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Esta significação dos eventos passa pela percepção social de riscos, e mostra-se

fundamental para o desenvolvimento de comportamentos pró-ativo frente aos desastres. Para


Albuquerque (1997), Coelho (2007), Lopes (2007) e outros estudiosos no tema a percepção
social apresenta-se como a chave do processo de trabalho neste campo. O desenvolvimento
da mesma, utilizado para o aprimoramento dos recursos psicológicos, sociais e físicos dos
grupos sociais, segundo esses autores, é determinante para a admissão de uma cultura
preventiva frente aos desastres no país, bem como para a minimização das possíveis
consequências dos eventos que este tenha que enfrentar.

Quando falamos das consequências de um evento, nos remetemos à fase do desastre


onde a Psicologia historicamente mais atuou a fase da reconstrução. Conforme estudos
científicos, indivíduos afetados por desastres podem apresentar patologias de ordem psíquica
(como por exemplo, o estressa pós-traumático), mas a maior parcela desta população não as
desenvolve. “Assim essas pessoas, de maneira geral, são capazes de superar a crise
principalmente se tiverem fortalecidas, previamente, suas próprias capacidades de resposta,
tanto individual quanto comunitária (...)” (LOPES, 2007, PG. 03)

Segundo Wilches-Chaux (1993), devemos despojar os desastres de sua qualidade de


naturais e considerá-los eventos eminentemente humanos e sociais. Manter a qualidade de
naturais gera a sensação de que o mundo é desta forma e nada pode ser feito. Nessa
perspectiva, a Psicologia tem papel fundamental nas quatro faces preconizadas pela Defesa
Civil Brasileira: prevenção, preparação, resposta e reconstrução. A participação de psicólogos
em contextos de emergências e desastres já é uma realidade em muitos países do mundo, e
mais especificamente em países latino-americanos. Na construção da prática do psicólogo,
precisa ser enfatizada a perspectiva de que a cultura da prevenção seja instalada como uma
premissa para a atuação dos psicólogos e dos demais atores envolvidos nessa importante
tarefa de construir comunidades mais seguras.

Albuquerque (1997), Molina (2006), Coelho (2007) e Lopes (2007) são autores que sugerem
atribuições destinadas ao trabalho da psicologia:

a) Albuquerque (1997) sugere um viés interdisciplinar de atuação com a realização de:


diagnoses no interior de favelas (identificar necessidades); cursos profissionalizantes;
implantação de políticas públicas de minimização dos eventos través de metas de
longo prazo.
b) B) Molina (2006) trás ações utilizadas pela Sociedade Chilena de Psicologia das
Emergências e dos Desastres-SOCHPED, com ações voltadas para os membros da
sociedade e dividindo os eventos adversos em três fases: Pré-desastre-capacitar e
treinar habilidades de resposta, assessorar na definição de planos de emergência,
selecionar pessoal para integrar as equipes de primeiras respostas e implantar planos
de monitoramento de estado de saúde mental das equipes de resposta; Durante a
emergência- aplicar planos de manejo hospitalar em crises, manejar pacientes e
familiares que cheguem a crises; Pós-emergencia- avaliar impacto psicológico e
possíveis estratégias de manejo, realizar módulos de auto-cuidado para equipe de
primeira resposta e funcionários de centros hospitalares em geral.
c) Coelho (2007) sugere ações voltadas a perspectiva social: pesquisar sobre percepção
de risco, prevenção de desastres e estratégias de mitigação no contexto urbano ;
desenvolver estratégias eficazes de administração de risco; adotar uma perspectiva
social e preventiva na psicologia; construir novos modelos teóricos de atenção a
saúde; articular as instituições de ensino, comunidades e serviços.
d) Lopes (2007, os. 04 e 05) possui uma fala voltada ações técnicas, divididas de acordo
com as fases dos desastres estabelecidas pela Política Nacional de Defesa Civil:
Prevenção - elaborar plano de contingencia para psicólogos na defesa, capacitar
equipes (valorização dos aspectos subjetivos), realizar treinamentos profissionais que
atuam no SUS e voluntários, executar programas de prevenção nas escolas e
comunidades, etc.; Preparação – organizar simulados e a ocupação do espaço da
mídia, dirigir reuniões de organização do plano de chamada; Resposta – analisar
cenários, acolher, identificar demandas, incentivar manutenção dos vínculos
familiares, promover trabalhos de oficina e recreação nos abrigos, realizar atenção as
equipes de socorro, combater abusos, etc.; Reconstrução – monitorar reações
emocionais, preservar dos lugares de memória, intervir psicologicamente em caráter
clínico.
Pela falta de autores é possível perceber perspectivas diferentes de atuação, mas um
direcionamento convergente no que tange as responsabilidades governamentais e
comunitárias.

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