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Estudo de Impacto de Vizinhança – EIV

Projeto Arquitetônico de Centro Cultural Recreativo do Jardim


das Oliveiras no Município de Luis Eduardo Magalhães-BA

ANA CAROLINE MARQUES DE SOUZA

Luis Eduardo Magalhães- BA


Sumário

1-Indrodução......................................................................................................04

2-Identificação de Qualificação do empreendedor............................................05

3-Identificação do Profissional Responsável Técnico pelo EIV.........................06

4-Descrições do empreendimento.....................................................................07

4.1- Localização Geográfica da Área de Estudo..............................................08

4.2- Vias de Acesso .........................................................................................09

5- Justificativa Local .........................................................................................09

5.1- Zoneamento Pertencente ao Terreno.......................................................09

5.2- Densidade Demográfica............................................................................09

5.3- Aspectos de Dominialidade.......................................................................09

6- Impacto Social e Adensamento Legal...........................................................10

6.1- Condicionantes Ambientais do Empreendimento......................................10

6.2- Descrição da Área Vizinhança...................................................................10

7- Diagnostico Ambiental da Área de Influência................................................11

7.1- Meio Físico................................................................................................12

7.2- Caracterização do Clima (Área de influência indireta) .............................13

7.3- Aspectos Geologicos.................................................................................15

7.4- Aspectos Geomorfologicos........................................................................15

7.5- Aspectos Hidrograficos..............................................................................16

7.6- Meio Biotico...............................................................................................18

7.7- Aspectos Demográficos.............................................................................21

7.8- Aspecto Histórico de Renda e Ocupação..................................................24

8 - Área de Influência Direta..............................................................................27

8.1- Zoneamento...............................................................................................28

8.2- Usos e Ocupação do Solo.........................................................................29

8.3- Gabarito de Altura......................................................................................30


8.4- Vegetação...............................................................................................31

8.5- Hierarquia Viária.....................................................................................32

8.6- Sentido das Vias.....................................................................................32

8.7- Insolação e Ventilação............................................................................33

8.8- Iluminação Publica da AID......................................................................37

9- Percepção da Qualidade Ambiental da AID...............................................38

9.1- Problemas Ambientais...........................................................................38

9.2- Propostas de Medidas Mitigadoras........................................................38

10- Avaliação do Impacto Ambiental..............................................................39

10.1- Medidas que podem inimizar os impactos causados pela execução da


obra.................................................................................................................39

11- Referencias Bibliograficas.........................................................................41


1 Introdução
O estudo de impacto de vizinhança- EIV e o RIV- Relatório de Impacto
de Vizinhança, são instrumentos da politica urbana municipal, que se baseia na
lei federal n°10.257, de julho de 2001, instituída pelo estatuto da cidade, que
funciona como instrumento de gestão urbana eficiente, para a qualificação de
projetos urbanos e a vida urbana da população.
O Estudo de Impacto de Vizinhança coloca-se como uma política
necessária e fundamental para o desenvolvimento sustentável de uma região
urbana. Possibilita uma avaliação prévia dos resultados de grandes impactos
gerados na vizinhança e garante a possibilidade de minimizar impactos
negativos e favorecer impactos positivos.
Sendo assim de acordo com o Art.6°da lei, o EIV (Estudo de Impacto de
Vizinhança) e o RIV (Relatório de Impacto de Vizinhança), deverão ser
observados os efeitos negativos e positivos do empreendimento e da atividade
econômica, considerando a qualidade de vida dos moradores e usuários da
área de influência do empreendimento ou atividade econômica, analisando
assim os seguintes fatores:

I - Adensamento populacional;
II - equipamentos urbanos e comunitários;
III - uso e ocupação do solo;
IV - valorização imobiliária;
V - geração de tráfego e demanda por transporte público;
VI - ventilação e iluminação;
VII - paisagem urbana e patrimônio natural e cultural.
VIII - efeitos sobre os recursos hídricos existentes na área de influência do
empreendimento ou atividade econômica.

De acordo com o plano diretor Art. 90, do Município de Luís Eduardo


Magalhães, as operações urbanas possuem as seguintes medidas:

I - a modificação de índices e características de parcelamento, uso e ocupação


do solo e subsolo, bem como alterações das normas edilícias, considerado o
impacto ambiental delas decorrente ou o impacto de vizinhança;
II - a regularização de construções, reformas ou ampliações executadas em
desacordo com a legislação vigente;
III - a ampliação dos espaços públicos e implantação de equipamentos urbanos
e comunitários;

IV - a garantia da proteção das áreas de matas e de reservas particulares


através da implantação da infraestrutura necessária para evitar a depredação e
promover a segurança dos transeuntes;
V - a oferta de habitação de interesse social.
O Art 91, diz que a operação urbana consorciada tem como finalidade a:
I - implantação de espaços e equipamentos públicos;
II - otimização de áreas envolvidas em intervenções urbanísticas de porte e
reciclagem de áreas consideradas subutilizadas;
III - implantação de programas de habitação de interesse social;
IV - ampliação e melhoria do sistema de transporte público coletivo;
V - proteção e recuperação do patrimônio ambiental e cultural;
VI - melhoria e ampliação da infraestrutura e da rede viária;
VII - dinamização de áreas visando à geração de empregos;
VIII - reurbanização e tratamento urbanístico de áreas.

O presente documento de Estudo de Impacto de Vizinhança – EIV tem


como objetivo a identificação e investigação dos impactos causados no meio
urbano da vizinhança do bairro Jardim das Oliveiras, localizado na cidade de
Luís Eduardo Magalhães- BA.
2- Identificação de Qualificação do Empreendedor

Razão Social: Centro Cultural Educacional Recreativo

A CONSTRUTORA E INCORPORADORA ATIVA LTDA - EPP é uma


Sociedade Empresaria Limitada de Luís Eduardo Magalhaes - BA fundada em
11/08/1995. Sua atividade principal é Construção De Edifícios.

Nome do empreendedor: Construtora Ativa Ltda.

Endereço: Rua Regina Gomes Bergamini, 1497- Q 17 LT3 B- Jd. Imperial


CEP:47.850.000- Luís Eduardo Magalhães-BA

CNPJ: 00.751.100/0001-50

Contato: Roger Schneider

E-mail: ativaltda@construtoraativa.com.br

Fone: (77) 3628-2033

3- Identificação do profissional responsável técnico pelo

EIV/RIV:

Empresa responsável: – CERRADOTEC- URBANISMO E CONSULTORIA.

Endereço: R. Burle Marx, 3360 - Jardim Paraiso Fase II, Luís Eduardo
Magalhães - BA, CEP: 47850-000
Contato: Marlene Poncho
E-mail: cerradotec@urbanismoeconsutoria.com.br
Fone: (77) 3628-4590
4- Descrições do Empreendimento

4.1 Localização Geográfica da Área de Estudo

O empreendimento está localizado na região leste do município de Luís


Eduardo Magalhães. Insere-se em uma região central do bairro jardim das
Oliveiras. A cidade de Luís Eduardo Magalhães está localizado na porção oeste
do estado, à latitude 12°05’31” sul e à longitude 45°48’18” oeste, estando à
altitude de 720 metros, portanto uma das cidades mais altas da Bahia

Figura 1: Localização da Área de Estudo

Legenda:

Bairro Jardim das Oliveiras


Perímetro Urbano

Fonte: Google maps, 2019. Modificada pela autora, 2019


Figura 2: Terreno a ser Estudado

Legenda:
Terreno de Estudo

Fonte: Google maps, 2019. Modificada pela autora, 2019

4.2 Vias de Acesso

Figura 3: Acessos. Fonte: Google maps, 2019. Modificada pela autora, 2019

LEM

Legenda
Av. Juscelino Kubitschek
Av. Juscelino Kubitschek
Rodovia Federal- BR 242
Av.
O terreno como visto na figura 2, possui acesso através das vias coletoras. O
acesso do bairro se dá pelas avenidas principais e pela rodovia Juscelino
Kubitschek.

5. Justificativa Local
Devido à grande expansão mobiliária, Luís Eduardo é uma cidade que
pode ser caracterizada por ser “espalhada”. Sendo assim os bairros mais
distantes do quadrilátero central são considerados desvalorizados em relação à
falta de serviços e de equipamentos públicos, como por exemplo, áreas de
lazer, como praças e parques, as áreas de recreação é totalmente nula.
Por ser uma cidade que gira em torno do negócio e da economia, os
interesses (espaços) públicos são esquecidos e a sua população sofre com
esse descaso.
O local escolhido para a realização do empreendimento está localizado
em uma área mais afastada da cidade, apesar da proximidade com a Rodovia
Federal Juscelino Kubitschek, que é uma importante via utilizada para o acesso
ao bairro. A comunidade sofre com essa falta de interesse do poder público,
onde não possui nenhum tipo de atratividade recreativa para a população local.

5.1- Zoneamento pertencente ao Terreno


Residencial de uso misto

5.2- Densidade demográfica


Não se aplica para fins comerciais

5.3- Aspectos de Dominialidade


O terreno Urbano localizado no bairro Jardim das Oliveiras denominado
como área de equipamento público possui um total em metros quadrados de
15.429,40m².
6- Impacto social e adensamento legal
O Estudo de Impacto de Vizinhança compõe os instrumentos da política
urbana nacional, definidos pelo Estatuto da Cidade (Lei n°. 10.257/2001) e foi
regulamentado no município de Luís Eduardo Magalhães através da Resolução
2855/2013. A produção do estudo irá contemplar os efeitos positivos e
negativos do empreendimento na qualidade de vida da população residente ou
usuária da área em questão e seu entorno, bem como a especificação das
providências necessárias para evitar ou superar seus efeitos prejudiciais (LUÍS
EDUARDO MAGALHÃES, 2013).

Instrumentos legais de questões ambientais e urbanísticas na esfera municipal:

 A LEI MUNICIPAL Nº 255/07 aprova o Plano Diretor de Luís Eduardo


Magalhães, define o perímetro urbano, o uso e ocupação do solo urbano
e dá outras providências.
 A LEI MUNICIPAL Nº 068/2001 Dispõe sobre o projeto, a execução e as
características das edificações no município de Luís Eduardo Magalhães
e dá outras providências.
 O DECRETO MUNICIPAL Nº 2.855/2013 Estabelece a obrigatoriedade
de estudos prévios de Impacto de Vizinhança e Ambiental para
empreendimentos de grande porte, sejam industriais e/ou comércio
geral, e dá outras providências.

6.1- Condicionantes Ambientais do empreendimento


Dentro do município de Luís Eduardo Magalhães, não existe nenhuma
área de proteção ambiental (APA), a não ser fora da cidade porém próximas ao
Município de Luís Eduardo e a cidade de Barreiras, existem unidades de
conservação estadual, sendo elas as cachoeiras acaba vida e redondo.
Portanto o empreendimento não irá gerar impactos sobre nenhuma área
protegida legalmente.

6.2- Descrição da Área de vizinhança


O bairro Jardim das Oliveiras possui uma área total de 1707115.7m².
Inicia-se do lado esquerdo da Rodovia Federal- BR 242 e segue até o início do
bairro sol do cerrado. O bairro é formado em sua maioria por pessoas de baixa
renda e está desconectado espacialmente do restante da cidade, embora
esteja inserido nos limites da área urbana, como mostra na figura 4.
FIGURA 4: Localização do Jardim das Oliveiras em Relação aos demais
bairros

Fonte: Prefeitura de LEM, 2013. Modificado pela autora.

7- Diagnóstico socioambiental da Área de Influência


As análises da área de influência de um empreendimento são os
espaços que estão suscetíveis a sofrer alterações de acordo com a sua
implantação e manutenção ao longo do tempo. As áreas de influência são
delimitadas por Área de Influência Indireta (AII), Área de Influência Direta (AID)
e Área Diretamente Afetada (ADA). Onde recebem efeitos relacionados a
discursões tanto diretas quanto indiretas, em relação a operação do
empreendimento.
Essas configurações espaciais podem ser compreendidas como
sínteses de impactos que podem sofrer alterações em seus meios físico,
biótico e socioeconômico, seja elas positivas ou negativas de acordo com sua
implantação.
- A Área Diretamente Afetada- ADA, compreende uma área total para a
implantação do empreendimento de acordo com todas as questões de
infraestrutura. E corresponde a área do terreno do empreendimento com
15.429,40m².
- A Área de Influência Direta- AID, é a área que está diretamente ligada com os
impactos do empreendimento seja eles positivos ou negativos. incidem
diretamente e de forma primária sobre os elementos dos meios: físico (solo,
água e ar); sócio econômico (uso e ocupação do solo, aspectos sociais e
econômicos, e aspectos arqueológicos) e biótico (vegetação e fauna). Que
corresponde as quadras diretamente afetadas.
- A Área de Influência Indireta- AII, corresponde aos efeitos que irá abranger a
área que está inserido o empreendimento, dentro de um contexto em escala
maior. Compreendendo os limites municipais da cidade de Luis Eduardo
Magalhães e seu contexto ambiental, verificando os locais passíveis de serem
influenciados indiretamente.

7.1- Meio Físico

O município de Luis Eduardo Magalhães está localizado no Oeste do


estado da Bahia com a latitude 12°05’31” sul e a longitude 45°48’18” oeste,
assim com uma altitude de 720 metros, sendo assim é uma das cidades mais
altas da Bahia (PREFEITURA LEM, 2019). (Figura 5).

FIGURA 5: Localização do município de


Luis Eduardo Magalhães

Oeste Baiano

Fonte: wikipedia, 2019. Modificado pela autora


7.2- Caracterização do Clima (Área de Influência Indireta)

As condições climáticas de uma região podem ser determinadas a


partir da circulação atmosférica e pela sua localização com respeito as fontes
de umidade (RELATORIO AMBIENTAL, 2014). Devido a sua localização
Geográfica, a mesorregião do Município de LEM, (Luis Eduardo Magalhães)
apresenta grande parte da sua área dentro da sub-bacia do Rio de Ondas e da
Bacia do Rio Grande onde ambas fazem parte da Bacia do rio São Francisco
(ANA, 2010).
Segundo Moreira e Silva (2010, p.12) os critérios de classificação da
Bacia do Rio grande são de Thornthwaite, e Luis Eduardo Magalhães se
identifica como perfil úmido (Figura 5), pois está no extremo Oeste da Bahia,
onde os índices pluviométricos podem chegar a 1.700mm por ano (Figura 6) e
seus regimes estão divididos entre dois períodos sazonais , que são eles: um
verão chuvoso, que varia entre os meses de Outubro e Abril e um inverno seco
que varia entre os meses de Maio a Setembro.

FIGURA 5: Clima da Bacia do Rio Grande

Legenda

Município de Luis Eduardo


Magalhães

Cidades de Luis Eduardo


Magalhães

FIGURA 6: Total de precipitação anual


Fonte: Moreira; Silva (2010, p.12). Modificado pela
autora

Legenda

Município de Luis Eduardo


Magalhães

Cidades de Luis Eduardo


Magalhães

Fonte: Moreira; Silva (2010, p.12). Modificado pela autora


De acordo com o mapa de dados apresentado na (Figura 7) as
temperaturas e precipitações medias do clima variam entre o mês mais seco
que é em junho com 1mm e o mês de maior precipitação que é em novembro,
com uma média de 263 mm. (CLIMATDATA, 2019)

FIGURA 7: Mapa de Precipitações

Fonte: Climatdata (2019)

A (TABELA 1) mostra os dados climatológicos para Luis Eduardo


Magalhaes, quando se é comparados os meses mais secos quem possui uma
diferença de precipitação de 262 mm relacionado ao mês com mais frequência
de chuva. Sendo assim as temperaturas médias variam de 27° durante o ano.

TABELA 1: Dados Climatológicos

Fonte: Climatdata (2019)


7.3- Aspectos Geológicos

A Geologia da região de estudo corresponde ao Grupo Urucuia, onde é


composto por “[...] arenitos quartzosos de cores variadas, predominando
castanhos-avermelhados, róseos e amarelo-esbranquiçados” (Figura 9). A sua
Granulometria varia entre fina e média e muitas vezes contem argila em suas
matrizes (JUNIOR; LIMA et al.,2007 apud CASTRO et al, 2010).

FIGURA 8: Mapa Geológico do Município de LEM

Região Urucuia

Fonte: EMBRAPA, (2010, p.11); Moreira; Silva (2010, p.9)


Modificado pela autora

As formas Geomorfológicas que predominam a região são o chapadão


Central que abrange uma grande parte e uma das características que mais se
destacam é a superfície plana. (JUNIOR; LIMA et al.,2007 apud CASTRO et al,
2010).

7.4 Aspectos Geomorfológicos

De acordo com estudos realizados pela EMBRAPA, (2010) a


caracterização Geomorfológica do Município de Luis Eduardo Magalhães
seguiu a taxonomia proposta pelo IBGE onde foi classificado em três níveis. O
primeiro é o Domínio Morfoestrutural e a cobertura sedimentar São
Franciscana, o segundo representa as regiões geomorfológicas do município
que são as chapadas de São Francisco e as Depressões da margem esquerda
rio São Francisco. O terceiro nível se divide em quatro unidades
geomorfológicas: chapadas intermediarias, topos, frentes de recuo erosivo,
planícies e veredas.
As Chapadas Intermediárias e os topos representam mais da metade
da área de LEM que é de grande potencial para a implantação agrícola, por
causa do seu relevo suave e solos que favorecem ao uso agrícola (CASTRO et
al, 2010).
Os processos que deram origem a todas essas formas de relevo da
região de LEM foi durante o período Paleoproterozoico, a cerca de 2,5 bilhões
de anos (ALVES et al., 2009 apud MOREIRA; SILVA, 2010).
Na bacia são identificadas quatro unidades morfoesculturais que são
elas: planalto, planalto em patamar, depressão e serras. (MOREIRA; SILVA,
2010). (Figura 10).

FIGURA 9: – Morfoesculturas da bacia do Rio Grande

Legenda

Município de Luis Eduardo


Magalhães

Fonte: Moreira; Silva (2010, p.11) Modificado pela autora

7.5- Aspectos Hidrográficos

A bacia Hidrográfica é uma área formada por um conjunto de canais


naturais de terras e drenagem onde sua formação se dá através dos desníveis
que dos terrenos que orientam os percursos das águas sempre da área mais
baixa para amais alta (MOREIRA; SILVA, 2010). De acordo com a Lei n°
6.855/95 a Bahia foi dividida em 10 regiões Administrativa de água (RAA)
(INGA et al., 2009 apud MOREIRA; SILVA, 2010).
O rio principal da bacia é o Rio Grande (figura 10), onde sua nascente
está próximo da divida entre a Bahia e o Goiás, seus afluentes apresentam
maior disponibilidade hídrica pois o volume de chuvas é mais concentrado
(MOREIRA; SILVA, 2010).

FIGURA 10 – Hidrografia do município de Luís Eduardo Magalhães

Legenda

Município de Luis Eduardo Magalhães

Cidade de Luis Eduardo Magalhães

Rodovia Federal (Br- 020)

Rodovia Federal (Br-242)

Rios curso d’agua

Fonte: Moreira; Silva (2010, p.25) Mapa Territorial Urbano (2014) Modificado pela autora.

7.6- Meio Biótico

A vegetação (figura 11), o território de LEM abrange o cerrado


(savana), conforme descrevem Moreira e Silva (2010, p. 14):

[...] representa uma formação com fisionomia típica e característica,


restrita das áreas areníticas lixiviadas com solos profundos, ocorrendo
em clima tropical eminentemente estacional. Sua vegetação tem aspecto
tortuoso, com ramificação irregular, árvores com cascas grossas, com
órgãos de reserva subterrâneos (xilopódio). Sua florística reflete-se em
uma fisionomia caracterizada por dominantes espécies arbóreas (SRH,
2003).
A área do município é formada pelo cerrado setentrional, com
incidencia do “[...] cerrado Strictu Senso, ocorrendo ocasionalmente matas de
galeria nos cursos d’água, de campo úmido e floresta submontana” (CASTRO
et al, 2010, p. 10.

FIGURA 11: Vegetação da bacia do Rio Grande

Legenda

Municipio de Luis Eduardo


Magalhães

Fonte: Moreira; Silva (2010, p.15) Modificado pela autora

A vegetação do cerrado é classificada como a segunda savana mais


rica do mundo em relação a biodiversidade, com uma diversidade de flora com
mais 7.000 mil espécies de plantas (REIS, 2014).
No entanto de acordo com o Ministério do Meio Ambiente (2019), é o
bioma que vem sofrendo cada vez mais consequências devido ao avanço da
tecnologia na agricultura. Sendo assim o município de Luis Eduardo Magalhães
é um grande exemplo disto, onde a paisagem urbana em relação as
características da sua vegetação vêm sendo modificada ao longo do tempo.
Portanto dentro do contexto urbano da cidade não existe mais espécies
nativas, na AID e a ADA por exemplo, a falta de espécies arbóreas é um dos
maiores problemas encontrados.
A AID e a ADA, estão localizadas em uma área distante do centro da
cidade e dos demais bairros, fato este que aplica a aproximação de glebas
existentes, onde é possível ainda visualizar algumas espécies nativas do
cerrado.( Figura 12)
FIGURA 12: Mata Savana/ Gleba

Fonte: Google maps (2019).


7.7- Aspectos Demográficos

Apesar de ser considerada uma cidade relativamente nova, Luis


Eduardo Magalhães é a cidade que mais cresce no estado da Bahia, sua
população era de 60.105 habitantes e 91% desta está localizada na área
urbana, sendo assim a cidade está no 34° mais populoso do estado, segundo o
censo demográfico do IBGE (2010)
Porém conforme estimativas do Instituto Brasileiro de Geografia e
estatística (2018), sua população é de 84.753 pessoas, sendo assim sua
densidade demográfica é de 15,25 hab/km². A (figura 14) a seguir mostra a
densidade demográfica em relação a outros municípios do estado Bahia.

FIGURA 14: Densidade Demográfica de municípios baianos

LEM

Fonte: IBGE (2018). Modicado pela autora


De acordo com dados do IBGE (2010) entre o ano de 2000 a 2010 a
população de Luis Eduardo Magalhães cresceu uma taxa m´dia anual de
12,35% e taxa de urbanização passou 83,70% para 91,31%. Observam-se as
tabelas 2, 3, 4 e 5 a quantidade total de habitantes de acordo com o gênero,
área urbana, rural e faixa etária.

TABELA 2: População de LEM do ano de 2010 de acordo com o gênero

Gênero Total Total %


População Masculina 31.056 51,67
População Feminina 29.049 48,33
Fonte: IBGE (2010)

TABELA 3: População de LEM do ano de 2010 de acordo com a área urbana

População Total Total %


População Urbana 54.881 91,31
Fonte: IBGE (2010)

TABELA 4: População de LEM do ano de 2010 de acordo com a área rural

População Total Total %


População Rural 5.224 8,69
Fonte: IBGE (2010)

TABELA 5: População de LEM do ano de 2010 de acordo com a faixa etária

População por idade Total Total %


15 a 64 41.467 68,99
Menos de 15 17.734 29,51
Mais de 65 904 1,50
FIGURA 15: Pirâmide Etária de LEM do ano de 2010

Homens Mulheres

Fonte: IBGE (2010). Modificado pela autora

7.8- Aspecto Histórico de Renda e do Uso e Ocupação

O Município de Luis Eduardo Magalhães surgiu inicialmente com a


ocupação de migrantes em sua maioria sulistas, posteriormente eram terras
ocupadas por uma família de baianos que se instalaram no entroncamento das
BRs 242 e 020 onde construíram uma pensão que atendia aos caminhoneiros
que ali passavam (PREFEITURA LEM, 2019). Porém um migrante goiano cujo
nome era Arnaldo Horácio Ferreira, acabou comprando essas terras e
construiu um posto de combustível denominado Mimoso (Figura 16), onde em
seus arredores se instalaram os migrantes sulistas recém-chegados no Oeste
baiano que buscavam terras férteis e baratas para a produção agrícola
(ALVES, 2006). Visto que, a partir da instalação desses novos migrantes, o
comercio de terras passou a crescer e teve como consequência uma grande
especulação imobiliária possibilitando a elevação de renda em relação ao
capital.
FIGURA 16: Posto de gasolina Mimoso, onde ao redor se iniciou
povoado Mimoso do Oeste.

Fonte: ALVES, (2006)

Segundo Alves (2006, p. 34) O povoado Mimoso do Oeste manteve


sua autonomia em relação a demanda de seu crescimento econômico que
permitia a busca dos direitos a emancipação, onde vários fatores contribuíram
para que isso acontecesse, como: a localização estratégica entre Salvador,
Palmas e Brasília, que a tornava mais atraente possibilitando uma maior
relação econômica; a distância entre o povoado até a cidade de Barreiras que
é aproximadamente cem km; o crescimento demasiado da economia e a
expansão demográfica; a rivalidade e individualidade entre as culturas locais de
Barreiras e Mimoso do Oeste, pois a primeira é predominantemente nordestina
e a segunda em sua maioria sulista.
Contudo apesar da disputa política entre baianos e gaúchos pelo
controle das terras do mimoso do Oeste, isso acabou contribuindo para a sua
emancipação, onde se tornou distrito em 1997 e se concretizou município no
ano de 2000 denominado como Luis Eduardo Magalhães, em homenagem ao
deputado federal, filho do político mais influente da Bahia, Antônio Carlos
Magalhães (Figura 17) (ALVES, 2006).
FIGURA 17: Distrito Mimoso do Oeste em 1997

Legenda

Mimoso do Oeste 1997

Rodovia Federal- BR 242

Rodovia Federal- 022

Fonte: Google Earth (2019). Modificado pela autora

Atualmente as principais atividades econômicas do município estão


relacionadas ao agronegócio e as grandes empresas agroindustriais instalas na
cidade que são elas: Bunge, Galvani, Cargil, Mauriceia, entre outras (RIOS
FILHO, 2012).
O grande fluxo econômico no decorrer desses anos provocou uma
grande expansão urbana, onde a cidade se transforma cada vez, onde é
possível ver essa transformação através da criação de loteamentos
residenciais que mostra a construção da cidade (Figura 18) (ALVES, 2006).

FIGURA 18: Expansão do território de LEM 2019

Legenda

Território de LEM

Rodovia Federal- 242

Rodovia Federal- 022

AID

Fonte: Google maps (2019).


Modificado pela autora
A expansão do município ocorre radialmente e a AID se encontra na
região leste, sendo assim o empreendimento não interfere no crescimento da
cidade.

8- Área de Influência Direta

A área que corresponde a AID é uma área que está desconectada


espacialmente do restante da cidade, a maioria da população que reside é de
pessoas com baixa renda econômica que se instalaram no bairro devido aos
valores dos terrenos no loteamento, que é consideravelmente baixo. O
loteamento está em fase de construção, ainda restam muitos terrenos sem uso,
a área não possui verticalização e a maioria das construções são residenciais
como pode se ver na (Figura 19). outro fato é que há poucos comércios e
instituições.

FIGURA 19: Loteamento Jardim das Oliveiras

Fonte: Deltaville (2017). Modificado pela autora

8.1- Zoneamento

A Lei n° 255 de 14 junho de 2007 aprovou o plano diretor da cidade de


Luis Eduardo Magalhães que é o instrumento de normas da política de
desenvolvimento urbano da cidade, onde “define todo o perímetro urbano, o
uso e ocupação do solo e dá outras providencias”.
De acordo com o artigo 23 o espaço urbano é dividido pelos seguintes
usos:
I - Zonas de predominância de uso residencial, onde é privilegiado o uso
residencial e são permitidos usos não residenciais, inclusive o uso comercial e
de serviços de nível local, observados os incisos V e VI, do art. 19;
II - Zonas de predominância de atividades diversificadas, onde é privilegiado o
uso para comércio e serviços e são permitidos o uso residencial e atividades
produtivas de pequeno e médio porte, sem impacto de vizinhança e à estrutura
de circulação;
III - Zona de predominância de comércio e serviços urbanos, onde são
privilegiados os usos comerciais e de serviços e é permitido e desejado o uso
residencial;
IV - Zona de serviços rodoviários de carga pesada e de atividades
agroindustriais, onde são privilegiados os serviços de apoio ao tráfego e ao
comércio rodoviário e ao complexo agroindustrial da região, sem impactos
ambientais;
V - Zona de comércio, serviços e atividades institucionais, onde são
privilegiadas as atividades de serviços comerciais, escritórios, serviços
institucionais e correlatos, de nível urbano e regional, além do uso
residencial pluridomiciliar;
VI - Zona de lazer e recreação urbana, onde é privilegiado o aspecto
paisagístico e permitidos usos voltados para o lazer urbano e regional, inclusive
estruturas de hospedagem.
A partir das zonas especificas do artigo 21 que identifica as áreas
do perímetro e o zoneamento a AID se encontra na zona Imperial
Acácias/Oliveiras (ZU6) e se inicia no limite do perímetro urbano da rodovia
federal BR 242 que fica a 6000 metros a leste da rodovia BR-020, segue por
esta Rodovia até encontrar com a Rua Sergipe, continuando por esta última até
encontrar com o limite do perímetro urbano.

8.2– Usos e Ocupação

Analisando o entorno da área de influência direta do


empreendimento, percebe-se que a ainda existe vários lotes sem uso, que é
consequência da fase de construção, o uso dos serviços
específicos é basicamente alguns pontos comerciais pequenos que se
localizam na Av. Juscelino Kubitscheck e algumas vias locais, assim
como também existe alguns edifícios institucionais, tais como: creche
municipal, posto de saúde e igrejas.

FIGURA 20: Uso e Ocupação do solo

Fonte: Autora (2019).

Os pequenos empreendimentos institucionais que estão presentes na


AID são em sua maioria igrejas. Também estão presentes um posto de saúde e
uma creche (Figura 21) além dos pequenos empreendimentos comerciais
(Figura 22).
FIGURA 21: Empreendimentos Institucionais

Fonte: Acervo da autora (2019).

Legenda

Igrejas

Posto de Saúde

Creche Municipal
FIGURA 22: Empreendimentos comerciais

Fonte: Acervo da autora (2019).

FIGURA 23: Empreendimento sem uso

Fonte: Acervo da autora (2019).

Na AID não existe nenhum equipamento de cultura e lazer em que as


pessoas possam usufruir de tais espaços, porém no canteiro central da
Avenida Juscelino existe pequenos equipamentos de alimentação e alguns
brinquedos feitos pelos próprios moradores que buscam trazer algum lazer
para a comunidade infantil (Figura 24). As igrejas são os principais espaços
que geram movimento durante a noite.

FIGURA 24: Equipamentos de lazer no canteiro central

Fonte: Acervo da autora (2019).

8.3- Gabarito de Altura

A partir das análises e do diagnóstico do gabarito de altura (Figura 25),


foi possível identificar que a região do entorno da ADA é quase que totalmente
ocupada por residências de apenas um pavimento, onde existe poucas
edificações de dois pavimentos. A AID se caracteriza por residências de baixo
padrão (Figura 26) pois a comunidade em sua maioria é formada por pessoas
de baixa renda que buscou que buscaram se instalar em um local em que os
lotes fossem mais baratos, sendo assim distante do centro da cidade.

FIGURA 25: Gabarito de altura

Legenda

1 Pavimento

2 Pavimentos

Fonte: Autora (2019).


FIGURA 26: Residências de baixo padrão

Fonte: Google maps (2019). Modificado pela autora (2019).

8.4- Vegetação

De acordo com o mapa de vegetação (Figura 27), as arvores presentes


no entorno da ADA, em sua maioria são de porte médio e algumas de porte
pequeno. Percebe-se que a AID é carente de vegetação, as poucas arvores
existentes estão nos quintais das residências, sendo assim a predominância de
arvores está principalmente nos canteiros centrais (Figura 28).

FIGURA 27: Mapa de vegetação

Legenda

Porte Médio

Porte pequeno

Fonte: Autora (2019).


FIGURA 28: Arborização dos canteiros centrais

Fonte: Acervo da autora (2019).

8.5- Hierarquia Viária

O Anexo I do Código de transito brasileiro (2019), afirma que a via é a


“superfície por onde transitam veículos, pessoas e animais, compreendendo a
pista, a calçada, o acostamento, ilha e canteiro central”. Conforme o Art.60 do
capitulo III, as vias abertas a circulação classificam-se como: vias de trânsito
rápido; via arterial; via coletora; via local; rodovias e estradas (CODICO DE
TRANSITO BRASIDELIRO, 2019). Sendo assim as vias do entorno da ADA
estão classificadas como via local e via coletora.
Via local: São as vias destinadas ao acesso local onde não possuem
semáforos e é responsável pela condução de veículos em percursos menores.
Via coletora: São as vias que são responsáveis por coletar e distribuir o
trânsito ligado as vias arteriais, possibilitando a entrada e saída dos veículos.
FIGURA 29: Hierarquia viária

Legenda

Via Local

Via Coletora

ADA

Fonte: Autora (2019).


A via coletora Juscelino Kubitscheck e a via vertical, cujo nome é
desconhecido, serão responsáveis pelo acesso ao empreendimento pois elas
se interligam com a maioria das vias locais, se tornando um fator importante
pois irá trazer movimento ao empreendimento e a circulação não irá ser
modificada.

8.6- Sentido das vias

A maiorias das vias de fluxo de veículos é de mão dupla, ou seja, de


ambos os sentidos, sendo assim pista que servem para ir e voltar. As pistas se
sentido único são apenas as avenidas principais, Juscelino Kubistchek e...
(Figura 30).

FIGURA 30: Sentido das vias

Legenda

Sentido duplo

Sentido único

Fonte: Autora (2019)

8.7- Ventilação e insolação

Com relação a ventilação e insolação de Luís Eduardo Magalhães, de


acordo o Instituto de Meteorologia (2019) e o site clima tempo (2019) foi
possível entender a direção dos ventos e a incidência dos raios solares.
Os dados apontam que os ventos predominantes para o dia (13 de
maio de 2019) estão na direção sudeste e variam de acordo com o horário do
dia, assim como no dia (14 de maio de 2019) a direção está a Leste com
variação a sudeste, no dia (15 de maio de 2019) a predominância dos ventos
está a norte com pequena direção a noroeste, já no dia (16 de maio de 2019)
os dados apontam os ventos para a direção Leste e nordeste e no (17 de maio
2019) os ventos se predominam a leste.
FIGURA 31: Ventos predominantes do dia 13/05

Legenda

Velocidade do vento: 7.58 km/h 4 nós

Rajada: 11.25 km/ h 6 nós

6h 12h 18h 21h

Fonte: Climatempo (2019). Modificado pela autora (2019).

FIGURA 32: Ventos predominantes do dia 14/05

Legenda

Velocidade do vento: 8.33 km/h 4 nós

Rajada: 12.74 km/h 7nós

Fonte: Climatempo (2019). Modificado pela autora (2019)


6h 9h 12h
FIGURA 33: Ventos predominantes do dia 15/05

Legenda

Velocidade do vento: 4.06 km/h 3 nós

Rajada: 8.33 km/ h 4 nós

Fonte: Climatempo (2019). Modificado pela autora (2019)

6h 9h 12h 15h 21h

FIGURA 34: Ventos predominantes do dia 16/05

Legenda

Velocidade do vento: 3.06 km/h 2 nós

Rajada: 3.69 km/ h 2 nós


Fonte: Climatempo (2019). Modificado pela autora (2019)

6h 9h 15h 18h 21h


h
FIGURA 35: Ventos predominantes do dia 17/05

Legenda

Velocidade do vento: 3.06 km/h 2 nós

Rajada: 3.69 km/ h 2 nós


Fonte: Climatempo (2019). Modificado pela autora (2019)

6h

De acordo com a trajetória solar de leste para oeste, a fachada do


terreno em que mais é afetada pelo sol da tarde é a fachada norte.

FIGURA 36: Insolação

A Leste sol nascente

O L A Oeste sol poente

Fonte: Google maps (2019). Modificado pela autora (2019)


FIGURA 37: Carta Solar Norte verdadeiro/ Latitude -12.0905

Fonte: SOLAR (2019).

8.8- Iluminação pública da AID

A rede de abastecimento de energia do entorno da ADA e de toda


cidade de Luís Eduardo Magalhães é a COELBA (Companhia de Eletricidade
do Estado da Bahia, onde a distribuição pública acorre meio de via aérea,
através de postes, Dentro da AID todas as vias recebem postes e iluminação, a
Avenida Juscelino Kubitscheck é bastante iluminada (Figura 37).

FIGURA 37: Iluminação pública

Legenda

ADA

Postes com iluminação

Fonte: Autora (2010).


FIGURA 38: Postes de Iluminação

Fonte: Google maps (2019)

9- Percepção da qualidade Ambiental da AID


9.1- Problemas ambientais

Percebe-se que os problemas ambientais encontrados na AID são


principalmente a disposição inadequada de resíduos sólidos; a falta de sistema
de esgotamento sanitário, embora os afluentes domésticos de praticamente
toda as residências sejam direcionados para fossas do tipo sumidouro; a
questão do lixo nas ruas e nos terrenos baldios que tem relação com a
disposição inadequada dos resíduos sólidos, que tem também como
consequência a poluição visual; as queimadas frequentes que tem como
objetivo a “limpeza” dos terrenos baldios.

É importante ressaltar que muitos desses problemas ambientais vêm


dos próprios moradores que não possuem condutas e práticas adequadas em
relação a aspectos do meio ambiente. Porém o poder público não colabora
para resolução desses problemas.

9.2- Propostas de medidas mitigadoras

Os moradores da AID deveriam tomar consciência e ter iniciativa


própria para a resolução dos problemas ambientais encontrados e a
fiscalização adequada por parte do poder público.
10- Avaliação do impacto Ambiental na Área vizinha
Durante a fase da obra, os impactos negativos ocorrerão no período da
construção efetiva do empreendimento com a entrada e saída de caminhões
causando perturbações através de ruídos, aumento na quantidade de
poluentes no ar devido ao aumento no tráfego de veículos pesados no local,
suspensão de poeiras interferindo na qualidade do ar na região e no ruído
causado por equipamentos de obra principalmente nos períodos de fundação.
Após a implantação do empreendimento os impactos negativos ocorrerão por
conta do aumento no número de veículos circulando no local, aumentando a
poluição atmosférica local e o nível de ruído na vizinhança.
Os impactos considerados positivos na implantação do
empreendimento são: a geração de empregos na AID e AII, tanto na fase de
construção, quanto no funcionamento do edifício, e o seu entorno será
valorizado pois terá a presença de um espaço público que irá atrair a
comunidade do Jardim das Oliveiras e também irá gerar o desenvolvimento da
mesma; A implantação de vegetação, que trará a melhoria da qualidade de
vida da comunidade e do meio ambiente, assim como: sombra para os
pedestres e carros, diminuição da poluição sonora e auxilio na diminuição da
temperatura.

10.1- Medidas que podem inimizar os impactos causados pela execução da


obra

1 – Controle de entrada e saída de caminhões na obra quanto à frequência,


alternando de forma que se tenham intervalos maiores entre um e outro para
minimizar o impacto quanto ao ruído.

2 – Controle quanto ao horário de ocorrência da obra, certificando que ocorrerá


dentro do horário comercial para não perturbar o sossego da vizinhança.

3 – Controlar as entradas e saídas dos caminhões para que não coincidam


com os horários de pico no transito da região, procurando não contribuir
negativamente para os problemas de tráfego local.
4 – Controlar na saída dos caminhões da área do empreendimento, através da
lavagem dos pneus, a poluição das vias locais com os resíduos de terra do
empreendimento.

5 – Através de planos de educação ambiental na obra, orientar os operários


quanto aos problemas causados pela suspensão de poeira causada pelas
etapas de obra, implantando a necessidade de irrigação das áreas para
diminuição das partículas de poeira.

6 – No plano de educação ambiental, incluir orientação quanto à separação dos


resíduos sólidos gerados pela obra, tanto no que diz respeito à separação dos
entulhos de obra, para destinação aos pontos de reciclagem devidamente
cadastrados, quanto na separação dos resíduos existentes na permanência
dos operários no local, separando os resíduos orgânicos dos recicláveis para
correta destinação.

7 – Cuidados no canteiro de obra, quanto à implantação de banheiros químicos


para a utilização dos operários, evitando impactos ambientais no local.

8 – Cuidados paisagísticos na implantação do empreendimento, fazendo a


compensação de carbono através do plantio de árvores nas áreas ajardinadas,
melhorando a qualidade do ar, a absorção de poluentes e a umidade do ar na
região.
Referências Bibliográficas
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de Luís Eduardo Magalhães (BA). 2012. 209 f. Dissertação (Mestrado em
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Formação territorial no império do agronegócio. 2006. Tese (Doutorado) –
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Plano diretor de Luís Eduardo Magalhães, define o perímetro urbano, o uso e
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