (SUS).


-d

§ 2° O disposto no parágrafo anterior aplica-se também aos servidores em


4
-7

regime de tempo integral, com exceção dos ocupantes de cargos ou função de


98
.4

chefia, direção ou assessoramento.


69
.7
19

Quem possui cargo de Direção, Chefia e Assessoramento não pode acumular


-2

2 cargos, em hipótese alguma.


jo
au
Ar

Art. 30. As especializações na forma de treinamento em serviço sob supervisão


de

serão regulamentadas por Comissão Nacional, instituída de acordo com o art. 12


ita
An

desta Lei, garantida a participação das entidades profissionais correspondentes.


na
ria
Ad

TÍTULO V - DO FINANCIAMENTO
CAPÍTULO I - Dos Recursos
Art. 31. O orçamento da seguridade social destinará ao Sistema Único de Saúde
(SUS) de acordo com a receita estimada, os recursos necessários à realização de
suas finalidades, previstos em proposta elaborada pela sua direção nacional, com
a participação dos órgãos da Previdência Social e da Assistência Social, tendo em
vista as metas e prioridades estabelecidas na Lei de Diretrizes Orçamentárias.

| 46
Orçamento da Seguridade Social é destinado ao SUS de acordo com a
proposta da direção nacional,] e deve estar de acordo com a participação de
órgãos da Previdência Social e Assistência Social, e as metas e prioridades da LDO.

Art. 32. São considerados de outras fontes os recursos provenientes de:


II - Serviços que possam ser prestados sem prejuízo da assistência à saúde;
III - ajuda, contribuições, doações e donativos;
IV - alienações patrimoniais e rendimentos de capital;

36
5:
V - taxas, multas, emolumentos e preços públicos arrecadados no âmbito

:2
14
do Sistema Único de Saúde (SUS); e

9
VI - rendas eventuais, inclusive comerciais e industriais.

01
/2
§ 1° Ao Sistema Único de Saúde (SUS) caberá metade da receita de que trata

05
o inciso I deste artigo, apurada mensalmente, a qual será destinada à recuperação

5/
-1
de viciados.[era a CPMF]

om
§ 2° As receitas geradas no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS) serão
l.c
creditadas diretamente em contas especiais, movimentadas pela sua direção, na
ai
gm

esfera de poder onde forem arrecadadas. [existem contas especiais no SUS]


@

§ 3º As ações de saneamento que venham a ser executadas supletivamente


ita
an

pelo Sistema Único de Saúde (SUS), serão financiadas por recursos tarifários
ri.

específicos e outros da União, Estados, Distrito Federal, Municípios e, em


-d

particular, do Sistema Financeiro da Habitação (SFH).


4
-7

§ 5º As atividades de pesquisa e desenvolvimento científico e tecnológico em


98
.4

saúde serão co-financiadas pelo Sistema Único de Saúde (SUS), pelas


69

universidades e pelo orçamento fiscal, além de recursos de instituições de


.7
19

fomento e financiamento ou de origem externa e receita própria das instituições


-2

executoras.
jo
au
Ar

As ações de saneamento não são obrigação direta do SUS, mas ele pode
de

executar tais ações de forma suplementar.


ita
An
na

CAPÍTULO II - Da Gestão Financeira


ria

Art. 33. Os recursos financeiros do Sistema Único de Saúde (SUS) serão


Ad

depositados em conta especial, em cada esfera de sua atuação, e movimentados


sob fiscalização dos respectivos Conselhos de Saúde.

São os Conselho de Saúde que controlam a execução financeira do SUS.

§ 1º Na esfera federal, os recursos financeiros, originários do Orçamento da


Seguridade Social, de outros Orçamentos da União, além de outras fontes, serão
administrados pelo Ministério da Saúde, através do Fundo Nacional de Saúde.
[FNS]

| 47
§ 4º O Ministério da Saúde acompanhará, através de seu sistema de
auditoria, a conformidade à programação aprovada da aplicação dos recursos
repassados a Estados e Municípios. Constatada a malversação, desvio ou não
aplicação dos recursos, caberá ao Ministério da Saúde aplicar as medidas
previstas em lei.
Art. 34. As autoridades responsáveis pela distribuição da receita efetivamente
arrecadada transferirão automaticamente ao Fundo Nacional de Saúde (FNS),
observado o critério do parágrafo único deste artigo, os recursos financeiros

36
5:
correspondentes às dotações consignadas no Orçamento da Seguridade Social, a

:2
14
projetos e atividades a serem executados no âmbito do Sistema Único de Saúde

9
(SUS).

01
/2
Parágrafo único. Na distribuição dos recursos financeiros da Seguridade Social

05
será observada a mesma proporção da despesa prevista de cada área, no

5/
-1
Orçamento da Seguridade Social.

om
Art. 35. Para o estabelecimento de valores a serem transferidos a Estados, Distrito
l.c
Federal e Municípios, será utilizada a combinação dos seguintes critérios, segundo
ai
gm

análise técnica de programas e projetos:


@

I - perfil demográfico da região;


ita

II - perfil epidemiológico da população a ser coberta;


an
ri.

III - características quantitativas e qualitativas da rede de saúde na área;


-d

IV - desempenho técnico, econômico e financeiro no período anterior;


4
-7

V - níveis de participação do setor saúde nos orçamentos estaduais e


98
.4

municipais;
69

VI - previsão do plano qüinqüenal de investimentos da rede;


.7
19

VII - ressarcimento do atendimento a serviços prestados para outras esferas


-2

de governo.
jo
au

§ 2º Nos casos de Estados e Municípios sujeitos a notório processo de


Ar

migração, os critérios demográficos mencionados nesta lei serão ponderados por


de

outros indicadores de crescimento populacional, em especial o número de


ita

eleitores registrados.
An

§ 6º O disposto no parágrafo anterior não prejudica a atuação dos órgãos de


na
ria

controle interno e externo e nem a aplicação de penalidades previstas em lei, em


Ad

caso de irregularidades verificadas na gestão dos recursos transferidos.

CAPÍTULO III
Do Planejamento e do Orçamento
Art. 36. O processo de planejamento e orçamento do Sistema Único de Saúde
(SUS) será ascendente, do nível local até o federal, ouvidos seus órgãos
deliberativos, compatibilizando-se as necessidades da política de saúde com a
disponibilidade de recursos em planos de saúde dos Municípios, dos Estados, do
Distrito Federal e da União.

| 48
§ 1º Os planos de saúde serão a base das atividades e programações de cada
nível de direção do Sistema Único de Saúde (SUS), e seu financiamento será
previsto na respectiva proposta orçamentária.
§ 2º É vedada a transferência de recursos para o financiamento de ações não
previstas nos planos de saúde, exceto em situações emergenciais ou de
calamidade pública, na área de saúde.
Art. 37. O Conselho Nacional de Saúde estabelecerá as diretrizes a serem
observadas na elaboração dos planos de saúde, em função das características

36
5:
epidemiológicas e da organização dos serviços em cada jurisdição administrativa.

:2
14
Art. 38. Não será permitida a destinação de subvenções e auxílios a instituições

9
prestadoras de serviços de saúde com finalidade lucrativa.

01
/2
05
5/
-1
om
DAS DISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSITÓRIAS
[...] l.c
ai
gm

Art. 41. As ações desenvolvidas pela Fundação das Pioneiras Sociais e pelo
@

Instituto Nacional do Câncer, supervisionadas pela direção nacional do Sistema


ita
an

Único de Saúde (SUS), permanecerão como referencial de prestação de serviços,


ri.

formação de recursos humanos e para transferência de tecnologia.


-d

Art. 43. A gratuidade das ações e serviços de saúde fica preservada nos serviços
4
-7

públicos contratados, ressalvando-se as cláusulas dos contratos ou convênios


98
.4

estabelecidos com as entidades privadas.


69

Art. 45. Os serviços de saúde dos hospitais universitários e de ensino integram-se


.7
19

ao Sistema Único de Saúde (SUS), mediante convênio, preservada a sua


-2

autonomia administrativa, em relação ao patrimônio, aos recursos humanos e


jo
au

financeiros, ensino, pesquisa e extensão nos limites conferidos pelas instituições a


Ar

que estejam vinculados.


de

§ 1º Os serviços de saúde de sistemas estaduais e municipais de previdência


ita
An

social deverão integrar-se à direção correspondente do Sistema Único de Saúde


na

(SUS), conforme seu âmbito de atuação, bem como quaisquer outros órgãos e
ria

serviços de saúde.
Ad

§ 2º Em tempo de paz e havendo interesse recíproco, os serviços de saúde


das Forças Armadas poderão integrar-se ao Sistema Único de Saúde (SUS),
conforme se dispuser em convênio que, para esse fim, for firmado.
Art. 46. O Sistema Único de Saúde (SUS), estabelecerá mecanismos de incentivos
à participação do setor privado no investimento em ciência e tecnologia e
estimulará a transferência de tecnologia das universidades e institutos de
pesquisa aos serviços de saúde nos Estados, Distrito Federal e Municípios, e às
empresas nacionais.
Art. 47. O Ministério da Saúde, em articulação com os níveis estaduais e
municipais do Sistema Único de Saúde (SUS), organizará, no prazo de dois anos,

| 49
um sistema nacional de informações em saúde, integrado em todo o território
nacional, abrangendo questões epidemiológicas e de prestação de serviços. [foi
feito]
Art. 50. Os convênios entre a União, os Estados e os Municípios, celebrados para
implantação dos Sistemas Unificados e Descentralizados de Saúde, ficarão
rescindidos à proporção que seu objeto for sendo absorvido pelo Sistema Único de
Saúde (SUS).
Art. 52. Sem prejuízo de outras sanções cabíveis, constitui crime de emprego

36
5:
irregular de verbas ou rendas públicas (Código Penal, art. 315) a utilização de

:2
14
recursos financeiros do Sistema Único de Saúde (SUS) em finalidades diversas das

9
previstas nesta lei.

01
/2
Art. 53-A. Na qualidade de ações e serviços de saúde, as atividades de apoio à

05
assistência à saúde são aquelas desenvolvidas pelos laboratórios de genética

5/
-1
humana, produção e fornecimento de medicamentos e produtos para saúde,

om
laboratórios de analises clínicas, anatomia patológica e de diagnóstico por
l.c
imagem e são livres à participação direta ou indireta de empresas ou de capitais
ai
gm

estrangeiros.
@
ita
an
ri.
-d

Lei nº 8.142/1990
4
-7
98
.4
69

Dispõe sobre a participação da comunidade na gestão do Sistema Único de


.7

Saúde (SUS) e sobre as transferências intergovernamentais de recursos financeiros


19
-2

na área da saúde e dá outras providências.


jo
au

O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, faço saber que o Congresso Nacional decreta


Ar

e eu sanciono a seguinte lei:


de
ita

Art. 1° O Sistema Único de Saúde (SUS), de que trata a Lei n° 8.080, de 19 de


An

setembro de 1990, contará, em cada esfera de governo, sem prejuízo das funções
na

do Poder Legislativo, com as seguintes instâncias colegiadas:


ria

I - a Conferência de Saúde; e
Ad

II - o Conselho de Saúde.
§ 1° A Conferência de Saúde reunir-se-á a cada quatro anos com a
representação dos vários segmentos sociais, para avaliar a situação de saúde e
propor as diretrizes para a formulação da política de saúde nos níveis
correspondentes, convocada pelo Poder Executivo ou, extraordinariamente, por
esta ou pelo Conselho de Saúde.
§ 2° O Conselho de Saúde, em caráter permanente e deliberativo, órgão
colegiado composto por representantes do governo, prestadores de serviço,
profissionais de saúde e usuários, atua na formulação de estratégias e no controle
da execução da política de saúde na instância correspondente, inclusive nos

| 50
aspectos econômicos e financeiros, cujas decisões serão homologadas pelo chefe
do poder legalmente constituído em cada esfera do governo.
§ 3° O Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) e o Conselho
Nacional de Secretários Municipais de Saúde (Conasems) terão representação no
Conselho Nacional de Saúde.
§ 4° A representação dos usuários nos Conselhos de Saúde e Conferências
será paritária em relação ao conjunto dos demais segmentos.
§ 5° As Conferências de Saúde e os Conselhos de Saúde terão sua

36
5:
organização e normas de funcionamento definidas em regimento próprio,

:2
14
aprovadas pelo respectivo conselho.

9
Art. 2° Os recursos do Fundo Nacional de Saúde (FNS) serão alocados

01
/2
como:

05
I - despesas de custeio e de capital do Ministério da Saúde, seus órgãos e

5/
-1
entidades, da administração direta e indireta;

om
II - investimentos previstos em lei orçamentária, de iniciativa do Poder
Legislativo e aprovados pelo Congresso Nacional; l.c
ai
gm

III - investimentos previstos no Plano Qüinqüenal do Ministério da Saúde;


@

IV - cobertura das ações e serviços de saúde a serem implementados pelos


ita

Municípios, Estados e Distrito Federal.


an
ri.

Parágrafo único. Os recursos referidos no inciso IV deste artigo destinar-


-d

se-ão a investimentos na rede de serviços, à cobertura assistencial ambulatorial e


4
-7

hospitalar e às demais ações de saúde.


98
.4

Art. 3° Os recursos referidos no inciso IV do art. 2° desta lei serão


69

repassados de forma regular e automática para os Municípios, Estados e Distrito


.7
19

Federal, de acordo com os critérios previstos no art. 35 da Lei n° 8.080, de 19 de


-2

setembro de 1990.
jo
au

§ 1° Enquanto não for regulamentada a aplicação dos critérios previstos


Ar

no art. 35 da Lei n° 8.080, de 19 de setembro de 1990, será utilizado, para o repasse


de

de recursos, exclusivamente o critério estabelecido no § 1° do mesmo artigo.


ita

§ 2° Os recursos referidos neste artigo serão destinados, pelo menos


An

setenta por cento, aos Municípios, afetando-se o restante aos Estados.


na
ria

§ 3° Os Municípios poderão estabelecer consórcio para execução de ações e


Ad

serviços de saúde, remanejando, entre si, parcelas de recursos previstos no inciso


IV do art. 2° desta lei.
Art. 4° Para receberem os recursos, de que trata o art. 3° desta lei, os
Municípios, os Estados e o Distrito Federal deverão contar com:
I - Fundo de Saúde;
II - Conselho de Saúde, com composição paritária de acordo com o Decreto
n° 99.438, de 7 de agosto de 1990;
III - plano de saúde;
IV - relatórios de gestão que permitam o controle de que trata o § 4° do art.
33 da Lei n° 8.080, de 19 de setembro de 1990;

| 51
V - contrapartida de recursos para a saúde no respectivo orçamento;
VI - Comissão de elaboração do Plano de Carreira, Cargos e Salários (PCCS),
previsto o prazo de dois anos para sua implantação.
Parágrafo único. O não atendimento pelos Municípios, ou pelos Estados,
ou pelo Distrito Federal, dos requisitos estabelecidos neste artigo, implicará em
que os recursos concernentes sejam administrados, respectivamente, pelos
Estados ou pela União.
Art. 5° É o Ministério da Saúde, mediante portaria do Ministro de Estado,

36
5:
autorizado a estabelecer condições para aplicação desta lei.

:2
14
Art. 6° Esta lei entra em vigor na data de sua publicação.

9
Art. 7° Revogam-se as disposições em contrário.

01
/2
05
5/
-1
Vamos para as questões?

om
l.c
ai
gm
@
ita
an
ri.
-d
4
-7
98
.4
69
.7
19
-2
jo
au
Ar
de
ita

Questões
An
na
ria
Ad

1. FUNCAB - 2010 - SEJUS-RO – Nutricionista


Com base na Lei nº 8.080/90, assinale a afirmativa INCORRETA acerca do
financiamento do Sistema Único de Saúde – SUS.
a) O processo de planejamento e orçamento do SUS é ascendente.
b) Os planos de saúde são a base das atividades e programações de cada nível de
direção.
c) Em situações emergenciais, é permitida a transferência de recursos para o
financiamento de ações não previstas nos planos de saúde.
d) O orçamento da seguridade social destinará ao SUS os recursos necessários à
realização de suas finalidades.

| 52
e) É permitida a destinação de subvenções e auxílios a instituições prestadoras de
serviços de saúde com finalidade lucrativa.

2. IADES - EBSERH – HUOL - Assistente Administrativo - 2013


Quando as disponibilidades forem insuficientes para garantir a cobertura
assistencial à população de uma determinada área, é correto afirmar que o SUS
(A) poderá recorrer aos serviços ofertados pela iniciativa privada.

(B) deverá, prioritariamente, formalizar convênios com outras nações do Mercosul.

36
5:
(C) poderá contratar unicamente as entidades filantrópicas para complementar os

:2
14
serviços.


9
(D) fica sujeito às sanções previstas em lei pelo não cumprimento das metas e

01
/2
objetivos.

05
(E) passa a ter prioridade no uso dos recursos do Fundo Nacional de Educação e

5/
-1
Saúde.

om
3. IADES – EBSERH/SEDE – Administração – 2013 l.c
ai
gm

A expansão do conceito de saúde, com seus determinantes, e a crescente


@

complexidade epidemiológica da situação das populações estimulam a


ita

diversidade de responsabilidade nos serviços de saúde. Sobre os Determinantes


an
ri.

Sociais de Saúde (DSS), assinale a alternativa correta.


-d

(A) Em geral, poucos são os fatores que exercem influência 
sobre a saúde das
4
-7

pessoas, e a presença desses fatores, mesmo que conjuntamente, não são capazes
98
.4

de determinar o estado de saúde da população.


69

(B) A relação entre os determinantes da saúde e o estado de 
saúde é simples e


.7
19

não envolve os níveis da sociedade, 
atingindo apenas o nível macroambiental.


-2

(C) Existe uma ampla categoria de determinantes 
 da saúde, desde os


jo
au

determinantes proximais ou micro determinantes, associados à características do


Ar

nível individual, até os determinantes distais ou macro determinantes, associados


de

à variáveis dos níveis de grupo e sociedade, isto é, populações.


ita
An

(D) A diversidade genética, a diferença biológica de sexo, a 
nutrição e dieta, o


na

funcionamento dos sistemas orgânicos e os processos de maturação e


ria

envelhecimento são determinantes fundamentais da saúde, sobre os quais não é


Ad

possível intervir, positivamente para promover e recuperar a saúde.


(E) A relação entre os determinantes da saúde e o estado 
de saúde é complexa,
porém envolve, prioritariamente, o nível de microcelular.

4. IADES – EBSERH/SEDE – Assistente Administrativo - 2012


A Lei n˚ 8.080, de 19 de setembro de 1990, é também definida como
arcabouço jurídico constitucional do Sistema Único de Saúde (SUS). A este
respeito, assinale a alternativa que não representa competência da direção
estadual do SUS.
(A) Promover a descentralização, para os Municípios, dos serviços e das ações de

| 53
saúde.
(B) Acompanhar, controlar e avaliar as redes hierarquizadas do Sistema Único de
Saúde-SUS.
(C) Prestar apoio técnico e financeiro aos Municípios e executar, supletivamente,
ações e serviços de saúde.
(D) Identificar estabelecimentos hospitalares de referência e gerir sistemas
públicos de alta complexidade, de referência estadual e regional.
(E) Formar consórcios administrativos intermunicipais.

36
5:
:2
14
5. IADES – EBSERH – HC-UFTM – Assistente Social – 2013

9
A complexidade da garantia à saúde é um permanente desafio para a

01
/2
consolidação do Sistema Único de Saúde (SUS). Diante disso, a intersetorialidade

05
também é tratada na Lei Orgânica da Saúde. Considerando essas informações e

5/
-1
com base no disposto na Lei n˚ 8.080/1990 sobre as comissões intersetoriais,

om
assinale a alternativa correta.
l.c
(A) Essas comissões terão a finalidade de articular políticas e programas de
ai
gm

interesse para a saúde, cuja execução envolva áreas não compreendidas no


@

âmbito do SUS.
ita
an

(B) Atividades de ciência e tecnologia, por serem afetas diretamente à saúde, não
ri.

estão no âmbito dessas comissões.


-d

(C) Atividades de lazer são um exemplo de articulação a cargo das comissões


4
-7

intersetoriais.
98
.4

(D) É função das comissões intersetoriais articular o Conselho Nacional de Saúde


69
.7

com o Conselho Nacional de Justiça.


19

(E) As comissões intersetoriais estão subordinadas à Secretaria Executiva do


-2

Ministério da Saúde.
jo
au
Ar

6. IADES – EBSERH – HC-UFTM – Assistente Social – 2013


de

A respeito dos determinantes sociais em saúde, assinale a alternativa correta.


ita
An

(A) A rede social em que se inserem os indivíduos tem relação com realizações ou
na

frustrações, mas não interfere na determinação de doenças.


ria

(B) Comportamento individual e fatores biológicos podem ser considerados


Ad

fatores de risco para determinadas doenças, no entanto, não se enquadram no


conceito mais estrito de determinantes sociais em saúde.
(C) O alto índice de alcoolismo, que se relaciona com diferentes tipos de violência
a que os indivíduos e as populações são submetidos, é consequência de processos
sociais, sem relação com a saúde.
(D) Renda e trabalho não são exemplos de condições que interferem nos
determinantes sociais em saúde.
(E) Doenças sexualmente transmissíveis são 
 consequências dos
comportamentos individuais e, portanto, não podem ter relação com
determinantes sociais em saúde.

| 54
7. IADES – EBSERH – HU-UFP – Enfermeiro Superior – 2012
Em relação à Lei n˚ 8.080/1990 – Lei Orgânica da Saúde (LOS), bem como a
legislação regulatória da Saúde Pública no Brasil, julgue os itens a seguir.
I- Os serviços de atenção primária, constituídos pelos hospitais de
maior complexidade ou resolutividade da região ou do Estado
constituem as chamadas “portas de entrada” do sistema de saúde.
II - Uma percepção importante sobre as determinantes sociais da

36
5:
saúde e a legislação dos últimos vinte anos pode ser percebida pelo

:2
14
fato de que, antes da Lei n˚ 8.080, a legislação preconizava que aos

9
municípios brasileiros só competia “organizar serviços de Pronto

01
/2
Socorro”, diferente da dimensão da gestão da saúde incorporada na

05
nova perspectiva da atual legislação.

5/
-1
III - Embora os avanços na concepção do SUS, apresentados pela Lei

om
n˚ 8.080 possam ser relevantes quanto à promoção do atendimento
l.c
à saúde da população, a característica principal da LOS foi a
ai
gm

responsabilidade única do Ministério da Saúde na gestão do SUS.


@

IV - Uma das grandes críticas sobre a LOS é a ausência do


ita

rompimento das chamadas “algemas que caracterizam o acesso à


an
ri.

saúde como uma política excludente, precária e centrada no modelo


-d

médico-hegemônico”. Especificamente na política de saúde, a LOS


4
-7

não garantiu a articulação das políticas sociais de maneira


98
.4

integrada, de modo a constituir um diferencial de qualidade no


69

atendimento à população brasileira, mesmo fora dos centros


.7
19

regionais de excelência – um grande desafio à sociedade em geral.


-2

A quantidade de itens certos é igual a


jo
au

(A) 0.
Ar

(B) 1.
de

(C) 2.
ita

(D) 3.
An

(E) 4.
na
ria
Ad

8. IADES – EBSERH - HC-UFTM – Técnico em Saúde Bucal – 20136


A história clínica de muitas pessoas atendidas nos serviços de saúde revela
condições de vida que afetam o bem-estar e a saúde. Considerando essa
informação e com base nos determinantes sociais da saúde, assinale a alternativa
correta.
(A) O processo saúde-doença deve ser entendido como a relação entre as
condições biológicas e as psicológicas e exclui a necessidade de abordar o
contexto social.
(B) As condições de trabalho, a estrutura das redes sociais e comunitárias, o estilo
de vida dos indivíduos, a idade, o sexo e aspectos hereditários são alguns dos

| 55
fatores que exemplificam determinantes sociais da saúde.
(C) O impacto que a doença pode ter sobre a situação socioeconômica do
indivíduo e da respectiva família compõe um contexto diferente do relativo à
análise dos determinantes sociais da saúde.
(D) Políticas públicas de abrangência populacional, que promovem mudanças de
hábitos, interferem apenas na saúde do indivíduo, sem qualquer importância para
alterações nos determinantes sociais da saúde.
(E) Diminuir a exposição a riscos é a forma mais eficaz para alterar os

36
5:
determinantes sociais da saúde.

:2
14
9
9. AOCP – EBSERH – HU/UFS – Psicólogo Hospitalar – 2013

01
/2
O conjunto de ações que proporcionam o conhecimento, a detecção ou

05
prevenção de qualquer mudança nos fatores determinantes e condicionantes de

5/
-1
saúde individual ou coletiva, com a finalidade de recomendar e adotar as medidas

om
de prevenção e controle das doenças ou agravos é o que se entende por
(A) vigilância sanitária. l.c
ai
gm

(B) vigilância epidemiológica


@

(C) saúde do trabalhador.


ita

(D) assistência terapêutica integral.


an
ri.

(E) assistência social. 
23


-d
4
-7

10. AOCP – EBSERH – HU/UFS – Psicólogo Hospitalar – 2013


98
.4

Em relação ao Subsistema de Atenção à Saúde Indígena, analise as assertivas e


69

assinale a alternativa que aponta as corretas.


.7
19

I. As ações e serviços de saúde voltados para o atendimento das


-2

populações indígenas, em todo o território nacional, coletiva ou


jo
au

individualmente, obedecerão ao disposto na Lei 8.080/1990.


Ar

II. Caberá à União, com seus recursos próprios, financiar o Subsistema de


de

Atenção à Saúde Indígena.


ita

III. O SUS promoverá a articulação do Subsistema de Atenção à Saúde


An

Indígena com os órgãos responsáveis pela Política Indígena do País.


na
ria

IV. Os Estados, Municípios, outras instituições governamentais e não-


Ad

governamentais poderão atuar complementarmente no custeio e execução


das ações.
(A) Apenas I, II e III.
(B) Apenas I, III e IV.
(C) Apenas II e III.
(D) Apenas I e IV.
(E) I, II, III e IV. 
24

11. AOCP - EBSERH/HUJM-UFMT - 2014



À direção estadual do Sistema Único de Saúde (SUS) compete coordenar e, em

| 56
caráter complementar, executar ações e serviços, EXCETO
(A) de vigilância epidemiológica.
(B) de vigilância sanitária.
(C) de atendimento psiquiátrico.
(D) de alimentação e nutrição.
(E) de saúde do trabalhador. 
23 


12. ESAF – CGU – 2008

36
5:
Assinale a opção que contemple alguns dos princípios e diretrizes do SUS,

:2
14
segundo a Lei n. 8.080, de 1990.

9
a) Universalidade de acesso aos serviços de saúde em todos os níveis de

01
/2
assistência, integralidade de assistência, divulgação de informações quanto ao

05
potencial dos serviços de saúde e a sua utilização pelo usuário, priorização das

5/
-1
necessidades da população de baixa renda.

om
b) Universalidade de acesso aos serviços de saúde em todos os níveis de
l.c
assistência, integralidade de assistência, priorização das necessidades da
ai
gm

população de baixa renda, enfoque sistêmico na condução das ações de saúde.


@

c) Universalidade de acesso aos serviços de saúde em todos os níveis de


ita

assistência, integralidade de assistência, preservação da autonomia das pessoas


an
ri.

na defesa de sua integridade física e moral, divulgação de informações quanto ao


-d

potencial dos serviços de saúde e a sua utilização pelo usuário.


4
-7

d) Integralidade de assistência, preservação da autonomia das pessoas na defesa


98
.4

de sua integridade física e moral, priorização das necessidades da população de


69

baixa renda, enfoque sistêmico na condução das ações de saúde.


.7
19

e) Preservação da autonomia das pessoas na defesa de sua integridade física e


-2

moral, divulgação de informações quanto ao potencial dos serviços de saúde e a


jo
au

sua utilização pelo usuário, enfoque sistêmico na condução das ações de saúde,
Ar

integralidade de assistência.
de
ita

13. ESAF – CGU – 2008


An

Considerando o financiamento do SUS, assinale a opção incorreta.


na
ria

a) O orçamento da seguridade social destinará ao SUS os recursos necessários à


Ad

realização de suas finalidades, previstos em proposta elaborada pela sua direção


nacional, com a participação dos órgãos da Previdência Social e da Assistência
Social.
b) As receitas geradas no âmbito do SUS serão creditadas diretamente em contas
especiais, movimentadas pela sua direção, na esfera de poder onde forem
arrecadadas.
c) As ações de saneamento que venham a ser executadas supletivamente pelo SUS
serão financiadas por recursos tarifários específicos e outros da União, dos
estados, do Distrito Federal, dos municípios e, em particular, do Sistema
Financeiro da Habitação.

| 57
d) As atividades de pesquisa e desenvolvimento científico e tecnológico em saúde
serão cofinancia das pelo SUS, pelas universidades e pelo orçamento fiscal, além
de recursos de instituições de fomento e financiamento ou de origem externa e
receita própria das instituições executoras.
e) O Ministério da Saúde acompanhará, por meio de seu sistema de auditoria, a
conformidade à programação aprovada da aplicação dos recursos repassados a
estados e municípios. Constatada a malversação, desvio ou não aplicação dos
recursos, caberá ao Ministério Público aplicar as medidas previstas em lei.

36
5:
:2
14
14. FCC – ANS – 2007

9
Considere as seguintes assertivas a respeito da Organização, da Direção e

01
/2
da Gestão do Sistema Único de Saúde − SUS:

05
I. As ações e serviços de saúde executados pelo SUS serão

5/
-1
organizados deforma regionalizada e hierarquizada em níveis de

om
complexidade crescente.
l.c
II. Os Municípios poderão constituir consórcios para desenvolver em
ai
gm

conjunto as ações e os serviços de saúde que lhes correspondam.


@

III. A articulação das políticas e programas, a cargo das comissões


ita

intersetoriais, não abrangerá as atividades de vigilância sanitária e


an
ri.

farmacoepidemiologia.
-d

IV. A direção do SUS é única, sendo exercida no âmbito dos Estados


4
-7

pela respectiva Secretaria de Saúde ou órgão equivalente.


98
.4

De acordo com a Lei no 8.080/90, está correto o que consta APENAS em


69

(A) I e II.
.7
19

(B) I, II e III.
-2

(C) I, II e IV.
jo
au

(D) II, III e IV.


Ar

(E) III e IV.


de
ita

15. FCC – ANS – 2007


An

Considere as seguintes assertivas a respeito da assistência à saúde pela


na
ria

iniciativa privada:
Ad

I. As instituições privadas poderão participar de forma


complementar do sistema único de saúde, segundo diretrizes deste,
mediante contrato de direito público ou convênio.
II. É vedada a destinação de recursos públicos para auxílios ou
subvenções às instituições privadas com fins lucrativos.
III. Em regra, é vedada a participação direta ou indireta de empresas
ou capitais estrangeiros na assistência à saúde no País.
IV. As entidades filantrópicas e as sem fins lucrativos não possuem
qualquer tipo de preferência na participação complementar do
sistema único de saúde.

| 58
De acordo com a Constituição Federal brasileira, está correto o que consta
APENAS em
(A) I e II.
(B) I, II e III.
(C) I, II e IV.
(D) II, III e IV.
(E) II e IV.

36
5:
16. FCC – ANS – 2007

:2
14
De acordo com a Lei no 8.080/90, compete à direção estadual do Sistema

9
Único de Saúde − SUS

01
/2
(A) estabelecer normas, em caráter suplementar, para o controle e avaliação das

05
ações e serviços de saúde.

5/
-1
(B) definir e coordenar os sistemas de rede integrada de assistência de alta

om
complexidade.
l.c
(C) normatizar e coordenar nacionalmente o Sistema Nacional de Sangue,
ai
gm

Componentes e Derivados.
@

(D) elaborar normas para regular as relações entre o Sistema Único de Saúde e os
ita

serviços privados contratados de assistência à saúde.


an
ri.

(E) formar consórcios consultivos intermunicipais, bem como gerir laboratórios


-d

públicos de saúde e hemocentros.


4
-7
98
.4

17. FCC – ANS – 2007


69

De acordo com a Lei no 8.080/90, os serviços de saúde do Sistema Único de


.7
19

Saúde − SUS, da rede própria ou conveniada, ficam obrigados a permitir a


-2

presença, junto à parturiente, de


jo
au

(A) dois acompanhantes, indicados por sua genitora, esposo ou descendente


Ar

maior de 18 (dezoito) anos, durante todo o período de trabalho de parto, parto e


de

pós-parto imediato.
ita

(B) um acompanhante, indicado pela autoridade competente responsável,


An

durante todo o período de trabalho de parto, parto, excetuando-se o pós-parto


na
ria

imediato.
Ad

(C) dois acompanhantes, indicados pela parturiente, durante todo o período de


trabalho de parto, parto e pós-parto imediato.
(D) dois acompanhantes, indicados pela autoridade responsável, durante todo o
período de trabalho de parto, parto, excetuando-se o pós-parto imediato.
(E) um acompanhante, indicado pela parturiente, durante todo o período de
trabalho de parto, parto e pós-parto imediato.

CESPE/SESA-ES/2011
Com base na Lei n.º 8.080/1990, que dispõe sobre as condições para a
promoção, proteção e recuperação da saúde, a organização e o funcionamento

| 59
dos serviços correspondentes e dá outras providências, julgue os itens que se
subseguem. Nesse sentido, considere que a sigla SUS, sempre que empregada,
refere-se ao Sistema Único de Saúde.
18. De acordo com a lei em questão, a saúde é um direito
fundamental do ser humano, devendo o Estado prover as
condições indispensáveis ao seu pleno exercício, mas esse dever
do Estado não exclui o dever das pessoas, da família, das
empresas e da sociedade quanto à saúde coletiva.

36
5:
:2
14
19. A aplicação da referida lei obriga o Estado brasileiro a garantir

9
atenção integral à saúde de todo cidadão, a assisti-lo, portanto,

01
/2
no conjunto de suas necessidades de saúde, independentemente

05
da disponibilidade de recursos dos entes federados.

5/
-1
om
20. Estão incluídas no campo de atuação do SUS as ações de
l.c
vigilância sanitária, de vigilância epidemiológica e de saúde do
ai
gm

trabalhador, mas não as de controle de qualidade, pesquisa e


@

produção de insumos e equipamentos para a saúde.


ita
an
ri.

21. A lei em apreço regula, em todo o território nacional, as ações e


-d

os serviços de saúde, públicos e privados, contratados ou


4
-7

conveniados ao SUS, em caráter permanente ou eventual,


98
.4

executados por pessoas naturais ou jurídicas de direito público


69

ou privado.
.7
19
-2
jo
au
Ar
de

Questões Comentadas e Gabaritadas


ita
An
na
ria

1. FUNCAB - 2010 - SEJUS-RO – Nutricionista


Ad

Com base na Lei nº 8.080/90, assinale a afirmativa INCORRETA acerca do


financiamento do Sistema Único de Saúde – SUS.
a) O processo de planejamento e orçamento do SUS é ascendente.
b) Os planos de saúde são a base das atividades e programações de cada nível de
direção.
c) Em situações emergenciais, é permitida a transferência de recursos para o
financiamento de ações não previstas nos planos de saúde.
d) O orçamento da seguridade social destinará ao SUS os recursos necessários à
realização de suas finalidades.

| 60
e) É permitida a destinação de subvenções e auxílios a instituições prestadoras de
serviços de saúde com finalidade lucrativa.
Gabarito: E
Comentários: Segundo a referida Lei
Art. 38. Não será permitida a destinação de subvenções e
auxílios a instituições prestadoras de serviços de saúde com
finalidade lucrativa.

36
5:
2. IADES - EBSERH – HUOL - Assistente Administrativo - 2013

:2
14
Quando as disponibilidades forem insuficientes para garantir a cobertura

9
assistencial à população de uma determinada área, é correto afirmar que o SUS

01
/2
(A) poderá recorrer aos serviços ofertados pela iniciativa privada.


05
(B) deverá, prioritariamente, formalizar convênios com outras nações do Mercosul.

5/
-1
(C) poderá contratar unicamente as entidades filantrópicas para complementar os

om
serviços.

l.c
(D) fica sujeito às sanções previstas em lei pelo não cumprimento das metas e
ai
gm

objetivos.
@

(E) passa a ter prioridade no uso dos recursos do Fundo Nacional de Educação e
ita

Saúde.
an
ri.

Gabarito: A
-d

Comentários: Literalidade da lei n˚ 8.080/1990:


4
-7

Art. 24. Quando as suas disponibilidades forem insuficientes para


98
.4

garantir a cobertura assistencial à população de uma determinada área, o


69

Sistema Único de Saúde (SUS) poderá recorrer aos serviços ofertados pela
.7
19

iniciativa privada.
-2

Observe que são as entidades filantrópicas e as sem fins lucrativos que


jo
au

terão preferência para participar do Sistema Único de Saúde (SUS). As com fins
Ar

lucrativos poderão participar? Sim, de acordo com o art. 24, depois das sem fins
de

lucrativos.
ita
An

3. IADES – EBSERH/SEDE – Administração – 2013


na
ria

A expansão do conceito de saúde, com seus determinantes, e a crescente


Ad

complexidade epidemiológica da situação das populações estimulam a


diversidade de responsabilidade nos serviços de saúde. Sobre os Determinantes
Sociais de Saúde (DSS), assinale a alternativa correta.
(A) Em geral, poucos são os fatores que exercem influência 
sobre a saúde das
pessoas, e a presença desses fatores, mesmo que conjuntamente, não são capazes
de determinar o estado de saúde da população.
(B) A relação entre os determinantes da saúde e o estado de 
saúde é simples e
não envolve os níveis da sociedade, 
atingindo apenas o nível macroambiental.
(C) Existe uma ampla categoria de determinantes 
 da saúde, desde os
determinantes proximais ou micro determinantes, associados à características do

| 61
nível individual, até os determinantes distais ou macro determinantes, associados
à variáveis dos níveis de grupo e sociedade, isto é, populações.
(D) A diversidade genética, a diferença biológica de sexo, a 
nutrição e dieta, o
funcionamento dos sistemas orgânicos e os processos de maturação e
envelhecimento são determinantes fundamentais da saúde, sobre os quais não é
possível intervir, positivamente para promover e recuperar a saúde.
(E) A relação entre os determinantes da saúde e o estado 
de saúde é complexa,
porém envolve, prioritariamente, o nível de microcelular.

36
5:
Gabarito: C

:2
14
Comentários: Vejamos cada assertiva:

9
(A) Em geral, poucos são os fatores que exercem influência 
sobre a saúde

01
/2
das pessoas, e a presença desses fatores, mesmo que conjuntamente, não

05
são capazes de determinar o estado de saúde da população. [São dezenas

5/
-1
de variáveis que afetam a saúde humana. Observe que os fatores

om
determinantes descritos no art. 3˚ da Lei n˚ 8.080/1990 não são os únicos,
mas afetam diretamente o estado de saúde da população].l.c
ai
gm

(B) A relação entre os determinantes da saúde e o estado de 
saúde é


@

simples e não envolve os níveis da sociedade, 
atingindo apenas o nível


ita
an

macroambiental. [Os determinantes de saúde descritos no art. 3˚ da Lei n˚


ri.

8.080/1990, são considerados determinantes sociais. Entre eles, temos o


-d

trabalho, o transporte, o lazer, etc.]


4
-7

(C) Existe uma ampla categoria de determinantes 
da saúde, desde os


98
.4

determinantes proximais ou micro determinantes, associados à


69

características do nível individual, até os determinantes distais ou macro


.7
19

determinantes, associados à variáveis dos níveis de grupo e sociedade, isto


-2

é, populações. [Correta, veja a explicação ao final]


jo
au

(D) A diversidade genética, a diferença biológica de sexo, a 
nutrição e


Ar

dieta, o funcionamento dos sistemas orgânicos e os processos de


de

maturação e envelhecimento são determinantes fundamentais da saúde,


ita
An

sobre os quais não é possível intervir, positivamente para promover e


na

recuperar a saúde. [Não é possível? Claro que é!]


ria

(E) A relação entre os determinantes da saúde e o estado 
de saúde é


Ad

complexa, porém envolve, prioritariamente, o nível de microcelular. [Os


determinantes sociais da saúde não envolvem esse nível]
Sobre essa classificação de determinantes proximais e distais em saúde, é válido
destacar:
As diversas definições de Determinantes Sociais de Saúde
(DSS) representam um conceito atualmente disseminado de que
as condições de vida e trabalho das pessoas estão relacionadas
com sua situação de saúde(1).
As teorias, em torno da determinação social da saúde,
assumem que a saúde de membros de uma sociedade será

| 62
determinada pela maneira como ela organiza e distribui seus
recursos econômicos, sociais e derivados. Os DSS, mais
comumente citados, são: saneamento, inclusão social,
transporte, segurança, modelos de atenção à saúde, habitação,
alimentação, autoestima, droga-adição, lazer, emprego,
educação, paz, renda, stress, primeiros anos de vida, rede de
suporte social, distribuição de renda, ambiente de trabalho,
justiça social/equidade, recursos sustentáveis e ecossistema

36
5:
saudável.

:2
14
O principal desafio dos estudos sobre as relações entre os DSS

9
consiste em estabelecer uma hierarquia de determinações entre

01
/2
os fatores sociais, econômicos, políticos e as mediações, através

05
das quais esses fatores sobrevêm sobre a situação de saúde de

5/
-1
indivíduos e grupos, já que a relação de determinação não é uma

om
simples relação direta de causa e efeito.
l.c
O modelo de Dahlgren e Whitehead inclui os DSS dispostos em
ai
gm

diferentes camadas, segundo seu nível de abrangência, com


@

determinantes proximais, associados aos comportamentos


ita

individuais, intermediários, relacionados às condições de vida e


an
ri.

trabalho e distais, onde se situam os macrodeterminantes


-d

econômicos, sociais e culturais


4
-7

Fonte: Santana FR, Lima RP, Lopes MM, Fernandes JS, Oliveira
98
.4

NS, Santos WS, et al. Conhecimento de agentes comunitárias de


69

saúde acerca dos determinantes sociais em sua comunidade


.7
19

adscrita. Rev. Eletr. Enf. [Internet]. 2012 abr/jun;14(2):248-56.


-2

Available from: http://dx.doi.org/10.5216/ree.v14i2.13102.


jo
au
Ar

4. IADES – EBSERH/SEDE – Assistente Administrativo - 2012


de

A Lei n˚ 8.080, de 19 de setembro de 1990, é também definida como


ita

arcabouço jurídico constitucional do Sistema Único de Saúde (SUS). A este


An

respeito, assinale a alternativa que não representa competência da direção


na
ria

estadual do SUS.
Ad

(A) Promover a descentralização, para os Municípios, dos serviços e das ações de


saúde.
(B) Acompanhar, controlar e avaliar as redes hierarquizadas do Sistema Único de
Saúde-SUS.
(C) Prestar apoio técnico e financeiro aos Municípios e executar, supletivamente,
ações e serviços de saúde.
(D) Identificar estabelecimentos hospitalares de referência e gerir sistemas
públicos de alta complexidade, de referência estadual e regional.
(E) Formar consórcios administrativos intermunicipais.
Gabarito: E

| 63
Comentários: Formar consórcios administrativos intermunicipais, segundo o
inciso VII do art. 18, compete à direção municipal, e não estadual, do SUS.

5. IADES – EBSERH – HC-UFTM – Assistente Social – 2013


A complexidade da garantia à saúde é um permanente desafio para a
consolidação do Sistema Único de Saúde (SUS). Diante disso, a intersetorialidade
também é tratada na Lei Orgânica da Saúde. Considerando essas informações e

36
5:
com base no disposto na Lei n˚ 8.080/1990 sobre as comissões intersetoriais,

:2
14
assinale a alternativa correta.

9
(A) Essas comissões terão a finalidade de articular políticas e programas de

01
/2
interesse para a saúde, cuja execução envolva áreas não compreendidas no

05
âmbito do SUS.

5/
-1
(B) Atividades de ciência e tecnologia, por serem afetas diretamente à saúde, não

om
estão no âmbito dessas comissões.
l.c
(C) Atividades de lazer são um exemplo de articulação a cargo das comissões
ai
gm

intersetoriais.
@

(D) É função das comissões intersetoriais articular o Conselho Nacional de Saúde


ita
an

com o Conselho Nacional de Justiça.


ri.

(E) As comissões intersetoriais estão subordinadas à Secretaria Executiva do


-d
4

Ministério da Saúde.
-7
98

Gabarito: A
.4

Comentários: Parágrafo único do art. 12:


69
.7

Art. 12. Serão criadas comissões intersetoriais de âmbito nacional,


19

subordinadas ao Conselho Nacional de Saúde, integradas pelos


-2

Ministérios e órgãos competentes e por entidades representativas


jo
au

da sociedade civil.
Ar

Parágrafo único. As comissões intersetoriais terão a finalidade de


de

articular políticas e programas de interesse para a saúde, cuja


ita
An

execução envolva áreas não compreendidas no âmbito do Sistema


na

Único de Saúde (SUS).


ria
Ad

6. IADES – EBSERH – HC-UFTM – Assistente Social – 2013


A respeito dos determinantes sociais em saúde, assinale a alternativa correta.
(A) A rede social em que se inserem os indivíduos tem relação com realizações ou
frustrações, mas não interfere na determinação de doenças.
(B) Comportamento individual e fatores biológicos podem ser considerados
fatores de risco para determinadas doenças, no entanto, não se enquadram no
conceito mais estrito de determinantes sociais em saúde.
(C) O alto índice de alcoolismo, que se relaciona com diferentes tipos de violência
a que os indivíduos e as populações são submetidos, é consequência de processos
sociais, sem relação com a saúde.

| 64
(D) Renda e trabalho não são exemplos de condições que interferem nos
determinantes sociais em saúde.
(E) Doenças sexualmente transmissíveis são 
 consequências dos
comportamentos individuais e, portanto, não podem ter relação com
determinantes sociais em saúde.
Gabarito: B
Comentários: A rede social interfere na determinação de doenças. O alto índice

36
de alcoolismo tem estreita relação com a saúde, como uma das causas do

5:
problema , em conjunto com os fatores sociais, ou como um problema de saúde

:2
14
pública. Renda e trabalho são determinantes sociais da saúde (art. 3˚ da Lei n˚

9
01
8.080/1990). Por fim, DSTs possuem estreita relação com a dinâmica social da

/2
população e têm relação com os determinantes sociais em saúde.

05
5/
-1
7. IADES – EBSERH – HU-UFP – Enfermeiro Superior – 2012

om
Em relação à Lei n˚ 8.080/1990 – Lei Orgânica da Saúde (LOS), bem como a
l.c
legislação regulatória da Saúde Pública no Brasil, julgue os itens a seguir.
ai
gm

I- Os serviços de atenção primária, constituídos pelos hospitais de


@

maior complexidade ou resolutividade da região ou do Estado


ita
an

constituem as chamadas “portas de entrada” do sistema de saúde.


ri.

II - Uma percepção importante sobre as determinantes sociais da


-d

saúde e a legislação dos últimos vinte anos pode ser percebida pelo
4
-7

fato de que, antes da Lei n˚ 8.080, a legislação preconizava que aos


98
.4

municípios brasileiros só competia “organizar serviços de Pronto


69

Socorro”, diferente da dimensão da gestão da saúde incorporada na


.7
19

nova perspectiva da atual legislação.


-2

III - Embora os avanços na concepção do SUS, apresentados pela Lei


jo
au

n˚ 8.080 possam ser relevantes quanto à promoção do atendimento


Ar

à saúde da população, a característica principal da LOS foi a


de

responsabilidade única do Ministério da Saúde na gestão do SUS.


ita
An

IV - Uma das grandes críticas sobre a LOS é a ausência do


na

rompimento das chamadas “algemas que caracterizam o acesso à


ria

saúde como uma política excludente, precária e centrada no modelo


Ad

médico-hegemônico”. Especificamente na política de saúde, a LOS


não garantiu a articulação das políticas sociais de maneira
integrada, de modo a constituir um diferencial de qualidade no
atendimento à população brasileira, mesmo fora dos centros
regionais de excelência – um grande desafio à sociedade em geral.
A quantidade de itens certos é igual a
(A) 0.
(B) 1.
(C) 2.
(D) 3.

| 65
(E) 4.
Gabarito: C
Comentários: A I e a III estão erradas. Vejamos os erros:
I- Os serviços de atenção primária, constituídos pelas Unidades
básicas de Saúde pelos hospitais de maior complexidade ou
resolutividade da região ou do Estado constituem as chamadas
“portas de entrada” do sistema de saúde.
III - Embora os avanços na concepção do SUS, apresentados pela Lei

36
5:
n˚ 8.080 possam ser relevantes quanto à promoção do atendimento

:2
14
à saúde da população, a característica principal da LOS foi a

9
responsabilidade única do Ministério da Saúde na gestão do SUS.

01
/2
Todos os entes foram responsabilizados na LOS.

05
5/
-1
8. IADES – EBSERH - HC-UFTM – Técnico em Saúde Bucal – 20136

om
A história clínica de muitas pessoas atendidas nos serviços de saúde revela
l.c
condições de vida que afetam o bem-estar e a saúde. Considerando essa
ai
gm

informação e com base nos determinantes sociais da saúde, assinale a alternativa


@

correta.
ita

(A) O processo saúde-doença deve ser entendido como a relação entre as


an
ri.

condições biológicas e as psicológicas e exclui a necessidade de abordar o


-d

contexto social.
4
-7

(B) As condições de trabalho, a estrutura das redes sociais e comunitárias, o estilo


98
.4

de vida dos indivíduos, a idade, o sexo e aspectos hereditários são alguns dos
69

fatores que exemplificam determinantes sociais da saúde.


.7
19

(C) O impacto que a doença pode ter sobre a situação socioeconômica do


-2

indivíduo e da respectiva família compõe um contexto diferente do relativo à


jo
au

análise dos determinantes sociais da saúde.


Ar

(D) Políticas públicas de abrangência populacional, que promovem mudanças de


de

hábitos, interferem apenas na saúde do indivíduo, sem qualquer importância para


ita

alterações nos determinantes sociais da saúde.


An

(E) Diminuir a exposição a riscos é a forma mais eficaz para alterar os


na
ria

determinantes sociais da saúde.


Ad

Gabarito: B
Comentários: O contexto social deve ser abordado no conceito de Determinantes
Sociais de Saúde, pois implicam em uma relação de variáveis, como estudamos,
bio-psico-sociais. Observe que o conceito de Determinantes Sociais de Saúde não
implica apenas em determinantes sociais, mas agrega a dimensão biológica e
psicológica. Por fim, a melhor maneira de lidar com os Determinantes Sociais de
Saúde é promover o desenvolvimento do povo e não isolá-lo da vida em
sociedade.

9. AOCP – EBSERH – HU/UFS – Psicólogo Hospitalar – 2013

| 66
O conjunto de ações que proporcionam o conhecimento, a detecção ou
prevenção de qualquer mudança nos fatores determinantes e condicionantes de
saúde individual ou coletiva, com a finalidade de recomendar e adotar as medidas
de prevenção e controle das doenças ou agravos é o que se entende por
(A) vigilância sanitária.
(B) vigilância epidemiológica
(C) saúde do trabalhador.
(D) assistência terapêutica integral.

36
5:
(E) assistência social. 
23

:2
14
Gabarito: B

9
Comentários: Segundo o art. 6˚ da Lei n˚ 8.080/1990,

01
/2
§ 2º Entende-se por vigilância epidemiológica um conjunto de ações que

05
proporcionam o conhecimento, a detecção ou prevenção de qualquer

5/
-1
mudança nos fatores determinantes e condicionantes de saúde individual

om
ou coletiva, com a finalidade de recomendar e adotar as medidas de
prevenção e controle das doenças ou agravos. l.c
ai
gm
@

10. AOCP – EBSERH – HU/UFS – Psicólogo Hospitalar – 2013


ita

Em relação ao Subsistema de Atenção à Saúde Indígena, analise as assertivas e


an
ri.

assinale a alternativa que aponta as corretas.


-d

I. As ações e serviços de saúde voltados para o atendimento das


4
-7

populações indígenas, em todo o território nacional, coletiva ou


98
.4

individualmente, obedecerão ao disposto na Lei 8.080/1990.


69

II. Caberá à União, com seus recursos próprios, financiar o Subsistema de


.7
19

Atenção à Saúde Indígena.


-2

III. O SUS promoverá a articulação do Subsistema de Atenção à Saúde


jo
au

Indígena com os órgãos responsáveis pela Política Indígena do País.


Ar

IV. Os Estados, Municípios, outras instituições governamentais e não-


de

governamentais poderão atuar complementarmente no custeio e execução


ita

das ações.
An

(A) Apenas I, II e III.


na
ria

(B) Apenas I, III e IV.


Ad

(C) Apenas II e III.


(D) Apenas I e IV.
(E) I, II, III e IV. 
24
Gabarito: E
Comentários: Todas estão corretas e de acordo com os seguintes artigos:
Art. 19-A. As ações e serviços de saúde voltados para o atendimento
das populações indígenas, em todo o território nacional, coletiva ou
individualmente, obedecerão ao disposto nesta Lei.
Art. 19-C. Caberá à União, com seus recursos próprios, financiar o
Subsistema de Atenção à Saúde Indígena.

| 67
Art. 19-D. O SUS promoverá a articulação do Subsistema instituído
por esta Lei com os órgãos responsáveis pela Política Indígena do
País.
Art. 19-E. Os Estados, Municípios, outras instituições
governamentais e não-governamentais poderão atuar
complementarmente no custeio e execução das ações.

11. AOCP - EBSERH/HUJM-UFMT - 2014

36
5:

À direção estadual do Sistema Único de Saúde (SUS) compete coordenar e, em

:2
14
caráter complementar, executar ações e serviços, EXCETO

9
(A) de vigilância epidemiológica.

01
/2
(B) de vigilância sanitária.

05
(C) de atendimento psiquiátrico.

5/
-1
(D) de alimentação e nutrição.

om
(E) de saúde do trabalhador. 
23 

Gabarito: C l.c
ai
gm

Comentários: Não precisamos nem lembrar de todas as atribuições da direção


@

estadual do SUS nessa questão. Basta lembrarmos que cabe ao SUS, segundo o
ita

art. 3˚:
an
ri.

I - a execução de ações:
-d

a) de vigilância sanitária;
4
-7

b) de vigilância epidemiológica;
98
.4

c) de saúde do trabalhador; e
69

d) de assistência terapêutica integral, inclusive farmacêutica;


.7
19

E o atendimento psiquiátrico? Em nenhum momento da Lei é citado tal tipo


-2

de assistência.
jo
au
Ar

12. ESAF – CGU – 2008


de

Assinale a opção que contemple alguns dos princípios e diretrizes do SUS,


ita

segundo a Lei n. 8.080, de 1990.


An

a) Universalidade de acesso aos serviços de saúde em todos os níveis de


na
ria

assistência, integralidade de assistência, divulgação de informações quanto ao


Ad

potencial dos serviços de saúde e a sua utilização pelo usuário, priorização das
necessidades da população de baixa renda.
b) Universalidade de acesso aos serviços de saúde em todos os níveis de
assistência, integralidade de assistência, priorização das necessidades da
população de baixa renda, enfoque sistêmico na condução das ações de saúde.
c) Universalidade de acesso aos serviços de saúde em todos os níveis de
assistência, integralidade de assistência, preservação da autonomia das pessoas
na defesa de sua integridade física e moral, divulgação de informações quanto ao
potencial dos serviços de saúde e a sua utilização pelo usuário.

| 68
d) Integralidade de assistência, preservação da autonomia das pessoas na defesa
de sua integridade física e moral, priorização das necessidades da população de
baixa renda, enfoque sistêmico na condução das ações de saúde.
e) Preservação da autonomia das pessoas na defesa de sua integridade física e
moral, divulgação de informações quanto ao potencial dos serviços de saúde e a
sua utilização pelo usuário, enfoque sistêmico na condução das ações de saúde,
integralidade de assistência.
Gabarito: C

36
5:
Comentários: É mais fácil perguntar o que não é contemplado como princípio e

:2
14
diretriz do SUS na Lei n˚ 8.080/1990. Eis a lista:

9
Priorização das necessidades da população de baixa renda

01
/2
Enfoque sistêmico na condução das ações de saúde

05
5/
-1
13. ESAF – CGU – 2008

om
Considerando o financiamento do SUS, assinale a opção incorreta.
l.c
a) O orçamento da seguridade social destinará ao SUS os recursos necessários à
ai
gm

realização de suas finalidades, previstos em proposta elaborada pela sua direção


@

nacional, com a participação dos órgãos da Previdência Social e da Assistência


ita

Social.
an
ri.

b) As receitas geradas no âmbito do SUS serão creditadas diretamente em contas


-d

especiais, movimentadas pela sua direção, na esfera de poder onde forem


4
-7

arrecadadas.
98
.4

c) As ações de saneamento que venham a ser executadas supletivamente pelo SUS


69

serão financiadas por recursos tarifários específicos e outros da União, dos


.7
19

estados, do Distrito Federal, dos municípios e, em particular, do Sistema


-2

Financeiro da Habitação.
jo
au

d) As atividades de pesquisa e desenvolvimento científico e tecnológico em saúde


Ar

serão cofinancia das pelo SUS, pelas universidades e pelo orçamento fiscal, além
de

de recursos de instituições de fomento e financiamento ou de origem externa e


ita

receita própria das instituições executoras.


An

e) O Ministério da Saúde acompanhará, por meio de seu sistema de auditoria, a


na
ria

conformidade à programação aprovada da aplicação dos recursos repassados a


Ad

estados e municípios. Constatada a malversação, desvio ou não aplicação dos


recursos, caberá ao Ministério Público aplicar as medidas previstas em lei.
Gabarito: E
Comentários: Segundo o art. 33: § 4º O Ministério da Saúde acompanhará, através
de seu sistema de auditoria, a conformidade à programação aprovada da
aplicação dos recursos repassados a Estados e Municípios. Constatada a
malversação, desvio ou não aplicação dos recursos, caberá ao Ministério da
Saúde aplicar as medidas previstas em lei.
Essa é ótima para derrubar candidatos.

| 69
14. FCC – ANS – 2007
Considere as seguintes assertivas a respeito da Organização, da Direção e
da Gestão do Sistema Único de Saúde − SUS:
I. As ações e serviços de saúde executados pelo SUS serão
organizados deforma regionalizada e hierarquizada em níveis de
complexidade crescente.
II. Os Municípios poderão constituir consórcios para desenvolver em
conjunto as ações e os serviços de saúde que lhes correspondam.

36
5:
III. A articulação das políticas e programas, a cargo das comissões

:2
14
intersetoriais, não abrangerá as atividades de vigilância sanitária e

9
farmacoepidemiologia.

01
/2
IV. A direção do SUS é única, sendo exercida no âmbito dos Estados

05
pela respectiva Secretaria de Saúde ou órgão equivalente.

5/
-1
De acordo com a Lei no 8.080/90, está correto o que consta APENAS em

om
(A) I e II.
(B) I, II e III. l.c
ai
gm

(C) I, II e IV.
@

(D) II, III e IV.


ita

(E) III e IV.


an
ri.

Gabarito: C
-d

Comentários: A articulação das políticas e programas, a cargo das comissões


4
-7

intersetoriais, não abrangerá as atividades de vigilância sanitária e


98
.4

farmacoepidemiologia.
69
.7
19

15. FCC – ANS – 2007


-2

Considere as seguintes assertivas a respeito da assistência à saúde pela


jo
au

iniciativa privada:
Ar

I. As instituições privadas poderão participar de forma


de

complementar do sistema único de saúde, segundo diretrizes deste,


ita

mediante contrato de direito público ou convênio.


An

II. É vedada a destinação de recursos públicos para auxílios ou


na
ria

subvenções às instituições privadas com fins lucrativos.


Ad

III. Em regra, é vedada a participação direta ou indireta de empresas


ou capitais estrangeiros na assistência à saúde no País.
IV. As entidades filantrópicas e as sem fins lucrativos não possuem
qualquer tipo de preferência na participação complementar do
sistema único de saúde.
De acordo com a Constituição Federal brasileira, está correto o que consta
APENAS em
(A) I e II.
(B) I, II e III.
(C) I, II e IV.

| 70
(D) II, III e IV.
(E) II e IV.
Gabarito: B
Comentários: Apesar de falar da Constituição, a questão refere-se a Lei n˚
8.080/1990. Segundo o art. 24, parágrafo único. A participação complementar dos
serviços privados será formalizada mediante contrato ou convênio, observadas, a
respeito, as normas de direito público.
O art. 25 diz: Na hipótese do artigo anterior, as entidades filantrópicas e as sem

36
5:
fins lucrativos terão preferência para participar do Sistema Único de Saúde (SUS).

:2
14
9
16. FCC – ANS – 2007

01
/2
De acordo com a Lei no 8.080/90, compete à direção estadual do Sistema

05
Único de Saúde − SUS

5/
-1
(A) estabelecer normas, em caráter suplementar, para o controle e avaliação das

om
ações e serviços de saúde.
l.c
(B) definir e coordenar os sistemas de rede integrada de assistência de alta
ai
gm

complexidade.
@

(C) normatizar e coordenar nacionalmente o Sistema Nacional de Sangue,


ita

Componentes e Derivados.
an
ri.

(D) elaborar normas para regular as relações entre o Sistema Único de Saúde e os
-d

serviços privados contratados de assistência à saúde.


4
-7

(E) formar consórcios consultivos intermunicipais, bem como gerir laboratórios


98
.4

públicos de saúde e hemocentros.


69

Gabarito: A
.7
19

Comentários: definir e coordenar os sistemas de rede integrada de assistência de


-2

alta complexidade cabe ao Sistema Nacional do SUS, que também é responsável


jo
au

por normatizar e coordenar nacionalmente o Sistema Nacional de Sangue,


Ar

Componentes e Derivados e elaborar normas para regular as relações entre o


de

Sistema Único de Saúde e os serviços privados contratados de assistência à saúde.


ita

Por fim, cabe à direção municipal do SUS formar consórcios consultivos


An

intermunicipais, bem como gerir laboratórios públicos de saúde e hemocentros.


na
ria
Ad

17. FCC – ANS – 2007


De acordo com a Lei no 8.080/90, os serviços de saúde do Sistema Único de
Saúde − SUS, da rede própria ou conveniada, ficam obrigados a permitir a
presença, junto à parturiente, de
(A) dois acompanhantes, indicados por sua genitora, esposo ou descendente
maior de 18 (dezoito) anos, durante todo o período de trabalho de parto, parto e
pós-parto imediato.
(B) um acompanhante, indicado pela autoridade competente responsável,
durante todo o período de trabalho de parto, parto, excetuando-se o pós-parto
imediato.

| 71
(C) dois acompanhantes, indicados pela parturiente, durante todo o período de
trabalho de parto, parto e pós-parto imediato.
(D) dois acompanhantes, indicados pela autoridade responsável, durante todo o
período de trabalho de parto, parto, excetuando-se o pós-parto imediato.
(E) um acompanhante, indicado pela parturiente, durante todo o período de
trabalho de parto, parto e pós-parto imediato.
Gabarito: E
Comentários: Art. 19-J. Os serviços de saúde do Sistema Único de Saúde - SUS, da

36
5:
rede própria ou conveniada, ficam obrigados a permitir a presença, junto à

:2
14
parturiente, de 1 (um) acompanhante durante todo o período de trabalho de

9
parto, parto e pós-parto imediato.

01
/2
05
CESPE/SESA-ES/2011

5/
-1
Com base na Lei n.º 8.080/1990, que dispõe sobre as condições para a

om
promoção, proteção e recuperação da saúde, a organização e o funcionamento
l.c
dos serviços correspondentes e dá outras providências, julgue os itens que se
ai
gm

subseguem. Nesse sentido, considere que a sigla SUS, sempre que empregada,
@

refere-se ao Sistema Único de Saúde.


ita

18. De acordo com a lei em questão, a saúde é um direito


an
ri.

fundamental do ser humano, devendo o Estado prover as


-d

condições indispensáveis ao seu pleno exercício, mas esse dever


4
-7

do Estado não exclui o dever das pessoas, da família, das


98
.4

empresas e da sociedade quanto à saúde coletiva.


69

Gabarito: C
.7
19

Comentários: E lembre-se sempre do art. 2˚: § 2º O dever do Estado não exclui o


-2

das pessoas, da família, das empresas e da sociedade.


jo
au
Ar

19. A aplicação da referida lei obriga o Estado brasileiro a garantir


de

atenção integral à saúde de todo cidadão, a assisti-lo, portanto,


ita

no conjunto de suas necessidades de saúde, independentemente


An

da disponibilidade de recursos dos entes federados.


na
ria

Gabarito: E
Ad

Comentários: Cuidado, se não tem dinheiro não tem como garantir saúde. Por
isso que a lei fala o seguinte:
Art. 36. O processo de planejamento e orçamento do Sistema Único de Saúde
(SUS) será ascendente, do nível local até o federal, ouvidos seus órgãos
deliberativos, compatibilizando-se as necessidades da política de saúde com a
disponibilidade de recursos em planos de saúde dos Municípios, dos Estados,
do Distrito Federal e da União.

20. Estão incluídas no campo de atuação do SUS as ações de


vigilância sanitária, de vigilância epidemiológica e de saúde do

| 72
trabalhador, mas não as de controle de qualidade, pesquisa e
produção de insumos e equipamentos para a saúde.
Gabarito: E
Comentários: Não só estão, como aparecem no art. 16 da referida lei.

21. A lei em apreço regula, em todo o território nacional, as ações e


os serviços de saúde, públicos e privados, contratados ou
conveniados ao SUS, em caráter permanente ou eventual,

36
5:
executados por pessoas naturais ou jurídicas de direito público

:2
14
ou privado.

9
Gabarito: C

01
/2
Comentários: Logo no começo da lei encontramos essa literalidade:

05
Art. 1º Esta lei regula, em todo o território nacional, as ações e serviços de

5/
-1
saúde, executados isolada ou conjuntamente, em caráter permanente ou

om
eventual, por pessoas naturais ou jurídicas de direito Público ou privado.
l.c
ai
gm
@
ita
an
ri.
-d
4
-7
98
.4
69

Bons estudos! =]
.7
19

Professor Alyson Barros


-2
jo
au
Ar
de
ita
An
na
ria
Ad

| 73

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