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Zenaide Auxiliadora Pachegas Branco.

Bruno Chieregatti e Joao de Sá Brasil, Silvana Guimarães, Ovidio


Lopes da Cruz Netto.

Serviço Autônomo de Águas e Esgotos do Estado de São Paulo

SAAE INDAIATUBA-SP
Agente Fiscal

MR041-19
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OBRA

SAAE Indaiatuba-SP

Agente Fiscal

Nº 001/2019

AUTORES
Língua Portuguesa - Profª Zenaide Auxiliadora Pachegas Branco
Matemática - Prof° Bruno Chieregatti e Joao de Sá Brasil
Conhecimentos Específicos - Profª Silvana Guimarães
Noções de Informática - Profº Ovidio Lopes da Cruz Netto

PRODUÇÃO EDITORIAL/REVISÃO
Elaine Cristina
Érica Duarte
Leandro Filho
Karina Fávaro

DIAGRAMAÇÃO
Elaine Cristina
Thais Regis
Danna Silva

CAPA
Joel Ferreira dos Santos

www.novaconcursos.com.br

sac@novaconcursos.com.br
SUMÁRIO
LÍNGUA PORTUGUESA
Fonética e Fonologia; ................................................................................................................................................................................................. 04
Divisão Silábica;............................................................................................................................................................................................................. 04
Acentuação Gráfica;..................................................................................................................................................................................................... 04
Emprego do hífen;........................................................................................................................................................................................................ 04
Ortografia; ...................................................................................................................................................................................................................... 04
Pontuação; ...................................................................................................................................................................................................................... 28
Processos de Formação das Palavras; ................................................................................................................................................................. 13
Estrutura das Palavras;................................................................................................................................................................................................ 13
Classes Gramaticais;..................................................................................................................................................................................................... 04
Pronomes: emprego e colocação;.......................................................................................................................................................................... 04
Empregos de tempos e modos verbais, vozes do verbo;............................................................................................................................. 04
Concordância nominal e verbal;............................................................................................................................................................................. 61
Crase;................................................................................................................................................................................................................................. 73
Interpretação de texto;............................................................................................................................................................................................... 01
Análise Sintática;........................................................................................................................................................................................................... 28
Análise Morfológica; .................................................................................................................................................................................................. 28
Regência Verbal e Nominal;...................................................................................................................................................................................... 67
Figuras de Linguagem;............................................................................................................................................................................................... 13
Vícios de Linguagem................................................................................................................................................................................................... 13

MATEMÁTICA
Conjuntos Numéricos: naturais, inteiros, racionais, irracionais e reais; Intervalos;............................................................................. 01
Expressões algébricas; ............................................................................................................................................................................................... 01
Potenciação;.................................................................................................................................................................................................................... 01
Radiciação; ..................................................................................................................................................................................................................... 01
Equação e inequação do 1º grau; ......................................................................................................................................................................... 19
Fatoração; ....................................................................................................................................................................................................................... 09
Regra de Três simples e composta;....................................................................................................................................................................... 16
Porcentagem;................................................................................................................................................................................................................. 11
Juros simples e compostos; ..................................................................................................................................................................................... 97
Descontos; ...................................................................................................................................................................................................................... 11
Noções de estatística: médias, distribuição de freqüências e gráficos; ................................................................................................. 36
Equação do 2º grau; ................................................................................................................................................................................................... 19
Funções do 1º e do 2º graus: conceito, gráfico, propriedades e raízes; ................................................................................................ 19
Geometria: plana e espacial;Relações e funções; ............................................................................................................................................ 53
Sistema decimal de medidas: unidade de comprimento e superfície;.................................................................................................... 53
Área das Figuras Planas.............................................................................................................................................................................................. 53

CONHECIMENTOS ESPECIFICOS

Sistemas de água e esgoto: princípios básicos; .............................................................................................................................................. 01


Identificação e uso de ferramentas para hidráulica; Características dos instrumentos de medição; Conhecimento de
ferramentas manuais e equipamentos utilizados na atividade.................................................................................................................. 03
Redes Hidráulicas, componentes, inspeção, manutenção e reparos; Inspeção, Fiscalização e Tarifação; Autos de infração
e fiscalização................................................................................................................................................................................................................... 21
SUMÁRIO
Conhecimento da Capacidade de Hidrômetros; Identificações de Problemas Técnicos e Mecânicos com Hidrômetros;
Aferição de hidrômetros; Funções do Leiturista; Teoria de erros em medição...................................................................................28
Ligações de água; Ligações de esgoto...............................................................................................................................................................42
Válvulas............................................................................................................................................................................................................................52
Registros..........................................................................................................................................................................................................................54
Equipamentos de Segurança. ................................................................................................................................................................................56
Características básicas das organizações formais; tipos de estrutura organizacional, natureza, finalidades e critérios de
estruturação; .................................................................................................................................................................................................................66
Processo organizacional e as funções básicas de planejamento, direção, organização e controle;...........................................78
Administradores, habilidades, papéis, função, motivação, liderança, comunicação e desempenho.........................................79

NOÇÕES DE INFORMÁTICA
MS-Word 2007/2010, tais como: Estrutura básica dos documentos, edição e formatação de textos, cabeçalhos,
parágrafos, fontes, colunas, marcadores simbólicos e numéricos, tabelas, impressão, controle de quebras e numeração
de páginas, legendas, índices, inserção de objetos, campos predefinidos, caixas de texto e etc...............................................01
MS-Excel 2007/2010, tais como: Estrutura básica das planilhas, conceitos de células, linhas, colunas, pastas e gráficos,
elaboração de tabelas e gráficos, uso de fórmulas, funções e macros, impressão, inserção de objetos, campos predefinidos,
controle de quebras e numeração de páginas, obtenção de dados externos, classificação de dados e etc..........................01
Correio Eletrônico MS Outlook Express ou 2007/2010, tais como: Configuração e uso de correio eletrônico, preparo e
envio de mensagens, anexação de arquivos, catálogo de endereços, criação de grupos e etc..................................................42
ÍNDICE

LÍNGUA PORTUGUESA
Compreensão e interpretação de textos de gêneros variados. .............................................................................................................. 01
Reconhecimento de tipos e gêneros textuais. .............................................................................................................................................. 03
Domínio da ortografia oficial. ............................................................................................................................................................................. 04
Domínio dos mecanismos de coesão textual. .............................................................................................................................................. 13
Emprego de elementos de referenciação, substituição e repetição, de conectores e de outros elementos de sequenciação
textual. ........................................................................................................................................................................................................................... 13
Emprego de tempos e modos verbais. ............................................................................................................................................................. 15
Domínio da estrutura morfossintática do período. .................................................................................................................................... 28
Emprego das classes de palavras. ..................................................................................................................................................................... 28
Relações de coordenação entre orações e entre termos da oração. .................................................................................................. 28
Relações de subordwinação entre orações e entre termos da oração. .............................................................................................. 28
Emprego dos sinais de pontuação. ................................................................................................................................................................... 58
Concordância verbal e nominal. ......................................................................................................................................................................... 61
Regência verbal e nominal. .................................................................................................................................................................................. 67
Emprego do sinal indicativo de crase. ............................................................................................................................................................. 73
Colocação dos pronomes átonos. ..................................................................................................................................................................... 75
Sinônimos e antônimos. Sentido próprio e figurado das palavras. ...................................................................................................... 82
De acordo com o texto, é correta ou errada a afir-
COMPREENSÃO E INTERPRETAÇÃO DE mação...
TEXTOS DE GÊNEROS VARIADOS. O narrador afirma...

3. Erros de interpretação
INTERPRETAÇÃO TEXTUAL
 Extrapolação (“viagem”) = ocorre quando se sai
Texto – é um conjunto de ideias organizadas e rela- do contexto, acrescentando ideias que não estão
cionadas entre si, formando um todo significativo capaz no texto, quer por conhecimento prévio do tema
de produzir interação comunicativa (capacidade de codi- quer pela imaginação.
ficar e decodificar).  Redução = é o oposto da extrapolação. Dá-se
Contexto – um texto é constituído por diversas frases. atenção apenas a um aspecto (esquecendo que
Em cada uma delas, há uma informação que se liga com um texto é um conjunto de ideias), o que pode ser
a anterior e/ou com a posterior, criando condições para insuficiente para o entendimento do tema desen-
a estruturação do conteúdo a ser transmitido. A essa in- volvido.
terligação dá-se o nome de contexto. O relacionamento  Contradição = às vezes o texto apresenta ideias
entre as frases é tão grande que, se uma frase for retirada contrárias às do candidato, fazendo-o tirar con-
de seu contexto original e analisada separadamente, po- clusões equivocadas e, consequentemente, errar a
derá ter um significado diferente daquele inicial. questão.
Intertexto - comumente, os textos apresentam refe-
rências diretas ou indiretas a outros autores através de Observação:
citações. Esse tipo de recurso denomina-se intertexto. Muitos pensam que existem a ótica do escritor e a
Interpretação de texto - o objetivo da interpretação ótica do leitor. Pode ser que existam, mas em uma prova
de um texto é a identificação de sua ideia principal. A de concurso, o que deve ser levado em consideração é o
partir daí, localizam-se as ideias secundárias (ou fun- que o autor diz e nada mais.
damentações), as argumentações (ou explicações), que
levam ao esclarecimento das questões apresentadas na Coesão - é o emprego de mecanismo de sintaxe que
prova. relaciona palavras, orações, frases e/ou parágrafos entre
si. Em outras palavras, a coesão dá-se quando, através de
Normalmente, em uma prova, o candidato deve: um pronome relativo, uma conjunção (NEXOS), ou um
 Identificar os elementos fundamentais de uma pronome oblíquo átono, há uma relação correta entre o
argumentação, de um processo, de uma época que se vai dizer e o que já foi dito.
(neste caso, procuram-se os verbos e os advérbios,
os quais definem o tempo). São muitos os erros de coesão no dia a dia e, entre
 Comparar as relações de semelhança ou de dife- eles, está o mau uso do pronome relativo e do prono-
renças entre as situações do texto. me oblíquo átono. Este depende da regência do verbo;
 Comentar/relacionar o conteúdo apresentado aquele, do seu antecedente. Não se pode esquecer tam-
com uma realidade. bém de que os pronomes relativos têm, cada um, valor
 Resumir as ideias centrais e/ou secundárias. semântico, por isso a necessidade de adequação ao an-
 Parafrasear = reescrever o texto com outras pa- tecedente.
lavras. Os pronomes relativos são muito importantes na in-
terpretação de texto, pois seu uso incorreto traz erros de
1. Condições básicas para interpretar coesão. Assim sendo, deve-se levar em consideração que
existe um pronome relativo adequado a cada circunstân-
Fazem-se necessários: conhecimento histórico-literá- cia, a saber:
rio (escolas e gêneros literários, estrutura do texto), lei- que (neutro) - relaciona-se com qualquer anteceden-
tura e prática; conhecimento gramatical, estilístico (qua- te, mas depende das condições da frase.
lidades do texto) e semântico; capacidade de observação qual (neutro) idem ao anterior.
e de síntese; capacidade de raciocínio. quem (pessoa)
cujo (posse) - antes dele aparece o possuidor e depois
2. Interpretar/Compreender o objeto possuído.
como (modo)
Interpretar significa: onde (lugar)
Explicar, comentar, julgar, tirar conclusões, deduzir. quando (tempo)
LÍNGUA PORTUGUESA

Através do texto, infere-se que... quanto (montante)


É possível deduzir que... Exemplo:
O autor permite concluir que... Falou tudo QUANTO queria (correto)
Qual é a intenção do autor ao afirmar que... Falou tudo QUE queria (errado - antes do QUE, deveria
Compreender significa aparecer o demonstrativo O).
Entendimento, atenção ao que realmente está escrito.
O texto diz que...
É sugerido pelo autor que...

1
3. Dicas para melhorar a interpretação de textos em sua dimensão plural e faz-se único em sua condição
social. Igual em sua humanidade, o homem desiguala-se,
 Leia todo o texto, procurando ter uma visão geral singulariza-se em sua individualidade. O direito é o ins-
do assunto. Se ele for longo, não desista! Há muitos trumento da fraternização racional e rigorosa.
candidatos na disputa, portanto, quanto mais infor- O direito à vida é a substância em torno da qual todos os
mação você absorver com a leitura, mais chances direitos se conjugam, se desdobram, se somam para que
terá de resolver as questões. o sistema fique mais e mais próximo da ideia concretizá-
 Se encontrar palavras desconhecidas, não inter- vel de justiça social.
rompa a leitura. Mais valeria que a vida atravessasse as páginas da Lei
 Leia o texto, pelo menos, duas vezes – ou quantas Maior a se traduzir em palavras que fossem apenas a re-
forem necessárias. velação da justiça. Quando os descaminhos não condu-
 Procure fazer inferências, deduções (chegar a uma zirem a isso, competirá ao homem transformar a lei na
conclusão). vida mais digna para que a convivência política seja mais
 Volte ao texto quantas vezes precisar. fecunda e humana.
 Não permita que prevaleçam suas ideias sobre Cármen Lúcia Antunes Rocha. Comentário ao artigo 3.º.
as do autor. In: 50 anos da Declaração Universal dos Direitos Hu-
 Fragmente o texto (parágrafos, partes) para me- manos 1948-1998: conquistas e desafios. Brasília: OAB,
lhor compreensão. Comissão Nacional de Direitos Humanos, 1998, p. 50-1
 Verifique, com atenção e cuidado, o enunciado (com adaptações).
de cada questão.
 O autor defende ideias e você deve percebê-las. Compreende-se do texto CG1A1AAA que o ser humano
 Observe as relações interparágrafos. Um parágra- tem direito
fo geralmente mantém com outro uma relação de
continuação, conclusão ou falsa oposição. Identifi- a) de agir de forma autônoma, em nome da lei da sobre-
que muito bem essas relações. vivência das espécies.
 Sublinhe, em cada parágrafo, o tópico frasal, ou b) de ignorar o direito do outro se isso lhe for necessário
seja, a ideia mais importante. para defender seus interesses.
 Nos enunciados, grife palavras como “correto” c) de demandar ao sistema judicial a concretização de
ou “incorreto”, evitando, assim, uma confusão seus direitos.
na hora da resposta – o que vale não somente d) à institucionalização do seu direito em detrimento dos
para Interpretação de Texto, mas para todas as de- direitos de outros.
mais questões! e) a uma vida plena e adequada, direito esse que está na
 Se o foco do enunciado for o tema ou a ideia prin- essência de todos os direitos.
cipal, leia com atenção a introdução e/ou a con-
clusão.
Resposta: Letra E. O ser humano tem direito a uma
 Olhe com especial atenção os pronomes relativos,
vida digna, adequada, para que consiga gozar de seus
pronomes pessoais, pronomes demonstrativos,
direitos – saúde, educação, segurança – e exercer seus
etc., chamados vocábulos relatores, porque reme-
deveres plenamente, como prescrevem todos os di-
tem a outros vocábulos do texto.
reitos: (...) O direito à vida é a substância em torno da
SITES qual todos os direitos se conjugam (...).
http://www.tudosobreconcursos.com/materiais/por-
tugues/como-interpretar-textos 2. (PCJ-MT – Delegado Substituto – Superior – Ces-
http://portuguesemfoco.com/pf/09-dicas-para-me- pe – 2017)
lhorar-a-interpretacao-de-textos-em-provas
http://www.portuguesnarede.com/2014/03/dicas- Texto CG1A1BBB
-para-voce-interpretar-melhor-um.html
http://vestibular.uol.com.br/cursinho/questoes/ques- Segundo o parágrafo único do art. 1.º da Constituição
tao-117-portugues.htm da República Federativa do Brasil, “Todo o poder emana
do povo, que o exerce por meio de representantes elei-
tos ou diretamente, nos termos desta Constituição.” Em
virtude desse comando, afirma-se que o poder dos juízes
emana do povo e em seu nome é exercido. A forma de
EXERCÍCIOS COMENTADOS sua investidura é legitimada pela compatibilidade com as
regras do Estado de direito e eles são, assim, autênticos
LÍNGUA PORTUGUESA

1. (PCJ-MT – Delegado Substituto – Superior – Ces- agentes do poder popular, que o Estado polariza e exer-
pe – 2017) ce. Na Itália, isso é constantemente lembrado, porque
toda sentença é dedicada (intestata) ao povo italiano, em
Texto CG1A1AAA nome do qual é pronunciada.

A valorização do direito à vida digna preserva as duas Cândido Rangel Dinamarco. A instrumentalidade do pro-
faces do homem: a do indivíduo e a do ser político; a cesso. São Paulo: Revista dos Tribunais, 1987, p. 195 (com
do ser em si e a do ser com o outro. O homem é inteiro adaptações).

2
Conforme as ideias do texto CG1A1BBB, 1. As tipologias textuais se caracterizam pelos
aspectos de ordem linguística
a) o Poder Judiciário brasileiro desempenha seu papel
com fundamento no princípio da soberania popular. Os tipos textuais designam uma sequência definida
b) os magistrados do Brasil deveriam ser escolhidos pelo pela natureza linguística de sua composição. São obser-
voto popular, como ocorre com os representantes dos vados aspectos lexicais, sintáticos, tempos verbais, rela-
demais poderes. ções logicas. Os tipos textuais são o narrativo, descritivo,
c) os magistrados italianos, ao contrário dos brasileiros, argumentativo/dissertativo, injuntivo e expositivo.
exercem o poder que lhes é conferido em nome de
seus nacionais. A) Textos narrativos – constituem-se de verbos de
d) há incompatibilidade entre o autogoverno da magis- ação demarcados no tempo do universo narrado,
tratura e o sistema democrático. como também de advérbios, como é o caso de an-
e) os magistrados brasileiros exercem o poder consti- tes, agora, depois, entre outros: Ela entrava em seu
tucional que lhes é atribuído em nome do governo carro quando ele apareceu. Depois de muita conver-
federal. sa, resolveram...
B) Textos descritivos – como o próprio nome indica,
Resposta: Letra A. A questão deve ser respondida se- descrevem características tanto físicas quanto psi-
gundo o texto: (...) “Todo o poder emana do povo, que cológicas acerca de um determinado indivíduo ou
o exerce por meio de representantes eleitos ou direta- objeto. Os tempos verbais aparecem demarcados
mente, nos termos desta Constituição.” Em virtude des- no presente ou no pretérito imperfeito: “Tinha os
se comando, afirma-se que o poder dos juízes emana cabelos mais negros como a asa da graúna...”
do povo e em seu nome é exercido (...). C) Textos expositivos – Têm por finalidade explicar
um assunto ou uma determinada situação que se
3. (PCJ-MT – DELEGADO SUBSTITUTO – SUPERIOR almeje desenvolvê-la, enfatizando acerca das ra-
– CESPE – 2017 – ADAPTADA) No texto CG1A1BBB, o zões de ela acontecer, como em: O cadastramento
vocábulo ‘emana’ foi empregado com o sentido de irá se prorrogar até o dia 02 de dezembro, portan-
to, não se esqueça de fazê-lo, sob pena de perder o
a) trata. benefício.
b) provém. D) Textos injuntivos (instrucional) – Trata-se de
c) manifesta. uma modalidade na qual as ações são prescritas de
d) pertence. forma sequencial, utilizando-se de verbos expres-
e) cabe. sos no imperativo, infinitivo ou futuro do presente:
Misture todos os ingrediente e bata no liquidificador
Resposta: Letra B. Dentro do contexto, “emana” tem até criar uma massa homogênea.
o sentido de “provém”. E) Textos argumentativos (dissertativo) – Demar-
cam-se pelo predomínio de operadores argumen-
tativos, revelados por uma carga ideológica cons-
RECONHECIMENTO DE TIPOS E GÊNEROS tituída de argumentos e contra-argumentos que
TEXTUAIS. justificam a posição assumida acerca de um deter-
minado assunto: A mulher do mundo contemporâ-
neo luta cada vez mais para conquistar seu espaço
no mercado de trabalho, o que significa que os gê-
TIPOLOGIA E GÊNERO TEXTUAL neros estão em complementação, não em disputa.

A todo o momento nos deparamos com vários tex- 2. Gêneros Textuais


tos, sejam eles verbais ou não verbais. Em todos há a
presença do discurso, isto é, a ideia intrínseca, a essência São os textos materializados que encontramos em
daquilo que está sendo transmitido entre os interlocuto- nosso cotidiano; tais textos apresentam características
res. Estes interlocutores são as peças principais em um sócio-comunicativas definidas por seu estilo, função,
diálogo ou em um texto escrito. composição, conteúdo e canal. Como exemplos, temos:
É de fundamental importância sabermos classificar os receita culinária, e-mail, reportagem, monografia, poema,
textos com os quais travamos convivência no nosso dia a editorial, piada, debate, agenda, inquérito policial, fórum,
dia. Para isso, precisamos saber que existem tipos textuais blog, etc.
e gêneros textuais. A escolha de um determinado gênero discursivo depen-
LÍNGUA PORTUGUESA

Comumente relatamos sobre um acontecimento, um de, em grande parte, da situação de produção, ou seja, a
fato presenciado ou ocorrido conosco, expomos nossa finalidade do texto a ser produzido, quem são os locutores
opinião sobre determinado assunto, descrevemos algum e os interlocutores, o meio disponível para veicular o texto,
lugar que visitamos, fazemos um retrato verbal sobre al- etc.
guém que acabamos de conhecer ou ver. É exatamente Os gêneros discursivos geralmente estão ligados a
nessas situações corriqueiras que classificamos os nossos esferas de circulação. Assim, na esfera jornalística, por
textos naquela tradicional tipologia: Narração, Descrição exemplo, são comuns gêneros como notícias, reporta-
e Dissertação. gens, editoriais, entrevistas e outros; na esfera de divul-

3
gação científica são comuns gêneros como verbete de São escritos com C ou Ç e não S e SS
dicionário ou de enciclopédia, artigo ou ensaio científico,  Vocábulos de origem árabe: cetim, açucena, açú-
seminário, conferência. car.
 Vocábulos de origem tupi, africana ou exótica:
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS cipó, Juçara, caçula, cachaça, cacique.
Português linguagens: volume 1 / Wiliam Roberto  Sufixos aça, aço, ação, çar, ecer, iça, nça, uça,
Cereja, Thereza Cochar Magalhães. – 7.ª ed. Reform. – uçu, uço: barcaça, ricaço, aguçar, empalidecer, car-
São Paulo: Saraiva, 2010. niça, caniço, esperança, carapuça, dentuço.
Português – Literatura, Produção de Textos & Gra-  Nomes derivados do verbo ter: abster - abstenção
mática – volume único / Samira Yousseff Campedelli, / deter - detenção / ater - atenção / reter – retenção.
Jésus Barbosa Souza. – 3.ª ed. – São Paulo: Saraiva, 2002.  Após ditongos: foice, coice, traição.
 Palavras derivadas de outras terminadas em -te,
SITE to(r): marte - marciano / infrator - infração / ab-
http://www.brasilescola.com/redacao/tipologia-textual. sorto – absorção.
htm
B) O fonema z
Observação: Não foram encontradas questões São escritos com S e não Z
abrangendo tal conteúdo.  Sufixos: ês, esa, esia, e isa, quando o radical é
substantivo, ou em gentílicos e títulos nobiliárqui-
cos: freguês, freguesa, freguesia, poetisa, baronesa,
princesa.
DOMÍNIO DA ORTOGRAFIA OFICIAL
 Sufixos gregos: ase, ese, ise e ose: catequese, me-
tamorfose.
 Formas verbais pôr e querer: pôs, pus, quisera,
ORTOGRAFIA
quis, quiseste.
 Nomes derivados de verbos com radicais termi-
A ortografia é a parte da Fonologia que trata da cor-
nados em “d”: aludir - alusão / decidir - decisão /
reta grafia das palavras. É ela quem ordena qual som
empreender - empresa / difundir – difusão.
devem ter as letras do alfabeto. Os vocábulos de uma
 Diminutivos cujos radicais terminam com “s”: Luís
língua são grafados segundo acordos ortográficos.
- Luisinho / Rosa - Rosinha / lápis – lapisinho.
A maneira mais simples, prática e objetiva de apren-
der ortografia é realizar muitos exercícios, ver as palavras,  Após ditongos: coisa, pausa, pouso, causa.
familiarizando-se com elas. O conhecimento das regras  Verbos derivados de nomes cujo radical termina
é necessário, mas não basta, pois há inúmeras exceções com “s”: anális(e) + ar - analisar / pesquis(a) + ar
e, em alguns casos, há necessidade de conhecimento de – pesquisar.
etimologia (origem da palavra).
1. Regras ortográficas São escritos com Z e não S
 Sufixos “ez” e “eza” das palavras derivadas de
A) O fonema S adjetivo: macio - maciez / rico – riqueza / belo –
São escritas com S e não C/Ç beleza.
 Palavras substantivadas derivadas de verbos com Sufixos “izar” (desde que o radical da palavra de ori-
radicais em nd, rg, rt, pel, corr e sent: pretender gem não termine com s): final - finalizar / concreto
- pretensão / expandir - expansão / ascender - as- – concretizar.
censão / inverter - inversão / aspergir - aspersão /  Consoante de ligação se o radical não terminar
submergir - submersão / divertir - diversão / im- com “s”: pé + inho - pezinho / café + al - cafezal
pelir - impulsivo / compelir - compulsório / repelir Exceção: lápis + inho – lapisinho.
- repulsa / recorrer - recurso / discorrer - discurso /
sentir - sensível / consentir – consensual. C) O fonema j
São escritas com G e não J
São escritos com SS e não C e Ç  Palavras de origem grega ou árabe: tigela, girafa,
 Nomes derivados dos verbos cujos radicais ter- gesso.
minem em gred, ced, prim ou com verbos ter-  Estrangeirismo, cuja letra G é originária: sargento,
minados por tir ou - meter: agredir - agressivo / gim.
imprimir - impressão / admitir - admissão / ceder  Terminações: agem, igem, ugem, ege, oge (com
LÍNGUA PORTUGUESA

- cessão / exceder - excesso / percutir - percussão / poucas exceções): imagem, vertigem, penugem,
regredir - regressão / oprimir - opressão / compro- bege, foge.
meter - compromisso / submeter – submissão. Exceção: pajem.
 Quando o prefixo termina com vogal que se junta
com a palavra iniciada por “s”. Exemplos: a + simé-  Terminações: ágio, égio, ígio, ógio, ugio: sortilégio,
trico - assimétrico / re + surgir – ressurgir. litígio, relógio, refúgio.
 No pretérito imperfeito simples do subjuntivo.  Verbos terminados em ger/gir: emergir, eleger, fu-
Exemplos: ficasse, falasse. gir, mugir.

4
 Depois da letra “r” com poucas exceções: emergir, 2. Informações importantes
surgir.
 Depois da letra “a”, desde que não seja radical ter- Formas variantes são as que admitem grafias ou pro-
minado com j: ágil, agente. núncias diferentes para palavras com a mesma significa-
ção: aluguel/aluguer, assobiar/assoviar, catorze/quatorze,
São escritas com J e não G dependurar/pendurar, flecha/frecha, germe/gérmen, in-
 Palavras de origem latinas: jeito, majestade, hoje. farto/enfarte, louro/loiro, percentagem/porcentagem, re-
 Palavras de origem árabe, africana ou exótica: lampejar/relampear/relampar/relampadar.
jiboia, manjerona. Os símbolos das unidades de medida são escritos
 Palavras terminadas com aje: ultraje. sem ponto, com letra minúscula e sem “s” para indicar
plural, sem espaço entre o algarismo e o símbolo: 2kg,
D) O fonema ch 20km, 120km/h.
São escritas com X e não CH Exceção para litro (L): 2 L, 150 L.
 Palavras de origem tupi, africana ou exótica: aba-
caxi, xucro. Na indicação de horas, minutos e segundos, não
 Palavras de origem inglesa e espanhola: xampu, deve haver espaço entre o algarismo e o símbolo: 14h,
lagartixa. 22h30min, 14h23’34’’(= quatorze horas, vinte e três mi-
 Depois de ditongo: frouxo, feixe. nutos e trinta e quatro segundos).
 Depois de “en”: enxurrada, enxada, enxoval. O símbolo do real antecede o número sem espaço:
Exceção: quando a palavra de origem não derive de R$1.000,00. No cifrão deve ser utilizada apenas uma bar-
outra iniciada com ch - Cheio - (enchente) ra vertical ($).

São escritas com CH e não X


 Palavras de origem estrangeira: chave, chumbo, ALGUNS USOS ORTOGRÁFICOS ESPECIAIS
chassi, mochila, espadachim, chope, sanduíche, sal-
sicha. 1. Por que / por quê / porquê / porque

E) As letras “e” e “i” POR QUE (separado e sem acento)


 Ditongos nasais são escritos com “e”: mãe, põem.
Com “i”, só o ditongo interno cãibra. É usado em:
 Verbos que apresentam infinitivo em -oar, -uar 1. interrogações diretas (longe do ponto de interro-
são escritos com “e”: caçoe, perdoe, tumultue. Es- gação) = Por que você não veio ontem?
crevemos com “i”, os verbos com infinitivo em 2. interrogações indiretas, nas quais o “que” equivale
-air, -oer e -uir: trai, dói, possui, contribui. a “qual razão” ou “qual motivo” = Perguntei-lhe por
que faltara à aula ontem.
3. equivalências a “pelo(a) qual” / “pelos(as) quais” =
FIQUE ATENTO! Ignoro o motivo por que ele se demitiu.
Há palavras que mudam de sentido quan-
do substituímos a grafia “e” pela grafia “i”: POR QUÊ (separado e com acento)
área (superfície), ária (melodia) / delatar
(denunciar), dilatar (expandir) / emergir Usos:
(vir à tona), imergir (mergulhar) / peão (de 1. como pronome interrogativo, quando colocado no
estância, que anda a pé), pião (brinquedo). fim da frase (perto do ponto de interrogação) =
Você faltou. Por quê?
2. quando isolado, em uma frase interrogativa = Por
quê?
#FicaDica
PORQUE (uma só palavra, sem acento gráfico)
Se o dicionário ainda deixar dúvida quanto
à ortografia de uma palavra, há a possibili- Usos:
dade de consultar o Vocabulário Ortográfi- 1. como conjunção coordenativa explicativa (equivale
co da Língua Portuguesa (VOLP), elaborado a “pois”, “porquanto”), precedida de pausa na escri-
pela Academia Brasileira de Letras. É uma ta (pode ser vírgula, ponto-e-vírgula e até ponto
obra de referência até mesmo para a criação final) = Compre agora, porque há poucas peças.
de dicionários, pois traz a grafia atualizada
LÍNGUA PORTUGUESA

2. como conjunção subordinativa causal, substituível


das palavras (sem o significado). Na Internet, por “pela causa”, “razão de que” = Você perdeu por-
o endereço é www.academia.org.br. que se antecipou.

5
PORQUÊ (uma só palavra, com acento gráfico) A) Uso do hífen que continua depois da Reforma
Ortográfica:
Usos:
1. como substantivo, com o sentido de “causa”, “ra- 1. Em palavras compostas por justaposição que for-
zão” ou “motivo”, admitindo pluralização (porquês). Ge- mam uma unidade semântica, ou seja, nos termos
ralmente é precedido por artigo = Não sei o porquê da que se unem para formam um novo significado:
discussão. É uma pessoa cheia de porquês. tio-avô, porto-alegrense, luso-brasileiro, tenente-
-coronel, segunda-feira, conta-gotas, guarda-chuva,
2. ONDE / AONDE arco-íris, primeiro-ministro, azul-escuro.

Onde = empregado com verbos que não expressam 2. Em palavras compostas por espécies botânicas e
a ideia de movimento = Onde você está? zoológicas: couve-flor, bem-te-vi, bem-me-quer,
abóbora-menina, erva-doce, feijão-verde.
Aonde = equivale a “para onde”. É usado com verbos
que expressam movimento = Aonde você vai? 3. Nos compostos com elementos além, aquém, re-
cém e sem: além-mar, recém-nascido, sem-núme-
3. MAU / MAL ro, recém-casado.

Mau = é um adjetivo, antônimo de “bom”. Usa-se 4. No geral, as locuções não possuem hífen, mas al-
como qualificação = O mau tempo passou. / Ele é um gumas exceções continuam por já estarem con-
mau elemento. sagradas pelo uso: cor-de-rosa, arco-da-velha,
mais-que-perfeito, pé-de-meia, água-de-colônia,
Mal = pode ser usado como queima-roupa, deus-dará.
1. conjunção temporal, equivalente a “assim que”,
“logo que”, “quando” = Mal se levantou, já saiu. 5. Nos encadeamentos de vocábulos, como: ponte
2. advérbio de modo (antônimo de “bem”) = Você foi Rio-Niterói, percurso Lisboa-Coimbra-Porto e nas
mal na prova? combinações históricas ou ocasionais: Áustria-
3. substantivo, podendo estar precedido de artigo ou -Hungria, Angola-Brasil, etc.
pronome = Há males que vêm pra bem! / O mal 6. Nas formações com os prefixos hiper-, inter- e su-
não compensa. per- quando associados com outro termo que é
iniciado por “r”: hiper-resistente, inter-racial, super-
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS -racional, etc.
SACCONI, Luiz Antônio. Nossa gramática completa
Sacconi. 30.ª ed. Rev. São Paulo: Nova Geração, 2010. 7. Nas formações com os prefixos ex-, vice-: ex-di-
Português linguagens: volume 1 / Wiliam Roberto Ce- retor, ex-presidente, vice-governador, vice-prefeito.
reja, Thereza Cochar Magalhães. – 7.ª ed. Reform. – São
Paulo: Saraiva, 2010. 8. Nas formações com os prefixos pós-, pré- e pró-:
Português: novas palavras: literatura, gramática, reda- pré-natal, pré-escolar, pró-europeu, pós-graduação,
ção / Emília Amaral... [et al.]. – São Paulo: FTD, 2000. etc.
CAMPEDELLI, Samira Yousseff. Português – Literatura,
Produção de Textos & Gramática. Volume único / Samira 9. Na ênclise e mesóclise: amá-lo, deixá-lo, dá-se,
Yousseff, Jésus Barbosa Souza. – 3.ª edição – São Paulo: abraça-o, lança-o e amá-lo-ei, falar-lhe-ei, etc.
Saraiva, 2002.
10. Nas formações em que o prefixo tem como se-
SITE gundo termo uma palavra iniciada por “h”: sub-he-
http://www.pciconcursos.com.br/aulas/portugues/ pático, geo-história, neo-helênico, extra-humano,
ortografia semi-hospitalar, super-homem.

11. Nas formações em que o prefixo ou pseudopre-


4. Hífen
fixo termina com a mesma vogal do segundo ele-
mento: micro-ondas, eletro-ótica, semi-interno, au-
O hífen é um sinal diacrítico (que distingue) usado
to-observação, etc.
para ligar os elementos de palavras compostas (como
ex-presidente, por exemplo) e para unir pronomes áto-
O hífen é suprimido quando para formar outros ter-
nos a verbos (ofereceram-me; vê-lo-ei). Serve igualmente
mos: reaver, inábil, desumano, lobisomem, reabilitar.
LÍNGUA PORTUGUESA

para fazer a translineação de palavras, isto é, no fim de


uma linha, separar uma palavra em duas partes (ca-/sa;
compa-/nheiro).

6
SITE
#FicaDica http://www.pciconcursos.com.br/aulas/portugues/orto-
grafia
Lembrete da Zê!
Ao separar palavras na translineação (mu-
dança de linha), caso a última palavra a ser
escrita seja formada por hífen, repita-o na EXERCÍCIOS COMENTADOS
próxima linha. Exemplo: escreverei anti-in-
flamatório e, ao final, coube apenas “anti-”. 1. (Polícia Federal – Escrivão de Polícia Federal –
Na próxima linha escreverei: “-inflamatório” Cespe – 2013 – adaptada)
(hífen em ambas as linhas). Devido à diagra-
mação, pode ser que a repetição do hífen na A fim de solucionar o litígio, atos sucessivos e concatenados
translineação não ocorra em meus conteú- são praticados pelo escrivão. Entre eles, estão os atos de co-
dos, mas saiba que a regra é esta! municação, os quais são indispensáveis para que os sujeitos
do processo tomem conhecimento dos atos acontecidos no
correr do procedimento e se habilitem a exercer os direitos
B) Não se emprega o hífen: que lhes cabem e a suportar os ônus que a lei lhes impõe.
1. Nas formações em que o prefixo ou falso prefi- Disponível em: <http://jus.com.br> (com adaptações).
xo termina em vogal e o segundo termo inicia-se
em “r” ou “s”. Nesse caso, passa-se a duplicar estas No que se refere ao texto acima, julgue os itens seguin-
consoantes: antirreligioso, contrarregra, infrassom, tes.
microssistema, minissaia, microrradiografia, etc. Não haveria prejuízo para a correção gramatical do texto
nem para seu sentido caso o trecho “A fim de solucionar
2. Nas constituições em que o prefixo ou pseudopre- o litígio” fosse substituído por Afim de dar solução à de-
fixo termina em vogal e o segundo termo inicia-se manda e o trecho “tomem conhecimento dos atos acon-
com vogal diferente: antiaéreo, extraescolar, coedu- tecidos no correr do procedimento” fosse, por sua vez,
cação, autoestrada, autoaprendizagem, hidroelétri- substituído por conheçam os atos havidos no transcurso
co, plurianual, autoescola, infraestrutura, etc. do acontecimento.
3. Nas formações, em geral, que contêm os prefixos
“dês” e “in” e o segundo elemento perdeu o “h” ( ) CERTO ( ) ERRADO
inicial: desumano, inábil, desabilitar, etc.
Resposta: Errado. “A fim” tem o sentido de “com a
4. Nas formações com o prefixo “co”, mesmo quando intenção de”; já “afim”, “semelhança, afinidade”. Se a
o segundo elemento começar com “o”: coopera- primeira substituição fosse feita, o trecho estaria in-
ção, coobrigação, coordenar, coocupante, coautor, correto gramatical e coerentemente. Portanto, nem há
coedição, coexistir, etc. a necessidade de avaliar a segunda substituição.

5. Em certas palavras que, com o uso, adquiriram no-


ção de composição: pontapé, girassol, paraquedas, LETRA E FONEMA
paraquedista, etc.
A palavra fonologia é formada pelos elementos gre-
6. Em alguns compostos com o advérbio “bem”: ben- gos fono (“som, voz”) e log, logia (“estudo”, “conhecimen-
feito, benquerer, benquerido, etc. to”). Significa literalmente “estudo dos sons” ou “estudo
dos sons da voz”. Fonologia é a parte da gramática que
Os prefixos pós, pré e pró, em suas formas correspon- estuda os sons da língua quanto à sua função no sistema
dentes átonas, aglutinam-se com o elemento seguinte, de comunicação linguística, quanto à sua organização e
não havendo hífen: pospor, predeterminar, predetermina- classificação. Cuida, também, de aspectos relacionados à
do, pressuposto, propor. divisão silábica, à ortografia, à acentuação, bem como da
Escreveremos com hífen: anti-horário, anti-infeccio- forma correta de pronunciar certas palavras. Lembrando
so, auto-observação, contra-ataque, semi-interno, sobre- que, cada indivíduo tem uma maneira própria de realizar
-humano, super-realista, alto-mar. estes sons no ato da fala. Particularidades na pronúncia
Escreveremos sem hífen: pôr do sol, antirreforma, de cada falante são estudadas pela Fonética.
antisséptico, antissocial, contrarreforma, minirrestaurante, Na língua falada, as palavras se constituem de fo-
ultrassom, antiaderente, anteprojeto, anticaspa, antivírus, nemas; na língua escrita, as palavras são reproduzidas
LÍNGUA PORTUGUESA

autoajuda, autoelogio, autoestima, radiotáxi. por meio de símbolos gráficos, chamados de letras ou
grafemas. Dá-se o nome de fonema ao menor elemento
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA sonoro capaz de estabelecer uma distinção de significa-
SACCONI, Luiz Antônio. Nossa gramática completa do entre as palavras. Observe, nos exemplos a seguir, os
Sacconi. 30.ª ed. Rev. São Paulo: Nova Geração, 2010. fonemas que marcam a distinção entre os pares de pa-
lavras:

7
amor – ator / morro – corro / vento - cento

Cada segmento sonoro se refere a um dado da língua portuguesa que está em sua memória: a imagem acústica
que você - como falante de português - guarda de cada um deles. É essa imagem acústica que constitui o fonema. Este
forma os significantes dos signos linguísticos. Geralmente, aparece representado entre barras: /m/, /b/, /a/, /v/, etc.

O fonema não deve ser confundido com a letra. Esta é a representação gráfica do fonema. Na palavra sapo, por
exemplo, a letra “s” representa o fonema /s/ (lê-se sê); já na palavra brasa, a letra “s” representa o fonema /z/ (lê-se zê).

Às vezes, o mesmo fonema pode ser representado por mais de uma letra do alfabeto. É o caso do fonema /z/, que
pode ser representado pelas letras z, s, x: zebra, casamento, exílio.

Em alguns casos, a mesma letra pode representar mais de um fonema. A letra “x”, por exemplo, pode representar:

A) o fonema /sê/: texto


B) o fonema /zê/: exibir
C) o fonema /che/: enxame
D) o grupo de sons /ks/: táxi

O número de letras nem sempre coincide com o número de fonemas.


Tóxico = fonemas: /t/ó/k/s/i/c/o/ letras: t ó x i c o
1234567 12 3 45 6

Galho = fonemas: /g/a/lh/o/ letras: ga lho


12 3 4 12345

As letras “m” e “n”, em determinadas palavras, não representam fonemas. Observe os exemplos: compra, conta.
Nestas palavras, “m” e “n” indicam a nasalização das vogais que as antecedem: /õ/. Veja ainda: nave: o /n/ é um fonema;
dança: o “n” não é um fonema; o fonema é /ã/, representado na escrita pelas letras “a” e “n”.

A letra h, ao iniciar uma palavra, não representa fonema.


Hoje = fonemas: ho / j / e / letras: h o j e
1 2 3 1234

1 Classificação dos Fonemas

Os fonemas da língua portuguesa são classificados em:

1.1 Vogais

As vogais são os fonemas sonoros produzidos por uma corrente de ar que passa livremente pela boca. Em nossa
língua, desempenham o papel de núcleo das sílabas. Isso significa que em toda sílaba há, necessariamente, uma única
vogal.
Na produção de vogais, a boca fica aberta ou entreaberta. As vogais podem ser:
Orais: quando o ar sai apenas pela boca: /a/, /e/, /i/, /o/, /u/.
Nasais: quando o ar sai pela boca e pelas fossas nasais.
/ã/: fã, canto, tampa
/ ẽ /: dente, tempero
/ ĩ/: lindo, mim
/õ/: bonde, tombo
/ ũ /: nunca, algum
Átonas: pronunciadas com menor intensidade: até, bola.
Tônicas: pronunciadas com maior intensidade: até, bola.
LÍNGUA PORTUGUESA

Quanto ao timbre, as vogais podem ser:


Abertas: pé, lata, pó
Fechadas: mês, luta, amor
Reduzidas - Aparecem quase sempre no final das palavras: dedo (“dedu”), ave (“avi”), gente (“genti”).

8
1.2 Semivogais

Os fonemas /i/ e /u/, algumas vezes, não são vogais. Aparecem apoiados em uma vogal, formando com ela uma só
emissão de voz (uma sílaba). Neste caso, estes fonemas são chamados de semivogais. A diferença fundamental entre
vogais e semivogais está no fato de que estas não desempenham o papel de núcleo silábico.
Observe a palavra papai. Ela é formada de duas sílabas: pa - pai. Na última sílaba, o fonema vocálico que se destaca
é o “a”. Ele é a vogal. O outro fonema vocálico “i” não é tão forte quanto ele. É a semivogal. Outros exemplos: saudade,
história, série.

1.3 Consoantes

Para a produção das consoantes, a corrente de ar expirada pelos pulmões encontra obstáculos ao passar pela ca-
vidade bucal, fazendo com que as consoantes sejam verdadeiros “ruídos”, incapazes de atuar como núcleos silábicos.
Seu nome provém justamente desse fato, pois, em português, sempre consoam (“soam com”) as vogais. Exemplos: /b/,
/t/, /d/, /v/, /l/, /m/, etc.

2. Encontros Vocálicos

Os encontros vocálicos são agrupamentos de vogais e semivogais, sem consoantes intermediárias. É importante
reconhecê-los para dividir corretamente os vocábulos em sílabas. Existem três tipos de encontros: o ditongo, o tritongo
e o hiato.

A) Ditongo
É o encontro de uma vogal e uma semivogal (ou vice-versa) numa mesma sílaba. Pode ser:
Crescente: quando a semivogal vem antes da vogal: sé-rie (i = semivogal, e = vogal)
Decrescente: quando a vogal vem antes da semivogal: pai (a = vogal, i = semivogal)
Oral: quando o ar sai apenas pela boca: pai
Nasal: quando o ar sai pela boca e pelas fossas nasais: mãe

B) Tritongo
É a sequência formada por uma semivogal, uma vogal e uma semivogal, sempre nesta ordem, numa só sílaba. Pode
ser oral ou nasal: Paraguai - Tritongo oral, quão - Tritongo nasal.

C) Hiato
É a sequência de duas vogais numa mesma palavra que pertencem a sílabas diferentes, uma vez que nunca há mais
de uma vogal numa mesma sílaba: saída (sa-í-da), poesia (po-e-si-a).

3. Encontros Consonantais

O agrupamento de duas ou mais consoantes, sem vogal intermediária, recebe o nome de encontro consonantal.
Existem basicamente dois tipos:
A) os que resultam do contato consoante + “l” ou “r” e ocorrem numa mesma sílaba, como em: pe-dra, pla-no,
a-tle-ta, cri-se.
B) os que resultam do contato de duas consoantes pertencentes a sílabas diferentes: por-ta, rit-mo, lis-ta.
Há ainda grupos consonantais que surgem no início dos vocábulos; são, por isso, inseparáveis: pneu, gno-mo, psi-
-có-lo-go.

4. Dígrafos

De maneira geral, cada fonema é representado, na escrita, por apenas uma letra: lixo - Possui quatro fonemas e quatro
letras.
Há, no entanto, fonemas que são representados, na escrita, por duas letras: bicho - Possui quatro fonemas e cinco
letras.
Na palavra acima, para representar o fonema /xe/ foram utilizadas duas letras: o “c” e o “h”.
LÍNGUA PORTUGUESA

Assim, o dígrafo ocorre quando duas letras são usadas para representar um único fonema (di = dois + grafo = letra).
Em nossa língua, há um número razoável de dígrafos que convém conhecer. Podemos agrupá-los em dois tipos: con-
sonantais e vocálicos.

9
A) Dígrafos Consonantais

Letras Fonemas Exemplos


lh /lhe/ telhado
nh /nhe/ marinheiro
ch /xe/ chave
rr /re/ (no interior da palavra) carro
ss /se/ (no interior da palavra) passo
qu /k/ (qu seguido de e e i) queijo, quiabo
gu /g/ ( gu seguido de e e i) guerra, guia
sc /se/ crescer
sç /se/ desço
xc /se/ exceção

B) Dígrafos Vocálicos

Registram-se na representação das vogais nasais:

Fonemas Letras Exemplos


/ã/ am tampa
an canto
/ẽ/ em templo
en lenda
/ĩ/ im limpo
in lindo
õ/ om tombo
on tonto
/ũ/ um chumbo
un corcunda

Observação:
“gu” e “qu” são dígrafos somente quando seguidos de “e” ou “i”, representam os fonemas /g/ e /k/: guitarra, aquilo.
Nestes casos, a letra “u” não corresponde a nenhum fonema. Em algumas palavras, no entanto, o “u” representa um
fonema - semivogal ou vogal - (aguentar, linguiça, aquífero...). Aqui, “gu” e “qu” não são dígrafos. Também não há dí-
grafos quando são seguidos de “a” ou “o” (quase, averiguo).

#FicaDica
Conseguimos ouvir o som da letra “u” também, por isso não há dígrafo! Veja outros exemplos: Água = /
agua/ pronunciamos a letra “u”, ou então teríamos /aga/. Temos, em “água”, 4 letras e 4 fonemas. Já em
guitarra = /gitara/ - não pronunciamos o “u”, então temos dígrafo (aliás, dois dígrafos: “gu” e “rr”). Portan-
to: 8 letras e 6 fonemas.
LÍNGUA PORTUGUESA

5. Dífonos

Assim como existem duas letras que representam um só fonema (os dígrafos!), existe letra que representa dois
fonemas. Sim! É o caso de “fixo”, por exemplo, em que o “x” representa o fonema /ks/; táxi e crucifixo também são
exemplos de dífonos. Quando uma letra representa dois fonemas temos um caso de dífono.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
SACCONI, Luiz Antônio. Nossa gramática completa Sacconi. 30.ª ed. Rev. São Paulo: Nova Geração, 2010.

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Português: novas palavras: literatura, gramática, reda- E) til – (~) Indica que as letras “a” e “o” representam
ção / Emília Amaral... [et al.]. – São Paulo: FTD, 2000. vogais nasais: oração – melão – órgão – ímã
Português linguagens: volume 1 / Wiliam Roberto Ce-
reja, Thereza Cochar Magalhães. – 7.ª ed. Reform. – São 2.1 Regras fundamentais
Paulo: Saraiva, 2010.
A) Palavras oxítonas: acentuam-se todas as oxítonas
SITE terminadas em: “a”, “e”, “o”, “em”, seguidas ou não do
http://www.soportugues.com.br/secoes/fono/fono1. plural(s): Pará – café(s) – cipó(s) – Belém.
php Esta regra também é aplicada aos seguintes casos:
Monossílabos tônicos terminados em “a”, “e”, “o”,
Observação: Não foram encontradas questões seguidos ou não de “s”: pá – pé – dó – há
abrangendo tal conteúdo. Formas verbais terminadas em “a”, “e”, “o” tônicos,
seguidas de lo, la, los, las: respeitá-lo, recebê-lo, compô-lo

ACENTUAÇÃO B) Paroxítonas: acentuam-se as palavras paroxítonas


terminadas em:
Quanto à acentuação, observamos que algumas pa- i, is: táxi – lápis – júri
lavras têm acento gráfico e outras não; na pronúncia, ora us, um, uns: vírus – álbuns – fórum
se dá maior intensidade sonora a uma sílaba, ora a outra. l, n, r, x, ps: automóvel – elétron - cadáver – tórax –
Por isso, vamos às regras! fórceps
ã, ãs, ão, ãos: ímã – ímãs – órfão – órgãos
1. Regras básicas ditongo oral, crescente ou decrescente, seguido ou
não de “s”: água – pônei – mágoa – memória
A acentuação tônica está relacionada à intensida-
de com que são pronunciadas as sílabas das palavras. #FicaDica
Aquela que se dá de forma mais acentuada, conceitua-se
como sílaba tônica. As demais, como são pronunciadas Memorize a palavra LINURXÃO. Repare que
com menos intensidade, são denominadas de átonas. esta palavra apresenta as terminações das
paroxítonas que são acentuadas: L, I N, U
De acordo com a tonicidade, as palavras são classifi- (aqui inclua UM = fórum), R, X, Ã, ÃO. Assim
cadas como: ficará mais fácil a memorização!
Oxítonas – São aquelas cuja sílaba tônica recai sobre
a última sílaba: café – coração – Belém – atum – caju –
papel
C) Proparoxítona: a palavra é proparoxítona quando
Paroxítonas – a sílaba tônica recai na penúltima síla- a sua antepenúltima sílaba é tônica (mais forte). Quanto à
ba: útil – tórax – táxi – leque – sapato – passível regra de acentuação: todas as proparoxítonas são acen-
tuadas, independentemente de sua terminação: árvore,
Proparoxítonas - a sílaba tônica está na antepenúlti- paralelepípedo, cárcere.
ma sílaba: lâmpada – câmara – tímpano – médico – ônibus
2.2 Regras especiais
Há vocábulos que possuem uma sílaba somente: são
os chamados monossílabos. Estes são acentuados quan- Os ditongos de pronúncia aberta “ei”, “oi” (ditongos
do tônicos e terminados em “a”, “e” ou “o”: vá – fé – pó abertos), que antes eram acentuados, perderam o acento
- ré. de acordo com a nova regra, mas desde que estejam em
palavras paroxítonas.
2 Os acentos

A) acento agudo (´) – Colocado sobre as letras “a” FIQUE ATENTO!


e “i”, “u” e “e” do grupo “em” - indica que estas letras Alerta da Zê! Cuidado: Se os ditongos aber-
representam as vogais tônicas de palavras como pá, caí, tos estiverem em uma palavra oxítona (he-
público. Sobre as letras “e” e “o” indica, além da tonicida- rói) ou monossílaba (céu) ainda são acen-
de, timbre aberto: herói – céu (ditongos abertos). tuados: dói, escarcéu.
B) acento circunflexo – (^) Colocado sobre as letras
LÍNGUA PORTUGUESA

“a”, “e” e “o” indica, além da tonicidade, timbre fechado:


tâmara – Atlântico – pêsames – supôs.
C) acento grave – (`) Indica a fusão da preposição “a”
com artigos e pronomes: à – às – àquelas – àqueles
D) trema (¨) – De acordo com a nova regra, foi total-
mente abolido das palavras. Há uma exceção: é utilizado
em palavras derivadas de nomes próprios estrangeiros:
mülleriano (de Müller)

11
Antes Agora Antes Agora
assembléia assembleia bocaiúva bocaiuva
idéia ideia feiúra feiura
geléia geleia Sauípe Sauipe
jibóia jiboia
O acento pertencente aos encontros “oo” e “ee” foi
apóia (verbo apoiar) apoia abolido:
paranóico paranoico
Antes Agora
2.3 Acento Diferencial
crêem creem
Representam os acentos gráficos que, pelas regras de lêem leem
acentuação, não se justificariam, mas são utilizados para vôo voo
diferenciar classes gramaticais entre determinadas pala-
vras e/ou tempos verbais. Por exemplo: enjôo enjoo
Pôr (verbo) X por (preposição) / pôde (pretérito per-
feito do Indicativo do verbo “poder”) X pode (presente do
Indicativo do mesmo verbo). #FicaDica
Se analisarmos o “pôr” - pela regra das monossílabas: Memorize a palavra CREDELEVÊ. São os
terminada em “o” seguida de “r” não deve ser acentuada, verbos que, no plural, dobram o “e”, mas
mas nesse caso, devido ao acento diferencial, acentua-se, que não recebem mais acento como antes:
para que saibamos se se trata de um verbo ou preposição. CRER, DAR, LER e VER.
Os demais casos de acento diferencial não são mais
utilizados: para (verbo), para (preposição), pelo (substanti- Repare:
vo), pelo (preposição). Seus significados e classes grama- O menino crê em você. / Os meninos creem em você.
ticais são definidos pelo contexto. Elza lê bem! / Todas leem bem!
Polícia para o trânsito para que se realize a operação Espero que ele dê o recado à sala. / Esperamos que os
planejada. = o primeiro “para” é verbo; o segundo, con- garotos deem o recado!
junção (com relação de finalidade). Rubens vê tudo! / Eles veem tudo!
Cuidado! Há o verbo vir: Ele vem à tarde! / Eles vêm
à tarde!
As formas verbais que possuíam o acento tônico na
#FicaDica
raiz, com “u” tônico precedido de “g” ou “q” e seguido de
Quando, na frase, der para substituir o “por” “e” ou “i” não serão mais acentuadas:
por “colocar”, estaremos trabalhando com
um verbo, portanto: “pôr”; nos demais ca- Antes Depois
sos, “por” é preposição: Faço isso por você.
/ Posso pôr (colocar) meus livros aqui? apazigúe (apaziguar) apazigue
averigúe (averiguar) averigue
argúi (arguir) argui
2.4 Regra do Hiato Acentuam-se os verbos pertencentes a terceira pes-
soa do plural de: ele tem – eles têm / ele vem – eles vêm
Quando a vogal do hiato for “i” ou “u” tônicos, segun- (verbo vir). A regra prevalece também para os verbos
da vogal do hiato, acompanhado ou não de “s”, haverá conter, obter, reter, deter, abster: ele contém – eles contêm,
acento: saída – faísca – baú – país – Luís ele obtém – eles obtêm, ele retém – eles retêm, ele convém
Não se acentuam o “i” e o “u” que formam hiato – eles convêm.
quando seguidos, na mesma sílaba, de l, m, n, r ou z:
Ra-ul, Lu-iz, sa-ir, ju-iz REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Não se acentuam as letras “i” e “u” dos hiatos se esti- SACCONI, Luiz Antônio. Nossa gramática completa
verem seguidas do dígrafo nh: Sacconi. 30.ª ed. Rev. São Paulo: Nova Geração, 2010.
LÍNGUA PORTUGUESA

ra-i-nha, ven-to-i-nha. Português linguagens: volume 1 / Wiliam Roberto Ce-


Não se acentuam as letras “i” e “u” dos hiatos se vie- reja, Thereza Cochar Magalhães. – 7.ª ed. Reform. – São
rem precedidas de vogal idêntica: xi-i-ta, pa-ra-cu-u-ba Paulo: Saraiva, 2010.
Não serão mais acentuados “i” e “u” tônicos, forman-
do hiato quando vierem depois de ditongo (nas paroxí- SITE
tonas): http://www.brasilescola.com/gramatica/acentuacao.
htm

12
DOMÍNIO DOS MECANISMOS DE COE-
EXERCÍCIOS COMENTADOS SÃO TEXTUAL. EMPREGO DE ELEMEN-
TOS DE REFERENCIAÇÃO, SUBSTITUI-
1. (Polícia Federal – Agente de Polícia Federal – ÇÃO E REPETIÇÃO, DE CONECTORES E
Cespe – 2014) Os termos “série” e “história” acentuam- DE OUTROS ELEMENTOS DE SEQUEN-
-se em conformidade com a mesma regra ortográfica. CIAÇÃO TEXTUAL.
( ) CERTO ( ) ERRADO

Resposta: Certo. “Série” = acentua-se a paroxítona COESÃO E COERÊNCIA


terminada em ditongo / “história” - acentua-se a pa-
roxítona terminada em ditongo Na construção de um texto, assim como na fala, usa-
mos mecanismos para garantir ao interlocutor a com-
Ambas são acentuadas devido à regra da paroxítona preensão do que é dito, ou lido. Estes mecanismos lin-
terminada em ditongo. guísticos que estabelecem a coesão e retomada do que
Observação: nestes casos, admitem-se as separações foi escrito - ou falado - são os referentes textuais, que
“sé-ri-e” e “his-tó-ri-as”, o que as tornaria proparoxí- buscam garantir a coesão textual para que haja coerên-
tonas. cia, não só entre os elementos que compõem a oração,
como também entre a sequência de orações dentro do
2. (Anatel – Técnico Administrativo – cespe – 2012) texto. Essa coesão também pode muitas vezes se dar de
Nas palavras “análise” e “mínimos”, o emprego do acento modo implícito, baseado em conhecimentos anteriores
gráfico tem justificativas gramaticais diferentes. que os participantes do processo têm com o tema.
Numa linguagem figurada, a coesão é uma linha ima-
( ) CERTO ( ) ERRADO ginária - composta de termos e expressões - que une
os diversos elementos do texto e busca estabelecer rela-
Resposta: Errado. Análise = proparoxítona / mínimos ções de sentido entre eles. Dessa forma, com o emprego
= proparoxítona. Ambas são acentuadas pela mesma de diferentes procedimentos, sejam lexicais (repetição,
regra (antepenúltima sílaba é tônica, “mais forte”). substituição, associação), sejam gramaticais (emprego de
3. (Ancine – Técnico Administrativo – cespe – 2012) pronomes, conjunções, numerais, elipses), constroem-se
Os vocábulos “indivíduo”, “diária” e “paciência” recebem frases, orações, períodos, que irão apresentar o contexto
acento gráfico com base na mesma regra de acentuação – decorre daí a coerência textual.
gráfica. Um texto incoerente é o que carece de sentido ou
o apresenta de forma contraditória. Muitas vezes essa
( ) CERTO ( ) ERRADO incoerência é resultado do mau uso dos elementos de
coesão textual. Na organização de períodos e de pará-
Resposta: Certo. Indivíduo = paroxítona terminada grafos, um erro no emprego dos mecanismos gramati-
em ditongo; diária = paroxítona terminada em diton- cais e lexicais prejudica o entendimento do texto. Cons-
go; paciência = paroxítona terminada em ditongo. Os truído com os elementos corretos, confere-se a ele uma
três vocábulos são acentuados devido à mesma regra. unidade formal.
Nas palavras do mestre Evanildo Bechara, “o enun-
4. (Ibama – Técnico Administrativo – cespe – 2012) ciado não se constrói com um amontoado de palavras e
As palavras “pó”, “só” e “céu” são acentuadas de acordo orações. Elas se organizam segundo princípios gerais de
com a mesma regra de acentuação gráfica. dependência e independência sintática e semântica, reco-
bertos por unidades melódicas e rítmicas que sedimentam
( ) CERTO ( ) ERRADO estes princípios”.
Não se deve escrever frases ou textos desconexos –
Resposta: Errado. Pó = monossílaba terminada em é imprescindível que haja uma unidade, ou seja, que as
“o”; só = monossílaba terminada em “o”; céu = mo- frases estejam coesas e coerentes formando o texto. Re-
nossílaba terminada em ditongo aberto “éu”. lembre-se de que, por coesão, entende-se ligação, rela-
ção, nexo entre os elementos que compõem a estrutura
textual.

FORMAS DE SE GARANTIR A COESÃO ENTRE OS


LÍNGUA PORTUGUESA

ELEMENTOS DE UMA FRASE OU DE UM TEXTO:

 Substituição de palavras com o emprego de sinô-


nimos - palavras ou expressões do mesmo campo
associativo.
 Nominalização – emprego alternativo entre um
verbo, o substantivo ou o adjetivo correspondente
(desgastar / desgaste / desgastante).

13
 Emprego adequado de tempos e modos verbais: REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA
Embora não gostassem de estudar, participaram Português – Literatura, Produção de Textos & Gramá-
da aula. tica – volume único / Samira Yousseff Campedelli, Jésus
 Emprego adequado de pronomes, conjunções, Barbosa Souza. – 3.ª ed. – São Paulo: Saraiva, 2002.
preposições, artigos:
 O papa Francisco visitou o Brasil. Na capital bra- SITE
sileira, Sua Santidade participou de uma reunião http://www.mundovestibular.com.br/articles/2586/1/
com a Presidente Dilma. Ao passar pelas ruas, o COESAO-E-COERENCIA-TEXTUAL/Paacutegina1.html
papa cumprimentava as pessoas. Estas tiveram a
certeza de que ele guarda respeito por elas.
 Uso de hipônimos – relação que se estabelece com base
na maior especificidade do significado de um deles. Por EXERCÍCIOS COMENTADOS
exemplo, mesa (mais específico) e móvel (mais genérico).
 Emprego de hiperônimos - relações de um termo
1. (Polícia Federal – Agente de Polícia Federal –
de sentido mais amplo com outros de sentido mais
Cespe – 2014 – adaptada)
específico. Por exemplo, felino está numa relação
de hiperonímia com gato.
Hoje, todos reconhecem, porque Marx impôs esta de-
 Substitutos universais, como os verbos vicários. monstração no Livro II d’O Capital, que não há produção
possível sem que seja assegurada a reprodução das con-
AJUDA DA ZÊ:
dições materiais da produção: a reprodução dos meios
Verbo vicário é aquele que substitui outro já utilizado
de produção.
no período, evitando repetições. Geralmente é o verbo
Qualquer economista, que neste ponto não se distingue
fazer e ser. Exemplo: Não gosto de estudar. Faço porque
de qualquer capitalista, sabe que, ano após ano, é pre-
preciso. O “faço” foi empregado no lugar de “estudo”,
ciso prever o que deve ser substituído, o que se gasta
evitando repetição desnecessária.
ou se usa na produção: matéria-prima, instalações fixas
A coesão apoiada na gramática se dá no uso de co-
(edifícios), instrumentos de produção (máquinas) etc. Di-
nectivos, como pronomes, advérbios e expressões ad-
verbiais, conjunções, elipses, entre outros. A elipse jus- zemos: qualquer economista é igual a qualquer capitalis-
tifica-se quando, ao remeter a um enunciado anterior, ta, pois ambos exprimem o ponto de vista da empresa.
a palavra elidida é facilmente identificável (Exemplo.: O
jovem recolheu-se cedo. Sabia que ia necessitar de todas Louis Althusser. Ideologia e aparelhos ideológicos do
as suas forças. O termo o jovem deixa de ser repetido e, Estado. 3.ª ed. Lisboa: Presença, 1980 (com adaptações).
assim, estabelece a relação entre as duas orações).

Dêiticos são elementos linguísticos que têm a pro- Julgue os itens a seguir, a respeito dos sentidos do texto
priedade de fazer referência ao contexto situacional ou acima.
ao próprio discurso. Exercem, por excelência, essa fun- No texto, os termos “matéria-prima”, “instalações fixas
ção de progressão textual, dada sua característica: são (edifícios)” e “instrumentos de produção (máquinas)” são
elementos que não significam, apenas indicam, remetem exemplos de “meios de produção”.
aos componentes da situação comunicativa.
Já os componentes concentram em si a significação. ( ) CERTO ( ) ERRADO
Elisa Guimarães ensina-nos a esse respeito:
“Os pronomes pessoais e as desinências verbais in- Resposta: Certo. Voltemos ao texto: (...) é preciso pre-
dicam os participantes do ato do discurso. Os pronomes ver o que deve ser substituído, o que se gasta ou se
demonstrativos, certas locuções prepositivas e adverbiais, usa na produção: matéria- -prima, instalações fixas
bem como os advérbios de tempo, referenciam o momento (edifícios), instrumentos de produção (máquinas) etc.
da enunciação, podendo indicar simultaneidade, anterio- Os dois-pontos são utilizados para exemplificar o
ridade ou posterioridade. Assim: este, agora, hoje, neste termo antecedente (produção), portanto a afirmação
momento (presente); ultimamente, recentemente, ontem, está correta.
há alguns dias, antes de (pretérito); de agora em diante,
no próximo ano, depois de (futuro).” 2. (EBSERH – Conhecimentos Básicos para todos os
Cargos de Nível Superior – Cespe – 2018 – adapta-
A coerência de um texto está ligada: da)
1. à sua organização como um todo, em que devem
estar assegurados o início, o meio e o fim; Texto CB1A1AAA
LÍNGUA PORTUGUESA

2. à adequação da linguagem ao tipo de texto. Um tex-


to técnico, por exemplo, tem a sua coerência funda- Já houve quem dissesse por aí que o Rio de Janeiro é a ci-
mentada em comprovações, apresentação de esta- dade das explosões. Na verdade, não há semana em que
tísticas, relato de experiências; um texto informativo os jornais não registrem uma aqui e ali, na parte rural.
apresenta coerência se trabalhar com linguagem A ideia que se faz do Rio é a de que é ele um vasto paiol,
objetiva, denotativa; textos poéticos, por outro lado, e que vivemos sempre ameaçados de ir pelos ares, como
trabalham com a linguagem figurada, livre associa- se estivéssemos a bordo de um navio de guerra, ou habi-
ção de ideias, palavras conotativas. tando uma fortaleza cheia de explosivos terríveis.

14
Certamente que essa pólvora terá toda ela emprego útil; Na linha 1, o elemento “ele” tem como referente textual
mas, se ela é indispensável para certos fins industriais, “O riso”.
convinha que se averiguassem bem as causas das ex-
plosões, se são acidentais ou propositais, a fim de que ( ) CERTO ( ) ERRADO
fossem removidas na medida do possível. Isso, porém,
é que não se tem dado e creio que até hoje não têm as Resposta: Certo. Vamos ao texto: O riso é tão uni-
autoridades chegado a resultados positivos. versal como a seriedade; ele abarca a totalidade do
Entretanto, é sabido que certas pólvoras, submetidas a universo (...). Os termos destacados se relacionam. O
dadas condições, explodem espontaneamente, e tem pronome “ele” retoma o sujeito “riso”.
sido essa a explicação para uma série de acidentes bas-
tante dolorosos, a começar pelo do Maine, na baía de
Havana, sem esquecer também o do Aquidabã. EMPREGO DE TEMPOS E MODOS VERBAIS.
Noticiam os jornais que o governo vende, quando avaria-
da, grande quantidade dessas pólvoras.
Tudo indica que o primeiro cuidado do governo devia ser não VERBO
entregar a particulares tão perigosas pólvoras, que explodem
assim sem mais nem menos, pondo pacíficas vidas em cons- Verbo é a palavra que se flexiona em pessoa, número,
tante perigo. tempo e modo. A estes tipos de flexão verbal dá-se o
Creio que o governo não é assim um negociante ganan- nome de conjugação (por isso também se diz que verbo
cioso que vende gêneros que possam trazer a destruição é a palavra que pode ser conjugada). Pode indicar, entre
de vidas preciosas; e creio que não é, porquanto anda outros processos: ação (amarrar), estado (sou), fenôme-
sempre zangado com os farmacêuticos que vendem co- no (choverá); ocorrência (nascer); desejo (querer).
caína aos suicidas. Há sempre no Estado curiosas con-
tradições. 1. Estrutura das Formas Verbais
Lima Barreto Pólvora e cocaína In: Vida urbana, 5/1/1915
Do ponto de vista estrutural, o verbo pode apresentar
Internet: <www dominiopublico gov br> (com adapta-
os seguintes elementos:
ções)
A) Radical: é a parte invariável, que expressa o signi-
ficado essencial do verbo. Por exemplo: fal-ei; fal-
A correção gramatical do penúltimo parágrafo do tex-
-ava; fal-am. (radical fal-)
to seria preservada, embora seu sentido fosse alterado,
B) Tema: é o radical seguido da vogal temática que
caso o advérbio “não” fosse deslocado para imediata-
indica a conjugação a que pertence o verbo. Por
mente após “governo”.
exemplo: fala-r. São três as conjugações:
Resposta: Certo. Voltemos ao texto: (...) Tudo indica 1.ª - Vogal Temática - A - (falar), 2.ª - Vogal Temática
que o primeiro cuidado do governo devia ser não en- - E - (vender), 3.ª - Vogal Temática - I - (partir).
tregar a particulares tão perigosas pólvoras, que explo- C) Desinência modo-temporal: é o elemento que
dem assim sem mais nem menos, pondo pacíficas vidas designa o tempo e o modo do verbo. Por exemplo:
em constante perigo. Façamos a alteração proposta: o falávamos (indica o pretérito imperfeito do indicativo)
primeiro cuidado do governo não devia ser entregar... / falasse ( indica o pretérito imperfeito do subjuntivo)
Haveria correção gramatical, mas mudaríamos o sen- D) Desinência número-pessoal: é o elemento que
tido do texto, já que no original o que se quer dizer é designa a pessoa do discurso (1.ª, 2.ª ou 3.ª) e o
o primeiro cuidado do governo deve ser o de não entre- número (singular ou plural):
gar a particulares; com a alteração: o primeiro cuidado falamos (indica a 1.ª pessoa do plural.) / falavam
do governo não deve ser o de entregar a particulares, (indica a 3.ª pessoa do plural.)
ou seja, ele tem que tomar cuidado com outras coisas
primeiramente, depois com este fato.
FIQUE ATENTO!
3. (Ancine – Técnico Administrativo – cespe – 2012) O verbo pôr, assim como seus derivados
(compor, repor, depor), pertencem à 2.ª conju-
O riso é tão universal como a seriedade; ele abarca a to- gação, pois a forma arcaica do verbo pôr era
talidade do universo, toda a sociedade, a história, a con- poer. A vogal “e”, apesar de haver desapareci-
cepção de mundo. É uma verdade que se diz sobre o do do infinitivo, revela-se em algumas formas
mundo, que se estende a todas as coisas e à qual nada do verbo: põe, pões, põem, etc.
LÍNGUA PORTUGUESA

escapa. É, de alguma maneira, o aspecto festivo do mun-


do inteiro, em todos os seus níveis, uma espécie de se-
gunda revelação do mundo. 2. Formas Rizotônicas e Arrizotônicas
Mikhail Bakhtin. A cultura popular na Idade Média e o Re-
nascimento: o contexto de François Rabelais. São Paulo: Ao combinarmos os conhecimentos sobre a estrutura
Hucitec, 1987, p. 73 (com adaptações). dos verbos com o conceito de acentuação tônica, perce-
bemos com facilidade que nas formas rizotônicas o acen-
to tônico cai no radical do verbo: opino, aprendam, amo,

15
por exemplo. Nas formas arrizotônicas, o acento tônico Viajei a Madri há muitos anos. (há = faz)
não cai no radical, mas sim na terminação verbal (fora do
radical): opinei, aprenderão, amaríamos. 2. Fazer, ser e estar (quando indicam tempo)
Faz invernos rigorosos na Europa.
3. Classificação dos Verbos Era primavera quando o conheci.
Estava frio naquele dia.
Classificam-se em:
A) Regulares: são aqueles que apresentam o radi- 3. Todos os verbos que indicam fenômenos da natu-
cal inalterado durante a conjugação e desinências reza são impessoais: chover, ventar, nevar, gear, tro-
idênticas às de todos os verbos regulares da mes- vejar, amanhecer, escurecer, etc. Quando, porém,
ma conjugação. Por exemplo: comparemos os ver- se constrói, “Amanheci cansado”, usa-se o verbo
bos “cantar” e “falar”, conjugados no presente do “amanhecer” em sentido figurado. Qualquer verbo
Modo Indicativo: impessoal, empregado em sentido figurado, dei-
xa de ser impessoal para ser pessoal, ou seja, terá
canto falo conjugação completa.
Amanheci cansado. (Sujeito desinencial: eu)
cantas falas Choveram candidatos ao cargo. (Sujeito: candidatos)
canta falas Fiz quinze anos ontem. (Sujeito desinencial: eu)
cantamos falamos 4. O verbo passar (seguido de preposição), indicando
cantais falais tempo: Já passa das seis.
cantam falam
5. Os verbos bastar e chegar, seguidos da preposição
“de”, indicando suficiência:
Basta de tolices.
#FicaDica
Chega de promessas.
Observe que, retirando os radicais, as desi-
nências modo-temporal e número-pessoal 6. Os verbos estar e ficar em orações como “Está bem,
mantiveram-se idênticas. Tente fazer com Está muito bem assim, Não fica bem, Fica mal”, sem
outro verbo e perceberá que se repetirá o referência a sujeito expresso anteriormente (por
fato (desde que o verbo seja da primeira exemplo: “ele está mal”). Podemos, nesse caso,
conjugação e regular!). Faça com o verbo classificar o sujeito como hipotético, tornando-se,
“andar”, por exemplo. Substitua o radical tais verbos, pessoais.
“cant” e coloque o “and” (radical do verbo
andar). Viu? Fácil! 7. O verbo dar + para da língua popular, equivalente
de “ser possível”. Por exemplo:
Não deu para chegar mais cedo.
Dá para me arrumar uma apostila?
B) Irregulares: são aqueles cuja flexão provoca alte-
rações no radical ou nas desinências: faço, fiz, farei,
E) Unipessoais: são aqueles que, tendo sujeito, con-
fizesse.
jugam-se apenas nas terceiras pessoas, do singu-
lar e do plural. São unipessoais os verbos constar,
Observação:
convir, ser (= preciso, necessário) e todos os que
Alguns verbos sofrem alteração no radical apenas
indicam vozes de animais (cacarejar, cricrilar, miar,
para que seja mantida a sonoridade. É o caso de: corrigir/
latir, piar).
corrijo, fingir/finjo, tocar/toquei, por exemplo. Tais altera-
ções não caracterizam irregularidade, porque o fonema
Os verbos unipessoais podem ser usados como ver-
permanece inalterado.
bos pessoais na linguagem figurada:
Teu irmão amadureceu bastante.
C) Defectivos: são aqueles que não apresentam con-
O que é que aquela garota está cacarejando?
jugação completa. Os principais são adequar, pre-
caver, computar, reaver, abolir, falir.
Principais verbos unipessoais:
D) Impessoais: são os verbos que não têm sujeito
e, normalmente, são usados na terceira pessoa do
 Cumprir, importar, convir, doer, aprazer, pare-
singular. Os principais verbos impessoais são:
LÍNGUA PORTUGUESA

cer, ser (preciso, necessário):


Cumpre estudarmos bastante. (Sujeito: estudarmos
1. Haver, quando sinônimo de existir, acontecer, reali-
bastante)
zar-se ou fazer (em orações temporais).
Parece que vai chover. (Sujeito: que vai chover)
Havia muitos candidatos no dia da prova. (Havia =
É preciso que chova. (Sujeito: que chova)
Existiam)
Houve duas guerras mundiais. (Houve = Acontece-
 Fazer e ir, em orações que dão ideia de tempo,
ram)
seguidos da conjunção que.
Haverá debates hoje. (Haverá = Realizar-se-ão)

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Faz dez anos que viajei à Europa. (Sujeito: que viajei à Europa)
Vai para (ou Vai em ou Vai por) dez anos que não a vejo. (Sujeito: que não a vejo)

F) Abundantes: são aqueles que possuem duas ou mais formas equivalentes, geralmente no particípio, em que,
além das formas regulares terminadas em -ado ou -ido, surgem as chamadas formas curtas (particípio irregular).
O particípio regular (terminado em “–do”) é utilizado na voz ativa, ou seja, com os verbos ter e haver; o irregular é
empregado na voz passiva, ou seja, com os verbos ser, ficar e estar. Observe:

Infinitivo Particípio Regular Particípio Irregular


Aceitar Aceitado Aceito
Acender Acendido Aceso
Anexar Anexado Anexo
Benzer Benzido Bento
Corrigir Corrigido Correto
Dispersar Dispersado Disperso
Eleger Elegido Eleito
Envolver Envolvido Envolto
Imprimir Imprimido Impresso
Inserir Inserido Inserto
Limpar Limpado Limpo
Matar Matado Morto
Misturar Misturado Misto
Morrer Morrido Morto
Murchar Murchado Murcho
Pegar Pegado Pego
Romper Rompido Roto
Soltar Soltado Solto
Suspender Suspendido Suspenso
Tingir Tingido Tinto
Vagar Vagado Vago

FIQUE ATENTO!
Estes verbos e seus derivados possuem, apenas, o particípio irregular: abrir/aberto, cobrir/coberto, dizer/
dito, escrever/escrito, pôr/posto, ver/visto, vir/vindo.

G) Anômalos: são aqueles que incluem mais de um radical em sua conjugação. Existem apenas dois: ser (sou, sois,
fui) e ir (fui, ia, vades).

H) Auxiliares: São aqueles que entram na formação dos tempos compostos e das locuções verbais. O verbo prin-
cipal (aquele que exprime a ideia fundamental, mais importante), quando acompanhado de verbo auxiliar, é
expresso numa das formas nominais: infinitivo, gerúndio ou particípio.
Vou espantar todos!
LÍNGUA PORTUGUESA

(verbo auxiliar) (verbo principal no infinitivo)

Está chegando a hora!


(verbo auxiliar) (verbo principal no gerúndio)

Observação:
Os verbos auxiliares mais usados são: ser, estar, ter e haver.

17
4. Conjugação dos Verbos Auxiliares

4.1. SER - Modo Indicativo

Presente Pret.Perfeito Pret. Imp. Pret.mais-que-perf. Fut.do Pres. Fut. Do Pretérito


sou fui era fora serei seria
és foste eras foras serás serias
é foi era fora será seria
somos fomos éramos fôramos seremos seríamos
sois fostes éreis fôreis sereis seríeis
são foram eram foram serão seriam

4.2. SER - Modo Subjuntivo

Presente Pretérito Imperfeito Futuro


que eu seja se eu fosse quando eu for
que tu sejas se tu fosses quando tu fores
que ele seja se ele fosse quando ele for
que nós sejamos se nós fôssemos quando nós formos
que vós sejais se vós fôsseis quando vós fordes
que eles sejam se eles fossem quando eles forem

4.3. SER - Modo Imperativo

Afirmativo Negativo
sê tu não sejas tu
seja você não seja você
sejamos nós não sejamos nós
sede vós não sejais vós
sejam vocês não sejam vocês

4.4. SER - Formas Nominais

Infinitivo Impessoal Infinitivo Pessoal Gerúndio Particípio


ser ser eu sendo sido
seres tu
ser ele
sermos nós
serdes vós
serem eles
LÍNGUA PORTUGUESA

18
4.5. ESTAR - Modo Indicativo

Presente Pret. perf. Pret. Imp. Pret.mais-q-perf. Fut.doPres. Fut.do Preté.


estou estive estava estivera estarei estaria
estás estiveste estavas estiveras estarás estarias
está esteve estava estivera estará estaria
estamos estivemos estávamos estivéramos estaremos estaríamos
estais estivestes estáveis estivéreis estareis estaríeis
estão estiveram estavam estiveram estarão estariam

4.6. ESTAR - Modo Subjuntivo e Imperativo

Presente Pretérito Imperfeito Futuro Afirmativo Negativo


esteja estivesse estiver
estejas estivesses estiveres está estejas
esteja estivesse estiver esteja esteja
estejamos estivéssemos estivermos estejamos estejamos
estejais estivésseis estiverdes estai estejais
estejam estivessem estiverem estejam estejam

4.7. ESTAR - Formas Nominais

Infinitivo Impessoal Infinitivo Pessoal Gerúndio Particípio


estar estar estando estado
estares
estar
estarmos
estardes
estarem

4.8. HAVER - Modo Indicativo

Presente Pret. Perf. Pret. Imp. Pret.Mais-Q-Perf. Fut.do Pres. Fut.doPreté.


hei houve havia houvera haverei haveria
hás houveste havias houveras haverás haverias
há houve havia houvera haverá haveria
havemos houvemos havíamos houvéramos haveremos haveríamos
haveis houvestes havíeis houvéreis havereis haveríeis
hão houveram haviam houveram haverão haveriam
LÍNGUA PORTUGUESA

19
4.9. HAVER - Modo Subjuntivo e Imperativo

Presente Pretérito Imperfeito Futuro Afirmativo Negativo


ja houvesse houver
hajas houvesses houveres há hajas
haja houvesse houver haja haja
hajamos houvéssemos houvermos hajamos hajamos
hajais houvésseis houverdes havei hajais
hajam houvessem houverem hajam hajam

4.10. HAVER - Formas Nominais

Infinitivo Impessoal Infinitivo Pessoal Gerúndio Particípio


haver haver havendo havido
haveres
haver
havermos
haverdes
Haverem

4.11. TER - Modo Indicativo

Presente Pret. Perf. Pret. Imp. Preté.mais-q-perf. Fut. Do Pres. Fut. Do Preté.
tenho tive tinha tivera terei teria
tens tiveste tinhas tiveras terás terias
tem teve tinha tivera terá teria
temos tivemos tínhamos tivéramos teremos teríamos
tendes tivestes tínheis tivéreis tereis teríeis
têm tiveram tinham tiveram terão teriam

4.12. TER - Modo Subjuntivo e Imperativo

Presente Pretérito Imperfeito Futuro Afirmativo Negativo


tenha tivesse tiver
tenhas tivesses tiveres tem tenhas
tenha tivesse tiver tenha tenha
tenhamos tivéssemos tivermos tenhamos tenhamos
Tenhais tivésseis tiverdes tende tenhais
tenham tivessem tiverem tenham tenham

I) Pronominais: São aqueles verbos que se conjugam com os pronomes oblíquos átonos me, te, se, nos, vos, se, na
mesma pessoa do sujeito, expressando reflexibilidade (pronominais acidentais) ou apenas reforçando a ideia já
implícita no próprio sentido do verbo (pronominais essenciais). Veja:
LÍNGUA PORTUGUESA

 Essenciais: são aqueles que sempre se conjugam com os pronomes oblíquos me, te, se, nos, vos, se. São poucos:
abster-se, ater-se, apiedar-se, atrever-se, dignar-se, arrepender-se, etc. Nos verbos pronominais essenciais a refle-
xibilidade já está implícita no radical do verbo. Por exemplo: Arrependi-me de ter estado lá.

A ideia é de que a pessoa representada pelo sujeito (eu) tem um sentimento (arrependimento) que recai sobre ela mesma,
pois não recebe ação transitiva nenhuma vinda do verbo; o pronome oblíquo átono é apenas uma partícula integrante do
verbo, já que, pelo uso, sempre é conjugada com o verbo. Diz-se que o pronome apenas serve de reforço da ideia reflexiva
expressa pelo radical do próprio verbo. Veja uma conjugação pronominal essencial (verbo e respectivos pronomes):
Eu me arrependo, Tu te arrependes, Ele se arrepende, Nós nos arrependemos, Vós vos arrependeis, Eles se arrependem.

20
 Acidentais: são aqueles verbos transitivos diretos em que a ação exercida pelo sujeito recai sobre o objeto re-
presentado por pronome oblíquo da mesma pessoa do sujeito; assim, o sujeito faz uma ação que recai sobre ele
mesmo. Em geral, os verbos transitivos diretos ou transitivos diretos e indiretos podem ser conjugados com os
pronomes mencionados, formando o que se chama voz reflexiva. Por exemplo: A garota se penteava.
A reflexibilidade é acidental, pois a ação reflexiva pode ser exercida também sobre outra pessoa: A garota penteou-
-me.

Por fazerem parte integrante do verbo, os pronomes oblíquos átonos dos verbos pronominais não possuem função
sintática.
Há verbos que também são acompanhados de pronomes oblíquos átonos, mas que não são essencialmente prono-
minais - são os verbos reflexivos. Nos verbos reflexivos, os pronomes, apesar de se encontrarem na pessoa idêntica à
do sujeito, exercem funções sintáticas. Por exemplo:
Eu me feri. = Eu (sujeito) – 1.ª pessoa do singular; me (objeto direto) – 1.ª pessoa do singular.

5. Modos Verbais

Dá-se o nome de modo às várias formas assumidas pelo verbo na expressão de um fato certo, real, verdadeiro.
Existem três modos:
A) Indicativo - indica uma certeza, uma realidade: Eu estudo para o concurso.
B) Subjuntivo - indica uma dúvida, uma possibilidade: Talvez eu estude amanhã.
C) Imperativo - indica uma ordem, um pedido: Estude, colega!

6. Formas Nominais

Além desses três modos, o verbo apresenta ainda formas que podem exercer funções de nomes (substantivo, adje-
tivo, advérbio), sendo por isso denominadas formas nominais. Observe:

A) Infinitivo
A.1 Impessoal: exprime a significação do verbo de modo vago e indefinido, podendo ter valor e função de subs-
tantivo. Por exemplo:
Viver é lutar. (= vida é luta)
É indispensável combater a corrupção. (= combate à)

O infinitivo impessoal pode apresentar-se no presente (forma simples) ou no passado (forma composta). Por exem-
plo:
É preciso ler este livro.
Era preciso ter lido este livro.

A.2 Infinitivo Pessoal: é o infinitivo relacionado às três pessoas do discurso. Na 1.ª e 3.ª pessoas do singular, não
apresenta desinências, assumindo a mesma forma do impessoal; nas demais, flexiona-se da seguinte maneira:
2.ª pessoa do singular: Radical + ES = teres (tu)
1.ª pessoa do plural: Radical + MOS = termos (nós)
2.ª pessoa do plural: Radical + DES = terdes (vós)
3.ª pessoa do plural: Radical + EM = terem (eles)
Foste elogiado por teres alcançado uma boa colocação.

B) Gerúndio: o gerúndio pode funcionar como adjetivo ou advérbio. Por exemplo:


Saindo de casa, encontrei alguns amigos. (função de advérbio)
Água fervendo, pele ardendo. (função de adjetivo)

Na forma simples (1), o gerúndio expressa uma ação em curso; na forma composta (2), uma ação concluída:
Trabalhando (1), aprenderás o valor do dinheiro.
Tendo trabalhado (2), aprendeu o valor do dinheiro.
LÍNGUA PORTUGUESA

Quando o gerúndio é vício de linguagem (gerundismo), ou seja, uso exagerado e inadequado do gerúndio:
1. Enquanto você vai ao mercado, vou estar jogando futebol.
2. – Sim, senhora! Vou estar verificando!
Em 1, a locução “vou estar” + gerúndio é adequada, pois transmite a ideia de uma ação que ocorre no momento da
outra; em 2, essa ideia não ocorre, já que a locução verbal “vou estar verificando” refere-se a um futuro em andamento,
exigindo, no caso, a construção “verificarei” ou “vou verificar”.

21
C) Particípio: quando não é empregado na formação dos tempos compostos, o particípio indica, geralmente, o re-
sultado de uma ação terminada, flexionando-se em gênero, número e grau. Por exemplo: Terminados os exames,
os candidatos saíram.
Quando o particípio exprime somente estado, sem nenhuma relação temporal, assume verdadeiramente a função
de adjetivo. Por exemplo: Ela é a aluna escolhida pela turma.

(Ziraldo)

8. Tempos Verbais

Tomando-se como referência o momento em que se fala, a ação expressa pelo verbo pode ocorrer em diversos
tempos.

A) Tempos do Modo Indicativo


Presente - Expressa um fato atual: Eu estudo neste colégio.
Pretérito Imperfeito - Expressa um fato ocorrido num momento anterior ao atual, mas que não foi completamente
terminado: Ele estudava as lições quando foi interrompido.
Pretérito Perfeito - Expressa um fato ocorrido num momento anterior ao atual e que foi totalmente terminado: Ele
estudou as lições ontem à noite.
Pretérito-mais-que-perfeito - Expressa um fato ocorrido antes de outro fato já terminado: Ele já estudara as lições
quando os amigos chegaram. (forma simples).
Futuro do Presente - Enuncia um fato que deve ocorrer num tempo vindouro com relação ao momento atual: Ele
estudará as lições amanhã.
Futuro do Pretérito - Enuncia um fato que pode ocorrer posteriormente a um determinado fato passado: Se ele
pudesse, estudaria um pouco mais.

B) Tempos do Modo Subjuntivo


Presente - Enuncia um fato que pode ocorrer no momento atual: É conveniente que estudes para o exame.
Pretérito Imperfeito - Expressa um fato passado, mas posterior a outro já ocorrido: Eu esperava que ele vencesse
o jogo.
Futuro do Presente - Enuncia um fato que pode ocorrer num momento futuro em relação ao atual: Quando ele vier
à loja, levará as encomendas.

FIQUE ATENTO!
Há casos em que formas verbais de um determinado tempo podem ser utilizadas para indicar outro.
Em 1500, Pedro Álvares Cabral descobre o Brasil.
descobre = forma do presente indicando passado ( = descobrira/descobriu)

No próximo final de semana, faço a prova!


faço = forma do presente indicando futuro ( = farei)
LÍNGUA PORTUGUESA

22
Tabelas das Conjugações Verbais

1. Modo Indicativo

1.1. Presente do Indicativo

1.ª conjugação 2.ª conjugação 3.ª conjugação Desinência pessoal


CANTAR VENDER PARTIR
cantO vendO partO O
cantaS vendeS parteS S
canta vende parte -
cantaMOS vendeMOS partiMOS MOS
cantaIS vendeIS partIS IS
cantaM vendeM parteM M

1.2. Pretérito Perfeito do Indicativo

1.ª conjugação 2.ª conjugação 3.ª conjugação Desinência pessoal


CANTAR VENDER PARTIR
canteI vendI partI I
cantaSTE vendeSTE partISTE STE
cantoU vendeU partiU U
cantaMOS vendeMOS partiMOS MOS
cantaSTES vendeSTES partISTES STES
cantaRAM vendeRAM partiRAM RAM

1.3. Pretérito mais-que-perfeito

1.ª conjugação 2.ª conjugação 3.ª conjugação Des. temporal Desinência pessoal
1.ª/2.ª e 3.ª conj.
CANTAR VENDER PARTIR
cantaRA vendeRA partiRA RA Ø
cantaRAS vendeRAS partiRAS RA S
cantaRA vendeRA partiRA RA Ø
cantáRAMOS vendêRAMOS partíRAMOS RA MOS
cantáREIS vendêREIS partíREIS RE IS
cantaRAM vendeRAM partiRAM RA M

1.4. Pretérito Imperfeito do Indicativo

1.ª conjugação 2.ª conjugação 3ª. conjugação


CANTAR VENDER PARTIR
cantAVA vendIA partIA
LÍNGUA PORTUGUESA

cantAVAS vendIAS partAS


CantAVA vendIA partIA
cantÁVAMOS vendÍAMOS partÍAMOS
cantÁVEIS vendÍEIS partÍEIS
cantAVAM vendIAM partIAM

23
1.5. Futuro do Presente do Indicativo

1.ª conjugação 2.ª conjugação 3.ª conjugação


CANTAR VENDER PARTIR
cantar ei vender ei partir ei
cantar ás vender ás partir ás
cantar á vender á partir á
cantar emos vender emos partir emos
cantar eis vender eis partir eis
cantar ão vender ão partir ão

1.6. Futuro do Pretérito do Indicativo

1.ª conjugação 2.ª conjugação 3.ª conjugação


CANTAR VENDER PARTIR
cantarIA venderIA partirIA
cantarIAS venderIAS partirIAS
cantarIA venderIA partirIA
cantarÍAMOS venderÍAMOS partirÍAMOS
cantarÍEIS venderÍEIS partirÍEIS
cantarIAM venderIAM partirIAM

1.7. Presente do Subjuntivo

Para se formar o presente do subjuntivo, substitui-se a desinência -o da primeira pessoa do singular do presente do
indicativo pela desinência -E (nos verbos de 1.ª conjugação) ou pela desinência -A (nos verbos de 2.ª e 3.ª conjugação).

1.ª conjug. 2.ª conjug. 3.ª conju. Desinên. pessoal Des. temporal Des.temporal
1.ª conj. 2.ª/3.ª conj.
CANTAR VENDER PARTIR
cantE vendA partA E A Ø
cantES vendAS partAS E A S
cantE vendA partA E A Ø
cantEMOS vendAMOS partAMOS E A MOS
cantEIS vendAIS partAIS E A IS
cantEM vendAM partAM E A M
LÍNGUA PORTUGUESA

24
1.8. Pretérito Imperfeito do Subjuntivo

Para formar o imperfeito do subjuntivo, elimina-se a desinência -STE da 2.ª pessoa do singular do pretérito perfeito,
obtendo-se, assim, o tema desse tempo. Acrescenta-se a esse tema a desinência temporal -SSE mais a desinência de
número e pessoa correspondente.

1.ª conjugação 2.ª conjugação 3.ª conjugação Des. temporal Desin. pessoal
1.ª /2.ª e 3.ª conj.
CANTAR VENDER PARTIR
cantaSSE vendeSSE partiSSE SSE Ø
cantaSSES vendeSSES partiSSES SSE S
cantaSSE vendeSSE partiSSE SSE Ø
cantáSSEMOS vendêSSEMOS partíSSEMOS SSE MOS
cantáSSEIS vendêSSEIS partíSSEIS SSE IS
cantaSSEM vendeSSEM partiSSEM SSE M

1.9. Futuro do Subjuntivo

Para formar o futuro do subjuntivo elimina-se a desinência -STE da 2.ª pessoa do singular do pretérito perfeito, ob-
tendo-se, assim, o tema desse tempo. Acrescenta-se a esse tema a desinência temporal -R mais a desinência de número
e pessoa correspondente.

1.ª conjugação 2.ª conjugação 3.ª conjugação Des. temporal Desin. pessoal
1.ª /2.ª e 3.ª conj.
CANTAR VENDER PARTIR
cantaR vendeR partiR Ø
cantaRES vendeRES partiRES R ES
cantaR vendeR partiR Ø
cantaRMOS vendeRMOS partiRMOS R MOS
cantaRDES vendeRDES partiRDES R DES
cantaREM vendeREM partiREM R EM

C) Modo Imperativo

1. Imperativo Afirmativo

Para se formar o imperativo afirmativo, toma-se do presente do indicativo a 2.ª pessoa do singular (tu) e a segunda
pessoa do plural (vós) eliminando-se o “S” final. As demais pessoas vêm, sem alteração, do presente do subjuntivo. Veja:

Presente do Indicativo Imperativo Afirmativo Presente do Subjuntivo


Eu canto --- Que eu cante
Tu cantas CantA tu Que tu cantes
Ele canta Cante você Que ele cante
Nós cantamos Cantemos nós Que nós cantemos
LÍNGUA PORTUGUESA

Vós cantais CantAI vós Que vós canteis


Eles cantam Cantem vocês Que eles cantem

25
2. Imperativo Negativo

Para se formar o imperativo negativo, basta antecipar a negação às formas do presente do subjuntivo.

Presente do Subjuntivo Imperativo Negativo

Que eu cante ---


Que tu cantes Não cantes tu
Que ele cante Não cante você
Que nós cantemos Não cantemos nós
Que vós canteis Não canteis vós
Que eles cantem Não cantem eles

 No modo imperativo não faz sentido usar na 3.ª pessoa (singular e plural) as formas ele/eles, pois uma ordem,
pedido ou conselho só se aplicam diretamente à pessoa com quem se fala. Por essa razão, utiliza-se você/vocês.
 O verbo SER, no imperativo, faz excepcionalmente: sê (tu), sede (vós).

3. Infinitivo Pessoal

1.ª conjugação 2.ª conjugação 3.ª conjugação


CANTAR VENDER PARTIR
cantar vender partir
cantarES venderES partirES
cantar vender partir
cantarMOS venderMOS partirMOS
cantarDES venderDES partirDES
cantarEM venderEM partirEM

 O verbo parecer admite duas construções:


Elas parecem gostar de você. (forma uma locução verbal)
Elas parece gostarem de você. (verbo com sujeito oracional, correspondendo à construção: parece gostarem de você).

 O verbo pegar possui dois particípios (regular e irregular):


Elvis tinha pegado minhas apostilas.
Minhas apostilas foram pegas.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
SACCONI, Luiz Antônio. Nossa gramática completa Sacconi. 30.ª ed. Rev. São Paulo: Nova Geração, 2010.
Português linguagens: volume 2 / Wiliam Roberto Cereja, Thereza Cochar Magalhães. – 7.ª ed. Reform. – São Paulo: Saraiva, 2010.
Português: novas palavras: literatura, gramática, redação / Emília Amaral... [et al.]. – São Paulo: FTD, 2000.

SITE
http://www.soportugues.com.br/secoes/morf/morf54.php

VOZES DO VERBO

Dá-se o nome de voz à maneira como se apresenta a ação expressa pelo verbo em relação ao sujeito, indicando
se este é paciente ou agente da ação. Importante lembrar que voz verbal não é flexão, mas aspecto verbal. São três as
vozes verbais:
LÍNGUA PORTUGUESA

A) Ativa = quando o sujeito é agente, isto é, pratica a ação expressa pelo verbo:
Ele fez o trabalho.
sujeito agente ação objeto (paciente)

B) Passiva = quando o sujeito é paciente, recebendo a ação expressa pelo verbo:


O trabalho foi feito por ele.
sujeito paciente ação agente da passiva

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C) Reflexiva = quando o sujeito é, ao mesmo tempo, agente e paciente, isto é, pratica e recebe a ação:
O menino feriu-se.

#FicaDica
Não confundir o emprego reflexivo do verbo com a noção de reciprocidade:
Os lutadores feriram-se. (um ao outro)
Nós nos amamos. (um ama o outro)

1. Formação da Voz Passiva

A voz passiva pode ser formada por dois processos: analítico e sintético.
A) Voz Passiva Analítica = Constrói-se da seguinte maneira:
Verbo SER + particípio do verbo principal. Por exemplo:
A escola será pintada pelos alunos. (na ativa teríamos: os alunos pintarão a escola)
O trabalho é feito por ele. (na ativa: ele faz o trabalho)

Observações:
 O agente da passiva geralmente é acompanhado da preposição por, mas pode ocorrer a construção com a pre-
posição de. Por exemplo: A casa ficou cercada de soldados.
 Pode acontecer de o agente da passiva não estar explícito na frase: A exposição será aberta amanhã.
 A variação temporal é indicada pelo verbo auxiliar (SER), pois o particípio é invariável. Observe a transformação
das frases seguintes:

Ele fez o trabalho. (pretérito perfeito do Indicativo)


O trabalho foi feito por ele. (verbo ser no pretérito perfeito do Indicativo, assim como o verbo principal da voz ativa)

Ele faz o trabalho. (presente do indicativo)


O trabalho é feito por ele. (ser no presente do indicativo)

Ele fará o trabalho. (futuro do presente)


O trabalho será feito por ele. (futuro do presente)

 Nas frases com locuções verbais, o verbo SER assume o mesmo tempo e modo do verbo principal da voz ativa.
Observe a transformação da frase seguinte:
O vento ia levando as folhas. (gerúndio)
As folhas iam sendo levadas pelo vento. (gerúndio)
B) Voz Passiva Sintética = A voz passiva sintética - ou pronominal - constrói-se com o verbo na 3.ª pessoa, seguido
do pronome apassivador “se”. Por exemplo:
Abriram-se as inscrições para o concurso.
Destruiu-se o velho prédio da escola.

Observação:
O agente não costuma vir expresso na voz passiva sintética.

1.1 Conversão da Voz Ativa na Voz Passiva

Pode-se mudar a voz ativa na passiva sem alterar substancialmente o sentido da frase.
O concurseiro comprou a apostila. (Voz Ativa)
Sujeito da Ativa objeto Direto

A apostila foi comprada pelo concurseiro. (Voz Passiva)


Sujeito da Passiva Agente da Passiva
LÍNGUA PORTUGUESA

Observe que o objeto direto será o sujeito da passiva; o sujeito da ativa passará a agente da passiva, e o verbo ativo
assumirá a forma passiva, conservando o mesmo tempo.
Os mestres têm constantemente aconselhado os alunos.
Os alunos têm sido constantemente aconselhados pelos mestres.

Eu o acompanharei.
Ele será acompanhado por mim.

27
Quando o sujeito da voz ativa for indeterminado, não
de cabra caprino
haverá complemento agente na passiva. Por exemplo:
Prejudicaram-me. / Fui prejudicado. de campo campestre ou rural
Com os verbos neutros (nascer, viver, morrer, dormir, de chuva pluvial
acordar, sonhar, etc.) não há voz ativa, passiva ou refle-
xiva, porque o sujeito não pode ser visto como agente, de criança pueril
paciente ou agente paciente. de dedo digital
de estômago estomacal ou gástrico
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
SACCONI, Luiz Antônio. Nossa gramática completa de falcão falconídeo
Sacconi. 30.ª ed. Rev. São Paulo: Nova Geração, 2010. de farinha farináceo
Português linguagens: volume 2 / Wiliam Roberto Ce-
reja, Thereza Cochar Magalhães. – 7.ª ed. Reform. – São de fera ferino
Paulo: Saraiva, 2010. de ferro férreo
Português: novas palavras: literatura, gramática, reda-
de fogo ígneo
ção / Emília Amaral... [et al.]. – São Paulo: FTD, 2000.
de garganta gutural
SITE de gelo glacial
http://www.sopor tugues.com.br/secoes/morf/
morf54.php de guerra bélico
de homem viril ou humano
de ilha insular
DOMÍNIO DA ESTRUTURA
MORFOSSINTÁTICA DO PERÍODO. de inverno hibernal ou invernal
EMPREGO DAS CLASSES DE PALAVRAS. de lago lacustre
RELAÇÕES DE COORDENAÇÃO ENTRE de leão leonino
ORAÇÕES E ENTRE TERMOS DA ORAÇÃO.
de lebre l eporino
RELAÇÕES DE SUBORDINAÇÃO ENTRE
ORAÇÕES E ENTRE TERMOS DA ORAÇÃO. de lua lunar ou selênico
de madeira lígneo
Adjetivo de mestre magistral

É a palavra que expressa uma qualidade ou caracte- de ouro áureo


rística do ser e se relaciona com o substantivo, concor- de paixão passional
dando com este em gênero e número. de pâncreas pancreático
As praias brasileiras estão poluídas.
Praias = substantivo; brasileiras/poluídas = adjetivos de porco suíno ou porcino
(plural e feminino, pois concordam com “praias”). dos quadris ciático

1. Locução adjetiva de rio fluvial


de sonho onírico
Locução = reunião de palavras. Sempre que são ne- de velho senil
cessárias duas ou mais palavras para falar sobre a mes-
ma coisa, tem-se locução. Às vezes, uma preposição + de vento eólico
substantivo tem o mesmo valor de um adjetivo: é a Lo- de vidro vítreo ou hialino
cução Adjetiva (expressão que equivale a um adjetivo).
Por exemplo: aves da noite (aves noturnas), paixão sem de virilha inguinal
freio (paixão desenfreada). de visão óptico ou ótico
Observe outros exemplos:
Observação:
Nem toda locução adjetiva possui um adjetivo corres-
de águia aquilino pondente, com o mesmo significado: Vi as alunas da 5ª
de aluno discente série. / O muro de tijolos caiu.
LÍNGUA PORTUGUESA

de anjo angelical 2 Morfossintaxe do Adjetivo (Função Sintática):


de ano anual
O adjetivo exerce sempre funções sintáticas (função
de aranha aracnídeo dentro de uma oração) relativas aos substantivos, atuan-
de boi bovino do como adjunto adnominal ou como predicativo (do
sujeito ou do objeto).
de cabelo capilar

28
3 Adjetivo Pátrio (ou gentílico)

Indica a nacionalidade ou o lugar de origem do ser. Observe alguns deles:

Estados e cidades brasileiras:

Alagoas alagoano
Amapá amapaense
Aracaju aracajuano ou aracajuense
Amazonas amazonense ou baré
Belo Horizonte belo-horizontino
Brasília brasiliense
Cabo Frio cabo-friense
Campinas campineiro ou campinense

4 Adjetivo Pátrio Composto

Na formação do adjetivo pátrio composto, o primeiro elemento aparece na forma reduzida e, normalmente, erudita.
Observe alguns exemplos:

África afro- / Cultura afro-americana


Alemanha germano- ou teuto-/Competições teuto-inglesas
América américo- / Companhia américo-africana
Bélgica belgo- / Acampamentos belgo-franceses
China sino- / Acordos sino-japoneses
Espanha hispano- / Mercado hispano-português
Europa euro- / Negociações euro-americanas
França franco- ou galo- / Reuniões franco-italianas
Grécia greco- / Filmes greco-romanos
Inglaterra anglo- / Letras anglo-portuguesas
Itália ítalo- / Sociedade ítalo-portuguesa
Japão nipo- / Associações nipo-brasileiras
Portugal luso- / Acordos luso-brasileiros

5 Flexão dos adjetivos

O adjetivo varia em gênero, número e grau.

6. Gênero dos Adjetivos

Os adjetivos concordam com o substantivo a que se referem (masculino e feminino). De forma semelhante aos
substantivos, classificam-se em:

A) Biformes - têm duas formas, sendo uma para o masculino e outra para o feminino: ativo e ativa, mau e má.
Se o adjetivo é composto e biforme, ele flexiona no feminino somente o último elemento: o moço norte-americano,
a moça norte-americana.
Exceção: surdo-mudo e surda-muda.
LÍNGUA PORTUGUESA

B) Uniformes - têm uma só forma tanto para o masculino como para o feminino: homem feliz e mulher feliz.
Se o adjetivo é composto e uniforme, fica invariável no feminino: conflito político-social e desavença político-social.

29
7 Número dos Adjetivos Sou mais alto (do) que você. = Comparativo de Su-
perioridade
A) Plural dos adjetivos simples
Os adjetivos simples se flexionam no plural de acordo Sílvia é menos alta que Tiago. = Comparativo de In-
com as regras estabelecidas para a flexão numérica dos ferioridade
substantivos simples: mau e maus, feliz e felizes, ruim e
ruins, boa e boas. Alguns adjetivos possuem, para o comparativo de
Caso o adjetivo seja uma palavra que também exerça superioridade, formas sintéticas, herdadas do latim. São
função de substantivo, ficará invariável, ou seja, se a pa- eles: bom /melhor, pequeno/menor, mau/pior, alto/supe-
lavra que estiver qualificando um elemento for, original- rior, grande/maior, baixo/inferior.
mente, um substantivo, ela manterá sua forma primitiva.
Exemplo: a palavra cinza é, originalmente, um substanti- Observe que:
vo; porém, se estiver qualificando um elemento, funcio-  As formas menor e pior são comparativos de su-
nará como adjetivo. Ficará, então, invariável. Logo: cami- perioridade, pois equivalem a mais pequeno e mais
sas cinza, ternos cinza. mau, respectivamente.
Motos vinho (mas: motos verdes)  Bom, mau, grande e pequeno têm formas sintéticas
Paredes musgo (mas: paredes brancas). (melhor, pior, maior e menor), porém, em compa-
Comícios monstro (mas: comícios grandiosos). rações feitas entre duas qualidades de um mesmo
elemento, deve-se usar as formas analíticas mais
B) Adjetivo Composto bom, mais mau,mais grande e mais pequeno. Por
É aquele formado por dois ou mais elementos. Nor- exemplo:
malmente, esses elementos são ligados por hífen. Ape- Pedro é maior do que Paulo - Comparação de dois
nas o último elemento concorda com o substantivo a que elementos.
se refere; os demais ficam na forma masculina, singular. Pedro é mais grande que pequeno - comparação de
Caso um dos elementos que formam o adjetivo com- duas qualidades de um mesmo elemento.
posto seja um substantivo adjetivado, todo o adjetivo Sou menos alto (do) que você. = Comparativo de In-
composto ficará invariável. Por exemplo: a palavra “rosa” ferioridade
é, originalmente, um substantivo, porém, se estiver qua- Sou menos passivo (do) que tolerante.
lificando um elemento, funcionará como adjetivo. Caso
se ligue a outra palavra por hífen, formará um adjetivo B) Superlativo
composto; como é um substantivo adjetivado, o adjetivo O superlativo expressa qualidades num grau muito
composto inteiro ficará invariável. Veja: elevado ou em grau máximo. Pode ser absoluto ou rela-
Camisas rosa-claro. tivo e apresenta as seguintes modalidades:
Ternos rosa-claro. B.1 Superlativo Absoluto: ocorre quando a quali-
Olhos verde-claros. dade de um ser é intensificada, sem relação com outros
Calças azul-escuras e camisas verde-mar. seres. Apresenta-se nas formas:
Telhados marrom-café e paredes verde-claras.  Analítica: a intensificação é feita com o auxílio de
palavras que dão ideia de intensidade (advérbios).
Observação: Por exemplo: O concurseiro é muito esforçado.
Azul-marinho, azul-celeste, ultravioleta e qualquer  Sintética: nessa, há o acréscimo de sufixos. Por
adjetivo composto iniciado por “cor-de-...” são sempre exemplo: O concurseiro é esforçadíssimo.
invariáveis: roupas azul-marinho, tecidos azul-celeste, Observe alguns superlativos sintéticos:
vestidos cor-de-rosa.
O adjetivo composto surdo-mudo tem os dois ele- benéfico - beneficentíssimo
mentos flexionados: crianças surdas-mudas.
bom - boníssimo ou ótimo
8 Grau do Adjetivo comum - comuníssimo

Os adjetivos se flexionam em grau para indicar a in- cruel - crudelíssimo


tensidade da qualidade do ser. São dois os graus do ad- difícil - dificílimo
jetivo: o comparativo e o superlativo. doce - dulcíssimo
A) Comparativo fácil - facílimo
Nesse grau, comparam-se a mesma característica fiel - fidelíssimo
LÍNGUA PORTUGUESA

atribuída a dois ou mais seres ou duas ou mais caracte-


rísticas atribuídas ao mesmo ser. O comparativo pode ser B.2 Superlativo Relativo: ocorre quando a qualidade
de igualdade, de superioridade ou de inferioridade. de um ser é intensificada em relação a um conjunto de
Sou tão alto como você. = Comparativo de Igualdade seres. Essa relação pode ser:
No comparativo de igualdade, o segundo termo da  De Superioridade: Essa matéria é a mais fácil de
comparação é introduzido pelas palavras como, quanto todas.
ou quão.  De Inferioridade: Essa matéria é a menos fácil de
todas.

30
O superlativo absoluto analítico é expresso por meio  de inferioridade: menos + advérbio + que (do
dos advérbios muito, extremamente, excepcionalmente, que): Renato fala menos alto do que João.
antepostos ao adjetivo.  de superioridade:
O superlativo absoluto sintético se apresenta sob A.1 Analítico: mais + advérbio + que (do que): Renato
duas formas: uma erudita - de origem latina – e outra fala mais alto do que João.
popular - de origem vernácula. A forma erudita é cons- A.2 Sintético: melhor ou pior que (do que): Renato
tituída pelo radical do adjetivo latino + um dos sufixos fala melhor que João.
-íssimo, -imo ou érrimo: fidelíssimo, facílimo, paupérrimo;
a popular é constituída do radical do adjetivo português B) Grau Superlativo
+ o sufixo -íssimo: pobríssimo, agilíssimo. O superlativo pode ser analítico ou sintético:
Os adjetivos terminados em –io fazem o superlativo B.1 Analítico: acompanhado de outro advérbio: Re-
com dois “ii”: frio – friíssimo, sério – seriíssimo; os termi- nato fala muito alto.
nados em –eio, com apenas um “i”: feio - feíssimo, cheio muito = advérbio de intensidade / alto = advérbio
– cheíssimo. de modo
B.2 Sintético: formado com sufixos: Renato fala al-
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS tíssimo.
Português linguagens: volume 2 / Wiliam Roberto Ce-
reja, Thereza Cochar Magalhães. – 7.ª ed. Reform. – São Observação:
Paulo: Saraiva, 2010. As formas diminutivas (cedinho, pertinho, etc.) são
SACCONI, Luiz Antônio. Nossa gramática completa comuns na língua popular.
Sacconi. 30.ª ed. Rev. São Paulo: Nova Geração, 2010. Maria mora pertinho daqui. (muito perto)
Português: novas palavras: literatura, gramática, re- A criança levantou cedinho. (muito cedo)
dação / Emília Amaral... [et al.]. – São Paulo: FTD, 2000.

SITE 2. Classificação dos Advérbios


http://www.sopor tugues.com.br/secoes/morf/
morf32.php De acordo com a circunstância que exprime, o advér-
bio pode ser de:
Advérbio A) Lugar: aqui, antes, dentro, ali, adiante, fora, aco-
lá, atrás, além, lá, detrás, aquém, cá, acima, onde,
Compare estes exemplos: perto, aí, abaixo, aonde, longe, debaixo, algures, de-
O ônibus chegou. fronte, nenhures, adentro, afora, alhures, nenhures,
O ônibus chegou ontem. aquém, embaixo, externamente, à distância, à dis-
tância de, de longe, de perto, em cima, à direita, à
Advérbio é uma palavra invariável que modifica o esquerda, ao lado, em volta.
sentido do verbo (acrescentando-lhe circunstâncias de B) Tempo: hoje, logo, primeiro, ontem, tarde, outrora,
tempo, de modo, de lugar, de intensidade), do adjetivo e amanhã, cedo, dantes, depois, ainda, antigamente,
do próprio advérbio. antes, doravante, nunca, então, ora, jamais, agora,
Estudei bastante. = modificando o verbo estudei sempre, já, enfim, afinal, amiúde, breve, constan-
Ele canta muito bem! = intensificando outro advérbio temente, entrementes, imediatamente, primeira-
(bem) mente, provisoriamente, sucessivamente, às vezes,
Ela tem os olhos muito claros. = relação com um ad- à tarde, à noite, de manhã, de repente, de vez em
jetivo (claros) quando, de quando em quando, a qualquer mo-
mento, de tempos em tempos, em breve, hoje em
Quando modifica um verbo, o advérbio pode acres- dia.
centar ideia de: C) Modo: bem, mal, assim, adrede, melhor, pior, de-
Tempo: Ela chegou tarde. pressa, acinte, debalde, devagar, às pressas, às cla-
Lugar: Ele mora aqui. ras, às cegas, à toa, à vontade, às escondidas, aos
Modo: Eles agiram mal. poucos, desse jeito, desse modo, dessa maneira, em
Negação: Ela não saiu de casa. geral, frente a frente, lado a lado, a pé, de cor, em
Dúvida: Talvez ele volte.
vão e a maior parte dos que terminam em “-men-
te”: calmamente, tristemente, propositadamente,
1. Flexão do Advérbio
pacientemente, amorosamente, docemente, escan-
dalosamente, bondosamente, generosamente.
Os advérbios são palavras invariáveis, isto é, não
D) Afirmação: sim, certamente, realmente, decerto,
LÍNGUA PORTUGUESA

apresentam variação em gênero e número. Alguns ad-


efetivamente, certo, decididamente, deveras, indu-
vérbios, porém, admitem a variação em grau. Observe:
bitavelmente.
A) Grau Comparativo E) Negação: não, nem, nunca, jamais, de modo algum,
Forma-se o comparativo do advérbio do mesmo de forma nenhuma, tampouco, de jeito nenhum.
modo que o comparativo do adjetivo: F) Dúvida: acaso, porventura, possivelmente, pro-
 de igualdade: tão + advérbio + quanto (como): vavelmente, quiçá, talvez, casualmente, por certo,
Renato fala tão alto quanto João. quem sabe.

31
G) Intensidade: muito, demais, pouco, tão, em ex- 4. Advérbios Interrogativos
cesso, bastante, mais, menos, demasiado, quanto,
quão, tanto, assaz, que (equivale a quão), tudo, São as palavras: onde? aonde? donde? quando? como?
nada, todo, quase, de todo, de muito, por completo, por quê? nas interrogações diretas ou indiretas, referentes
extremamente, intensamente, grandemente, bem às circunstâncias de lugar, tempo, modo e causa. Veja:
(quando aplicado a propriedades graduáveis).
H) Exclusão: apenas, exclusivamente, salvo, senão, so- Interrogação Direta Interrogação Indireta
mente, simplesmente, só, unicamente. Por exemplo:
Brando, o vento apenas move a copa das árvores. Como aprendeu? Perguntei como aprendeu.
I) Inclusão: ainda, até, mesmo, inclusivamente, tam- Onde mora? Indaguei onde morava.
bém. Por exemplo: O indivíduo também amadurece
Por que choras? Não sei por que choras.
durante a adolescência.
J) Ordem: depois, primeiramente, ultimamente. Por Aonde vai? Perguntei aonde ia.
exemplo: Primeiramente, eu gostaria de agradecer Donde vens? Pergunto donde vens.
aos meus amigos por comparecerem à festa.
Quando voltas? Pergunto quando voltas.
Saiba que:
Para se exprimir o limite de possibilidade, antepõe-se 5. Locução Adverbial
ao advérbio “o mais” ou “o menos”. Por exemplo: Ficarei
o mais longe que puder daquele garoto. Voltarei o menos Quando há duas ou mais palavras que exercem função
tarde possível. de advérbio, temos a locução adverbial, que pode expres-
sar as mesmas noções dos advérbios. Iniciam ordinaria-
Quando ocorrem dois ou mais advérbios em -mente, mente por uma preposição. Veja:
em geral sufixamos apenas o último: O aluno respondeu A) lugar: à esquerda, à direita, de longe, de perto,
calma e respeitosamente. para dentro, por aqui, etc.
B) afirmação: por certo, sem dúvida, etc.
3. Distinção entre Advérbio e Pronome Indefinido C) modo: às pressas, passo a passo, de cor, em vão,
em geral, frente a frente, etc.
D) tempo: de noite, de dia, de vez em quando, à tarde,
Há palavras como muito, bastante, que podem apare-
hoje em dia, nunca mais, etc.
cer como advérbio e como pronome indefinido.
A locução adverbial e o advérbio modificam o verbo, o
adjetivo e outro advérbio:
Advérbio: refere-se a um verbo, adjetivo, ou a outro Chegou muito cedo. (advérbio)
advérbio e não sofre flexões. Por exemplo: Eu corri muito. Joana é muito bela. (adjetivo)
Pronome Indefinido: relaciona-se a um substantivo De repente correram para a rua. (verbo)
e sofre flexões. Por exemplo: Eu corri muitos quilômetros.
Usam-se, de preferência, as formas mais bem e mais
mal antes de adjetivos ou de verbos no particípio:
#FicaDica Essa matéria é mais bem interessante que aquela.
Nosso aluno foi o mais bem colocado no concurso!
Como saber se a palavra bastante é advérbio O numeral “primeiro”, ao modificar o verbo, é advér-
(não varia, não se flexiona) ou pronome indefi- bio: Cheguei primeiro.
nido (varia, sofre flexão)? Se der, na frase, para
substituir o “bastante” por “muito”, estamos Quanto a sua função sintática: o advérbio e a locução
diante de um advérbio; se der para substituir adverbial desempenham na oração a função de adjunto ad-
por “muitos” (ou muitas), é um pronome. Veja: verbial, classificando-se de acordo com as circunstâncias que
1. Estudei bastante para o concurso. (estudei acrescentam ao verbo, ao adjetivo ou ao advérbio. Exemplo:
muito, pois “muitos” não dá!) = advérbio Meio cansada, a candidata saiu da sala. = adjunto ad-
2. Estudei bastantes capítulos para o concurso. verbial de intensidade (ligado ao adjetivo “cansada”)
(estudei muitos capítulos) = pronome indefini- Trovejou muito ontem. = adjunto adverbial de intensi-
do dade e de tempo, respectivamente.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Português linguagens: volume 2 / Wiliam Roberto Ce-
reja, Thereza Cochar Magalhães. – 7.ª ed. Reform. – São
Paulo: Saraiva, 2010.
LÍNGUA PORTUGUESA

Português: novas palavras: literatura, gramática, reda-


ção / Emília Amaral... [et al.]. – São Paulo: FTD, 2000.
SACCONI, Luiz Antônio. Nossa gramática completa
Sacconi. 30.ª ed. Rev. São Paulo: Nova Geração, 2010.

SITE
http://www.sopor tugues.com.br/secoes/morf/
morf75.php

32
Artigo
Antes de pronomes de tratamento: Vossa Senhoria sai-
rá agora?
O artigo integra as dez classes gramaticais, definindo-
Exceção: O senhor vai à festa?
-se como o termo variável que serve para individualizar
ou generalizar o substantivo, indicando, também, o gê- Após o pronome relativo “cujo” e suas variações: Esse é
nero (masculino/feminino) e o número (singular/plural). o concurso cujas provas foram anuladas?/ Este é o candida-
Os artigos se subdividem em definidos (“o” e as va- to cuja nota foi a mais alta.
riações “a”[as] e [os]) e indefinidos (“um” e as variações
“uma”[s] e “uns]). REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Português linguagens: volume 2 / Wiliam Roberto Ce-
A) Artigos definidos – São usados para indicar se- reja, Thereza Cochar Magalhães. – 7.ª ed. Reform. – São
res determinados, expressos de forma individual: O Paulo: Saraiva, 2010.
concurseiro estuda muito. Os concurseiros estudam Português: novas palavras: literatura, gramática, reda-
muito. ção / Emília Amaral... [et al.]. – São Paulo: FTD, 2000.SAC-
B) Artigos indefinidos – usados para indicar seres de CONI, Luiz Antônio. Nossa gramática completa Sacconi.
modo vago, impreciso: Uma candidata foi aprova- 30.ª ed. Rev. São Paulo: Nova Geração, 2010.
da! Umas candidatas foram aprovadas! Português linguagens: volume 1 / Wiliam Roberto Ce-
reja, Thereza Cochar Magalhães. – 7.ª ed. Reform. – São
1. Circunstâncias em que os artigos se manifestam: Paulo: Saraiva, 2010.

Considera-se obrigatório o uso do artigo depois do SITE


numeral “ambos”: Ambos os concursos cobrarão tal con- http://www.brasilescola.com/gramatica/artigo.htm
teúdo.
Nomes próprios indicativos de lugar (ou topônimos)
admitem o uso do artigo, outros não: São Paulo, O Rio de Conjunção
Janeiro, Veneza, A Bahia...
Quando indicado no singular, o artigo definido pode Além da preposição, há outra palavra também inva-
indicar toda uma espécie: O trabalho dignifica o homem. riável que, na frase, é usada como elemento de ligação: a
conjunção. Ela serve para ligar duas orações ou duas pala-
No caso de nomes próprios personativos, denotando vras de mesma função em uma oração:
a ideia de familiaridade ou afetividade, é facultativo o uso O concurso será realizado nas cidades de Campinas e
do artigo: Marcela é a mais extrovertida das irmãs. / O São Paulo.
Pedro é o xodó da família. A prova não será fácil, por isso estou estudando muito.
No caso de os nomes próprios personativos estarem
no plural, são determinados pelo uso do artigo: Os Maias, 1. Morfossintaxe da Conjunção
os Incas, Os Astecas...
As conjunções, a exemplo das preposições, não exer-
Usa-se o artigo depois do pronome indefinido todo(a) cem propriamente uma função sintática: são conectivos.
para conferir uma ideia de totalidade. Sem o uso dele (do
artigo), o pronome assume a noção de “qualquer”. 2. Classificação da Conjunção
Toda a classe parabenizou o professor. (a sala toda)
Toda classe possui alunos interessados e desinteressa- De acordo com o tipo de relação que estabelecem, as
dos. (qualquer classe) conjunções podem ser classificadas em coordenativas e
subordinativas. No primeiro caso, os elementos ligados
Antes de pronomes possessivos, o uso do artigo é fa- pela conjunção podem ser isolados um do outro. Esse iso-
cultativo: Preparei o meu curso. Preparei meu curso. lamento, no entanto, não acarreta perda da unidade de
A utilização do artigo indefinido pode indicar uma sentido que cada um dos elementos possui. Já no segun-
ideia de aproximação numérica: O máximo que ele deve do caso, cada um dos elementos ligados pela conjunção
ter é uns vinte anos. depende da existência do outro. Veja:
O artigo também é usado para substantivar palavras Estudei muito, mas ainda não compreendi o conteúdo.
pertencentes a outras classes gramaticais: Não sei o por- Podemos separá-las por ponto:
Estudei muito. Ainda não compreendi o conteúdo.
quê de tudo isso. / O bem vence o mal.
Temos acima um exemplo de conjunção (e, consequen-
2. Há casos em que o artigo definido não pode ser
temente, orações coordenadas) coordenativa – “mas”. Já em:
LÍNGUA PORTUGUESA

usado:
Espero que eu seja aprovada no concurso!
Antes de nomes de cidade (topônimo) e de pessoas
Não conseguimos separar uma oração da outra, pois
conhecidas: O professor visitará Roma.
a segunda “completa” o sentido da primeira (da oração
principal): Espero o quê? Ser aprovada. Nesse período te-
Mas, se o nome apresentar um caracterizador, a pre- mos uma oração subordinada substantiva objetiva direta
sença do artigo será obrigatória: O professor visitará a (ela exerce a função de objeto direto do verbo da oração
bela Roma. principal).

33
3. Conjunções Coordenativas Adverbiais - Indicam que a oração subordinada exer-
ce a função de adjunto adverbial da principal. De acordo
São aquelas que ligam orações de sentido completo com a circunstância que expressam, classificam-se em:
e independente ou termos da oração que têm a mesma
função gramatical. Subdividem-se em: A) Causais: introduzem uma oração que é causa da
A) Aditivas: ligam orações ou palavras, expressando ocorrência da oração principal. São elas: porque, que,
ideia de acréscimo ou adição. São elas: e, nem (= e como (= porque, no início da frase), pois que, visto
não), não só... mas também, não só... como também, que, uma vez que, porquanto, já que, desde que, etc.
bem como, não só... mas ainda. Ele não fez a pesquisa porque não dispunha de meios.
A sua pesquisa é clara e objetiva.
Não só dança, mas também canta. B) Concessivas: introduzem uma oração que expressa
ideia contrária à da principal, sem, no entanto, im-
B) Adversativas: ligam duas orações ou palavras, pedir sua realização. São elas: embora, ainda que,
expressando ideia de contraste ou compensação. apesar de que, se bem que, mesmo que, por mais que,
São elas: mas, porém, contudo, todavia, entretanto, posto que, conquanto, etc.
no entanto, não obstante. Embora fosse tarde, fomos visitá-lo.
Tentei chegar mais cedo, porém não consegui.
C) Condicionais: introduzem uma oração que indica a
hipótese ou a condição para ocorrência da principal.
C) Alternativas: ligam orações ou palavras, expres- São elas: se, caso, contanto que, salvo se, a não ser
sando ideia de alternância ou escolha, indicando que, desde que, a menos que, sem que, etc.
fatos que se realizam separadamente. São elas: ou, Se precisar de minha ajuda, telefone-me.
ou... ou, ora... ora, já... já, quer... quer, seja... seja, tal-
vez... talvez. #FicaDica
Ou escolho agora, ou fico sem presente de aniversário.
Você deve ter percebido que a conjunção con-
D) Conclusivas: ligam a oração anterior a uma oração dicional “se” também é conjunção integrante.
que expressa ideia de conclusão ou consequência. A diferença é clara ao ler as orações que são
São elas: logo, pois (depois do verbo), portanto, por introduzidas por ela. Acima, ela nos dá a ideia
conseguinte, por isso, assim. da condição para que recebamos um telefo-
Marta estava bem preparada para o teste, portanto nema (se for preciso ajuda). Já na oração: Não
não ficou nervosa. sei se farei o concurso. Não há ideia de
Você nos ajudou muito; terá, pois, nossa gratidão. condição alguma, há? Outra coisa: o verbo da
oração principal (sei) pede complemento (ob-
E) Explicativas: ligam a oração anterior a uma oração jeto direto, já que “quem não sabe, não sabe
que a explica, que justifica a ideia nela contida. São algo”). Portanto, a oração em destaque exerce
elas: que, porque, pois (antes do verbo), porquanto. a função de objeto direto da oração principal,
Não demore, que o filme já vai começar. sendo classificada como oração subordinada
Falei muito, pois não gosto do silêncio! substantiva objetiva direta.

4. Conjunções Subordinativas
D) Conformativas: introduzem uma oração que expri-
São aquelas que ligam duas orações, sendo uma de- me a conformidade de um fato com outro. São elas:
las dependente da outra. A oração dependente, intro- conforme, como (= conforme), segundo, consoante,
duzida pelas conjunções subordinativas, recebe o nome etc.
de oração subordinada. Veja o exemplo: O baile já tinha O passeio ocorreu como havíamos planejado.
começado quando ela chegou.
O baile já tinha começado: oração principal E) Finais: introduzem uma oração que expressa a finali-
quando: conjunção subordinativa (adverbial tempo- dade ou o objetivo com que se realiza a oração prin-
ral) cipal. São elas: para que, a fim de que, que, porque (=
ela chegou: oração subordinada para que), que, etc.
Toque o sinal para que todos entrem no salão.
As conjunções subordinativas subdividem-se em in-
tegrantes e adverbiais: F) Proporcionais: introduzem uma oração que expres-
LÍNGUA PORTUGUESA

sa um fato relacionado proporcionalmente à ocor-


Integrantes - Indicam que a oração subordinada por rência do expresso na principal. São elas: à medida
elas introduzida completa ou integra o sentido da prin- que, à proporção que, ao passo que e as combina-
cipal. Introduzem orações que equivalem a substantivos, ções quanto mais... (mais), quanto menos... (menos),
ou seja, as orações subordinadas substantivas. São elas: quanto menos... (mais), quanto menos... (menos), etc.
que, se. O preço fica mais caro à medida que os produtos es-
Quero que você volte. (Quero sua volta) casseiam.

34
Observação: O significado das interjeições está vinculado à ma-
São incorretas as locuções proporcionais à medida neira como elas são proferidas. O tom da fala é que dita
em que, na medida que e na medida em que. o sentido que a expressão vai adquirir em cada contexto
em que for utilizada. Exemplos:
G) Temporais: introduzem uma oração que acrescen-
ta uma circunstância de tempo ao fato expresso na Psiu!
oração principal. São elas: quando, enquanto, antes contexto: alguém pronunciando esta expressão na
que, depois que, logo que, todas as vezes que, desde rua; significado da interjeição (sugestão): “Estou te cha-
que, sempre que, assim que, agora que, mal (= as- mando! Ei, espere!”
sim que), etc. Psiu!
A briga começou assim que saímos da festa. contexto: alguém pronunciando em um hospital; sig-
H) Comparativas: introduzem uma oração que ex- nificado da interjeição (sugestão): “Por favor, faça silên-
pressa ideia de comparação com referência à ora- cio!”
ção principal. São elas: como, assim como, tal como,
como se, (tão)... como, tanto como, tanto quanto, do Puxa! Ganhei o maior prêmio do sorteio!
que, quanto, tal, qual, tal qual, que nem, que (com- puxa: interjeição; tom da fala: euforia
binado com menos ou mais), etc.
O jogo de hoje será mais difícil que o de ontem. Puxa! Hoje não foi meu dia de sorte!
I) Consecutivas: introduzem uma oração que expres- puxa: interjeição; tom da fala: decepção
sa a consequência da principal. São elas: de sorte
que, de modo que, sem que (= que não), de forma As interjeições cumprem, normalmente, duas funções:
que, de jeito que, que (tendo como antecedente na A) Sintetizar uma frase exclamativa, exprimindo ale-
oração principal uma palavra como tal, tão, cada, gria, tristeza, dor, etc.: Ah, deve ser muito interes-
tanto, tamanho), etc. sante!
Estudou tanto durante a noite que dormiu na hora do B) Sintetizar uma frase apelativa: Cuidado! Saia da mi-
exame. nha frente.

FIQUE ATENTO! As interjeições podem ser formadas por:


 simples sons vocálicos: Oh!, Ah!, Ó, Ô
Muitas conjunções não têm classificação única,  palavras: Oba! Olá! Claro!
imutável, devendo, portanto, ser classificadas  grupos de palavras (locuções interjetivas): Meu
de acordo com o sentido que apresentam no Deus! Ora bolas!
contexto (destaque da Zê!).
1. Classificação das Interjeições

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS Comumente, as interjeições expressam sentido de:


SACCONI, Luiz Antônio. Nossa gramática completa A) Advertência: Cuidado! Devagar! Calma! Sentido!
Sacconi. 30.ª ed. Rev. São Paulo: Nova Geração, 2010. Atenção! Olha! Alerta!
Português linguagens: volume 2 / Wiliam Roberto Ce- B) Afugentamento: Fora! Passa! Rua!
reja, Thereza Cochar Magalhães. – 7.ª ed. Reform. – São C) Alegria ou Satisfação: Oh! Ah! Eh! Oba! Viva!
Paulo: Saraiva, 2010. D) Alívio: Arre! Uf! Ufa! Ah!
Português: novas palavras: literatura, gramática, reda- E) Animação ou Estímulo: Vamos! Força! Coragem!
ção / Emília Amaral... [et al.]. – São Paulo: FTD, 2000. Ânimo! Adiante!
F) Aplauso ou Aprovação: Bravo! Bis! Apoiado! Viva!
SITE G) Concordância: Claro! Sim! Pois não! Tá!
http://www.soportugues.com.br/secoes/morf/morf84.php H) Repulsa ou Desaprovação: Credo! Ih! Francamen-
te! Essa não! Chega! Basta!
I) Desejo ou Intenção: Pudera! Tomara! Oxalá! Quei-
nterjeição ra Deus!
J) Desculpa: Perdão!
Interjeição é a palavra invariável que exprime emo- K) Dor ou Tristeza: Ai! Ui! Ai de mim! Que pena!
ções, sensações, estados de espírito. É um recurso da lin- L) Dúvida ou Incredulidade: Que nada! Qual o quê!
guagem afetiva, em que não há uma ideia organizada de M) Espanto ou Admiração: Oh! Ah! Uai! Puxa! Céus!
maneira lógica, como são as sentenças da língua, mas Quê! Caramba! Opa! Nossa! Hein? Cruz! Putz!
LÍNGUA PORTUGUESA

sim a manifestação de um suspiro, um estado da alma N) Impaciência ou Contrariedade: Hum! Raios!


decorrente de uma situação particular, um momento ou Puxa! Pô! Ora!
um contexto específico. Exemplos: O) Pedido de Auxílio: Socorro! Aqui! Piedade!
Ah, como eu queria voltar a ser criança! P) Saudação, Chamamento ou Invocação: Salve!
ah: expressão de um estado emotivo = interjeição Viva! Olá! Alô! Tchau! Psiu! Socorro! Valha-me,
Hum! Esse pudim estava maravilhoso! Deus!
hum: expressão de um pensamento súbito = inter- Q) Silêncio: Psiu! Silêncio!
jeição R) Terror ou Medo: Credo! Cruzes! Minha nossa!

35
Saiba que: NUMERAL
As interjeições são palavras invariáveis, isto é, não so-
frem variação em gênero, número e grau como os no- Numeral é a palavra variável que indica quantidade nu-
mes, nem de número, pessoa, tempo, modo, aspecto e mérica ou ordem; expressa a quantidade exata de pessoas
voz como os verbos. No entanto, em uso específico, al- ou coisas ou o lugar que elas ocupam numa determinada
gumas interjeições sofrem variação em grau. Não se trata sequência.
de um processo natural desta classe de palavra, mas tão
só uma variação que a linguagem afetiva permite. Exem- Os numerais traduzem, em palavras, o que os núme-
plos: oizinho, bravíssimo, até loguinho. ros indicam em relação aos seres. Assim, quando a ex-
pressão é colocada em números (1, 1.º, 1/3, etc.) não se
2. Locução Interjetiva trata de numerais, mas sim de algarismos.
Além dos numerais mais conhecidos, já que refletem
Ocorre quando duas ou mais palavras formam uma a ideia expressa pelos números, existem mais algumas
expressão com sentido de interjeição: Ora bolas!, Virgem palavras consideradas numerais porque denotam quan-
Maria!, Meu Deus!, Ó de casa!, Ai de mim!, Graças a Deus! tidade, proporção ou ordenação. São alguns exemplos:
Toda frase mais ou menos breve dita em tom excla- década, dúzia, par, ambos(as), novena.
mativo torna-se uma locução interjetiva, dispensando
análise dos termos que a compõem: Macacos me mor- 1. Classificação dos Numerais
dam!, Valha-me Deus!, Quem me dera!
A) Cardinais: indicam quantidade exata ou determi-
1. As interjeições são como frases resumidas, sinté- nada de seres: um, dois, cem mil, etc. Alguns car-
ticas. Por exemplo: Ué! (= Eu não esperava por dinais têm sentido coletivo, como por exemplo:
essa!) / Perdão! (= Peço-lhe que me desculpe) século, par, dúzia, década, bimestre.
B) Ordinais: indicam a ordem, a posição que alguém
2. Além do contexto, o que caracteriza a interjeição é ou alguma coisa ocupa numa determinada se-
o seu tom exclamativo; por isso, palavras de outras
quência: primeiro, segundo, centésimo, etc.
classes gramaticais podem aparecer como inter-
jeições. Por exemplo: Viva! Basta! (Verbos) / Fora!
Francamente! (Advérbios) #FicaDica
3. A interjeição pode ser considerada uma “palavra- As palavras anterior, posterior, último, antepe-
-frase” porque sozinha pode constituir uma men- núltimo, final e penúltimo também indicam
sagem. Por exemplo: Socorro! Ajudem-me! Silêncio! posição dos seres, mas são classificadas como
Fique quieto! adjetivos, não ordinais.

4. Há, também, as interjeições onomatopaicas ou imi-


tativas, que exprimem ruídos e vozes. Por exemplo:
Miau! Bumba! Zás! Plaft! Pof! Catapimba! Tique-ta- C) Fracionários: indicam parte de uma quantidade,
que! Quá-quá-quá!, etc. ou seja, uma divisão dos seres: meio, terço, dois
quintos, etc.
5. Não se deve confundir a interjeição de apelo “ó” D) Multiplicativos: expressam ideia de multiplicação
com a sua homônima “oh!”, que exprime admira- dos seres, indicando quantas vezes a quantidade
ção, alegria, tristeza, etc. Faz-se uma pausa depois foi aumentada: dobro, triplo, quíntuplo, etc.
do “oh!” exclamativo e não a fazemos depois do
“ó” vocativo. Por exemplo: “Ó natureza! ó mãe pie- 2. Flexão dos numerais
dosa e pura!” (Olavo Bilac)
Os numerais cardinais que variam em gênero são
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS um/uma, dois/duas e os que indicam centenas de du-
SACCONI, Luiz Antônio. Nossa gramática completa zentos/duzentas em diante: trezentos/trezentas, quatro-
Sacconi. 30.ª ed. Rev. São Paulo: Nova Geração, 2010. centos/quatrocentas, etc. Cardinais como milhão, bilhão,
Português – Literatura, Produção de Textos & Gramá- trilhão, variam em número: milhões, bilhões, trilhões. Os
tica – volume único / Samira Yousseff Campedelli, Jésus demais cardinais são invariáveis.
Barbosa Souza. – 3. Ed. – São Paulo: Saraiva, 2002. Os numerais ordinais variam em gênero e número:
LÍNGUA PORTUGUESA

SITE primeiro segundo milésimo


http://www.sopor tugues.com.br/secoes/morf/
morf89.php primeira segunda milésima
primeiros segundos milésimos
primeiras segundas milésimas

36
Os numerais multiplicativos são invariáveis quando atuam em funções substantivas: Fizeram o dobro do esforço e
conseguiram o triplo de produção.
Quando atuam em funções adjetivas, esses numerais flexionam-se em gênero e número: Teve de tomar doses triplas
do medicamento.
Os numerais fracionários flexionam-se em gênero e número. Observe: um terço/dois terços, uma terça parte/duas
terças partes.

Os numerais coletivos flexionam-se em número: uma dúzia, um milheiro, duas dúzias, dois milheiros.
É comum na linguagem coloquial a indicação de grau nos numerais, traduzindo afetividade ou especialização de
sentido. É o que ocorre em frases como:
“Me empresta duzentinho...”
É artigo de primeiríssima qualidade!
O time está arriscado por ter caído na segundona. (= segunda divisão de futebol)

3. Emprego e Leitura dos Numerais

Os numerais são escritos em conjunto de três algarismos, contados da direita para a esquerda, em forma de cente-
nas, dezenas e unidades, tendo cada conjunto uma separação através de ponto ou espaço correspondente a um ponto:
8.234.456 ou 8 234 456.
Em sentido figurado, usa-se o numeral para indicar exagero intencional, constituindo a figura de linguagem conhe-
cida como hipérbole: Já li esse texto mil vezes.
No português contemporâneo, não se usa a conjunção “e” após “mil”, seguido de centena: Nasci em mil novecentos
e noventa e dois.
Seu salário será de mil quinhentos e cinquenta reais.

Mas, se a centena começa por “zero” ou termina por dois zeros, usa-se o “e”: Seu salário será de mil e quinhentos
reais. (R$1.500,00)
Gastamos mil e quarenta reais. (R$1.040,00)

Para designar papas, reis, imperadores, séculos e partes em que se divide uma obra, utilizam-se os ordinais até dé-
cimo e, a partir daí, os cardinais, desde que o numeral venha depois do substantivo;

Ordinais Cardinais
João Paulo II (segundo) Tomo XV (quinze)
D. Pedro II (segundo) Luís XVI (dezesseis)
Ato II (segundo) Capítulo XX (vinte)
Século VIII (oitavo) Século XX (vinte)
Canto IX (nono) João XXIII ( vinte e três)

Se o numeral aparece antes do substantivo, será lido como ordinal: XXX Feira do Bordado. (trigésima)

#FicaDica
Ordinal lembra ordem. Memorize assim, por associação. Ficará mais fácil!

Para designar leis, decretos e portarias, utiliza-se o ordinal até nono e o cardinal de dez em diante:
Artigo 1.° (primeiro) Artigo 10 (dez)
Artigo 9.° (nono) Artigo 21 (vinte e um)

Ambos/ambas = numeral dual, porque sempre se refere a dois seres. Significam “um e outro”, “os dois” (ou “uma
LÍNGUA PORTUGUESA

e outra”, “as duas”) e são largamente empregados para retomar pares de seres aos quais já se fez referência. Sua uti-
lização exige a presença do artigo posposto: Ambos os concursos realizarão suas provas no mesmo dia. O artigo só é
dispensado caso haja um pronome demonstrativo: Ambos esses ministros falarão à imprensa.

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Quadro de alguns numerais

Cardinais Ordinais Multiplicativos Fracionários


um primeiro - -
dois segundo dobro, duplo meio
três terceiro triplo, tríplice terço
quatro quarto quádruplo quarto
cinco quinto quíntuplo quinto
seis sexto sêxtuplo sexto
sete sétimo sétuplo sétimo
oito oitavo óctuplo oitavo
nove nono nônuplo nono
dez décimo décuplo décimo
onze décimo primeiro - onze avos
doze décimo segundo - doze avos
treze décimo terceiro - treze avos
catorze décimo quarto - catorze avos
quinze décimo quinto - quinze avos
dezesseis décimo sexto - dezesseis avos
dezessete décimo sétimo - dezessete avos
dezoito décimo oitavo - dezoito avos
dezenove décimo nono - dezenove avos
vinte vigésimo - vinte avos
trinta trigésimo - trinta avos
quarenta quadragésimo - quarenta avos
cinqüenta quinquagésimo - cinquenta avos
sessenta sexagésimo - sessenta avos
setenta septuagésimo - setenta avos
oitenta octogésimo - oitenta avos
noventa nonagésimo - noventa avos
cem centésimo cêntuplo centésimo
duzentos ducentésimo - ducentésimo
trezentos trecentésimo - trecentésimo
quatrocentos quadringentésimo - quadringentésimo
quinhentos quingentésimo - quingentésimo
seiscentos sexcentésimo - sexcentésimo
setecentos septingentésimo - septingentésimo
oitocentos octingentésimo - octingentésimo
novecentos nongentésimo
LÍNGUA PORTUGUESA

ou noningentésimo - nongentésimo
mil milésimo - milésimo
milhão milionésimo - milionésimo
bilhão bilionésimo - bilionésimo

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
SACCONI, Luiz Antônio. Nossa gramática completa #FicaDica
Sacconi. 30.ª ed. Rev. São Paulo: Nova Geração, 2010.
Português linguagens: volume 2 / Wiliam Roberto Ce- O “a” pode funcionar como preposição, prono-
reja, Thereza Cochar Magalhães. – 7.ª ed. Reform. – São me pessoal oblíquo e artigo. Como distingui-
Paulo: Saraiva, 2010. -los? Caso o “a” seja um artigo, virá preceden-
Português: novas palavras: literatura, gramática, reda- do um substantivo, servindo para determiná-lo
ção / Emília Amaral... [et al.]. – São Paulo: FTD, 2000. como um substantivo singular e feminino: A
matéria que estudei é fácil!
SITE
http://www.sopor tugues.com.br/secoes/morf/
morf40.php Quando é preposição, além de ser invariável, liga dois
termos e estabelece relação de subordinação entre eles.
Preposição Irei à festa sozinha.
Entregamos a flor à professora! = o primeiro “a” é ar-
Preposição é uma palavra invariável que serve para tigo; o segundo, preposição.
ligar termos ou orações. Quando esta ligação acontece, Se for pronome pessoal oblíquo estará ocupando o
normalmente há uma subordinação do segundo termo lugar e/ou a função de um substantivo: Nós trouxemos a
em relação ao primeiro. As preposições são muito im- apostila. = Nós a trouxemos.
portantes na estrutura da língua, pois estabelecem a coe-
são textual e possuem valores semânticos indispensáveis 2. Relações semânticas (= de sentido) estabeleci-
para a compreensão do texto. das por meio das preposições:

1. Tipos de Preposição Destino = Irei a Salvador.


Modo = Saiu aos prantos.
A) Preposições essenciais: palavras que atuam ex- Lugar = Sempre a seu lado.
clusivamente como preposições: a, ante, perante, Assunto = Falemos sobre futebol.
após, até, com, contra, de, desde, em, entre, para, Tempo = Chegarei em instantes.
por, sem, sob, sobre, trás, atrás de, dentro de, para Causa = Chorei de saudade.
com. Fim ou finalidade = Vim para ficar.
B) Preposições acidentais: palavras de outras classes Instrumento = Escreveu a lápis.
gramaticais que podem atuar como preposições, Posse = Vi as roupas da mamãe.
ou seja, formadas por uma derivação imprópria: Autoria = livro de Machado de Assis
como, durante, exceto, fora, mediante, salvo, segun- Companhia = Estarei com ele amanhã.
do, senão, visto. Matéria = copo de cristal.
C) Locuções prepositivas: duas ou mais palavras va- Meio = passeio de barco.
lendo como uma preposição, sendo que a última Origem = Nós somos do Nordeste.
palavra é uma (preposição): abaixo de, acerca de, Conteúdo = frascos de perfume.
acima de, ao lado de, a respeito de, de acordo com, Oposição = Esse movimento é contra o que eu penso.
em cima de, embaixo de, em frente a, ao redor de, Preço = Essa roupa sai por cinquenta reais.
graças a, junto a, com, perto de, por causa de, por
cima de, por trás de. Quanto à preposição “trás”: não se usa senão nas lo-
cuções adverbiais (para trás ou por trás) e na locução pre-
A preposição é invariável e, no entanto, pode unir-se positiva por trás de.
a outras palavras e, assim, estabelecer concordância em
gênero ou em número. Exemplo: por + o = pelo / por + REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
a = pela. SACCONI, Luiz Antônio. Nossa gramática completa
Essa concordância não é característica da preposição, Sacconi. 30.ª ed. Rev. São Paulo: Nova Geração, 2010.
mas das palavras às quais ela se une. Português linguagens: volume 2 / Wiliam Roberto Ce-
Esse processo de junção de uma preposição com ou- reja, Thereza Cochar Magalhães. – 7.ª ed. Reform. – São
tra palavra pode se dar a partir dos processos de: Paulo: Saraiva, 2010.
 Combinação: união da preposição “a” com o ar- Português: novas palavras: literatura, gramática, reda-
tigo “o”(s), ou com o advérbio “onde”: ao, aonde, ção / Emília Amaral... [et al.]. – São Paulo: FTD, 2000.
aos. Os vocábulos não sofrem alteração.
LÍNGUA PORTUGUESA

 Contração: união de uma preposição com outra SITE


palavra, ocorrendo perda ou transformação de fo- http://www.infoescola.com/portugues/preposicao/
nema: de + o = do, em + a = na, per + os = pelos,
de + aquele = daquele, em + isso = nisso.
 Crase: é a fusão de vogais idênticas: à (“a” preposi-
ção + “a” artigo), àquilo (“a” preposição + 1.ª vogal
do pronome “aquilo”).

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Substantivo B.2 Substantivo Abstrato: é aquele que designa
seres que dependem de outros para se manifestarem
Substantivo é a classe gramatical de palavras variá- ou existirem. Por exemplo: a beleza não existe por si só,
veis, as quais denominam todos os seres que existem, não pode ser observada. Só podemos observar a beleza
sejam reais ou imaginários. Além de objetos, pessoas e numa pessoa ou coisa que seja bela. A beleza depende
fenômenos, os substantivos também nomeiam: de outro ser para se manifestar. Portanto, a palavra bele-
 lugares: Alemanha, Portugal za é um substantivo abstrato.
 sentimentos: amor, saudade Os substantivos abstratos designam estados, quali-
 estados: alegria, tristeza dades, ações e sentimentos dos seres, dos quais podem
 qualidades: honestidade, sinceridade ser abstraídos, e sem os quais não podem existir: vida
 ações: corrida, pescaria (estado), rapidez (qualidade), viagem (ação), saudade
(sentimento).
1. Morfossintaxe do substantivo
 Substantivos Coletivos
Nas orações, geralmente o substantivo exerce fun-
Ele vinha pela estrada e foi picado por uma abelha,
ções diretamente relacionadas com o verbo: atua como
outra abelha, mais outra abelha.
núcleo do sujeito, dos complementos verbais (objeto
Ele vinha pela estrada e foi picado por várias abelhas.
direto ou indireto) e do agente da passiva, podendo,
Ele vinha pela estrada e foi picado por um enxame.
ainda, funcionar como núcleo do complemento nominal
ou do aposto, como núcleo do predicativo do sujeito, Note que, no primeiro caso, para indicar plural, foi ne-
do objeto ou como núcleo do vocativo. Também encon- cessário repetir o substantivo: uma abelha, outra abelha,
tramos substantivos como núcleos de adjuntos adno- mais outra abelha. No segundo caso, utilizaram-se duas
minais e de adjuntos adverbiais - quando essas funções palavras no plural. No terceiro, empregou-se um subs-
são desempenhadas por grupos de palavras. tantivo no singular (enxame) para designar um conjunto
de seres da mesma espécie (abelhas).
2. Classificação dos Substantivos O substantivo enxame é um substantivo coletivo.
Substantivo Coletivo: é o substantivo comum que,
A) Substantivos Comuns e Próprios mesmo estando no singular, designa um conjunto de se-
Observe a definição: res da mesma espécie.

Cidade: s.f. 1. Povoação maior que vila, com muitas Substantivo coletivo Conjunto de:
casas e edifícios, dispostos em ruas e avenidas (no Brasil,
toda a sede de município é cidade). 2. O centro de uma assembleia pessoas reunidas
cidade (em oposição aos bairros). alcateia lobos
Qualquer “povoação maior que vila, com muitas ca-
acervo livros
sas e edifícios, dispostos em ruas e avenidas” será cha-
mada cidade. Isso significa que a palavra cidade é um antologia trechos literários selecionados
substantivo comum. arquipélago ilhas
Substantivo Comum é aquele que designa os seres
banda músicos
de uma mesma espécie de forma genérica: cidade, me-
nino, homem, mulher, país, cachorro. bando desordeiros ou malfeitores
Estamos voando para Barcelona. banca examinadores
batalhão soldados
O substantivo Barcelona designa apenas um ser da
espécie cidade. Barcelona é um substantivo próprio – cardume peixes
aquele que designa os seres de uma mesma espécie de caravana viajantes peregrinos
forma particular: Londres, Paulinho, Pedro, Tietê, Brasil.
cacho frutas
B) Substantivos Concretos e Abstratos cancioneiro canções, poesias líricas
B.1 Substantivo Concreto: é aquele que designa o colmeia abelhas
ser que existe, independentemente de outros seres.
concílio bispos
LÍNGUA PORTUGUESA

Observação: congresso parlamentares, cientistas


Os substantivos concretos designam seres do mun- elenco atores de uma peça ou filme
do real e do mundo imaginário.
Seres do mundo real: homem, mulher, cadeira, cobra, esquadra navios de guerra
Brasília. enxoval roupas
Seres do mundo imaginário: saci, mãe-d’água, fan-
falange soldados, anjos
tasma.
fauna animais de uma região

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feixe lenha, capim B) Substantivos Primitivos e Derivados
B.1 Substantivo Primitivo: é aquele que não deriva
flora vegetais de uma região de nenhuma outra palavra da própria língua por-
frota navios mercantes, ônibus tuguesa.
B.2 Substantivo Derivado: é aquele que se origi-
girândola fogos de artifício na de outra palavra. O substantivo limoeiro, por
horda bandidos, invasores exemplo, é derivado, pois se originou a partir da
junta médicos, bois, credores, exa- palavra limão.
minadores
4. Flexão dos substantivos
júri jurados
legião soldados, anjos, demônios O substantivo é uma classe variável. A palavra é variá-
vel quando sofre flexão (variação). A palavra menino, por
leva presos, recrutas exemplo, pode sofrer variações para indicar:
malta malfeitores ou desordeiros Plural: meninos / Feminino: menina / Aumentativo:
manada búfalos, bois, elefantes, meninão / Diminutivo: menininho

matilha cães de raça A) Flexão de Gênero


molho chaves, verduras Gênero é um princípio puramente linguístico, não de-
vendo ser confundido com “sexo”. O gênero diz respeito
multidão pessoas em geral a todos os substantivos de nossa língua, quer se refiram
nuvem insetos (gafanhotos, mosqui- a seres animais providos de sexo, quer designem apenas
tos, etc.) “coisas”: o gato/a gata; o banco, a casa.
Na língua portuguesa, há dois gêneros: masculino e
penca bananas, chaves
feminino. Pertencem ao gênero masculino os substanti-
pinacoteca pinturas, quadros vos que podem vir precedidos dos artigos o, os, um, uns.
quadrilha ladrões, bandidos Veja estes títulos de filmes:
O velho e o mar
ramalhete flores Um Natal inesquecível
rebanho ovelhas Os reis da praia
repertório peças teatrais, obras musicais
Pertencem ao gênero feminino os substantivos que
réstia alhos ou cebolas podem vir precedidos dos artigos a, as, uma, umas:
romanceiro poesias narrativas A história sem fim
Uma cidade sem passado
revoada pássaros As tartarugas ninjas
sínodo párocos
5. Substantivos Biformes e Substantivos Unifor-
talha lenha
mes
tropa muares, soldados
turma estudantes, trabalhadores 1. Substantivos Biformes (= duas formas): apresen-
tam uma forma para cada gênero: gato – gata, ho-
vara porcos mem – mulher, poeta – poetisa, prefeito - prefeita
2. Substantivos Uniformes: apresentam uma única
3. Formação dos Substantivos forma, que serve tanto para o masculino quanto
para o feminino. Classificam-se em:
A) Substantivos Simples e Compostos A) Epicenos: referentes a animais. A distinção de sexo
Chuva - subst. Fem. 1 - água caindo em gotas sobre se faz mediante a utilização das palavras “macho”
a terra. e “fêmea”: a cobra macho e a cobra fêmea, o jacaré
O substantivo chuva é formado por um único ele- macho e o jacaré fêmea.
mento ou radical. É um substantivo simples. B) Sobrecomuns: substantivos uniformes referentes
A.1 Substantivo Simples: é aquele formado por um a pessoas de ambos os sexos: a criança, a teste-
único elemento. munha, a vítima, o cônjuge, o gênio, o ídolo, o in-
Outros substantivos simples: tempo, sol, sofá, etc. divíduo.
LÍNGUA PORTUGUESA

Veja agora: O substantivo guarda-chuva é formado por C) Comuns de Dois ou Comum de Dois Gêneros:
dois elementos (guarda + chuva). Esse substantivo é indicam o sexo das pessoas por meio do artigo: o
composto. colega e a colega, o doente e a doente, o artista e
A.2 Substantivo Composto: é aquele formado por a artista.
dois ou mais elementos. Outros exemplos: beija-flor,
passatempo. Substantivos de origem grega terminados em ema
ou oma são masculinos: o fonema, o poema, o sistema, o
sintoma, o teorema.

41
 Existem certos substantivos que, variando de 8. Sobrecomuns:
gênero, variam em seu significado: Entregue as crianças à natureza.
o águia (vigarista) e a águia (ave; perspicaz); o cabeça
(líder) e a cabeça (parte do corpo); o capital (dinheiro) e A palavra crianças se refere tanto a seres do sexo mas-
a capital (cidade); o coma (sono mórbido) e a coma (ca- culino, quanto a seres do sexo feminino. Nesse caso, nem
beleira, juba); o lente (professor) e a lente (vidro de au- o artigo nem um possível adjetivo permitem identificar o
mento); o moral (estado de espírito) e a moral (ética; con- sexo dos seres a que se refere a palavra. Veja:
clusão); o praça (soldado raso) e a praça (área pública); A criança chorona chamava-se João.
o rádio (aparelho receptor) e a rádio (estação emissora). A criança chorona chamava-se Maria.

6. Formação do Feminino dos Substantivos Bifor- Outros substantivos sobrecomuns:


mes a criatura = João é uma boa criatura. Maria é uma
boa criatura.
Regra geral: troca-se a terminação -o por –a: aluno o cônjuge = O cônjuge de João faleceu. O cônjuge de
- aluna. Marcela faleceu
 Substantivos terminados em -ês: acrescenta-se -a
ao masculino: freguês - freguesa 9. Comuns de Dois Gêneros:
 Substantivos terminados em -ão: fazem o femini- Motorista tem acidente idêntico 23 anos depois.
no de três formas:
1. troca-se -ão por -oa. = patrão – patroa Quem sofreu o acidente: um homem ou uma mulher?
2. troca-se -ão por -ã. = campeão - campeã É impossível saber apenas pelo título da notícia, uma
3. troca-se -ão por ona. = solteirão - solteirona vez que a palavra motorista é um substantivo uniforme.
Exceções: barão – baronesa, ladrão - ladra, sultão - A distinção de gênero pode ser feita através da análi-
sultana se do artigo ou adjetivo, quando acompanharem o subs-
tantivo: o colega - a colega; o imigrante - a imigrante;
 Substantivos terminados em -or: um jovem - uma jovem; artista famoso - artista famosa;
acrescenta-se -a ao masculino = doutor – doutora repórter francês - repórter francesa.
troca-se -or por -triz: = imperador – imperatriz
 Substantivos com feminino em -esa, -essa, -isa: A palavra personagem é usada indistintamente nos
cônsul - consulesa / abade - abadessa / poeta - poe- dois gêneros. Entre os escritores modernos nota-se acen-
tuada preferência pelo masculino: O menino descobriu
tisa / duque - duquesa / conde - condessa / profeta
nas nuvens os personagens dos contos de carochinha.
- profetisa
Com referência à mulher, deve-se preferir o feminino:
 Substantivos que formam o feminino trocando o
O problema está nas mulheres de mais idade, que não
-e final por -a: elefante - elefanta
aceitam a personagem.
 Substantivos que têm radicais diferentes no mas-
culino e no feminino: bode – cabra / boi - vaca
Diz-se: o (ou a) manequim Marcela, o (ou a) modelo
 Substantivos que formam o feminino de maneira
fotográfico Ana Belmonte.
especial, isto é, não seguem nenhuma das regras
anteriores: czar – czarina, réu - ré Masculinos: o tapa, o eclipse, o lança-perfume, o dó
)pena), o sanduíche, o clarinete, o champanha, o sósia, o
7. Formação do Feminino dos Substantivos Uni- maracajá, o clã, o herpes, o pijama, o suéter, o soprano, o
formes proclama, o pernoite, o púbis.
Epicenos: Femininos: a dinamite, a derme, a hélice, a omoplata,
Novo jacaré escapa de policiais no rio Pinheiros. a cataplasma, a pane, a mascote, a gênese, a entorse, a
libido, a cal, a faringe, a cólera (doença), a ubá (canoa).
Não é possível saber o sexo do jacaré em questão.
Isso ocorre porque o substantivo jacaré tem apenas uma São geralmente masculinos os substantivos de ori-
forma para indicar o masculino e o feminino. gem grega terminados em -ma: o grama (peso), o quilo-
Alguns nomes de animais apresentam uma só for- grama, o plasma, o apostema, o diagrama, o epigrama, o
ma para designar os dois sexos. Esses substantivos são telefonema, o estratagema, o dilema, o teorema, o trema,
chamados de epicenos. No caso dos epicenos, quando o eczema, o edema, o magma, o estigma, o axioma, o tra-
houver a necessidade de especificar o sexo, utilizam-se coma, o hematoma.
LÍNGUA PORTUGUESA

palavras macho e fêmea. Exceções: a cataplasma, a celeuma, a fleuma, etc.


A cobra macho picou o marinheiro.
A cobra fêmea escondeu-se na bananeira. Gênero dos Nomes de Cidades - Com raras exce-
ções, nomes de cidades são femininos: A histórica Ouro
Preto. / A dinâmica São Paulo. / A acolhedora Porto Ale-
gre. / Uma Londres imensa e triste.
Exceções: o Rio de Janeiro, o Cairo, o Porto, o Havre.

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10. Gênero e Significação

Muitos substantivos, como já mencionado anteriormente, têm uma significação no masculino e outra no feminino.
Observe: o baliza (soldado que à frente da tropa, indica os movimentos que se deve realizar em conjunto; o que vai à
frente de um bloco carnavalesco, manejando um bastão), a baliza (marco, estaca; sinal que marca um limite ou proibição
de trânsito), o cabeça (chefe), a cabeça (parte do corpo), o cisma (separação religiosa, dissidência), a cisma (ato de cismar,
desconfiança), o cinza (a cor cinzenta), a cinza (resíduos de combustão), o capital (dinheiro), a capital (cidade), o coma
(perda dos sentidos), a coma (cabeleira), o coral (pólipo, a cor vermelha, canto em coro), a coral (cobra venenosa), o crisma
(óleo sagrado, usado na administração da crisma e de outros sacramentos), a crisma (sacramento da confirmação), o cura
(pároco), a cura (ato de curar), o estepe (pneu sobressalente), a estepe (vasta planície de vegetação), o guia (pessoa que
guia outras), a guia (documento, pena grande das asas das aves), o grama (unidade de peso), a grama (relva), o caixa
(funcionário da caixa), a caixa (recipiente, setor de pagamentos), o lente (professor), a lente (vidro de aumento), o moral
(ânimo), a moral (honestidade, bons costumes, ética), o nascente (lado onde nasce o Sol), a nascente (a fonte), o maria-fu-
maça (trem como locomotiva a vapor), maria-fumaça (locomotiva movida a vapor), o pala (poncho), a pala (parte anterior
do boné ou quepe, anteparo), o rádio (aparelho receptor), a rádio (emissora), o voga (remador), a voga (moda).

B) Flexão de Número do Substantivo

Em português, há dois números gramaticais: o singular, que indica um ser ou um grupo de seres, e o plural, que
indica mais de um ser ou grupo de seres. A característica do plural é o “s” final.

11. Plural dos Substantivos Simples

Os substantivos terminados em vogal, ditongo oral e “n” fazem o plural pelo acréscimo de “s”: pai – pais; ímã – ímãs;
hífen - hifens (sem acento, no plural).
Exceção: cânon - cânones.

Os substantivos terminados em “m” fazem o plural em “ns”: homem - homens.


Os substantivos terminados em “r” e “z” fazem o plural pelo acréscimo de “es”: revólver – revólveres; raiz - raízes.

Atenção:
O plural de caráter é caracteres.

Os substantivos terminados em al, el, ol, ul flexionam-se no plural, trocando o “l” por “is”: quintal - quintais; caracol
– caracóis; hotel - hotéis. Exceções: mal e males, cônsul e cônsules.
Os substantivos terminados em “il” fazem o plural de duas maneiras:
1. Quando oxítonos, em “is”: canil - canis
2. Quando paroxítonos, em “eis”: míssil - mísseis.

Observação:
A palavra réptil pode formar seu plural de duas maneiras: répteis ou reptis (pouco usada).

Os substantivos terminados em “s” fazem o plural de duas maneiras:


1. Quando monossilábicos ou oxítonos, mediante o acréscimo de “es”: ás – ases / retrós - retroses
2. Quando paroxítonos ou proparoxítonos, ficam invariáveis: o lápis - os lápis / o ônibus - os ônibus.

Os substantivos terminados em “ão” fazem o plural de três maneiras.


1. substituindo o -ão por -ões: ação - ações
2. substituindo o -ão por -ães: cão - cães
3. substituindo o -ão por -ãos: grão - grãos

Observação:
Muitos substantivos terminados em “ão” apresentam dois – e até três – plurais:
aldeão – aldeões/aldeães/aldeãos ancião – anciões/anciães/anciãos
LÍNGUA PORTUGUESA

charlatão – charlatões/charlatães corrimão – corrimãos/corrimões


guardião – guardiões/guardiães vilão – vilãos/vilões/vilães

Os substantivos terminados em “x” ficam invariáveis: o látex - os látex.

43
12. Plural dos Substantivos Compostos Observação:
Numerais substantivados terminados em “s” ou “z”
A formação do plural dos substantivos compostos não variam no plural: Nas provas mensais consegui mui-
depende da forma como são grafados, do tipo de pa- tos seis e alguns dez.
lavras que formam o composto e da relação que esta-
belecem entre si. Aqueles que são grafados sem hífen 15. Plural dos Diminutivos
comportam-se como os substantivos simples: aguar-
dente/aguardentes, girassol/girassóis, pontapé/pontapés, Flexiona-se o substantivo no plural, retira-se o “s” fi-
malmequer/malmequeres. nal e acrescenta-se o sufixo diminutivo.
O plural dos substantivos compostos cujos elementos
são ligados por hífen costuma provocar muitas dúvidas
pãe(s) + zinhos = pãezinhos
e discussões. Algumas orientações são dadas a seguir:
A) Flexionam-se os dois elementos, quando forma- animai(s) + zinhos = animaizinhos
dos de: botõe(s) + zinhos = botõezinhos
substantivo + substantivo = couve-flor e couves-flores
substantivo + adjetivo = amor-perfeito e amores-per- chapéu(s) + zinhos = chapeuzinhos
feitos farói(s) + zinhos = faroizinhos
adjetivo + substantivo = gentil-homem e gentis-ho-
mens tren(s) + zinhos = trenzinhos
numeral + substantivo = quinta-feira e quintas-feiras colhere(s) + zinhas = colherezinhas
flore(s) + zinhas = florezinhas
B) Flexiona-se somente o segundo elemento,
quando formados de: mão(s) + zinhas = mãozinhas
verbo + substantivo = guarda-roupa e guarda-roupas papéi(s) + zinhos = papeizinhos
palavra invariável + palavra variável = alto-falante e
alto-falantes nuven(s) + zinhas = nuvenzinhas
palavras repetidas ou imitativas = reco-reco e reco- funi(s) + zinhos = funizinhos
-recos túnei(s) + zinhos = tuneizinhos
C) Flexiona-se somente o primeiro elemento,
quando formados de: pai(s) + zinhos = paizinhos
substantivo + preposição clara + substantivo = água- pé(s) + zinhos = pezinhos
-de-colônia e águas-de-colônia
substantivo + preposição oculta + substantivo = ca- pé(s) + zitos = pezitos
valo-vapor e cavalos-vapor
substantivo + substantivo que funciona como deter- 16. Plural dos Nomes Próprios Personativos
minante do primeiro, ou seja, especifica a função ou o
tipo do termo anterior: palavra-chave - palavras-chave, Devem-se pluralizar os nomes próprios de pessoas
bomba-relógio - bombas-relógio, homem-rã - homens-rã, sempre que a terminação preste-se à flexão.
peixe-espada - peixes-espada. Os Napoleões também são derrotados.
D) Permanecem invariáveis, quando formados de: As Raquéis e Esteres.
verbo + advérbio = o bota-fora e os bota-fora
verbo + substantivo no plural = o saca-rolhas e os 17. Plural dos Substantivos Estrangeiros
saca-rolhas
Substantivos ainda não aportuguesados devem ser
13. Casos Especiais escritos como na língua original, acrescentando-se “s”
(exceto quando terminam em “s” ou “z”): os shows, os
shorts, os jazz.
o louva-a-deus e os louva-a-deus
Substantivos já aportuguesados flexionam-se de
o bem-te-vi e os bem-te-vis acordo com as regras de nossa língua: os clubes, os cho-
o bem-me-quer e os bem-me-queres pes, os jipes, os esportes, as toaletes, os bibelôs, os gar-
çons, os réquiens.
o joão-ninguém e os joões-ninguém. Observe o exemplo:
Este jogador faz gols toda vez que joga.
14. Plural das Palavras Substantivadas O plural correto seria gois (ô), mas não se usa.
LÍNGUA PORTUGUESA

As palavras substantivadas, isto é, palavras de outras 18. Plural com Mudança de Timbre
classes gramaticais usadas como substantivo apresen-
tam, no plural, as flexões próprias dos substantivos.
Certos substantivos formam o plural com mudança
Pese bem os prós e os contras.
de timbre da vogal tônica (o fechado / o aberto). É um
O aluno errou na prova dos noves.
fato fonético chamado metafonia (plural metafônico).
Ouça com a mesma serenidade os sins e os nãos.

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Singular Plural
SACCONI, Luiz Antônio. Nossa gramática completa
corpo (ô) corpos (ó) Sacconi. 30.ª ed. Rev. São Paulo: Nova Geração, 2010.
esforço esforços Português linguagens: volume 1 / Wiliam Roberto Ce-
reja, Thereza Cochar Magalhães. – 7.ª ed. Reform. – São
fogo fogos Paulo: Saraiva, 2010.
forno fornos CAMPEDELLI, Samira Yousseff. Português – Literatura,
Produção de Texto & Gramática – Volume único / Samira
fosso fossos
Yousseff Campedelli, Jésus Barbosa Souza. – 3.ª edição –
imposto impostos São Paulo: Saraiva, 2002.
olho olhos
SITE
osso (ô) ossos (ó) http://www.soportugues.com.br/secoes/morf/morf12.
ovo ovos php
poço poços
porto portos
EXERCÍCIO COMENTADO
posto postos
tijolo tijolos 1. (TST – Técnico Judiciário – Área Administrativa – FCC
– 2012) As vitórias no jogo interior talvez não acrescentem
Têm a vogal tônica fechada (ô): adornos, almoços, bol- novos troféus, mas elas trazem recompensas valiosas, [...]
sos, esposos, estojos, globos, gostos, polvos, rolos, soros, que contribuem de forma significativa para nosso sucesso
etc. posterior, tanto na quadra como fora dela.

Observação: Mantêm-se adequados o emprego de tempos e modos


Distinga-se molho (ô) = caldo (molho de carne), de verbais e a correlação entre eles, ao se substituírem os ele-
molho (ó) = feixe (molho de lenha). mentos sublinhados na frase acima, na ordem dada, por:
a) tivessem acrescentado − trariam − contribuírem
Há substantivos que só se usam no singular: o sul, o b) acrescentassem − têm trazido − contribuírem
norte, o leste, o oeste, a fé, etc. c) tinham acrescentado − trarão − contribuiriam
d) acrescentariam − trariam− contribuíram
Outros só no plural: as núpcias, os víveres, os pêsames, e) tenham acrescentado − trouxeram − Contribuíram
as espadas/os paus (naipes de baralho), as fezes.
Outros, enfim, têm, no plural, sentido diferente do Resposta: Letra E.
singular: bem (virtude) e bens (riquezas), honra (probida- Questão que envolve correlação verbal. Realizando as
de, bom nome) e honras (homenagem, títulos). alterações solicitadas, segue como ficariam (em desta-
Usamos, às vezes, os substantivos no singular, mas que):
com sentido de plural: Em “a”: tivessem acrescentado – trariam − contribui-
Aqui morreu muito negro. riam
Celebraram o sacrifício divino muitas vezes em capelas Em “b”: acrescentassem – trariam − contribuiriam
improvisadas. Em “c”: tinham acrescentado – trouxeram − contribuí-
ram
C) Flexão de Grau do Substantivo Em “d”: acrescentassem – trariam − contribuíram
Em “e”: tenham acrescentado – trouxeram − Contribuí-
Grau é a propriedade que as palavras têm de exprimir ram = correta
as variações de tamanho dos seres. Classifica-se em:
1. Grau Normal - Indica um ser de tamanho conside- 2. (TST – Analista Judiciário – Área Apoio Especializa-
rado normal. Por exemplo: casa do – Especialidade Medicina do Trabalho – FCC – 2012)
Está inadequado o emprego do elemento sublinhado na
2. Grau Aumentativo - Indica o aumento do tama-
seguinte frase:
nho do ser. Classifica-se em:
Analítico = o substantivo é acompanhado de um ad-
a) Sou ateu e peço que me deem tratamento similar ao
jetivo que indica grandeza. Por exemplo: casa grande.
que dispenso aos homens religiosos.
Sintético = é acrescido ao substantivo um sufixo in-
b) A intolerância religiosa baseia-se em preconceitos de
dicador de aumento. Por exemplo: casarão.
LÍNGUA PORTUGUESA

que deveriam desviar-se todos os homens verdadeira-


mente virtuosos.
3. Grau Diminutivo - Indica a diminuição do tama- c) A tolerância é uma virtude na qual não podem prescin-
nho do ser. Pode ser: dir os que se dizem homens de fé.
Analítico = substantivo acompanhado de um adjeti- d) O ateu desperta a ira dos fanáticos, a despeito de nada
vo que indica pequenez. Por exemplo: casa pequena. fazer que possa injuriá-los ou desrespeitá-los.
Sintético = é acrescido ao substantivo um sufixo in- e) Respeito os homens de fé, a menos que deixem de
dicador de diminuição. Por exemplo: casinha. fazer o mesmo com aqueles que não a têm.

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Resposta: Letra C. a) ademais.
Corrigindo o inadequado: b) conquanto.
Em “a”: Sou ateu e peço que me deem tratamento si- c) porquanto.
milar ao que dispenso aos homens religiosos. d) entretanto.
Em “b”: A intolerância religiosa baseia-se em precon- e) apesar.
ceitos de que deveriam desviar-se todos os homens
verdadeiramente virtuosos. Resposta: Letra D.
Em “c”: A tolerância é uma virtude na qual (de que) Contudo é uma conjunção adversativa (expressa opo-
não podem prescindir os que se dizem homens de fé. sição). A substituição deve utilizar outra de mesma
Em “d”: O ateu desperta a ira dos fanáticos, a despeito classificação, para que se mantenha a ideia do perío-
de nada fazer que possa injuriá-los ou desrespeitá-los. do. A correta é entretanto.
Em “e”: Respeito os homens de fé, a menos que dei-
xem de fazer o mesmo com aqueles que não a têm. 6. (TST – Analista Judiciário – Área Administrativa –
FCC – 2012) O verbo indicado entre parênteses deverá
3. (TST – Analista Judiciário – Área Apoio Especiali-
flexionar-se no singular para preencher adequadamente
zado – Especialidade Medicina do Trabalho – FCC –
a lacuna da frase:
2012)
Transpondo-se para a voz passiva a construção Os ateus
despertariam a ira de qualquer fanático, a forma ver- a) A nenhuma de nossas escolhas...... (poder) deixar de
bal obtida será: corresponder nossos valores éticos mais rigorosos.
b) Não se...... (poupar) os que governam de refletir so-
a) seria despertada. bre o peso de suas mais graves decisões.
b) teria sido despertada. c) Aos governantes mais responsáveis não...... (ocorrer)
c) despertar-se-á. tomar decisões sem medir suas consequências.
d) fora despertada. d) A toda decisão tomada precipitadamente...... (cos-
e) teriam despertado. tumar) sobrevir consequências imprevistas e injustas.
e) Diante de uma escolha,...... (ganhar) prioridade, re-
Resposta: Letra A. comenda Gramsci, os critérios que levam em conta a
Os ateus despertariam a ira de qualquer fanático dor humana.
Fazendo a transposição para a voz passiva, temos: A
ira de qualquer fanático seria despertada pelos ateus. Resposta: Letra C.
GABARITO OFICIAL: A Flexões em destaque e sublinhei os termos que esta-
belecem concordância:
4. (TST – Técnico Judiciário – Área Administrativa – Em “a”: A nenhuma de nossas escolhas podem deixar
Especialidade Segurança Judiciária – FCC – 2012) de corresponder nossos valores éticos mais rigorosos.
...ela nunca alcançava a musa. Em “b”: Não se poupam os que governam de refletir
Transpondo-se a frase acima para a voz passiva, a forma sobre o peso de suas mais graves decisões.
verbal resultante será: Em “c”: Aos governantes mais responsáveis não ocor-
re tomar decisões sem medir suas consequências. =
a) alcança-se. Isso não ocorre aos governantes – uma oração exerce
b) foi alcançada. a função de sujeito (subjetiva)
c) fora alcançada.
Em “d”: A toda decisão tomada precipitadamente cos-
d) seria alcançada.
tumam sobrevir consequências imprevistas e injustas.
e) era alcançada.
Em “e”: Diante de uma escolha, ganham prioridade,
Resposta: Letra E. recomenda Gramsci, os critérios que levam em conta
Temos um verbo na voz ativa, então teremos dois na a dor humana.
passiva (auxiliar + o verbo da oração da ativa, no mes-
mo tempo verbal, forma particípio): A musa nunca era 7. (TRT 23.ª REGIÃO-MT – Analista Judiciário – Área
alcançada por ela. O verbo “alcançava” está no pretérito Administrativa – FCC – 2016 ) ... para quem Manoel de
imperfeito, por isso o auxiliar tem que estar também (é Barros era comparável a São Francisco de Assis...
= presente, foi = pretérito perfeito, era = imperfeito, fora O verbo flexionado nos mesmos tempo e modo que o
= mais que perfeito, será = futuro do presente, seria = da frase acima está em:
futuro do pretérito).
a) Dizia-se um “vedor de cinema”...
LÍNGUA PORTUGUESA

5. (TST – Analista Judiciário – Área Apoio Especiali- b) Porque não seria certo ficar pregando moscas no es-
zado – Especialidade Medicina do Trabalho – FCC – paço...
2012) Aos poucos, contudo, fui chegando à constatação c) Na juventude, apaixonou-se por Arthur Rimbaud e
de que todo perfil de rede social é um retrato ideal de nós Charles Baudelaire.
mesmos. d) Quase meio século separa a estreia de Manoel de Bar-
Mantendo-se a correção e a lógica, sem que outra al- ros na literatura...
teração seja feita na frase, o elemento grifado pode ser e) ... para depois casá-las...
substituído por:

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Resposta: Letra A. Resposta: Letra D.
“Era” = verbo “ser” no pretérito imperfeito do Indicati- Temos: sujeito (o marechal), verbo na ativa (organizou)
vo. Procuremos nos itens: e objeto (o acervo). Como há um verbo na ativa, ao
Em “a”: Dizia-se = pretérito imperfeito do Indicativo passarmos para a passiva teremos dois (o auxiliar no
Em “b”: Porque não seria = futuro do pretérito do In- mesmo tempo que o verbo da ativa + o particípio do
dicativo verbo da voz ativa = organizado). O objeto exercerá
Em “c”: Na juventude, apaixonou-se = pretérito perfei- a função de sujeito paciente, e o sujeito da ativa será
to do Indicativo o agente da passiva (ufa!). A frase ficará: O acervo foi
Em “d”: Quase meio século separa = presente do Indi- organizado pelo marechal.
cativo
Em “e”: para depois casá-las = Infinitivo pessoal (casar 11. (TRT 20.ª REGIÃO-SE – TÉCNICO JUDICIÁRIO –
elas) FCC – 2016) Precisamos de um treinador que nos ajude
a comer...
8. (TRT 20.ª REGIÃO-SE – Analista Judiciário – Área O verbo flexionado nos mesmos tempo e modo que o
Administrativa – FCC – 2016 ) Aí conheci o escritor e sublinhado acima está também sublinhado em:
historiador de sua gente, meu saudoso amigo Alcino Al-
ves Costa. E foi dele que ouvi oralmente a história de Zé a) [...] assim que conseguissem se virar sem as mães ou
de Julião. Considerando-se a norma-padrão da língua, as amas...
ao reescrever-se o trecho acima em um único período, o b) Não é por acaso que proliferaram os coaches.
segmento destacado deverá ser antecedido de vírgula e c) [...] país que transformou a infância numa bilionária in-
substituído por dústria de consumo...
d) E, mesmo que se esforcem muito [...]
a) perante ao qual e) Hoje há algo novo nesse cenário.
b) de cujo
c) o qual Resposta: Letra D.
d) frente à quem que nos ajude = presente do Subjuntivo
e) de quem Em “a”: que conseguissem = pretérito do Subjuntivo
Em “b”: que proliferaram = pretérito perfeito (e tam-
Resposta: Letra E. bém mais-que-perfeito) do Indicativo
Voltemos ao trecho: ... meu saudoso amigo Alcino Alves Em “c”: que transformou = pretérito perfeito do Indi-
Costa. E foi dele que ouvi oralmente... = a única alter- cativo
nativa que substitui corretamente o trecho destacado é Em “d”: que se esforcem = presente do Subjuntivo
“de quem ouvi oralmente”. Em “e”: há algo novo nesse cenário = presente do In-
dicativo
9. (TRT 14.ª REGIÃO-RO e AC – Técnico Judiciário –
FCC – 2016) “Isto pode despertar a atenção de outras pes- 12. (TRT 23.ª REGIÃO-MT – Técnico Judiciário – FCC
soas que tenham documentos em casa e se disponham – 2016) O modelo ainda dominante nas discussões ecoló-
a trazer para a Academia, que é a guardiã desse tipo de gicas privilegia, em escala, o Estado e o mundo...
acervo, que é muito difícil de ser guardado em casa, pois o Transpondo-se a frase acima para a voz passiva, a forma
tempo destrói e aqui temos a melhor técnica de conserva- verbal resultante será:
ção de documentos”, disse Cavalcanti.
O termo sublinhado faz referência a a) é privilegiado.
b) sendo privilegiadas.
a) pessoas. c) são privilegiados.
b) acervo. d) foi privilegiado.
c) Academia. e) são privilegiadas.
d) tempo.
e) casa. Resposta: Letra C.
Há um verbo na ativa, então teremos dois na passiva
Resposta: Letra B. (auxiliar + o particípio de “privilegia”) = O Estado e
Ao trecho: a guardiã desse tipo de acervo, que (o qual) o mundo são privilegiados pelo modelo ainda domi-
é muito difícil de ser guardado... nante.

10. (TRT 14.ª REGIÃO-RO e AC – Técnico Judiciário – 13. (TRT 23.ª REGIÃO-MT – Técnico Judiciário – FCC –
FCC – 2016) O marechal organizou o acervo... 2016 ) Empregam-se todas as formas verbais de acordo
LÍNGUA PORTUGUESA

A forma verbal está corretamente transposta para a voz com a norma culta na seguinte frase:
passiva em:
a) Para que se mantesse sua autenticidade, o documento
a) estava organizando não poderia receber qualquer tipo de retificação.
b) tinha organizado b) Os documentos com assinatura digital disporam de
c) organizando-se algoritmos de criptografia que os protegeram.
d) foi organizado c) Arquivados eletronicamente, os documentos poderam
e) está organizado contar com a proteção de uma assinatura digital.

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d) Quem se propor a alterar um documento criptogra- Resposta: Letra D.
fado deve saber que comprometerá sua integridade. Os verbos das frases citadas estão no Modo Imperati-
e) Não é possível fazer as alterações que convierem sem vo (expressam ordem). Vamos aos itens:
comprometer a integridade dos documentos. Em “a”: ... o acesso rápido e a quantidade de textos
fazem = presente do Indicativo
Resposta: Letra E. Em “b”: Na internet, basta um clique = presente do
Em “a”: Para que se mantesse (mantivesse) sua auten- Indicativo
ticidade, o documento não poderia receber qualquer Em “c”: ... após discar e fazer a ligação, não precisamos
tipo de retificação. = presente do Indicativo
Em “b”: Os documentos com assinatura digital dispo- Em “d”: Pense rápido: = Imperativo
ram (dispuseram) de algoritmos de criptografia que os Em “e”: É o que mostra também uma pesquisa = pre-
protegeram. sente do Indicativo
Em “c”: Arquivados eletronicamente, os documentos
poderam (puderam) contar com a proteção de uma 16. (PC-SP – Atendente de Necrotério Policial – Vu-
nesp – 2014) Assinale a alternativa em que a palavra em
assinatura digital.
destaque na frase pertence à classe dos adjetivos (pala-
Em “d”: Quem se propor (propuser) a alterar um docu-
vra que qualifica um substantivo).
mento criptografado deve saber que comprometerá
sua integridade. a) Existe grande confusão entre os diversos tipos de eu-
Em “e”: Não é possível fazer as alterações que convierem tanásia...
sem comprometer a integridade dos documentos = cor- b)... o médico ou alguém causa ativamente a morte...
reta c) prolonga o processo de morrer procurando distanciar
a morte.
14. (TRT 21.ª REGIÃO-RN – Técnico Judiciário – FCC d) Ela é proibida por lei no Brasil,...
– 2017) Sessenta anos de história marcam, assim, a traje- e) E como seria a verdadeira boa morte?
tória da utopia no país.
Transpondo-se a frase acima para a voz passiva, a forma Resposta: Letra E.
verbal resultante será: Em “a”: Existe grande confusão = substantivo
Em “b”: o médico ou alguém causa ativamente a mor-
a) foram marcados. te = pronome
b) foi marcado. Em “c”: prolonga o processo de morrer procurando
c) são marcados. distanciar a morte = substantivo
d) foi marcada. Em “d”: Ela é proibida por lei no Brasil = substantivo
e) é marcada. Em “e”: E como seria a verdadeira boa morte? = ad-
jetivo
Resposta: Letra E.
Temos um verbo (no tempo presente) na ativa, então 17. (PC-SP – Escrivão de Polícia – Vunesp – 2014) As
teremos dois na passiva (auxiliar [no tempo presente] formas verbais conjugadas no modo imperativo, expres-
+ particípio de “marcam”) = Assim, a trajetória da uto- sando ordem, instrução ou comando, estão destacadas
pia do país é marcada pelos sessenta anos de história. em

15. (Polícia Militar do Estado de São Paulo – Soldado a) Mas há outros cujas marcas acabam ficando bem ní-
tidas na memória: são aqueles donos de qualidades
PM 2.ª Classe – Vunesp – 2017) Considere as seguintes
incomuns.
frases:
b) Voltei uns cinquenta minutos depois, cauteloso, e
Primeiro, associe suas memórias com objetos físicos.
quase não acreditei no que ouvi.
Segundo, não memorize apenas por repetição. c) – Ei rapaz, deixe ligado o microfone, largue isso aí, vá
Terceiro, rabisque! pro estúdio e ponha a rádio no ar.
Um verbo flexionado no mesmo modo que o dos verbos d) Bem, o fato é que eu era o técnico de som do horário,
empregados nessas frases está em destaque em: precisava “passar” a transmissão lá para a câmara, e o
locutor não chegava para os textos de abertura, pu-
a) [...] o acesso rápido e a quantidade de textos fazem blicidade, chamadas.
com que o cérebro humano não considere útil gravar e) ... estremecíamos quando ele nos chamava para qual-
esses dados [...] quer coisa, fazendo-nos entrar na sua sala imensa, já
b) Na internet, basta um clique para vasculhar um sem- suando frio e atentos às suas finas e cortantes pala-
LÍNGUA PORTUGUESA

-número de informações. vras.


c) [...] após discar e fazer a ligação, não precisamos mais
dele... Resposta: Letra C.
d) Pense rápido: qual o número de telefone da casa em Aos itens:
que morou quando era criança? Em “a”: há = presente / acabam = presente / são =
e) É o que mostra também uma pesquisa recente condu- presente
zida pela empresa de segurança digital Kaspersky [...] Em “b”: Voltei = pretérito perfeito / acreditei = preté-
rito perfeito

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Em “c”: deixe / largue / vá / ponha = verbos no modo 21. (PC-SP – Escrivão de Polícia – Vunesp – 2013)
imperativo afirmativo (ordens) Assinale a alternativa que completa respectivamente as
Em “d”: era = pretérito imperfeito / precisava = pretéri- lacunas, em conformidade com a norma-padrão de con-
to imperfeito / chegava = pretérito imperfeito jugação verbal.
Em “e”: fazendo-nos = gerúndio / suando = gerúndio Há quem acredite que alcançará o sucesso profissional
quando __________ um diploma de mestrado, mas há
18. (PC-SP – Agente de Polícia – Vunesp – 2013) Em – O aqueles que _________ de opinião e procuram investir em
destino me prestava esse pequeno favor: completava minha cursos profissionalizantes.
identificação com o resto da humanidade, que tem sempre
para contar uma história de objeto achado; – o pronome a) obtiver … divirgem
em destaque retoma a seguinte palavra/expressão: b) obter … divergem
c) obtesse … devirgem
a) o resto da humanidade. d) obter … divirgem
b) esse pequeno favor. e) obtiver … divergem
c) minha identificação.
d) O destino. Resposta: Letra E.
e) completava. Há quem acredite que alcançará o sucesso profissio-
nal quando obtiver um diploma de mestrado, mas há
Resposta: Letra A. aqueles que divergem de opinião e procuram investir
Completava minha identificação com o resto da huma- em cursos profissionalizantes.
nidade, que (a qual) tem sempre para contar uma his-
tória de objeto achado = pronome relativo que retoma 22. (PC-SP – Auxiliar de Necropsia – Vunesp – 2014)
o resto da humanidade. Considerando que o adjetivo é uma palavra que modifica
o substantivo, com ele concordando em gênero e núme-
19. (PC-SP – Agente de Polícia – Vunesp – 2013) Consi- ro, assinale a alternativa em que a palavra destacada é
dere o trecho a seguir.
um adjetivo.
É comum que objetos ____________ esquecidos em locais
públicos. Mas muitos transtornos poderiam ser evitados
a) ... um câncer de boca horroroso, ...
se as pessoas __________ a atenção voltada para seus per-
b) Ele tem dezesseis anos...
tences, conservando-os junto ao corpo.
c) Eu queria que ele morresse logo, ...
Assinale a alternativa que preenche, correta e respectiva-
d) ... com a crueldade adicional de dar esperança às fa-
mente, as lacunas do texto.
mílias.
a) sejam ... mantesse e) E o inferno não atinge só os terminais.
b) sejam ... mantém
c) sejam ... mantivessem Resposta: Letra A.
d) seja ... mantivessem Em “a”: um câncer de boca horroroso = adjetivo
e) seja ... mantêm Em “b”: Ele tem dezesseis anos = numeral
Em “c”: Eu queria que ele morresse logo = advérbio
Resposta: Letra C. Em “d”: com a crueldade adicional de dar esperança às
Completemos as lacunas e depois busquemos o item famílias = substantivo
correspondente. A pegadinha aqui é a conjugação do Em “e”: E o inferno não atinge só os terminais = subs-
verbo “manter”, no presente do Subjuntivo (mantiver): tantivo
É comum que objetos sejam esquecidos em locais pú-
blicos. Mas muitos transtornos poderiam ser evitados se 23. (Polícia Civil-SP – Perito Criminal – Vunesp – 2013)
as pessoas mantivessem a atenção voltada para seus Observe os enunciados:
pertences, conservando-os junto ao corpo. • A Guerra do Vietnã se faz presente até hoje.
• A probabilidade de um veterano branco ser preso por um
20. (PC-SP – Atendente de Necrotério Policial – Vu- crime violento é significativamente mais alta do que...
nesp – 2013) Nas frases – Não vou mais à escola!… – e Os advérbios em destaque expressam, respectivamente,
– Hoje estão na moda os métodos audiovisuais. – as pala- circunstâncias de
vras em destaque expressam, correta e respectivamente,
circunstâncias de a) lugar e modo.
b) tempo e intensidade.
a) dúvida e modo. c) modo e intensidade.
LÍNGUA PORTUGUESA

b) dúvida e tempo. d) tempo e causa.


c) modo e afirmação. e) tempo e modo.
d) negação e lugar.
e) negação e tempo. Resposta: Letra E.
“Hoje” = tempo; geralmente os advérbios terminados
Resposta: Letra E. em “-mente” são de modo (= com significância).
“não” – advérbio de negação / “hoje” – advérbio de
tempo.

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Frase, oração e período 1.1.1 Termos essenciais

1. Sintaxe da Oração e do Período O sujeito e o predicado são considerados termos es-


senciais da oração, ou seja, são termos indispensáveis
Frase é todo enunciado suficiente por si mesmo para para a formação das orações. No entanto, existem ora-
estabelecer comunicação. Normalmente é composta por ções formadas exclusivamente pelo predicado. O que de-
dois termos – o sujeito e o predicado – mas não obriga- fine a oração é a presença do verbo. O sujeito é o termo
toriamente, pois há orações ou frases sem sujeito: Trove- que estabelece concordância com o verbo.
jou muito ontem à noite. O candidato está preparado.
Os candidatos estão preparados.
Quanto aos tipos de frases, além da classificação em ver-
bais (possuem verbos, ou seja, são orações) e nominais (sem Na primeira frase, o sujeito é “o candidato”. “Candida-
a presença de verbos), feita a partir de seus elementos cons- to” é a principal palavra do sujeito, sendo, por isso, deno-
tituintes, elas podem ser classificadas a partir de seu sentido minada núcleo do sujeito. Este se relaciona com o verbo,
global: estabelecendo a concordância (núcleo no singular, verbo
no singular: candidato = está).
A) frases interrogativas = o emissor da mensagem A função do sujeito é basicamente desempenhada
formula uma pergunta: Que dia é hoje? por substantivos, o que a torna uma função substantiva
B) frases imperativas = o emissor dá uma ordem ou da oração. Pronomes, substantivos, numerais e quaisquer
faz um pedido: Dê-me uma luz! outras palavras substantivadas (derivação imprópria)
C) frases exclamativas = o emissor exterioriza um es- também podem exercer a função de sujeito.
tado afetivo: Que dia abençoado! Os dois sumiram. (dois é numeral; no exemplo, subs-
D) frases declarativas = o emissor constata um fato: A tantivo)
prova será amanhã. Um sim é suave e sugestivo. (sim é advérbio; no exem-
plo: substantivo)
Quanto à estrutura da frase, as que possuem verbo
Os sujeitos são classificados a partir de dois elemen-
(oração) são estruturadas por dois elementos essenciais:
tos: o de determinação ou indeterminação e o de núcleo
sujeito e predicado.
do sujeito.
O sujeito é o termo da frase que concorda com o ver-
Um sujeito é determinado quando é facilmente
bo em número e pessoa. É o “ser de quem se declara
identificado pela concordância verbal. O sujeito determi-
algo”, “o tema do que se vai comunicar”; o predicado é a
nado pode ser simples ou composto.
parte da frase que contém “a informação nova para o ou- A indeterminação do sujeito ocorre quando não é
vinte”, é o que “se fala do sujeito”. Ele se refere ao tema, possível identificar claramente a que se refere a concor-
constituindo a declaração do que se atribui ao sujeito. dância verbal. Isso ocorre quando não se pode ou não
Quando o núcleo da declaração está no verbo (que interessa indicar precisamente o sujeito de uma oração.
indique ação ou fenômeno da natureza, seja um verbo Estão gritando seu nome lá fora.
significativo), temos o predicado verbal. Mas, se o núcleo Trabalha-se demais neste lugar.
estiver em um nome (geralmente um adjetivo), teremos O sujeito simples é o sujeito determinado que apre-
um predicado nominal (os verbos deste tipo de predica- senta um único núcleo, que pode estar no singular ou no
do são os que indicam estado, conhecidos como verbos plural; pode também ser um pronome indefinido. Abaixo,
de ligação): sublinhei os núcleos dos sujeitos:
O menino limpou a sala. = “limpou” é verbo de ação Nós estudaremos juntos.
(predicado verbal) A humanidade é frágil.
A prova foi fácil. – “foi” é verbo de ligação (ser); o nú- Ninguém se move.
cleo é “fácil” (predicado nominal) O amar faz bem. (“amar” é verbo, mas aqui houve
uma derivação imprópria, tranformando-o em substan-
Quanto ao período, ele denomina a frase constituída tivo)
por uma ou mais orações, formando um todo, com sen- As crianças precisam de alimentos saudáveis.
tido completo. O período pode ser simples ou composto.
O sujeito composto é o sujeito determinado que
Período simples é aquele constituído por apenas apresenta mais de um núcleo.
uma oração, que recebe o nome de oração absoluta. Alimentos e roupas custam caro.
Chove. Ela e eu sabemos o conteúdo.
A existência é frágil. O amar e o odiar são duas faces da mesma moeda.
LÍNGUA PORTUGUESA

Amanhã, à tarde, faremos a prova do concurso.


Além desses dois sujeitos determinados, é comum a
Período composto é aquele constituído por duas ou referência ao sujeito implícito na desinência verbal (o
mais orações: “antigo” sujeito oculto [ou elíptico]), isto é, ao núcleo
Cantei, dancei e depois dormi. do sujeito que está implícito e que pode ser reconhecido
Quero que você estude mais. pela desinência verbal ou pelo contexto.
Abolimos todas as regras. = (nós)
1.1. Termos da Oração Falaste o recado à sala? = (tu)

50
Os verbos deste tipo de sujeito estão sempre na pri- Predicado é o conjunto de enunciados que contém a
meira pessoa do singular (eu) ou plural (nós) ou na se- informação sobre o sujeito – ou nova para o ouvinte. Nas
gunda do singular (tu) ou do plural (vós), desde que os orações sem sujeito, o predicado simplesmente enuncia
pronomes não estejam explícitos. um fato qualquer. Nas orações com sujeito, o predicado
Iremos à feira juntos? (= nós iremos) – sujeito implíci- é aquilo que se declara a respeito deste sujeito. Com ex-
to na desinência verbal “-mos” ceção do vocativo - que é um termo à parte - tudo o que
Cantais bem! (= vós cantais) - sujeito implícito na de- difere do sujeito numa oração é o seu predicado.
sinência verbal “-ais” Chove muito nesta época do ano.
Houve problemas na reunião.
Mas:
Nós iremos à festa juntos? = sujeito simples: nós Em ambas as orações não há sujeito, apenas predi-
Vós cantais bem! = sujeito simples: vós cado. Na segunda oração, “problemas” funciona como
objeto direto.
O sujeito indeterminado surge quando não se quer - As questões estavam fáceis!
ou não se pode - identificar a que o predicado da oração Sujeito simples = as questões
refere-se. Existe uma referência imprecisa ao sujeito, caso Predicado = estavam fáceis
contrário, teríamos uma oração sem sujeito.
Na língua portuguesa, o sujeito pode ser indetermi- Passou-me uma ideia estranha pelo pensamento.
nado de duas maneiras: Sujeito = uma ideia estranha
Predicado = passou-me pelo pensamento
A) com verbo na terceira pessoa do plural, desde que
o sujeito não tenha sido identificado anteriormen- Para o estudo do predicado, é necessário verificar
te: se seu núcleo é um nome (então teremos um predicado
Bateram à porta; nominal) ou um verbo (predicado verbal). Deve-se con-
Andam espalhando boatos a respeito da queda do mi- siderar também se as palavras que formam o predicado
nistro. referem-se apenas ao verbo ou também ao sujeito da
oração.
Se o sujeito estiver identificado, poderá ser simples Os homens sensíveis pedem amor sincero às mulheres
ou composto: de opinião.
Os meninos bateram à porta. (simples) Predicado
Os meninos e as meninas bateram à porta. (composto)
O predicado acima apresenta apenas uma palavra
B) com o verbo na terceira pessoa do singular, acres- que se refere ao sujeito: pedem. As demais palavras se
cido do pronome “se”. Esta é uma construção típi- ligam direta ou indiretamente ao verbo.
ca dos verbos que não apresentam complemento A cidade está deserta.
direto: O nome “deserta”, por intermédio do verbo, refere-
Precisa-se de mentes criativas. -se ao sujeito da oração (cidade). O verbo atua como
Vivia-se bem naqueles tempos. elemento de ligação (por isso verbo de ligação) entre o
Trata-se de casos delicados. sujeito e a palavra a ele relacionada (no caso: deserta =
Sempre se está sujeito a erros. predicativo do sujeito).

O pronome “se”, nestes casos, funciona como índice O predicado verbal é aquele que tem como núcleo
de indeterminação do sujeito. significativo um verbo:
Chove muito nesta época do ano.
Estudei muito hoje!
As orações sem sujeito, formadas apenas pelo pre- Compraste a apostila?
dicado, articulam-se a partir de um verbo impessoal. A
mensagem está centrada no processo verbal. Os princi- Os verbos acima são significativos, isto é, não servem
pais casos de orações sem sujeito com: apenas para indicar o estado do sujeito, mas indicam
 os verbos que indicam fenômenos da natureza: processos.
Amanheceu.
Está trovejando. O predicado nominal é aquele que tem como nú-
cleo significativo um nome; este atribui uma qualidade
LÍNGUA PORTUGUESA

 os verbos estar, fazer, haver e ser, quando indicam ou estado ao sujeito, por isso é chamado de predicativo
fenômenos meteorológicos ou se relacionam ao do sujeito. O predicativo é um nome que se liga a ou-
tempo em geral: tro nome da oração por meio de um verbo (o verbo de
Está tarde. ligação).
Já são dez horas. Nos predicados nominais, o verbo não é significativo,
Faz frio nesta época do ano. isto é, não indica um processo, mas une o sujeito ao pre-
Há muitos concursos com inscrições abertas. dicativo, indicando circunstâncias referentes ao estado
do sujeito: Os dados parecem corretos.

51
O verbo parecer poderia ser substituído por estar, 1.2.1 Objeto Pleonástico
andar, ficar, ser, permanecer ou continuar, atuando como
elemento de ligação entre o sujeito e as palavras a ele É a repetição de objetos, tanto diretos como indiretos.
relacionadas. Normalmente, as frases em que ocorrem objetos
A função de predicativo é exercida, normalmente, por pleonásticos obedecem à estrutura: primeiro aparece o
um adjetivo ou substantivo. objeto, antecipado para o início da oração; em seguida,
ele é repetido através de um pronome oblíquo. É à repe-
O predicado verbo-nominal é aquele que apresen- tição que se dá o nome de objeto pleonástico.
ta dois núcleos significativos: um verbo e um nome. No “Aos fracos, não os posso proteger, jamais.” (Gonçal-
predicado verbo-nominal, o predicativo pode se referir ao ves Dias)
sujeito ou ao complemento verbal (objeto).
objeto pleonástico
O verbo do predicado verbo-nominal é sempre signi-
ficativo, indicando processos. É também sempre por in- Ao traidor, nada lhe devemos.
termédio do verbo que o predicativo se relaciona com o
termo a que se refere. O termo que integra o sentido de um nome chama-se
O dia amanheceu ensolarado; complemento nominal, que se liga ao nome que com-
As mulheres julgam os homens inconstantes. pleta por intermédio de preposição:
A arte é necessária à vida. = relaciona-se com a pala-
No primeiro exemplo, o verbo amanheceu apresenta vra “necessária”
duas funções: a de verbo significativo e a de verbo de Temos medo de barata. = ligada à palavra “medo”
ligação. Este predicado poderia ser desdobrado em dois:
um verbal e outro nominal. 1.3 Termos acessórios da oração e vocativo
O dia amanheceu. / O dia estava ensolarado.
Os termos acessórios recebem este nome por serem
No segundo exemplo, é o verbo julgar que relaciona o explicativos, circunstanciais. São termos acessórios o ad-
complemento homens com o predicativo “inconstantes”. junto adverbial, o adjunto adnominal, o aposto e o voca-
tivo – este, sem relação sintática com outros temos da
1.2 Termos integrantes da oração oração.

Os complementos verbais (objeto direto e indireto) e o O adjunto adverbial é o termo da oração que indi-
complemento nominal são chamados termos integrantes ca uma circunstância do processo verbal ou intensifica o
da oração. sentido de um adjetivo, verbo ou advérbio. É uma função
adverbial, pois cabe ao advérbio e às locuções adverbiais
Os complementos verbais integram o sentido dos ver- exercerem o papel de adjunto adverbial: Amanhã voltarei
bos transitivos, com eles formando unidades significati- a pé àquela velha praça.
vas. Estes verbos podem se relacionar com seus comple-
mentos diretamente, sem a presença de preposição, ou O adjunto adnominal é o termo acessório que de-
indiretamente, por intermédio de preposição. termina, especifica ou explica um substantivo. É uma fun-
ção adjetiva, pois são os adjetivos e as locuções adjetivas
O objeto direto é o complemento que se liga direta- que exercem o papel de adjunto adnominal na oração.
mente ao verbo. Também atuam como adjuntos adnominais os artigos, os
Houve muita confusão na partida final. numerais e os pronomes adjetivos.
Queremos sua ajuda. O poeta inovador enviou dois longos trabalhos ao seu
amigo de infância.
O objeto direto preposicionado ocorre principal-
mente: O adjunto adnominal se liga diretamente ao subs-
A) com nomes próprios de pessoas ou nomes comuns tantivo a que se refere, sem participação do verbo. Já o
referentes a pessoas: predicativo do objeto se liga ao objeto por meio de um
Amar a Deus; Adorar a Xangô; Estimar aos pais. verbo.
(o objeto é direto, mas como há preposição, denomi- O poeta português deixou uma obra originalíssima.
na-se: objeto direto preposicionado) O poeta deixou-a.
(originalíssima não precisou ser repetida, portanto:
B) com pronomes indefinidos de pessoa e pronomes adjunto adnominal)
de tratamento: Não excluo a ninguém; Não quero
LÍNGUA PORTUGUESA

cansar a Vossa Senhoria. O poeta português deixou uma obra inacabada.


C) para evitar ambiguidade: Ao povo prejudica a crise. O poeta deixou-a inacabada.
(sem preposição, o sentido seria outro: O povo prejudica (inacabada precisou ser repetida, então: predicativo
a crise) do objeto)
O objeto indireto é o complemento que se liga indi-
retamente ao verbo, ou seja, através de uma preposição. Enquanto o complemento nominal se relaciona a um
Gosto de música popular brasileira. substantivo, adjetivo ou advérbio, o adjunto nominal se
Necessito de ajuda. relaciona apenas ao substantivo.

52
O aposto é um termo acessório que permite ampliar, A) Coordenadas Assindéticas
explicar, desenvolver ou resumir a ideia contida em um São orações coordenadas entre si e que não são ligadas
termo que exerça qualquer função sintática: Ontem, se- através de nenhum conectivo. Estão apenas justapostas.
gunda-feira, passei o dia mal-humorado. Entrei na sala, deitei-me no sofá, adormeci.

Segunda-feira é aposto do adjunto adverbial de tem- B) Coordenadas Sindéticas


po “ontem”. O aposto é sintaticamente equivalente ao Ao contrário da anterior, são orações coordenadas en-
termo que se relaciona porque poderia substituí-lo: Se- tre si, mas que são ligadas através de uma conjunção coor-
gunda-feira passei o dia mal-humorado. denativa, que dará à oração uma classificação. As orações
O aposto pode ser classificado, de acordo com seu coordenadas sindéticas são classificadas em cinco tipos:
valor na oração, em: aditivas, adversativas, alternativas, conclusivas e explicati-
A) explicativo: A linguística, ciência das línguas huma- vas.
nas, permite-nos interpretar melhor nossa relação
com o mundo. Dica: Memorize SINdética = SIM, tem conjunção!
B) enumerativo: A vida humana compõe-se de muitas  Orações Coordenadas Sindéticas Aditivas: suas
coisas: amor, arte, ação. principais conjunções são: e, nem, não só... mas também,
C) resumidor ou recapitulativo: Fantasias, suor e so- não só... como, assim... como.
nho, tudo forma o carnaval. Nem comprei o protetor solar nem fui à praia.
D) comparativo: Seus olhos, indagadores holofotes, fi- Comprei o protetor solar e fui à praia.
xaram-se por muito tempo na baía anoitecida.
 Orações Coordenadas Sindéticas Adversativas:
O vocativo é um termo que serve para chamar, in- suas principais conjunções são: mas, contudo, toda-
vocar ou interpelar um ouvinte real ou hipotético, não via, entretanto, porém, no entanto, ainda, assim, se-
mantendo relação sintática com outro termo da oração. não.
A função de vocativo é substantiva, cabendo a substan-
Fiquei muito cansada, contudo me diverti bastante.
tivos, pronomes substantivos, numerais e palavras subs-
Li tudo, porém não entendi!
tantivadas esse papel na linguagem.
João, venha comigo!
 Orações Coordenadas Sindéticas Alternativas:
Traga-me doces, minha menina!
suas principais conjunções são: ou... ou; ora...ora;
quer...quer; seja...seja.
1.4 Períodos Compostos
Ou uso o protetor solar, ou uso o óleo bronzeador.
1.4.1 Período Composto por Coordenação

O período composto se caracteriza por possuir mais  Orações Coordenadas Sindéticas Conclusivas:
de uma oração em sua composição. Sendo assim: suas principais conjunções são: logo, portanto, por
Eu irei à praia. (Período Simples = um verbo, uma fim, por conseguinte, consequentemente, pois (pos-
oração) posto ao verbo).
Estou comprando um protetor solar, depois irei à Passei no concurso, portanto comemorarei!
praia. (Período Composto =locução verbal + verbo, duas A situação é delicada; devemos, pois, agir.
orações)
Já me decidi: só irei à praia, se antes eu comprar um  Orações Coordenadas Sindéticas Explicativas:
protetor solar. (Período Composto = três verbos, três ora- suas principais conjunções são: isto é, ou seja, a saber,
ções). na verdade, pois (anteposto ao verbo).
Não fui à praia, pois queria descansar durante o Domin-
Há dois tipos de relações que podem se estabelecer go.
entre as orações de um período composto: uma relação Maria chorou porque seus olhos estão vermelhos.
de coordenação ou uma relação de subordinação.
Duas orações são coordenadas quando estão juntas 1.4.2 Período Composto Por Subordinação
em um mesmo período, (ou seja, em um mesmo bloco
de informações, marcado pela pontuação final), mas têm, Quero que você seja aprovado!
ambas, estruturas individuais, como é o exemplo de: Oração principal oração subordinada
Estou comprando um protetor solar, depois irei à praia.
(Período Composto) Observe que na oração subordinada temos o verbo
Podemos dizer: “seja”, que está conjugado na terceira pessoa do singular
1. Estou comprando um protetor solar. do presente do subjuntivo, além de ser introduzida por
LÍNGUA PORTUGUESA

2. Irei à praia. conjunção. As orações subordinadas que apresentam ver-


bo em qualquer dos tempos finitos (tempos do modo do
Separando as duas, vemos que elas são independen- indicativo, subjuntivo e imperativo) e são iniciadas por con-
tes. Tal período é classificado como Período Composto junção, chamam-se orações desenvolvidas ou explícitas.
por Coordenação.
Quanto à classificação das orações coordenadas, te- Podemos modificar o período acima. Veja:
mos dois tipos: Coordenadas Assindéticas e Coordenadas Quero ser aprovado.
Sindéticas. Oração Principal Oração Subordinada

53
A análise das orações continua sendo a mesma: “Quero” é a oração principal, cujo objeto direto é a oração su-
bordinada “ser aprovado”. Observe que a oração subordinada apresenta agora verbo no infinitivo (ser). Além disso, a
conjunção “que”, conectivo que unia as duas orações, desapareceu. As orações subordinadas cujo verbo surge numa
das formas nominais (infinitivo, gerúndio ou particípio) são chamadas de orações reduzidas ou implícitas (como no
exemplo acima).

Observação:
As orações reduzidas não são introduzidas por conjunções nem pronomes relativos. Podem ser, eventualmente,
introduzidas por preposição.

A) Orações Subordinadas Substantivas


A oração subordinada substantiva tem valor de substantivo e vem introduzida, geralmente, por conjunção integrante
(que, se).

Não sei se sairemos hoje.


Oração Subordinada Substantiva

Temos medo de que não sejamos aprovados.


Oração Subordinada Substantiva

Os pronomes interrogativos (que, quem, qual) também introduzem as orações subordinadas substantivas, bem
como os advérbios interrogativos (por que, quando, onde, como).

O garoto perguntou qual seu nome.


Oração Subordinada Substantiva

Não sabemos quando ele virá.


Oração Subordinada Substantiva

1.4.3 Classificação das Orações Subordinadas Substantivas

Conforme a função que exerce no período, a oração subordinada substantiva pode ser:
1. Subjetiva - exerce a função sintática de sujeito do verbo da oração principal:
É fundamental o seu comparecimento à reunião.
Sujeito

É fundamental que você compareça à reunião.


Oração Principal Oração Subordinada Substantiva Subjetiva

FIQUE ATENTO!
Observe que a oração subordinada substantiva pode ser substituída pelo pronome “isso”. Assim, temos
um período simples:
É fundamental isso ou Isso é fundamental.
Desta forma, a oração correspondente a “isso” exercerá a função de sujeito.

Veja algumas estruturas típicas que ocorrem na oração principal:


 Verbos de ligação + predicativo, em construções do tipo: É bom - É útil - É conveniente - É certo - Parece
certo - É claro - Está evidente - Está comprovado
É bom que você compareça à minha festa.

 Expressões na voz passiva, como: Sabe-se, Soube-se, Conta-se, Diz-se, Comenta-se, É sabido, Foi anunciado,
Ficou provado.
LÍNGUA PORTUGUESA

Sabe-se que Aline não gosta de Pedro.

 Verbos como: convir - cumprir - constar - admirar - importar - ocorrer - acontecer


Convém que não se atrase na entrevista.

Observação:
Quando a oração subordinada substantiva é subjetiva, o verbo da oração principal está sempre na 3.ª pessoa do
singular.

54
2. Objetiva Direta = exerce função de objeto direto 5. Predicativa = exerce papel de predicativo do su-
do verbo da oração principal: jeito do verbo da oração principal e vem sempre depois
Todos querem sua aprovação no concurso. do verbo ser.
Objeto Direto Nosso desejo era sua desistência.
Predicativo do Sujeito
Todos querem que você seja aprovado. (Todos
querem isso) Nosso desejo era que ele desistisse. (= Nosso desejo
Oração Principal Oração Subordinada Substantiva era isso)
Objetiva Direta Oração Subordinada Substantiva
Predicativa

As orações subordinadas substantivas objetivas dire- 6. Apositiva = exerce função de aposto de algum ter-
tas (desenvolvidas) são iniciadas por: mo da oração principal.
 Conjunções integrantes “que” (às vezes elíptica) Fernanda tinha um grande sonho: a felicidade!
e “se”: A professora verificou se os alunos estavam Aposto
presentes. Fernanda tinha um grande sonho: ser feliz!
 Pronomes indefinidos que, quem, qual, quanto (às Oração subordinada
vezes regidos de preposição), nas interrogações in- substantiva apositiva reduzida de infinitivo
diretas: O pessoal queria saber quem era o dono do
carro importado. (Fernanda tinha um grande sonho: isso)
 Advérbios como, quando, onde, por que, quão (às
vezes regidos de preposição), nas interrogações in- Dica: geralmente há a presença dos dois pontos! ( : )
diretas: Eu não sei por que ela fez isso.
B) Orações Subordinadas Adjetivas
3. Objetiva Indireta = atua como objeto indireto do Uma oração subordinada adjetiva é aquela que pos-
verbo da oração principal. Vem precedida de preposição. sui valor e função de adjetivo, ou seja, que a ele equiva-
le. As orações vêm introduzidas por pronome relativo e
Meu pai insiste em meu estudo. exercem a função de adjunto adnominal do antecedente.
Objeto Indireto Esta foi uma redação bem-sucedida.
Substantivo Adjetivo (Adjunto Adno-
Meu pai insiste em que eu estude. (= Meu pai minal)
insiste nisso)
Oração Subordinada Substantiva O substantivo “redação” foi caracterizado pelo adje-
Objetiva Indireta tivo “bem-sucedida”. Neste caso, é possível formarmos
Observação: outra construção, a qual exerce exatamente o mesmo
Em alguns casos, a preposição pode estar elíptica na papel:
oração. Esta foi uma redação que fez sucesso.
Marta não gosta (de) que a chamem de senhora. Oração Principal Oração Subordinada
Oração Subordinada Subs- Adjetiva
tantiva Objetiva Indireta
Perceba que a conexão entre a oração subordinada
4. Completiva Nominal = completa um nome que adjetiva e o termo da oração principal que ela modifica é
pertence à oração principal e também vem marcada por feita pelo pronome relativo “que”. Além de conectar (ou
preposição. relacionar) duas orações, o pronome relativo desempe-
Sentimos orgulho de seu comportamento. nha uma função sintática na oração subordinada: ocupa
Complemento Nominal o papel que seria exercido pelo termo que o antecede
(no caso, “redação” é sujeito, então o “que” também fun-
Sentimos orgulho de que você se comportou. (= ciona como sujeito).
Sentimos orgulho disso.)
Oração Subordinada Substantiva
Completiva Nominal FIQUE ATENTO!
Vale lembrar um recurso didático para reco-
As orações subordinadas substantivas objetivas in- nhecer o pronome relativo “que”: ele sempre
diretas integram o sentido de um verbo, enquanto que pode ser substituído por: o qual - a qual - os
LÍNGUA PORTUGUESA

orações subordinadas substantivas completivas nominais quais - as quais


integram o sentido de um nome. Para distinguir uma da Refiro-me ao aluno que é estudioso. = Esta ora-
outra, é necessário levar em conta o termo complemen- ção é equivalente a: Refiro-me ao aluno o qual
tado. Esta é a diferença entre o objeto indireto e o com- estuda.
plemento nominal: o primeiro complementa um verbo; o
segundo, um nome.

55
Forma das Orações Subordinadas Adjetivas C) Orações Subordinadas Adverbiais
Uma oração subordinada adverbial é aquela que
Quando são introduzidas por um pronome relativo e exerce a função de adjunto adverbial do verbo da ora-
apresentam verbo no modo indicativo ou subjuntivo, as ção principal. Assim, pode exprimir circunstância de tem-
orações subordinadas adjetivas são chamadas desenvol- po, modo, fim, causa, condição, hipótese, etc. Quando
vidas. Além delas, existem as orações subordinadas ad- desenvolvida, vem introduzida por uma das conjunções
jetivas reduzidas, que não são introduzidas por pronome subordinativas (com exclusão das integrantes, que intro-
relativo (podem ser introduzidas por preposição) e apre- duzem orações subordinadas substantivas). Classifica-se
sentam o verbo numa das formas nominais (infinitivo, de acordo com a conjunção ou locução conjuntiva que
gerúndio ou particípio). a introduz (assim como acontece com as coordenadas
Ele foi o primeiro aluno que se apresentou. sindéticas).
Ele foi o primeiro aluno a se apresentar.
Durante a madrugada, eu olhei você dormindo.
No primeiro período, há uma oração subordinada ad- Oração Subordinada Adverbial
jetiva desenvolvida, já que é introduzida pelo pronome
relativo “que” e apresenta verbo conjugado no pretérito A oração em destaque agrega uma circunstância de
perfeito do indicativo. No segundo, há uma oração su- tempo. É, portanto, chamada de oração subordinada ad-
bordinada adjetiva reduzida de infinitivo: não há prono- verbial temporal. Os adjuntos adverbiais são termos aces-
me relativo e seu verbo está no infinitivo. sórios que indicam uma circunstância referente, via de
regra, a um verbo. A classificação do adjunto adverbial
1. Classificação das Orações Subordinadas Adjetivas depende da exata compreensão da circunstância que ex-
prime.
Na relação que estabelecem com o termo que carac- Naquele momento, senti uma das maiores emoções de
terizam, as orações subordinadas adjetivas podem atuar minha vida.
de duas maneiras diferentes. Há aquelas que restringem Quando vi o mar, senti uma das maiores emoções de
ou especificam o sentido do termo a que se referem, in- minha vida.
dividualizando-o. Nestas orações não há marcação de
pausa, sendo chamadas subordinadas adjetivas restriti- No primeiro período, “naquele momento” é um ad-
vas. Existem também orações que realçam um detalhe ou junto adverbial de tempo, que modifica a forma verbal
“senti”. No segundo período, este papel é exercido pela
amplificam dados sobre o antecedente, que já se encon-
oração “Quando vi o mar”, que é, portanto, uma oração
tra suficientemente definido. Estas orações denominam-
subordinada adverbial temporal. Esta oração é desenvol-
-se subordinadas adjetivas explicativas.
vida, pois é introduzida por uma conjunção subordina-
tiva (quando) e apresenta uma forma verbal do modo
Exemplo 1:
indicativo (“vi”, do pretérito perfeito do indicativo). Seria
Jamais teria chegado aqui, não fosse um homem que
possível reduzi-la, obtendo-se:
passava naquele momento.
Ao ver o mar, senti uma das maiores emoções de mi-
Oração Subordinada Adjetiva Restritiva nha vida.
A oração em destaque é reduzida, apresentando uma
No período acima, observe que a oração em desta- das formas nominais do verbo (“ver” no infinitivo) e não
que restringe e particulariza o sentido da palavra “ho- é introduzida por conjunção subordinativa, mas sim por
mem”: trata-se de um homem específico, único. A oração uma preposição (“a”, combinada com o artigo “o”).
limita o universo de homens, isto é, não se refere a todos
os homens, mas sim àquele que estava passando naque- Observação:
le momento. A classificação das orações subordinadas adverbiais
Exemplo 2: é feita do mesmo modo que a classificação dos adjun-
tos adverbiais. Baseia-se na circunstância expressa pela
O homem, que se considera racional, muitas vezes oração.
age animalescamente.
Oração Subordinada Adjetiva Explicativa 2. Classificação das Orações Subordinadas Adver-
biais
Agora, a oração em destaque não tem sentido restri-
tivo em relação à palavra “homem”; na verdade, apenas A) Causal = A ideia de causa está diretamente ligada
explicita uma ideia que já sabemos estar contida no con- àquilo que provoca um determinado fato, ao motivo do
ceito de “homem”. que se declara na oração principal. Principal conjunção
LÍNGUA PORTUGUESA

subordinativa causal: porque. Outras conjunções e locu-


Saiba que: ções causais: como (sempre introduzido na oração ante-
A oração subordinada adjetiva explicativa é separa- posta à oração principal), pois, pois que, já que, uma vez
da da oração principal por uma pausa que, na escrita, que, visto que.
é representada pela vírgula. É comum, por isso, que a As ruas ficaram alagadas porque a chuva foi muito
pontuação seja indicada como forma de diferenciar as forte.
orações explicativas das restritivas; de fato, as explicativas Já que você não vai, eu também não vou.
vêm sempre isoladas por vírgulas; as restritivas, não.

56
A diferença entre a subordinada adverbial causal e a E) Comparativa= As orações subordinadas adver-
sindética explicativa é que esta “explica” o fato que acon- biais comparativas estabelecem uma comparação
teceu na oração com a qual ela se relaciona; aquela apre- com a ação indicada pelo verbo da oração princi-
senta a “causa” do acontecimento expresso na oração à pal. Principal conjunção subordinativa comparati-
qual ela se subordina. Repare: va: como.
1. Faltei à aula porque estava doente. Ele dorme como um urso. (como um urso dorme)
2. Melissa chorou, porque seus olhos estão vermelhos. Você age como criança. (age como uma criança age)
Em 1, a oração destacada aconteceu primeiro (causa)
que o fato expresso na oração anterior, ou seja, o • geralmente há omissão do verbo.
fato de estar doente impediu-me de ir à aula. No
exemplo 2, a oração sublinhada relata um fato que F) Conformativa = indica ideia de conformidade, ou
aconteceu depois, já que primeiro ela chorou, de- seja, apresenta uma regra, um modelo adotado
pois seus olhos ficaram vermelhos. para a execução do que se declara na oração prin-
cipal. Principal conjunção subordinativa conforma-
B) Consecutiva = exprime um fato que é consequên- tiva: conforme. Outras conjunções conformativas:
cia, é efeito do que se declara na oração principal. como, consoante e segundo (todas com o mesmo
São introduzidas pelas conjunções e locuções: que, valor de conforme).
de forma que, de sorte que, tanto que, etc., e pelas Fiz o bolo conforme ensina a receita.
estruturas tão...que, tanto...que, tamanho...que. Consoante reza a Constituição, todos os cidadãos têm
Principal conjunção subordinativa consecutiva: que direitos iguais.
(precedido de tal, tanto, tão, tamanho)
Nunca abandonou seus ideais, de sorte que acabou G) Final = indica a intenção, a finalidade daquilo que
concretizando-os. se declara na oração principal. Principal conjunção
Não consigo ver televisão sem bocejar. (Oração Redu- subordinativa final: a fim de. Outras conjunções
zida de Infinitivo) finais: que, porque (= para que) e a locução con-
juntiva para que.
C) Condicional = Condição é aquilo que se impõe Aproximei-me dela a fim de que ficássemos amigas.
como necessário para a realização ou não de um Estudarei muito para que eu me saia bem na prova.
fato. As orações subordinadas adverbiais condicio- H) Proporcional = exprime ideia de proporção, ou
nais exprimem o que deve ou não ocorrer para que seja, um fato simultâneo ao expresso na oração
se realize - ou deixe de se realizar - o fato expresso principal. Principal locução conjuntiva subordinati-
na oração principal. va proporcional: à proporção que. Outras locuções
Principal conjunção subordinativa condicional: se. conjuntivas proporcionais: à medida que, ao passo
Outras conjunções condicionais: caso, contanto que, des- que. Há ainda as estruturas: quanto maior...(maior),
de que, salvo se, exceto se, a não ser que, a menos que, quanto maior...(menor), quanto menor...(maior),
sem que, uma vez que (seguida de verbo no subjuntivo). quanto menor...(menor), quanto mais...(mais), quan-
to mais...(menos), quanto menos...(mais), quanto
Se o regulamento do campeonato for bem elaborado, menos...(menos).
certamente o melhor time será campeão. À proporção que estudávamos mais questões acertá-
Caso você saia, convide-me. vamos.
À medida que lia mais culto ficava.
D) Concessiva = indica concessão às ações do verbo
da oração principal, isto é, admitem uma contradi- I) Temporal = acrescenta uma ideia de tempo ao fato
ção ou um fato inesperado. A ideia de concessão expresso na oração principal, podendo exprimir
está diretamente ligada ao contraste, à quebra de noções de simultaneidade, anterioridade ou poste-
expectativa. Principal conjunção subordinativa con- rioridade. Principal conjunção subordinativa tem-
cessiva: embora. Utiliza-se também a conjunção: poral: quando. Outras conjunções subordinativas
conquanto e as locuções ainda que, ainda quando, temporais: enquanto, mal e locuções conjuntivas:
mesmo que, se bem que, posto que, apesar de que. assim que, logo que, todas as vezes que, antes que,
Só irei se ele for. depois que, sempre que, desde que, etc.
A oração acima expressa uma condição: o fato de “eu” Assim que Paulo chegou, a reunião acabou.
ir só se realizará caso essa condição seja satisfeita. Terminada a festa, todos se retiraram. (= Quando ter-
Compare agora com: minou a festa) (Oração Reduzida de Particípio)
Irei mesmo que ele não vá.
3. Orações Reduzidas
LÍNGUA PORTUGUESA

A distinção fica nítida; temos agora uma concessão:


irei de qualquer maneira, independentemente de sua ida. As orações subordinadas podem vir expressas como
A oração destacada é, portanto, subordinada adverbial reduzidas, ou seja, com o verbo em uma de suas formas
concessiva. nominais (infinitivo, gerúndio ou particípio) e sem conec-
Observe outros exemplos: tivo subordinativo que as introduza.
Embora fizesse calor, levei agasalho. É preciso estudar! = reduzida de infinitivo
Foi aprovado sem estudar (= sem que estudasse / em- É preciso que se estude = oração desenvolvida (pre-
bora não estudasse). (reduzida de infinitivo) sença do conectivo)

57
Para classificá-las, precisamos imaginar como seriam de caminho não apenas para a vida, que ela serve de
“desenvolvidas” – como no exemplo acima. perto, mas para a literatura. Por meio dos assuntos, da
É preciso estudar = oração subordinada substantiva composição solta, do ar de coisa sem necessidade que
subjetiva reduzida de infinitivo costuma assumir, ela se ajusta à sensibilidade de todo
É preciso que se estude = oração subordinada subs- dia. Principalmente porque elabora uma linguagem que
tantiva subjetiva fala de perto ao nosso modo de ser mais natural. Na sua
despretensão, humaniza; e esta humanização lhe permi-
4. Orações Intercaladas te, como compensação sorrateira, recuperar com a outra
mão certa profundidade de significado e certo acaba-
São orações independentes encaixadas na sequência mento de forma, que de repente podem fazer dela uma
do período, utilizadas para um esclarecimento, um apar- inesperada, embora discreta, candidata à perfeição.
te, uma citação. Elas vêm separadas por vírgulas ou tra- Antonio Candido. A vida ao rés do chão. In: Recortes. São
vessões. Paulo: Companhia das Letras, 1993, p. 23 (com adapta-
Nós – continuava o relator – já abordamos este as- ções).
sunto.
As formas verbais “imagina” (R.1), “atribuir” (R.4) e “servir”
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA (R.8) foram utilizadas como verbos transitivos indiretos.
SACCONI, Luiz Antônio. Nossa gramática completa
Sacconi. 30.ª ed. Rev. São Paulo: Nova Geração, 2010. ( ) CERTO ( ) ERRADO
CAMPEDELLI, Samira Yousseff. Português – Literatura,
Produção de Texto & Gramática – Volume único / Samira Resposta: Errado.
Yousseff Campedelli, Jésus Barbosa Souza. – 3.ª edição – imagina uma literatura = transitivo direto
São Paulo: Saraiva, 2002. atribuir o Prêmio Nobel a um cronista = bitransitivo
(transitivo direto e indireto)
SITE pode servir de caminho = intransitivo
http://www.pciconcursos.com.br/aulas/portugues/
frase-periodo-e-oracao
EMPREGO DOS SINAIS DE PONTUAÇÃO

EXERCÍCIOS COMENTADOS Pontuação

1. (Cnj – Técnico Judiciário – cespe – 2013 – adapta- Os sinais de pontuação são marcações gráficas que
da) Jogadores de futebol de diversos times entraram em servem para compor a coesão e a coerência textual, além
campo em prol do programa “Pai Presente”, nos jogos do de ressaltar especificidades semânticas e pragmáticas.
Campeonato Nacional em apoio à campanha que visa re- Um texto escrito adquire diferentes significados quando
duzir o número de pessoas que não possuem o nome do pontuado de formas diversificadas. O uso da pontuação
pai em sua certidão de nascimento. (...) depende, em certos momentos, da intenção do autor do
A oração subordinada “que não possuem o nome do pai discurso. Assim, os sinais de pontuação estão diretamente
em sua certidão de nascimento” não é antecedida por vír- relacionados ao contexto e ao interlocutor.
gula porque tem natureza restritiva.
1. Principais funções dos sinais de pontuação
( ) CERTO ( ) ERRADO
A) Ponto (.)
Resposta: Certo. A oração restringe o grupo que par-
ticipará da campanha (apenas os que não têm o nome  Indica o término do discurso ou de parte dele, en-
do pai na certidão de nascimento). Se colocarmos uma cerrando o período.
vírgula, a oração se tornará “explicativa”, generalizan-  Usa-se nas abreviaturas: pág. (página), Cia. (Com-
do a informação, o que dará a entender que TODAS as panhia). Se a palavra abreviada aparecer em final de
pessoas não têm o nome do pai na certidão. período, este não receberá outro ponto; neste caso,
o ponto de abreviatura marca, também, o fim de
2. (Instituto Rio Branco – Admissão à Carreira de Di- período. Exemplo: Estudei português, matemárica,
plomata – cespe – 2014 – adaptada) constitucional, etc. (e não “etc..”)
 Nos títulos e cabeçalhos é opcional o emprego do
LÍNGUA PORTUGUESA

A crônica não é um “gênero maior”. Não se imagina uma ponto, assim como após o nome do autor de uma
literatura feita de grandes cronistas, que lhe dessem o citação:
brilho universal dos grandes romancistas, dramaturgos Haverá eleições em outubro
e poetas. Nem se pensaria em atribuir o Prêmio Nobel a O culto do vernáculo faz parte do brio cívico. (Napoleão
um cronista, por melhor que fosse. Portanto, parece mes- Mendes de Almeida) (ou: Almeida.)
mo que a crônica é um gênero menor.  Os números que identificam o ano não utilizam
“Graças a Deus”, seria o caso de dizer, porque, sendo as- ponto nem devem ter espaço a separá-los, bem como os
sim, ela fica mais perto de nós. E para muitos pode servir números de CEP: 1975, 2014, 2006, 17600-250.

58
B) Ponto e Vírgula (;) 1. Entre sujeito e predicado:
Todos os alunos da sala foram advertidos.
 Separa várias partes do discurso, que têm a mes- Sujeito predicado
ma importância: “Os pobres dão pelo pão o traba-
lho; os ricos dão pelo pão a fazenda; os de espíritos 2. Entre o verbo e seus objetos:
generosos dão pelo pão a vida; os de nenhum espí- O trabalho custou sacrifício aos
rito dão pelo pão a alma...” (VIEIRA) realizadores.
 Separa partes de frases que já estão separadas por V.T.D.I. O.D. O.I.
vírgulas: Alguns quiseram verão, praia e calor; ou-
tros, montanhas, frio e cobertor. Usa-se a vírgula:
 Separa itens de uma enumeração, exposição de
motivos, decreto de lei, etc. 1. Para marcar intercalação:
Ir ao supermercado;
Pegar as crianças na escola; A) do adjunto adverbial: O café, em razão da sua
Caminhada na praia; abundância, vem caindo de preço.
Reunião com amigos. B) da conjunção: Os cerrados são secos e áridos. Estão
produzindo, todavia, altas quantidades de alimen-
C) Dois pontos (:) tos.
C) das expressões explicativas ou corretivas: As indús-
 Antes de uma citação = Vejamos como Afrânio trias não querem abrir mão de suas vantagens, isto
Coutinho trata este assunto: é, não querem abrir mão dos lucros altos.
 Antes de um aposto = Três coisas não me agra-
dam: chuva pela manhã, frio à tarde e calor à noite. 2. Para marcar inversão:
 Antes de uma explicação ou esclarecimento: Lá es-
tava a deplorável família: triste, cabisbaixa, vivendo A) do adjunto adverbial (colocado no início da ora-
a rotina de sempre. ção): Depois das sete horas, todo o comércio está de
 Em frases de estilo direto portas fechadas.
Maria perguntou: B) dos objetos pleonásticos antepostos ao verbo: Aos
- Por que você não toma uma decisão? pesquisadores, não lhes destinaram verba alguma.
C) do nome de lugar anteposto às datas: Recife, 15 de
D) Ponto de Exclamação (!) maio de 1982.

 Usa-se para indicar entonação de surpresa, cóle- 3. Para separar entre si elementos coordenados
ra, susto, súplica, etc.: Sim! Claro que eu quero me (dispostos em enumeração):
casar com você! Era um garoto de 15 anos, alto, magro.
 Depois de interjeições ou vocativos A ventania levou árvores, e telhados, e pontes, e ani-
Ai! Que susto! mais.
João! Há quanto tempo! 4. Para marcar elipse (omissão) do verbo: Nós que-
remos comer pizza; e vocês, churrasco.
E) Ponto de Interrogação (?)
5. Para isolar:
 Usa-se nas interrogações diretas e indiretas livres.
“- Então? Que é isso? Desertaram ambos?” (Artur Aze- A) o aposto: São Paulo, considerada a metrópole bra-
vedo) sileira, possui um trânsito caótico.
B) o vocativo: Ora, Thiago, não diga bobagem.
F) Reticências (...)
Observações:
 Indica que palavras foram suprimidas: Comprei lá- Considerando-se que “etc.” é abreviatura da expres-
pis, canetas, cadernos... são latina et coetera, que significa “e outras coisas”, seria
 Indica interrupção violenta da frase: “- Não... quero dispensável o emprego da vírgula antes dele. Porém, o
dizer... é verdad... Ah!” acordo ortográfico em vigor no Brasil exige que empre-
 Indica interrupções de hesitação ou dúvida: Este guemos etc. predecido de vírgula: Falamos de política,
mal... pega doutor? futebol, lazer, etc.
LÍNGUA PORTUGUESA

 Indica que o sentido vai além do que foi dito: Dei-


xa, depois, o coração falar... As perguntas que denotam surpresa podem ter com-
binados o ponto de interrogação e o de exclamação:
G) Vírgula (,) Você falou isso para ela?!

Não se usa vírgula Temos, ainda, sinais distintivos:


Separando termos que, do ponto de vista sintático,  a barra ( / ) = usada em datas (25/12/2014), sepa-
ligam-se diretamente entre si: ração de siglas (IOF/UPC);

59
 os colchetes ([ ]) = usados em transcrições feitas O trecho “juízes, promotores e advogados” explica o sen-
pelo narrador ([vide pág. 5]), usado como primeira tido de “nós”.
opção aos parênteses, principalmente na matemá-
tica; ( ) CERTO ( ) ERRADO
 o asterisco (*) = usado para remeter o leitor a uma
nota de rodapé ou no fim do livro, para substituir Resposta: Certo. Ao trecho: (...) Aquelas mulheres che-
um nome que não se quer mencionar. gavam à Justiça buscando uma força externa como se
somente nós, juízes, promotores e advogados, pudésse-
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS mos não apenas cessar aquele ciclo de violência (...). Os
Português linguagens: volume 3 / Wiliam Roberto Ce- termos entre vírgulas servem para exemplificar quem
reja, Thereza Cochar Magalhães. – 7.ª ed. Reform. – São são os “nós” citados pela autora ( juízes, promotores,
Paulo: Saraiva, 2010. advogados).
SACCONI, Luiz Antônio. Nossa gramática completa
Sacconi. 30.ª ed. Rev. São Paulo: Nova Geração, 2010. 2. (SERES-PE – Agente de Segurança Penitenciária –
Cespe – 2017 – adaptada)
SITE
http://www.infoescola.com/portugues/pontuacao/ Texto 1A1AAA
http://www.brasilescola.com/gramatica/uso-da-virgu-
la.htm Após o processo de redemocratização, com o fim da di-
tadura militar, em meados da década de 80 do século
passado, era de se esperar que a democratização das
instituições tivesse como resultado direto a consolidação
EXERCÍCIOS COMENTADOS da cidadania — compreendida de modo amplo, abran-
gendo as três categorias de direitos: civis, políticos e
sociais. Sobressaem, porém, problemas que configuram
1. (STJ – Conhecimentos Básicos para o Cargo 1 – Ces- mais desafios para a cidadania brasileira, como a violên-
pe – 2018 – adaptada) cia urbana — que ameaça os direitos individuais — e o
desemprego — que ameaça os direitos sociais.
Texto CB1A1CCC No Brasil, o crime aumentou significantemente a partir
de 1980, impacto do processo de modernização pelo
As audiências de segunda a sexta-feira muitas vezes re- qual o país passou. Isso sugere que o boom do consumo
velaram o lado mais sórdido da natureza humana. Eram colocou em circulação bens de alto valor e, consequente-
relatos de sofrimento, dor, angústia que se transportavam mente, aumentou as oportunidades para o crime, inclusi-
da cadeira das vítimas, testemunhas e réus para minha ve porque a maior mobilidade de pessoas torna o espaço
cadeira de juíza. A toga não me blindou daqueles relatos social mais anônimo, menos supervisionado.
sofridos, aflitos. As angústias dos que se sentavam à mi- Nesse contexto, justiça criminal passa a ser cada vez mais
nha frente, por diversas vezes, me escoltaram até minha dissociada de justiça social e reconstrução da sociedade.
casa e passaram a ser companheiras de noites de insônia. O objetivo em relação à criminalidade torna-se bem me-
Não havia outra solução a não ser escrever. Era preciso nos ambicioso: o controle. A prisão ganha mais impor-
colocar no papel e compartilhar a dor daquelas pessoas tância na modernidade tardia, porque satisfaz uma dupla
que, mesmo ao fim do processo e com a sentença prola- necessidade dessa nova cultura: castigo e controle do
tada, não me deixavam esquecê-las. risco. Essa postura às vezes proporciona controle, porém
Foram horas, dias, meses, anos de oitivas de mães, filhas, não segurança, pois o Estado tem o poder limitado de
esposas, namoradas, companheiras, todas tendo em co- manter a ordem por meio da polícia, sendo necessário
mum a violência no corpo e na alma sofrida dentro de dividir as tarefas de controle com organizações locais e
casa. O lar, que deveria ser o lugar mais seguro para essas com a comunidade.
mulheres, havia se transformado no pior dos mundos. Jacqueline Carvalho da Silva. Manutenção da ordem pú-
Quando finalmente chegavam ao Judiciário e se sentavam blica e garantia dos direitos individuais: os desafios da
à minha frente, os relatos se transformavam em desaba- polícia em sociedades democráticas. In: Revista Brasilei-
fos de uma vida inteira. Era preciso explicar, justificar e ra de Segurança Pública. São Paulo, ano 5, 8.ª ed., fev. –
muitas vezes se culpar por terem sido agredidas. A culpa mar./2011, p. 84-5 (com adaptações).
por ter sido vítima, a culpa por ter permitido, a culpa por
não ter sido boa o suficiente, a culpa por não ter conse- No primeiro parágrafo do texto 1A1AAA, os dois-pontos
guido manter a família. Sempre a culpa. introduzem
LÍNGUA PORTUGUESA

Aquelas mulheres chegavam à Justiça buscando uma for-


ça externa como se somente nós, juízes, promotores e a) uma enumeração das “categorias de direitos”.
advogados, pudéssemos não apenas cessar aquele ciclo b) resultados da “consolidação da cidadania”.
de violência, mas também lhes dar voz para reagir àquela c) um contra-argumento para a ideia de cidadania como
violência invisível. algo “amplo”.
Rejane Jungbluth Suxberger. Invisíveis Marias: histórias d) uma generalização do termo “direitos”.
além das quatro paredes. Brasília: Trampolim, 2018 (com e) objetivos do “processo de redemocratização”.
adaptações).

60
Resposta: Letra A. Recorramos ao texto (faça isso SEMPRE durante seu concurso. O texto é a base para encontrar
as respostas para as questões!): (...) abrangendo as três categorias de direitos: civis, políticos e sociais. Os dois-pontos
introduzem a enumeração dos direitos; apresenta-os.

3. (Aneel – Técnico Administrativo – cespe – 2010) Vão surgindo novos sinais do crescente otimismo da indústria
com relação ao futuro próximo. Um deles refere-se às exportações. “O comércio mundial já está voltando a se abrir para
as empresas”, diz o gerente executivo de pesquisas da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Renato da Fonseca,
para explicar a melhora das expectativas dos industriais com relação ao mercado externo.
Quanto ao mercado interno, as expectativas da indústria não se modificaram. Mas isso não é um mau sinal, pois elas
já eram francamente otimistas. Há algum tempo, a pesquisa da CNI, realizada mensalmente a partir de 2010, registra
grande otimismo da indústria com relação à demanda interna. Trata-se de um sentimento generalizado. Em todos os
setores industriais, a expressiva maioria dos entrevistados acredita no aumento das vendas internas.
O Estado de S.Paulo, Editorial, 30/3/2010 (com adaptações).

O nome próprio “Renato da Fonseca” está entre vírgulas por tratar-se de um vocativo.

( ) CERTO ( ) ERRADO

Resposta: Errado. Recorramos ao texto (lembre-se de fazer a mesma coisa no dia do seu concurso!): (...) diz o ge-
rente executivo de pesquisas da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Renato da Fonseca, para explicar a melhora
das expectativas. O termo em destaque não está exercendo a função de vocativo, já que não é utilizado para evocar,
chamar o interlocutor do diálogo. Sua função é de aposto – explicar quem é o gerente executivo da CNI.

4. (Caixa Econômica Federal – Médico do Trabalho – cespe – 2014 – adaptada) A correção gramatical do trecho
“Entre as bebidas alcoólicas, cervejas e vinhos são as mais comuns em todo o mundo” seria prejudicada, caso se inserisse
uma vírgula logo após a palavra “vinhos”.

( ) CERTO ( ) ERRADO

Resposta: Certo. Não se deve colocar vírgula entre sujeito e predicado, a não ser que se trate de um aposto (1),
predicativo do sujeito (2), ou algum termo que requeira estar separado entre pontuações. Exemplo: O Rio de Janeiro,
cidade maravilhosa (1), está em festa! Os meninos, ansiosos (2), chegaram!

CONCORDÂNCIA VERBAL E NOMINAL.

Concordância Verbal e Nominal

Os concurseiros estão apreensivos.


Concurseiros apreensivos.

No primeiro exemplo, o verbo estar se encontra na terceira pessoa do plural, concordando com o seu sujeito, os
concurseiros. No segundo exemplo, o adjetivo “apreensivos” está concordando em gênero (masculino) e número (plu-
ral) com o substantivo a que se refere: concurseiros. Nesses dois exemplos, as flexões de pessoa, número e gênero se
correspondem. A correspondência de flexão entre dois termos é a concordância, que pode ser verbal ou nominal.

1. Concordância Verbal

É a flexão que se faz para que o verbo concorde com seu sujeito.

1.1. Sujeito Simples - Regra Geral


O sujeito, sendo simples, com ele concordará o verbo em número e pessoa. Veja os exemplos:
A prova para ambos os cargos será aplicada às 13h.
LÍNGUA PORTUGUESA

3.ª p. Singular 3.ª p. Singular

Os candidatos à vaga chegarão às 12h.


3.ª p. Plural 3.ª p. Plural

61
1.1.1. Casos Particulares mos”, ele está se incluindo no grupo dos omissos. Isso
não ocorre ao dizer ou escrever “Alguns de nós sabiam de
A) Quando o sujeito é formado por uma expressão tudo e nada fizeram”, frase que soa como uma denúncia.
partitiva (parte de, uma porção de, o grosso de, Nos casos em que o interrogativo ou indefinido esti-
metade de, a maioria de, a maior parte de, grande ver no singular, o verbo ficará no singular.
parte de...) seguida de um substantivo ou pronome Qual de nós é capaz?
no plural, o verbo pode ficar no singular ou no Algum de vós fez isso.
plural.
A maioria dos jornalistas aprovou / aprovaram a ideia. E) Quando o sujeito é formado por uma expressão
Metade dos candidatos não apresentou / apresenta- que indica porcentagem seguida de substantivo, o
ram proposta. verbo deve concordar com o substantivo.
25% do orçamento do país será destinado à Educação.
Esse mesmo procedimento pode se aplicar aos casos 85% dos entrevistados não aprovam a administração
dos coletivos, quando especificados: Um bando de vân- do prefeito.
dalos destruiu / destruíram o monumento. 1% do eleitorado aceita a mudança.
1% dos alunos faltaram à prova.
Observação:
Nesses casos, o uso do verbo no singular enfatiza a  Quando a expressão que indica porcentagem não
unidade do conjunto; já a forma plural confere destaque é seguida de substantivo, o verbo deve concordar
aos elementos que formam esse conjunto. com o número.
25% querem a mudança.
B) Quando o sujeito é formado por expressão que 1% conhece o assunto.
indica quantidade aproximada (cerca de, mais de,
menos de, perto de...) seguida de numeral e subs-  Se o número percentual estiver determinado por
tantivo, o verbo concorda com o substantivo. artigo ou pronome adjetivo, a concordância far-se-
Cerca de mil pessoas participaram do concurso. -á com eles:
Perto de quinhentos alunos compareceram à solenida- Os 30% da produção de soja serão exportados.
de. Esses 2% da prova serão questionados.
Mais de um atleta estabeleceu novo recorde nas últi-
mas Olimpíadas. F) O pronome “que” não interfere na concordância;
já o “quem” exige que o verbo fique na 3.ª pessoa
Observação: do singular.
Quando a expressão “mais de um” se associar a ver- Fui eu que paguei a conta.
bos que exprimem reciprocidade, o plural é obrigatório: Fomos nós que pintamos o muro.
Mais de um colega se ofenderam na discussão. (ofende- És tu que me fazes ver o sentido da vida.
ram um ao outro) Sou eu quem faz a prova.
Não serão eles quem será aprovado.
C) Quando se trata de nomes que só existem no
plural, a concordância deve ser feita levando-se G) Com a expressão “um dos que”, o verbo deve as-
em conta a ausência ou presença de artigo. Sem sumir a forma plural.
artigo, o verbo deve ficar no singular; com artigo Ademir da Guia foi um dos jogadores que mais encan-
no plural, o verbo deve ficar o plural. taram os poetas.
Os Estados Unidos possuem grandes universidades. Este candidato é um dos que mais estudaram!
Estados Unidos possui grandes universidades.
Alagoas impressiona pela beleza das praias.  Se a expressão for de sentido contrário – nenhum
As Minas Gerais são inesquecíveis. dos que, nem um dos que -, não aceita o verbo no
Minas Gerais produz queijo e poesia de primeira. singular:
Nenhum dos que foram aprovados assumirá a vaga.
D) Quando o sujeito é um pronome interrogativo ou Nem uma das que me escreveram mora aqui.
indefinido plural (quais, quantos, alguns, poucos,
muitos, quaisquer, vários) seguido por “de nós” ou  Quando “um dos que” vem entremeada de subs-
“de vós”, o verbo pode concordar com o primeiro tantivo, o verbo pode:
pronome (na terceira pessoa do plural) ou com o 1. ficar no singular – O Tietê é um dos rios que atraves-
pronome pessoal. sa o Estado de São Paulo. ( já que não há outro rio
Quais de nós são / somos capazes? que faça o mesmo).
LÍNGUA PORTUGUESA

Alguns de vós sabiam / sabíeis do caso? 2. ir para o plural – O Tietê é um dos rios que estão po-
Vários de nós propuseram / propusemos sugestões ino- luídos (noção de que existem outros rios na mesma
vadoras. condição).

Observação: H) Quando o sujeito é um pronome de tratamento, o


Veja que a opção por uma ou outra forma indica a verbo fica na 3ª pessoa do singular ou plural.
inclusão ou a exclusão do emissor. Quando alguém diz Vossa Excelência está cansado?
ou escreve “Alguns de nós sabíamos de tudo e nada fize- Vossas Excelências renunciarão?

62
I) A concordância dos verbos bater, dar e soar faz-se D) Quando ocorre ideia de reciprocidade, a concor-
de acordo com o numeral. dância é feita no plural. Observe:
Deu uma hora no relógio da sala. Abraçaram-se vencedor e vencido.
Deram cinco horas no relógio da sala. Ofenderam-se o jogador e o árbitro.
Soam dezenove horas no relógio da praça.
Baterão doze horas daqui a pouco. 1.2.1. Casos Particulares

Observação:  Quando o sujeito composto é formado por nú-


Caso o sujeito da oração seja a palavra relógio, sino, cleos sinônimos ou quase sinônimos, o verbo fica
torre, etc., o verbo concordará com esse sujeito. no singular.
O tradicional relógio da praça matriz dá nove horas. Descaso e desprezo marca seu comportamento.
Soa quinze horas o relógio da matriz. A coragem e o destemor fez dele um herói.

J) Verbos Impessoais: por não se referirem a nenhum  Quando o sujeito composto é formado por nú-
sujeito, são usados sempre na 3.ª pessoa do sin- cleos dispostos em gradação, verbo no singular:
gular. São verbos impessoais: Haver no sentido de Com você, meu amor, uma hora, um minuto, um se-
existir; Fazer indicando tempo; Aqueles que indi- gundo me satisfaz.
cam fenômenos da natureza. Exemplos:
Havia muitas garotas na festa.  Quando os núcleos do sujeito composto são uni-
Faz dois meses que não vejo meu pai. dos por “ou” ou “nem”, o verbo deverá ficar no
Chovia ontem à tarde. plural, de acordo com o valor semântico das con-
junções:
1.2. Sujeito Composto Drummond ou Bandeira representam a essência da
poesia brasileira.
A) Quando o sujeito é composto e anteposto ao ver-
Nem o professor nem o aluno acertaram a resposta.
bo, a concordância se faz no plural:
Pai e filho conversavam longamente.
Em ambas as orações, as conjunções dão ideia de
Sujeito
“adição”. Já em:
Juca ou Pedro será contratado.
Pais e filhos devem conversar com frequência.
Roma ou Buenos Aires será a sede da próxima Olim-
Sujeito
píada.
B) Nos sujeitos compostos formados por pessoas
gramaticais diferentes, a concordância ocorre da Temos ideia de exclusão, por isso os verbos ficam
seguinte maneira: a primeira pessoa do plural (nós) no singular.
prevalece sobre a segunda pessoa (vós) que, por
sua vez, prevalece sobre a terceira (eles). Veja:  Com as expressões “um ou outro” e “nem um nem
Teus irmãos, tu e eu tomaremos a decisão. outro”, a concordância costuma ser feita no singu-
Primeira Pessoa do Plural (Nós) lar.
Um ou outro compareceu à festa.
Tu e teus irmãos tomareis a decisão. Nem um nem outro saiu do colégio.
Segunda Pessoa do Plural (Vós)
 Com “um e outro”, o verbo pode ficar no plural ou
Pais e filhos precisam respeitar-se. no singular: Um e outro farão/fará a prova.
Terceira Pessoa do Plural (Eles)
 Quando os núcleos do sujeito são unidos por
Observação: “com”, o verbo fica no plural. Nesse caso, os nú-
Quando o sujeito é composto, formado por um ele- cleos recebem um mesmo grau de importância e
mento da segunda pessoa (tu) e um da terceira (ele), é a palavra “com” tem sentido muito próximo ao de
possível empregar o verbo na terceira pessoa do plural “e”.
(eles): “Tu e teus irmãos tomarão a decisão.” – no lugar O pai com o filho montaram o brinquedo.
de “tomaríeis”. O governador com o secretariado traçaram os planos
C) No caso do sujeito composto posposto ao verbo, para o próximo semestre.
passa a existir uma nova possibilidade de concor- O professor com o aluno questionaram as regras.
LÍNGUA PORTUGUESA

dância: em vez de concordar no plural com a tota-


lidade do sujeito, o verbo pode estabelecer con- Nesse mesmo caso, o verbo pode ficar no singular, se
cordância com o núcleo do sujeito mais próximo. a ideia é enfatizar o primeiro elemento.
Faltaram coragem e competência. O pai com o filho montou o brinquedo.
Faltou coragem e competência. O governador com o secretariado traçou os planos
Compareceram todos os candidatos e o banca. para o próximo semestre.
Compareceu o banca e todos os candidatos. O professor com o aluno questionou as regras.

63
Com o verbo no singular, não se pode falar em sujeito
composto. O sujeito é simples, uma vez que as expres- #FicaDica
sões “com o filho” e “com o secretariado” são adjuntos
Para saber se o “se” é partícula apassivadora
adverbiais de companhia. Na verdade, é como se hou-
ou índice de indeterminação do sujeito, tente
vesse uma inversão da ordem. Veja:
transformar a frase para a voz passiva. Se a fra-
“O pai montou o brinquedo com o filho.”
se construída for “compreensível”, estaremos
“O governador traçou os planos para o próximo semes-
diante de uma partícula apassivadora; se não,
tre com o secretariado.”
o “se” será índice de indeterminação. Veja:
“O professor questionou as regras com o aluno.”
Precisa-se de funcionários qualificados.
Tentemos a voz passiva:
Casos em que se usa o verbo no singular:
Funcionários qualificados são precisados (ou
Café com leite é uma delícia!
precisos)? Não há lógica. Portanto, o “se” des-
O frango com quiabo foi receita da vovó.
tacado é índice de indeterminação do sujeito.
Agora:
Quando os núcleos do sujeito são unidos por ex-
Vendem-se casas.
pressões correlativas como: “não só... mas ainda”, “não
Voz passiva: Casas são vendidas. Construção
somente”..., “não apenas... mas também”, “tanto...quanto”,
correta! Então, aqui, o “se” é partícula apassi-
o verbo ficará no plural.
vadora. (Dá para eu passar para a voz passiva.
Não só a seca, mas também o pouco caso castigam o
Repare em meu destaque. Percebeu semelhan-
Nordeste.
ça? Agora é só memorizar!)
Tanto a mãe quanto o filho ficaram surpresos com a
notícia.

Quando os elementos de um sujeito composto são O Verbo “Ser”


resumidos por um aposto recapitulativo, a concordância
é feita com esse termo resumidor. A concordância verbal dá-se sempre entre o verbo e o
Filmes, novelas, boas conversas, nada o tirava da apa- sujeito da oração. No caso do verbo ser, essa concordân-
tia. cia pode ocorrer também entre o verbo e o predicativo
Trabalho, diversão, descanso, tudo é muito importante do sujeito.
na vida das pessoas.
Quando o sujeito ou o predicativo for:
1.2.2 Outros Casos
A) Nome de pessoa ou pronome pessoal – o verbo
O Verbo e a Palavra “SE” SER concorda com a pessoa gramatical:
Dentre as diversas funções exercidas pelo “se”, há Ele é forte, mas não é dois.
duas de particular interesse para a concordância verbal: Fernando Pessoa era vários poetas.
A) quando é índice de indeterminação do sujeito; A esperança dos pais são eles, os filhos.
B) quando é partícula apassivadora.
Quando índice de indeterminação do sujeito, o “se” B) nome de coisa e um estiver no singular e o outro no
acompanha os verbos intransitivos, transitivos indiretos plural, o verbo SER concordará, preferencialmente,
e de ligação, que obrigatoriamente são conjugados na com o que estiver no plural:
terceira pessoa do singular: Os livros são minha paixão!
Precisa-se de funcionários. Minha paixão são os livros!
Confia-se em teses absurdas.
Quando o verbo SER indicar
Quando pronome apassivador, o “se” acompanha ver-
 horas e distâncias, concordará com a expressão
bos transitivos diretos (VTD) e transitivos diretos e indi-
numérica:
retos (VTDI) na formação da voz passiva sintética. Nesse
É uma hora.
caso, o verbo deve concordar com o sujeito da oração.
São quatro horas.
Exemplos:
Daqui até a escola é um quilômetro / são dois quilô-
Construiu-se um posto de saúde.
metros.
Construíram-se novos postos de saúde.
Aqui não se cometem equívocos  datas, concordará com a palavra dia(s), que pode
Alugam-se casas. estar expressa ou subentendida:
LÍNGUA PORTUGUESA

Hoje é dia 26 de agosto.


Hoje são 26 de agosto.

 Quando o sujeito indicar peso, medida, quantida-


de e for seguido de palavras ou expressões como
pouco, muito, menos de, mais de, etc., o verbo SER
fica no singular:

64
Cinco quilos de açúcar é mais do que preciso. B) Quando o adjetivo refere-se a vários substantivos,
Três metros de tecido é pouco para fazer seu vestido. a concordância pode variar. Podemos sistematizar
Duas semanas de férias é muito para mim. essa flexão nos seguintes casos:

 Quando um dos elementos (sujeito ou predica-  Adjetivo anteposto aos substantivos:


tivo) for pronome pessoal do caso reto, com este O adjetivo concorda em gênero e número com o
concordará o verbo. substantivo mais próximo.
No meu setor, eu sou a única mulher. Encontramos caídas as roupas e os prendedores.
Aqui os adultos somos nós. Encontramos caída a roupa e os prendedores.
Encontramos caído o prendedor e a roupa.
Observação:
Sendo ambos os termos (sujeito e predicativo) repre- Caso os substantivos sejam nomes próprios ou de
sentados por pronomes pessoais, o verbo concorda com parentesco, o adjetivo deve sempre concordar no plural.
o pronome sujeito. As adoráveis Fernanda e Cláudia vieram me visitar.
Eu não sou ela. Encontrei os divertidos primos e primas na festa.
Ela não é eu.
 Adjetivo posposto aos substantivos:
 Quando o sujeito for uma expressão de sentido O adjetivo concorda com o substantivo mais próximo
partitivo ou coletivo e o predicativo estiver no plu- ou com todos eles (assumindo a forma masculina
ral, o verbo SER concordará com o predicativo. plural se houver substantivo feminino e masculi-
A grande maioria no protesto eram jovens. no).
O resto foram atitudes imaturas. A indústria oferece localização e atendimento perfeito.
A indústria oferece atendimento e localização perfeita.
O Verbo “Parecer” A indústria oferece localização e atendimento perfei-
O verbo parecer, quando é auxiliar em uma locução tos.
verbal (é seguido de infinitivo), admite duas concor- A indústria oferece atendimento e localização perfei-
dâncias: tos.
 Ocorre variação do verbo PARECER e não se fle-
xiona o infinitivo: As crianças parecem gostar do Observação:
desenho. Os dois últimos exemplos apresentam maior clareza,
pois indicam que o adjetivo efetivamente se refere aos
 A variação do verbo parecer não ocorre e o infini- dois substantivos. Nesses casos, o adjetivo foi flexionado
tivo sofre flexão: no plural masculino, que é o gênero predominante quan-
As crianças parece gostarem do desenho. do há substantivos de gêneros diferentes.
(essa frase equivale a: Parece gostarem do desenho Se os substantivos possuírem o mesmo gênero, o ad-
aas crianças) jetivo fica no singular ou plural.
A beleza e a inteligência feminina(s).
O carro e o iate novo(s).
FIQUE ATENTO!
C) Expressões formadas pelo verbo SER + adjetivo:
Com orações desenvolvidas, o verbo PARECER O adjetivo fica no masculino singular, se o substanti-
fica no singular. Por exemplo: As paredes pa- vo não for acompanhado de nenhum modificador:
rece que têm ouvidos. (Parece que as paredes Água é bom para saúde.
têm ouvidos = oração subordinada substantiva O adjetivo concorda com o substantivo, se este for
subjetiva). modificado por um artigo ou qualquer outro determina-
tivo: Esta água é boa para saúde.

Concordância Nominal D) O adjetivo concorda em gênero e número com os


pronomes pessoais a que se refere: Juliana encon-
A concordância nominal se baseia na relação entre trou-as muito felizes.
nomes (substantivo, pronome) e as palavras que a eles se
ligam para caracterizá-los (artigos, adjetivos, pronomes E) Nas expressões formadas por pronome indefinido
adjetivos, numerais adjetivos e particípios). Lembre-se: neutro (nada, algo, muito, tanto, etc.) + preposição
normalmente, o substantivo funciona como núcleo de DE + adjetivo, este último geralmente é usado no
LÍNGUA PORTUGUESA

um termo da oração, e o adjetivo, como adjunto adno- masculino singular: Os jovens tinham algo de mis-
minal. terioso.
A concordância do adjetivo ocorre de acordo com as F) A palavra “só”, quando equivale a “sozinho”, tem
seguintes regras gerais: função adjetiva e concorda normalmente com o
A) O adjetivo concorda em gênero e número quando nome a que se refere:
se refere a um único substantivo: As mãos trêmulas Cristina saiu só.
denunciavam o que sentia. Cristina e Débora saíram sós.

65
Observação: Bastante - Caro - Barato - Longe
Quando a palavra “só” equivale a “somente” ou “apenas”,
tem função adverbial, ficando, portanto, invariável: Eles só de- Estas palavras são invariáveis quando funcionam como
sejam ganhar presentes. advérbios. Concordam com o nome a que se referem quan-
do funcionam como adjetivos, pronomes adjetivos, ou nu-
merais.
#FicaDica As jogadoras estavam bastante cansadas. (advérbio)
Substitua o “só” por “apenas” ou “sozinho”. Se Há bastantes pessoas insatisfeitas com o trabalho. (pro-
a frase ficar coerente com o primeiro, trata-se nome adjetivo)
de advérbio, portanto, invariável; se houver Nunca pensei que o estudo fosse tão caro. (advérbio)
As casas estão caras. (adjetivo)
coerência com o segundo, função de adjetivo,
Achei barato este casaco. (advérbio)
então varia:
Hoje as frutas estão baratas. (adjetivo)
Ela está só. (ela está sozinha) – adjetivo
Ele está só descansando. (apenas descansando)
Meio - Meia
- advérbio
Mas cuidado! Se colocarmos uma vírgula de-
A palavra “meio”, quando empregada como adjetivo,
pois de “só”, haverá, novamente, um adjetivo: concorda normalmente com o nome a que se refere: Pedi
Ele está só, descansando. (ele está sozinho e des- meia porção de polentas.
cansando) Quando empregada como advérbio permanece invariá-
vel: A candidata está meio nervosa.
G) Quando um único substantivo é modificado por dois
ou mais adjetivos no singular, podem ser usadas as
construções: #FicaDica
 O substantivo permanece no singular e coloca-se o Dá para eu substituir por “um pouco”, assim
artigo antes do último adjetivo: Admiro a cultura espa- saberei que se trata de um advérbio, não de
nhola e a portuguesa. adjetivo: “A candidata está um pouco nervosa”.
 O substantivo vai para o plural e omite-se o artigo
antes do adjetivo: Admiro as culturas espanhola e por-
tuguesa.
Alerta - Menos
1. Casos Particulares Essas palavras são advérbios, portanto, permanecem
sempre invariáveis.
É proibido - É necessário - É bom - É preciso - É permitido Os concurseiros estão sempre alerta.
Não queira menos matéria!
 Estas expressões, formadas por um verbo mais um
adjetivo, ficam invariáveis se o substantivo a que se REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
referem possuir sentido genérico (não vier precedido Português linguagens: volume 3 / Wiliam Roberto Cereja,
de artigo). Thereza Cochar Magalhães. – 7.ª ed. Reform. – São Paulo:
É proibido entrada de crianças. Saraiva, 2010.
Em certos momentos, é necessário atenção. SACCONI, Luiz Antônio. Nossa gramática completa Sac-
No verão, melancia é bom. coni. 30.ª ed. Rev. São Paulo: Nova Geração, 2010.
É preciso cidadania. Português: novas palavras: literatura, gramática, redação
Não é permitido saída pelas portas laterais. / Emília Amaral... [et al.]. – São Paulo: FTD, 2000.
SITE
 Quando o sujeito destas expressões estiver determi- http://www.soportugues.com.br/secoes/sint/sint49.php
nado por artigos, pronomes ou adjetivos, tanto o ver-
bo como o adjetivo concordam com ele.
É proibida a entrada de crianças.
Esta salada é ótima. EXERCÍCIOS COMENTADOS
A educação é necessária.
São precisas várias medidas na educação. 1. (Polícia Federal – Escrivão de Polícia Federal – Cespe –
2013) Formas de tratamento como Vossa Excelência e Vossa
Anexo - Obrigado - Mesmo - Próprio - Incluso - Quite Senhoria, ainda que sejam empregadas sempre na segun-
LÍNGUA PORTUGUESA

da pessoa do plural e no feminino, exigem flexão verbal de


Estas palavras adjetivas concordam em gênero e número terceira pessoa; além disso, o pronome possessivo que faz
com o substantivo ou pronome a que se referem. referência ao pronome de tratamento também deve ser o
Seguem anexas as documentações requeridas. de terceira pessoa, e o adjetivo que remete ao pronome
A menina agradeceu: - Muito obrigada. de tratamento deve concordar em gênero e número com a
Muito obrigadas, disseram as senhoras. pessoa — e não com o pronome — a que se refere.
Seguem inclusos os papéis solicitados.
Estamos quites com nossos credores. ( ) CERTO ( ) ERRADO

66
Resposta: Certo. Afirmações corretas. As concordân- gidos, inexiste democracia; sem democracia, não há
cias verbal e nominal ao se utilizar pronome de trata- as condições mínimas para a solução pacífica dos con-
mento devem ser na terceira pessoa e concordar em flitos.
gênero (masculino ou feminino) com a pessoa a quem
se dirige: “Vossa Excelência está cansada(o)?” – con- 3. (Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Co-
cordará com quem está se falando: uma mulher ou um mércio Exterior – Analista Técnico Administrativo –
homem / “Vossa Santidade trouxe seus pertences?” / cespe – 2014) Em “Vossa Excelência deve estar satisfeita
“Vossas Senhorias gostariam de um café?”. com os resultados das negociações”, o adjetivo estará cor-
retamente empregado se dirigido a ministro de Estado
2. (Prefeitura de São Luís-MA – Conhecimentos Bási- do sexo masculino, pois o termo “satisfeita” deve con-
cos Cargos de Técnico Municipal – Nível Médio – Ces- cordar com a locução pronominal de tratamento “Vossa
pe – 2017) Excelência”.

Texto CB3A2BBB ( ) CERTO ( ) ERRADO

O reconhecimento e a proteção dos direitos humanos Resposta: Errado. Se a pessoa, no caso o ministro, for
estão na base das Constituições democráticas modernas. do sexo feminino (ministra), o adjetivo está correto;
A paz, por sua vez, é o pressuposto necessário para o re- mas, se for do sexo masculino, o adjetivo sofrerá fle-
conhecimento e a efetiva proteção dos direitos humanos xão de gênero: satisfeito. O pronome de tratamento
em cada Estado e no sistema internacional. Ao mesmo é apenas a maneira como tratar a autoridade, não re-
tempo, o processo de democratização do sistema in- gendo as demais concordâncias.
ternacional, que é o caminho obrigatório para a busca
do ideal da paz perpétua, não pode avançar sem uma 4. (Abin – Agente Técnico de Inteligência – cespe –
gradativa ampliação do reconhecimento e da proteção 2010 – adaptada) (...) Da combinação entre velocida-
dos direitos humanos, acima de cada Estado. Direitos de, persistência, relevância, precisão e flexibilidade surge
humanos, democracia e paz são três elementos funda- a noção contemporânea de agilidade, transformada em
mentais do mesmo movimento histórico: sem direitos principal característica de nosso tempo.
humanos reconhecidos e protegidos, não há democra- A forma verbal “surge” poderia, sem prejuízo gramati-
cia; sem democracia, não existem as condições mínimas cal para o texto, ser flexionada no plural, para concordar
para a solução pacífica dos conflitos. Em outras palavras, com “velocidade, persistência, relevância, precisão e fle-
a democracia é a sociedade dos cidadãos, e os súditos se xibilidade”
tornam cidadãos quando lhes são reconhecidos alguns
direitos fundamentais; haverá paz estável, uma paz que ( ) CERTO ( ) ERRADO
não tenha a guerra como alternativa, somente quando
existirem cidadãos não mais apenas deste ou daquele Resposta: Errado. O verbo está concordando com o
Estado, mas do mundo. termo “combinação”, por isso deve ficar no singular.
Norberto Bobbio. A era dos direitos. Trad. Carlos Nelson
Coutinho. Rio de Janeiro: Elsevier, 2004, p. 1 (com adap-
tações). 5. (Tribunal de Contas do Distrito Federal-df – Conhe-
cimentos BÁSICOS – ANALISTA DE ADMINISTRAÇÃO
Preservando-se a correção gramatical do texto CB3A- PÚBLICA – ARQUIVOLOGIA – cespe – 2014 – adapta-
2BBB, os termos “não há” e “não existem” poderiam ser da) (...) Há décadas, países como China e Índia têm envia-
substituídos, respectivamente, por do estudantes para países centrais, com resultados muito
a) não existe e não têm. positivos.(...)
b) não existe e inexiste. A forma verbal “Há” poderia ser corretamente substituída
c) inexiste e não há. por Fazem.
d) inexiste e não acontece.
e) não tem e não têm. ( ) CERTO ( ) ERRADO

Resposta: Letra C. Resposta: Errado. O verbo “fazer”, quando empre-


Busquemos o contexto: gado no sentido de tempo passado, não sofre flexão.
- sem direitos humanos reconhecidos e protegidos, não Portanto, sua forma correta seria: “faz décadas”.
há democracia = poderíamos substituir por “não exis-
te”, inexiste (verbo “haver” empregado com o sentido
LÍNGUA PORTUGUESA

de “existir”) REGÊNCIA VERBAL E NOMINAL.


- sem democracia, não existem as condições mínimas
para a solução pacífica dos conflitos = sentido de “exis-
tir”. Poderíamos substituir por inexiste, mas no plural, REGÊNCIA VERBAL E NOMINAL
já que devemos concordar com “as condições míni-
mas”. A única “troca” adequada seria o verbo “haver” Dá-se o nome de regência à relação de subordinação
– que pode ser utilizado com o sentido de “existir”. que ocorre entre um verbo (regência verbal) ou um nome
Teríamos: sem direitos humanos reconhecidos e prote- (regência nominal) e seus complementos.

67
1. Regência Verbal = Termo Regente: VERBO B) Verbos Transitivos Diretos

A regência verbal estuda a relação que se estabele- Os verbos transitivos diretos são complementados por
ce entre os verbos e os termos que os complementam objetos diretos. Isso significa que não exigem preposição
(objetos diretos e objetos indiretos) ou caracterizam (ad- para o estabelecimento da relação de regência. Ao empre-
juntos adverbiais). Há verbos que admitem mais de uma gar esses verbos, lembre-se de que os pronomes oblíquos
regência, o que corresponde à diversidade de significa- o, a, os, as atuam como objetos diretos. Esses pronomes
dos que estes verbos podem adquirir dependendo do podem assumir as formas lo, los, la, las (após formas ver-
contexto em que forem empregados. bais terminadas em -r, -s ou -z) ou no, na, nos, nas (após
A mãe agrada o filho = agradar significa acariciar, formas verbais terminadas em sons nasais), enquanto lhe e
contentar. lhes são, quando complementos verbais, objetos indiretos.
A mãe agrada ao filho = agradar significa “causar São verbos transitivos diretos, dentre outros: aban-
agrado ou prazer”, satisfazer. donar, abençoar, aborrecer, abraçar, acompanhar, acusar,
Conclui-se que “agradar alguém” é diferente de admirar, adorar, alegrar, ameaçar, amolar, amparar, auxi-
“agradar a alguém”. liar, castigar, condenar, conhecer, conservar, convidar, de-
fender, eleger, estimar, humilhar, namorar, ouvir, prejudicar,
O conhecimento do uso adequado das preposições prezar, proteger, respeitar, socorrer, suportar, ver, visitar.
é um dos aspectos fundamentais do estudo da regência Na língua culta, esses verbos funcionam exatamente
verbal (e também nominal). As preposições são capazes como o verbo amar:
de modificar completamente o sentido daquilo que está Amo aquele rapaz. / Amo-o.
sendo dito. Amo aquela moça. / Amo-a.
Cheguei ao metrô. Amam aquele rapaz. / Amam-no.
Cheguei no metrô. Ele deve amar aquela mulher. / Ele deve amá-la.
No primeiro caso, o metrô é o lugar a que vou; no
Observação:
segundo caso, é o meio de transporte por mim utilizado.
Os pronomes lhe, lhes só acompanham esses verbos
para indicar posse (caso em que atuam como adjuntos ad-
A voluntária distribuía leite às crianças.
nominais):
A voluntária distribuía leite com as crianças.
Quero beijar-lhe o rosto. (= beijar seu rosto)
Na primeira frase, o verbo “distribuir” foi empregado
Prejudicaram-lhe a carreira. (= prejudicaram sua carreira)
como transitivo direto (objeto direto: leite) e indireto (ob-
Conheço-lhe o mau humor! (= conheço seu mau hu-
jeto indireto: às crianças); na segunda, como transitivo
mor)
direto (objeto direto: crianças; com as crianças: adjunto
adverbial). C) Verbos Transitivos Indiretos
Para estudar a regência verbal, agruparemos os ver- Os verbos transitivos indiretos são complementados
bos de acordo com sua transitividade. Esta, porém, não é por objetos indiretos. Isso significa que esses verbos exi-
um fato absoluto: um mesmo verbo pode atuar de dife- gem uma preposição para o estabelecimento da relação de
rentes formas em frases distintas. regência. Os pronomes pessoais do caso oblíquo de ter-
ceira pessoa que podem atuar como objetos indiretos são
A) Verbos Intransitivos o “lhe”, o “lhes”, para substituir pessoas. Não se utilizam
os pronomes o, os, a, as como complementos de verbos
Os verbos intransitivos não possuem complemento. transitivos indiretos. Com os objetos indiretos que não re-
É importante, no entanto, destacar alguns detalhes re- presentam pessoas, usam-se pronomes oblíquos tônicos
lativos aos adjuntos adverbiais que costumam acompa- de terceira pessoa (ele, ela) em lugar dos pronomes átonos
nhá-los. lhe, lhes.

Chegar, Ir Os verbos transitivos indiretos são os seguintes:


Normalmente vêm acompanhados de adjuntos ad- Consistir - Tem complemento introduzido pela prepo-
verbiais de lugar. Na língua culta, as preposições usadas sição “em”: A modernidade verdadeira consiste em direitos
para indicar destino ou direção são: a, para. iguais para todos.
Fui ao teatro.
Adjunto Adverbial de Lugar Obedecer e Desobedecer - Possuem seus comple-
mentos introduzidos pela preposição “a”:
Ricardo foi para a Espanha. Devemos obedecer aos nossos princípios e ideais.
LÍNGUA PORTUGUESA

Adjunto Adverbial de Lugar Eles desobedeceram às leis do trânsito.

Comparecer Responder - Tem complemento introduzido pela pre-


O adjunto adverbial de lugar pode ser introduzido posição “a”. Esse verbo pede objeto indireto para indicar
por em ou a. “a quem” ou “ao que” se responde.
Comparecemos ao estádio (ou no estádio) para ver o Respondi ao meu patrão.
último jogo. Respondemos às perguntas.
Respondeu-lhe à altura.

68
Observação: Pedi-lhe favores.
O verbo responder, apesar de transitivo indireto quan- Objeto Indireto Objeto Direto
do exprime aquilo a que se responde, admite voz passiva
analítica: Pedi-lhe que se mantivesse em silêncio.
O questionário foi respondido corretamente. Objeto Indireto Oração Subordinada Subs-
Todas as perguntas foram respondidas satisfatoriamen- tantiva Objetiva Direta
te.
A construção “pedir para”, muito comum na linguagem
Simpatizar e Antipatizar - Possuem seus comple- cotidiana, deve ter emprego muito limitado na língua cul-
mentos introduzidos pela preposição “com”. ta. No entanto, é considerada correta quando a palavra
Antipatizo com aquela apresentadora. licença estiver subentendida.
Simpatizo com os que condenam os políticos que gover- Peço (licença) para ir entregar-lhe os catálogos em casa.
nam para uma minoria privilegiada.
Observe que, nesse caso, a preposição “para” introduz
D) Verbos Transitivos Diretos e Indiretos uma oração subordinada adverbial final reduzida de infini-
tivo (para ir entregar-lhe os catálogos em casa).
Os verbos transitivos diretos e indiretos são acom-
panhados de um objeto direto e um indireto. Merecem Preferir
destaque, nesse grupo: agradecer, perdoar e pagar. São Na língua culta, esse verbo deve apresentar objeto in-
verbos que apresentam objeto direto relacionado a coisas direto introduzido pela preposição “a”:
e objeto indireto relacionado a pessoas. Prefiro qualquer coisa a abrir mão de meus ideais.
Prefiro trem a ônibus.
Agradeço aos ouvintes a audiência.
Objeto Indireto Objeto Direto Observação:
Na língua culta, o verbo “preferir” deve ser usado sem
Paguei o débito ao cobrador. termos intensificadores, tais como: muito, antes, mil vezes,
Objeto Direto Objeto Indireto
um milhão de vezes, mais. A ênfase já é dada pelo prefixo
existente no próprio verbo (pre).
O uso dos pronomes oblíquos átonos deve ser feito
com particular cuidado:
Mudança de Transitividade - Mudança de Signifi-
Agradeci o presente. / Agradeci-o.
cado
Agradeço a você. / Agradeço-lhe.
Perdoei a ofensa. / Perdoei-a.
Há verbos que, de acordo com a mudança de transi-
Perdoei ao agressor. / Perdoei-lhe.
Paguei minhas contas. / Paguei-as. tividade, apresentam mudança de significado. O conhe-
Paguei aos meus credores. / Paguei-lhes. cimento das diferentes regências desses verbos é um re-
curso linguístico muito importante, pois além de permitir
Informar a correta interpretação de passagens escritas, oferece pos-
Apresenta objeto direto ao se referir a coisas e objeto sibilidades expressivas a quem fala ou escreve. Dentre os
indireto ao se referir a pessoas, ou vice-versa. principais, estão:
Informe os novos preços aos clientes.
Informe os clientes dos novos preços. (ou sobre os novos Agradar
preços) Agradar é transitivo direto no sentido de fazer cari-
Na utilização de pronomes como complementos, veja nhos, acariciar, fazer as vontades de.
as construções: Sempre agrada o filho quando.
Informei-os aos clientes. / Informei-lhes os novos preços. Aquele comerciante agrada os clientes.
Informe-os dos novos preços. / Informe-os deles. (ou so-
bre eles) Agradar é transitivo indireto no sentido de causar
agrado a, satisfazer, ser agradável a. Rege complemento
Observação: introduzido pela preposição “a”.
A mesma regência do verbo informar é usada para os O cantor não agradou aos presentes.
seguintes: avisar, certificar, notificar, cientificar, prevenir. O cantor não lhes agradou.

Comparar O antônimo “desagradar” é sempre transitivo indireto:


Quando seguido de dois objetos, esse verbo admite as O cantor desagradou à plateia.
LÍNGUA PORTUGUESA

preposições “a” ou “com” para introduzir o complemento


indireto: Comparei seu comportamento ao (ou com o) de Aspirar
uma criança. Aspirar é transitivo direto no sentido de sorver, inspirar
(o ar), inalar: Aspirava o suave aroma. (Aspirava-o)
Pedir
Esse verbo pede objeto direto de coisa (geralmente Aspirar é transitivo indireto no sentido de desejar, ter
na forma de oração subordinada substantiva) e indireto como ambição: Aspirávamos a um emprego melhor. (Aspi-
de pessoa. rávamos a ele)

69
Como o objeto direto do verbo “aspirar” não é pes- Implicar
soa, as formas pronominais átonas “lhe” e “lhes” não são Como transitivo direto, esse verbo tem dois sentidos:
utilizadas, mas, sim, as formas tônicas “a ele(s)”, “a ela(s)”. A) dar a entender, fazer supor, pressupor: Suas atitudes
Veja o exemplo: Aspiravam a uma existência melhor. (= implicavam um firme propósito.
Aspiravam a ela) B) ter como consequência, trazer como consequência,
acarretar, provocar: Uma ação implica reação.
Assistir
Assistir é transitivo direto no sentido de ajudar, pres- Como transitivo direto e indireto, significa compro-
tar assistência a, auxiliar. meter, envolver: Implicaram aquele jornalista em questões
As empresas de saúde negam-se a assistir os idosos. econômicas.
As empresas de saúde negam-se a assisti-los.
No sentido de antipatizar, ter implicância, é transiti-
Assistir é transitivo indireto no sentido de ver, presen- vo indireto e rege com preposição “com”: Implicava com
ciar, estar presente, caber, pertencer. quem não trabalhasse arduamente.
Assistimos ao documentário.
Não assisti às últimas sessões. Namorar
Essa lei assiste ao inquilino. Sempre tansitivo direto: Luísa namora Carlos há dois
anos.
No sentido de morar, residir, o verbo “assistir” é in-
transitivo, sendo acompanhado de adjunto adverbial de Obedecer - Desobedecer
lugar introduzido pela preposição “em”: Assistimos numa Sempre transitivo indireto:
conturbada cidade. Todos obedeceram às regras.
Ninguém desobedece às leis.
Chamar
Chamar é transitivo direto no sentido de convocar, so- Quando o objeto é “coisa”, não se utiliza “lhe” nem
licitar a atenção ou a presença de. “lhes”: As leis são essas, mas todos desobedecem a elas.
Por gentileza, vá chamar a polícia. / Por favor, vá cha-
Proceder
má-la.
Proceder é intransitivo no sentido de ser decisivo, ter
Chamei você várias vezes. / Chamei-o várias vezes.
cabimento, ter fundamento ou comportar-se, agir. Nessa
segunda acepção, vem sempre acompanhado de adjunto
Chamar no sentido de denominar, apelidar pode
adverbial de modo.
apresentar objeto direto e indireto, ao qual se refere pre-
As afirmações da testemunha procediam, não havia
dicativo preposicionado ou não.
como refutá-las.
A torcida chamou o jogador mercenário. Você procede muito mal.
A torcida chamou ao jogador mercenário.
A torcida chamou o jogador de mercenário. Nos sentidos de ter origem, derivar-se (rege a prepo-
A torcida chamou ao jogador de mercenário. sição “de”) e fazer, executar (rege complemento introdu-
Chamar com o sentido de ter por nome é pronominal: zido pela preposição “a”) é transitivo indireto.
Como você se chama? Eu me chamo Zenaide. O avião procede de Maceió.
Procedeu-se aos exames.
Custar O delegado procederá ao inquérito.
Custar é intransitivo no sentido de ter determinado
valor ou preço, sendo acompanhado de adjunto adver- Querer
bial: Frutas e verduras não deveriam custar muito. Querer é transitivo direto no sentido de desejar, ter
vontade de, cobiçar.
No sentido de ser difícil, penoso, pode ser intransitivo Querem melhor atendimento.
ou transitivo indireto, tendo como sujeito uma oração re- Queremos um país melhor.
duzida de infinitivo.
Querer é transitivo indireto no sentido de ter afeição,
Muito custa viver tão longe da família. estimar, amar: Quero muito aos meus amigos.
Verbo Intransitivo Oração Subordinada
Substantiva Subjetiva Reduzida de Infinitivo Visar
Como transitivo direto, apresenta os sentidos de mi-
Custou-me (a mim) crer nisso. rar, fazer pontaria e de pôr visto, rubricar.
LÍNGUA PORTUGUESA

Objeto Indireto Oração Subordinada Subs- O homem visou o alvo.


tantiva Subjetiva Reduzida de Infinitivo O gerente não quis visar o cheque.

A Gramática Normativa condena as construções que No sentido de ter em vista, ter como meta, ter como
atribuem ao verbo “custar” um sujeito representado por objetivo é transitivo indireto e rege a preposição “a”.
pessoa: Custei para entender o problema. O ensino deve sempre visar ao progresso social.
= Forma correta: Custou-me entender o problema. Prometeram tomar medidas que visassem ao bem-es-
tar público.

70
Esquecer – Lembrar
Lembrar algo – esquecer algo
Lembrar-se de algo – esquecer-se de algo (pronominal)

No 1.º caso, os verbos são transitivos diretos, ou seja, exigem complemento sem preposição: Ele esqueceu o livro.
No 2.º caso, os verbos são pronominais (-se, -me, etc) e exigem complemento com a preposição “de”. São, portanto,
transitivos indiretos:
Ele se esqueceu do caderno.
Eu me esqueci da chave.
Eles se esqueceram da prova.
Nós nos lembramos de tudo o que aconteceu.

Há uma construção em que a coisa esquecida ou lembrada passa a funcionar como sujeito e o verbo sofre leve alte-
ração de sentido. É uma construção muito rara na língua contemporânea, porém, é fácil encontrá-la em textos clássicos
tanto brasileiros como portugueses. Machado de Assis, por exemplo, fez uso dessa construção várias vezes.
Esqueceu-me a tragédia. (cair no esquecimento)
Lembrou-me a festa. (vir à lembrança)
Não lhe lembram os bons momentos da infância? (= momentos é sujeito)

Simpatizar - Antipatizar
São transitivos indiretos e exigem a preposição “com”:
Não simpatizei com os jurados.
Simpatizei com os alunos.

A norma culta exige que os verbos e expressões que dão ideia de movimento sejam usados com a preposição “a”:
Chegamos a São Paulo e fomos direto ao hotel.
Cláudia desceu ao segundo andar.
Hoje, com esta chuva, ninguém sairá à rua.

2 Regência Nominal

É o nome da relação existente entre um nome (substantivo, adjetivo ou advérbio) e os termos regidos por esse
nome. Essa relação é sempre intermediada por uma preposição. No estudo da regência nominal, é preciso levar em
conta que vários nomes apresentam exatamente o mesmo regime dos verbos de que derivam. Conhecer o regime de
um verbo significa, nesses casos, conhecer o regime dos nomes cognatos. Observe o exemplo: Verbo obedecer e os
nomes correspondentes: todos regem complementos introduzidos pela preposição a. Veja:
Obedecer a algo/ a alguém.
Obediente a algo/ a alguém.

Se uma oração completar o sentido de um nome, ou seja, exercer a função de complemento nominal, ela será com-
pletiva nominal (subordinada substantiva).

Regência de Alguns Nomes

Substantivos
Admiração a, por Devoção a, para, com, por Medo a, de
Aversão a, para, por Doutor em Obediência a
Atentado a, contra Dúvida acerca de, em, sobre Ojeriza a, por
Bacharel em Horror a Proeminência sobre
Capacidade de, para Impaciência com Respeito a, com, para com, por
LÍNGUA PORTUGUESA

Adjetivos
Acessível a Diferente de Necessário a
Acostumado a, com Entendido em Nocivo a
Afável com, para com Equivalente a Paralelo a
Agradável a Escasso de Parco em, de
Alheio a, de Essencial a, para Passível de

71
Análogo a Fácil de Preferível a
Ansioso de, para, por Fanático por Prejudicial a
Apto a, para Favorável a Prestes a
Ávido de Generoso com Propício a
Benéfico a Grato a, por Próximo a
Capaz de, para Hábil em Relacionado com
Compatível com Habituado a Relativo a
Contemporâneo a, de Idêntico a Satisfeito com, de, em, por
Contíguo a Impróprio para Semelhante a
Contrário a Indeciso em Sensível a
Curioso de, por Insensível a Sito em
Descontente com Liberal com Suspeito de
Desejoso de Natural de Vazio de

Advérbios
Longe de Perto de

Observação:
Os advérbios terminados em -mente tendem a seguir o regime dos adjetivos de que são formados: paralela a; pa-
ralelamente a; relativa a; relativamente a.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Português linguagens: volume 3 / Wiliam Roberto Cereja, Thereza Cochar Magalhães. – 7.ª ed. Reform. – São Paulo:
Saraiva, 2010.
SACCONI, Luiz Antônio. Nossa gramática completa Sacconi. 30.ª ed. Rev. São Paulo: Nova Geração, 2010.
Português: novas palavras: literatura, gramática, redação / Emília Amaral... [et al.]. – São Paulo: FTD, 2000.

SITE
http://www.soportugues.com.br/secoes/sint/sint61.php

EXERCÍCIO COMENTADO

1. (Polícia Federal – Agente de Polícia Federal – Cespe – 2014 – adaptada)


O uso indevido de drogas constitui, na atualidade, séria e persistente ameaça à humanidade e à estabilidade das estru-
turas e valores políticos, econômicos, sociais e culturais de todos os Estados e sociedades. Suas consequências infligem
considerável prejuízo às nações do mundo inteiro, e não são detidas por fronteiras: avançam por todos os cantos da
sociedade e por todos os espaços geográficos, afetando homens e mulheres de diferentes grupos étnicos, independen-
temente de classe social e econômica ou mesmo de idade. Questão de relevância na discussão dos efeitos adversos do uso
indevido de drogas é a associação do tráfico de drogas ilícitas e dos crimes conexos — geralmente de caráter transnacional
— com a criminalidade e a violência. Esses fatores ameaçam a soberania nacional e afetam a estrutura social e econômica
interna, devendo o governo adotar uma postura firme de combate ao tráfico de drogas, articulando-se internamente e com
a sociedade, de forma a aperfeiçoar e otimizar seus mecanismos de prevenção e repressão e garantir o envolvimento e a
aprovação dos cidadãos.
Internet: <www.direitoshumanos.usp.br>.

Nas linhas 12 e 13, o emprego da preposição “com”, em “com a criminalidade e a violência”, deve-se à regência do
vocábulo “conexos”.
LÍNGUA PORTUGUESA

( ) CERTO ( ) ERRADO

Resposta: Errado. Ao texto: (...) Questão de relevância na discussão dos efeitos adversos do uso indevido de drogas é
a associação do tráfico de drogas ilícitas e dos crimes conexos — geralmente de caráter transnacional — com a crimi-
nalidade e a violência.
O termo está se referindo à associação – associação do tráfico de drogas e crimes conexos (1) com a criminalidade
(2) (associação daquilo [1] com isso [2])

72
EMPREGO DO SINAL INDICATIVO DE #FicaDica
CRASE.
Use a regrinha “Vou A volto DA, crase HÁ; vou
A volto DE, crase PRA QUÊ?” Exemplo: Vou a
Campinas. = Volto de Campinas. (crase pra
Crase quê?)
Vou à praia. = Volto da praia. (crase há!)
A crase se caracteriza como a fusão de duas vogais
idênticas, relacionadas ao emprego da preposição “a”
com o artigo feminino a(s), com o “a” inicial referente aos Quando o nome de lugar estiver especificado, ocor-
pronomes demonstrativos – aquela(s), aquele(s), aquilo e rerá crase. Veja:
com o “a” pertencente ao pronome relativo a qual (as Retornarei à São Paulo dos bandeirantes. = mesmo
quais). Casos estes em que tal fusão encontra-se demar- que, pela regrinha acima, seja a do “VOLTO DE”
cada pelo acento grave ( ` ): à(s), àquela, àquele, àquilo, Irei à Salvador de Jorge Amado.
à qual, às quais.
O uso do acento indicativo de crase está condiciona- A letra “a” dos pronomes demonstrativos aquele(s),
do aos nossos conhecimentos acerca da regência verbal aquela(s) e aquilo receberão o acento grave se o termo
e nominal, mais precisamente ao termo regente e termo regente exigir complemento regido da preposição “a”.
regido. Ou seja, o termo regente é o verbo - ou nome - Entregamos a encomenda àquela menina.
que exige complemento regido pela preposição “a”, e o (preposição + pronome demonstrativo)
termo regido é aquele que completa o sentido do termo
regente, admitindo a anteposição do artigo a(s). Iremos àquela reunião.
Refiro-me a (a) funcionária antiga, e não a (a)quela (preposição + pronome demonstrativo)
contratada recentemente.
Após a junção da preposição com o artigo (destaca- Sua história é semelhante às que eu ouvia quando
dos entre parênteses), temos: criança. (àquelas que eu ouvia quando criança)
Refiro-me à funcionária antiga, e não àquela contrata- (preposição + pronome demonstrativo)
da recentemente.
A letra “a” que acompanha locuções femininas (ad-
O verbo referir, de acordo com sua transitividade, verbiais, prepositivas e conjuntivas) recebem o acento
classifica-se como transitivo indireto, pois sempre nos re- grave:
ferimos a alguém ou a algo. Houve a fusão da preposição  locuções adverbiais: às vezes, à tarde, à noite, às
a + o artigo feminino (à) e com o artigo feminino a + o pressas, à vontade...
pronome demonstrativo aquela (àquela).  locuções prepositivas: à frente, à espera de, à pro-
cura de...
Observações importantes:  locuções conjuntivas: à proporção que, à medida
Alguns recursos servem de ajuda para que possamos que.
confirmar a ocorrência ou não da crase. Eis alguns:
 Substitui-se a palavra feminina por uma masculina Cuidado: quando as expressões acima não exercerem
equivalente. Caso ocorra a combinação a + o(s), a a função de locuções não ocorrerá crase. Repare:
crase está confirmada. Eu adoro a noite!
Os dados foram solicitados à diretora. Adoro o quê? Adoro quem? O verbo “adoro” requer
Os dados foram solicitados ao diretor. objeto direto, no caso, a noite. Aqui, o “a” é artigo, não
 No caso de nomes próprios geográficos, substi- preposição.
tui-se o verbo da frase pelo verbo voltar. Caso re-
sulte na expressão “voltar da”, há a confirmação da Casos passíveis de nota:
crase.
Faremos uma visita à Bahia.  A crase é facultativa diante de nomes próprios fe-
Faz dois dias que voltamos da Bahia. (crase confirma- mininos: Entreguei o caderno a (à) Eliza.
 Também é facultativa diante de pronomes posses-
da)
sivos femininos: O diretor fez referência a (à) sua
empresa.
Não me esqueço da viagem a Roma.
 Facultativa em locução prepositiva “até a”: A loja
Ao voltar de Roma, relembrarei os belos momentos ja-
ficará aberta até as (às) dezoito horas.
mais vividos.
LÍNGUA PORTUGUESA

 Constata-se o uso da crase se as locuções prepo-


sitivas à moda de, à maneira de apresentarem-se
Nas situações em que o nome geográfico se apresen- implícitas, mesmo diante de nomes masculinos:
tar modificado por um adjunto adnominal, a crase está Tenho compulsão por comprar sapatos à Luis XV. (à
confirmada. moda de Luís XV)
Atendo-me à bela Fortaleza, senti saudades de suas  Não se efetiva o uso da crase diante da locução
praias. adverbial “a distância”: Na praia de Copacabana,
observamos a queima de fogos a distância.

73
Entretanto, se o termo vier determinado, teremos REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
uma locução prepositiva, aí sim, ocorrerá crase: O pedes- SACCONI, Luiz Antônio. Nossa gramática completa
tre foi arremessado à distância de cem metros. Sacconi. 30.ª ed. Rev. São Paulo: Nova Geração, 2010.
 De modo a evitar o duplo sentido – a ambiguidade Português linguagens: volume 3 / Wiliam Roberto Ce-
-, faz-se necessário o emprego da crase. reja, Thereza Cochar Magalhães. – 7.ª ed. Reform. – São
Ensino à distância. Paulo: Saraiva, 2010.
Ensino a distância.
 Em locuções adverbiais formadas por palavras repe- SITE
tidas, não há ocorrência da crase. http://www.portugues.com.br/gramatica/o-uso-cra-
Ela ficou frente a frente com o agressor. se-.html
Eu o seguirei passo a passo.

Casos em que não se admite o emprego da crase:


EXERCÍCIOS COMENTADOS
Antes de vocábulos masculinos.
As produções escritas a lápis não serão corrigidas.
1. (Polícia Federal – Agente de Polícia Federal – Cespe
Esta caneta pertence a Pedro.
– 2014 – adaptada) O acento indicativo de crase em “à
humanidade e à estabilidade” é de uso facultativo, razão
Antes de verbos no infinitivo.
Ele estava a cantar. por que sua supressão não prejudicaria a correção gra-
Começou a chover. matical do texto.

Antes de numeral. ( ) CERTO ( ) ERRADO


O número de aprovados chegou a cem.
Faremos uma visita a dez países. Resposta: Errado. Retomemos o contexto: (...) O uso
indevido de drogas constitui, na atualidade, séria e per-
Observações: sistente ameaça à humanidade e à estabilidade das es-
 Nos casos em que o numeral indicar horas – funcio- truturas e valores políticos (...).
nando como uma locução adverbial feminina – ocor- O uso do acento indicativo de crase é obrigatório, já
rerá crase: Os passageiros partirão às dezenove horas. que os termos “humanidade” e “estabilidade” comple-
 Diante de numerais ordinais femininos a crase está mentam o nome “ameaça” – “ameaça a quê? a quem?”
confirmada, visto que estes não podem ser empre- = a regência nominal pede preposição.
gados sem o artigo: As saudações foram direciona-
das à primeira aluna da classe. 2. (TCE-PA – Conhecimentos Básicos – AUDITOR DE
 Não ocorrerá crase antes da palavra casa, quando CONTROLE EXTERNO – EDUCACIONAL – Cespe –
essa não se apresentar determinada: Chegamos to- 2016)
dos exaustos a casa.
Entretanto, se vier acompanhada de um adjunto adno- Texto CB1A1BBB
minal, a crase estará confirmada: Chegamos todos exaustos
à casa de Marcela. Estranhamente, governos estaduais cujas despesas com
o funcionalismo já alcançaram nível preocupante ou que
 Não há crase antes da palavra “terra”, quando essa estouraram o limite de gastos com pessoal fixado pela
indicar chão firme: Quando os navegantes regressa-
Lei Complementar n.º 101/2000, denominada Lei de Res-
ram a terra, já era noite.
ponsabilidade Fiscal (LRF), estão elaborando sua própria
Contudo, se o termo estiver precedido por um deter-
legislação destinada a assegurar, como alegam, maior ri-
minante ou referir-se ao planeta Terra, ocorrerá crase.
gor na gestão de suas finanças. Querem uma nova lei de
Paulo viajou rumo à sua terra natal.
O astronauta voltou à Terra. responsabilidade fiscal para, segundo argumentam, for-
talecer a estrutura legal que protege o dinheiro público
 Não ocorre crase antes de pronomes que requerem do mau uso por gestores irresponsáveis.
o uso do artigo. Examinando-se a situação financeira dos estados que
Os livros foram entregues a mim. preparam sua versão da lei de responsabilidade fiscal,
Dei a ela a merecida recompensa. fica difícil aceitar a argumentação. Desde maio de 2000,
quando entrou em vigor a LRF, esses estados, como os
 Pelo fato de os pronomes de tratamento relativos demais, estão sujeitos a regras precisas para a gestão do
à senhora, senhorita e madame admitirem artigo, o
LÍNGUA PORTUGUESA

dinheiro público, para a criação de despesas e, em par-


uso da crase está confirmado no “a” que os antece- ticular, para os gastos com pessoal. Por que, tendo des-
de, no caso de o termo regente exigir a preposição. cumprido algumas dessas regras, estariam interessados
Todos os méritos foram conferidos à senhorita Patrícia. em torná-las ainda mais rigorosas?
Não foi a lei que não funcionou, mas os responsáveis
 Não ocorre crase antes de nome feminino utiliza-
pelo dinheiro público que, por alguma razão, não a cum-
do em sentido genérico ou indeterminado:
Estamos sujeitos a críticas. priram. De que adiantaria, então, tornar a lei mais rigoro-
Refiro-me a conversas paralelas. sa, se nem nas condições atuais esses responsáveis estão

74
sendo capazes de cumpri-la? O problema não está na Grande parte dos pronomes não possuem significa-
lei. Mudá-la pode ser o pretexto não para torná-la mais dos fixos, isto é, essas palavras só adquirem significação
rigorosa, mas para atribuir-lhe alguma flexibilidade que dentro de um contexto, o qual nos permite recuperar a re-
a desfigure. O verdadeiro problema é a dificuldade do ferência exata daquilo que está sendo colocado por meio
setor público de adaptar suas despesas às receitas em dos pronomes no ato da comunicação. Com exceção dos
queda por causa da crise. pronomes interrogativos e indefinidos, os demais prono-
mes têm por função principal apontar para as pessoas do
Internet: <http://opiniao.estadao.com.br> (com adapta- discurso ou a elas se relacionar, indicando-lhes sua situa-
ções). ção no tempo ou no espaço. Em virtude dessa caracterís-
tica, os pronomes apresentam uma forma específica para
O emprego do acento grave em “às receitas” decorre da cada pessoa do discurso.
regência do verbo “adaptar” e da presença do artigo de- Minha carteira estava vazia quando eu fui assaltada.
finido feminino determinando o substantivo “receitas”. [minha/eu: pronomes de 1.ª pessoa = aquele que fala]
Tua carteira estava vazia quando tu foste assaltada?
( ) CERTO ( ) ERRADO [tua/tu: pronomes de 2.ª pessoa = aquele a quem se fala]
A carteira dela estava vazia quando ela foi assaltada.
Resposta: Certo. Texto: O verdadeiro problema é a di- [dela/ela: pronomes de 3.ª pessoa = aquele de quem se fala]
ficuldade do setor público de adaptar suas despesas às
receitas em queda por causa da crise = quem adapta, Em termos morfológicos, os pronomes são palavras
adapta algo/alguém A algo/alguém. variáveis em gênero (masculino ou feminino) e em núme-
ro (singular ou plural). Assim, espera-se que a referência
3. (Fnde – Técnico em Financiamento e Execução de através do pronome seja coerente em termos de gênero
Programas e Projetos Educacionais – cespe – 2012) O e número (fenômeno da concordância) com o seu objeto,
emprego do sinal indicativo de crase em “adequando os mesmo quando este se apresenta ausente no enunciado.
objetivos às necessidades” justifica-se pela regência do Fala-se de Roberta. Ele quer participar do desfile da nos-
verbo adequar, que exige complemento regido pela pre- sa escola neste ano.
posição “a”, e pela presença de artigo definido feminino [nossa: pronome que qualifica “escola” = concordância
antes de “necessidades”. adequada]
[neste: pronome que determina “ano” = concordância
( ) CERTO ( ) ERRADO adequada]
[ele: pronome que faz referência à “Roberta” = concor-
Resposta: Certo. Adequar o quê? – os objetivos (obje- dância inadequada]
to direto) – adequar o quê a quê? – a + as (=às) neces-
sidades – objeto indireto. A explicação do enunciado Existem seis tipos de pronomes: pessoais, possessivos,
está correta. demonstrativos, indefinidos, relativos e interrogativos.

4. (Tribunal de Justiça-se – Técnico Judiciário – cespe 1. Pronomes Pessoais


– 2014 – adaptada) No trecho “deu início à sua cami-
nhada cósmica”, o emprego do acento grave indicativo São aqueles que substituem os substantivos, indicando
de crase é obrigatório. diretamente as pessoas do discurso. Quem fala ou escreve
assume os pronomes “eu” ou “nós”; usa-se os pronomes
( ) CERTO ( ) ERRADO “tu”, “vós”, “você” ou “vocês” para designar a quem se di-
rige, e “ele”, “ela”, “eles” ou “elas” para fazer referência à
Resposta: Errado. “deu início à sua caminhada cós- pessoa ou às pessoas de quem se fala.
mica” – o uso do acento indicativo de crase, neste caso, é Os pronomes pessoais variam de acordo com as fun-
facultativo (antes de pronome possessivo). ções que exercem nas orações, podendo ser do caso reto
ou do caso oblíquo.

A) Pronome Reto
COLOCAÇÃO DOS PRONOMES ÁTONOS. Pronome pessoal do caso reto é aquele que, na senten-
ça, exerce a função de sujeito: Nós lhe ofertamos flores.
Os pronomes retos apresentam flexão de número, gê-
Pronome nero (apenas na 3.ª pessoa) e pessoa, sendo essa última a
principal flexão, uma vez que marca a pessoa do discurso.
Pronome é a palavra variável que substitui ou acom- Dessa forma, o quadro dos pronomes retos é assim con-
LÍNGUA PORTUGUESA

panha um substantivo (nome), qualificando-o de alguma figurado:


forma.
O homem julga que é superior à natureza, por isso o 1.ª pessoa do singular: eu
homem destrói a natureza... 2.ª pessoa do singular: tu
Utilizando pronomes, teremos: O homem julga que é 3.ª pessoa do singular: ele, ela
superior à natureza, por isso ele a destrói... 1.ª pessoa do plural: nós
Ficou melhor, sem a repetição desnecessária de ter- 2.ª pessoa do plural: vós
mos (homem e natureza). 3.ª pessoa do plural: eles, elas

75
Esses pronomes não costumam ser usados como B.2 Pronome Oblíquo Tônico
complementos verbais na língua-padrão. Frases como Os pronomes oblíquos tônicos são sempre precedi-
“Vi ele na rua”, “Encontrei ela na praça”, “Trouxeram eu dos por preposições, em geral as preposições a, para, de
até aqui”- comuns na língua oral cotidiana - devem ser e com. Por esse motivo, os pronomes tônicos exercem a
evitadas na língua formal escrita ou falada. Na língua for- função de objeto indireto da oração. Possuem acentua-
mal, devem ser usados os pronomes oblíquos correspon- ção tônica forte.
dentes: “Vi-o na rua”, “Encontrei-a na praça”, “Trouxeram- Lista dos pronomes oblíquos tônicos:
-me até aqui”. 1.ª pessoa do singular (eu): mim, comigo
Frequentemente observamos a omissão do pronome 2.ª pessoa do singular (tu): ti, contigo
reto em Língua Portuguesa. Isso se dá porque as próprias 3.ª pessoa do singular (ele, ela): si, consigo, ele, ela
formas verbais marcam, através de suas desinências, as 1.ª pessoa do plural (nós): nós, conosco
pessoas do verbo indicadas pelo pronome reto: Fizemos 2.ª pessoa do plural (vós): vós, convosco
boa viagem. (Nós) 3.ª pessoa do plural (eles, elas): si, consigo, eles, elas

B) Pronome Oblíquo Observe que as únicas formas próprias do pronome


Pronome pessoal do caso oblíquo é aquele que, na tônico são a primeira pessoa (mim) e segunda pessoa (ti).
sentença, exerce a função de complemento verbal As demais repetem a forma do pronome pessoal do caso
(objeto direto ou indireto): Ofertaram-nos flores. (ob- reto.
jeto indireto)
As preposições essenciais introduzem sempre prono-
Observação: mes pessoais do caso oblíquo e nunca pronome do caso
O pronome oblíquo é uma forma variante do prono- reto. Nos contextos interlocutivos que exigem o uso da
me pessoal do caso reto. Essa variação indica a função língua formal, os pronomes costumam ser usados desta
diversa que eles desempenham na oração: pronome reto forma:
marca o sujeito da oração; pronome oblíquo marca o Não há mais nada entre mim e ti.
complemento da oração. Os pronomes oblíquos sofrem Não se comprovou qualquer ligação entre ti e ela.
variação de acordo com a acentuação tônica que pos- Não há nenhuma acusação contra mim.
suem, podendo ser átonos ou tônicos. Não vá sem mim.

2. Pronome Oblíquo Átono Há construções em que a preposição, apesar de surgir


São chamados átonos os pronomes oblíquos que não anteposta a um pronome, serve para introduzir uma ora-
são precedidos de preposição. Possuem acentuação tô- ção cujo verbo está no infinitivo. Nesses casos, o verbo
nica fraca: Ele me deu um presente. pode ter sujeito expresso; se esse sujeito for um prono-
Lista dos pronomes oblíquos átonos me, deverá ser do caso reto.
1.ª pessoa do singular (eu): me Trouxeram vários vestidos para eu experimentar.
2.ª pessoa do singular (tu): te Não vá sem eu mandar.
3.ª pessoa do singular (ele, ela): o, a, lhe
1.ª pessoa do plural (nós): nos A frase: “Foi fácil para mim resolver aquela questão!”
2.ª pessoa do plural (vós): vos está correta, já que “para mim” é complemento de “fá-
3.ª pessoa do plural (eles, elas): os, as, lhes cil”. A ordem direta seria: Resolver aquela questão foi fácil
para mim!
A combinação da preposição “com” e alguns prono-
FIQUE ATENTO! mes originou as formas especiais comigo, contigo, consi-
Os pronomes o, os, a, as assumem formas es- go, conosco e convosco. Tais pronomes oblíquos tônicos
peciais depois de certas terminações verbais: frequentemente exercem a função de adjunto adverbial
1. Quando o verbo termina em -z, -s ou -r, o de companhia: Ele carregava o documento consigo.
pronome assume a forma lo, los, la ou las, ao A preposição “até” exige as formas oblíquas tônicas:
mesmo tempo que a terminação verbal é su- Ela veio até mim, mas nada falou.
primida. Por exemplo: Mas, se “até” for palavra denotativa (com o sentido de
fiz + o = fi-lo inclusão), usaremos as formas retas: Todos foram bem na
fazeis + o = fazei-lo prova, até eu! (= inclusive eu)
dizer + a = dizê-la
As formas “conosco” e “convosco” são substituídas
2. Quando o verbo termina em som nasal, o por “com nós” e “com vós” quando os pronomes pes-
LÍNGUA PORTUGUESA

pronome assume as formas no, nos, na, nas. soais são reforçados por palavras como outros, mesmos,
Por exemplo: próprios, todos, ambos ou algum numeral.
viram + o: viram-no Você terá de viajar com nós todos.
repõe + os = repõe-nos Estávamos com vós outros quando chegaram as más
retém + a: retém-na notícias.
tem + as = tem-nas Ele disse que iria com nós três.

76
3. Pronome Reflexivo Também são pronomes de tratamento o senhor, a se-
São pronomes pessoais oblíquos que, embora funcio- nhora e você, vocês. “O senhor” e “a senhora” são emprega-
nem como objetos direto ou indireto, referem-se ao sujeito dos no tratamento cerimonioso; “você” e “vocês”, no trata-
da oração. Indicam que o sujeito pratica e recebe a ação mento familiar. Você e vocês são largamente empregados
expressa pelo verbo. no português do Brasil; em algumas regiões, a forma tu é
Lista dos pronomes reflexivos: de uso frequente; em outras, pouco empregada. Já a forma
1.ª pessoa do singular (eu): me, mim = Eu não me lem- vós tem uso restrito à linguagem litúrgica, ultraformal ou
bro disso. literária.
2.ª pessoa do singular (tu): te, ti = Conhece a ti mesmo.
3.ª pessoa do singular (ele, ela): se, si, consigo = Guilher- Observações:
me já se preparou. 1. Vossa Excelência X Sua Excelência: os pronomes de
Ela deu a si um presente. tratamento que possuem “Vossa(s)” são emprega-
Antônio conversou consigo mesmo. dos em relação à pessoa com quem falamos: Espero
que V. Ex.ª, Senhor Ministro, compareça a este encon-
1.ª pessoa do plural (nós): nos = Lavamo-nos no rio. tro.
2.ª pessoa do plural (vós): vos = Vós vos beneficiastes 2. Emprega-se “Sua (s)” quando se fala a respeito
com esta conquista. da pessoa: Todos os membros da C.P.I. afirmaram
3.ª pessoa do plural (eles, elas): se, si, consigo = Eles se que Sua Excelência, o Senhor Presidente da República,
conheceram. / Elas deram a si um dia de folga. agiu com propriedade.
3. Os pronomes de tratamento representam uma forma
indireta de nos dirigirmos aos nossos interlocutores.
#FicaDica Ao tratarmos um deputado por Vossa Excelência,
por exemplo, estamos nos endereçando à excelência
O pronome é reflexivo quando se refere à mes- que esse deputado supostamente tem para poder
ma pessoa do pronome subjetivo (sujeito): Eu ocupar o cargo que ocupa.
me arrumei e saí. 4. Embora os pronomes de tratamento dirijam-se à 2.ª
É pronome recíproco quando indica recipro- pessoa, toda a concordância deve ser feita com a
cidade de ação: Nós nos amamos. / Olhamo- 3.ª pessoa. Assim, os verbos, os pronomes posses-
-nos calados.
sivos e os pronomes oblíquos empregados em rela-
O “se” pode ser usado como palavra expletiva
ção a eles devem ficar na 3.ª pessoa.
ou partícula de realce, sem ser rigorosamente
Basta que V. Ex.ª cumpra a terça parte das suas promes-
necessária e sem função sintática: Os explora-
sas, para que seus eleitores lhe fiquem reconhecidos.
dores riam-se de suas tentativas. / Será que eles
5. Uniformidade de Tratamento: quando escrevemos
se foram?
ou nos dirigimos a alguém, não é permitido mudar,
ao longo do texto, a pessoa do tratamento escolhida
inicialmente. Assim, por exemplo, se começamos a
C) Pronomes de Tratamento chamar alguém de “você”, não poderemos usar “te”
São pronomes utilizados no tratamento formal, cerimo- ou “teu”. O uso correto exigirá, ainda, verbo na ter-
nioso. Apesar de indicarem nosso interlocutor (portanto, ceira pessoa.
a segunda pessoa), utilizam o verbo na terceira pessoa.
Alguns exemplos: Quando você vier, eu te abraçarei e enrolar-me-ei nos
Vossa Alteza (V. A.) = príncipes, duques teus cabelos. (errado)
Vossa Eminência (V. E.ma) = cardeais
Vossa Reverendíssima (V. Ver.ma) = sacerdotes e religio- Quando você vier, eu a abraçarei e enrolar-me-ei nos
sos em geral seus cabelos. (correto) = terceira pessoa do singular
Vossa Excelência (V. Ex.ª) = oficiais de patente superior
à de coronel, senadores, deputados, embaixadores, profes- ou
sores de curso superior, ministros de Estado e de Tribunais,
governadores, secretários de Estado, presidente da Repúbli- Quando tu vieres, eu te abraçarei e enrolar-me-ei nos
ca (sempre por extenso) teus cabelos. (correto) = segunda pessoa do singular
Vossa Magnificência (V. Mag.ª) = reitores de universida-
des 4. Pronomes Possessivos
Vossa Majestade (V. M.) = reis, rainhas e imperadores
LÍNGUA PORTUGUESA

Vossa Senhoria (V. S.a) = comerciantes em geral, oficiais São palavras que, ao indicarem a pessoa gramatical
até a patente de coronel, chefes de seção e funcionários de (possuidor), acrescentam a ela a ideia de posse de algo
igual categoria (coisa possuída).
Vossa Meretíssima (sempre por extenso) = para juízes Este caderno é meu. (meu = possuidor: 1.ª pessoa do
de direito singular)
Vossa Santidade (sempre por extenso) = tratamento ce-
rimonioso
Vossa Onipotência (sempre por extenso) = Deus

77
NÚMERO PESSOA PRONOME B) Em relação ao tempo:
Este(s), esta(s) e isto = indicam o tempo presente em
singular primeira meu(s), minha(s) relação à pessoa que fala:
singular segunda teu(s), tua(s) Esta manhã farei a prova do concurso!
singular terceira seu(s), sua(s) Esse(s), essa(s) e isso = indicam o tempo passado, po-
plural primeira nosso(s), nossa(s) rém relativamente próximo à época em que se situa a pes-
soa que fala:
plural segunda vosso(s), vossa(s)
Essa noite dormi mal; só pensava no concurso!
plural terceira seu(s), sua(s) Aquele(s), aquela(s) e aquilo = indicam um afastamento
no tempo, referido de modo vago ou como tempo remoto:
Note que: Naquele tempo, os professores eram valorizados.
A forma do possessivo depende da pessoa gramatical
a que se refere; o gênero e o número concordam com o C) Em relação ao falado ou escrito (ou ao que se
objeto possuído: Ele trouxe seu apoio e sua contribuição falará ou escreverá):
naquele momento difícil. Este(s), esta(s) e isto = empregados quando se quer fa-
zer referência a alguma coisa sobre a qual ainda se falará:
Serão estes os conteúdos da prova: análise sintática, or-
Observações: tografia, concordância.
1. A forma “seu” não é um possessivo quando resul-
tar da alteração fonética da palavra senhor: Muito Esse(s), essa(s) e isso = utilizados quando se pretende
obrigado, seu José. fazer referência a alguma coisa sobre a qual já se falou:
2. Os pronomes possessivos nem sempre indicam Sua aprovação no concurso, isso é o que mais deseja-
posse. Podem ter outros empregos, como: mos!
A) indicar afetividade: Não faça isso, minha filha.
B) indicar cálculo aproximado: Ele já deve ter seus 40 Este e aquele são empregados quando se quer fazer
anos. referência a termos já mencionados; aquele se refere ao
C) atribuir valor indefinido ao substantivo: Marisa tem termo referido em primeiro lugar e este para o referido
lá seus defeitos, mas eu gosto muito dela. por último:
3. Em frases onde se usam pronomes de tratamento,
o pronome possessivo fica na 3.ª pessoa: Vossa Ex- Domingo, no Pacaembu, jogarão Palmeiras e São Paulo;
celência trouxe sua mensagem? este está mais bem colocado que aquele. (= este [São Pau-
4. Referindo-se a mais de um substantivo, o possessi- lo], aquele [Palmeiras])
vo concorda com o mais próximo: Trouxe-me seus
livros e anotações. ou
5. Em algumas construções, os pronomes pessoais
oblíquos átonos assumem valor de possessivo: Vou Domingo, no Pacaembu, jogarão Palmeiras e São Paulo;
seguir-lhe os passos. (= Vou seguir seus passos) aquele está mais bem colocado que este. (= este [São Pau-
6. O adjetivo “respectivo” equivale a “devido, seu, pró- lo], aquele [Palmeiras])
prio”, por isso não se deve usar “seus” ao utilizá-lo,
para que não ocorra redundância: Coloque tudo Os pronomes demonstrativos podem ser variáveis ou
nos respectivos lugares. invariáveis, observe:
Variáveis: este(s), esta(s), esse(s), essa(s), aquele(s), aque-
5. Pronomes Demonstrativos la(s).
Invariáveis: isto, isso, aquilo.
São utilizados para explicitar a posição de certa pa- Também aparecem como pronomes demonstrativos:
lavra em relação a outras ou ao contexto. Essa relação  o(s), a(s): quando estiverem antecedendo o “que”
pode ser de espaço, de tempo ou em relação ao discurso. e puderem ser substituídos por aquele(s), aquela(s),
aquilo.
A) Em relação ao espaço: Não ouvi o que disseste. (Não ouvi aquilo que disseste.)
Este(s), esta(s) e isto = indicam o que está perto da Essa rua não é a que te indiquei. (não é aquela que te
pessoa que fala: indiquei.)
Este material é meu.
 mesmo(s), mesma(s), próprio(s), própria(s):
Esse(s), essa(s) e isso = indicam o que está perto da variam em gênero quando têm caráter reforçativo:
LÍNGUA PORTUGUESA

pessoa com quem se fala: Estas são as mesmas pessoas que o procuraram ontem.
Esse material em sua carteira é seu? Eu mesma refiz os exercícios.
Elas mesmas fizeram isso.
Aquele(s), aquela(s) e aquilo = indicam o que está Eles próprios cozinharam.
distante tanto da pessoa que fala como da pessoa com Os próprios alunos resolveram o problema.
quem se fala:
Aquele material não é nosso.  semelhante(s): Não tenha semelhante atitude.
Vejam aquele prédio!  tal, tais: Tal absurdo eu não cometeria.

78
1. Em frases como: O referido deputado e o Dr. Alcides *Qualquer é composto de qual + quer (do verbo que-
eram amigos íntimos; aquele casado, solteiro este. rer), por isso seu plural é quaisquer (única palavra cujo
(ou então: este solteiro, aquele casado) - este se re- plural é feito em seu interior).
fere à pessoa mencionada em último lugar; aquele, Todo e toda no singular e junto de artigo significa in-
à mencionada em primeiro lugar. teiro; sem artigo, equivale a qualquer ou a todas as:
2. O pronome demonstrativo tal pode ter conotação Toda a cidade está enfeitada. (= a cidade inteira)
irônica: A menina foi a tal que ameaçou o professor? Toda cidade está enfeitada. (= todas as cidades)
3. Pode ocorrer a contração das preposições a, de, em Trabalho todo o dia. (= o dia inteiro)
com pronome demonstrativo: àquele, àquela, deste, Trabalho todo dia. (= todos os dias)
desta, disso, nisso, no, etc: Não acreditei no que esta-
va vendo. (no = naquilo) São locuções pronominais indefinidas: cada qual,
cada um, qualquer um, quantos quer (que), quem quer
6. Pronomes Indefinidos (que), seja quem for, seja qual for, todo aquele (que), tal
qual (= certo), tal e qual, tal ou qual, um ou outro, uma
São palavras que se referem à 3.ª pessoa do discur- ou outra, etc.
so, dando-lhe sentido vago (impreciso) ou expressando Cada um escolheu o vinho desejado.
quantidade indeterminada.
Alguém entrou no jardim e destruiu as mudas recém- 7. Pronomes Relativos
-plantadas.
Não é difícil perceber que “alguém” indica uma pessoa São aqueles que representam nomes já mencionados
de quem se fala (uma terceira pessoa, portanto) de forma anteriormente e com os quais se relacionam. Introduzem
imprecisa, vaga. É uma palavra capaz de indicar um ser as orações subordinadas adjetivas.
humano que seguramente existe, mas cuja identidade é O racismo é um sistema que afirma a superioridade de
desconhecida ou não se quer revelar. Classificam-se em: um grupo racial sobre outros.
(afirma a superioridade de um grupo racial sobre ou-
A) Pronomes Indefinidos Substantivos: assumem o tros = oração subordinada adjetiva).
lugar do ser ou da quantidade aproximada de seres
na frase. São eles: algo, alguém, fulano, sicrano, bel- O pronome relativo “que” refere-se à palavra “siste-
trano, nada, ninguém, outrem, quem, tudo. ma” e introduz uma oração subordinada. Diz-se que a
Algo o incomoda? palavra “sistema” é antecedente do pronome relativo que.
Quem avisa amigo é. O antecedente do pronome relativo pode ser o pro-
nome demonstrativo o, a, os, as.
B) Pronomes Indefinidos Adjetivos: qualificam um Não sei o que você está querendo dizer.
ser expresso na frase, conferindo-lhe a noção de Às vezes, o antecedente do pronome relativo não vem
quantidade aproximada. São eles: cada, certo(s), expresso.
certa(s). Quem casa, quer casa.
Cada povo tem seus costumes.
Certas pessoas exercem várias profissões. Observe:
Pronomes relativos variáveis = o qual, cujo, quanto, os
Note que: quais, cujos, quantos, a qual, cuja, quanta, as quais, cujas,
Ora são pronomes indefinidos substantivos, ora pro- quantas.
nomes indefinidos adjetivos: Pronomes relativos invariáveis = quem, que, onde.
algum, alguns, alguma(s), bastante(s) (= muito, mui-
tos), demais, mais, menos, muito(s), muita(s), nenhum, ne- Note que:
nhuns, nenhuma(s), outro(s), outra(s), pouco(s), pouca(s), O pronome “que” é o relativo de mais largo empre-
qualquer, quaisquer, qual, que, quanto(s), quanta(s), tal, go, sendo por isso chamado relativo universal. Pode ser
tais, tanto(s), tanta(s), todo(s), toda(s), um, uns, uma(s), vá- substituído por o qual, a qual, os quais, as quais, quando
rios, várias. seu antecedente for um substantivo.
Menos palavras e mais ações. O trabalho que eu fiz refere-se à corrupção. (= o qual)
Alguns se contentam pouco. A cantora que acabou de se apresentar é péssima. (=
a qual)
Os pronomes indefinidos podem ser divididos em va- Os trabalhos que eu fiz referem-se à corrupção. (= os
riáveis e invariáveis. Observe: quais)
 Variáveis = algum, nenhum, todo, muito, pouco, As cantoras que se apresentaram eram péssimas. (=
LÍNGUA PORTUGUESA

vário, tanto, outro, quanto, alguma, nenhuma, toda, as quais)


muita, pouca, vária, tanta, outra, quanta, qualquer,
quaisquer*, alguns, nenhuns, todos, muitos, poucos, O qual, os quais, a qual e as quais são exclusivamente
vários, tantos, outros, quantos, algumas, nenhumas, pronomes relativos, por isso são utilizados didaticamen-
todas, muitas, poucas, várias, tantas, outras, quantas. te para verificar se palavras como “que”, “quem”, “onde”
 Invariáveis = alguém, ninguém, outrem, tudo, (que podem ter várias classificações) são pronomes rela-
nada, algo, cada. tivos. Todos eles são usados com referência à pessoa ou
coisa por motivo de clareza ou depois de determinadas

79
preposições: Regressando de São Paulo, visitei o sítio de minha tia, o qual me deixou encantado. O uso de “que”, neste
caso, geraria ambiguidade. Veja: Regressando de São Paulo, visitei o sítio de minha tia, que me deixou encantado (quem
me deixou encantado: o sítio ou minha tia?).
Essas são as conclusões sobre as quais pairam muitas dúvidas? (com preposições de duas ou mais sílabas utiliza-se
o qual / a qual)

O relativo “que” às vezes equivale a o que, coisa que, e se refere a uma oração: Não chegou a ser padre, mas deixou
de ser poeta, que era a sua vocação natural.

O pronome “cujo”: exprime posse; não concorda com o seu antecedente (o ser possuidor), mas com o consequente
(o ser possuído, com o qual concorda em gênero e número); não se usa artigo depois deste pronome; “cujo” equivale
a do qual, da qual, dos quais, das quais.
Existem pessoas cujas ações são nobres.
(antecedente) (consequente)

Se o verbo exigir preposição, esta virá antes do pronome: O autor, a cujo livro você se referiu, está aqui! (referiu-se a)

“Quanto” é pronome relativo quando tem por antecedente um pronome indefinido: tanto (ou variações) e tudo:

Emprestei tantos quantos foram necessários.


(antecedente)

Ele fez tudo quanto havia falado.


(antecedente)

O pronome “quem” se refere a pessoas e vem sempre precedido de preposição.

É um professor a quem muito devemos.


(preposição)

“Onde”, como pronome relativo, sempre possui antecedente e só pode ser utilizado na indicação de lugar: A casa
onde morava foi assaltada.

Na indicação de tempo, deve-se empregar quando ou em que: Sinto saudades da época em que (quando) morávamos
no exterior.

Podem ser utilizadas como pronomes relativos as palavras:


 como (= pelo qual) – desde que precedida das palavras modo, maneira ou forma:
Não me parece correto o modo como você agiu semana passada.

 quando (= em que) – desde que tenha como antecedente um nome que dê ideia de tempo:
Bons eram os tempos quando podíamos jogar videogame.

Os pronomes relativos permitem reunir duas orações numa só frase.


O futebol é um esporte. / O povo gosta muito deste esporte.
= O futebol é um esporte de que o povo gosta muito.

Numa série de orações adjetivas coordenadas, pode ocorrer a elipse do relativo “que”: A sala estava cheia de gente
que conversava, (que) ria, observava.

8. Pronomes Interrogativos

São usados na formulação de perguntas, sejam elas diretas ou indiretas. Assim como os pronomes indefinidos,
referem-se à 3.ª pessoa do discurso de modo impreciso. São pronomes interrogativos: que, quem, qual (e variações),
quanto (e variações).
LÍNGUA PORTUGUESA

Com quem andas?


Qual seu nome?
Diz-me com quem andas, que te direi quem és.

O pronome pessoal é do caso reto quando tem função de sujeito na frase. O pronome pessoal é do caso oblíquo
quando desempenha função de complemento.
1. Eu não sei essa matéria, mas ele irá me ajudar.
2. Maria foi embora para casa, pois não sabia se devia lhe ajudar.

80
Na primeira oração os pronomes pessoais “eu” e “ele” D) Pronomes relativos: Venceu o concurseiro que se
exercem função de sujeito, logo, são pertencentes ao esforçou.
caso reto. Já na segunda oração, o pronome “lhe” exerce E) Pronomes indefinidos: Poucos te deram a oportu-
função de complemento (objeto), ou seja, caso oblíquo. nidade.
Os pronomes pessoais indicam as pessoas do discur- F) Pronomes demonstrativos: Isso me magoa muito.
so. O pronome oblíquo “lhe”, da segunda oração, aponta
para a segunda pessoa do singular (tu/você): Maria não  Orações iniciadas por palavras interrogativas:
sabia se devia ajudar... Ajudar quem? Você (lhe). Quem lhe disse isso?
 Orações iniciadas por palavras exclamativas:
Os pronomes pessoais oblíquos podem ser átonos ou Quanto se ofendem!
tônicos: os primeiros não são precedidos de preposição,  Orações que exprimem desejo (orações optativas):
diferentemente dos segundos, que são sempre precedi- Que Deus o ajude.
dos de preposição.  A próclise é obrigatória quando se utiliza o pro-
A) Pronome oblíquo átono: Joana me perguntou o
nome reto ou sujeito expresso: Eu lhe entregarei o
que eu estava fazendo.
material amanhã. / Tu sabes cantar?
B) Pronome oblíquo tônico: Joana perguntou para
mim o que eu estava fazendo.
Mesóclise = É a colocação pronominal no meio do
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS verbo. A mesóclise é usada:
SACCONI, Luiz Antônio. Nossa gramática completa
Sacconi. 30.ª ed. Rev. São Paulo: Nova Geração, 2010. Quando o verbo estiver no futuro do presente ou fu-
Português linguagens: volume 2 / Wiliam Roberto Ce- turo do pretérito, contanto que esses verbos não estejam
reja, Thereza Cochar Magalhães. – 7.ª ed. Reform. – São precedidos de palavras que exijam a próclise. Exemplos:
Paulo: Saraiva, 2010. Realizar-se-á, na próxima semana, um grande evento em
Português: novas palavras: literatura, gramática, reda- prol da paz no mundo.
ção / Emília Amaral... [et al.]. – São Paulo: FTD, 2000. Repare que o pronome está “no meio” do verbo “rea-
CAMPEDELLI, Samira Yousseff. Português – Literatura, lizará”: realizar – SE – á. Se houvesse na oração alguma
Produção de Texto & Gramática – Volume único / Samira palavra que justificasse o uso da próclise, esta prevalece-
Yousseff Campedelli, Jésus Barbosa Souza. – 3.ª edição – ria. Veja: Não se realizará...
São Paulo: Saraiva, 2002. Não fossem os meus compromissos, acompanhar-te-ia
nessa viagem.
SITE
http://www.sopor tugues.com.br/secoes/morf/ (com presença de palavra que justifique o uso de pró-
morf42.php clise: Não fossem os meus compromissos, EU te acompa-
nharia nessa viagem).
9. Colocação Pronominal
Ênclise = É a colocação pronominal depois do verbo.
Colocação Pronominal trata da correta colocação dos A ênclise é usada quando a próclise e a mesóclise não
pronomes oblíquos átonos na frase. forem possíveis:
 Quando o verbo estiver no imperativo afirmativo:
Quando eu avisar, silenciem-se todos.
#FicaDica  Quando o verbo estiver no infinitivo impessoal:
Pronome Oblíquo é aquele que exerce a fun- Não era minha intenção machucá-la.
ção de complemento verbal (objeto). Por isso,  Quando o verbo iniciar a oração. (até porque não
memorize: se inicia período com pronome oblíquo).
OBlíquo = OBjeto! Vou-me embora agora mesmo.
Levanto-me às 6h.
 Quando houver pausa antes do verbo: Se eu passo
Embora na linguagem falada a colocação dos prono- no concurso, mudo-me hoje mesmo!
mes não seja rigorosamente seguida, algumas normas  Quando o verbo estiver no gerúndio: Recusou a
devem ser observadas na linguagem escrita. proposta fazendo-se de desentendida.
10. Colocação pronominal nas locuções verbais
Próclise = É a colocação pronominal antes do verbo.
A próclise é usada:  Após verbo no particípio = pronome depois do
LÍNGUA PORTUGUESA

verbo auxiliar (e não depois do particípio):


 Quando o verbo estiver precedido de palavras Tenho me deliciado com a leitura!
que atraem o pronome para antes do verbo. São elas: Eu tenho me deliciado com a leitura!
A) Palavras de sentido negativo: não, nunca, ninguém, Eu me tenho deliciado com a leitura!
jamais, etc.: Não se desespere!  Não convém usar hífen nos tempos compostos e
B) Advérbios: Agora se negam a depor. nas locuções verbais:
C) Conjunções subordinativas: Espero que me expli- Vamos nos unir!
quem tudo! Iremos nos manifestar.

81
 Quando há um fator para próclise nos tempos 1. Sinônimos
compostos ou locuções verbais: opção pelo uso
do pronome oblíquo “solto” entre os verbos = Não São palavras de sentido igual ou aproximado: alfabeto
vamos nos preocupar (e não: “não nos vamos preo- - abecedário; brado, grito - clamor; extinguir, apagar - abo-
cupar”). lir.
Duas palavras são totalmente sinônimas quando são
11. Emprego de o, a, os, as substituíveis, uma pela outra, em qualquer contexto (cara
e rosto, por exemplo); são parcialmente sinônimas quan-
 Em verbos terminados em vogal ou ditongo oral, do, ocasionalmente, podem ser substituídas, uma pela ou-
os pronomes: o, a, os, as não se alteram. tra, em deteminado enunciado (aguadar e esperar).
Chame-o agora.
Deixei-a mais tranquila.
 Em verbos terminados em r, s ou z, estas consoan- Observação:
tes finais alteram-se para lo, la, los, las. Exemplos: A contribuição greco-latina é responsável pela exis-
(Encontrar) Encontrá-lo é o meu maior sonho. tência de numerosos pares de sinônimos: adversário e
(Fiz) Fi-lo porque não tinha alternativa. antagonista; translúcido e diáfano; semicírculo e hemiciclo;
 Em verbos terminados em ditongos nasais (am, contraveneno e antídoto; moral e ética; colóquio e diálogo;
em, ão, õe), os pronomes o, a, os, as alteram-se transformação e metamorfose; oposição e antítese.
para no, na, nos, nas.
Chamem-no agora. 2. Antônimos
Põe-na sobre a mesa.
São palavras que se opõem através de seu significado:
ordem - anarquia; soberba - humildade; louvar - censurar;
mal - bem.
#FicaDica
Observação:
Dica da Zê!
A antonímia pode se originar de um prefixo de senti-
Próclise – pró lembra pré; pré é prefixo que sig-
do oposto ou negativo: bendizer e maldizer; simpático e
nifica “antes”! Pronome antes do verbo!
antipático; progredir e regredir; concórdia e discórdia; ativo
Ênclise – “en” lembra, pelo “som”, /Ənd/ (end, e inativo; esperar e desesperar; comunista e anticomunista;
em Inglês – que significa “fim, final!). Pronome simétrico e assimétrico.
depois do verbo!
Mesóclise – pronome oblíquo no Meio do ver- 3. Homônimos e Parônimos
bo
 Homônimos = palavras que possuem a mesma
grafia ou a mesma pronúncia, mas significados diferentes.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS Podem ser
SACCONI, Luiz Antônio. Nossa gramática completa
Sacconi. 30.ª ed. Rev. São Paulo: Nova Geração, 2010. A) Homógrafas: são palavras iguais na escrita e dife-
Português linguagens: volume 3 / Wiliam Roberto Ce- rentes na pronúncia:
reja, Thereza Cochar Magalhães. – 7.ª ed. Reform. – São rego (subst.) e rego (verbo); colher (verbo) e colher
Paulo: Saraiva, 2010. (subst.); jogo (subst.) e jogo (verbo); denúncia (subst.) e de-
nuncia (verbo); providência (subst.) e providencia (verbo).
SITE
http://www.portugues.com.br/gramatica/colocacao- B) Homófonas: são palavras iguais na pronúncia e di-
-pronominal-.html ferentes na escrita:
acender (atear) e ascender (subir); concertar (harmoni-
Observação: Não foram encontradas questões zar) e consertar (reparar); cela (compartimento) e sela (ar-
abrangendo tal conteúdo. reio); censo (recenseamento) e senso (juízo); paço (palácio)
e passo (andar).
SINÔNIMOS E ANTÔNIMOS. SENTIDO C) Homógrafas e homófonas simultaneamente (ou
PRÓPRIO E FIGURADO DAS PALAVRAS. perfeitas): São palavras iguais na escrita e na pronúncia:
caminho (subst.) e caminho (verbo); cedo (verbo) e cedo
(adv.); livre (adj.) e livre (verbo).
LÍNGUA PORTUGUESA

SIGNIFICADO DAS PALAVRAS  Parônimos = palavras com sentidos diferentes,


porém de formas relativamente próximas. São palavras
Semântica é o estudo da significação das palavras e parecidas na escrita e na pronúncia: cesta (receptáculo de
das suas mudanças de significação através do tempo ou vime; cesta de basquete/esporte) e sesta (descanso após o
em determinada época. A maior importância está em dis- almoço), eminente (ilustre) e iminente (que está para ocor-
tinguir sinônimos e antônimos (sinonímia / antonímia) e rer), osso (substantivo) e ouço (verbo), sede (substantivo e/
homônimos e parônimos (homonímia / paronímia). ou verbo “ser” no imperativo) e cede (verbo), comprimento
(medida) e cumprimento (saudação), autuar (processar) e

82
atuar (agir), infligir (aplicar pena) e infringir (violar), defe- jornais, regulamentos, manuais de instrução, bulas de
rir (atender a) e diferir (divergir), suar (transpirar) e soar medicamentos, textos científicos, entre outros. A palavra
(emitir som), aprender (conhecer) e apreender (assimilar; “pau”, por exemplo, em seu sentido denotativo é apenas
apropriar-se de), tráfico (comércio ilegal) e tráfego (relativo um pedaço de madeira. Outros exemplos:
a movimento, trânsito), mandato (procuração) e mandado O elefante é um mamífero.
(ordem), emergir (subir à superfície) e imergir (mergulhar, As estrelas deixam o céu mais bonito!
afundar).
B) Conotação
4. Hiperonímia e Hiponímia Uma palavra é usada no sentido conotativo quando
apresenta diferentes significados, sujeitos a diferentes in-
Hipônimos e hiperônimos são palavras que pertencem terpretações, dependendo do contexto em que esteja in-
a um mesmo campo semântico (de sentido), sendo o hi- serida, referindo-se a sentidos, associações e ideias que
pônimo uma palavra de sentido mais específico; o hiperô- vão além do sentido original da palavra, ampliando sua
nimo, mais abrangente. significação mediante a circunstância em que a mesma
O hiperônimo impõe as suas propriedades ao hipô- é utilizada, assumindo um sentido figurado e simbólico.
nimo, criando, assim, uma relação de dependência se- Como no exemplo da palavra “pau”: em seu sentido cono-
mântica. Por exemplo: Veículos está numa relação de hi- tativo ela pode significar castigo (dar-lhe um pau), repro-
peronímia com carros, já que veículos é uma palavra de vação (tomei pau no concurso).
significado genérico, incluindo motos, ônibus, caminhões. A conotação tem como finalidade provocar sentimen-
Veículos é um hiperônimo de carros. tos no receptor da mensagem, através da expressividade e
Um hiperônimo pode substituir seus hipônimos em afetividade que transmite. É utilizada principalmente numa
quaisquer contextos, mas o oposto não é possível. A utili- linguagem poética e na literatura, mas também ocorre em
zação correta dos hiperônimos, ao redigir um texto, evita conversas cotidianas, em letras de música, em anúncios
a repetição desnecessária de termos. publicitários, entre outros. Exemplos:
Você é o meu sol!
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS Minha vida é um mar de tristezas.
SACCONI, Luiz Antônio. Nossa gramática completa Você tem um coração de pedra!
Sacconi. 30.ª ed. Rev. São Paulo: Nova Geração, 2010.
Português linguagens: volume 1 / Wiliam Roberto Ce-
#FicaDica
reja, Thereza Cochar Magalhães. – 7.ª ed. Reform. – São
Paulo: Saraiva, 2010. Procure associar Denotação com Dicionário:
Português: novas palavras: literatura, gramática, reda- trata-se de definição literal, quando o termo é
ção / Emília Amaral... [et al.]. – São Paulo: FTD, 2000. utilizado com o sentido que consta no dicio-
XIMENES, Sérgio. Minidicionário Ediouro da Lìngua nário.
Portuguesa – 2.ª ed. reform. – São Paulo: Ediouro, 2000.

SITE REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS


http://www.coladaweb.com/portugues/sinonimos,- SACCONI, Luiz Antônio. Nossa gramática completa
-antonimos,-homonimos-e-paronimos Sacconi. 30.ª ed. Rev. São Paulo: Nova Geração, 2010.
Português linguagens: volume 1 / Wiliam Roberto Ce-
DENOTAÇÃO E CONOTAÇÃO reja, Thereza Cochar Magalhães. – 7.ª ed. Reform. – São
Paulo: Saraiva, 2010.
Exemplos de variação no significado das palavras:
Os domadores conseguiram enjaular a fera. (sentido li- SITE
teral) http://www.normaculta.com.br/conotacao-e-denota-
Ele ficou uma fera quando soube da notícia. (sentido cao/
figurado)
Aquela aluna é fera na matemática. (sentido figurado) POLISSEMIA
As variações nos significados das palavras ocasionam
o sentido denotativo (denotação) e o sentido conotativo Polissemia é a propriedade de uma palavra adquirir
(conotação) das palavras. multiplicidade de sentidos, que só se explicam dentro de
um contexto. Trata-se, realmente, de uma única palavra,
A) Denotação mas que abarca um grande número de significados dentro
Uma palavra é usada no sentido denotativo quando de seu próprio campo semântico.
apresenta seu significado original, independentemente Reportando-nos ao conceito de Polissemia, logo per-
LÍNGUA PORTUGUESA

do contexto em que aparece. Refere-se ao seu significado cebemos que o prefixo “poli” significa multiplicidade de
mais objetivo e comum, aquele imediatamente reconheci- algo. Possibilidades de várias interpretações levando-se
do e muitas vezes associado ao primeiro significado que em consideração as situações de aplicabilidade. Há uma
aparece nos dicionários, sendo o significado mais literal infinidade de exemplos em que podemos verificar a ocor-
da palavra. rência da polissemia:
A denotação tem como finalidade informar o receptor O rapaz é um tremendo gato.
da mensagem de forma clara e objetiva, assumindo um O gato do vizinho é peralta.
caráter prático. É utilizada em textos informativos, como Precisei fazer um gato para que a energia voltasse.

83
Pedro costuma fazer alguns “bicos” para garantir sua (http://www.humorbabaca.com/fotos/diversas/corto-
sobrevivência -cabelo-e-pinto. Acesso em 15/9/2014).
O passarinho foi atingido no bico.
Poderíamos corrigir o cartaz de inúmeras maneiras,
Nas expressões polissêmicas rede de deitar, rede de mas duas seriam:
computadores e rede elétrica, por exemplo, temos em Corte e coloração capilar
comum a palavra “rede”, que dá às expressões o sentido ou
de “entrelaçamento”. Outro exemplo é a palavra “xadrez”, Faço corte e pintura capilar
que pode ser utilizada representando “tecido”, “prisão” ou
“jogo” – o sentido comum entre todas as expressões é o REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
formato quadriculado que têm. Português linguagens: volume 1 / Wiliam Roberto Ce-
reja, Thereza Cochar Magalhães. – 7.ª ed. Reform. – São
1. Polissemia e homonímia Paulo: Saraiva, 2010.
A confusão entre polissemia e homonímia é bastante SACCONI, Luiz Antônio. Nossa gramática completa
comum. Quando a mesma palavra apresenta vários signifi- Sacconi. 30.ª ed. Rev. São Paulo: Nova Geração, 2010.
cados, estamos na presença da polissemia. Por outro lado,
quando duas ou mais palavras com origens e significados SITE
distintos têm a mesma grafia e fonologia, temos uma ho- http://www.brasilescola.com/gramatica/polissemia.htm
monímia.
A palavra “manga” é um caso de homonímia. Ela pode
significar uma fruta ou uma parte de uma camisa. Não é
polissemia porque os diferentes significados para a pala- EXERCÍCIO COMENTADO
vra “manga” têm origens diferentes. “Letra” é uma palavra
polissêmica: pode significar o elemento básico do alfabe- 1. (SUSAM-AM – ASSISTENTE ADMINISTRATIVO
to, o texto de uma canção ou a caligrafia de um determi-
– FGV – 2014) “o país teve de recorrer a um programa de
nado indivíduo. Neste caso, os diferentes significados es-
racionamento”. Assinale a opção que apresenta a forma
tão interligados porque remetem para o mesmo conceito,
de reescrever esse segmento, que altera o seu sentido
o da escrita.
original.
a) O Brasil foi obrigado a recorrer a um programa de
2. Polissemia e ambiguidade
racionamento.
Polissemia e ambiguidade têm um grande impacto na
b) O país teve como recurso recorrer a um programa
interpretação. Na língua portuguesa, um enunciado pode
ser ambíguo, ou seja, apresentar mais de uma interpreta- de racionamento.
ção. Esta ambiguidade pode ocorrer devido à colocação c) O Brasil foi levado a recorrer a um programa de
específica de uma palavra (por exemplo, um advérbio) em racionamento.
uma frase. Vejamos a seguinte frase: d) O país obrigou-se a recorrer a um programa de
Pessoas que têm uma alimentação equilibrada frequen- racionamento.
temente são felizes. e) O Brasil optou por um programa de racionamento.
Neste caso podem existir duas interpretações diferen-
tes: Resposta: Letra E. “o país teve de recorrer a um pro-
As pessoas têm alimentação equilibrada porque são feli- grama de racionamento”. Assinale a opção que apre-
zes ou são felizes porque têm uma alimentação equilibrada. senta a forma de reescrever esse segmento, QUE
De igual forma, quando uma palavra é polissêmica, ela ALTERA O SEU SENTIDO ORIGINAL.
pode induzir uma pessoa a fazer mais do que uma inter- Em “a”: O Brasil foi obrigado a recorrer a um progra-
pretação. Para fazer a interpretação correta é muito im- ma de racionamento = mesmo sentido.
portante saber qual o contexto em que a frase é proferida. Em “b”: O país teve como recurso recorrer a um pro-
Muitas vezes, a disposição das palavras na construção grama de racionamento = mesmo sentido.
do enunciado pode gerar ambiguidade ou, até mesmo, Em “c”: O Brasil foi levado a recorrer a um programa de
comicidade. Repare na figura abaixo: racionamento = mesmo sentido.
Em “d”: O país obrigou-se a recorrer a um programa
de racionamento = mesmo sentido.
Em “e”: O Brasil optou por um programa de raciona-
mento = mudança de sentido (segundo o enunciado,
o país não teve outra opção a não ser recorrer. Na al-
ternativa, provavelmente havia outras opções, e o país
LÍNGUA PORTUGUESA

escolheu a de “recorrer”).

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HORA DE PRATICAR!

1. (MAPA – Auditor Fiscal Federal Agropecuário – Médico Veterinário – Superior – ESAF – 2017) Assinale a opção
que apresenta desvio de grafia da palavra.
A acupuntura é uma terapia da medicina tradicional chinesa que favorece a regularização dos processos fisiológicos do
corpo, no sentido de promover ou recuperar o estado natural de saúde e equilíbrio. Pode ser usada preventivamente (1)
para evitar o desenvolvimento de doenças, como terapia curativa no caso de a doença estar instalada ou como método
paliativo (2) em casos de doenças crônicas de difícil tratamento. Tem também uma ação importante na medicina rejenera-
tiva (3) e na reabilitação. O tratamento de acupuntura consiste na introdução de agulhas filiformes no corpo dos animais.
Em geral são deixadas cerca de 15 a 20 minutos. A colocação das agulhas não é dolorosa para os animais e é possível
observar durante os tratamentos diferentes reações fisiológicas (4), indicadoras de que o tratamento está atingindo o
efeito terapêutico (5) desejado.
Disponível: <http://www.veterinariaholistica.net/acupuntura-fitoterapia-e-homeopatia.html/>. Acesso em 28/11/2017.
(Com adaptações)

a) (1)
b) (2)
c) (3)
d) (4)
e) (5)

2. (TRT – 21.ª Região-RN – Técnico Judiciário – Área Administrativa – Médio – FCC – 2017) Respeitando-se as
normas de redação do Manual da Presidência da República, a frase correta é:

a) Solicito a Vossa Senhoria que verifique a possibilidade de implementação de projeto de treinamento de pessoal para
operar os novos equipamentos gráficos a serem instalados em seu setor.
b) Venho perguntar-lhe, por meio desta, sobre a data em que Vossa Excelência pretende nomear vosso representante
na Comissão Organizadora.
c) Digníssimo Senhor: eu venho por esse comunicado, informar, que será organizado seminário, sobre o uso eficiente
de recursos hídricos, em data ainda a ser definida.
d) Haja visto que o projeto anexo contribue para o desenvolvimento do setor em questão, informamos, por meio deste
Ofício, que será amplamente analisado por especialistas.
e) Neste momento, conforme solicitação enviada à Vossa Senhoria anexo, não se deve adotar medidas que possam
com- prometer vossa realização do projeto mencionado.

3. (TRE-MS – Estágio – Jornalismo – TRE-MS – 2014) Analise as assertivas abaixo:

I. O ladrão era de menor.


II. Não há regra sem exceção.
III. É mais saudável usar menas roupa no calor.
IV. O policial foi à delegacia em compania do meliante.
V. Entre eu e você não existe mais nada.

A opção que apresenta vícios de linguagem é:

a) I e III.
b) I, II e IV.
c) II e IV.
d) I, III, IV e V.
e) III, IV e V.

4. (TRE-MS – Estágio – Jornalismo – TRE-MS – 2014) De acordo com a nova ortografia, assinale o item em que todas
LÍNGUA PORTUGUESA

as palavras estão corretas:

a) autoajuda – anti-inflamatório – extrajudicial.


b) supracitado – semi-novo – telesserviço.
c) ultrassofisticado – hidro-elétrica – ultra-som.
d) contrarregra – autopista – semi-aberto.
e) contrarrazão – infra-estrutura – coprodutor.

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5. (TRE-MS – Estágio – Jornalismo – TRE-MS – 2014) O uso correto do porquê está na opção:

a) Por quê o homem destrói a natureza?


b) Ela chorou por que a humilharam.
c) Você continua implicando comigo porque sou pobre?
d) Ninguém sabe o por quê daquele gesto.
e) Ela me fez isso, porquê?

6. (TJ-PA – Médico Psiquiatra – Superior – VUNESP – 2014)

Assinale a alternativa que completa, correta e respectivamente, as lacunas, de acordo com a norma-padrão da língua
portuguesa, considerando que o termo que preenche a terceira lacuna é empregado para indicar que um evento está
prestes a acontecer

a) anúncio ... A ... Iminente.


b) anuncio ... À ... Iminente.
c) anúncio ... À ... Iminente.
d) anúncio ... A ... Eminente.
e) anuncio ... À ... Eminente.

7. (CEFET-RJ – REVISOR DE TEXTOS – CESGRANRIO – 2014) Observe a grafia das palavras do trecho a seguir.
A macro-história da humanidade mostra que todos encaram os relatos pessoais como uma forma de se manterem vivos.
Desde a idade do domínio do fogo até a era das multicomunicações, os homens tem demonstrado que querem pôr sua
marca no mundo porque se sentem superiores.
A palavra que NÃO está grafada corretamente é

a) macro-história.
b) multicomunicações.
c) tem.
d) pôr.
e) porque.

8. (Liquigás – Profissional Júnior – Ciências Contábeis – cegranrio – 2014) O grupo em que todas as palavras estão
grafadas de acordo com a norma-padrão da Língua Portuguesa é

a) gorjeta, ogeriza, lojista, ferrujem


b) pedágio, ultrage, pagem, angina
c) refújio, agiota, rigidez, rabujento
d) vigência, jenipapo, fuligem, cafajeste
e) sargeta, jengiva, jiló, lambujem

9. (SIMAE – Agente Administrativo – ASSCON-PP – 2014) Assinale a alternativa que apresenta apenas palavras es-
LÍNGUA PORTUGUESA

critas de forma incorreta.

a) Cremoso, coragem, cafajeste, realizar;


b) Caixote, encher, análise, poetisa;
c) Traje, tanger, portuguesa, sacerdotisa;
d) Pagem, mujir, vaidozo, enchergar;

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10. (Receita Federal – Auditor Fiscal – ESAF – 2014) d) A reportagem sobre fascínoras famosos não foi nada
Assinale a opção que corresponde a erro gramatical ou positiva para o público jovem que estava presente, de
de grafia de palavra inserido na transcrição do texto. que se desculparam os idealizadores do programa.
e) Estudantes e professores são entusiastas de oferecer
A Receita Federal nem sempre teve esse (1) nome. Secre- aos jovens ingressantes no curso o compartilhamento
taria da Receita Federal é apenas a mais recente denomi- de projetos, com que serão também autores.
nação da Administração Tributária Brasileira nestes cinco
séculos de existência. Sua criação tornou-se (2) necessária 13. (TRE-MS – Estágio – Jornalismo – TRE-MS – 2014)
para modernizar a máquina arrecadadora e fiscalizadora, A acentuação correta está na alternativa:
bem como para promover uma maior integração entre o
Fisco e os Contribuintes, facilitando o cumprimento ex- a) eu abençôo – eles crêem – ele argúi.
pontâneo (3) das obrigações tributárias e a solução dos b) platéia – tuiuiu – instrui-los.
eventuais problemas, bem como o acesso às (4) informa- c) ponei – geléia – heroico.
ções pessoais privativas de interesse de cada cidadão. O d) eles têm – ele intervém – ele constrói.
surgimento da Secretaria da Receita Federal representou e) lingüiça – feiúra – idéia.
um significativo avanço na facilitação do cumprimento
das obrigações tributárias, contribuindo para o aumento 14. (EBSERH – HUCAM-UFES – Advogado – AOCP –
da arrecadação a partir (5) do final dos anos 60. 2014) A palavra que está acentuada corretamente é:
(Adaptado de <http://www.receita.fazenda.gov.br/srf/
historico.htm>. Acesso em: 17 mar. 2014.) a) Históriar.
b) Memórial.
a) (1). c) Métodico.
b) (2). d) Própriedade.
c) (3). e) Artifício.
d) (4).
e) (5). 15. (prodam-am – assistente – funcab – 2014 – adap-
tada) Assinale a opção em que o par de palavras foi
acentuado segundo a mesma regra.
11. (Estrada de Ferro Campos do Jordão-SP – Analista
Ferroviário – Oficinas – Elétrica – IDERH – 2014) Leia
a) saúde-países
as orações a seguir:
b) Etíope-juízes
Minha mãe sempre me aconselha a evitar as _____ compa-
c) olímpicas-automóvel
nhias. (mas/más)
d) vocês-público
A cauda do vestido da noiva tinha um _________ enorme.
e) espetáculo-mensurável
(cumprimento/comprimento)
Precisamos fazer as compras do mês, pois a _________ está 16. (Advocacia Geral da União – Técnico em Contabi-
vazia. (despensa/dispensa). lidade – idecan – 2014) Os vocábulos “cinquentenário”
e “império” são acentuados devido à mesma justificativa.
Completam, correta e respectivamente, as lacunas acima O mesmo ocorre com o par de palavras apresentado em
os expostos na alternativa:
a) prêmio e órbita.
a) mas – cumprimento – despensa. b) rápida e tráfego
b) más – comprimento – despensa. c) satélite e ministério.
c) más – cumprimento – dispensa. d) pública e experiência.
d) mas – comprimento – dispensa. e) sexagenário e próximo.
e) más – comprimento – dispensa.
17. (Rioprevidência – Especialista em Previdência So-
12. (TRT-2ª REGIÃO-SP – Técnico Judiciário - Área Ad- cial – ceperj – 2014) A palavra “conteúdo” recebe acen-
ministrativa – Médio – FCC – 2014) Está redigida com tuação pela mesma razão de:
clareza e em consonância com as regras da gramática
normativa a seguinte frase: a) juízo
b) espírito
a) Queremos, ou não, ele será designado para dar a pa- c) jornalístico
lavra final sobre a polêmica questão, que, diga-se de d) mínimo
LÍNGUA PORTUGUESA

passagem, tem feito muitos exitarem em se pronun- e) disponíveis


ciar.
b) Consultaram o juíz acerca da possibilidade de voltar 18. (Ministério do Meio Ambiente – icmbio – cespe –
atraz na suspensão do jogador, mas ele foi categórico 2014) A mesma regra de acentuação gráfica se aplica aos
quanto a impossibilidade de rever sua posição. vocábulos “Brasília”, “cenário” e “próprio”.
c) Vossa Excelência leu o documento que será apresen-
tado em rede nacional daqui a pouco, pela voz de Sua ( ) CERTO ( ) ERRADO
Excelência, o Senhor Ministro da Educação?

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19. (Prefeitura de Balneário Camboriú-sc – Guarda 25. (TJ-BA – Técnico Judiciário – Área Administrativa
Municipal – fepese – 2014 – adaptada) Assinale a alter- – Médio – FGV – 2015)
nativa em que todas as palavras são oxítonas. Texto 3 – “A Lua Cheia entra em sua fase Crescente no
signo de Gêmeos e vai movimentar tudo o que diz respeito
a) pé, lá, pasta à sua vida profissional e projetos de carreira. Os próximos
b) mesa, tábua, régua dias serão ótimos para dar andamento a projetos que co-
c) livro, prova, caderno meçaram há alguns dias ou semanas. Os resultados che-
d) parabéns, até, televisão garão rapidamente”.
e) óculos, parâmetros, título
O texto 3 mostra exemplos de emprego correto do “a”
20. (Advocacia Geral da União – Técnico em Comunica- com acento grave indicativo da crase – “diz respeito à sua
ção Social – idecan – 2014) Assinale a alternativa em que vida profissional”. A frase abaixo em que o emprego do
a acentuação de todas as palavras está de acordo com a acento grave da crase é corretamente empregado é:
mesma regra da palavra destacada: “Procuradorias compro-
vam necessidade de rendimento satisfatório para renovação
a) o texto do horóscopo veio escrito à lápis;
do FIES”.
b) começaram à chorar assim que leram as previsões;
c) o horóscopo dizia à cada leitora o que devia fazer;
a) após / pó / paletó
b) moído / juízes / caído d) o leitor estava à procura de seu destino;
c) história / cárie / tênue e) o astrólogo previa o futuro passo à passo
d) álibi / ínterim / político
e) êxito / protótipo / ávido 26. (Prefeitura de Sertãozinho-SP – Farmacêutico –
Superior – VUNESP – 2017) O sinal indicativo de crase
21. (Prefeitura de Brusque-sc – Educador Social – fepe- está empregado corretamente nas duas ocorrências na
se – 2014) Assinale a alternativa em que só palavras paro- alternativa:
xítonas estão apresentadas.
a) Muitos indivíduos são propensos à associar, inadverti-
a) facilitada, minha, canta, palmeiras damente, tristeza à depressão.
b) maná, papá, sinhá, canção b) As pessoas não querem estar à mercê do sofrimento,
c) cá, pé, a, exílio por isso almejam à pílula da felicidade.
d) terra, pontapé, murmúrio, aves c) À proporção que a tristeza se intensifica e se prolonga,
e) saúde, primogênito, computador, devêssemos pode-se, à primeira vista, pensar em depressão.
d) À rigor, os especialistas não devem receitar remédios
22. (Ministério do Desenvolvimento Agrário – Técnico às pessoas antes da realização de exames acurados.
em Agrimensura – funcab – 2014) A alternativa que apre- e) Em relação à informação da OMS, conclui-se que exis-
senta palavra acentuada por regra diferente das demais é: tem 121 milhões de pessoas à serem tratadas de de-
pressão.
a) dúvidas.
b) muitíssimos. 27. (TRT – 21.ª Região-RN – Técnico Judiciário – Área
c) fábrica. Administrativa – Médio – FCC – 2017) É difícil planejar
d) mínimo. uma cidade e resistir à tentação de formular um projeto
e) impossível.
de sociedade.
O sinal indicativo de crase deverá ser mantido caso o ver-
23. (prodam-am – Assistente de Hardware – funcab –
bo sublinhado acima seja substituído por:
2014) Assinale a alternativa em que todas as palavras fo-
ram acentuadas segundo a mesma regra.
a) não acatar.
a) indivíduos - atraí(-las) - período b) driblar.
b) saíram – veículo - construído c) controlar.
c) análise – saudável - diálogo d) superar.
d) hotéis – critérios - através e) não sucumbir.
e) econômica – após – propósitos
28. (TRT – 21.ª Região-RN – Técnico Judiciário – Área
24. (Corpo de Bombeiros Militar-pi – Curso de Formação Administrativa – Médio – FCC – 2017) A frase em que
de Soldados – uespi – 2014) “O evento promove a saúde há uso adequado do sinal indicativo de crase encontra-se
LÍNGUA PORTUGUESA

de modo integral.” A regra que justifica o acento gráfico no em:


termo destacado é a mesma que justifica o acento em:
a) A tendência de recorrer à adaptações aparece com
a) “remédio”. maior força na Hollywood do século 21.
b) “cajú”. b) É curioso constatar a rapidez com que o cinema agre-
c) “rúbrica”. gou à máxima.
d) “fráude”. c) A busca pela segurança leva os estúdios à apostarem
e) “baú”. em histórias já testadas e aprovadas.

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d) Tal máxima aplica-se perfeitamente à criação de peças a) Acostumou-se àquela situação, já que não sabia como
de teatro. evitá-la.
e) Há uma massa de escritores presos à contratos fixos b) Informou à paciente que os remédios haviam surtido
em alguns estúdios. efeito.
c) Vou ficar irritada se você não me deixar assistir à no-
29. (Prefeitura de Marília-SP – Auxiliar de Escrita – vela.
Médio – VUNESP – 2017) Assinale a alternativa em que d) Acabou se confundindo, após usar à exaustão a velha
o sinal indicativo de crase está empregado corretamen- fórmula.
te. e) Comunique às minhas alunas que as provas estão cor-
rigidas.
a) A voluntária aconselhou a remetente à esquecer o
amor de infância. 33. (TRT-AL – Analista Judiciário – Superior – FCC–
b) O carteiro entregou às voluntárias do Clube de Julieta 2014) ... que acompanham as fronteiras ocidentais chi-
uma nova remessa de cartas. nesas...
c) O médico ofereceu à um dos remetentes apoio psi- O verbo que, no contexto, exige o mesmo tipo de com-
cológico. plemento que o da frase acima está em:
d) As integrantes do Clube levaram horas respondendo
à diversas cartas. a) A Rota da Seda nunca foi uma rota única...
e) O Clube sugeriu à algumas consulentes que fizessem b) Esses caminhos floresceram durante os primórdios da
novas amizades. Idade Média.
c) ... viajavam por cordilheiras...
30. (prefeitura de são Paulo-sp – técnico em saúde d) ... até cair em desuso, seis séculos atrás.
– laboratório – médio – vunesp – 2014) Reescrevendo- e) O maquinista empurra a manopla do acelerador.
-se o segmento frasal – ... incitá-los a reagir e a enfrentar
o desconforto, ... –, de acordo com a regência e o acento 34. (CASAL-AL – Administrador De Rede – COPEVE –
indicativo da crase, tem-se: UFAL – 2014) Na afirmação abaixo, de Padre Vieira,
“O trigo não picou os espinhos, antes os espinhos o picaram
a ele... Cuidais que o sermão vos picou a vós” o substantivo
a) ... incitá-los à reação e ao enfrentamento do descon-
“espinhos” tem, respectivamente, função sintática de,
forto, ...
b) ... incitá-los a reação e o enfrentamento do desconforto,
a) objeto direto/objeto direto.
...
b) sujeito/objeto direto.
c) ... incitá-los à reação e à enfrentamento do desconforto,
c) objeto direto/sujeito.
...
d) objeto direto/objeto indireto.
d) ... incitá-los à reação e o enfrentamento do desconforto,
e) sujeito/objeto indireto.
...
e) ... incitá-los a reação e à enfrentamento do desconforto, 35. (CASAL-AL – Administrador De Rede – COPEVE –
.. UFAL – 2014) No texto, “Arranca o estatuário uma pedra
dessas montanhas, tosca, bruta, dura, informe; e, depois
31. (CONAB – Contabilidade – Superior – IADES – que desbastou o mais grosso, toma o maço e cinzel na
2014 – adaptada) Considerando o trecho “atualizou os mão para começar a formar um homem, primeiro mem-
dados relativos à produção de grãos no Brasil.” e confor- bro a membro e depois feição por feição.”
me a norma-padrão, assinale a alternativa correta. VIEIRA, P. A. In Sermão do Espírito Santo. Acervo da Aca-
demia Brasileira de Letras
a) a crase foi empregada indevidamente no trecho. A oração sublinhada exerce uma função de
b) o autor poderia não ter empregado o sinal indicativo
de crase. a) causalidade.
c) se “produção” estivesse antecedida por essa, o uso do b) conclusão.
sinal indicativo de crase continuaria obrigatório. c) oposição.
d) se, no lugar de “relativos”, fosse empregado referen- d) concessão.
tes, o uso do sinal indicativo de crase passaria a ser e) finalidade.
facultativo.
e) caso o vocábulo minha fosse empregado imediata- 36. (EBSERH – HUCAM-UFES – Advogado – Superior
mente antes de “produção”, o uso do sinal indicativo – AOCP – 2014) Em “Se a ‘cura’ fosse cara, apenas uma
LÍNGUA PORTUGUESA

de crase seria facultativo. pequena fração da sociedade teria acesso a ela.”, a expres-
são em destaque funciona como:
32. (Sabesp-SP – atendente a clientes – Médio – fcc
– 2014 – adaptada) No trecho Refiro-me aos livros que a) objeto direto.
foram escritos e publicados, mas estão – talvez para sem- b) adjunto adnominal.
pre – à espera de serem lidos, o uso do acento de crase c) complemento nominal.
obedece à mesma regra seguida em: d) sujeito paciente.
e) objeto indireto.

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37. (EBSERH – HUSM-UFSM-RS – Analista Adminis- c) “bêbados” e “criminosos” apresentam-se na função de
trativo – Jornalismo – Superior – AOCP – 2014) sujeito.
“Sinta-se ungido pela sorte de recomeçar. Quando seu fi- d) “facas” possui a mesma função sintática que “bêba-
lho crescer, ele irá entender - mais cedo ou mais tarde -...” dos” e “relatório”.
No período acima, a oração destacada: e) “de criminosos”, “na estrada”, “na delegacia” são ter-
mos que indicam circunstâncias que caracterizam a ação
a) estabelece uma relação temporal com a oração que verbal.
lhe é subsequente.
b) estabelece uma relação temporal com a oração que a 42. (TJ-SP – Escrevente Técnico Judiciário – Médio –
antecede. VUNESP – 2015) Leia o texto, para responder às ques-
c) estabelece uma relação condicional com a oração que tões.
lhe é subsequente. O fim do direito é a paz, o meio de que se serve para
d) estabelece uma relação condicional com a oração que consegui-lo é a luta. Enquanto o direito estiver sujeito
a antecede. às ameaças da injustiça – e isso perdurará enquanto o
e) estabelece uma relação de finalidade com a oração mundo for mundo –, ele não poderá prescindir da luta.
que lhe é subsequente. A vida do direito é a luta: luta dos povos, dos governos,
das classes sociais, dos indivíduos.
38. (prodam-am – Assistente de Hardware – funcab – Todos os direitos da humanidade foram conquistados
2014) O termo destacado em: “As pessoas estão sempre pela luta; seus princípios mais importantes tiveram de
muito ATAREFADAS.” exerce a seguinte função sintática: enfrentar os ataques daqueles que a ele se opunham;
todo e qualquer direito, seja o direito de um povo, seja
a) objeto direto. o direito do indivíduo, só se afirma por uma disposição
b) objeto indireto. ininterrupta para a luta. O direito não é uma simples
c) adjunto adverbial. ideia, é uma força viva. Por isso a justiça sustenta numa
d) predicativo. das mãos a balança com que pesa o direito, enquanto
e) adjunto adnominal. na outra segura a espada por meio da qual o defende.
A espada sem a balança é a força bruta, a balança sem a
39. (trt-13ª região-pb – Técnico Judiciário – Tecnolo- espada, a impotência do direito. Uma completa a outra,
gia da Informação – Médio – fcc – 2014) Ao mesmo e o verdadeiro estado de direito só pode existir quando
tempo, as elites renunciaram às ambições passadas... a justiça sabe brandir a espada com a mesma habilidade
O verbo que, no contexto, exige o mesmo tipo de com- com que manipula a balança.
plemento que o grifado acima está empregado em: O direito é um trabalho sem tréguas, não só do Poder
Público, mas de toda a população. A vida do direito nos
a) Faltam-nos precedentes históricos para... oferece, num simples relance de olhos, o espetáculo de
b) Nossos contemporâneos vivem sem esse futuro... um esforço e de uma luta incessante, como o despendi-
c) Esse novo espectro comprova a novidade de nossa si- do na produção econômica e espiritual. Qualquer pes-
tuação... soa que se veja na contingência de ter de sustentar seu
d) As redes sociais eram atividades de difícil direito participa dessa tarefa de âmbito nacional e con-
implementação... tribui para a realização da ideia do direito. É verdade que
e) ... como se imitássemos o padrão de conforto... nem todos enfrentam o mesmo desafio.
A vida de milhares de indivíduos desenvolve-se tranqui-
40. (Cia de Serviços de Urbanização de Guarapuava- lamente e sem obstáculos dentro dos limites fixados pelo
-pr – Agente de Trânsito – consulplam – 2014) Quanto direito. Se lhes disséssemos que o direito é a luta, não
à função que desempenha na sintaxe da oração, o tre- nos compreenderiam, pois só veem nele um estado de
cho em destaque “Tenho uma dor que passa daqui pra lá paz e de ordem.
e de lá pra cá” corresponde a: (Rudolf von Ihering, A luta pelo direito)

a) Oração subordinada adjetiva restritiva. Assinale a alternativa em que uma das vírgulas foi em-
b) Oração subordinada adjetiva explicativa. pregada para sinalizar a omissão de um verbo, tal como
c) Adjunto adnominal. ocorre na passagem – A espada sem a balança é a força
d) Oração subordinada adverbial espacial. bruta, a balança sem a espada, a impotência do direito.

41. (Advocacia-Geral da União – Técnico em Comu- a) O direito, no sentido objetivo, compreende os princí-
nicação Social – idecan – 2014) Acerca das relações pios jurídicos manipulados pelo Estado.
LÍNGUA PORTUGUESA

sintáticas que ocorrem no interior do período a seguir b) Todavia, não pretendo entrar em minúcias, pois nunca
“Policiais de Los Angeles tomam facas de criminosos, per- chegaria ao fim.
seguem bêbados na estrada e terminam o dia na delega- c) Do autor exige-se que prove, até o último centavo, o
cia fazendo seu relatório.”, é correto afirmar que interesse pecuniário.
d) É que, conforme já ressaltei várias vezes, a essência do
a) “o dia” é sujeito do verbo “terminar”. direito está na ação.
b) o sujeito do período, Policiais de Los Angeles, é com- e) A cabeça de Jano tem face dupla: a uns volta uma das
posto. faces, aos demais, a outra.

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43. TJ-BA – Técnico Judiciário – Área Administrativa – a) O uso da vírgula entre as orações é opcional.
Médio – FGV – 2015 b) A redação “Enquanto lia a carta, as lágrimas rolavam
em seu rosto por que sentia um misto de amor e sauda-
Texto 2 - “A primeira missão tripulada ao espaço profun- de.” poderia substituir a original.
do desde o programa Apollo, da década 1970, com o ob- c) O uso do hífen seria obrigatório, caso o prefixo re fosse
jetivo de enviar astronautas a Marte até 2030 está sendo acrescentado ao vocábulo “lia”.
preparada pela Nasa (agência espacial norte-americana). d) Caso a ordem das orações fosse invertida, o uso da
O primeiro passo para a concretização desse desafio será vírgula entre elas poderia ser dispensado.
dado nesta sexta-feira (5), com o lançamento da cápsula e) Assim como o vocábulo “lágrimas”, devem ser acen-
Orion, da base da agência em Cabo Canaveral, na Fló- tuados graficamente rúbrica, filântropo e lúcida.
rida, nos Estados Unidos. O lançamento estava previsto
originalmente para esta quinta-feira (4), mas devido a 46. (TRE-MS – Estágio – Jornalismo – TRE-MS – 2014)
problemas técnicos foi reagendado para as 7h05 (10h05 Verifique a pontuação nas frases abaixo e marque a as-
sertiva correta:
no horário de Brasília).”
(Ciência, Internet Explorer).
a) Céus: Que injustiça.
b) O resultado do placar, não o abateu.
“com o lançamento da cápsula Orion, da base da agência
c) O comércio estava fechado; porém, a farmácia estava
em Cabo Canaveral, na Flórida, nos Estados Unidos.” em pleno atendimento.
Os termos sublinhados se encarregam da localização do d) Comam bastantes frutas crianças!
lançamento da cápsula referida; o critério para essa lo- e) Comprei abacate, e mamão maduro.
calização também foi seguido no seguinte caso: Os pro-
testos contra as cotas raciais ocorreram: 47. (SAAE-SP – Fiscal Leiturista – VUNESP – 2014)

a) em Brasília, Distrito Federal, na região Centro-Oeste;


b) em Porto Alegre, Rio Grande do Sul, região Sul;
c) em Pedrinhas, São Luís, Maranhão;
d) em São Paulo, São Paulo, Brasil;
e) em Goiânia, região Centro-Oeste, Brasil.

44. (TRT – 21.ª Região-RN – Técnico Judiciário – Área


Administrativa – Médio – FCC – 2017) Está plenamente
adequada a pontuação do seguinte período:

a) A produção cinematográfica como é sabido, sempre


bebeu na fonte da literatura, mas o cinema declarou-
-se, independente das outras artes há mais de meio
século.
b) Sabe-se que, a produção cinematográfica sempre
considerou a literatura como fonte de inspiração, mas
o cinema declarou-se independente das outras artes,
há mais de meio século.
c) Há mais de meio século, o cinema declarou-se inde-
pendente das outras artes, embora a produção cine-
matográfica tenha sempre considerado a literatura
Segundo a norma-padrão da língua portuguesa, a pon-
como fonte de inspiração.
tuação está correta em:
d) O cinema declarou-se independente, das outras ar-
tes, há mais de meio século; porém, sabe-se, que a a) Hagar disse, que não iria.
produção cinematográfica sempre bebeu na fonte da b) Naquela noite os Stevensens prometeram servir, bifes
literatura. e lagostas, aos vizinhos.
e) A literatura, sempre serviu de fonte inspiradora do ci- c) Chegou, o convite dos Stevensens, bife e lagostas: para
nema, mas este, declarou-se independente das outras Hagar e Helga
artes há mais de meio século − como é sabido.
LÍNGUA PORTUGUESA

d) “Eles são chatos e, nunca param de falar”, disse, Hagar


45. (Correios – Técnico em Segurança do Trabalho Jú- à Helga.
nior – Médio – IADES – 2017 – adaptada) Quanto às e) Helga chegou com o recado: fomos convidados, pelos
regras de ortografia e de pontuação vigentes, considere Stevensens, para jantar bifes e lagostas.
o período “Enquanto lia a carta, as lágrimas rolavam em
seu rosto numa mistura de amor e saudade.” e assinale a
alternativa correta.

91
42 E
GABARITO 43 A
44 C
1 C 45 D
2 A 46 C
3 D 47 E
4 A
5 C
6 A
7 C
8 D
9 D
10 C
11 B
12 C
13 D
14 E
15 A
16 B
17 A
18 CERTO
19 D
20 C
21 A
22 E
23 E
24 E
25 C
26 C
27 E
28 D
29 B
30 A
31 E
32 D
33 E
34 C
35 E
36 C
LÍNGUA PORTUGUESA

37 A
38 D
39 A
40 A
41 D

92
ÍNDICE

MATEMÁTICA
Resolução de situações-problema, envolvendo: adição, subtração,multiplicação, divisão, potenciação ou radiciação com núme-
ros racionais, nas suas representações fracionária ou decimal ............................................................................................................................01
Mínimo múltiplo comum; Máximo divisor comum ...................................................................................................................................................09
Porcentagem ............................................................................................................................................................................................................................11
Razão e proporção .................................................................................................................................................................................................................13
Regra de três simples ou composta ................................................................................................................................................................................16
Equações do 1.º ou do 2.º graus; Sistema de equações do 1.º grau .................................................................................................................19
Grandezas e medidas – quantidade, tempo, comprimento, superfície, capacidade e massa ..................................................................32
Relação entre grandezas – tabela ou gráfico;Tratamento da informação – média aritmética simples.................................................36
Noções de Geometria – forma, ângulos, área, perímetro, volume, Teoremas de Pitágoras ou de Tales. ............................................53
Raciocínio Lógico ....................................................................................................................................................................................................................79
Juros Simples e Composto ..................................................................................................................................................................................................97
m
n
1.2. Propriedades da Adição de Números Racio-
RESOLUÇÃO DE SITUAÇÕES-PROBLEMA, nais
ENVOLVENDO: ADIÇÃO, SUBTRAÇÃO,
MULTIPLICAÇÃO, DIVISÃO, POTENCIA- O conjunto é fechado para a operação de adição,
ÇÃO OU RADICIAÇÃO COM NÚMEROS isto é, a soma de dois números racionais resulta em um
RACIONAIS, NAS SUAS REPRESENTAÇÕES número racional.
- Associativa: Para todos em : a + ( b + c ) = ( a + b ) + c
FRACIONÁRIA OU DECIMAL.
- Comutativa: Para todos em : a + b = b + a
- Elemento neutro: Existe em , que adicionado a todo
em , proporciona o próprio , isto é: q + 0 = q
NÚMEROS RACIONAIS: FRAÇÕES, NÚMEROS - Elemento oposto: Para todo q em Q, existe -q em Q,
DECIMAIS E SUAS OPERAÇÕES tal que q + (–q) = 0

1. Números Racionais 1.3. Subtração de Números Racionais

Um número racional é o que pode ser escrito na for- A subtração de dois números racionais e é a própria
m operação de adição do número com o oposto de q, isto
ma n , onde m e n são números inteiros, sendo que n é: p – q = p + (–q)
deve ser diferente de zero. Frequentemente usamos m
para significar a divisão de m por n . n
1.4. Multiplicação (Produto) de Números Racio-
Como podemos observar, números racionais podem ser nais
obtidos através da razão entre dois números inteiros, razão
pela qual, o conjunto de todos os números racionais é de- Como todo número racional é uma fração ou pode
notado por Q. Assim, é comum encontrarmos na literatura ser escrito na forma de umaa fração,
c
definimos o produto
a notação: de dois números racionais b e d , da mesma forma que o
produto de frações, através de:
Q = { m : m e n em Z,n diferente de zero} a c a�c
n � =
No conjunto Q destacamos os seguintes subconjun-
b d b� d
tos: O produto dos números racionais a e b também pode
ser indicado por a × b, a.b ou ainda ab sem nenhum sinal

• 𝑄 = conjunto dos racionais não nulos; entre as letras.
• 𝑄+ = conjunto dos racionais não negativos; Para realizar a multiplicação de números racionais,
• 𝑄+∗
= conjunto dos racionais positivos; devemos obedecer à mesma regra de sinais que vale em
• 𝑄− = conjunto dos racionais não positivos; toda a Matemática:
• 𝑄−∗ = conjunto dos racionais negativos. (+1)�(+1) = (+1) – Positivo Positivo = Positivo
(+1)�(-1) = (-1) - Positivo Negativo = Negativo
(-1)�(+1) = (-1) - Negativo Positivo = Negativo
Módulo ou valor absoluto: É a distância do ponto
(-1)� (-1) = (+1) – Negativo Negativo = Positivo
que representa esse número ao ponto de abscissa zero.
3 3 3 3
Exemplo: Módulo de - 2 é 2 . Indica-se − =
2 2 #FicaDica
Módulo de+ 3 é 3 . Indica-se 3 3
= O produto de dois números com o mesmo
2 2 2 2
sinal é positivo, mas o produto de dois nú-
3 3 meros com sinais diferentes é negativo.
Números Opostos: Dizemos que− 2 e 2 são núme-
ros racionais opostos ou simétricos e cada um deles é
o oposto do outro. As distâncias dos pontos− 3 e 3 ao 1.5. Propriedades da Multiplicação de Números
2 2
ponto zero da reta são iguais. Racionais

1.1. Soma (Adição) de Números Racionais O conjunto Q é fechado para a multiplicação, isto é, o
produto de dois números racionais resultaem um número
Como todo número racional é uma fração ou pode ser racional.
escrito na forma de uma fração, definimos a adição entre - Associativa: Para todos a,b,c em Q: a ∙ ( b ∙ c ) = ( a ∙ b) ∙ c
a c
os números racionais e , , da mesma forma que a soma - Comutativa: Para todos a,b em Q: a ∙ b = b ∙ a
b d - Elemento neutro: Existe 1 em Q, que multiplicado
de frações, através de: por todo q em Q, proporciona o próprio q, isto é:
q∙1=q
a c a�d+b�c
MATEMÁTICA

b
+ = - Elemento inverso: Para todo q = b em Q,
a
a di-
q−1 =
b d b�d
ferente de zero, existe em Q: q � q−1 = 1, ou seja,
a b
b
×a =1

1
- Distributiva: Para todos a,b,c em Q: a ∙ ( b + c ) = ( a - Toda potência com expoente ímpar tem o mesmo
∙ b ) + ( a∙ c ) sinal da base.

1.6. Divisão de Números Racionais 3


2 2 2 2 8
  =   .  .   =
A divisão de dois números racionais p e q é a própria  3   3   3   3  27
operação de multiplicação do número p pelo inverso de
q, isto é: p ÷ q = p × q-1 - Toda potência com expoente par é um número po-
De maneira prática costuma-se dizer que em uma di- sitivo.
visão de duas frações, conserva-se a primeira fração e
multiplica-se pelo inverso da segunda:  1  1  1
2
1
Observação: É possível encontrar divisão de frações −  = −  .−  =
a  5   5   5  25
da seguinte forma: b
c .
. O procedimento de cálculo é o
mesmo.
d
- Produto de potências de mesma base. Para reduzir
1.7. Potenciação de Números Racionais um produto de potências de mesma base a uma
𝐧
só potência, conservamos a base e somamos os
A potência q do número racional é um produto expoentes.
de fatores iguais. O número é denominado a base e o
número é o expoente. 2 3 2+3 5
 2  2  2 2 2 2 2  2 2
n
q = q � q � q � q � . . .� q, (q aparece n vezes)   .   =  . . . .  =   = 
 5  5 5 55 5 5 5 5
Exs: - Quociente de potências de mesma base. Para re-
duzir um quociente de potências de mesma base
a)  2  =  2  .  2  .  2  =
3
8
a uma só potência, conservamos a base e subtraí-
125
5 3 5 5 5 mos os expoentes.
b)  − 1  =  − 1  .  − 1  .  − 1  = 1
  − 3 3 3 3 3
 2  2  2  2 8 5 . . . . 2 5− 2 3
c) (– 5)² = (– 5) � ( – 5) = 25 3 3 2 2 2 2 2 3 3
:
    = =   =  
2 2 3 3 2 2
d) (+5)² = (+5) � (+5) = 25 .
2 2
- Potência de Potência. Para reduzir uma potência de
1.8. Propriedades da Potenciação aplicadas a nú- potência a uma potência de um só expoente, con-
meros racionais servamos a base e multiplicamos os expoentes.

- Toda potência com expoente 0 é igual a 1. 3


 1  2   1  2  1  2  1  2  1  2+ 2+ 2  1  3+ 2  1  6
0    =   .  .  =   =  = 
 2  2    2   2   2   2  2 2
+  = 1
 5
1.9. Radiciação de Números Racionais
- Toda potência com expoente 1 é igual à própria
base. Se um número representa um produto de dois ou
mais fatores iguais, então cada fator é chamado raiz do
 9 9
1
número. Vejamos alguns exemplos:
−  =−
 4 4 Ex:
4 Representa o produto 2. 2 ou 22. Logo, 2 é a raiz
- Toda potência com expoente negativo de um nú- quadrada de 4. Indica-se 4 = 2.
mero racional diferente de zero é igual a outra
potência que tem a base igual ao inverso da base Ex:
anterior e o expoente igual ao oposto do expoente 1 1 1 1 1
2
anterior. Representa o produto . ou   .Logo, é a
9 3 3 3 3
MATEMÁTICA

 3  5 25
−2 2
1 1 1
−  = −  = raiz quadrada de .Indica-se =
 5  3 9 9 9 3

2
Ex: 3
0,216 Representa o produto 0,6 � 0,6 � 0,6 ou (0,6)3 . Logo, 0,6 é a raiz cúbica de 0,216. Indica-se 0,216 = 0,6 .

Assim, podemos construir o diagrama:

FIQUE ATENTO!
Um número racional, quando elevado ao quadrado, dá o número zero ou um número racional positivo.
Logo, os números racionais negativos não têm raiz quadrada em Q.

100
O número − não tem raiz quadrada em Q, pois tanto − 10 como + 10 , quando elevados ao quadrado, dão 100 .
9 3 3 9
Um número racional positivo só tem raiz quadrada no conjunto dos números racionais se ele for um quadrado
perfeito.
O número 2 não tem raiz quadrada em Q, pois não existe número racional que elevado ao quadrado dê 2 .
3 3
1.10. Frações
x
Frações são representações de partes iguais de um todo. São expressas como um quociente de dois números ,
sendo x o numerador e y o denominador da fração, com y ≠ 0 . y

1.10.1 Frações Equivalentes

São frações que, embora diferentes, representam a mesma parte do mesmo todo. Uma fração é equivalente a outra
quando pode ser obtida multiplicando o numerador e o denominador da primeira fração pelo mesmo número.

Ex: 3 e 6 .
5 10
A segunda fração pode ser obtida multiplicando o numerador e denominador de 3 por 2:
5
3�2 6
=
5 � 2 10
6
Assim, diz-se que é uma fração equivalente a 3
10 5

OPERAÇÕES COM FRAÇÕES

1. Adição e Subtração

Frações com denominadores iguais:

Ex:
Jorge comeu 3 de um tablete de chocolate e Miguel 5
desse mesmo tablete. Qual a fração do tablete de chocolate
8 8
que Jorge e Miguel comeram juntos?
MATEMÁTICA

A figura abaixo representa o tablete de chocolate. Nela também estão representadas as frações do tablete que
Jorge e Miguel comeram:

3
Representa 4/5 do conteúdo da caixa
3 2 5
Observe que = =
8 8 8
5
Portanto, Jorge e Miguel comeram juntos do table-
8
te de chocolate.

Na adição e subtração de duas ou mais frações que


têm denominadores iguais, conservamos o denominador Representa 2/3 de 4/5 do conteúdo da caixa.
comum e somamos ou subtraímos os numeradores. Repare que o problema proposto consiste em calcular
2
o valor de de 4 que, de acordo com a figura, equivale
Outro Exemplo: 3 5
a 8
do total de frutas. De acordo com a tabela acima, 2
15 3
3 5 7 3+5−7 1 2 4
de 4 equivale a � . Assim sendo:
+ − = = 5 3 5
2 2 2 2 2
2 4 8
� =
3 5 15
Frações com denominadores diferentes:
Ou seja:
3 5
Calcular o valor de + Inicialmente, devemos 2 de 4 2 4 2�4 8
8 6 = � = =
reduzir as frações ao mesmo denominador comum. Para 3 5 3 5 3�5 15
isso, encontramos o mínimo múltiplo comum (MMC) entre
O produto de duas ou mais frações é uma fração cujo
os dois (ou mais, se houver) denominadores e, em seguida,
numerador é o produto dos numeradores e cujo denomi-
encontramos as frações equivalentes com o novo deno-
nador é o produto dos denominadores das frações dadas.
minador:
3 5 9 20
mmc (8,6) = 24 = = = Outro exemplo:
2 4 7 2�4�7
� � = =
56
8 6 24 24 3 5 9 3 � 5 � 9 135

24 ∶ 8 � 3 = 9 #FicaDica
24 ∶ 6 � 5 = 20
Sempre que possível, antes de efetuar
Devemos proceder, agora, como no primeiro caso, a multiplicação, podemos simplificar as
simplificando o resultado, quando possível: frações entre si, dividindo os numeradores
e os denominadores por um fator comum.
9 20 29 Esse processo de simplificação recebe o
+ = nome de cancelamento.
24 24 24

3 5 9 20 29
Portanto: + = + =
8 6 24 24 24
3. Divisão

Duas frações são inversas ou recíprocas quando o nu-


#FicaDica merador de uma é o denominador da outra e vice-versa.
Na adição e subtração de duas ou mais fra- Exemplo
ções que têm os denominadores diferentes,
reduzimos inicialmente as frações ao menor 2 é a fração inversa de 3
denominador comum, após o que procede- 3 2
mos como no primeiro caso. 5 ou 5 é a fração inversa de 1
1 5

Considere a seguinte situação:


2. Multiplicação
Lúcia recebeu de seu pai os 4 dos chocolates con-
MATEMÁTICA

Ex: 5
tidos em uma caixa. Do total de chocolates recebidos,
De uma caixa de frutas, 4 são bananas. Do total de Lúcia deu a terça parte para o seu namorado. Que fração
2 5
bananas, estão estragadas. Qual é a fração de frutas dos chocolates contidos na caixa recebeu o namorado
3 de Lúcia?
da caixa que estão estragadas?

4
4
A solução do problema consiste em dividir o total de chocolates que Lúcia recebeu de seu pai por 3, ou seja, 5 : 3

Por outro lado, dividir algo por 3 significa calcular 1 desse algo.
3
4 1
Portanto: : 3 = de 4
5 3 5
1 4 1 4 4 1 4 4 3 4 1
Como de =
5 3

5
=
5

3
, resulta que : 3 = : = �
3 5 5 1 5 3
3 1
Observando que as frações e são frações inversas, podemos afirmar que:
1 3
Para dividir uma fração por outra, multiplicamos a primeira pelo inverso da segunda.
4 4 3 4 1 4
Portanto 5 : 3 = 5 ∶ 1 = 5 � 3 = 15
4
Ou seja, o namorado de Lúcia recebeu do total de chocolates contidos na caixa.
15
1
4 8 4 5 5
Outro exemplo: : = . =
3 5 3 82 6

Observação:

Note a expressão: . Ela é equivalente à expressão 3 1


:
2 5

Portanto

4. Números Decimais

De maneira direta, números decimais são números que possuem vírgula. Alguns exemplos: 1,47; 2,1; 4,9587; 0,004;
etc.

OPERAÇÕES COM NÚMEROS DECIMAIS

1. Adição e Subtração

Vamos calcular o valor da seguinte soma:


5,32 + 12,5 + 0, 034

Transformaremos, inicialmente, os números decimais em frações decimais:

352 125 34 5320 12500 34 17854


5,32 + 12,5 + 0,034 = + + = + + = = 17,854
100 10 1000 1000 1000 1000 1000

Portanto: 5,32 + 12,5 + 0, 034 = 17, 854

Na prática, a adição e a subtração de números decimais são obtidas de acordo com a seguinte regra:
- Igualamos o número de casas decimais, acrescentando zeros.
- Colocamos os números um abaixo do outro, deixando vírgula embaixo de vírgula.
- Somamos ou subtraímos os números decimais como se eles fossem números naturais.
- Na resposta colocamos a vírgula alinhada com a vírgula dos números dados.

Exemplo
MATEMÁTICA

2,35 + 14,3 + 0, 0075 + 5

5
Disposição prática:
2,3500
14,3000
+ 0,0075
5,0000
21,6575

Multiplicação

Vamos calcular o valor do seguinte produto: 2,58 � 3,4 .


Transformaremos, inicialmente, os números decimais em frações decimais:

258 34 8772
2,58 � 3,4 = � = = 8,772
100 100 1000

Portanto 2,58 � 3,4 = 8,772

#FicaDica
Na prática, a multiplicação de números decimais é obtida de acordo com as seguintes regras:
- Multiplicamos os números decimais como se eles fossem números naturais.
- No resultado, colocamos tantas casas decimais quantas forem as do primeiro fator somadas às do
segundo fator.

Exemplo:
Disposição prática:
652,2  1 casa decimal

X 2,03  2 casas decimais


19 566

1 304 4

1 323,966  1 + 2 = 3 casas decimais

Divisão

Vamos, por exemplo, efetuar a seguinte divisão: 24 ∶ 0,5


MATEMÁTICA

Inicialmente, multiplicaremos o dividendo e o divisor da divisão dada por 10.

24 ∶ 0,5 = (24 � 10) ∶ (0,5 � 10) = 240 ∶ 5

6
A vantagem de tal procedimento foi a de transformar- Ex: 2 ∶ 16
mos em número natural o número decimal que aparecia
na divisão. Com isso, a divisão entre números decimais
se transforma numa equivalente com números naturais.

Portanto: 24 ∶ 0,5 = 240 ∶ 5 = 48

#FicaDica
Representação Decimal das Frações
Na prática, a divisão entre números deci- p
mais é obtida de acordo com as seguin- Tomemos um número racional q tal que não seja
tes regras: múltiplo de . Para escrevê-lo na forma decimal, basta efe-
- Igualamos o número de casas decimais tuar a divisão do numerador pelo denominador.
do dividendo e do divisor. Nessa divisão podem ocorrer dois casos:
- Cortamos as vírgulas e efetuamos a di-
visão como se os números fossem natu- 1º) O numeral decimal obtido possui, após a vírgula,
rais. um número finito de algarismos. Decimais Exatos:

2
Ex: 24 ∶ 0,5 = 240 ∶ 5 = 48 = 0,4
5
1
Disposição prática: = 0,25
4
35
= 8,75
4
153
= 3,06
50
Nesse caso, o resto da divisão é igual à zero. Assim
sendo, a divisão é chamada de divisão exata e o quocien- 2º) O numeral decimal obtido possui, após a vírgula,
te é exato. infinitos algarismos (nem todos nulos), repetindo-se pe-
riodicamente. Decimais Periódicos ou Dízimas Periódicas:
Ex: 9,775 ∶ 4,25
1
= 0,333 …
Disposição prática: 3

1
= 0,04545 …
22

Nesse caso, o resto da divisão é diferente de zero. 167


= 2,53030 …
Assim sendo, a divisão é chamada de divisão aproximada 66
e o quociente é aproximado.

Se quisermos continuar uma divisão aproximada, de- FIQUE ATENTO!


vemos acrescentar zeros aos restos e prosseguir dividin- Se após as vírgulas os algarismos não são
do cada número obtido pelo divisor. Ao mesmo tempo periódicos, então esse número decimal
em que colocamos o primeiro zero no primeiro resto, não está contido no conjunto dos números
colocamos uma vírgula no quociente. racionais.

Representação Fracionária dos Números Decimais

Trata-se do problema inverso: estando o número ra-


cional escrito na forma decimal, procuremos escrevê-lo
na forma de fração. Temos dois casos:

1º) Transformamos o número em uma fração cujo


numerador é o número decimal sem a vírgula e o
MATEMÁTICA

Ex: 0,14 ∶ 28 denominador é composto pelo numeral 1, seguido


de tantos zeros quantas forem as casas decimais
do número decimal dado:

7
9
0,9 =
10

57
5,7 =
10

76
0,76 =
100

348
3,48 =
100

5 1
0,005 = =
1000 200

2º) Devemos achar a fração geratriz da dízima dada; para tanto, vamos apresentar o procedimento através de al-
guns exemplos:

Ex:
Seja a dízima 0,333...

Façamos e multipliquemos ambos os membros por 10:


10x = 0,333

Subtraindo, membro a membro, a primeira igualdade da segunda:


3
10x – x = 3,333 … – 0,333. . . 9x = 3 x =
9
3
Assim, a geratriz de 0,333... é a fração .
9
Ex:
Seja a dízima 5,1717...

Façamos x = 5,1717. . . e 100x = 517,1717. . .


Subtraindo membro a membro, temos:

99x = 512 x = 512⁄99


512
Assim, a geratriz de 5,1717... é a fração .
99
Ex:

Seja a dízima 1,23434...


Façamos x = 1,23434 … ;10x = 12,3434 …; 1000x = 1234,34 …

Subtraindo membro a membro, temos:


1222
990x = 1234,34. . . – 12,34 … 990x = 1222 x =
990
MATEMÁTICA

611
Simplificando, obtemos x = , a fração geratriz da dízima 1,23434...
495

8
Analisando todos os exemplos, nota-se que a idéia consiste em deixar após a vírgula somente a parte periódica (que
se repete) de cada igualdade para, após a subtração membro a membro, ambas se cancelarem.

EXERCÍCIO COMENTADO
1. (EBSERH – Médico – IBFC/2016) Mara leu 1/5 das páginas de um livro numa semana. Na segunda semana, leu mais
2/3 de páginas. Se ainda faltam ler 60 (sessenta) páginas do livro, então o total de páginas do livro é de:

a) 300
b) 360
c) 400
d) 450
e) 480
13 15−13 2
Resposta: Letra D. Mara leu 1 2 3+10 13 do livro. Logo, ainda falta 1 − 15 = = 15 para ser
+ = = 15
5 3 15 15
lido. Essa fração que falta ser lida equivale a 60 páginas
2 1
Assim:  60 páginas. Portanto,  30 páginas.
15 15
Logo o livro todo (15/15) possui: 15∙30=450 páginas

MÍNIMO MÚLTIPLO COMUM; MÁXIMO DIVISOR COMUM

O máximo divisor comum e o mínimo múltiplo comum são ferramentas extremamente importantes na matemática.
Através deles, podemos resolver alguns problemas simples, além de utilizar seus conceitos em outros temas, como
frações, simplicação de fatoriais, etc.
Porém, antes de iniciarmos a apresentar esta teoria, é importante conhecermos primeiramente uma classe de nú-
meros muito importante: Os números primos.

Números primos

Um número natural é definido como primo se ele tem exatamente dois divisores: o número um e ele mesmo. Já nos
inteiros, p ∈ ℤ é um primo se ele tem exatamente quatro divisores: ±1 e ±𝑝 .

FIQUE ATENTO!
Por definição, 0, 1 e − 1 não são números primos.

Existem infinitos números primos, como demonstrado por Euclides por volta de 300 a.C.. A propriedade de ser um
primo é chamada “primalidade”, e a palavra “primo” também são utilizadas como substantivo ou adjetivo. Como “dois”
é o único número primo par, o termo “primo ímpar” refere-se a todo primo maior do que dois.
O conceito de número primo é muito importante na teoria dos números. Um dos resultados da teoria dos números
é o Teorema Fundamental da Aritmética, que afirma que qualquer número natural diferente de 1 pode ser escrito de
forma única (desconsiderando a ordem) como um produto de números primos (chamados fatores primos): este pro-
cesso se chama decomposição em fatores primos (fatoração). É exatamente este conceito que utilizaremos no MDC e
MMC. Para caráter de memorização, seguem os 100 primeiros números primos positivos. Recomenda-se que memori-
zem ao menos os 10 primeiros para MDC e MMC:

2, 3, 5, 7, 11, 13, 17, 19, 23, 29, 31, 37, 41, 43, 47, 53, 59, 61, 67, 71, 73, 79, 83, 89, 97, 101, 103, 107, 109, 113, 127, 1
31, 137, 139, 149, 151, 157, 163, 167, 173, 179, 181, 191, 193, 197, 199, 211, 223, 227, 229, 233, 239, 241, 251, 257, 263,
269, 271, 277, 281, 283, 293, 307, 311, 313, 317, 331, 337, 347, 349, 353, 359, 367, 373, 379, 383, 389, 397, 401, 409, 419,
421, 431, 433, 439, 443, 449, 457, 461, 463, 467, 479, 487, 491, 499, 503, 509, 521, 523, 541
MATEMÁTICA

Múltiplos e Divisores

Diz-se que um número natural a é múltiplo de outro natural b, se existe um número natural k tal que:

9
Outra técnica para o cálculo do MDC:
𝑎 = 𝑘. 𝑏
Ex. 15 é múltiplo de 5, pois 15=3 x 5 Decomposição em fatores primos: Para obter o
MDC de dois ou mais números por esse processo, pro-
Quando a=k.b, segue que a é múltiplo de b, mas tam- cede-se da seguinte maneira:
bém, a é múltiplo de k, como é o caso do número 35 que
é múltiplo de 5 e de 7, pois: 35 = 7 x 5. Decompõe-se cada número dado em fatores primos.
Quando a = k.b, então a é múltiplo de b e se conhe- O MDC é o produto dos fatores comuns obtidos,
cemos b e queremos obter todos os seus múltiplos, basta cada um deles elevado ao seu menor expoente.
fazer k assumir todos os números naturais possíveis.
Exemplo: Achar o MDC entre 300 e 504.
Ex. Para obter os múltiplos de dois, isto é, os números
da forma a = k x 2, k seria substituído por todos os nú- Fatorando os dois números:
meros naturais possíveis.

FIQUE ATENTO!
Um número b é sempre múltiplo dele mesmo.
a = 1 x b ↔ a = b.

A definição de divisor está relacionada com a de múl-


tiplo. Temos que:

Um número natural b é divisor do número natural a, 300 = 22.3 .52


se a é múltiplo de b. 504 = 23.32 .7

Ex. 3 é divisor de 15, pois , logo 15 é múltiplo de 3 e O MDC será os fatores comuns com seus menores
também é múltiplo de 5. expoentes:

mdc (300,504)= 22.3 = 4 .3=12


#FicaDica MMC
Um número natural tem uma quantidade fi-
nita de divisores. Por exemplo, o número 6 O mínimo múltiplo comum de dois ou mais números
poderá ter no máximo 6 divisores, pois tra- é o menor número positivo que é múltiplo comum de
balhando no conjunto dos números natu- todos os números dados. Consideremos:
rais não podemos dividir 6 por um número
maior do que ele. Os divisores naturais de Ex. Encontrar o MMC entre 8 e 6
6 são os números 1, 2, 3, 6, o que significa Múltiplos positivos de 6: M(6) =
que o número 6 tem 4 divisores. {6,12,18,24,30,36,42,48,54,...}

Múltiplos positivos de 8: M(8) =


MDC {8,16,24,32,40,48,56,64,...}

Agora que sabemos o que são números primos, múl- Podem-se escrever, agora, os múltiplos positivos
tiplos e divisores, vamos ao MDC. O máximo divisor co- comuns: M(6)∩M(8) = {24,48,72,...}
mum de dois ou mais números é o maior número que é
divisor comum de todos os números dados. Observando os múltiplos comuns, pode-se identificar
o mínimo múltiplo comum dos números 6 e 8, ou seja:
Ex. Encontrar o MDC entre 18 e 24.
Outra técnica para o cálculo do MMC:
Divisores naturais de 18: D(18) = {1,2,3,6,9,18}.
Decomposição isolada em fatores primos: Para
Divisores naturais de 24: D(24) = {1,2,3,4,6,8,12,24}. obter o MMC de dois ou mais números por esse proces-
so, procedemos da seguinte maneira:
Pode-se escrever, agora, os divisores comuns a 18 e
MATEMÁTICA

24: D(18)∩ D (24) = {1,2,3,6}. - Decompomos cada número dado em fatores pri-
mos.
Observando os divisores comuns, podemos identifi- - O MMC é o produto dos fatores comuns e não-co-
car o maior divisor comum dos números 18 e 24, ou seja: muns, cada um deles elevado ao seu maior expo-
MDC (18,24) = 6. ente.

10
A porcentagem nada mais é do que uma razão, que
Ex. Achar o MMC entre 18 e 120. representa uma “parte” e um “todo” a qual referimos
como 100%. Assim, de uma maneira geral, temos que:
Fatorando os números: 𝑝
𝐴= .𝑉
100
Onde A, é a parte, p é o valor da porcentagem e V é o
todo (100%). Assim, os problemas básicos de porcenta-
gem se resumem a três tipos:

Cálculo da parte (Conheço p e V e quero achar A):


Para calcularmos uma porcentagem de um valor V, bas-
𝑝
ta multiplicarmos a fração correspondente, ou seja, 100
por V. Assim: 𝑝
Temos que: P% de V =A= 100 .V

18 = 2 .32 Ex. 23% de 240 = 23 .240 = 55,2


120 = 23.3 .5 100
Ex. Em uma pesquisa de mercado, constatou-se que
O MMC será os fatores comuns com seus maiores ex- 67% de uma amostra assistem a certo programa de TV.
poentes: Se a população é de 56.000 habitantes, quantas pessoas
assistem ao tal programa?
mmc (18,120) = 23.32.5 = 8 .9 .5 = 360 Aqui, queremos saber a “parte” da população que as-
siste ao programa de TV, como temos a porcentagem e
o total, basta realizarmos a multiplicação:
EXERCÍCIOS COMENTADOS 67% de 56000=A=
67
56000=37520
100
1. (FEPESE-2016) João trabalha 5 dias e folga 1, enquan- Resp. 37 520 pessoas.
to Maria trabalha 3 dias e folga 1. Se João e Maria folgam
no mesmo dia, então quantos dias, no mínimo, passarão Cálculo da porcentagem (conheço A e V e quero
para que eles folguem no mesmo dia novamente? achar p): Utilizaremos a mesma relação para achar o va-
lor de p e apenas precisamos rearranjar a mesma:
a) 8
b) 10 𝑝 𝐴
𝐴= . 𝑉 → 𝑝 = . 100
c) 12 100 𝑉
d) 15 Ex. Um time de basquete venceu 10 de seus 16 jogos.
e) 24 Qual foi sua porcentagem de vitórias?
Neste caso, o exercício quer saber qual a porcenta-
Resposta: Letra C. O período em que João trabalha gem de vitórias que esse time obteve, assim:
e folga corresponde a 6 dias enquanto o mesmo pe-
ríodo, para Maria, corresponde a 4 dias. Assim, o pro- 𝐴 10
blema consiste em encontrar o mmc entre 6 e 4. Logo, 𝑝= . 100 = . 100 = 62,5%
𝑉 16
eles folgarão no mesmo dia novamente após 12 dias
pois mmc(6,4)=12. Resp: O time venceu 62,5% de seus jogos.
Ex. Em uma prova de concurso, o candidato acertou
48 de 80 questões. Se para ser aprovado é necessário
PORCENTAGEM acertar 55% das questões, o candidato foi ou não foi
aprovado?
Para sabermos se o candidato passou, é necessário
Definição calcular sua porcentagem de acertos:

A definição de porcentagem passa pelo seu próprio 𝐴 48


𝑝= . 100 = . 100 = 60% > 55%
nome, pois é uma fração de denominador centesimal, ou 𝑉 80
seja, é uma fração de denominador 100. Representamos Logo, o candidato foi aprovado.
porcentagem pelo% e lê-se: “por cento”.
50 Calculo do todo (conheço p e A e quero achar V):
MATEMÁTICA

Deste modo, a fração 100 ou qualquer uma equivalente No terceiro caso, temos interesse em achar o total (Nosso
a ela é uma porcentagem que podemos representar por 100%) e para isso basta rearranjar a equação novamente:
50%.

11
𝑝 𝐴 𝐴 Neste caso, o problema deu o valor de e gostaria de
𝐴= . 𝑉 → 𝑝 = . 100 → 𝑉 = . 100 saber o valor de V, assim:
100 𝑉 𝑝 p
Ex. Um atirador tem taxa de acerto de 75% de seus VA = ( 1 + 100 ).V
tiros ao alvo. Se em um treinamento ele acertou 15 tiros, 40
quantos tiros ele deu no total? 3500 = ( 1 + ).V
100
Neste caso, o problema gostaria de saber quanto vale
o “todo”, assim: 3500 =(1+0,4).V
𝐴 15
𝑉= . 100 = . 100 = 0,2.100 = 20 𝑡𝑖𝑟𝑜𝑠 3500 =1,4.V
𝑝 75
3500
Forma Decimal: Outra forma de representação de porcen- V= =2500
1,4
tagens é através de números decimais, pois todos eles perten-
cem à mesma classe de números, que são os números racio- Resp. R$ 2 500,00
nais. Assim, para cada porcentagem, há um numero decimal
equivalente. Por exemplo, 35% na forma decimal seriam repre- Ex. Uma loja entra em liquidação e pretende abaixar
sentados por 0,35. A conversão é muito simples: basta fazer a em 20% o valor de seus produtos. Se o preço de um de-
divisão por 100 que está representada na forma de fração: les é de R$ 250,00, qual será seu preço na liquidação?
Aqui, basta calcular o valor de VD :
75
75% = = 0,75 p
100 VD = (1 – ) .V
100
Aumento e desconto percentual 20
VD = (1 – ) .250,00
100
Outra classe de problemas bem comuns sobre por-
centagem está relacionada ao aumento e a redução per- VD = (1 –0,2) .250,00
centual de um determinado valor. Usaremos as defini-
ções apresentadas anteriormente para mostrar a teoria VD = (0,8) .250,00
envolvida
VD = 200,00
Aumento Percentual: Consideremos um valor inicial Resp. R$ 200,00
V que deve sofrer um aumento de de seu valor. Chame-
mos de VA o valor após o aumento. Assim:
FIQUE ATENTO!
p Em alguns problemas de porcentagem são
VA = V + .V
100 necessários cálculos sucessivos de aumen-
Fatorando: tos ou descontos percentuais. Nesses ca-
sos é necessário ter atenção ao problema,
p pois erros costumeiros ocorrem quando se
VA = ( 1 + ) .V
100 calcula a porcentagens do valor inicial para
Em que (1 + p ) será definido como fator de au- obter todos os valores finais com descon-
100 tos ou aumentos. Na verdade, esse cálculo
mento, que pode estar representado tanto na forma de só pode ser feito quando o problema diz
fração ou decimal. que TODOS os descontos ou aumentos
são dados a uma porcentagem do valor
Desconto Percentual: Consideremos um valor inicial inicial. Mas em geral, os cálculos são feitos
V que deve sofrer um desconto de p% de seu valor. Cha- como mostrado no texto a seguir.
memos de VD o valor após o desconto.
p Aumentos e Descontos Sucessivos: Consideremos
VD = V – .V
100 um valor inicial V, e vamos considerar que ele irá sofrer
dois aumentos sucessivos de p1% e p2%. Sendo V1 o valor
Fatorando:
após o primeiro aumento, temos:
p
VD = (1 – ) .V 𝑝1
100 V1 = V .(1 + )
p 100
Em que (1 – ) será definido como fator de des-
Sendo V2 o valor após o segundo aumento, ou seja,
conto, que pode 100
estar representado tanto na forma de
após já ter aumentado uma vez, temos que:
fração ou decimal.
𝑝2
MATEMÁTICA

V2 = V1 .(1 + )
Ex. Uma empresa admite um funcionário no mês de 100
janeiro sabendo que, já em março, ele terá 40% de au-
Como temos também uma expressão para V1, basta
mento. Se a empresa deseja que o salário desse funcio-
substituir:
nário, a partir de março, seja R$ 3 500,00, com que salário
deve admiti-lo?

12
𝑝1 𝑝2 96
V2 = V .(1 + ) .(1 + ) V2 = 0,96.V= V=96% de V
100 100 100
Assim, para cada aumento, temos um fator corres- Ou seja, o valor final corresponde a 96% de V e não
pondente e basta ir multiplicando os fatores para chegar 100%, assim, eles não são iguais, portanto deve-se assi-
ao resultado final. nalar a opção ERRADO

No caso de desconto, temos o mesmo caso, sendo V


um valor inicial, vamos considerar que ele irá sofrer dois
descontos sucessivos de p1% e p2%. EXERCÍCIOS COMENTADOS

Sendo V1 o valor após o primeiro desconto, temos: 1. (UNESP) Suponhamos que, para uma dada eleição,
uma cidade tivesse 18.500 eleitores inscritos. Suponha-
𝑝1
V1 = V.(1 – ) mos ainda que, para essa eleição, no caso de se verificar
100 um índice de abstenções de 6% entre os homens e de 9%
Sendo V2 o valor após o segundo desconto, ou seja, entre as mulheres, o número de votantes do sexo mas-
após já ter descontado uma vez, temos que: culino será exatamente igual ao número de votantes do
𝑝2 sexo feminino. Determine o número de eleitores de cada
V2 = V_1 .(1 – ) sexo.
100
Como temos também uma expressão para , basta Resposta: Denotamos o número de eleitores do sexo
substituir: femininos de F e de votantes masculinos de M. Pelo
𝑝1 𝑝2 enunciado do exercícios, F+M = 18500. Além disso, o
V2 = V .(1 – ) .(1 – ) índice de abstenções entre os homens foi de 6% e
100 100 de 9% entre as mulheres, ou seja, 94% dos homens
Além disso, essa formulação também funciona para e 91% das mulheres compareceram a votação, onde
aumentos e descontos em sequência, bastando apenas 94%M = 91%F ou 0,94M = 0,91F. Assim, para deter-
a identificação dos seus fatores multiplicativos. Sendo V minar o número de eleitores de cada sexo temos os
um valor inicial, vamos considerar que ele irá sofrer um seguinte sistema para resolver:
aumento de p1% e, sucessivamente, um desconto de p2%. F + M = 18500
Sendo V1 o valor após o aumento, temos: �
0,94M = 0,91F
𝑝1
V1 = V .(1+ ) 0,91
100 Da segunda equação, temos que M = 0,94 F . Agora,
Sendo V2 o valor após o desconto, temos que: substituindo M na primeira equação do sistema en-
𝑝2 contra-se F = 9400 e por fim determina-se M = 9100.
V2 = V_1 .(1 – )
100
Como temos uma expressão para , basta substituir: RAZÃO E PROPORÇÃO
𝑝1 𝑝2
V2 = V .(1+ ) .(1 – )
100 100 Razão
Ex. Um produto sofreu um aumento de 20% e depois
sofreu uma redução de 20%. Isso significa que ele voltará Quando se utiliza a matemática na resolução de pro-
ao seu valor original. blemas, os números precisam ser relacionados para se
obter uma resposta. Uma das maneiras de se relacionar
( ) Certo ( ) Errado os números é através da razão. Sejam dois números reais
a e b, com b ≠ 0,define-se razão entre a e b (nessa or-
𝑎
Este problema clássico tem como finalidade concei- dem) o quociente a ÷ b, ou .
𝑏
tuar esta parte de aumento e redução percentual e evitar
o erro do leitor ao achar que aumentando p% e dimi- A razão basicamente é uma fração, e como sabem,
nuindo p%, volta-se ao valor original. Se usarmos o que frações são números racionais. Entretanto, a leitura des-
aprendemos, temos que: te número é diferente, justamente para diferenciarmos
𝑝1 𝑝2
quando estamos falando de fração ou de razão.
V2 = V . 1+ . 1– 3
100 100
𝐴𝑢𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜 𝑟𝑒𝑑𝑢çã𝑜
a) Quando temos o número 5 e estamos tratando de
20 20 fração, lê-se: “três quintos”.
MATEMÁTICA

V2 = V .(1+ ) .(1 – )
100 100 3
b) Quando temos o número e estamos tratando
V2 = V .(1+0,2) .(1 – 0,2 ) de razão, lê-se: “3 para 5”.
5

V2 = V .(1,2) .(0,8)

13
Além disso, a nomenclatura dos termos também é Ex. Uma sala tem 8 m de comprimento. Esse compri-
diferente: mento é representado num desenho por 20 cm. Qual é a
razão entre o comprimento representado no desenho e
O número 3 é numerador o comprimento real?
Convertendo o comprimento real para cm, temos
3
a) Na fração 5
que:
20 𝑐𝑚 1
𝑒= =
O número 5 é denominador 800 𝑐𝑚 40

O número 3 é antecedente
#FicaDica
3
b) Na razão
5 A razão entre um comprimento no desenho
e o correspondente comprimento real, cha-
O número 5 é consequente
ma-se escala
20 2
Ex. A razão entre 20 e 50 é = 5 já a razão entre 50
50 5 50
e 20 é = . Ou seja, deve-se sempre indicar o antece- Razão entre grandezas de espécies diferentes: É
20 2
dente e o consequente para sabermos qual a ordem de possível também relacionar espécies diferentes e isto
montarmos a razão. está normalmente relacionado a unidades utilizadas na
física:
Ex.Numa classe de 36 alunos há 15 rapazes e 21 mo-
ças. A razão entre o número de rapazes e o número de Ex. Considere um carro que às 9 horas passa pelo qui-
moças é 15 , se simplificarmos, temos que a fração equi- lômetro 30 de uma estrada e, às 11 horas, pelo quilô-
5
21 metro 170. Qual a razão entre a distância percorrida e o
valente 7 , o que significa que para “cada 5 rapazes há 7 tempo gasto no translado?
moças”. Por outro lado, a razão entre o número de rapa- Para montarmos a razão, precisamos obter as infor-
zes e o total de alunos é dada por 15 = 5 , o que equivale mações:
36 12
a dizer que “de cada 12 alunos na classe, 5 são rapazes”.
Razão entre grandezas de mesma espécie: A razão Distância percorrida: 170 km – 30 km = 140 km
entre duas grandezas de mesma espécie é o quociente Tempo gasto: 11h – 9h = 2h
dos números que expressam as medidas dessas grande- Calculamos a razão entre a distância percorrida e o
zas numa mesma unidade. tempo gasto para isso:
Ex. Um automóvel necessita percorrer uma estrada de 140 𝑘𝑚 70
360 km. Se ele já percorreu 240 km, qual a razão entre a 𝑣= = = 70 𝑘 𝑚 ⁄ℎ
distância percorrida em relação ao total? 2ℎ 1
Como os dois números são da mesma espécie (dis- Como são duas espécies diferentes, a razão entre elas
tância) e estão na mesma unidade (km), basta fazer a ra- será uma espécie totalmente diferente das outras duas.
zão:

𝑟=
240 𝑘𝑚 2
= #FicaDica
360 𝑘𝑚 3
A razão entre uma distância e uma medida
No caso de mesma espécie, porém em unidades di- de tempo é chamada de velocidade.
ferentes, deve-se escolher uma das unidades e converter
a outra.

Ex. Uma maratona possui aproximadamente 42 km de Ex. A Região Sudeste (Espírito Santo, Minas Gerais,
extensão. Um corredor percorreu 36000 metros. Qual a Rio de Janeiro e São Paulo) tem uma área aproximada de
razão entre o que falta para percorrer em relação à ex- 927 286 km2 e uma população de 66 288 000 habitantes,
tensão da prova? aproximadamente, segundo estimativas projetadas pelo
Veja que agora estamos tentando relacionar metros Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) para o
com quilômetros. Para isso, deve-se converter uma das ano de 1995. Qual a razão entre o número de habitantes
unidades, vamos utilizar “km”: e a área total?

36000 m=36 km Dividindo-se o número de habitantes pela área, obte-


remos o número de habitantes por km2 (hab./km2):
Como é pedida a razão entre o que falta em relação 66288000 ℎ𝑎𝑏 ℎ𝑎𝑏
ao total, temos que: 𝑑= = 71,5
927286 𝑘𝑚² 𝑘𝑚2
MATEMÁTICA

42 𝑘𝑚 − 36 𝑘𝑚 6 𝑘𝑚 1
𝑟= = =
42 𝑘𝑚 42 𝑘𝑚 7

14
#FicaDica 105
𝑥= 3
A razão entre o número de habitantes e a
x=35 gotas
área deste local é denominada densidade
demográfica.
Ou seja, para uma criança de 30 kg, deve-se ministrar
35 gotas do remédio, atendendo a proporção.
Ex. Um carro percorreu, na cidade, 83,76 km com 8 L
de gasolina. Dividindo-se o número de quilômetros per- Outro jeito de ver a proporção: Já vimos que uma
corridos pelo número de litros de combustível consumi- proporção é verdadeira quando realizamos a multiplica-
dos, teremos o número de quilômetros que esse carro ção em cruz e encontramos o mesmo valor nos dois pro-
percorre com um litro de gasolina: dutos. Outra maneira de verificar a proporção é verificar
83,76 𝑘𝑚 𝑘𝑚 se a duas razões que estão sendo igualadas são frações
𝑐= = 10,47 equivalentes. Lembra deste conceito?
8𝑙 𝑙

#FicaDica FIQUE ATENTO!


Uma fração é equivalente a outra quando
A razão entre a distância percorrida em rela- podemos multiplicar (ou dividir) o nume-
ção a uma quantidade de combustível é de- rador e o denominador da fração por um
finida como “consumo médio” mesmo número, chegando ao numerador e
denominador da outra fração.
Proporção
4 12
A definição de proporção é muito simples, pois se tra- Ex. e são frações equivalentes, pois:
ta apenas da igualdade de razões. 3 9

3 6
4x=12 →x=3
Na proporção = (lê-se: “3 está para 5 assim 3x=9 →x=3
5 10
como 6 está para 10”). 4
Ou seja, o numerador e o denominador de quan-
Observemos que o produto 3 x 10=30 é igual ao pro- 3
do multiplicados pelo mesmo número (3), chega ao nu-
duto 5 x 6=30, o que caracteriza a propriedade funda-
merador e denominador da outra fração, logo, elas são
mental das proporções
equivalentes e consequentemente, proporcionais.
Agora vamos apresentar algumas propriedades da
#FicaDica proporção:
Se multiplicarmos em cruz (ou em x), tere- a) Soma dos termos: Quando duas razões são pro-
mos que os produtos entre o numeradores porcionais, podemos criar outra proporção somando os
e os denominadores da outra razão serão numeradores com os denominadores e dividindo pelos
iguais. numeradores (ou denominadores) das razões originais:
5 10 5 + 2 10 + 4 7 14
2 6 = → = → =
Ex. Na igualdade = , temos 2 x 9=3 x 6=18, logo, 2 4 5 10 5 10
3 9
temos uma proporção. ou
5 10 5 + 2 10 + 4 7 14
Ex. Na bula de um remédio pediátrico recomenda-se = → = → =
a seguinte dosagem: 7 gotas para cada 3 kg do “peso” da 2 4 2 4 2 4
criança. Se uma criança tem 15 kg, qual será a dosagem
correta? b) Diferença dos termos: Analogamente a soma,
Como temos que seguir a receita, temos que atender temos também que se realizarmos a diferença entre os
a proporção, assim, chamaremos de x a quantidade de termos, também chegaremos em outras proporções:
gotas a serem ministradas:
4 8 4−3 8−6 1 2
7 𝑔𝑜𝑡𝑎𝑠 𝑥 𝑔𝑜𝑡𝑎𝑠 = → = → =
= 3 6 4 8 4 8
3 𝑘𝑔 15 𝑘𝑔
ou
Logo, para atendermos a proporção, precisaremos
MATEMÁTICA

encontrar qual o número que atenderá a proporção. 4 8 4−3 8−6 1 2


Multiplicando em cruz, temos que: = → = → =
3 6 3 6 3 6
3x=105

15
c) Soma dos antecedentes e consequentes: A soma 3.(CELESC – Assistente Administrativo – FEPESE/2016)
dos antecedentes está para a soma dos consequentes as- Dois amigos decidem fazer um investimento conjunto
sim como cada antecedente está para o seu consequen- por um prazo determinado. Um investe R$ 9.000 e o ou-
te: tro R$ 16.000. Ao final do prazo estipulado obtêm um
lucro de R$ 2.222 e decidem dividir o lucro de maneira
12 3 12 + 3 15 12 3 proporcional ao investimento inicial de cada um. Portan-
= → = = = to o amigo que investiu a menor quantia obtém com o
8 2 8+2 10 8 2 investimento um lucro:

a) Maior que R$ 810,00


d) Diferença dos antecedentes e consequentes: b) Maior que R$ 805,00 e menor que R$ 810,00
A soma dos antecedentes está para a soma dos conse- c) Maior que R$ 800,00 e menor que R$ 805,00
quentes assim como cada antecedente está para o seu d) Maior que R$ 795,00 e menor que R$ 800,00
consequente: e) Menor que R$ 795,00
12 3 12 − 3 9 12 3
= → = = = Resposta : Letra D.
8 2 8−2 6 8 2
Ambos aplicaram R$ 9000,00+R$ 16000,00=R$
25000,00 e o lucro de R$ 2222,00 foi sobre este valor.
FIQUE ATENTO! Assim, constrói-se uma proporção entre o valor apli-
Usamos razão para fazer comparação entre cado (neste caso, R$ 9000,00 , pois o exercício quer o
duas grandezas. Assim, quando dividimos lucro de quem aplicou menos) e seu respectivo lucro:
uma grandeza pela outra estamos compa-
rando a primeira com a segunda. Enquanto 9000 25000
proporção é a igualdade entre duas razões. = → 25x = 19998 → x = R$ 799,92
x 2222

EXERCÍCIOS COMENTADOS REGRA DE TRÊS SIMPLES OU COMPOSTA

1. O estado de Tocantins ocupa uma área aproximada de Os problemas que envolvem duas grandezas direta-
278.500 km². De acordo com o Censo/2000 o Tocantins mente ou inversamente proporcionais podem ser resol-
tinha uma população de aproximadamente 1.156.000 ha- vidos através de um processo prático, chamado regra de
bitantes. Qual é a densidade demográfica do estado de três simples.
Tocantins?
Ex: Um carro faz 180 km com 15L de álcool. Quantos
Resposta : litros de álcool esse carro gastaria para percorrer 210 km?
A densidade demográfica é definida como a razão en-
tre o número de habitantes e a área ocupada: Solução:
1 156 000 hab. O problema envolve duas grandezas: distância e litros
d= = 4,15 ha b⁄k m²
278 500 km² de álcool.
Indiquemos por x o número de litros de álcool a ser
consumido.
2. Se a área de um retângulo (A1 ) mede 300 cm² e a Coloquemos as grandezas de mesma espécie em uma
área de um outro retângulo (A2 ) mede 100 cm², qual é o mesma coluna e as grandezas de espécies diferentes que
valor da razão entre as áreas (A1 ) e (A2 ) ? se correspondem em uma mesma linha:
Resposta : Ao fazermos a razão das áreas, temos: Distância (km) Litros de álcool
A1 300 180 15
= =3 210 x
A2 100

Na coluna em que aparece a variável x (“litros de ál-


Então, isso significa que a área do retângulo 1 é 3 ve- cool”), vamos colocar uma flecha:
zes maior que a área do retângulo 2.
Distância (km) Litros de álcool
180 15
MATEMÁTICA

210 x

Observe que, se duplicarmos a distância, o consumo


de álcool também duplica. Então, as grandezas distância
e litros de álcool são diretamente proporcionais. No

16
esquema que estamos montando, indicamos esse fato Velocidade (km/h) Tempo (h)
colocando uma flecha na coluna “distância” no mesmo 60 4
sentido da flecha da coluna “litros de álcool”: 80 x

Distância (km) Litros de álcool sentidos contrários


180 15
210 x Na montagem da proporção devemos seguir o senti-
do das flechas. Assim, temos:

mesmo sentido

Armando a proporção pela orientação das flechas,


temos:

Resposta: Farei esse percurso em 3 h.

EXERCÍCIOS COMENTADOS
Resposta: O carro gastaria 17,5 L de álcool.
1. (CBTU – ASSISTENTE OPERACIONAL – FU-
MARC/2016) Dona Geralda comprou 4 m de tecido im-
portado a R$ 12,00 o metro linear. No entanto, o metro
#FicaDica linear do lojista media 2 cm a mais. A quantia que o lojis-
ta deixou de ganhar com a venda do tecido foi:
Procure manter essa linha de raciocínio nos
diversos problemas que envolvem regra de a) R$ 0,69
três simples ! Identifique as variáveis, verifi- b) R$ 0,96
que qual é a relação de proporcionalidade e c) R$ 1,08
siga este exemplo ! d) R$ 1,20

Resposta: Letra B. As grandezas (comprimento e pre-


Ex: Viajando de automóvel, à velocidade de 60 km/h, ço) são diretamente proporcionais. Assim, a regra de
eu gastaria 4 h para fazer certo percurso. Aumentando três é direta:
a velocidade para 80 km/h, em quanto tempo farei esse
percurso? Metros Preço
Solução: Indicando por x o número de horas e colo-
cando as grandezas de mesma espécie em uma mesma 1 12
coluna e as grandezas de espécies diferentes que se cor- 0,02 x
respondem em uma mesma linha, temos:
1 � x = 0,02 � 12 → x = R$ 0,24
Velocidade (km/h) Tempo (h) Note que foi necessário passar 2 cm para metros, para
60 4 que as unidades de comprimento fiquei iguais. Assim,
80 x cada 2 cm custaram R$ 0,24 para o vendedor. Como
Na coluna em que aparece a variável x (“tempo”), va- ele vendeu 4 m de tecido, esses 2 cm não foram con-
mos colocar uma flecha: siderados quatro vezes. Assim, ele deixou de ganhar
Velocidade (km/h) Tempo (h) 2. Para se construir um muro de 17m² são necessários 3
60 4 trabalhadores. Quantos trabalhadores serão necessários
80 x para construir um muro de 51m²?
Observe que, se duplicarmos a velocidade, o tempo Resposta: 9 trabalhadores.
fica reduzido à metade. Isso significa que as grandezas As grandezas (área e trabalhadores) são diretamente
velocidade e tempo são inversamente proporcionais. proporcionais. Assim, a regra de três é direta:
No nosso esquema, esse fato é indicado colocando-se na
MATEMÁTICA

coluna “velocidade” uma flecha em sentido contrário ao


da flecha da coluna “tempo”: Área N Trabalhadores
17 3
51 x

17
17 � x = 51 � 3 → x = 9 trabalhadores
FIQUE ATENTO!
Repare que a regra de três composta, em-
Regra de Três Composta bora tenha formulação próxima à regra de
três simples, é conceitualmente distinta de-
O processo usado para resolver problemas que en- vido à presença de mais de duas grandezas
volvem mais de duas grandezas, diretamente ou inver- proporcionais.
samente proporcionais, é chamado regra de três com-
posta.

Ex: Em 4 dias 8 máquinas produziram 160 peças. Em


quanto tempo 6 máquinas iguais às primeiras produzi- EXERCÍCIOS COMENTADOS
riam 300 dessas peças?
Solução: Indiquemos o número de dias por x. Co- 1. (SEDUC-SP - ANALISTA DE TECNOLOGIA DA IN-
loquemos as grandezas de mesma espécie em uma só FORMAÇÃO – VUNESP/2014) Quarenta digitadores
coluna e as grandezas de espécies diferentes que se preenchem 2 400 formulários de 12 linhas, em 2,5 ho-
correspondem em uma mesma linha. Na coluna em que ras. Para preencher 5 616 formulários de 18 linhas, em 3
aparece a variável x (“dias”), coloquemos uma flecha: horas, e admitindo-se que o ritmo de trabalho dos digi-
tadores seja o mesmo, o número de digitadores neces-
Máquinas Peças Dias sários será:
8 160 4
6 300 x a) 105
b) 117
Comparemos cada grandeza com aquela em que está c) 123
o x. d) 131
e) 149
As grandezas peças e dias são diretamente propor-
cionais. No nosso esquema isso será indicado colocan- Resposta: Letra B. A tabela com os dados do enun-
do-se na coluna “peças” uma flecha no mesmo sentido ciado fica:
da flecha da coluna “dias”:
Digitadores Formulários Linhas Horas
Máquinas Peças Dias
8 160 4 40 2400 12 2,5
6 300 x x 5616 18 3
Mesmo sentido Comparando-se as grandezas duas a duas, nota-se
que:
As grandezas máquinas e dias são inversamente pro- Digitadores e formulários são diretamente propor-
porcionais (duplicando o número de máquinas, o número cionais, pois se o número de digitadores aumenta, a
de dias fica reduzido à metade). No nosso esquema isso quantidade de formulários que pode ser digitada tam-
será indicado colocando-se na coluna (máquinas) uma bém aumenta.
flecha no sentido contrário ao da flecha da coluna “dias”: Digitadores e linhas são diretamente proporcionais,
pois se a quantidade de digitadores aumenta, o núme-
Máquinas Peças Dias ro de linhas que pode ser digitado também aumenta.
8 160 4 Digitadores e horas são inversamente proporcionais,
6 300 x pois se o número de horas trabalhadas aumenta, en-
tão são necessários menos digitadores para o serviço
Sentidos contrários e, portanto, a quantidade de digitadores diminui.
Agora vamos montar a proporção, igualando a razão
que contém o x, que é 4 , com o produto das outras ra- A regra de três fica:
x
zões, obtidas segundo a orientação das flechas 6 160
� :
8 300
40 2400 12 3
= � �
x 5616 18 2,5
40 86400
→ =
x 252720
→ 86500x = 10108800
MATEMÁTICA

→ x = 117 digitadores

Resposta: Em 10 dias.

18
2. Em uma fábrica de brinquedos, 8 homens montam 20
carrinhos em 5 dias. Quantos carrinhos serão montados FIQUE ATENTO!
por 4 homens em 16 dias? Há diversas formas de equações do primeiro
grau e a seguir serão apresentados alguns
Resposta: deles. Antes, há uma lista de “regras” para a
solução de equações do primeiro grau:
Homens Carrinhos Dias
8 20 5 Regra 1 – Eliminar os parênteses
4 x 16 Regra 2 – Igualar os denominadores de todos os
termos caso haja frações
Observe que, aumentando o número de homens, a Regra 3 – Transferir todos os termos que conte-
produção de carrinhos aumenta. Portanto a relação nham incógnitas para o 1º membro
é diretamente proporcional (não precisamos inverter Regra 4 – Transferir todos os termos que conte-
a razão). nham somente números para o 2º membro
Aumentando o número de dias, a produção de carri- Regra 5 – Simplificar as expressões em ambos os
nhos aumenta. Portanto a relação também é direta- membros
mente proporcional (não precisamos inverter a razão). Regra 5 – Isolar a incógnita no 1º membro
Devemos igualar a razão que contém o termo x com o
produto das outras razões. Exemplo: Resolva a equação 5x − 4 = 2x + 8
Montando a proporção e resolvendo a equação, te-
mos: As regras 1 e 2 não se aplicam pois não há parênteses,
nem frações. Aplicando a regra 3, transfere-se o termo
20 8 5 “2x” para o 1º membro. Para fazer isso, basta colocá-lo
= � no 1º membro com o sinal trocado:
π 4 16
5x − 4 − 2x = 8
EQUAÇÕES DO 1º OU DO 2º GRAUS; Aplicando a regra 4, transfere-se o termo “-4” para o
2º membro. Para fazer isso, basta colocá-lo no 1º mem-
SISTEMA DE EQUAÇÕES DO 1º GRAU;
bro com o sinal trocado:
5x − 2x = 8 + 4
Equação do 1º Grau

Uma equação é uma igualdade na qual uma ou mais Aplicando a regra 5, simplifica-se as expressões em
variáveis, conhecidas por incógnitas, são desconhecidas. ambos os membros. Simplificar significa “juntar” todos
Resolver uma equação significa encontrar o valor das in- os termos com incógnitas em um único termo no 1º
cógnitas. Equações do primeiro grau são equações onde membro e fazer o mesmo com todos os temos que con-
há somente uma incógnita a ser encontrada e seu ex- tenham somente números no 2º membro:
poente é igual a 1. A forma geral de uma equação do 3x = 12
primeiro grau é:
ax + b = 0 Aplicando a regra 6, isola-se a incógnita no 1º mem-
bro. Para isso, divide-se ambos os lados da equação por
Onde a e b são números reais. 3, fazendo com que no 1º membro reste apenas :

O “lado esquerdo” da equação é denominado 1º 3x 12 12


membro enquanto o “lado direito” é denominado 2º = →x= → x = 4 → S = {4�
3 3 3
membro.
2x
Exemplo: Resolva a equação +2 x−4 = x+1
3
#FicaDica
Aplicando a regra 1, eliminam-se os parênteses. Para
Para resolver uma equação do primeiro grau, isso, aplica-se a distributiva no termo com parênteses:
costuma-se concentrar todos os termos que 2x
contenham incógnitas no 1º membro e to- + 2x − 8 = x + 1
3
dos os termos que contenham somente nú-
meros no 2º membro.
MATEMÁTICA

Aplicando a regra 2, igualam-se os denominadores


de todos os termos. Nessa equação, o denominador co-
mum é “3”:

19
2x 6x 24 3x 3 2. Encontre o valor de x que satisfaz a equação
+ − = +
3 3 3 3 3 3x + 24 = −5x

Como há o mesmo denominador em todos os ter- Resposta:


mos, eles podem ser “cortados”:
3x + 24 = −5x
2x + 6x − 24 = 3x + 3
⟹ 3x + 5x + 24 = 0 − 5x + 5x
⟹ 8x = −24
Aplicando a regra 3, transfere-se o termo “3x” para o
1º membro: ⟹ x = −3

2x + 6x − 3x − 24 = 3
Equação do 2º Grau

Aplicando a regra 4, transfere-se o termo “-24” para Equações do segundo grau são equações nas quais
o 2º membro: o maior expoente de é igual a 2. Sua forma geral é ex-
pressa por:
2x + 6x − 3x = 24 + 3
Aplicando a regra 5, simplificam-se as expressões em ax 2 + bx + c = 0
ambos os membros:
5x = 27 Onde e são números reais e . Os números a, b e c são
chamados coeficientes da equação:
- a é sempre o coeficiente do termo em x².
Por fim, aplicando a regra 6, isola-se a incógnita no - b é sempre o coeficiente do termo em x.
1º membro: - c é sempre o coeficiente ou termo independente.
27 27
x= →S= Equação completa e incompleta
5 5
- Quando b ≠ e c ≠ , a equação do 2º grau se diz
completa.
EXERCÍCIOS COMENTADOS Exs:
2

1. Calcule: 5x – 8x + 3 = 0 é uma equação completa (a = 5, b = – 8, c = 3).


2
y + 12y + 20 = 0 é uma equação completa (a = 1, b = 12, c = 20).
a) −3x – 5 = 25
1 Quando b=0 ou c=0 ou b=c=0, a equação do 2º grau
b) 2x − =3 se diz incompleta.
2
Exs:
Resposta: 2
x – 81 = 0 é uma equação incompleta (a = 1, b = 0 e c = – 81).
2

a) −3x – 5 = 25 10t + 2t = 0 é uma equação incompleta (a = 10, b = 2 e c = 0).


2
5y = 0 é uma equação incompleta (a = 5, b = 0 e c = 0).
⟹ −3x − 5 + 5 = 25 + 5
⟹ −3x = 30
Todas essas equações estão escritas na forma
−3x 30 ax 2 + bx + c = 0 , que é denominada forma
⟹ = ⟹ x = −10
−3 −3 normal ou forma reduzida de uma equação do 2º grau
com uma incógnita.
Há, porém, algumas equações do 2º grau que não
b) 1
2x –
=3 estão escritas na forma ax 2 + bx + c = 0 ; por meio
2 de transformações convenientes, em que aplicamos o
1 1 1
⟹ 2x − + = 3 + princípio aditivo para reduzi-las a essa forma.
2 2 2
Ex:
7 2x 7 Dada a equação: 2x 2 – 7x + 4 = 1 – x 2 , vamos es-
⟹ 2x = ⟹ =
2 2 4 crevê-la na forma normal ou reduzida.
MATEMÁTICA

7
⟹x=
4
2x 2 – 7x + 4 – 1 + x 2 = 0
2x 2 + x 2 – 7x + 4 – 1 = 0
3x 2 – 7x + 3 = 0

20
Resolução de Equações do 2º Grau: Fórmula de Bháskara

Para encontras as soluções de equações do segundo grau, é necessário conhecer seu discriminante, representado
pela letra grega Δ (delta).
Δ = b2 − 4 � a � c

FIQUE ATENTO!
O discriminante fornece importantes informações de uma equação do 2ª grau:
Se Δ > 0 → A equação possui duas raízes reais e distintas
Se Δ = 0 → A equação possui duas raízes reais e idênticas
Se Δ < 0 → A equação não possui raízes reais

A solução é dada pela Fórmula de Bháskara: −b ± Δ , válida para os casos onde Δ > 0 ou .
x= Δ=0
2a

#FicaDica
Para utilizar a Fórmula de Bháskara a equação deve estar obrigatoriamente no formato ax 2 + bx + c = 0
. Caso não esteja, é necessário colocar a equação nesse formato para, em seguida, aplicar a fórmula!

Quando b=0 diz-se que as raízes das equações são simétricas.

As regras para solução de uma equação do 2º grau são as seguintes:


Regra 1 – Identificar os números e
Regra 2 – Calcular o discriminante
Regra 3 – Caso o discriminante não seja negativo, utilizar a Fórmula de Bháskara

Exemplo: Resolva a equação


Aplicando a regra 1, identifica-se: , e
Aplicando a regra 2, calcula-se o discriminante:

Como o discriminante não é negativo, aplica-se a regra 3, que consiste em utilizar a fórmula de Bháskara:

Assim,
2
Exemplo: Resolva a equação x − x − 6 = 0
Aplicando a regra 1, identifica-se: a=1, b=-1 e c=-6
Aplicando a regra 2, calcula-se o discriminante:
Δ = b2 − 4 � a � c = −1 2
− 4 � 1 � −6 = 1 + 24 = 25

Como o discriminante não é negativo, aplica-se a regra 3, que consiste em utilizar a fórmula de Bháskara:

Assim, S= {2}
Note que, como o discriminante é nulo, a equação possui duas raízes reais e idênticas iguais a 2.
MATEMÁTICA

Exemplo: Resolva a equação x 2 − 4x + 4 = 0


Aplicando a regra 1, identifica-se: a=1, b=2 e c=3
Aplicando a regra 2, calcula-se o discriminante:
Δ = b2 − 4 � a � c = 2 2
− 4 � 1 � 3 = 4 − 12 = −8

21
Como o discriminante é negativo, a equação não pos- Neste modelo esquemático, temos o conjunto A
sui raízes reais. sendo representado a esquerda e o conjunto B sendo
Assim, S= ∅ (solução vazia). representado a direita, mostrando a relação de função
entre eles. A partir destas definições, podemos definir 3
conceitos fundamentais das funções: Domínio, Contra-
domínio e Imagem.
EXERCÍCIOS COMENTADOS
Domínio
1. Determine os valores de x que satisfazem: O domínio da função, ou domínio de f(x), é o conjun-
2 to de todos os valores que podem ser atribuídos a x, ou
x − 2x − 5 = 0 seja, todos os elementos do conjunto A.

Resposta: Contradomínio

x ′ = 1 − 6 e x′′ = 1 + 6. O contradomínio da função, ou contradomínio de f(x),


são todos os valores possíveis que podem ser atribuídos
2
a y, ou seja, trata-se do conjunto B,
x − 2x − 5 = 0
Δ = −2 2 − 4 � −5 � 1 = 4 + 20 = 24 Imagem

x=
− −2 ± 24
=
2±2 6
=1± 6 A imagem de uma função, ou imagem de f(x), é um
2�1 2 subconjunto do contradomínio que contém apenas os
Assim, as raízes x′ e x′′ são: valores de y que tiveram algum elemento de x associado.
x′ = 1 − 6 e x′′ = 1 + 6
Usando o diagrama esquemático representado ante-
riormente, podemos descrever as 3 definições nele:
Domínio: Todos os valores de A: f(x):Dom={2,4,7,10}
2. Determine os valores de x que satisfazem:
Contradomínio: Todos os valores de B: f(x):Contra-
Dom= {0,4,8,10,12,16}
x 2 − 2x + 5 = 0 Imagem: Todos os valores de B que tiveram associa-
ção com A: f(x):Imagem={0,4,10,16}
Resposta: Não existe solução em R.
Observe que o elemento “8” do conjunto B não per-
tence a imagem, pois não há nenhum valor do conjunto
Função do 1˚ Grau A associado a ele.

Conceitos Fundamentais sobre Funções


FIQUE ATENTO!
Uma função é uma relação entre dois conjuntos A e Nem sempre a imagem e o contradomínio
B de modo que cada elemento do conjunto A está as- terão o mesmo tamanho!
sociado a um único elemento de B. Sua representação
matemática é bem simples:
Função crescente: A função f(x), num determinado
y=f(x):A→B intervalo, é crescente se, para quaisquer x1 e x2 pertencen-
tes a este intervalo, com com x1<x2, tivermos f(x1 )<f(x2 ).
Onde y são os elementos do conjunto B e x são os
elementos do conjunto A. f(x) é a chamada “função de
x”, que basicamente é uma expressão matemática que
quantifica o valor de y, dado um valor de x. Outra manei-
ra de representarmos uma função é através de um mo-
delo esquemático:

Função decrescente: Função f(x), num determinado


intervalo, é decrescente se, para quaisquer x1 e x2 perten-
cente a este intervalo, com x1<x2, tivermos f(x1 )>f(x2 ).
MATEMÁTICA

22
Função do 1º Grau

As funções de 1° grau, conhecidas também como


funções lineares, são expressões matemáticas onde a va-
riável independente x possui grau igual a 1 e não está no
denominador, em outras palavras, a forma geral de uma
função de primeiro grau é a seguinte:

f(x)=ax+b a≠0

Onde “a” e “b” são números reais e são denomina-


dos respectivamente de coeficientes angular e linear. Nas
Função constante: A função f(x), num determinado funções de primeiro grau, tanto o domínio, contradomí-
intervalo, é constante se, para quaisquer x1<x2 , tivermos nio e imagem são todos os números reais, uma vez que
f(x1) = f(x2). não há nenhum tipo de restrição de valor nas mesmas.

Zeros da Função do 1º grau:

Chama-se zero ou raiz da função do 1º grau y = ax +


b o valor de x que anula a função, isto é, o valor de x para
que y seja igual à zero.
Assim, para achar o zero da função y = ax + b, basta
resolver a equação ax + b = 0

Ex:
Determinar o zero da função: y = 2x – 4.

Representação Gráfica

A função f(x) pode ser representada no plano carte-


siano, através de um par ordenado (x,y). O lugar geo-
métrico dos pares ordenados para os quais x∈Dom e
y∈Imagem formam, no plano cartesiano, o gráfico da O zero da função y = 2x – 4 é 2.
função. Um exemplo de plano cartesiano é apresentado
abaixo:
Gráfico da Função do 1º Grau

A forma desta função, como o próprio nome diz, será


linear ou uma reta, e terá três tipos:

a) Crescente: a> 0
Quando o coeficiente angular da função for positi-
vo, os valores de y aumentarão quando o valor de
x também aumentar. A representação gráfica dos
três posicionamentos desta reta, em função do va-
lor de b, está abaixo:

#FicaDica
A apresentação de uma função por meio de
MATEMÁTICA

seu gráfico é muito importante, não só na


Matemática como nos diversos ramos dos
estudos científicos.

23
b) Decrescente:
A representação gráfica dos três posicionamentos
desta reta, em função do valor de b, está abaixo:

Estudo do sinal da função do 1º grau

Estudar o sinal da função do 1º grau


é determinar os valores reais de x para que:
- A função se anule (y = 0);
- A função seja positiva (y > 0);
- A função seja negativa (y < 0).

Ex:
Estudar o sinal da função .

a) Qual o valor de x que anula a função?

c) Constante:
Algumas referências não tratam a função constante A função se anula para .
como uma função linear e na teoria, realmente ela não
MATEMÁTICA

é. Entretanto, como sua forma também é uma reta e tra-


ta-se de um caso específico do valor de a, colocamos
nesta seção para ficar de maneira mais didática ao leitor.
A representação gráfica dos três posicionamentos desta
reta, em função do valor de b, está abaixo:

24
b) Quais valores de x tornam positiva a função?
EXERCÍCIO COMENTADO

1. Determine o domínio das funções reais apresentadas


abaixo.

a)

b)

c)
A função é positiva para todo x real maior que 2.

c) Quais valores de x tornam negativa a função? Resposta:

a) Domínio =

b) Domínio =

c) Domínio =

Função do 2˚ Grau

Chama-se função do 2º grau ou função quadrática


toda função de em definida por um polinômio
A função é negativa para todo x real menor que 2. do 2º grau da forma com a , b e
c reais e . O gráfico de uma função do 2º grau é
Podemos também estudar o sinal da função por meio uma parábola.
de seu gráfico:
Exs:

1. Zeros da Função do 2º grau

As raízes ou zeros da função quadrática


são os valores de x reais tais
que e, portanto, as soluções da equação do
- 2º grau.

A resolução de uma equação do 2º grau é feita utili-


zando a fórmula de Bháskara como já visto.
- Para x = 2 temos y = 0;
- Para x > 2 temos y > 0; FIQUE ATENTO!
- Para x < 2 temos y < 0. As raízes (quando são reais), o vértice e a
intersecção com o eixo y são fundamentais
para traçarmos um esboço do gráfico de
uma função do 2º grau.
MATEMÁTICA

Concavidade da Parábola

No caso das funções do 2º grau, a parábola pode ter


sua concavidade voltada para cima (a > 0) ou voltada
para baixo (a < 0).

25
Cálculo da abscissa do vértice:

Cálculo da ordenada do vértice:


Substituindo x por 4 na função dada:

Logo, o ponto V, vértice dessa parábola, é dado por


a> 0 a<0 V.

Coordenadas do vértice da parábola


#FicaDica
A parábola que representa graficamente a função do
2º grau apresenta como eixo de simetria uma reta vertical Como observado, a ordenada do vértice (
que intercepta o gráfico num ponto chamado de vértice. ) pode ser calculada de duas formas distintas:
As coordenadas do vértice são: substituindo o valor de na função ou usan-
do a fórmula dada anteriormente
e . Costuma-se utilizar a primeira forma (apre-
sentada no exemplo) por exigir menos cálcu-
los e com isso ganha-se tempo na prova. Mas
fica a cargo do aluno qual forma utilizar. Para
fins ilustrativos, vamos encontrar o utilizan-
do a fórmula:

que é idêntico
(como não poderia deixar de ser) ao valor
encontrado anteriormente.

Domínio e Imagem da função do 2º grau


Vértice (V)
O domínio de uma função do 2º grau é o conjunto
O Conjunto Imagem de uma função do 2º grau está dos números reais, ou seja Dom=
associado ao seu ponto extremo, ou seja, à ordenada do Como visto acima, a imagem de uma função do 2º
vértice grau está diretamente relacionada à ordenada do vértice
( ).
( ).
Para a > 0 → Im = y ∈ ℝ y ≥ yV}
Para a < 0 → Im = y ∈ ℝ y ≤ yV }

Representação gráfica – diferentes casos

Para sabermos a posição e orientação desta parábola,


precisaremos além de analisar o sinal do discriminante,
teremos que analisar também o sinal do coeficiente “a”.
Vejam os casos:

a) a > 0 e Δ > 0 : Neste caso, teremos a “boca”


da parábola apontada para cima, e como temos
duas raízes distintas, a mesma cruza duas vezes no
MATEMÁTICA

Ex: eixo x. Além disso, o vértice da parábola caracteri-


Vamos determinar as coordenadas do vértice da pará- za-se pelo ponto de mínimo da mesma. Seguem
bola da seguinte função quadrática: . as representações para duas raízes positivas, uma
positiva e outra negativa, e as duas negativas, res-
pectivamente:

26
b) a < 0 e Δ > 0 : Neste caso, temos a “boca” da parábola apontada para baixo, e como temos duas raízes dis-
tintas, a mesma cruza duas vezes no eixo x. Além disso, o vértice da parábola caracteriza o ponto de máximo da
mesma. Seguem as representações para as duas raízes positivas, uma positiva e outra negativa, e as duas nega-
tivas, respectivamente:

c) a > 0 e Δ = 0 : Neste caso, a “boca” da parábola segue apontada para cima, mas a mesma toca o eixo x apenas
uma vez, já que a raízes são idênticas. Além disso, o vértice desta parábola é exatamente o ponto de tangência,
a figura a seguir apresenta os casos para a raiz positiva e negativa respectivamente:

d) a < 0 e Δ = 0 : Neste caso, a “boca” da parábola segue apontada para baixo, mas a mesma toca o eixo x
apenas uma vez, já que a raízes são idênticas. Além disso, o vértice desta parábola é exatamente o ponto de
tangência, a figura a seguir apresenta os casos para a raiz positiva e negativa respectivamente:
MATEMÁTICA

27
e) a > 0 e Δ = 0 : Neste caso, não há raízes (a pa- Valor máximo e valor mínimo da função do 2º grau
rábola não toca e nem cruza o eixo x). A “boca”
da parábola segue para cima e as figuras a seguir - Se a > 0, o vértice é o ponto da parábola que tem
apresentam os gráficos para vértices com coorde- ordenada mínima. Nesse caso, o vértice é chamado
nada x positiva e negativa respectivamente: ponto de mínimo e a ordenada do vértice é cha-
mada valor mínimo da função;
- Se a < 0, o vértice é o ponto da parábola que tem
ordenada máxima. Nesse caso, o vértice é ponto
de máximo e a ordenada do vértice é chamada va-
lor máximo da função.

EXERCÍCIOS COMENTADOS

1. Dada a função parabólica a < 0 e Δ = 0 , determine


as coordenadas do vértice, V.

Resposta: As coordenadas do seu vértice podem ser


encontradas através de:
xv = – b
2a
yv = – Δ
4a
Logo,
−1 1
xv = − =
2�1 2
−1 2 − 4 � 1 � 0 1
yv = − =−
a < 0 e Δ = 0 : Neste caso, não há raízes (a pa- 4�1 4
f)
rábola não toca e nem cruza o eixo x). A “boca” Portanto:
da parábola segue para baixo e as figuras a seguir 1 1
apresentam os gráficos para vértices com coorde- V= ,− .
2 4
nada x positiva e negativa respectivamente:

2. (UFSCAR–SP) Uma bola, ao ser chutada num tiro de


meta por um goleiro, numa partida de futebol, teve sua
trajetória descrita pela equação h(t) = – 2t² + 8t (t ≥0) ,
onde t é o tempo medido em segundo e h(t) é a altura
em metros da bola no instante t. Determine, apos o chu-
te:

a) o instante em que a bola retornará ao solo.


b) a altura atingida pela bola.

Resposta: a) Houve dois momentos em que a bola


tocou o chão: o primeiro foi antes de ela ser chutada
e o segundo foi quando ela terminou sua trajetória e
retornou para o chão. Em ambos os momentos a altu-
ra h(t) era igual a zero, sendo assim:
h(t) = – 2t² + 8t
0 = – 2t² + 8t
2t² – 8t = 0
2t.(t – 4) = 0
t’ = 0
t’’ – 4 = 0
t’’ = 4
MATEMÁTICA

Portanto, o segundo momento em que a bola tocou


no chão foi no instante de quatro segundos.
b) A altura máxima atingida pela bola é dada pelo vér-
tice da parábola. As coordenadas do seu vértice po-
dem ser encontradas através de:

28
xv = – b Equações exponenciais
2a
yv = – Δ As equações exponenciais são funções exponenciais
4a relacionadas a números ou expressões. O princípio fun-
damental para a resolução das mesmas é lembrar que
No caso apresentado, é interessante encontrar ape- dois expoentes serão iguais se as respectivas bases tam-
nas yv: bém forem iguais, sigam os exemplos abaixo:
Ex:
yv = – Δ Resolva 3x = 27
4a Resolução: Seguindo o princípio que bases iguais te-
yv = – (b² – 4ac) rão expoentes iguais, temos que lembrar que 27 = 33 ,
4a assim:
yv = – (8² – 4 (–2)0)
4 (– 2) 3x = 33
yv = – (64 – 0) x=3
–8 S = {3}
yv = 8

Portanto, a altura máxima atingida pela bola foi de 8


metros.
EXERCÍCIOS COMENTADOS

Função Exponencial 1. Resolva 22x = 1024

A função exponencial, como o nome mostra, é uma Resposta:


função onde a variável independente é um expoente: Utilizando as propriedades de potenciação, tem-se:
𝟐𝟐𝐱 = 𝟐𝟏𝟎
Com “a” sendo um número real. Possui dois tipos
𝟐𝐱 = 𝟏𝟎
básicos, quando a > 1 (crescente) e 0 < a < 1 (de-
crescente). Portanto, a solução da equação exponencial é x=5.
As figuras a seguir apresentam seus respectivos grá-
ficos:
2.(CONED-2016) Qual a soma das raízes ou zeros da
função exponencial abaixo:
22x−3 − 3 � 2x−1 + 4 = 0
a) 5
b) 4
c) 6
d) 8
e) -6

Resposta: Letra A.

22x−3 − 3 � 2x−1 + 4 = 0
22x 3 � 2x
− +4 = 0
23 2
2x 2 3 � 2x
− +4 = 0
23 2
Faz-se a substituição 2x = y pra obter uma equação
de segundo grau
y 2 3y
− +4=0
#FicaDica 8 2
É importante ressaltar que o gráfico da Multiplicando a equação por 8
função exponencial (na forma que foi
y 2 − 12y + 32 = 0
MATEMÁTICA

apresentado) não toca o eixo , pois a


função com é sempre positiva. Resolvendo a equação do segundo grau:

29
Δ = −12 2
− 4 � 1 � 32 = 144 − 128 = 16 Equações Logarítmicas

As equações logarítmicas adotarão um princípio se-


melhante as equações exponenciais. Para se achar o mes-
mo logaritmando, dois logaritmos deverão ter a mesma
base ou vice-versa. Ressalta-se apenas que as condições
de existência de um logaritmo devem ser respeitadas.
Veja o exemplo:
2x = 4 → 2x = 22 → x = 2
Assim, � x 1 Ex:
2 = 8 → 2x = 23 → x2 = 3 Resolva log2 x − 2 = 4
Portanto, a soma das raízes é igual a 2+3=5. Primeiramente, será importante transformar o núme-
ro 4 em um log. Como a base do log que contém x é dois,
vamos transformar 4 em um log na base 2 da seguinte
Função Logarítmica forma:
log 2 16 = 4
As funções logarítmicas tem como base o operador
matemático log: Igualando isso a equação:
log 2 x − 2 = log 2 16
f x = log a x , com a > 0, a ≠ 1 e x > 0

#FicaDica
FIQUE ATENTO! Bases iguais, logaritmandos iguais:
Observe que há restrições importantes para
os valores de (logaritmando) e (base) e será 4x + 2 = 3x + 3
essas restrições que poderá determinar o → 4x − 3x = 3 − 2
conjunto solução das equações logarítmicas.
→x=1

O gráfico da função logarítmica terá dois formatos,


baseado nos possíveis valores de a. Será crescente quan-
do e decrescente quando :
EXERCÍCIO COMENTADO

1. (FUNDEP-2014) O conjunto solução da equação


log 4x + 2 = log 3x + 3 é:
a) S={1}
b) S= {2}
c) S= {3}
d) S= {4}
e) S= {5}

Resposta: Letra A. Como as bases são iguais, os lo-


garitmandos devem ser iguais. Portanto, pode-se es-
crever:

4x + 2 = 3x + 3
→ 4x − 3x = 3 − 2
→x=1

Função Modular

Módulo

As funções modulares são desenvolvidas através de


MATEMÁTICA

um operador matemático chamado de “Módulo”. Sua


definição está apresentada abaixo:
𝑥, 𝑠𝑒 𝑥 ≥ 0
x = �
−𝑥, 𝑠𝑒 𝑥 ≤ 0

30
Sua representação é através de duas barras verticais e
lê-se “Módulo de x”.

#FicaDica
Módulo também conhecido como valor ab-
soluto pode ser entendido como uma dis-
tância e por isso |x|<0 não existe para todo x.
Ex: |3| = 3 e |-3| = 3.

Função Modular

A função modular, segue a mesma representação,


trocando apenas x por f(x):

𝑓 x , 𝑠𝑒 𝑓 x ≥ 0
f(x) = �
−𝑓 x , 𝑠𝑒 𝑓 x ≤ 0

FIQUE ATENTO! Equações modulares


A representação gráfica será feita através
de duas retas, dependendo de como é a As equações modulares são funções modulares igua-
forma de f (x). ladas a algum número ou expressão. Ela será resolvida
decompondo a mesma em dois casos, com domínios
pré-determinados. Este tipo de solução é apresentada
Abaixo segue alguns exemplos: no Exercício Comentado 1, a seguir:

Ex:
Desenhar o gráfico de f x = |x|
Resolução: O gráfico de f x = |x| forma uma ponta EXERCÍCIO COMENTADO
na origem e segue uma reta espelhada tanto para o sen-
tido positivo quanto para o negativo:
1. Resolva x − 3 = 7

Reposta: Conforme foi mencionado, vamos resolver


dois casos, usando a definição de módulo:
x − 3 = 7 , para x − 3 ≥ 0
− x − 3 = 7 , para x − 3 ≤ 0
Resolvendo:
x = 7 + 3 = 10, para x ≥ 3
– x + 3 = 7 ⇔ x = −4, para x ≤ 3
Observe que as duas soluções estão dentro dos domí-
Ex: nios pré-estabelecidos, assim: S={-4,10}
Desenhar o gráfico de f x = |x − a
Resolução: Quando há um termo subtraindo o valor
de x dentro do módulo, o gráfico original acima se des-
loca, com a “ponta” se movendo para a coordenada “a”.
Seguem os dois casos, para a > 0 e a < 0 respectiva-
mente:
MATEMÁTICA

31
2. (PREF. OSASCO-SP – ATENDENTE – FGV/2014) Assinale a única função, dentre as opções seguintes, que pode
estar representada no gráfico a seguir:

a) y = 1 – |x – 1|;
b) y = 1 – |x + 1|;
c) y = 1 + |x – 1|;
d) y = 1 + |x + 1|;
e) y = |x – 1| + |x + 1|.

Resposta: Letra A. Pelo gráfico se x = 0 implica em y = 0, se x = 2 implica em y = 0 e se x = 1 implica em y=1. Ana-


lisando o itens acima, verifica-se que essas condições são satisfeitas se y = 1 – |x – 1|. Logo, a resposta correto é a
letra a.

GRANDEZAS E MEDIDAS – QUANTIDADE, TEMPO, COMPRIMENTO, SUPERFÍCIE, CAPACIDA-


DE E MASSA;

O sistema de medidas e unidades existe para quantificar dimensões. Como a variação das mesmas pode ser gigan-
tesca, existem conversões entre unidades para melhor leitura.

Medidas de Comprimento

A unidade principal (utilizada no sistema internacional de medidas) de comprimento é o metro. Para medir dimen-
sões muito maiores ou muito menores que essa referência, surgiram seis unidades adicionais:

km hm dam m dm cm mm
(kilômetro) (hectômetro) (decâmetro) (metro) (decímetro) (centímetro) (milímetro)

A conversão de unidades de comprimento segue potências de 10. Para saber o quanto se deve multiplicar (ou dividir),
utiliza-se a regra do , onde c é o número de casas que se andou na tabela acima. Adicionalmente, se você andou para a
direita, o número deverá ser multiplicado, se andou para a esquerda, será dividido. As figuras a seguir exemplificam as
conversões:
Ex: Conversão de 2,3 metros para centímetros
MATEMÁTICA

32
Ex: Conversão de 125 000 mm para decâmetro:

Medidas de Área (Superfície)

As medidas de área seguem as mesmas referências que as medidas de comprimento. A unidade principal é o metro
quadrado e as outras seis unidades são apresentadas a seguir:

km² hm² dam² m² dm² cm² mm²


(kilômetro (hectômetro (decâmetro (metro qua- (decímetro (centímetro (milímetro
quadrado) quadrado) quadrado) drado) quadrado) quadrado) quadrado)

A conversão de unidades segue com potências de 10. A diferença agora é que ao invés da regra de , utiliza-se a regra
de , ou seja, o número de casas que se andou deve ser multiplicado por 2. A definição se multiplica ou divide segue a
mesma regra: Andou para a direita, multiplica, andou para a esquerda, divide. Sigam os exemplos:
Ex: Conversão de 2 km² para m²
MATEMÁTICA

33
Ex: Conversão de 20 mm² para cm²

Medidas de Volume(Capacidade)

As medidas de volume seguem as mesmas referências que as medidas de comprimento. A unidade principal é o
metro cúbico e as outras seis unidades são apresentadas a seguir:

km³ hm³ dam³ m³ dm³ cm³ mm³


(kilômetro (hectômetro- (decâmetro- (metro- (decímetro- (centímetro- (milímetro-
cúbico) cúbico) cúbico) cúbico) cúbico) cúbico) cúbico)

A conversão de unidades segue com potências de 10. A diferença agora é que ao invés da regra de , utiliza-se a re-
gra de , ou seja, o número de casas que se andou deve ser multiplicado por 3. A definição se multiplica ou divide segue
a mesma regra: Andou para a direita, multiplica, andou para a esquerda, divide. Sigam os exemplos:
Ex: Conversão de 3,7 m³ para cm³
MATEMÁTICA

34
Ex: Conversão de 50000 dm³ para m³

kL hL dam³ m³ dm³ cm³ mm³


(quilolitro) (hectolitro) (decalitro) (litro) (decilitro) (centilitro) (mililitro)

Para essa tabela, o roteiro para converter unidades de medidas é o mesmo utilizado para as medidas anteriores. A
diferença é que para cada unidade à direita multiplica-se por 10 e para cada unidade à esquerda divide-se por 10 (igual
para unidades de comprimento).

Medidas de Massa

As medidas de massa segue a base 10, como as medidas de comprimento. A unidade principal é o grama (g) e suas
seis unidades complementares estão apresentadas a seguir:

kg hg dag g dg cg mg
(kilograma) (hectograma) (decagrama) (grama) (decígrama) (centígrama) (milígrama)

Os passos para conversão de unidades segue o mesmo das medidas de comprimento. Utiliza-se a regra do , multi-
plicando se caminha para a direita e divide quando caminha para a esquerda.

FIQUE ATENTO!
Outras unidades importantes:
• Massa: A tonelada, sendo que 1 tonelada vale 1000 kg.
• Volume : O litro (l) que vale 1 decímetro cúbico (dm³) e o mililitro, que vale 1 cm³.
• Área: O hectare (ha) que vale 1 hectômetro quadrado (ou 10000 m²) e o alqueire, (varia de região para
região e normalmente a conversão desejada é dada na prova).

Medidas de Tempo

Desse grupo, o sistema hora – minuto – segundo, que mede intervalos de tempo, é o mais conhecido.
MATEMÁTICA

2h = 2 ∙ 60min = 120 min = 120 ∙ 60s = 7 200s


Para passar de uma unidade para a menor seguinte, multiplica-se por 60.
0,3h não indica 30 minutos nem 3 minutos; como 1 décimo de hora corresponde a 6 minutos, conclui-se que 0,3h =
18min.

35
Para medir ângulos, também temos um sistema não 3. Passe 50 dm2 para hectômetros quadrados.
decimal. Nesse caso, a unidade básica é o grau. Na as-
tronomia, na cartografia e na navegação são necessárias Resposta: 0, 00005 hm². Para passarmos de decíme-
medidas inferiores a 1º. Temos, então: tros quadrados para hectômetros quadrados, passare-
1 grau equivale a 60 minutos (1º = 60’) mos três níveis à esquerda.
1 minuto equivale a 60 segundos (1’ = 60”) Dividiremos então por 100 três vezes:
50dm2:100:100:100 ⟹ 0,00005hm2
Os minutos e os segundos dos ângulos não são, é Isto equivale a passar a vírgula seis casas para a esquer-
claro, os mesmos do sistema hora – minuto – segundo. da.
Há uma coincidência de nomes, mas até os símbolos que Portanto, 50 dm² é igual a 0, 00005 hm².
os indicam são diferentes:
4. Passe 5.200 gramas para quilogramas.
1h32min24s é um intervalo de tempo ou um instante
do dia. Resposta: 5,2 kg. Para passarmos 5.200 gra-
1º 32’ 24” é a medida de um ângulo. mas para quilogramas, devemos dividir (por-
que na tabela grama está à direita de quilogra-
ma) 5.200 por 10 três vezes, pois para passarmos
#FicaDica de gramas para quilogramas saltamos três níveis à
esquerda.
Por motivos óbvios, cálculos no sistema Primeiro passamos de grama para decagrama, depois
hora – minuto – segundo são similares a de decagrama para hectograma e finalmente de hec-
cálculos no sistema grau – minuto – se- tograma para quilograma:
gundo, embora esses sistemas correspon- 5200g:10:10:10 ⟹ 5,2Kg
dam a grandezas distintas. Isto equivale a passar a vírgula três casas para a esquer-
da.
Portanto, 5.200 g são iguais a 5,2 kg.

5. Converta 2,5 metros em centímetros.


EXERCÍCIOS COMENTADOS
Resposta: 250 cm. Para convertermos 2,5 me-
1. Raquel saiu de casa às 13h 45min, caminhando até o tros em centímetros, devemos multiplicar (por-
curso de inglês que fica a 15 minutos de sua casa, e che- que na tabela metro está à esquerda de centíme-
gou na hora da aula cuja duração é de uma hora e meia. tro) 2,5 por 10 duas vezes, pois para passarmos
A que horas terminará a aula de inglês? de metros para centímetros saltamos dois níveis à
direita.
a) 14h Primeiro passamos de metros para decímetros e de-
b) 14h 30min pois de decímetros para centímetros:
c) 15h 15min 2,5m∙10∙10 ⟹ 250cm
d) 15h 30min Isto equivale a passar a vírgula duas casas para a di-
e) 15h 45min reita.
Logo, 2,5 m é igual a 250 cm.
Resposta: Letra D. Basta somarmos todos os valores
mencionados no enunciado do teste, ou seja:
13h 45min + 15 min + 1h 30 min = 15h 30min RELAÇÃO ENTRE GRANDEZAS – TABELA
Logo, a questão correta é a letra D. OU GRÁFICO; TRATAMENTO DA INFOR-
MAÇÃO – MÉDIA ARITMÉTICA SIMPLES;
2. 348 mm3 equivalem a quantos decilitros?

Resposta: “0, 00348 dl”. Como 1 cm3 equivale a 1 ml, Estatística


é melhor dividirmos 348 mm3 por mil, para obtermos
o seu equivalente em centímetros cúbicos: 0,348 cm3. Definições Básicas
Logo 348 mm3 equivalem a 0, 348 ml, já que cm3 e ml se
equivalem. Estatística: ciência que tem como objetivo auxiliar na
Neste ponto já convertemos de uma unidade de me- tomada de decisões por meio da obtenção, análise, orga-
dida de volume, para uma unidade de medida de ca- nização e interpretação de dados.
pacidade. População: conjunto de entidades (pessoas, obje-
Falta-nos passarmos de mililitros para decilitros, quan- tos, cidades, países, classes de trabalhadores, etc.) que
MATEMÁTICA

do então passaremos dois níveis à esquerda. Dividire- apresentem no mínimo uma característica em comum.
mos então por 10 duas vezes: Exemplos: pessoas de uma determinada cidade, preços
0,348ml:10:100,00348dl de um produto, médicos de um hospital, estudantes que
Logo, 348 mm³ equivalem a 0, 00348 dl. prestam determinado concurso, etc.

36
Amostra: É uma parte da população que será objeto do estudo. Como em muitos casos não é possível estudar a
população inteira, estuda-se uma amostra de tamanho significativo (há métodos para determinar isso) que retrate o
comportamento da população. Exemplo: pesquisa de intenção de votos de uma eleição. Algumas pessoas são entre-
vistadas e a pesquisa retrata a intenção de votos da população.
Variável: é o dado a ser analisado. Aqui, será chamado de e cada valor desse dado será chamado de . Essa variável
pode ser quantitativa (assume valores) ou qualitativa (assume características ou propriedades).

Medidas de tendência central

São medidas que auxiliam na análise e interpretação de dados para a tomada de decisões. As três medidas de ten-
dência central são:

Média aritmética simples: razão entre a soma de todos os valores de uma mostra e o número de elementos da
amostra. Expressa por . Calculada por:
∑xi
x� =
n
Média aritmética ponderada: muito parecida com média aritmética simples, porém aqui cada variável tem um
peso diferente que é levado em conta no cálculo da média.
∑xi pi
x� =
∑pi

Mediana: valor que divide a amostra na metade. Em caso de número para de elementos, a mediana é a média entre
os elementos intermediários

Moda: valor que aparece mais vezes dentro de uma amostra.


Ex: Dada a amostra {1,3,1,2,5,7,8,7,6,5,4,1,3,2} calcule a média, a mediana e a moda.
Solução
Média:
1 + 3 + 1 + 2 + 5 + 7 + 8 + 7 + 6 + 5 + 4 + 1 + 3 + 2 55
x� = = = 3,92
14 14
Mediana:
Inicialmente coloca-se os valores em ordem crescente:
{1,1,1,2,2,3,3,4,5,5,6,7,7,8}

Como a amostra tem 14 valores (número par), os elementos intermediários são os 7º e 8º elementos. Nesse exem-
3+4 7
plo, são os números 3 e 4. Portanto, a mediana é a média entre eles: = = 3,5
2 2
Moda:
O número que aparece mais vezes é o número 1 e, portanto, é a moda da amostra nesse exemplo.
Ex: Dada a amostra {2,4,8,10,15,6,9,11,7,4,15,15,11,6,10} calcule a média, a mediana e a moda.
Solução:
Média:
2 + 4 + 8 + 10 + 15 + 6 + 9 + 11 + 7 + 4 + 15 + 15 + 11 + 6 + 10 133
x� = = = 8,867
15 14

Mediana:
Inicialmente coloca-se os valores em ordem crescente
{2,4,4,6,6,7,8,9,10,10,11,11,15,15,15}
Como a amostra tem 15 valores (número par), o elemento intermediário é o 8º elemento. Logo, a mediana é igual
a 9.

Moda:
MATEMÁTICA

O número que aparece mais vezes é o número 15 e, portanto, é a moda da amostra nesse exemplo.
Ex: A média de uma disciplina é calculada por meio da média ponderada de três provas. A primeira tem peso 3, a
segunda tem peso 4 e a terceira tem peso 5. Calcule a média de um aluno que obteve nota 8 na primeira prova, 5 na
segunda e 6 na terceira.

37
Solução:
Trata-se de um caso de média aritmética ponderada.
∑xi pi 3 ∙ 8 + 4 ∙ 5 + 5 ∙ 6 74
x� = = = = 6,167
∑pi 3+4+5 12

Tabelas e Gráficos

Tabelas
Tabelas podem ser utilizadas para expressar os mais diversos tipos de dados. O mais importante é saber interpretá-
-las e para isso é conveniente saber como uma tabela é estruturada. Toda tabela possui um título que indica sobre o
que se trata a tabela. Toda tabela é dividida em linhas e colunas onde, no começo de uma linha ou de uma coluna, está
indicado qual o tipo de dado que aquela linha/coluna exibe.
Ex:
Tabela 1 - Número de estudantes da Universidade ALFA divididos por curso

Curso Número de Estudantes


Administração 2000
Arquitetura 1450
Direito 2500
Economia 1800
Enfermagem 800
Engenharia 3500
Letras 750
Medicina 1500
Psicologia 1000
TOTAL 15300

Nesse caso, as colunas são: curso e número de estudantes e cada linha corresponde a um dos cursos da Universi-
dade com o respectivo número de alunos de cada curso.

Tabela 2 - Número de estudantes da Universidade ALFA divididos por curso e gênero

Curso Gênero Número de Estudantes


Administra- Homem 1200
ção Mulher 800
Homem 850
Arquitetura
Mulher 600
Homem 1600
Direito
Mulher 900
Homem 800
Economia
Mulher 1000
Enferma- Homem 350
gem Mulher 450
Homem 2500
Engenharia
Mulher 1000
Homem 200
Letras
Mulher 550
Homem 700
Medicina
MATEMÁTICA

Mulher 800
Homem 400
Psicologia
Mulher 600
TOTAL 15300

38
Nesse caso, as colunas são: curso, gênero e número de estudantes e cada linha corresponde a um dos cursos da
Universidade com o respectivo número de alunos de cada curso separados por gênero.

#FicaDica
Acima foram exibidas duas tabelas como exemplos. Há uma infinidade de tabelas cada uma com sua par-
ticularidade o que torna impossível exibir todos os tipos de tabelas aqui. Porém em todas será necessário
identificar linhas, colunas e o que cada valor exibido representa.

Gráficos

Para falar de gráficos em estatística é importante apresentar o conceito de frequência.

Frequência: Quantifica a repetição de valores de uma variável estatística.

Tipos de frequência
Absoluta: mede a quantidade de repetições.
Ex. Dos 30 alunos, seis tiraram nota 6,0. Essa nota possui freqüência absoluta:
fi = 4

Relativa: Relaciona a quantidade de repetições com o total (expresso em porcentagem)


Ex. Dos 30 alunos, seis tiraram nota 6,0. Essa nota possui freqüência relativa:
6
fr = ∙ 100 = 20%
30

Tipos de Gráficos

Gráficos de coluna: gráficos que têm como objetivo atribuir quantidades a certos tipos de grupos. Na horizontal
são apresentados os grupos (dados qualitativos) dos quais deseja-se apresentar dados enquanto na vertical são apre-
sentados os valores referentes a cada grupo (dados quantitativos ou frequências absolutas)

Ex: A Universidade ALFA recebe estudantes do mundo todo. A seguir há um gráfico que mostra a quantidade de
estudantes separados pelos seus continentes de origem:

Estudantes da Universidade ALFA


700

600

500

400

300

200

100

0
América do América do América Europa Ásia África Oceania
Norte Sul Central

Gráficos de barras: gráficos bastante similares aos de colunas, porém, nesse tipo de gráfico, na horizontal são apre-
sentados os valores referentes a cada grupo (dados quantitativos) enquanto na vertical são apresentados os grupos
(dados qualitativos)

Ex: A Universidade ALFA recebe estudantes do mundo todo. A seguir há um gráfico que mostra a quantidade de
MATEMÁTICA

estudantes separados pelos seus continentes de origem:

39
Ex: Foi feito um levantamento do idioma falado
Estudantes da Universidade ALFA pelos alunos de um curso da Universidade ALFA.
Oceania Frequências absolutas:
África

Ásia

Europa

América Central

América do Sul

América do Norte

0 100 200 300 400 500 600 700

Gráficos de linhas: gráficos nos quais são exibidas


séries históricas de dados e mostram a evolução dessas
séries ao longo do tempo.

Ex: A Universidade ALFA tem 10 anos de existências


e seu reitor apresentou um gráfico mostrando o número
de alunos da Universidade ao longo desses 10 anos. Frequências relativas:

Estudantes da Universidade ALFA ao longo de 10 anos

2500

2000

1500

1000

500

0
2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016

Gráficos em pizzas: gráficos nos quais são expressas


relações entre grandezas em relação a um todo. Nesse
gráfico é possível visualizar a relação de proporcionalida-
de entre as grandezas. Recebe esse nome pois lembram
uma pizza pelo formato redondo com seus pedaços (fre-
quências relativas).
EXERCÍCIO COMENTADO
Ex: A Universidade ALFA recebe estudantes do mundo
todo. A seguir há um gráfico que mostra a distribuição de 1. (SEGEP-MA - Técnico da Receita Estadual –
estudantes de acordo com seus continentes de origem FCC/2016) Três funcionários do Serviço de Atendimento
ao Cliente de uma loja foram avaliados pelos clientes que
atribuíram uma nota (1; 2; 3; 4; 5) para o atendimento
recebido. A tabela mostra as notas recebidas por esses
Estudantes da Universidade ALFA
funcionários em um determinado dia.
30

150

260 630

440
MATEMÁTICA

150
520 Considerando a totalidade das 95 avaliações desse dia,
é correto afirmar que a média das notas dista da moda
dessas mesmas notas um valor absoluto, aproximada-
América do Norte América do Sul América Central Europa Ásia África Oceania mente, igual a:

40
a) 0,33
25 ∙ Me = 210 – 30
b) 0,83
c) 0,65 25 ∙ Me = 180
d) 0,16
e) 0,21 Me = 7,2

Resposta: Letra C Trata-se de um caso de média arit- Portanto, a média aritmética das notas das meninas
mética ponderada. Considerando as 95 avaliações, o é 7,2. A alternativa correta é a letra b.
peso de cada uma das notas é igual ao total de pesso-
as que atribuiu a nota. Analisando a tabela
8 pessoas atribuíram nota 1
18 pessoas atribuíram nota 2
21 pessoas atribuíram nota 3
29 pessoas atribuíram nota 4
19 pessoas atribuíram nota 5
Assim, a média das 95 avaliações é calculada por:
8 ∙ 1 + 18 ∙ 2 + 21 ∙ 3 + 29 ∙ 4 + 19 ∙ 5 318 Então, logo:
x� = = = 3,34
8 + 18 + 21 + 29 + 19 95 P A1 ∪ A2 ∪ ⋯ ∪ An = P A1 + P A2 + ⋯ + P(An )

P A1 ∪ A2 ∪ ⋯ An = P S = 1
2. (UFC - 2016) A média aritmética das notas dos alunos
de uma turma formada por 25 meninas e 5 meninos é Portanto:
igual a 7. Se a média aritmética das notas dos meninos
é igual a 6, a média aritmética das notas das meninas é P(A1 ) + P(A2 ) + P(A3 ) + . . . + P(An ) = 1
igual a:

a) 6,5 Probabilidade Condicionada


b) 7,2
c) 7,4 Considere dois eventos A e B de um espaço amostral
d) 7,8 S, finito e não vazio. A probabilidade de B condicionada a
e) 8,0 A é dada pela probabilidade de ocorrência de B sabendo
que já ocorreu A. É representada por P(B/A).
Resposta: Letra B. Primeiramente, será identificada a
soma das notas dos meninos por x e a da nota das n(A ∩ B)
Veja: P(B/A) =
meninas por y. Se a turma tem 5 meninos e a média n(A)
aritmética de suas notas é igual a 6, então a soma das
notas dos meninos (x) dividida pela quantidade de
meninos (5) deve ser igual a 6, isto é:
x
= 6
5
x = 6 ∙ 5
x = 30
Do mesmo modo, se a turma tem 25 meninas
(Me é a média aritmética de suas notas), o quociente
da soma das notas das meninas (y) e a quantidade de
meninas (25) deve ser igual a Me, isto é:
(x + y)/(25+5) = 7 Eventos Independentes
y = 25∙Me
Para calcular a média da turma, devemos somar as no- Considere dois eventos A e B de um espaço amostral
tas dos meninos (30) às notas das meninas (y) e dividir S, finito e não vazio. Estes serão independentes somente
pela quantidade de alunos (25 + 5 = 30). O resultado quando:
deverá ser 7. Sendo assim, temos:
P(A/B) = P(A)
x + y P(B/A) = P(B)
= 7
25 + 5
Intersecção de Eventos
MATEMÁTICA

30 + 25 ∙ Me
= 7
30
Considerando A e B como dois eventos de um espaço
30 + 25 ∙ Me = 7 • 30 amostral S, finito e não vazio, logo:

30 + 25 ∙ Me = 210

41
Resposta: Letra E. Para sabermos o tamanho do es-
n(A ∩ B) n A ∩ B + n(S) P(A ∩ B) paço amostral, basta calcularmos a combinação dos
P(B/A) = = =
n(A) n A + n(S) P(A) 5 elementos tomados 2 a 2 (a ordem não impor-
ta, pois a ordem dos fatores não altera o produto):
n(A ∩ B) n A ∩ B + n(S) P(A ∩ B)
5! 5 ∙ 4 .
P(A/B) = = =
n(B) n B + n(S) P(B) C5,2 = = = 10
2! 3! 2

Para o produto ser par, os dois números escolhidos


Assim sendo: deverão ser par ou um deles é par. O único caso onde
o produto não dá par é quando os dois números são
P(A ∩ B) = P(A) ∙ P(B/A) ímpares. Assim, apenas o produto 3 5 não pode ser
P A ∩ B = P B ∙ P(A/B) escolhido. Logo, se 1/10 = 10% não terá produto par,
os outros 90% terão.
Considerando A e B como eventos independentes,
logo P(B/A) = P(B), P(A/B) = P(A), sendo assim: P(A ∩ B)
= P(A)∙ P(B). Para saber se os eventos A e B são indepen- GRÁFICOS E TABELAS
dentes, podemos utilizar a definição ou calcular a proba-
bilidade de A ∩ B. Veja a representação: Os gráficos e tabelas apresentam o cruzamento entre
dois dados relacionados entre si.
A e B independentes ↔ P(A/B) = P(A) ou A escolha do tipo e a forma de apresentação sempre
A e B independentes ↔ P(A ∩ B) = P(A) ∙ P(B) vão depender do contexto, mas de uma maneira geral
um bom gráfico deve:
-Mostrar a informação de modo tão acurado quanto
FIQUE ATENTO! possível.
Um exercício de probabilidade pode envol- -Utilizar títulos, rótulos, legendas, etc. para tornar cla-
ver aspectos relativos à análise combinató- ro o contexto, o conteúdo e a mensagem.
ria. É importante ter em mente a diferença -Complementar ou melhorar a visualização sobre as-
conceitual que existe entre ambos. pectos descritos ou mostrados numericamente através
de tabelas.
-Utilizar escalas adequadas.
-Mostrar claramente as tendências existentes nos da-
dos.
EXERCÍCIOS COMENTADOS
Tipos de gráficos
1.Uma bola será retirada de uma sacola contendo 5 bolas
verdes e 7 bolas amarelas. Qual a probabilidade desta Barras- utilizam retângulos para mostrar a quantida-
bola ser verde? de.

Resposta: 5/12. Neste exercício o espaço amostral Barra vertical


possui 12 elementos, que é o número total de bolas,
portanto a probabilidade de ser retirada uma bola ver-
de está na razão de 5 para 12.
Sendo S o espaço amostral e E o evento da retirada de
uma bola verde, matematicamente podemos repre-
sentar a resolução assim:
n E
P E =
n S
5
P E =
12
Logo, a probabilidade desta bola ser verde é 5/12.

2. (IBGE – Analista Censitário – FGV/2017) Entre os cin-


co números 2, 3, 4, 5 e 6, dois deles são escolhidos ao
acaso e o produto deles dois é calculado. A probabilida-
de desse produto ser um número par é: Fonte: tecnologia.umcomo.com.br
MATEMÁTICA

a) 60%
b) 75%
c) 80%
d) 85%
e) 90%

42
Barra horizontal

Fonte: educador.brasilescola.uol.com.br

Linhas- É um gráfico de grande utilidade e muito co-


mum na representação de tendências e relacionamentos
de variáveis

Fonte: mundoeducacao.bol.uol.com.br

Histogramas

São gráfico de barra que mostram a frequência de


uma variável específica e um detalhe importante que são
faixas de valores em x.

Pictogramas – são imagens ilustrativas para tornar


mais fácil a compreensão de todos sobre um tema.

Da mesma forma, as tabelas ajudam na melhor visua-


lização de dados e muitas vezes é através dela que va-
mos fazer os tipos de gráficos vistos anteriormente.

Setor ou pizza- Muito útil quando temos um total e Podem ser tabelas simples:
queremos demonstrar cada parte, separando cada peda-
ço como numa pizza. Quantos aparelhos tecnológicos você tem na sua
casa?
aparelho quantidade
MATEMÁTICA

televisão 3
celular 4
Geladeira 1

43
Até as tabelas que vimos nos exercícios de raciocínio Resposta: Letra D
lógico 81+27=108
108 ônibus somam 60%(100-35-5)
108-----60
EXERCÍCIOS COMENTADOS x--------100
x=10800/60=180
1. (TJ/RS - TÉCNICO JUDICIÁRIO – FAURGS/2017)
Na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Con-
tínua, realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e
3. (CÂMARA DE SUMARÉ – ESCRITURÁRIO - VU-
Estatística (IBGE), foram obtidos os dados da taxa de
NESP/2017) O gráfico mostra o número de carros ven-
desocupação da população em idade para trabalhar. Es-
didos por uma concessionária nos cinco dias subsequen-
ses dados, em porcentagem, encontram-se indicados na
tes à veiculação de um anúncio promocional.
apresentação gráfica abaixo, ao longo de trimestres de
2014 a 2017.

Dentre as alternativas abaixo, assinale a que apresenta a


O número médio de carros vendidos por dia nesse
melhor aproximação para o aumento percentual da taxa
período foi igual a
de desocupação do primeiro trimestre de 2017 em re-
a) 10.
lação à taxa de desocupação do primeiro trimestre de
b) 9.
2014.
c) 8.
a) 15%.
d) 7.
b) 25%.
e) 6.
c) 50%.
d) 75%.
Resposta: Letra C.
e) 90%.

Resposta: Letra E. 13,7/7,2=1,90


Houve um aumento de 90%.
4. (CRBIO – Auxiliar Administrativo – VUNESP/2017)
2. (CÂMARA DE SUMARÉ – ESCRITURÁRIO - VU-
Uma professora elaborou um gráfico de setores para
NESP/2017) A tabela seguinte, incompleta, mostra a
representar a distribuição, em porcentagem, dos cinco
distribuição, percentual e quantitativa, da frota de uma
conceitos nos quais foram agrupadas as notas obtidas
empresa de ônibus urbanos, de acordo com o tempo de
pelos alunos de uma determinada classe em uma prova
uso destes.
de matemática. Observe que, nesse gráfico, as porcenta-
gens referentes a cada conceito foram substituídas por x
ou por múltiplos e submúltiplos de x.

O número total de ônibus dessa empresa é

a) 270.
b) 250.
MATEMÁTICA

c) 220
d) 180.
e) 120.

44
Analisando o gráfico, é correto afirmar que a medida do Resposta: Letra B. Analisando o primeiro quadrimestre,
ângulo interno correspondente ao setor circular que re- observamos que os dois primeiros meses de receita di-
presenta o conceito BOM é igual a minuem e os dois meses seguintes aumentam, o mesmo
acontece com a despesa.
a) 144º.
b) 135º.
c) 126º
d) 117º
e) 108º.

Resposta: Letra A.
X+0,5x+4x+3x+1,5x=360
10x=360
X=36
Como o conceito bom corresponde a 4x: 4x36=144°

5. (TCE/PR – CONHECIMENTOS BÁSICOS – CES-


PE/2016) 6. (BRDE – ASSISTENTE ADMINISTRATIVO – FUN-
DATEC/2015) Assinale a alternativa que representa a
nomenclatura dos três gráficos abaixo, respectivamente.

Tendo como referência o gráfico precedente, que mostra


os valores, em bilhões de reais, relativos à arrecadação
de receitas e aos gastos com despesas do estado do Pa-
raná nos doze meses do ano de 2015, assinale a opção
correta.

a) No ano considerado, o segundo trimestre caracteri-


zou-se por uma queda contínua na arrecadação de
receitas, situação que se repetiu no trimestre seguinte.
b) No primeiro quadrimestre de 2015, houve um período
de queda simultânea dos gastos com despesas e da
arrecadação de receitas e dois períodos de aumento
simultâneo de gastos e de arrecadação.
c) No último bimestre do ano de 2015, foram registrados
tanto o maior gasto com despesas quanto a maior ar-
recadação de receitas.
d) No ano em questão, janeiro e dezembro foram os úni-
cos meses em que a arrecadação de receitas foi ultra-
passada por gastos com despesas.
e) A menor arrecadação mensal de receitas e o menor gas-
to mensal com despesas foram verificados, respectiva-
MATEMÁTICA

mente, no primeiro e no segundo semestre do ano de


2015.

45
a) Gráfico de Setores – Gráfico de Barras – Gráfico de 8. (TJ/SP – ESTATÍSTICO JUDICIÁRIO – VU-
Linha. NESP/2015) Considere a tabela de distribuição de fre-
c) Gráfico de Pareto – Gráfico de Pizza – Gráfico de Ten- quência seguinte, em que xi é a variável estudada e fi é a
dência. frequência absoluta dos dados.
c) Gráfico de Barras – Gráfico de Setores – Gráfico de Li-
nha. xi fi
d) Gráfico de Linhas – Gráfico de Pizza – Gráfico de Bar-
ras. 30-35 4
e) Gráfico de Tendência – Gráfico de Setores – Gráfico 35-40 12
de Linha.
40-45 10
Resposta: Letra C. Como foi visto na teoria, gráfico de 45-50 8
barras, de setores ou pizza e de linha 50-55 6

7. (TJ/SP – ESTATÍSTICO JUDICIÁRIO – VU- TOTAL 40


NESP/2015) A distribuição de salários de uma empresa
com 30 funcionários é dada na tabela seguinte. Assinale a alternativa em que o histograma é o que me-
lhor representa a distribuição de frequência da tabela.

Salário (em salários mínimos) Funcionários


1,8 10
2,5 8
3,0 5
5,0 4 a)
8,0 2
15,0 1
b)
Pode-se concluir que

a) o total da folha de pagamentos é de 35,3 salários.


b) 60% dos trabalhadores ganham mais ou igual a 3 sa-
lários.
c) 10% dos trabalhadores ganham mais de 10 salários. c)
d) 20% dos trabalhadores detêm mais de 40% da renda
total.
e) 60% dos trabalhadores detêm menos de 30% da renda
total.

Resposta: Letra D. a) 1,8x10+2,5x8+3,0x5+5,0x4+8,0x d)


2+15,0x1=104 salários
b) 60% de 30=18 funcionários e se juntarmos quem
ganha mais de 3 salários (5+4+2+1=12)
c)10% de 30=0,1x30=3 funcionários
E apenas 1 pessoa ganha
d) 40% de 104=0,4x104= 41,6
20% de 30=0,2x30=6
5x3+8x2+15x1=46, que já é maior. e)
e) 60% de 30=0,6x30=18
30% de 104=0,3x104=31,20da renda: 31,20 Resposta: Letra A. Colocando em ordem crescente:
30-35, 50-55, 45-50, 40-45, 35-40,
MATEMÁTICA

46
9. (DEPEN – AGENTE PENITENCIÁRIO FEDERAL – CESPE/2015)

Ministério da Justiça — Departamento Penitenciário Nacional — Sistema Integrado de Informações Penitenciárias –


InfoPen, Relatório Estatístico Sintético do Sistema Prisional Brasileiro, dez./2013 Internet:<www.justica.gov.br> (com
adaptações)
A tabela mostrada apresenta a quantidade de detentos no sistema penitenciário brasileiro por região em 2013. Nesse
ano, o déficit relativo de vagas — que se define pela razão entre o déficit de vagas no sistema penitenciário e a quan-
tidade de detentos no sistema penitenciário — registrado em todo o Brasil foi superior a 38,7%, e, na média nacional,
havia 277,5 detentos por 100 mil habitantes.
Com base nessas informações e na tabela apresentada, julgue o item a seguir.
Em 2013, mais de 55% da população carcerária no Brasil se encontrava na região Sudeste.

( ) CERTO ( ) ERRADO
Resposta: Certo
555----100%
x----55%
x=305,25
Está correta, pois a região sudeste tem 306 pessoas.

Estatística Descritiva

Teste de Hipóteses

Definição: Processo que usa estatísticas amostrais para testar a afirmação sobre o valor de um parâmetro popula-
cional.

Para testar um parâmetro populacional, você deve afirmar cuidadosamente um par de hipóteses – uma que repre-
sente a afirmação e outra, seu complemento. Quando uma é falsa, a outra é verdadeira.
Uma hipótese nula H0 é uma hipótese estatística que contém uma afirmação de igualdade, tal como ≤, =, ≥
A hipótese alternativa Ha é o complemento da hipótese nula. Se H0 for falsa, Ha deve ser verdadeira, e contém afir-
mação de desigualdade, como <, ≠, >.

Vamos ver como montar essas hipóteses


Um caso bem simples.

Assim, fica fácil, se H0 for falsa, Ha é verdadeira


Há uma regrinha para formular essas hipóteses
MATEMÁTICA

47
Formulação verbal H0 Formulação Matemática Formulação verbal Ha
A média é A média é
...maior ou igual a k. ...menor que k
....pelo menos k. ... abaixo de k
...não menos que k. ...menos que k.
...menor ou igual a k. ..maior que k
....no máximo k. ... acima de k
...não mais que k. ...mais do que k.
... igual a k. ... não igual a k.
.... k. .... diferente de k.
...exatamente k. ...não k.

Exemplo: Um fabricante de torneiras anuncia que o índice médio de fluxo de água de certo tipo de torneira é menor
que 2,5 galões por minuto.

Referências
Larson, Ron. Estatística Aplicada. 4ed – São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2010.
Frequências

A primeira fase de um estudo estatístico consiste em recolher, contar e classificar os dados pesquisados sobre uma
população estatística ou sobre uma amostra dessa população.

1. Frequência Absoluta

É o número de vezes que a variável estatística assume um valor.

1.1. Frequência Relativa

É o quociente entre a frequência absoluta e o número de elementos da amostra.


Na tabela a seguir, temos exemplo dos dois tipos:

1.2. Distribuição de frequência sem intervalos de classe:

É a simples condensação dos dados conforme as repetições de seu valores. Para um ROL de tamanho razoável esta
distribuição de frequência é inconveniente, já que exige muito espaço. Veja exemplo abaixo:

Dados Frequência
41 3
42 2
43 1
44 1
MATEMÁTICA

45 1
46 2
50 2

48
51 1
52 1
54 1
2.2. Mediana (Md)
57 1
58 2 Sejam os valores escritos em rol:
60 2
Total 20
Sendo n ímpar, chama-se mediana o termo tal que
o número de termos da sequência que precedem é
Distribuição de frequência com intervalos de clas- igual ao número de termos que o sucedem, isto é, é
se: termo médio da sequência ( ) em rol.
Sendo n par, chama-se mediana o valor obtido pela
Quando o tamanho da amostra é elevado é mais ra- média aritmética entre os termos e , tais que o nú-
cional efetuar o agrupamento dos valores em vários in- mero de termos que precedem é igual ao número de
tervalos de classe. termos que sucedem , isto é, a mediana é a média
aritmética entre os termos centrais da sequência ( ) em
Classes Frequências rol.
41 |------- 45 7 Exemplo 1:
45 |------- 49 3 Determinar a mediana do conjunto de dados:
{12, 3, 7, 10, 21, 18, 23}
49 |------- 53 4
53 |------- 57 1 Solução:
57 |------- 61 5 Escrevendo os elementos do conjunto em rol, tem-se:
(3, 7, 10, 12, 18, 21, 23). A mediana é o termo médio des-
Total 20 se rol. Logo: Md=12
Resposta: Md=12.
2. Média aritmética
Exemplo 2:
Média aritmética de um conjunto de números é o va- Determinar a mediana do conjunto de dados:
lor que se obtém dividindo a soma dos elementos pelo {10, 12, 3, 7, 18, 23, 21, 25}.
número de elementos do conjunto.
Representemos a média aritmética por . Solução:
A média pode ser calculada apenas se a variável en- Escrevendo-se os elementos do conjunto em rol,
volvida na pesquisa for quantitativa. Não faz sentido cal- tem-se:
cular a média aritmética para variáveis quantitativas. (3, 7, 10, 12, 18, 21, 23, 25). A mediana é a média arit-
Na realização de uma mesma pesquisa estatística mética entre os dois termos centrais do rol.
entre diferentes grupos, se for possível calcular a média,
ficará mais fácil estabelecer uma comparação entre esses Logo:
grupos e perceber tendências.
Considerando uma equipe de basquete, a soma das Resposta: Md=15
alturas dos jogadores é:
3. Moda (Mo)
Num conjunto de números: , chama-se
moda aquele valor que ocorre com maior frequência.
Se dividirmos esse valor pelo número total de joga- Observação:
dores, obteremos a média aritmética das alturas: A moda pode não existir e, se existir, pode não ser
única.

Exemplo 1:
O conjunto de dados 3, 3, 8, 8, 8, 6, 9, 31 tem moda
A média aritmética das alturas dos jogadores é 2,02m. igual a 8, isto é, Mo=8.
2.1. Média Ponderada
MATEMÁTICA

Exemplo 2:
O conjunto de dados 1, 2, 9, 6, 3, 5 não tem moda.
A média dos elementos do conjunto numérico A re-
lativa à adição e na qual cada elemento tem um “deter-
minado peso” é chamada média aritmética ponderada.

49
4. Medidas de dispersão b) A variância é:

Duas distribuições de frequência com medidas de


tendência central semelhantes podem apresentar ca-
racterísticas diversas. Necessita-se de outros índices
numéricas que informem sobre o grau de dispersão ou
variação dos dados em torno da média ou de qualquer
outro valor de concentração. Esses índices são chamados Desvio médio
medidas de dispersão.
Definição
Variância
Medida da dispersão dos dados em relação à média
Há um índice que mede a “dispersão” dos elemen- de uma sequência. Esta medida representa a média das
tos de um conjunto de números em relação à sua média distâncias entre cada elemento da amostra e seu valor
aritmética, e que é chamado de variância. Esse índice é médio.
assim definido:
Seja o conjunto de números , tal que
é sua média aritmética. Chama-se variância desse con-
junto, e indica-se por , o número: Desvio padrão

Definição
Seja o conjunto de números , tal que
Isto é: é sua média aritmética. Chama-se desvio padrão desse
conjunto, e indica-se por , o número:

E para amostra

Isto é:

Exemplo 1:
Em oito jogos, o jogador A, de bola ao cesto, apresen-
tou o seguinte desempenho, descrito na tabela abaixo:

Jogo Número de pontos Exemplo:


As estaturas dos jogadores de uma equipe de bas-
1 22 quetebol são: 2,00 m; 1,95 m; 2,10 m; 1,90 m e 2,05 m.
2 18 Calcular:
a) A estatura média desses jogadores.
3 13 b) O desvio padrão desse conjunto de estaturas.
4 24
Solução:
5 26
6 20 Sendo a estatura média, temos:
7 19
8 18

a) Qual a média de pontos por jogo? Sendo o desvio padrão, tem-se:


b) Qual a variância do conjunto de pontos?

Solução:

a) A média de pontos por jogo é:


MATEMÁTICA

50
Resposta: Letra B.
EXERCÍCIOS COMENTADOS

1. (CRBIO – AUXILIAR ADMINISTRATIVO – VU-


NESP/2017) Uma empresa tem 120 funcionários no to- 3. (PREF. GUARULHOS/SP – ASSISTENTE DE GES-
tal: 70 possuem curso superior e 50 não possuem curso TÃO ESCOLAR – VUNESP/2016) Certa escola tem 15
superior. Sabe-se que a média salarial de toda a empresa classes no período matutino e 10 classes no período ves-
é de R$ 5.000,00, e que a média salarial somente dos fun- pertino. O número médio de alunos por classe no perío-
cionários que possuem curso superior é de R$ 6.000,00. do matutino é 20, e, no período vespertino, é 25. Consi-
Desse modo, é correto afirmar que a média salarial dos derando os dois períodos citados, a média aritmética do
funcionários dessa empresa que não possuem curso su- número de alunos por classe é
perior é de
a) 24,5.
a) R$ 4.000,00. b) 23.
b) R$ 3.900,00. c) 22,5.
c) R$ 3.800,00. d) 22.
d) R$ 3.700,00. e) 21.
e) R$ 3.600,00.
Resposta: Letra D.
Resposta: Letra E. S=cursam superior
M=não tem curso superior

M=300

S+M=600000

V=250

S=420000
M=600000-420000=180000

4. (SEGEP/MA – TÉCNICO DA RECEITA ESTADUAL


– FCC/2016) Para responder à questão, considere as in-
formações abaixo.
Três funcionários do Serviço de Atendimento ao Cliente
2. (TJM/SP – ESCREVENTE TÉCNICO JUDICIÁRIO – de uma loja foram avaliados pelos clientes que atribuí-
VUNESP/2017) Leia o enunciado a seguir para respon- ram uma nota (1; 2; 3; 4; 5) para o atendimento recebido.
der a questão. A tabela mostra as notas recebidas por esses funcioná-
A tabela apresenta o número de acertos dos 600 can- rios em um determinado dia.
didatos que realizaram a prova da segunda fase de um
concurso, que continha 5 questões de múltipla escolha

Número de acer- Número de candidatos


tos
5 204
4 132 Considerando a avaliação média individual de cada fun-
cionário nesse dia, a diferença entre as médias mais pró-
3 96
ximas é igual a
2 78
1 66 a) 0,32.
b) 0,21.
0 24 c) 0,35.
d) 0,18.
A média de acertos por prova foi de e) 0,24.
MATEMÁTICA

a) 3,57.
b) 3,43
c) 3,32.
d) 3,25.
e) 3,19.

51
Resposta: Letra B. 6. (UFAL – AUXILIAR DE BIBLIOTECA – COPE-
VE/2016) A tabela apresenta o número de empréstimos
de livros de uma biblioteca setorial de um Instituto Fede-
ral, no primeiro semestre de 2016.

Mës Empréstimos
Janeiro 15
Fevereiro 25
Março 22
3,36-3,15=0,21 Abril 30
Maio 28
5. (UFES – ASSISTENTE EM ADMINISTRAÇÃO –
Junho 15
UFES/2017) Considere n números x1, x2, … , xn, em que
x1 ≤ x2 ≤ ⋯ ≤ xn . A mediana desses números é igual a
x(n + 1)/2, se n for ímpar, e é igual à média aritmética Dadas as afirmativas,
de xn ⁄ 2 e x(n + 2)/2, se n for par. Uma prova composta I. A biblioteca emprestou, em média, 22,5 livros por mês.
por 5 questões foi aplicada a uma turma de 24 alunos. A II. A mediana da série de valores é igual a 26.
tabela seguinte relaciona o número de acertos obtidos III. A moda da série de valores é igual a 15.
na prova com o número de alunos que obtiveram esse Verifica-se que está(ão) correta(s)
número de acertos. a) II, apenas.
b) III, apenas.
c) I e II, apenas.
Número de acertos Número de alunos
d) I e III, apenas.
0 4 e) I, II e III.
1 5
2 4 Resposta: Letra D.
3 3
4 5
5 3
Mediana
A penúltima linha da tabela acima, por exemplo, indica Vamos colocar os números em ordem crescente
que 5 alunos tiveram, cada um, um total de 4 acertos na
prova. A mediana dos números de acertos é igual a 15,15,22,25,28,30

a) 1,5
b) 2
c) 2,5 Moda é o número que mais aparece, no caso o 15.
d) 3
e) 3,5 7. (COSANPA - QUÍMICO – FADESP/2017) Algumas
Determinações do teor de sódio em água (em mg L-1)
Resposta: Letra B. Como 24 é um número par, deve- foram executadas (em triplicata) paralelamente por qua-
mos fazer a segunda regra: tro laboratórios e os resultados são mostrados na tabela
abaixo.

Replicatas Laboratório
1 2 3 4
1 30,3 30,9 30,3 30,5
2 30,4 30,8 30,7 30,4
3 30,0 30,6 30,4 30,7
Média 30,20 30,77 30,47 30,53
Desvio 0,20 0,15 0,21 0,15
MATEMÁTICA

Padrão

Utilize essa tabela para responder à questão.

52
O laboratório que apresenta o maior erro padrão é o de 25974+2,1y=15∙2013
número 2,1y=30195-25974
2,1y=4221
a) 1. Y=2010
b) 2.
c) 3. 10. (PREF. DE NITERÓI – AGENTE FAZENDÁRIO –
d) 4. FGV/2015) Os 12 funcionários de uma repartição da
prefeitura foram submetidos a um teste de avaliação de
Resposta: Letra C. Como o desvio padrão é maior no conhecimentos de computação e a pontuação deles, em
3, o erro padrão é proporcional, portanto também é uma escala de 0 a 100, está no quadro abaixo.
maior em 3.
50 55 55 55 55 60
8. (ANAC – ANALISTA ADMINISTRATIVO- 62 63 65 90 90 100
ESAF/2016) Os valores a seguir representam uma amos-
tra O número de funcionários com pontuação acima da mé-
dia é:
331546248
a) 3;
Então, a variância dessa amostra é igual a b) 4;
c) 5;
a) 4,0 d) 6;
b) 2,5. e) 7.
c) 4,5.
d) 5,5 Resposta: Letra A.
e) 3,0

Resposta: Letra C.

M=66,67
Apenas 3 funcionários estão acima da média.

NOÇÕES DE GEOMETRIA – FORMA, ÂNGU-


LOS, ÁREA, PERÍMETRO, VOLUME, TEORE-
MAS DE PITÁGORAS OU DE TALES

9. (MPE/SP – OFICIAL DE PROMOTORIA I – VU- Introdução a Geometria Plana


NESP/2016) A média de salários dos 13 funcionários de
uma empresa é de R$ 1.998,00. Dois novos funcionários Ponto, Reta e Plano
foram contratados, um com o salário 10% maior que o A definição dos entes primitivos ponto, reta e pla-
do outro, e a média salarial dos 15 funcionários passou a no é quase impossível, o que se sabe muito bem e aqui
ser R$ 2.013,00. O menor salário, dentre esses dois novos será o mais importante é sua representação geométrica
funcionários, é igual a e espacial.

a) R$ 2.002,00. Representação, (notação)


b) R$ 2.006,00. → Pontos serão representados por letras latinas
c) R$ 2.010,00. maiúsculas; ex: A, B, C,…
→ Retas serão representados por letras latinas minús-
d) R$ 2.004,00.
culas; ex: a, b, c,…
e) R$ 2.008,00. → Planos serão representados por letras gregas mi-
núsculas; ex: β,∞,α,...
Resposta: Letra C. Vamos chamar de x a soma dos
salários dos 13 funcionários Representação gráfica
x/13=1998
X=13.1998
X=25974
MATEMÁTICA

Vamos chamar de y o funcionário contratado com me-


nor valor e, portanto, 1,1y o com 10% de salário maior,
pois ele ganha y+10% de y
Y+0,1y=1,1y
(x+y+1,1y)/15=2013

53
Observe que . Sendo que H está contido na reta r e
na reta s.
Postulados primitivos da geometria, qualquer postu- Um plano é um subconjunto do espaço de tal modo
lado ou axioma é aceito sem que seja necessária a prova, que quaisquer dois pontos desse conjunto podem ser li-
contanto que não exista a contraprova. gados por um segmento de reta inteiramente contida no
- Numa reta bem como fora dela há infinitos pontos conjunto.
distintos. Um plano no espaço pode ser determinado por qual-
- Dois pontos determinam uma única reta (uma e so- quer uma das situações:
mente uma reta). - Três pontos não colineares (não pertencentes à
mesma reta);
- Um ponto e uma reta que não contem o ponto;
- Um ponto e um segmento de reta que não contem
o ponto;
- Duas retas paralelas que não se sobrepõe;
- Dois segmentos de reta paralelos que não se sobre-
põe;
- Duas retas concorrentes;
- Pontos colineares pertencem à mesma reta. - Dois segmentos de reta concorrentes.

Duas retas (segmentos de reta) no espaço podem


ser: paralelas, concorrentes ou reversas.
Duas retas são ditas reversas quando uma não tem
interseção com a outra e elas não são paralelas. Pode-se
pensar de uma reta r desenhada no chão de uma casa e
uma reta s desenhada no teto dessa mesma casa.

- Três pontos determinam um único plano.

Uma reta é perpendicular a um plano no espaço , se


ela intersecta o plano em um ponto P e todo segmento
de reta contido no plano que tem P como uma de suas
extremidades é perpendicular à reta.

- Se uma reta contém dois pontos de um plano, esta


reta está contida neste plano.

Uma reta r é paralela a um plano no espaço , se existe


uma reta s inteiramente contida no plano que é paralela à
reta dada.
Seja P um ponto localizado fora de um plano. A dis-
tância do ponto ao plano é a medida do segmento de
reta perpendicular ao plano em que uma extremidade é
MATEMÁTICA

o ponto P e a outra extremidade é o ponto que é a inter-


- Duas retas são concorrentes se tiverem apenas um seção entre o plano e o segmento.
ponto em comum. Se o ponto P estiver no plano, a distância é nula.

54
Os segmentos e são os segmentos extremos e os
segmentos e são os segmentos meios.
A proporcionalidade acima é garantida pelo fato que
existe uma proporção entre os números reais que repre-
sentam as medidas dos segmentos:

Planos concorrentes no espaço são planos cuja inter- Feixe de Retas Paralelas
seção é uma reta.
Planos paralelos no espaço são planos que não tem Um conjunto de três ou mais retas paralelas num pla-
interseção. no é chamado feixe de retas paralelas. A reta que inter-
Quando dois planos são concorrentes, dizemos que cepta as retas do feixe é chamada de reta transversal. As
tais planos formam um diedro e o ângulo formado en- retas a, b, c e d que aparecem no desenho anexado, for-
tre estes dois planos é denominado ângulo diedral. Para mam um feixe de retas paralelas enquanto que as retas s
obter este ângulo diedral, basta tomar o ângulo forma- e t são retas transversais.
do por quaisquer duas retas perpendiculares aos planos
concorrentes.

Planos normais são aqueles cujo ângulo diedral é um


ângulo reto (90°).

Razão entre Segmentos de Reta

Segmento de reta é o conjunto de todos os pontos


de uma reta que estão limitados por dois pontos que são Teorema de Tales: Um feixe de retas paralelas de-
as extremidades do segmento, sendo um deles o ponto termina sobre duas transversais quaisquer, segmentos
inicial e o outro o ponto final. Denotamos um segmento proporcionais. A figura abaixo representa uma situação
por duas letras como, por exemplo, AB, sendo A o início onde aparece um feixe de três retas paralelas cortadas
e B o final do segmento. por duas retas transversais.
Ex: AB é um segmento de reta que denotamos por AB.

Segmentos Proporcionais

Proporção é a igualdade entre duas razões equiva-


lentes. De forma semelhante aos que já estudamos com
números racionais, é possível estabelecer a proporcio-
nalidade entre segmentos de reta, através das medidas
desse segmentos. Identificamos na sequência algumas proporções:
Vamos considerar primeiramente um caso particular
com quatro segmentos de reta com suas medidas apre- Ex: Consideremos a figura ao lado com um feixe de
sentadas na tabela a seguir: retas paralelas, sendo as medidas dos segmentos indica-
das em centímetros.
m(AB) m(PQ)
= 2cm =4 cm
m(CD) m(RS)
= 3cm = 6cm
A razão entre os segmentos e e a razão entre os
segmentos e , são dadas por frações equivalentes, isto
MATEMÁTICA

é: ; PQ/RS = 4/6 e como , segue a existência de uma pro-


porção entre esses quatro segmentos de reta. Isto nos
conduz à definição de segmentos proporcionais.
Diremos que quatro segmentos de reta, , , e , nesta
ordem, são proporcionais se: .

55
Assim:
B C⁄A B = E F⁄D E
A B⁄D E = B C⁄E F
D E⁄A B = E F⁄B C

#FicaDica
Uma proporção entre segmentos pode ser
formulada de várias maneiras. Se um dos Ângulo Circunscrito: É o ângulo, cujo vértice não
segmentos do feixe de paralelas for desco- pertence à circunferência e os lados são tangentes à ela.
nhecido, a sua dimensão pode ser determi-
nada com o uso de razões proporcionais.

Ângulos

Ângulo: Do latim - angulu (canto, esquina), do grego


- gonas; reunião de duas semi-retas de mesma origem
não colineares.

Ângulo Inscrito: É o ângulo cujo vértice pertence a


uma circunferência e seus lados são secantes a ela.

Ângulo Agudo: É o ângulo, cuja medida é menor do


que 90º.

Ângulo Obtuso: É o ângulo cuja medida é maior do


que 90º.

Ângulo Central

a) Da circunferência: é o ângulo cujo vértice é o cen-


tro da circunferência;
b) Do polígono: é o ângulo, cujo vértice é o centro
Ângulo Raso:
do polígono regular e cujos lados passam por vértices
consecutivos do polígono.
- É o ângulo cuja medida é 180º;

- É aquele, cujos lados são semi-retas opostas.


MATEMÁTICA

56
Ângulo Reto:

- É o ângulo cuja medida é 90º;


- É aquele cujos lados se apóiam em retas perpendi-
culares.

Grau: (º): Do latim - gradu; dividindo a circunferência


em 360 partes iguais, cada arco unitário que corresponde
a 1/360 da circunferência denominamos de grau.

Ângulos formados por duas retas paralelas com


Ângulos Complementares: Dois ângulos são com- uma transversal
plementares se a soma das suas medidas é 900.
Lembre-se: Retas paralelas são retas que estão no
mesmo plano e não possuem ponto em comum.

Vamos observar a figura abaixo:

Ângulos Congruentes: São ângulos que possuem a


mesma medida.
Todos esses ângulos possuem relações entre si, e elas
estão descritas a seguir:

Ângulos colaterais internos: O termo colateral sig-


nifica “mesmo lado” e sua propriedade é que a soma
destes ângulos será sempre 180°

Ângulos Opostos pelo Vértice: Dois ângulos são


opostos pelo vértice se os lados de um são as respectivas
semi-retas opostas aos lados do outro.

Ângulos Suplementares: Dois ângulos são ditos suple-


mentares se a soma das suas medidas de dois ângulos é 180º.
MATEMÁTICA

Assim a soma dos ângulos 4 e 5 é 180° e a soma dos


ângulos 3 e 6 também será 180°

57
Ângulos colaterais externos: O termo colateral sig-
nifica “mesmo lado” e sua propriedade é que a soma
destes ângulos será sempre 180°

Assim, o ângulo 1 é igual ao ângulo 7 e o ângulo 2 é


igual ao ângulo 8

Ângulos correspondentes: São ângulos que ocupam


uma mesma posição na reta transversal, um na região in-
Assim a soma dos ângulos 2 e 7 é 180° e a soma dos terna e o outro na região externa.
ângulos 1 e 8 também será 180°

Ângulos alternos internos: O termo alterno signifi-


ca lados diferentes e sua propriedade é que eles sempre
serão congruentes

Assim, o ângulo 1 é igual ao ângulo 5, o ângulo 2 é


igual ao ângulo 6, o ângulo 3 é igual ao ângulo 7 e o
ângulo 4 é igual ao ângulo 8.

FIQUE ATENTO!
Assim, o ângulo 4 é igual ao ângulo 6 e o ângulo 3 é Há cinco classificações distintas para os ân-
igual ao ângulo 5 gulos formados por duas retas paralelas que
intersectam uma transversal. Então, procure
MATEMÁTICA

Ângulos alternos externos: O termo alterno signifi- visualizar bem as imagens para associá-las a
ca lados diferentes e sua propriedade é que eles sempre cada classificação existente.
serão congruentes

58
EXERCÍCIOS COMENTADOS

1. (CS-UFG-2016) Considere que a figura abaixo representa um relógio analógico cujos ponteiros das horas (menor)
e dos minutos (maior) indicam 3 h e 40 min. Nestas condições, a medida do menor ângulo, em graus, formado pelos
ponteiros deste relógio, é:

a) 120°
b) 126°
c) 135°
d) 150°

Resposta: Letra B. Considerando que cada hora equivale a um ângulo de 30° (360/12 = 30) e que a cada 15 min o
ponteiro da hora percorre 7,5°. Assim, as 3h e 40 min indica um ângulo de aproximadamente 126°.

2. Na imagem a seguir, as retas u, r e s são paralelas e cortadas por uma reta transversal. Determine o valor dos ângu-
los x e y.

Resposta: x = 50° e y = 130°


Facilmente observamos que os ângulos x e 50° são opostos pelo vértice, logo, x = 50°. Podemos constatar também
que y e 50° são suplementares, ou seja:

50° + y = 180°
y = 180° – 50°
y = 130°
Portanto,os ângulos procurados são y = 130° e x = 50°.

Polígonos

Um polígono é uma figura geométrica plana limitada por uma linha poligonal fechada. A palavra “polígono” advém
do grego e quer dizer muitos (poly) e ângulos (gon).
MATEMÁTICA

Linhas poligonais e polígonos

Linha poligonal é uma sucessão de segmentos consecutivos e não-colineares, dois a dois. Classificam-se em:

59
Linha poligonal fechada simples:

Linha poligonal fechada não-simples:

Linha poligonal aberta simples:

Linha poligonal aberta não-simples:

FIQUE ATENTO!
Polígono é uma linha fechada simples. Um polígono divide o plano em que se encontra em
duas regiões (a interior e a exterior), sem pontos comuns.

Elementos de um polígono

Um polígono possui os seguintes elementos:

Lados: Cada um dos segmentos de reta que une vértices consecutivos: AB, BC, CD, DE, EA.

Vértices: Ponto de encontro de dois lados consecutivos: A, B, C, D, E


MATEMÁTICA

Diagonais: Segmentos que unem dois vértices não consecutivos: AC, AD, BD, BE, CE
Ângulos internos: Ângulos formados por dois lados consecutivos: a� , b� , c� , d
� , e� .

Ângulos externos: Ângulos formados por um lado e pelo prolongamento do lado a ele consecutivo: a�1 , b1 , c1, d1 , e1

60
Classificação dos polígonos quanto ao número de lados

Nome Número de lados Nome Número de lados


triângulo 3 quadrilátero 4
pentágono 5 hexágono 6
heptágono 7 octógono 8
eneágono 9 decágono 10
hendecágono 11 dodecágono 12
tridecágono 13 tetradecágono 14
pentadecágono 15 hexadecágono 16
heptadecágono 17 octodecágono 18
eneadecágono 19 icoságono 20

A classificação dos polígonos pode ser ilustrada pela seguinte árvore:

Um polígono é denominado simples se ele for descrito por uma fronteira simples e que não se cruza (daí divide o
plano em uma região interna e externa), caso o contrário é denominado complexo.
Um polígono simples é denominado convexo se não tiver nenhum ângulo interno cuja medida é maior que 180°,
caso o contrário é denominado côncavo.
Um polígono convexo é denominado circunscrito a uma circunferência ou polígono circunscrito se todos os vértices
pertencerem a uma mesma circunferência.
Um polígono inscritível é denominado regular se todos os seus lados e todos os seus ângulos forem congruentes.

Alguns polígonos regulares:

a) triângulo equilátero
b) quadrado
c) pentágono regular
d) hexágono regular

Propriedades dos polígonos

De cada vértice de um polígono de n lados, saem dv = n – 3

O número de diagonais de um polígono é dado por:


n n−3
d=
2
Onde n é o número de lados do polígono.
MATEMÁTICA

A soma das medidas dos ângulos internos de um polígono de n lados (Si) é dada por:
Si = n − 2 � 180°

A soma das medidas dos ângulos externos de um polígono de n lados (Se) é igual a:

61
360°
Se = EXERCÍCIOS COMENTADOS
n

Em um polígono convexo de n lados, o número de 1. (PREF. DE POÁ-SP – ENGENHEIRO DE SEGURAN-


triângulos formados por diagonais que saem de cada ÇA DE TRABALHO – VUNESP/2015) A figura ilustra
vértice é dado por n - 2. um octógono regular de lado cm.

A medida do ângulo interno de um polígono regular


de n lados (ai ) é dada por:
n − 2 � 180°
ai =
n

A medida do ângulo externo de um polígono regular


de n lados (ae ) é dada por:
360°
ae =
n

A soma das medidas dos ângulos centrais de um po- Sendo a altura do trapézio ABCD igual a 1 cm, a área do
lígono regular de n lados (Sc ) é igual a 360º. triângulo retângulo ADE vale, em cm²

A medida do ângulo central de um polígono regular a) 5


de n lados () é dada por: b) 4
c) 5
ac =
360° d) 2 + 1
n e) 2

Polígonos regulares Resposta: Letra D.

Os polígonos regulares são aqueles que possuem to-


dos os lados congruentes e todos os ângulos congruen-
tes. Todas as propriedades anteriores são válidas para os
polígonos regulares, a diferença é que todos os valores
são distribuídos uniformemente, ou seja, todos os ân-
gulos terão o mesmo valor e todas as medidas terão o
mesmo valor.
COMENTÁRIO:
#FicaDica Como a altura do trapézio mede 1 cm, temos um trian-
Polígonos regulares são formas de polígonos gulo isósceles de hipotenusa AB, assim, o segmento
mais estudadas e cobradas em questões de AD = 2 + 2 . Assim, a área de ADE é:
concursos. 2+2 2 2 2 2
A= = + =1+ 2
2 2 2

2. (UNIFESP - 2003) Pentágonos regulares congruen-


tes podem ser conectados lado a lado, formando uma
estrela de cinco pontas, conforme destacado na figura
a seguir
MATEMÁTICA

62
Nessas condições, o ângulo θ mede: Paralelogramo

a) 108°.
b) 72°.
c) 54°.
d) 36°.
e) 18°.

Resposta: Letra D. Na ponta da estrela onde está desta-


cado o ângulo θ, temos o encontro de três ângulos inter-
nos de pentágonos regulares. Para descobrir a medida de
cada um desses ângulos, basta calcular a soma dos ângu-
los internos do pentágono e dividir por 5.
Características:
Possuem lados paralelos, dois a dois, ou seja:
AB // DC e AD // BC .
Além de paralelos, os lados paralelos possuem a mes-
ma medida, ou seja: AB = DC e AD = BC
A altura é medida em relação a distância entre os seg-
mentos paralelos, ou seja: BG: altura = h
A base é justamente a medida dos lados que se me-
diu a altura: AD: base = b
A área é calculada como o produto da base pela al-
tura: Área= b∙h
O perímetro é calculado como a soma das medidas
de todos os quatro lados: AB + BC + CD + DA

Retângulo

A fórmula para calcular a soma dos ângulos internos


de um polígono é: S = (n – 2) · 180

*n é o número de lados do polígono. No caso desse


exercício:

S = (5 – 2) · 180 Retângulo
S = 3 · 180
S = 540 Características:
Possuem lados paralelos, dois a dois, ou seja:
Dividindo a soma dos ângulos internos por 5, pois AB // DC e AD // BC
um pentágono possui cinco ângulos internos, encontra- Além de paralelos, os lados paralelos possuem a mes-
remos 108° como medida de cada ângulo interno. ma medida, ou seja: AB = DC e AD = BC
Observe na imagem anterior que a soma de três ân- Diferentemente do paralelogramo, todos os ângulos
gulos internos do pentágono com o ângulo θ tem como do retângulo medem 90°: A �=B � = C� = D
� = 90°
resultado 360°. No retângulo, um par de lados paralelos
será a base e o outro será a altura, no desenho:
108 + 108 + 108 + θ = 360 AB: altura = h e AD: base = b
324 + θ = 360 A área é calculada como o produto da base pela al-
tura: Área= b∙h
θ = 360 – 324
θ = 36° O perímetro é calculado como a soma das medidas
de todos os quatro lados:
Perímetro = AB + BC + CD + DA = 2b + 2h
Quadriláteros, Circunferência e Círculo

Quadriláteros
MATEMÁTICA

São figuras que possuem quatro lados dentre os


quais temos os seguintes subgrupos

63
Losango Trapézio

Características:
Características: Possuirá apenas um par de lados paralelos que serão
Possuem lados paralelos, dois a dois, ou seja: chamados de bases maior e menor:
AB // DC e AD // BC AD// BC, AB: base maior = B e CD: base menor = b
Possuem os quatro lados com medidas iguais: A altura será definida como a distância entre as bases:
AB = DC = AD = BC BG: altura = h
No losango, definem-se diagonais como a distância A área é calculada em função das bases e da altura:
entre vértices opostos, assim: B+b
Área = �h
BD: diagonal maior = D e AC: diagonal menor = d 2
A área é Dcalculada
�d
a partir das diagonais e não dos O perímetro é calculado como a soma das medidas
lados: Área = 2 de todos os quatro lados: AB + BC + CD + DA
O perímetro é calculado como a soma das medidas
de todos os quatro lados: AB + BC + CD + DA Circunferência e Círculo

Quadrado Uma circunferência é definida como o conjunto de


pontos cuja distância de um ponto, denominado de cen-
tro, O é igual a R, definido como raio.

Características:
Possuem lados paralelos, dois a dois, ou seja:
AB // DC e AD // BC
Possuem os quatro lados com medidas iguais: Já um círculo é definido como um conjunto de pontos
AB = DC = AD = BC cuja distância de O é menor ou igual a R.
Diferentemente do losango, todos os ângulos do
quadrado medem 90°: A �=B � = C� = D
� = 90°
Seguindo a lógica do retângulo, temos o valor da base
e da altura iguais neste caso: BC: lado = L e AB: lado =
A área é calculada de maneira simples: Área = L2
O perímetro é calculado como a soma
das medidas de todos os quatro lados:
Perímetro = AB + BC + CD + DA = 4L
MATEMÁTICA

64
Características: Características:
A medida relevante da circunferência é o raio (R) que A Área do Setor Circular (para α em radianos):
é a distância de qualquer ponto da circunferência em re- R2
lação ao centro C. A= α − sen α
2
A área é calculada em função do raio: Área = πR2
O perímetro, também chamado de comprimento da Posições Relativas entre Retas e Circunferências
circunferência, é calculado em função do raio também:
Perímetro = 2πR Dado uma circunferência de raio R e uma reta ‘r’ cuja
distância ao centro da circunferência é ‘d’, temos as se-
Setor Circular guintes posições relativas:

Um Setor Circular é uma região de um círculo com-


preendida entre dois segmentos de reta que se iniciam Reta Tangente: Reta e circunferência possuem ape-
no centro e vão até a circunferência. nas um ponto em comum (dOP = R)

#FicaDica
Em termos práticos, um setor circular é um
“pedaço” de um círculo.

Reta Exterior: Reta e circunferência não possuem


pontos em comum (dOP > R)

Características:
O ângulo α é definido como ângulo central απR2
Área do Setor Circular (para α em graus): A =
360
Área
αR2
do Setor Circular (para α em radianos):
A=
2

Segmento Circular

Um Segmento Circular é uma região de um círculo


compreendida entre um segmento que liga os pontos de
cruzamento dos segmentos de reta com a circunferência,
ao qual definimos como corda AB e a circunferência.
Reta Secante: Reta e circunferência possuem dois
pontos em comum (dOP < R)
MATEMÁTICA

65
Resposta: Aplicando as relações geométricas referen-
tes ao losango, tem-se:

x = 15
y = 20
AC = 20 + 20 = 40
BD = 15 + 15 = 30
BMC = 15 + 20 + 25 = 60

Triângulos e Teorema de Pitágoras

Definição

Triângulo é um polígono de três lados. É o polígono


EXERCÍCIOS COMENTADOS que possui o menor número de lados. Talvez seja o polí-
gono mais importante que existe. Todo triângulo possui
1.(SEEDUC-RJ – Professor – CEPERJ/2015) O quadrado alguns elementos e os principais são: vértices, lados, ân-
MNPQ abaixo tem lado igual a 12cm. Considere que as gulos, alturas, medianas e bissetrizes.
curvas MQ e QP representem semicircunferências de diâ-
metros respectivamente iguais aos segmentos MQ e QP. Apresentaremos agora alguns objetos com detalhes
sobre os mesmos.

a) Vértices: A,B,C.
b) Lados: AB,BC e AC.
A área sombreada, em cm2, corresponde a: c) Ângulos internos: a, b e c.

a) 30 Altura: É um segmento de reta traçada a partir de


b) 36 um vértice de forma a encontrar o lado oposto ao vértice
c) 3 46π − 2 formando um ângulo reto. BH é uma altura do triângulo.
d) 6(36π − 1)
e) 2(6π − 1)

Resposta: Letra B. Aplicando a fórmula do segmen-


to circular, encontra-se a área de intersecção dos dois
círculos. Subtraindo esse valor da área do semicírculo,
chega-se ao resultado.

2. A figura abaixo é um losango. Determine o valor Mediana: É o segmento que une um vértice ao ponto
de x e y, a medida da diagonal AC , da diagonal BD e médio do lado oposto. BM é uma mediana.
o perímetro do triângulo BMC.

Bissetriz: É a semi-reta que divide um ângulo em


MATEMÁTICA

duas partes iguais. O ângulo B está dividido ao meio e


neste caso Ê = Ô.

66
Ângulo Interno: É formado por dois lados do triân- Triângulo Obtusângulo: Um ângulo interno é obtu-
gulo. Todo triângulo possui três ângulos internos. so, isto é, possui um ângulo com medida maior do que
Ângulo Externo: É formado por um dos lados do 90º.
triângulo e pelo prolongamento do lado adjacente (ao
lado).

Triângulo Retângulo: Possui um ângulo interno reto


(90 graus). Atenção a esse tipo de triângulo pois ele é
muito cobrado!

Classificação dos triângulos quanto ao número de


lados

Triângulo Equilátero: Os três lados têm medidas


iguais. .
m(AB) = m(BC) = m(CA)
Medidas dos Ângulos de um Triângulo

Ângulos Internos: Consideremos o triângulo ABC. Po-


deremos identificar com as letras a, b e c as medidas dos
ângulos internos desse triângulo.

#FicaDica
Triângulo Isósceles: Dois lados têm medidas iguais.
Em alguns locais escrevemos as letras
m(AB) = m(AC).
maiúsculas, acompanhadas de acento ()
para representar os ângulos.

Triângulo Escaleno: Todos os três lados têm medidas


diferentes.

Seguindo a regra dos polígonos, a soma dos ângu-


los internos de qualquer triângulo é sempre igual a 180
graus, isto é: a + b + c = 180°

Ex: Considerando
o triângulo abai-
xo, podemos achar o
valor de x, escrevendo:
Classificação dos triângulos quanto às medidas 70º + 60º + x = 180º e dessa forma, obtemos
dos ângulos x = 180º − 70º − 60º = 50º
MATEMÁTICA

Triângulo Acutângulo: Todos os ângulos internos


são agudos, isto é, as medidas dos ângulos são menores
do que 90º.

67
FIQUE ATENTO!
Dois triângulos são congruentes, se os seus
elementos correspondentes são ordenada-
mente congruentes, isto é, os três lados e
os três ângulos de cada triângulo têm res-
Ângulos Externos: Consideremos o triângulo ABC. pectivamente as mesmas medidas. Deste
Como observamos no desenho, as letras minúsculas modo, para verificar se um triângulo é con-
representam os ângulos internos e as respectivas letras gruente a outro, não é necessário saber a
maiúsculas os ângulos externos. medida de todos os seis elementos, basta
conhecerem três elementos, entre os quais
esteja presente pelo menos um lado. Para
facilitar o estudo, indicaremos os lados cor-
respondentes congruentes marcados com
símbolos gráficos iguais.

Todo ângulo externo de um triângulo é igual à soma


dos dois ângulos internos não adjacentes a esse ângulo Casos de Congruência de Triângulos
externo. Assim: A = b + c, B = a + c, C = a + b
LLL (Lado, Lado, Lado): Os três lados são conheci-
Ex: No triângulo desenhado, podemos achar dos. Dois triângulos são congruentes quando têm, res-
a medida do ângulo externo x, escrevendo: pectivamente, os três lados congruentes. Observe que os
x = 50º + 80º = 130°. elementos congruentes têm a mesma marca.

Congruência de Triângulos LAL (Lado, Ângulo, Lado): Dados dois lados e um


ângulo. Dois triângulos são congruentes quando têm
Duas figuras planas são congruentes quando têm a dois lados congruentes e os ângulos formados por eles
mesma forma e as mesmas dimensões, isto é, o mesmo também são congruentes.
tamanho. Para escrever que dois triângulos ABC e DEF
são congruentes, usaremos a notação: ABC ~ DEF
Para os triângulos das figuras abaixo, existe a congruên-
cia entre os lados, tal que: AB ~ RS, BC ~ ST, CA ~ T e
entre os ângulos:

ALA (Ângulo, Lado, Ângulo): Dados dois ângulos e


um lado. Dois triângulos são congruentes quando têm
um lado e dois ângulos adjacentes a esse lado, respecti-
vamente, congruentes.

Se o triângulo ABC é congruente ao triângulo RST,


escrevemos: A�~R � , B� ~ S� , C� ~ �T

LAAo (Lado, Ângulo, Ângulo oposto): Conhecido


um lado, um ângulo e um ângulo oposto ao lado. Dois
triângulos são congruentes quando têm um lado, um ân-
MATEMÁTICA

gulo, um ângulo adjacente e um ângulo oposto a esse


lado respectivamente congruente.

68
Semelhança de Triângulos

Duas figuras são semelhantes quando têm a mesma forma, mas não necessariamente o mesmo tamanho. Se duas
figuras R e S são semelhantes, denotamos: .

Ex: As ampliações e as reduções fotográficas são figuras semelhantes. Para os triângulos:

Os três ângulos são respectivamente congruentes, isto é: A~R, B~S, C~T

Casos de Semelhança de Triângulos

Dois ângulos congruentes: Se dois triângulos tem dois ângulos correspondentes congruentes, então os triângulos
são semelhantes.

Se A~D e C~F então: ABC =


� DEF

Dois lados proporcionais: Se dois triângulos tem dois lados correspondentes proporcionais e os ângulos formados
por esses lados também são congruentes, então os triângulos são semelhantes.

Como m(AB) ⁄ m(EF) = m(BC) ⁄ m(FG) = 2 ,

então ABC =
� EFG
Ex: Na figura abaixo, observamos que um triângulo pode ser “rodado” sobre o outro para gerar dois triângulos
semelhantes e o valor de x será igual a 8.
MATEMÁTICA

69
Três lados proporcionais: Se dois triângulos têm os três lados correspondentes proporcionais, então os triângulos
são semelhantes.

Teorema de Pitágoras

Dizem que Pitágoras, filósofo e matemático grego que viveu na cidade de Samos no século VI a. C., teve a intuição
do seu famoso teorema observando um mosaico como o da ilustração a seguir.

Observando o quadro, podemos estabelecer a seguinte tabela:

Triângulo Triângulo Triângulo


ABC A`B`C` A``B``C``
Área do quadrado construído 4 8 16
sobre a hipotenusa
Área do quadrado construído 2 4 8
sobre um cateto
Área do quadrado construído 2 4 9
sobre o outro cateto

Como 4 = 2 + 2 � 8 = 4 + 4 � 16 = 8 + 8 , Pitágoras observou que a área do quadrado construído sobre


a hipotenusa é igual à soma das áreas dos quadrados construídos sobre os catetos.

A descoberta feita por Pitágoras estava restrita a um triângulo particular: o triângulo retângulo isósceles. Estudos
realizados posteriormente permitiram provar que a relação métrica descoberta por Pitágoras era válida para todos os
triângulos retângulos. Os lados do triângulo retângulo são identificados a partir a figura a seguir:
MATEMÁTICA

70
l= medida do lado
h= medida da altura

No triângulo equilátero, a altura e a mediana coin-


cidem. Logo, é ponto médio do lado BC. No triângulo
retângulo AHC, é ângulo reto. De acordo com o teorema
de Pitágoras, podemos escrever:

Onde os catetos são os segmentos que formam o


ângulo de 90° e a hipotenusa é o lado oposto a esse
ângulo. Chamando de “a” e “b” as medidas dos catetos e
“c” a medida da hipotenusa, define-se um dos teoremas
mais conhecidos da matemática, o Teorema de Pitágoras:
c 2 = a2 + b2
Onde a soma das medidas dos quadrados dos catetos
é igual ao quadrado da hipotenusa.
3l2
Teorema de Pitágoras no quadrado h² =
4
Aplicando o teorema de Pitágoras, podemos estabe-
lecer uma relação importante entre a medida d da diago- l 3
nal e a medida l do lado de um quadrado. h=
2

EXERCÍCIOS COMENTADOS

1.(TJ-SP – ESCREVENTE JUDICIÁRIO – VUNESP/2017)


A figura seguinte, cujas dimensões estão indicadas em
metros, mostra as regiões R e R , e , ambas com for-
1 2
mato de triângulos retângulos, situadas em uma praça e
destinadas a atividades de recreação infantil para faixas
etárias distintas.

d= medida da diagonal
l= medida do lado

Aplicando o teorema de Pitágoras no triângulo retân-


gulo ABC, temos:

d² = l² + l²
d = √2l²
d=l 2
Teorema de Pitágoras no triângulo equilátero
Se a área de R eé R
1
54 ,m², então o perímetro
2
e R 2 , é, em
R1de
Aplicando o teorema de Pitágoras, podemos estabe- metros, igual a:
lecer uma relação importante entre a medida h da altura
e a medida l do lado de um triângulo equilátero. a) 54
b) 48
c) 36
d) 40
e) 42

Resposta: Letra B. Esse problema se resolve tanto por


semelhança de triângulos, quanto pela área de . Em
MATEMÁTICA

ambos os casos, encontraremos x = 12 m. Após isso,


pelo teorema de Pitágoras, achamos a hipotenusa do
R1 e R 2 , , que será 20 m. Assim, o perímetro será
triângulo
12+16+20 = 48 m.

71
2. (PM SP 2014 – VUNESP). Duas estacas de madeira, perpendiculares ao solo e de alturas diferentes, estão distan-
tes uma da outra, 1,5 m. Será colocada entre elas uma outra estaca de 1,7 m de comprimento, que ficará apoiada nos
pontos A e B, conforme mostra a figura.

A diferença entre a altura da maior estaca e a altura da menor estaca, nessa ordem, em cm, é:

a) 95.
b) 75.
c) 85.
d) 80.
e) 90.

Resposta: Letra D. Note que x é exatamente a diferença que queremos, e podemos calculá-lo através do Teorema
de Pitágoras:
1,72 = 1,52 + x 2
2,89 = 2,25 + x 2
x 2 = 2,89 – 2,25
x² = 0,64x = 0,8 m ou 80 cm

LEI DOS SENOS E LEI DOS COSSENOS

Lei dos Senos

A Lei dos senos relaciona os senos dos ângulos de um triângulo qualquer (não precisa necessariamente ser retângu-
lo) com os seus respectivos lados opostos. Além disso, há uma relação direta com o raio da circunferência circunscrita
neste triângulo:

a b c
= = = 2R
sen A sen B sen C�
� �
MATEMÁTICA

Lei dos Cossenos

A lei dos cossenos é considerada uma generalização do teorema de Pitágoras, onde para qualquer triângulo, conse-
guimos relacionar seus lados com a subtração de um termo que possui o ângulo oposto do lado de referência.

72

a2 = b2 + c 2 − 2 � b � c � cos A
2 2 2
b = a + c − 2 � a � c � cos B �
c = a + b − 2 � a � b � cos C�
2 2 2

FIQUE ATENTO!
Há três formas distintas de utilizar a Lei dos Cossenos. Quando for utilizá-la, tenha cuidado ao expres-
sar os termos conhecidos e a incógnita em uma das três equações propostas. Note que o termo à
esquerda do sinal de igual é o lado oposto ao ângulo que deve aparecer na equação.

EXERCÍCIOS COMENTADOS

1. Calcule a medida de x:

Resposta: Aplicando a lei dos senos, lembrando que temos que aplicar ao ângulo oposto ao lado que iremos usar.
� como oposto, e ele mede 30°, dado as medidas dos outros ângulos,
Assim, o lado de medida 100 possui o ângulo A
assim:
x 100
=
sen 45° sen 30°

x 100
=
2/2 1/2

x = 100 2
MATEMÁTICA

73
2.Calcule a medida de x:

Resposta: Aplicando a lei dos senos, lembrando que ela se relaciona com a circunferência circunscrita ao triângulo:

x
= 2R
sen 60°

x
=2 3
3/2

x=3

Geometria Espacial

Poliedros

Poliedros são sólidos compostos por faces, arestas e vértices. As faces de um poliedro são polígonos. Quando as
faces do poliedro são polígonos regulares e todas as faces possuem o mesmo número de arestas, temos um poliedro
regular. Há 5 tipos de poliedros regulares, a saber:

Tetraedro: poliedro de quatro faces


Hexaedro: poliedro de seis faces (cubo)
Octaedro: poliedro de oito faces
Dodecaedro: poliedro de doze faces
Icosaedro: poliedro de vinte faces

Já poliedros não regulares são sólidos cujas faces ou são polígonos não regulares ou não possuem o mesmo nú-
mero de arestas. Os exemplos mais usuais são pirâmides (com exceção do tetraedro) e prismas (com exceção do cubo).
Relação de Euler: relação entre o número de arestas (A), faces (F) e vértices (V) de um poliedro convexo. É dada por:

V− A+F = 2

Prismas
Prisma é um sólido geométrico delimitado por faces planas, no qual as bases se situam em planos paralelos. Quanto
à inclinação das arestas laterais, os prismas podem ser retos ou oblíquos.
MATEMÁTICA

Prisma reto
As arestas laterais têm o mesmo comprimento.
As arestas laterais são perpendiculares ao plano da base.
As faces laterais são retangulares.

74
Prisma oblíquo
As arestas laterais têm o mesmo comprimento.
As arestas laterais são oblíquas (formam um ângulo diferente de um ângulo reto) ao plano da base.
As faces laterais não são retangulares.

Bases: regiões poligonais congruentes

Altura: distância entre as bases

Arestas laterais paralelas: mesmas


medidas

Faces laterais: paralelogramos

Prisma reto Aspectos comuns Prisma oblíquo

Prismas regulares: prismas que possuem como base, polígonos regulares (todos os lados iguais).

Sendo AB , a área da base, ou seja, a área do polígono correspondente e AL , a área lateral, caracterizada pela
soma das áreas dos retângulos formados entre as duas bases, temos que:

Área total: AT = AL + 2 � AB

Volume: V = AB . h , onde h é a altura, caracterizada pela distância entre as duas bases

Cilindros

São sólidos parecidos com prismas, que apresentam bases circulares e também podem ser retos ou oblíquos.

Sendo R o raio da base, a altura do cilindro, temos que:


Área da base: AB = πR2
Área lateral: AL = 2πRh
Área total: AT = AL + 2AB
MATEMÁTICA

Volume: V = AB � h

75
Pirâmides

As pirâmides possuem somente uma base e as faces


laterais são triângulos. A distância do vértice de encontro
dos triângulos com a base é o que determina a altura da
pirâmide (h).

2
Área da Superfície Esférica: A = 4πR
3
4πR
Volume: V =
3

#FicaDica
Na área total dos prismas e cilindros, mul-
tiplicamos a área da base por 2 pois temos
duas bases formando o sólido. Já no caso
das pirâmides e dos cones isto não ocorre,
pois há apenas uma base em ambos.
Sendo a área da base, determinada pelo polígono
que forma a base, a área lateral, determinada pela soma
das áreas dos triângulos laterais, temos que:

Área total: AT = AL + AB EXERCÍCIO COMENTADO


AB � h
Volume: V = 1. (TJ-SP – ESCREVENTE TÉCNICO JUDICIÁRIO –
3 VUNESP/2017) As figuras seguintes mostram os blocos
Cones de madeira A, B e C, sendo A e B de formato cúbico e
Os cones são sólidos possuem uma única base (cír- C com formato de paralelepípedo reto retângulo, cujos
culo). A distância do vértice à circunferência (contorno respectivos volumes, em cm³, são representados por VA,
da base) é chamada de geratriz (g) e a distância entre o VB e VC.
vértice e o centro do círculo é a altura do cone (h).

Se VA + VB = 1/2 VC , então a medida da altura do blo-


co C, indicada por h na figura, é, em centímetros, igual a:
Geratriz: g 2 = R2 + h2
Área da Base: AB = πR2 a) 15,5
Área Lateral: AL = πgR b) 11
Área Total: AT = AL + AB c) 12,5
d) 14
AB � h
Volume: V = e) 16
3
Esfera Resposta : Letra C.
VA = 53 = 125 cm³
A esfera é o conjunto de pontos nos quais a distância
VB = 103 = 1000 cm³
MATEMÁTICA

em relação a um centro é menor ou igual ao raio da es-


V
fera R. A esfera é popularmente conhecida como “bola” Logo: 2C = VA + VB = 125 + 1000
pois seu formato é o mesmo de uma bola de futebol, por
VC
exemplo. → = 1125 → VC = 2250 cm³
2

76
2250
Portanto, VC = 18 � 10 � h = 2250 → h = 180
= 12,5 cm V4 = V1 + 3r
→ V1 + 3 � 8 = 86,5
2. (PEDAGOGO – IF/2016) Uma lata de óleo de soja de → V1 + 24 = 86,5
1 litro, com formato cilíndrico, possui 8 cm de diâmetro → V1 = 62,5 cm
interno. Assim, a sua altura é de aproximadamente: (Con- Como
sidere π = 3,14 )
4 3
a) 20 cm
V= πR
3
b) 25 cm 4
c) 201 cm → � 3 � R3 = 62,5
3
d) 200 cm 62,5
e) 24 cm → R3 =
4
→ R3 = 15,625
Resposta: Letra A.
1L = 1dm3 = 1000 cm³
→ R = 2,5 cm
Volume da lata(cilindro): Como o exercício pediu o diâmetro, D = 2.2,5 = 5 cm
VC = πR2h → 3,14 � 42 � h = 1000 → h ≅ 20 cm
Obs: Como o diâmetro é igual a 8cm o raio é igual a
4cm. ESCALAS

3. (PREF. ITAPEMA-SC – TÉCNICO CONTÁBIL – MS Em linhas gerais, escala é a relação matemática en-
CONCURSOS/2016) O volume de um cone circular reto, tre a distância medida em um mapa (ou desenho, planta,
cuja altura é 39 cm, é 30% maior do que o volume de etc.) e a dimensão real do objeto (local) representado por
um cilindro circular reto. Sabendo que o raio da base do esse mapa (ou desenho, planta, etc.). Quando se observa
cone é o triplo do raio da base do cilindro, a altura do um mapa e lê-se que ele foi feito em escala 1:500 cm,
cilindro é: significa que 1 cm medido no mapa equivale a 500 cm
na realidade.
a) 9 cm
b) 30 cm Tipos de Escala
c) 60 cm
d) 90 cm Considerando a forma de apresentação, há dois tipos
de escala, a saber:
Resposta: Letra D. Gráfica: a escala gráfica é aquela na qual a distância
Volume do cone: VC a ser medida no mapa e sua equivalência são apresenta-
Volume do cilindro: Vcil das por unidade. Geralmente estão na parte inferior do
Do enunciado: VC = 1,3. Vcil (30% maior). mapa, como no exemplo abaixo:

4. (CÂMARA DE ARACRUZ-ES – AGENTE ADMINIS-


TRATIVO E LEGISLATIVO – IDECAN/2016) João pos-
sui cinco esferas as quais, quando colocadas em certa
ordem, seus volumes formam uma progressão aritméti-
ca. Sabendo que a diferença do volume da maior esfera
para a menor é 32 cm³ e que o volume da segunda maior
esfera é 86,5 cm³, então o diâmetro da menor esfera é:
(Considere: π = 3) Fonte: brasilescola.uol.com.br/geografia/escalas.htm

a) 2 cm Medindo com uma régua a distância entre 0 e 50 me-


b) 2,5 cm tros, por exemplo, significa que a medida dessa distância
c) 4,25 cm no mapa equivale a 50 metros na realidade.
d) 5 cm
Numérica: a escala numérica é apresentada como
Resposta: Letra D. uma relação e estabelece diretamente qual é a relação
Sendo a P.A. (V1 , V2 , V3, V4 , V5), (, o enunciado fornece: entre distâncias no mapa e real, sem a necessidade de
Do termo geral da P.A., sabe-se que medições com régua como na escala gráfica. Um exem-
V5 = V1 + 5 − 1 � r = V1 + 4r plo de escala numérica:
MATEMÁTICA

onde r é a razão da P.A. 1:50.000

Assim, V1 + 4r − V1 = 32 → 4r = 32 → r = 8 Isso significa que 1 cm no mapa equivale a 50.000 cm


Como na realidade.

77
Considerando o tamanho da representação de deter- Determine, em quilômetros, a distância entre as cidades
minado mapa ou desenho, a escala pode ser classificada do Rio de Janeiro e Vitória, e de Belo Horizonte a Vitória.
de três formas:
Resposta: 385 km e 346,5 km. Começando pela dis-
Natural: a escala natural é aquela na qual o tamanho tância entre Rio de Janeiro e Vitória.
do desenho coincide com o tamanho do objeto real. Pela definição de escala:
Reduzida: a escala reduzida é aquela na qual o de- 𝑑 1 5
senho é menor do que a realidade. É a escala na qual a 𝐸= → = → 𝐷 = 5 ∙ 7.700.000 = 38.500.00 𝑐𝑚
𝐷 7.700.000 𝐷
maioria dos mapas é feita.
Ampliada: a escala ampliada é aquela na qual o de- Logo, a distância em quilômetros é igual a: 385 km
senho é maior do que a realidade. Figuras obtidas com Entre Belo Horizonte e Vitória.
auxílio de microscópios, por exemplo, estão em escala Pela definição de escala:
ampliada. 𝑑 1 4
𝐸= → = → 𝐷 = 4,5 ∙ 7.700.000 = 34.650.00 𝑐𝑚
𝐷 7.700.000 𝐷
Cálculo de Escala
Logo, a distância em quilômetros é igual a: 346,5 km
A escala (E) pode ser expressa como:
2. (NOVA CONCURSOS - 2018) Em uma cidade duas
𝑑 atrações turísticas distam 4 km. Sabe-se que no mapa
𝐸=
𝐷 dessa cidade, esses pontos estão distantes 20 cm um do
outro. Qual é a escala do mapa?
onde d é a distância medida no desenho (mapa) e D é
a distância real do objeto (local que o mapa representa). Resposta: 1:20000 Antes de utilizar a definição de es-
Assim é possível calcular quaisquer distâncias medidas cala é importante que ambas as distâncias estejam na
no desenho. mesma medida. Assim, é necessário passar 4 km para
cm: 4 km=400000 cm.
Pela definição de escala:
FIQUE ATENTO!
𝑑 20 1
Não se esqueça de trabalhar sempre com as 𝐸= →𝐸= = → 𝐸 = 1: 20000
mesmas unidades de medida! 𝐷 400000 20000

3. (NOVA CONCURSOS - 2018) Qual será a distância


entre dois pontos em um mapa sabendo que a escala do
mapa é de 1:200 000 e a distância real entre eles é de 8
EXERCÍCIOS COMENTADOS km?

1. (NOVA CONCURSOS - 2018) Considere o mapa a se- Resposta: 4 cm. Antes de utilizar a definição de escala
guir: é importante que ambas as distâncias estejam na mes-
ma medida. Assim, é necessário passar 8 km para cm:
8 km=800000 cm.
Pela definição de escala:
𝑑 1 𝑑 1 𝑑
𝐸= → = → = → 𝑑 = 4𝑐𝑚
𝐷 200000 800000 2 8
MATEMÁTICA

Fonte: GIRARDI, G. ROSA, J.V. 1998 (Adaptação)

78
2. Classificação
RACIOCÍNIO LÓGICO.
Proposição simples: não contém nenhuma outra pro-
posição como parte integrante de si mesma. São geral-
mente designadas pelas letras latinas minúsculas p,q,r,s...
Definição: Todo o conjunto de palavras ou símbolos E depois da letra colocamos “:”
que exprimem um pensamento de sentido completo.
Nossa professora, bela definição! Exemplo:
Não entendi nada! p: Marcelo é engenheiro.
Vamos pensar que para ser proposição a frase tem q: Ricardo é estudante.
que fazer sentido, mas não só sentido no nosso dia a dia,
mas também no sentido lógico. Proposição composta: combinação de duas ou mais
Para uma melhor definição dentro da lógica, para ser proposições. Geralmente designadas pelas letras maiús-
proposição, temos que conseguir julgar se a frase é ver- culas P, Q, R, S,...
dadeira ou falsa.
Exemplo:
Exemplos: P: Marcelo é engenheiro e Ricardo é estudante.
(A) A Terra é azul. Q: Marcelo é engenheiro ou Ricardo é estudante.
Conseguimos falar se é verdadeiro ou falso? Então é Se quisermos indicar quais proposições simples fa-
uma proposição. zem parte da proposição composta:
(B) >2 P(p,q)
Se pensarmos em gramática, teremos uma proposi-
Como ≈1,41, então a proposição tem valor lógico ção composta quando tiver mais de um verbo e proposi-
falso. ção simples, quando tiver apenas 1. Mas, lembrando que
Todas elas exprimem um fato. para ser proposição, temos que conseguir definir o valor
Agora, vamos pensar em uma outra frase: lógico.
O dobro de 1 é 2?
Sim, correto? 3. Conectivos
Correto. Mas é uma proposição?
Não! Porque sentenças interrogativas, não podemos Agora que vamos entrar no assunto mais interessante
declarar se é falso ou verdadeiro. e o que liga as proposições.
Bruno, vá estudar. Antes, estávamos vendo mais a teoria, a partir dos co-
É uma declaração imperativa, e da mesma forma, não nectivos vem a parte prática.
conseguimos definir se é verdadeiro ou falso, portanto,
não é proposição. 3.1. Definição
Passei!
Ahh isso é muito bom, mas infelizmente, não pode- Palavras que se usam para formar novas proposições,
mos de qualquer forma definir se é verdadeiro ou falso, a partir de outras.
porque é uma sentença exclamativa. Vamos pensar assim: conectivos? Conectam alguma
Vamos ver alguns princípios da lógica: coisa?
I. Princípio da não Contradição: uma proposição não Sim, vão conectar as proposições, mas cada conectivo
pode ser verdadeira “e” falsa ao mesmo tempo. terá um nome, vamos ver?
II. Princípio do Terceiro Excluído: toda proposição
“ou” é verdadeira “ou” é falsa, isto é, verifica-se sempre -Negação
um desses casos e nunca um terceiro caso.

1. Valor Lógico das Proposições

Definição: Chama-se valor lógico de uma proposição Exemplo


a verdade, se a proposição é verdadeira (V), e a falsidade, p: Lívia é estudante.
se a proposição é falsa (F). ~p: Lívia não é estudante.
q: Pedro é loiro.
Exemplo ¬q: É falso que Pedro é loiro.
p: Thiago é nutricionista. r: Érica lê muitos livros.
V(p)=V essa é a simbologia para indicar que o valor ~r: Não é verdade que Érica lê muitos livros.
lógico de p é verdadeira, ou s: Cecilia é dentista.
V(p)=F ¬s: É mentira que Cecilia é dentista.
MATEMÁTICA

Basicamente, ao invés de falarmos, é verdadeiro ou


falso, devemos falar tem o valor lógico verdadeiro, tem
valor lógico falso.

79
-Conjunção Tabela-verdade

Com a tabela-verdade, conseguimos definir o valor


lógico de proposições compostas facilmente, analisando
cada coluna.
Se tivermos uma proposição p, ela pode ter V(p)=V
Nossa, são muitas formas de se escrever com a con- ou V(p)=F.
junção. p
Não precisa decorar todos, alguns são mais usuais:
“e”, “mas”, “porém”. V
Exemplos F
p: Vinícius é professor.
q: Camila é médica. Quando temos duas proposições, não basta colocar
só VF, será mais que duas linhas.
p∧q: Vinícius é professor e Camila é médica.
p∧q: Vinícius é professor, mas Camila é médica.
p q
p∧q: Vinícius é professor, porém Camila é médica.
V V
- Disjunção V F
F V
F F
p: Vitor gosta de estudar.
q: Vitor gosta de trabalhar. Observe, a primeira proposição ficou VVFF
p∨q: Vitor gosta de estudar ou Vitor gosta de tra- E a segunda intercalou VFVF
balhar. Vamos raciocinar, com uma proposição temos 2 pos-
sibilidades, com 2 proposições temos 4, tem que haver
- Disjunção Exclusiva um padrão para se tornar mais fácil!
Extensa: Ou...ou... As possibilidades serão 2n,
Símbolo: ∨
p: Vitor gosta de estudar. Onde:
q: Vitor gosta de trabalhar n=número de proposições
p∨q Ou Vitor gosta de estudar ou Vitor gosta de tra-
balhar. p q r
-Condicional V V V
Extenso: Se..., então..., É necessário que, Condição ne- V F V
cessária
Símbolo: → V V F
V F F
Exemplos F V V
p→q: Se chove, então faz frio.
p→q: É suficiente que chova para que faça frio. F F V
p→q: Chover é condição suficiente para fazer frio. F V F
p→q: É necessário que faça frio para que chova.
p→q: Fazer frio é condição necessária para chover. F F F

-Bicondicional A primeira proposição, será metade verdadeira e me-


Extenso: se, e somente se, ... tade falsa.
Símbolo: ↔ A segunda, vamos sempre intercalar VFVFVF.
p: Lucas vai ao cinema. E a terceira VVFFVVFF.
q: Danilo vai ao cinema. Agora, vamos ver a tabela verdade de cada um dos
p↔q: Lucas vai ao cinema se, e somente se, Danilo vai operadores lógicos?
ao cinema.
-Negação
Referências p ~p
ALENCAR FILHO, Edgar de – Iniciação a lógica mate-
V F
MATEMÁTICA

mática – São Paulo: Nobel – 2002.


F V

Se estamos negando uma coisa, ela terá valor lógico


oposto, faz sentido, não?

80
- Conjunção p q p →q
Eu comprei bala e chocolate, só vou me contentar se
eu tiver as duas coisas, certo? V V V
Se eu tiver só bala não ficarei feliz, e nem se tiver só V F F
chocolate.
F V V
E muito menos se eu não tiver nenhum dos dois.
F F V
p q p ∧q
-Bicondicional
V V V Ficarei em casa, se e somente se, chover.
V F F Estou em casa e está chovendo.
A ideia era exatamente essa. (V)
F V F Estou em casa, mas não está chovendo.
F F F Você não fez certo, era só pra ficar em casa se cho-
vesse. (F)
-Disjunção Eu sai e está chovendo.
Vamos pensar na mesma frase anterior, mas com o Aiaiai não era pra sair se está chovendo (F)
conectivo “ou”. Não estou em casa e não está chovendo.
Eu comprei bala ou chocolate. Sem chuva, você pode sair, ta?(V)
Eu comprei bala e também comprei a chocolate, está
certo pois poderia ser um dos dois ou os dois. p q p ↔q
Se eu comprei só bala, ainda estou certa, da mesma
forma se eu comprei apenas chocolate. V V V
Agora se eu não comprar nenhum dos dois, não dará V F F
certo.
F V F
p q p ∨q
F F V
V V V
V F V
F V V EXERCÍCIOS COMENTADOS
F F F
1.(EBSERH – ÁREA MÉDICA – CESPE – 2018) A respei-
-Disjunção Exclusiva to de lógica proposicional, julgue o item que se segue.
Na disjunção exclusiva é diferente, pois OU comprei Se P, Q e R forem proposições simples e se ~R indicar
chocolate OU comprei bala. a negação da proposição R, então, independentemente
Ou seja, um ou outro, não posso ter os dois ao mes- dos valores lógicos V = verdadeiro ou F = falso de P, Q e
mo tempo. R, a proposição P→Q∨(~R) será sempre V.

p q p ∨q ( )CERTO ( )ERRADO

V V F Resposta: Errado Se P for verdadeiro, Q falso e R


V F V falso, a proposição é falsa.
F V V
2. (TRT 7ª REGIÃO – CONHECIMENTOS BÁSICOS –
F F F CESPE – 2017)

-Condicional Texto CB1A5AAA – Proposição P


Se chove, então faz frio.
Se choveu e fez frio. A empresa alegou ter pago suas obrigações previdenciá-
Estamos dentro da possibilidade.(V) rias, mas não apresentou os comprovantes de pagamen-
Choveu e não fez frio. to; o juiz julgou, pois, procedente a ação movida pelo
Não está dentro do que disse. (F) ex-empregado.
Não choveu e fez frio. A quantidade mínima de linhas necessárias na tabela-
Ahh tudo bem, porque pode fazer frio se não chover, -verdade para representar todas as combinações possí-
certo?(V) veis para os valores lógicos das proposições simples que
Não choveu, e não fez frio. compõem a proposição P do texto CB1A5AAA é igual a
Ora, se não choveu, não precisa fazer frio. (V)
MATEMÁTICA

a) 32.
b) 4.
c) 8.
d) 16.

81
Resposta: Letra C. P: A empresa alegou ter pago suas TAUTOLOGIA
obrigações previdenciárias.
Q: apresentou os comprovantes de pagamento. Definição: Chama-se tautologia, toda proposição
R: o juiz julgou, pois, procedente a ação movida pelo composta que terá a coluna inteira de valor lógico V.
ex-empregado. Podemos ter proposições SIMPLES que são falsas e se
Número de linhas: 2³=8 a coluna da proposição composta for verdadeira é tau-
tologia.
3.(SERES-PE – AGENTE DE SEGURANÇA PENITEN- Vamos ver alguns exemplos.
CIÁRIA – CESPE – 2017) A partir das proposições sim-
ples P: “Sandra foi passear no centro comercial Bom Pre- A proposição ~(p∧p) é tautologia, pelo Princípio da
ço”, Q: “As lojas do centro comercial Bom Preço estavam não contradição. Está lembrado?
realizando liquidação” e R: “Sandra comprou roupas Princípio da não Contradição: uma proposição não
nas lojas do Bom Preço” é possível formar a proposição pode ser verdadeira “e” falsa ao mesmo tempo.
composta S: “Se Sandra foi passear no centro comercial
Bom Preço e se as lojas desse centro estavam realizan- P ~p p∧~p ~(p∧∼p)
do liquidação, então Sandra comprou roupas nas lojas
do Bom Preço ou Sandra foi passear no centro comercial V F F V
Bom Preço”. Considerando todas as possibilidades de as F V F V
proposições P, Q e R serem verdadeiras (V) ou falsas (F), é
possível construir a tabela-verdade da proposição S, que
está iniciada na tabela mostrada a seguir. A proposição p∨ ~p é tautológica, pelo princípio do
Terceiro Excluído.
Princípio do Terceiro Excluído: toda proposição “ou”
é verdadeira “ou” é falsa, isto é, verifica-se sempre um
desses casos e nunca um terceiro caso.

P ~p p∨~p
V F V
F V V

Esses são os exemplos mais simples, mas normalmen-


te conseguiremos resolver as questões com base na ta-
bela verdade, por isso insisto que a tabela verdade dos
operadores, têm que estar na “ponta da língua”, quase
como a tabuada da matemática.
Completando a tabela, se necessário, assinale a opção Veremos outros exemplos.
que mostra, na ordem em que aparecem, os valores ló-
gicos na coluna correspondente à proposição S, de cima Exemplo 1
para baixo. Vamos pensar nas proposições:
P: João é estudante.
a) V / V / F / F / F / F / F / F. Q: Mateus é professor.
b) V / V / F / V / V / F / F / V. Se João é estudante, então João é estudante ou Ma-
c) V / V / F / V / F / F / F / V. teus é professor.
d) V / V / V / V / V / V / V / V.
e) V / V / V / F / V / V / V / F. Em simbologia: p→p∨q

Resposta: Letra D P Q p∨q p→p∨q


A proposição S é composta por: (p∧q)→(r∨p)
V V V V
P Q R p∧q r∨p S(p∧q)→(r∨p)
V F V V
V V V V V V
F V V V
V V F V V V
F F F V
V F V F V V
V F F F V V A coluna inteira da proposição composta deu verda-
F V V F V V deiro, então é uma tautologia.
MATEMÁTICA

F V F F F V Exemplo 2
F F V F V V Com as mesmas proposições anteriores:
João é estudante ou não é verdade que João é estu-
F F F F F V
dante e Mateus é professor.

82
p∨~(p∧q) EQUIVALÊNCIAS LÓGICAS
P Q p∧q ~(p∧q) p∨~(p∧q)
Diz-se que uma proposição P(p,q,r..) é logicamente
V V V F V equivalente ou equivalente a uma proposição Q(p,r,s..) se
V F F V V as tabelas-verdade dessas duas proposições são IDÊN-
TICAS.
F V F V V
Para indicar que são equivalentes, usaremos a seguin-
F F F V V te notação:
P(p,q,r..) ⇔ Q(p,r,s..)
Novamente, coluna deu inteira com valor lógico ver-
dadeiro, é tautologia. Essa parte de equivalência é um pouco mais chatinha,
mas conforme estudamos, vou falando algumas dicas.
Exemplo 3
Se João é estudante ou não é estudante, então Ma- Regra da Dupla negação
teus é professor.
~~p⇔p
P Q ~p p∨~p p∨~p→q p ~p ~~p
V V F V V V F V
V F F V F F V F
F V V V V
São iguais, então ~~p⇔p
F F V V F
Regra de Clavius
Deu pelo menos uma falsa e agora?
Não é tautologia. ~p→p⇔p
Referências
ALENCAR FILHO, Edgar de. Iniciação a lógica mate- p ~p ~p→p
mática. São Paulo: Nobel – 2002. V F V
F V F

EXERCÍCIO COMENTADO Regra de Absorção

p→p∧q⇔p→q
1.(INSS – ANALISTA DO SEGURO SOCIAL – CESPE –
2016) Com relação a lógica proposicional, julgue o item
subsequente. p q p∧q p→p∧q p→q
Considerando-se as proposições simples “Cláudio pratica V V V V V
esportes” e “Cláudio tem uma alimentação balanceada”,
é correto afirmar que a proposição “Cláudio pratica es- V F F F F
portes ou ele não pratica esportes e não tem uma ali- F V F V V
mentação balanceada” é uma tautologia. F F F V V
( ) CERTO ( ) ERRADO
Condicional
Resposta: Errado
Gostaria da sua atenção aqui, pois as condicionais são
p: Cláudio pratica esportes.
as mais pedidas nos concursos.
q: Cláudio tem uma alimentação balanceada.
(p∨~p)∧~q
A condicional p→q e a disjunção ~p∨q, têm tabelas-
-verdades idênticas
P ~P Q ~q p∨~P (p∨∼p)∧∼q
V F V F V F p ~p q p∧q p→q ~p∨q
V F F V V V V F V V V V
F V V F V F V F F F F F
MATEMÁTICA

F V F V V V F V V F V V
F V F F V V

83
Exemplo Equivalências notáveis:
p: Coelho gosta de cenoura
q: Coelho é herbívoro. 1 - Distribuição (equivalência pela distributiva)

p→q: Se coelho gosta de cenoura, então coelho é a) p ∧ (q ∨ r) ⇔ (p ∧ q) ∨ (p ∧ r)


herbívoro.
~p∨q: Coelha não gosta de cenoura ou coelho é her- p q r q p
p ∧ (q p∧ (p ∧ q) ∨ (p
bívoro ∨r ∧r
∨ r) q ∧ r)
A condicional ~p→~q é equivalente a disjunção V V V V V V V V
p∨~q V V F V V V F V
V F V V V F V V
p q ~p ~q ~p→~q p∨~q
V F F F F F F F
V V F F V V
F V V V F F F F
V F F V V V
F V F V F F F F
F V V F F F
F F V V F F F F
F F V V V V
F F F F F F F F
Equivalências fundamentais (Propriedades Fun-
damentais): a equivalência lógica entre as proposições b) p ∨ (q ∧ r) ⇔ (p ∨ q) ∧ (p ∨ r)
goza das propriedades simétrica, reflexiva e transitiva.
p q r q p ∨ (q p∨ p (p ∨ q) ∧
1 – Simetria (equivalência por simetria) ∧r ∧ r) q ∨r (p ∨ r)
V V V V V V V V
a) p ∧ q ⇔ q ∧ p
V V F F V V V V
p q p∧q q∧p
V F V F V V V V
V V V V
V F F F V V V V
V F F F
F V V V V V V V
F V F F
F V F F F V F F
F F F F
F F V F F F V F
b) p ∨ q ⇔ q ∨ p F F F F F F F F
p q p∨q q∨p
2 - Associação (equivalência pela associativa)
V V V V
V F V V a) p ∧ (q ∧ r) ⇔ (p ∧ q) ∧ (p ∧ r)
F V V V
F F F F p q r q p ∧ (q ∧ r) p∧q p (p ∧ q) ∧
∧r ∧r (p ∧ r)
c) p ∨ q ⇔ q ∨ p V V V V V V V V

p q p∨q q ∨ p V V F F F V F F

V V F F V F V F F F V F

V F V V V F F F F F F F

F V V V F V V V F F F F

F F F F F V F F F F F F
F F V F F F F F
d) p ↔ q ⇔ q ↔ p F F F F F F F F
p q p↔q q↔p
V V V V
MATEMÁTICA

V F F F
F V F F
F F V V

84
b) p ∨ (q ∨ r) ⇔ (p ∨ q) ∨ (p ∨ r) 3º caso: (p → ~q) ⇔ (q → ~p)

p q r q p ∨ (q p∨ p (p ∨ q) ∨ p q ~q p → ~q ~p q → ~p
∨r ∨ r) q ∨r (p ∨ r) V V F F F F
V V V V V V V V V F V V F V
V V F V V V V V F V F V V V
V F V V V V V V F F V V V V
V F F F V V V V
5 - Pela bicondicional
F V V V V V V V
F V F V V V F V a) (p ↔ q) ⇔ (p → q) ∧ (q → p), por definição
F F V V V F V V
F F F F F F F F p q p↔q p→q q→p (p → q) ∧ (q → p)
V V V V V V
3 – Idempotência
V F F F V F
a) p ⇔ (p ∧ p) F V F V F F
F F V V V V
Para ficar mais fácil o entendimento, vamos fazer
duas colunas com p b) (p ↔ q) ⇔ (~q → ~p) ∧ (~p → ~q)

p p p∧p p q p↔ ~q ~p ~q → ~p → (~q → ~p) ∧


V V V q ~p ~q (~p → ~q)
F F F V V V F F V V V
V F F V F F V F
b) p ⇔ (p ∨ p)
F V F F V V F F
p p p ∨p
F F V V V V V V
V V V
F F F c) (p ↔ q) ⇔ (p ∧ q) ∨ (~p ∧ ~q)

4 - Pela contraposição: de uma condicional gera-se


p q p p∧ ~p ~q ~p ∧ (p ∧ q) ∨ (~p
outra condicional equivalente à primeira, apenas inver-
↔ q ~q ∧ ~q)
tendo-se e negando-se as proposições simples que as
q
compõem.
Da mesma forma que vimos na condicional mais aci- V V V V F F F V
ma, temos outros modos de definir a equivalência da V F F F F V F F
condicional que são de igual importância.
F V F F V F F F
1º caso: (p → q) ⇔ (~q → ~p) F F V F V V V V

p q ~p ~q p→q ~q → ~p 6 - Pela exportação-importação


V V F F V V [(p ∧ q) → r] ⇔ [p → (q → r)]
V F F V F F
F V V F V V p q r p∧q (p ∧ q) → r q→r p → (q → r)
F F V V V V V V V V V V V
V V F V F F F
2º caso: (~p → q) ⇔ (~q → p)
V F V F V V V
p q ~p ~p → q ~q ~q → p V F F F V V V
V V F V F V F V V F V V V
MATEMÁTICA

V F F V V V F V F F V F V
F V V V F V F F V F V V V
F F V F V F F F F F V V V

85
Proposições Associadas a uma Condicional (se, en- a) Se foram encontrados vídeos em que ele supostamen-
tão) te aparece executando os dois esquartejamentos, ele
é suspeito também de ter cometido esses crimes.
Chama-se proposições associadas a p → q as três b) Ele não é suspeito de outros dois esquartejamentos, já
proposições condicionadas que contêm p e q: que não foram encontrados vídeos em que ele supos-
tamente aparece executando os crimes.
– Proposições recíprocas: p → q: q → p c) Se não foram encontrados vídeos em que ele suposta-
– Proposição contrária: p → q: ~p → ~q mente aparece executando os dois esquartejamentos,
– Proposição contrapositiva: p → q: ~q → ~p ele não é suspeito desses crimes.
d) Como ele é suspeito de ter cometido também dois
Observe a tabela verdade dessas quatro proposições: esquartejamentos, foram encontrados vídeos em que
ele supostamente aparece executando os crimes.
p q ~p ~q p→ q→ ~p → ~q → e) Foram encontrados vídeos em que ele supostamente
q p ~q ~p aparece executando os dois esquartejamentos, pois
ele é também suspeito de ter cometido esses crimes.
V V F F V V V V
V F F V F V V F Resposta: A A expressão já que=pois
Que se for escrita com a condicional, devemos mudar
F V V F V F F V
as proposições de lugar.
F F V V V V V V Se foram encontrados vídeos em que ele supostamen-
te aparece executando os dois esquartejamentos, ele
Observamos ainda que a condicional p → q e a sua é suspeito também de ter cometido esses crimes.
recíproca q → p ou a sua contrária ~p → ~q NÃO SÃO
EQUIVALENTES. Referências
ALENCAR FILHO, Edgar de – Iniciação a lógica mate-
mática – São Paulo: Nobel – 2002.
CABRAL, Luiz Cláudio Durão; NUNES, Mauro César de
EXERCÍCIOS COMENTADOS Abreu - Raciocínio lógico passo a passo – Rio de Janeiro:
Elsevier, 2013.
1. (TRF 1ª REGIÃO – TÉCNICO JUDICIÁRIO – CESPE –
2017) A partir da proposição P: “Quem pode mais, chora
menos.”, que corresponde a um ditado popular, julgue o Negação de uma proposição composta
próximo item.
Do ponto de vista da lógica sentencial, a proposição P é Definição: Quando se nega uma proposição compos-
equivalente a “Se pode mais, o indivíduo chora menos”. ta primitiva, gera-se outra proposição também composta
e equivalente à negação de sua primitiva.
( ) CERTO ( ) ERRADO Ou seja, muitas vezes para os exercícios teremos que
saber qual a equivalência da negação para compor uma
Resposta: Certo Uma dica é que normalmente quan- frase, por exemplo.
do tem vírgula é condicional, não é regra, mas aconte-
ce quando você não acha o conectivo.

2. (PC-PE – PERITO PAPILOSCOPISTA – CESPE – Negação de uma conjunção (Lei de Morgan)


2016)
Para negar uma conjunção, basta negar as partes e
Texto CG1A06AAA trocar o conectivo conjunção pelo conectivo disjunção.

A Polícia Civil de determinado município prendeu, na ~(p ∧ q) ⇔ (~p ∨ ~q)


sexta-feira, um jovem de 22 anos de idade suspeito de p q ~p ~q p∧q ~(p ∧ q) ~p ∨ ~q
ter cometido assassinatos em série. Ele é suspeito de cor-
tar, em três partes, o corpo de outro jovem e de enterrar V V F F V F F
as partes em um matagal, na região interiorana do mu- V F F V F V V
nicípio. Ele é suspeito também de ter cometido outros
dois esquartejamentos, já que foram encontrados vídeos F V V F F V V
em que ele supostamente aparece executando os crimes F F V V F V V
Assinale a opção que é logicamente equivalente à pro-
posição “Ele é suspeito também de ter cometido outros Negação de uma disjunção (Lei de Morgan)
MATEMÁTICA

dois esquartejamentos, já que foram encontrados vídeos


em que ele supostamente aparece executando os cri- Para negar uma disjunção, basta negar as partes e
mes”, presente no texto CG1A06AAA. trocar o conectivo-disjunção pelo conectivo-conjunção.

86
~(p ∨ q) ⇔ (~p ∧ ~q)
p q ~p ~q p∨q ~(p ∨ q) ~p ∧ ~q
V V F F V F F
V F F V V F F
F V V F V F F
F F V V F V V

Resumindo as negações, quando é conjunção nega as duas e troca por “ou”


Quando for disjunção, nega tudo e troca por “e”.

Negação de uma disjunção exclusiva

~(p ∨ q) ⇔ (p ↔ q)
p q p∨q ~( p∨q) p↔q
V V F V V
V F V F F
F V V F F
F F F V V

Negação de uma condicional

Famoso MANE
Mantém a primeira e nega a segunda.

~(p → q) ⇔ (p ∧ ~q)
p q p→q ~q ~(p → q) p ∧ ~q
V V V F F F
V F F V V V
F V V F F V
F F V V F F

Negação de uma bicondicional

~(p ↔ q) = ~[(p → q) ∧ (q → p)] ⇔ [(p ∧ ~q) ∨ (q ∧ ~p)]

P Q p↔q p→q q→p p → q) ∧ (q → p)] ~[(p → q) ∧ (q → p ∧ ~q q ∧ ~p [(p ∧ ~q) ∨ (q ∧


p)] ~p)]
V V V V V V F F F F
V F F F V F V V F V
F V F V F F V F V V
F F V V V V F F F F

Dupla negação (Teoria da Involução)

a) De uma proposição simples: p ⇔ ~ (~p)


P ~P ~ (~p)
V F V
F V F
MATEMÁTICA

b) De uma condicional: Definição: A dupla negação de uma condicional dá-se da seguinte forma: nega-se a 1ª parte
da condicional, troca-se o conectivo-condicional pela disjunção e mantém-se a 2ª parte.
Demonstração: Seja a proposição primitiva: p → q nega-se pela 1ª vez: ~(p → q) ⇔ p ∧ ~q nega-se pela 2ª vez:
~(p ∧ ~q) ⇔ ~p ∨ q

87
Conclusão: Ao negarmos uma proposição primitiva OBSERVAÇÃO: A fórmula argumentativa P1 ∧ P2 ∧
duas vezes consecutivas, a proposição resultante será ... ∧ Pn → Q, também poderá ser representada pela se-
equivalente à sua proposição primitiva. Logo, p → q ⇔ guinte forma:
~p ∨ q

EXERCÍCIOS COMENTADOS

1. (TRF 1ª REGIÃO – TÉCNICO JUDICIÁRIO – CESPE –


2017) A partir da proposição P: “Quem pode mais, chora 1. Argumentos válidos
menos.”, que corresponde a um ditado popular, julgue o
próximo item. Um argumento é válido quando a conclusão é verda-
A negação da proposição P pode ser expressa por “Quem deira (V), sempre que as premissas forem todas verda-
não pode mais, não chora menos” deiras (V). Dizemos, também, que um argumento é válido
quando a conclusão é uma consequência obrigatória das
( ) CERTO ( ) ERRADO verdades de suas premissas.
Resposta: Errado. Negação de uma condicional: Argumentos inválidos
mantém a primeira e nega a segunda
Um argumento é dito inválido (ou falácia, ou ilegítimo
2. (PC-PE – PERITO CRIMINAL – CESPE – 2016) Con- ou mal construído), quando as verdades das premissas
sidere as seguintes proposições para responder a ques- são insuficientes para sustentar a verdade da conclusão.
tão. Caso a conclusão seja falsa, decorrente das insuficiências
geradas pelas verdades de suas premissas, tem-se como
P1: Se há investigação ou o suspeito é flagrado cometen- conclusão uma contradição (F).
do delito, então há punição de criminosos.
2. Métodos para testar a validade dos argumentos
P2: Se há punição de criminosos, os níveis de violência
não tendem a aumentar. (IF-BA – ADMINISTRADOR – FUNRIO – 2016) Ou
João é culpado ou Antônio é culpado. Se Antônio é ino-
P3: Se os níveis de violência não tendem a aumentar, a cente então Carlos é inocente. João é culpado se e so-
população não faz justiça com as próprias mãos. mente se Pedro é inocente. Ora, Pedro é inocente. Logo,

Assinale a opção que apresenta uma negação correta da a) Pedro e Antônio são inocentes e Carlos e João são cul-
proposição P1. pados.
b) Pedro e Carlos são inocentes e Antônio e João são
a) Se não há punição de criminosos, então não há investi- culpados.
gação ou o suspeito não é flagrado cometendo delito. c) Pedro e João são inocentes e Antônio e Carlos são cul-
b) Há punição de criminosos, mas não há investigação pados.
nem o suspeito é flagrado cometendo delito. d) Antônio e Carlos são inocentes e Pedro e João são
c) Há investigação ou o suspeito é flagrado cometendo culpados.
delito, mas não há punição de criminosos. e) Antônio, Carlos e Pedro são inocentes e João é cul-
d) Se não há investigação ou o suspeito não é flagrado pado.
cometendo delito, então não há punição de crimino-
sos. Resposta: Letra E.
e) Se não há investigação e o suspeito não é flagrado co- Vamos começar de baixo pra cima.
metendo delito, então não há punição de criminosos.
Ou João é culpado ou Antônio é culpado.
Resposta: Letra C Famoso MANE Se Antônio é inocente então Carlos é inocente.
Mantém a primeira e nega a segunda.
João é culpado se e somente se Pedro é inocente.
Há investigação ou o suspeito é flagrado cometendo
Ora, Pedro é inocente.
delito e não há punição de criminosos.
(V)
No caso, a questão ao invés de “e”utilizou mas
Sabendo que Pedro é inocente,
João é culpado se e somente se Pedro é inocente.
ARGUMENTOS
João é culpado, pois a bicondicional só é verdadeira
Um argumento é um conjunto finito de premissas se ambas forem verdadeiras ou ambas falsas.
MATEMÁTICA

(proposições), sendo uma delas a consequência das de-


mais. Tal premissa (proposição), que é o resultado de- João é culpado se e somente se Pedro é inocente
dutivo ou consequência lógica das demais, é chamada (V) (V)
conclusão. Um argumento é uma fórmula: P1 ∧ P2 ∧ ... Ora, Pedro é inocente
∧ Pn → Q (V)

88
Sabendo que João é culpado, vamos analisar a pri- Quantificadores são elementos que, quando asso-
meira premissa. ciados às sentenças abertas, permitem que as mesmas
Ou João é culpado ou Antônio é culpado. sejam avaliadas como verdadeiras ou falsas, ou seja, pas-
Então, Antônio é inocente, pois a disjunção exclusiva sam a ser qualificadas como sentenças fechadas.
só é verdadeira se apenas uma das proposições for.
O quantificador universal
Se Antônio é inocente então Carlos é inocente. O quantificador universal, usado para transformar
Carlos é inocente, pois sendo a primeira verdadeira, a sentenças (proposições) abertas em proposições fecha-
condicional só será verdadeira se a segunda proposição das, é indicado pelo símbolo “∀”, que se lê: “qualquer
também for. que seja”, “para todo”, “para cada”.

Então, temos: Exemplo:


Pedro é inocente, João é culpado, António é inocente (∀x)(x + 2 = 6)
e Carlos é inocente. Lê-se: “Qualquer que seja x, temos que x + 2 = 6”
(falsa).
EXERCÍCIO COMENTADO É falso, pois não podemos colocar qualquer x para a
afirmação ser verdadeira.
1. (DPU – AGENTE ADMINISTRATIVO – CESPE – O quantificador existencial
2016) Considere que as seguintes proposições sejam O quantificador existencial é indicado pelo símbolo
verdadeiras. “∃” que se lê: “existe”, “existe pelo menos um” e “existe
• Quando chove, Maria não vai ao cinema. um”.
• Quando Cláudio fica em casa, Maria vai ao cinema.
• Quando Cláudio sai de casa, não faz frio. Exemplos:
• Quando Fernando está estudando, não chove. (∃x)(x + 5 = 9)
• Durante a noite, faz frio. Lê-se: “Existe um número x, tal que x + 5 = 9” (ver-
Tendo como referência as proposições apresentadas, jul- dadeira).
gue o item subsecutivo.
Se Maria foi ao cinema, então Fernando estava estudan- Nesse caso, existe um número, ahh tudo bem... claro
do. que existe algum número que essa afirmação será ver-
dadeira.
( ) CERTO ( ) ERRADO
Ok? Sem maiores problemas, certo?
Resposta: Errado
• Durante a noite, faz frio. Representação de uma proposição quantificada
V
(∀x)(x ∈ N)(x + 3 > 15)
• Quando Cláudio sai de casa, não faz frio. Quantificador: ∀
F F Condição de existência da variável: x ∈ N.
Predicado: x + 3 > 15.
• Quando Cláudio fica em casa, Maria vai ao cinema.
V V (∃x)[(x + 1 = 4) ∧ (7 + x = 10)]
Quantificador: ∃
• Quando chove, Maria não vai ao cinema. Condição de existência da variável: não há.
F F Predicado: “(x + 1 = 4) ∧ (7 + x = 10)”.

• Quando Fernando está estudando, não chove. Negações de proposições quantificadas ou funcionais
V/F V Seja uma sentença (∀x)(A(x)).
Portanto, Se Maria foi ao cinema, então Fernando es- Negação: (∃x)(~A(x))
tava estudando.
Não tem como ser julgado. Exemplo
(∀x)(2x-1=3)
Negação: (∃x)(2x-1≠3)
DIAGRAMAS LÓGICOS Seja uma sentença (∃x)(Q(x)).
Negação: (∀x)(~Q(x)).
As questões de Diagramas lógicos envolvem as pro- (∃x)(2x-1=3)
posições categóricas (todo, algum, nenhum), cuja solu- Negação: (∀x)(2x-1≠3)
MATEMÁTICA

ção requer que desenhemos figuras, os chamados dia-


gramas.

89
1. Definição das proposições Algum A não é B necessariamente verdadeira.
Algum cachorro não é gato. Ah, sim! Espero que to-
Todo A é B. dos não sejam, mas se já está dizendo “algum” vou con-
cordar.
O conjunto A está contido no conjunto B, assim todo
elemento de A também é elemento de B. Algum A é B.

Podemos representar de duas maneiras: Quer dizer que há pelo menos 1 elemento de A em
comum com o conjunto B

Temos 4 representações possíveis

a) os dois conjuntos possuem uma parte dos elemen-


tos em comum.

Quando “todo A é B” é verdadeira, vamos ver como


ficam os valores lógicos das outras?

Pensemos nessa frase: Toda criança é linda.

Nenhum A é B é necessariamente falsa.


Nenhuma criança é linda, mas eu não acabei de falar
que TODA criança é linda? Por isso é falsa. b) Todos os elementos de A estão em B.

Algum A é B é necessariamente verdadeira.


Alguma Criança é linda, sim, se todas são 1, 2, 3...são
lindas.

Algum A não é B necessariamente é falsa, pois A está


contido em B.
Alguma criança não é linda, bem como já vimos im-
possível, pois todas são.

Nenhum A é B.

A e B não terão elementos em comum.

c) Todos os elementos de B estão em A

Quando “nenhum A é B” é verdadeira, vamos ver


como ficam os valores lógicos das outras?
Frase: Nenhum cachorro é gato. (sim, eu sei. Frase ex-
trema, mas assim é bom para entendermos..hehe)
MATEMÁTICA

Todo A é B é necessariamente falsa.


Todo cachorro é gato, faz sentido? Nenhum, não é?
Algum A é B é necessariamente falsa.
Algum cachorro é gato, ainda não faz sentido.

90
d) O conjunto A é igual ao conjunto B. b) Todos os elementos de B estão em A.

Quando “algum A é B” é verdadeira, vamos ver como


ficam os valores lógicos das outras? c) Não há elementos em comum entre os dois con-
Frase: Algum copo é de vidro. juntos.
Nenhum A é B é necessariamente falsa.
Nenhum copo é de vidro.
Com frase fica mais fácil né? Porque assim, consegui-
mos ver que é falsa, pois acabei de falar que algum copo
é de vidro, ou seja, tenho pelo menos 1 copo de vidro.
Todo A é B.
Não conseguimos determinar, podendo ser verda-
deira ou falsa (podemos analisar também os diagramas
mostrados nas figuras a e c).
Todo copo é de vidro.
Pode ser que sim, ou não.
Quando “algum A não é B” é verdadeira, vamos ver
Algum A não é B. como ficam os valores lógicos das outras?
Não conseguimos determinar, podendo ser verdadei- Vamos fazer a frase contrária do exemplo anterior.
ra ou falsa (contradiz com as figuras b e d) Frase: Algum copo não é de vidro.
Algum copo não é de vidro.
Como não sabemos se todos os copos são de vidros, Nenhum A é B é indeterminada (contradição com as
pode ser verdadeira. figuras a e b).
Nenhum copo é de vidro, algum não é, mas não sei se
Algum A não é B. todos não são de vidro.
O conjunto A tem pelo menos um elemento que não
pertence ao conjunto B. Todo A é B é necessariamente falsa.
Todo copo é de vidro, mas eu disse que algum copo não era.
Aqui teremos 3 modos de representar: Algum A é B é indeterminada.
Algum copo é de vidro, não consigo determinar se
a) Os dois conjuntos possuem uma parte dos elemen- tem algum de vidro ou não.
tos em comum.

EXERCÍCIOS COMENTADOS
1. (PC-RS – ESCRIVÃO – FUNDATEC – 2018) Supondo
a verdade da sentença aberta: Alguns investigados são
advogados mas nem todos os investigados têm domicí-
lio conhecido. Podemos deduzir a verdade da alternativa:

a) Todos investigados são advogados e têm domicílio co-


nhecido.
b) Todos investigados são advogados e não têm domicí-
lio conhecido.
c) Alguns investigados são advogados e têm domicílio
MATEMÁTICA

conhecido.
d) Alguns investigados são advogados e alguns investi-
gados têm domicílio conhecido.
e) Alguns investigados são advogados e alguns investi-
gados não têm domicílio conhecido.

91
Resposta: Letra E Nem todos os investigados têm do- Referências
micilio = Existem investigados que não têm domicilio. CARVALHO, S. Raciocínio Lógico Simplificado. Série
Provas e Concursos, 2010.
2. (UFES – ASSISTENTE EM ADMINISTRAÇÃO –
UFES – 2017) Em um determinado grupo de pessoas,
SEQUÊNCIAS NUMÉRICAS
• todas as pessoas que praticam futebol também prati-
cam natação, 1. Definição
• algumas pessoas que praticam tênis também praticam
futebol, O diário do professor é composto pelos nomes de
• algumas pessoas que praticam tênis não praticam na- seus alunos e esses nomes obedecem a uma ordem (são
tação. escritos em ordem alfabética). Essa lista de nomes (diá-
rio) pode ser considerada uma sequência. Os dias do mês
É CORRETO afirmar que no grupo são dispostos no calendário obedecendo a certa ordem
que também é um tipo de sequência. Assim, sequências
a) todas as pessoas que praticam natação também pra- estão presentes no nosso dia a dia com mais frequência
ticam tênis. que você pode imaginar.
b) todas as pessoas que praticam futebol também pra-
ticam tênis. A definição formal de sequência é todo conjun-
c) algumas pessoas que praticam natação não praticam to ou grupo no qual os seus elementos estão escritos
futebol. em uma determinada ordem ou padrão. No estudo da
d) algumas pessoas que praticam natação não praticam matemática estudamos obviamente, as sequências nu-
tênis. méricas.
e) algumas pessoas que praticam tênis não praticam fu- Ao representarmos uma sequência numérica, deve-
tebol. mos colocar seus elementos entre parênteses. Veja al-
guns exemplos de sequências numéricas:
Resposta: Letra E.
Ex: (2,4,6,8,10,12,…) - números pares positivos.
Ex: (1,2,3,4,5,6,7,8,9,10,11...) - números naturais.
Ex: (10,20,30,40,50...) - números múltiplos de 10.
Ex: (10,15,20,30) - múltiplos de 5, maiores que 5 e me-
nores que 35.
Pelos exemplos, observou-se dois tipos básicos de
sequências:
Sequência finita: Sequência numérica onde a quanti-
dade dos elementos é finita.
Sequência infinita: Sequência que seus elementos
seguem ao infinito.

2. Representação
3. (SEPOG-RO – TÉCNICO EM TECNOLOGIA DA IN- Em uma sequencia numérica qualquer, o primeiro
FORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO – FGV – 2017) Consi- termo será representado por uma letra minúscula segui-
dere a afirmação: do de sua posição na sequência. Assim, o primeiro termo
“Toda pessoa que faz exercícios não tem pressão alta”. é representado por , o segundo termo é , o terceiro e
De acordo com essa afirmação é correto concluir que assim por diante.

a) se uma pessoa tem pressão alta então não faz exer-


cícios. #FicaDica
b) se uma pessoa não faz exercícios então tem pressão
alta. Na matemática, achar uma expressão que
c) se uma pessoa não tem pressão alta então faz exer- possa descrever a sequência numérica em
cícios. função da posição do termo na mesma
d) existem pessoas que fazem exercícios e que têm pres- torna-se conveniente e necessário para
são alta. se usar essa teoria. Os exemplos a seguir
e) não existe pessoa que não tenha pressão alta e não exemplificam esse conceito:
faça exercícios.
Ex: (1,2,3,4,…)→Essa sequência pode ser descrita
MATEMÁTICA

Resposta: Letra A Se toda pessoa que faz exercício como sendo: . Ou seja, qualquer termo da sequência é
não tem pressão alta, ora, se a pessoa tem pressão exatamente o valor de sua posição.
alta, então não faz exercício. Ex: (5,8,11,14,…)→Essa sequência pode ser descrita
como sendo: . Ou seja, qualquer termo da sequência é o
triplo da sua posição somado 2.

92
Ex: (0,3,8,15,…)→ Essa sequência pode ser descrita 2. Termo Geral
como sendo: . Ou seja, qualquer termo da sequência é o
quadrado da sua posição subtraído 1. Dado esta lógica de formação das progressões arit-
Essa expressão de an é definida como expressão do méticas, pode-se definir o que chamamos de “expressão
termo geral da sequência. do termo geral”. Trata-se de uma fórmula matemática
que relaciona dois termos de uma PA com a razão r:
an = ap + n − p � r , com n ∈ ℕ∗
EXERCÍCIO COMENTADO
Onde an e ap são termos quaisquer da PA. Essa ex-
1. (FCC-2016 – MODIFICADO) Determine o termo ge- pressão geral pode ser utilizada de 2 formas:
ral a) Sabemos um termo e a razão e queremos encon-
trar outro termo.
an da sequência numérica 1 3 5 7
, , , , … , an Ex: O primeiro termo da PA igual a 7 e a razão é 3,
2 4 6 8 qual é o quinto termo?
Temos então a1 = 7 e r = 3 e queremos achar a5.
Resposta: Mediante análise dos termos da sequência, Substituindo na fórmula do termo geral, temos que p =
nota-se que termo geral é 1 e n = 5. Assim:
2n − 1
an = an = ap + n − p � r
2n
a5 = a1 + 5 − 1 � r
2. (FCC-2016) A sequência numérica 1/2, 3/4, 5/6, 7/8;...é a5 = 7 + 4 � 3
ilimitada e criada seguindo o mesmo padrão lógico. A
a5 = 19
diferença entre o 500º e o 50º termos dessa sequência
é igual a:
a) 0,9 Ou seja, o quinto termo desta PA é 19.
b) 9
c) 0,009 b) Sabemos dois termos quaisquer e queremos obter
d) 0,09 a razão da PA.
e) 0,0009 Ex: O terceiro termo da PA é 2 e o sexto é -1, qual será
a razão da PA?
Resposta: Letra C. Utilizando o termo geral dessa
2n−1 Temos então a3 = 2 e a6 = −1 e queremos achar r.
sequência an = , facilmente a500 e a50 são Substituindo na fórmula do termo geral, temos que p =
2n
identificados. Substituindo para n=500 e n=50, chega- 3 e n = 6. Assim:
-se ao resultado.
an = ap + n − p � r
a6 = a3 + 6 − 3 � r
PROGRESSÃO ARITMÉTICA
−1 = 2 + 3 � r
1. Definição 3r = −3
r = −1
As progressões aritméticas, conhecidas com “PA”, são
sequências de números, que seguem um determinado
padrão. Este padrão caracteriza-se pelo termo seguinte Ou seja, a razão desta PA é -1.
da sequência ser o termo anterior adicionado de um va-
lor fixo, que chamaremos de constante da PA, represen- 3. Soma dos termos
tado pela letra “r”.
Os exemplos a seguir ilustrarão a definição acima:
Outro ponto importante de uma progressão arit-
a) S={1,2,3,4,5…} : Esta seqüência é caracterizada por
mética é a soma dos termos. Considerando uma PA
sempre somar o valor 1 no termo seguinte, ou seja, tra-
que queremos saber a soma dos 5 primeiros termos:
ta-se de uma PA com razão . Se , classificaremos com PA
S={2,4,6,8,10…}. Como são poucos termos e sabemos to-
crescente.
dos eles, podemos simplesmente somá-los: 2+4+6+8+10
b) S={13,11,9,7,5…} : Também podemos ter sequên-
= 30. Agora, considere que você saiba apenas o primei-
cias onde ao invés de somar, estaremos subtraindo um
ro e o quinto termo, ou seja: a1 = 2 e a5 = 10 e .
valor fixo. Neste exemplo, o termo seguinte é o termo
Como você calcularia a soma dos 5 termos?
anterior subtraído 2, assim, trata-se de uma PA com ra-
O jeito que você aprendeu até agora seria obter os
zão . Se , classificaremos com PA decrescente.
outros termos e a razão a partir da expressão do termo
MATEMÁTICA

c) S={4,4,4,4,4…} : Além disso, podemos ter uma se-


geral, porém você teria que fazer muitas contas para che-
quência de valores constantes, nesse caso, é como se
gar ao resultado, gastando tempo. Como a PA segue um
estivéssemos somando 0 ao termos. Assim, se , classifica-
padrão, foi possível deduzir uma expressão que dependa
remos com PA constante.
apenas do primeiro termo e do último:

93
a1 + an � n
Sn =
2

Assim, com , a1 = 2, a5 = 10 e n = 5 , podemos calcular a soma:

2 + 10 � 5 12 � 5 60
Sn = = = = 30
2 2 2
Ou seja, não precisamos saber nem a razão da PA para acharmos a soma.

4. Propriedades

As progressões aritméticas possuem algumas propriedades interessantes que podem ser exploradas em provas de
concursos:

P1: Para três termos consecutivos de uma PA, o termo médio é a média aritmética dos outros dois termos.
Essa propriedade é fácil de verificar com o exemplo: Vamos considerar três termos consecutivos de uma PA sendo
an−1, an e an+1 .Podemos afirmar a partir da fórmula do termo geral que:
an = an−1 + r
an = an+1 – r

Somando as duas expressões:

2an = an−1 + r + an +1 − r
2an = an−1 + an + 1
O que leva a:
an−1 + an + 1
an =
2

P2: Termos equidistantes dos Extremos. Numa sequência finita, dizemos que dois termos são equidistantes dos ex-
tremos se a quantidade de termos que precederem o primeiro deles for igual à quantidade de termos que sucederem
ao outro termo. Assim, na sucessão:
(a1 , a2 , a3, a4 , . . . , ap , . . . , ak , . . . , an 3 , an 2 , an 1 , an ),
− − −

Temos:
a2 e an 1 são termos equidistantes dos extremos;

a3 e an 2 são termos equidistantes dos extremos;

a4 e an 3 são termos equidistantes dos extremos.

Nota-se que sempre que dois termos são equidistantes dos extremos, a soma dos seus índices é igual ao valor de n
+ 1. Assim sendo, podemos generalizar que, se os termos e são equidistantes dos extremos, então:
p + k = n+1

FIQUE ATENTO!
Com as considerações anteriores, temos que numa PA com termos, a soma de dois termos equidistantes
dos extremos é constante e igual a soma do primeiro termo com o último termo.
MATEMÁTICA

Ex: Sejam, numa PA de termos, ap e ak termos equidistantes dos extremos, teremos, então:

94
ap = a1 + (p – 1) � r ⇒ ap = a1 + p � r – r Resposta: Letra B. Aplicando a fórmula do termo ge-
ak = a1 + (k – 1) � r ⇒ ak = a1 + k � r – r ral nas duas considerações do enunciado, chega-se a
razão igual a 3, que é um número primo
Somando as expressões:

ap + ak = a1 + p � r – r + a1 + k � r – r PROGRESSÃO GEOMÉTRICA (PG)


ap + ak = a1 + a1 + (p + k – 1 – 1) � r
1. Definição
Considerando que p + k = n + 1 , ficamos com:
As progressões geométricas, conhecidas com “PG”,
ap + ak = a1 + a1 + (n + 1 – 1) � r são sequências de números, como as PA, mas seu padrão
está relacionado com a operação de multiplicação e di-
ap + ak = a1 + a1 + (n – 1) � r visão. Ou seja, o termo seguinte de uma PG é composto
ap + ak = a1 + an pelo termo anterior multiplicado por uma razão cons-
tante, que será chamada de “q”.

Os exemplos a seguir ilustrarão melhor essas definições:


EXERCÍCIOS COMENTADOS a) S={2,4,8,16,32…}: Esta sequência é caracterizada
por sempre multiplicar o termo anterior por uma
1. Em relação à progressão aritmética (10, 17, 24, …), de- razão constante, q = 2. Como os termos subse-
termine: qüentes são maiores, temos uma PG crescente (ca-
racterizada por q > 0 )
a) o termo geral dessa PA;
1 1 1
b) o seu 15° termo; b) S = {9,3,1, , , … }: Esta sequência
3 9 27
é caracterizada por sempre multiplicar o ter- 1
Resposta: a) Para encontrar o termo geral da progres-
mo anterior por uma razão constante q =
são aritmética, devemos, primeiramente, determinar a 3
, ou seja, estar sendo dividida sempre por 3. As-
razão r:
sim, como os termos subseqüentes são menores,
r = a2 – a1
temos uma PG decrescente (caracterizada por
r = 17 – 10 a1 > 0 e 0 < q < 1 ).
r=7
A razão é 7, e o primeiro termo da progressão (a1) é 10.
c) S={-1,-2,-4,-8 ,-16,…}: Esta sequência é caracteri-
Através da fórmula do termo geral da PA, temos:
zada por sempre multiplicar o termo anterior por
uma constante q=-2. Assim, como os termos sub-
an = a1 + (n – 1). r
seqüentes são menores, temos outro caso de PG
an = 10 + (n – 1). 7
decrescente (caracterizada por a1 < 0 e q > 1 ).
Portanto, o termo geral da progressão é dado por an =
10 + (n – 1). 7.
d) S={1,-4,16,-64,256…}: Esta sequência mostra alter-
nância de sinal entre os termos. A razão neste caso
b) Como já encontramos a fórmula do termo geral,
é q=-4 e quando isto ocorre, definimos como PG
vamos utilizá-la para encontrar o 15° termo. Tendo em
alternada. (caracterizada por q < 0 ).
vista que n = 15, temos então:
e) S={5,5,5,5,5,5,…}: Esta sequência possui termos
an = 10 + (n – 1). 7
constantes e é caracterizada por ter uma razão
a15 = 10 + (15 – 1). 7
q=1. Neste caso, é definido o que chamamos de
a15 = 10 + 14 . 7
PG constante.
a15 = 10 + 98
a15 = 108
FIQUE ATENTO!
O 15° termo da progressão é 108.
Atenção as definições de PG decrescente e
2. (CONED-2016) Em uma PA com 12 termos, a soma PG alternada, muitos alunos se confundem
dos três primeiros é 12 e a soma dos dois últimos é 65. A e dizem que PG decrescente ocorre quando
razão dessa PA é um número: , em uma analogia a PA.

a) Múltiplo de 5
2. Termo Geral
MATEMÁTICA

b) Primo
c) Com 3 divisores positivos
Dado esta lógica de formação das progressões geo-
d) Igual a média geométrica entre 9 e 4
métricas, podemos também definir a “expressão do ter-
e) Igual a 4!
mo geral”. Trata-se de uma fórmula matemática que rela-
ciona dois termos de uma PG com a razão q:

95
an = ap � qn−p , n ∈ ℕ∗ , q ∈ ℝ Exemplo: Calcule a soma dos quatro primeiros temos
de uma PG, com q = 3 e a2 = 12
Onde an e ap são termos quaisquer da PG. Essa ex- Resolução: Para aplicar a fórmula da soma, é necessá-
pressão geral pode ser utilizada de 2 formas: rio obter o primeiro termo da PG. Usando o termo geral
a) Sabemos um termo e a razão e queremos encon- (com n=2 e p=1):
trar outro termo. Exemplo: O primeiro termo da PG igual
a 5 e a razão é 2, qual é o quarto termo?
an = ap � qn−p
a2 = a1 � q2−1
Resolução: Temos então a1 = 5 e q = 2 e quere-
mos achar a4 . Substituindo na fórmula do termo geral,
12 = a1 � 31
temos que p = 1 e n = 4. Assim: a1 = 4
Com o primeiro termo obtido, podemos encontrar a
an = ap � qn−p somatória (com n=4):
a4 = a1 � q4−1
a4 = 5 � 23 a1 qn − 1
Sn =
a4 = 5 � 8 = 40 q−1

Ou seja, o quarto termo desta PG é 40. a1 q4 − 1


S4 =
b) Sabemos dois termos quaisquer e queremos obter
q−1
a razão da PG. Exemplo: O segundo termo da PG é 3 e
o quarto é 1/3, qual será a razão da PG, sabendo que 4 34 − 1
q<0 ? S4 =
3−1
1
Resolução: Temos então a2 = 3 e a4 = e que-
3
remos achar q. Substituindo na fórmula do termo geral, 4 � 343 − 1
temos que p = 2 e n = 4. Assim: S4 = = 2 � 342 = 684
2
an = ap � qn−p Assim, a soma dos primeiros quatro termos desta PG
é igual a 684.
a4 = a2 � q4−2
1 4. Soma da PG infinita
= 3 � q2
3 Além da soma dos “n” primeiros termos, as progres-
1 sões geométricas possuem uma particularidade. Para PG
q2 = com , ou seja, para PG decrescentes ou alternadas, pode-
9
mos definir a “soma da PG infinita”. Em outras palavras,
se tivermos uma PG com infinitos termos com q < 1
, podemos obter a somar todos eles e obter um valor
finito. A fórmula da PG infinita é apresentada a seguir:
a1
S∞ =
1−q
Como q < 0 , temos que a razão dessa PG é -1/3.

3. Soma finita dos termos #FicaDica


Seguindo o mesmo princípio da PA, temos na PG a A fórmula é bem simples e como na fór-
somatória dos “n” primeiros termos também. Uma fór- mula da soma dos “n” primeiros termos,
mula foi deduzida e está apresentada a seguir: temos dependência apenas do primeiro
termo e da razão.
a1 � qn − 1
Sn =
q−1
Exemplo: Calcule a soma infinita da seguinte PG:

O ponto interessante desta fórmula é que ela depen- 1 1 1 1 1


MATEMÁTICA

de apenas da razão e do primeiro termo, sem a necessi- S = {1, , , , , ,…�


2 4 8 16 32
dade de obter o termo . Caso você tenha qualquer outro
termo e a razão q, você obtém primeiramente o primeiro
termo com a fórmula do termo geral e depois obtém a
soma. O exemplo a seguir ilustra isso:

96
Resolução: Como se trata de uma PG decrescen- 1. Nomenclatura
1
te com a1 = 1 e q = , ela atende aos requisitos da
2
soma infinita: Substituindo na fórmula: a) Os juros são representados pela letra J.
b) O dinheiro que se deposita ou se empresta chama-
a1 mos de capital e é representado pela letra C.
S∞ = c) O tempo de depósito ou de empréstimo é repre-
1−q
sentado pela letra t.
d) A taxa de juros é a razão centesimal que incide so-
1 bre um capital durante certo tempo. É representado pela
S∞ = letra i e utilizada para calcular juros.
1
1−
2
Chamamos de simples os juros que são somados ao
capital inicial no final da aplicação.
1
S∞ = =2
1
2 FIQUE ATENTO!
Ou seja, a soma dos termos desta PG infinita vale 2. Devemos sempre relacionar taxa e tempo
numa mesma unidade:
Taxa anual --------------------- tempo em anos
Taxa mensal-------------------- tempo em meses
EXERCÍCIO COMENTADO Taxa diária---------------------- tempo em dias

1. (FUNAI – CONHECIMENTOS GERAIS – Exemplo: Uma pessoa empresta a outra, a juros sim-
ESAF/2016) O limite da série infinita S de razão 1/3, ples, a quantia de R$ 3000,00, pelo prazo de 4 meses, à
1 1 é: taxa de 2% ao mês. Quanto deverá ser pago de juros?
S = 9 + 3 + 1 + + + ⋯)
3 9
Resolução:
a) 13,444...
b) 13,5 - Capital aplicado (C): R$ 3.000,00
c) 13,666... - Tempo de aplicação (t): 4 meses
d) 13,6 - Taxa (i): 2% ou 0,02 a.m. (= ao mês)
e) 14
Fazendo o cálculo, mês a mês:
Resposta:
a1 Letra B. Aplicando a fórmula da PG infini-
ta S∞ = , chega-se na resposta. No final do 1º período (1 mês), os juros serão: 0,02 R$
1−q 3.000,00 = R$ 60,00
No final do 2º período (2 meses), os juros serão: R$
2. Determine o valor do sexto termo da seguinte pro- 60,00 + R$ 60,00 = R$ 120,00
gressão geométrica (1, 2, 4, 8, ...). No final do 3º período (3 meses), os juros serão: R$
120,00 + R$ 60,00 = R$ 180,00
Resposta: a6 = 32 No final do 4º período (4 meses), os juros serão: R$
180,00 + R$ 60,00 = R$ 240,00
Nota-se que a razão da progressão geométrica é
igual a 2. Então, tem-se que:
Para evitar essa sequência de cálculos toda vez que
an = ap � qn−p vamos calcular os juros simples, existe uma fórmula que
quantifica o total de juros simples do período, e ela está
a6 = a1 � q6−1 apresentada abaixo:
a6 = 1 � 25 = 32
J=C ∙ i ∙ t

Além disso, quando quisermos saber o total que será


JUROS SIMPLES E COMPOSTO pago de um empréstimo, ou o quanto se resgatará do in-
vestimento, o qual definimos como Montante (M), basta
somar o capital com os juros, usando o conceito funda-
Juros Simples mental da matemática financeira:
MATEMÁTICA

Toda vez que falamos em juros estamos nos referin- M=C+J


do a uma quantia em dinheiro que deve ser paga por
um devedor, pela utilização de dinheiro de um credor Ou
(aquele que empresta).
M=C(1+i . t)

97
EXERCÍCIOS COMENTADOS

1.(ENEM 2015) Um casal realiza um financiamento imobiliário de R$ 180 000,00, a ser pago em 360 prestações men-
sais, com taxa de juros efetiva de 1% ao mês. A primeira prestação é paga um mês após a liberação dos recursos e o
valor da prestação mensal é de R$ 500,00 mais juro de 1% sobre o saldo devedor (valor devido antes do pagamento).
Observe que, a cada pagamento, o saldo devedor se reduz em R$ 500,00 e considere que não há prestação em atraso.

Efetuando o pagamento dessa forma, o valor, em reais, a ser pago ao banco na décima prestação é de

a) 2 075,00.
b) 2 093,00.
c) 2 138,00.
d) 2 255,00.
e) 2 300,00.

Resposta: Letra d. Temos que, na décima prestação, o valor devido é de 175 500. Calculando os juros, temos 1% de
175500 = 1755. Logo, na décima prestação o valor será de 1755 + 500 = 2255.

2.(NUCEPE 2009) Um investidor possui R$ 80.000,00. Ele aplica 30% desse dinheiro em um investimento que rende
juros simples a uma taxa de 3% a.m., durante 2 meses, e aplica o restante em investimento que rende 2% a.m., durante
2 meses também. Ao fim desse período, esse investidor possui:
A) R$ 83.680,00
B) R$ 84.000,00
C) R$ 84.320,00
D) R$ 84.400,00
E) R$ 88.000,00

Resposta: Letra a. Temos neste problema um capital sendo investido em duas etapas. Vamos realizar os cálculos
separadamente:

1º investimento
30% de R$ 80.000,00 = R$ 24.000,00 valor a ser investido a uma taxa i = 3% a.m., durante um período t = 2 meses.
Lembrando que i = 3% = 0,03.
Cálculo dos juros J, onde J=C∙i∙t:
J = 24000∙ (0,03) ∙2 = 1440.
Juros do 1º investimento = R$ 1440,00.

2º investimento
R$ 80.000,00 – R$ 24.000,00 = R$ 56.000,00 valor a ser investido a uma taxa i = 2% a.m., durante um período t = 2
meses.
J = 56000∙ (0,02) ∙ 2 = 2240.
Juros do 2º investimento = R$ 2.240,00.
Portanto, o montante final será de
R$ 80.00,00 + R$ 1.440,00 + R$ 2.240,00 = R$ 83.680,00.

Juros Compostos

O capital inicial (principal) pode crescer como já sabemos, devido aos juros. Basicamente, há duas modalidades de
como se calcular os juros:
Juros simples - ao longo do tempo, somente o principal rende juros.
Juros compostos - após cada período, os juros são incorporados ao principal e passam, por sua vez, a render juros.
Também conhecido como “juros sobre juros”.
MATEMÁTICA

98
Vamos ilustrar a diferença entre os crescimentos de um capital através juros simples e juros compostos, com um
exemplo: Suponha que $100,00 são empregados a uma taxa de 10% a.a. (ao ano) Teremos:

Capital = 100 Juros Simples Juros Compostos


N° de Anos Montante Simples Montante Composto
1 100 + 0,1 ∙ 100 = 110 100,00 + 0,1 ∙ (100,00) = 110,00
2 110 + 0,1 ∙ 100 = 120 110,00 + 0,1 ∙ (110,00) = 121,00
3 120 + 0,1 ∙ 100 = 130 121,00 + 0,1 ∙ (121,00) = 133,10
4 130 + 0,1 ∙ 100 = 140 133,10 + 0,1 ∙ (133,10) = 146,41
5 140 + 0,1 ∙ 100 = 150 146,41 + 0,1 ∙ (146,41) = 161,05

Observe que o crescimento do principal segundo juros simples é LINEAR enquanto que o crescimento segundo
juros compostos é EXPONENCIAL, e, portanto tem um crescimento muito mais “rápido”. Isto poderia ser ilustrado gra-
ficamente da seguinte forma:

Na prática, as empresas, órgãos governamentais e investidores particulares costumam reinvestir as quantias geradas
pelas aplicações financeiras, o que justifica o emprego mais comum de juros compostos na Economia. Na verdade, o
uso de juros simples não se justifica em estudos econômicos.

Fórmula para o cálculo de Juros compostos

Considere o capital inicial (principal P) $1000,00 aplicado a uma taxa mensal de juros compostos (i) de 10% (i = 10%
a.m.). Vamos calcular os montantes (capital + juros), mês a mês:
Após o 1º mês, teremos: M1 = 1000 ∙ 1,1 = 1100 = 1000(1 + 0,1)
Após o 2º mês, teremos: M2 = 1100 ∙1,1 = 1210 = 1000(1 + 0,1)2
Após o 3º mês, teremos: M3 = 1210 ∙ 1,1 = 1331 = 1000(1 + 0,1)3
.....................................................................................................
Após o nº (enésimo) mês, sendo S o montante, teremos evidentemente: M = 1000(1 + 0,1)n
De uma forma genérica, teremos para um capital C, aplicado a uma taxa de juros compostos i durante o período n :
M = C(1 + i)n

Onde M = montante, C = Capital, i = taxa de juros e n = número de períodos que o principal C foi aplicado.
MATEMÁTICA

99
A fórmula envolve logaritmos e você tem dois cami-
0 nhos: Memorize ou sempre lembre da dedução a partir
da fórmula do montante. Substituindo os valores:
Na fórmula acima, as unidades de tempo refe-
rentes à taxa de juros (i) e do período (n), tem
de ser necessariamente iguais. Este é um deta-
lhe importantíssimo, que não pode ser esque-
cido! Assim, por exemplo, se a taxa for 2% ao
mês e o período 3 anos, deveremos considerar
2% ao mês durante 3 ∙ 12=36 meses.
Exemplo: Calcule o montante de uma aplicação
financeira de R$ 2000,00 aplicada a juros com- EXERCÍCIOS COMENTADOS
postos de 2% ao mês durante 2 meses:
1. (NOVA 2017) Calcule o montante de um empréstimo
a juros compostos de R$ 10000,00 a uma taxa de 0,5%
Resolução: a.m durante 6 meses. Dado: 1,0056 = 1,0304

M = C∙(1 + i)n→M = 2000∙(1 +0,02)2→M = a) R$ 10303,77


2000∙(1,02)2=R$ 2080,80 b) R$ 10090,90
c) R$ 13030,77
Com aplicação da fórmula, obtém-se o montante. d) R$ 13250,80
Agora, se quisermos os juros? Como se calcula os juros e) NDA
desta aplicação sendo que agora não temos uma fórmula
para J como nos juros simples? Para resolver isso, basta Resposta: Letra a. M = C(1 + i)^n→M = 10000∙(1
relembrar o conceito fundamental: +0,005)^6→M = 10000∙(1,005)^6=R$ 10303,77

M=C+J→J=M-C

Como calculamos o montante e temos o capital:

J=M-C→2080,80-2000,00=R$ 80,80

Esse exemplo é a aplicação básica de juros compos-


tos.

FIQUE ATENTO!
Alguns concursos podem complicar um pouco
as questões, deixando como incógnita o perí-
odo da operação “n”.

Exemplo: Em quanto tempo devo deixar R$ 3000,00


em uma aplicação para que renda um montante de R$
3376,53 a uma taxa de 3% ao mês.

Resolução: Neste caso, precisamos saber n, vamos


isolá-lo na fórmula do montante:

n M n M n
M=C 1+i → = 1+i → log = log 1 + i
C C

M
log = n � log 1 + i →
C
MATEMÁTICA

100
6. (Pref. Teresina – PI) Roberto trabalha 6 horas por dia
de expediente em um escritório. Para conseguir um dia
HORA DE PRATICAR! extra de folga, ele fez um acordo com seu chefe de que
trabalharia 20 minutos a mais por dia de expediente pelo
1.(SAAE de Aimorés – MG) Em uma festa de aniversário,
número de dias necessários para compensar as horas de
cada pessoa ingere em média 5 copos de 250 ml de refri-
um dia do seu trabalho. O número de dias de expediente
gerante. Suponha que em uma determinada festa, havia
que Roberto teve que trabalhar a mais para conseguir
20 pessoas presentes. Quantos refrigerantes de 2 litros o
seu dia de folga foi igual a Parte superior do formulário
organizador da festa deveria comprar para alimentar as
20 pessoas?
a) 16
b) 15
a) 12
c) 18
b) 13
d) 13
c) 15
e) 12
d) 25
7.(ITAIPU BINACIONAL) O valor da expressão:
2. Analise as afirmativas a seguir e assinale a alternativa
1 + 1 + 1 + 1𝑥7 + 1 + 1𝑥0 + 1 − 1 é
CORRETA:
I) 3 𝑥 4 ∶ 2 = 6
a) 0
II) 3 + 4 𝑥 2 = 14
b) 11
III) O resto da divisão de 18 por 5 é 3
c) 12
d) 29
a) I somente
e) 32
b) I e II somente
c) I e III somente
8. Qual a diferença prevista entre as temperaturas no
d) I, II e III
Piauí e no Rio Grande do Sul, num determinado dia, se-
gundo as informações? Tempo no Brasil: Instável a enso-
3. (Pref. de Timon – MA) O problema de divisão 648 : 2
larado no Sul. Mínima prevista -3º no Rio Grande do Sul.
é equivalente à:
Máxima prevista 37° no Piauí.
a) 600: 2 𝑥 40: 2 𝑥 8: 2
a) 34
b) 6: 2 + 4: 2 + 8: 2
b) 36
c) 600: 2 − 40: 2 − 8: 2
c) 38
d) 600: 2 + 40: 2 + 8: 2
d) 40
e) 6: 2𝑥4: 2𝑥8: 2
e) 42
4. (Pref. de São José do Cerrito – SC) Qual o valor da
9. Qual é o produto de três números inteiros consecuti-
expressão: 34 + 14.4⁄2 − 4 ?
vos em que o maior deles é –10?
a) 58
a) -1320
b) -31
b) -1440
c) 92
c) +1320
d) -96
d) +1440
e) nda
5. (IF-ES) Um caminhão tem uma capacidade máxima de
700 kg de carga. Saulo precisa transportar 35 sacos de ci-
10. Três números inteiros são consecutivos e o menor
mento de 50 kg cada um. Utilizando-se desse caminhão,
deles é +99. Determine o produto desses três números.
o número mínimo de viagens que serão necessárias para
realizar o transporte de toda a carga é de:
a) 999.000
b) 999.111
a) 4
c) 999.900
b) 5
d) 999.999
c) 2
e) 1.000.000
d) 6
e) 3
11. Adicionando –846 a um número inteiro e multiplican-
do a soma por –3, obtém-se +324. Que número é esse?
MATEMÁTICA

a) 726
b) 738
c) 744
d) 752
e) 770

101
12. Numa adição com duas parcelas, se somarmos 8 à 17. (PREF. ITATINGA-PE – ASSISTENTE ADMINIS-
primeira parcela, e subtrairmos 5 da segunda parcela, o TRATIVO – IDHTEC/2016) O número 102 + 101 + 100 é
que ocorrerá com o total? a representação de que número?

a) -2 a) 100
b) -1 b) 101
c) +1 c) 010
d) +2 d) 111
e) +3 e) 110

13. (Prefeitura de Chapecó – Engenheiro de Trânsito 18. (TRF-SP – TÉCNICO JUDICIÁRIO – FCC/2014) O
– IOBV/2016) A alternativa cujo valor não é divisor de resultado da expressão numérica 53 : 51 × 54 : 5 × 55 : 5 :
18.414 é: 56 - 5 é igual a :

a) 27 a) 120.
b) 31
1
c) 37 b)
5
d) 22
c) 55.
14. Verifique se os números abaixo são divisíveis por 4. d) 25.
e) 620.
a) 23418
b) 65000 19. (FEI-SP) O valor da expressão B = 5 . 108 . 4 . 10-3 é:
c) 38036
d) 24004 a) 206
e) 58617 b) 2 . 106
c) 2 . 109
15. (ALGÁS – ASSISTENTE DE PROCESSOS ORGANI- d) 20 . 10-4
ZACIONAIS – COPEVE/2014)
20. (PREF. GUARULHOS-SP –ASSISTENTE DE GES-
Critério de divisibilidade por 11 TÃO ESCOLAR – VUNESP/2016) Para iniciar uma visita
monitorada a um museu, 96 alunos do 8º ano e 84 alunos
Esse critério é semelhante ao critério de divisibilidade por do 9º ano de certa escola foram divididos em grupos,
9. Um número é divisível por 11 quando a soma alter- todos com o mesmo número de alunos, sendo esse nú-
nada dos seus algarismos é divisível por 11. Por soma mero o maior possível, de modo que cada grupo tivesse
alternada queremos dizer que somamos e subtraímos somente alunos de um único ano e que não restasse ne-
algarismos alternadamente (539  5 - 3 + 9 = 11). nhum aluno fora de um grupo. Nessas condições, é cor-
Disponível em:<http://educacao.globo.com> . Acesso reto afirmar que o número total de grupos formados foi
em: 07 maio 2014.
a) 8
Se A e B são algarismos do sistema decimal de numera- b) 12
ção e o número 109AB é múltiplo de 11, então c) 13
d) 15
a) B = A e) 18
b) A+B=1
c) B-A=1 21. (PREF. ITATINGA-PE – ASSISTENTE ADMINIS-
d) A-B=10 TRATIVO – IDHTEC/2016) Um ciclista consegue fazer
e) A+B=-10 um percurso em 12 min, enquanto outro faz o mesmo
percurso 15 min. Considerando que o percurso é circular
e que os ciclistas partem ao mesmo tempo do mesmo
16. (IF-SE – TÉCNICO DE TECNOLOGIA DA INFOR- local, após quanto tempo eles se encontrarão?
MAÇÃO - FDC-2014) João, nascido entre 1980 e 1994,
irá completar, em 2014, x anos de vida. Sabe-se que x a) 15 min
é divisível pelo produto dos seus algarismos. Em 2020, b) 30 min
João completará a seguinte idade: c) 1 hora
d) 1,5 horas
a) 32 e) 2 horas
MATEMÁTICA

b) 30
c) 28
d) 26

102
22. (PREF. SANTA TERIZINHA DO PROGRESSO-SC Está(ão) CORRETO(S):
– PROFESSOR DE MATEMÁTICA – CURSIVA/2018)
Acerca dos números primos, analise. a) II
I- O número 11 é um número primo; b) I e II
II- O número 71 não é um número primo; c) I e III
III- Os números 20 e 21 são primos entre si. d) II e III
e) Todos os itens
Dos itens acima:
26. (TRT- 15ª REGIÃO SP– ANALISTA JUDICIÁRIO –
a) Apenas o item I está correto.
FCC/2018) André, Bruno, Carla e Daniela eram sócios em
b) Apenas os itens I e II estão corretos.
um negócio, sendo a participação de cada um, respecti-
c) Apenas os itens I e III estão corretos.
vamente, 10%, 20%, 20% e 50%. Bruno faleceu e, por não
d) Todos os itens estão corretos.
ter herdeiros naturais, estipulara, em testamento, que sua
parte no negócio deveria ser distribuída entre seus só-
23. (SAMAE DE CAXIAS DO SUL –RS – OPERADOR
cios, de modo que as razões entre as participações dos
DE ESTAÇÃO DE TRATAMENTO DE ÁGUA E ESGOTO
– OBJETIVA/2017) Marcar C para as afirmativas Certas, três permanecessem inalteradas. Assim, após a partilha, a
nova participação de André no negócio deve ser igual a:
E para as Erradas e, após, assinalar a alternativa que apre-
senta a sequência CORRETA:
a) 20%.
(---) Pertencem ao conjunto dos números naturais ímpa-
b) 8%
res os números ímpares negativos e os positivos.
c) 12,5%
(---) O número 72 é divisível por 2, 3, 4, 6, 8 e 9
d) 15%
(---) A decomposição do número 256 em fatores primos é
e) 10,5%
27
(---) Considerando-se os números 84 e 96, é correto afir-
mar que o máximo divisor comum é igual a 12. 27. (PREF. GUARULHOS-SP – AUXILIAR ADMINIS-
TRATIVO – VUNESP/2018) Um terreno retangular tem
a) E - E - C - C. 35 m de largura e 1750 m2 de área. A razão entre a largu-
b) E - C - C - E. ra e o comprimento desse terreno é
c) C - E - E - E.
d) E - C - E - C. a) 0,8.
e) C - E - C - C. b) 0,7.
c) 0,6.
d) 0,5.
24. (PREF. GUARULHOS-SP – AGENTE ESCOLAR
– VUNESP/2016) No ano de 2014, três em cada cinco e) 0,4.
estudantes, na faixa etária dos 18 aos 24 anos, estavam
cursando o ensino superior, segundo dados do Instituto Leia o texto, para responder a Questão a seguir:
Brasileiro de Geografia e Estatística. Supondo-se que na-
quele ano 2,4 milhões de estudantes, naquela faixa etária, Uma loja vende peças de MDF (mistura de fibras de ma-
não estivesse cursando aquele nível de ensino, o número deira prensada) retangulares para artesãos. A unidade
dos que cursariam o ensino superior, em milhões, seria: padrão mede 22 cm de comprimento por 15 cm de lar-
gura e custa R$ 24,00.
a) 3,0
b) 3,2
c) 3,4
d) 3,6
e) 4,0

25.(PREF. TERRA DE AREIA-RS – AGENTE ADMI-


NISTRATIVO – OBJETIVA/2016) Três funcionários Fonte: http://voltarelliprudente.com.br/ o-que-e-mdf-cru/
(Fernando, Gabriel e Henrique) de determinada empresa
deverão dividir o valor de R$ 950,00 entre eles, de forma O catálogo desta loja disponibiliza peças com outras me-
diretamente proporcional aos dias trabalhos em certo didas cortadas a partir da unidade padrão. Observe que
mês. Sabendo-se que Fernando trabalhou 10 dias, Ga- ele está com informações incompletas em relação a área
briel, 12, e Henrique, 16, analisar os itens abaixo: e preço das peças.
I - Fernando deverá receber R$ 260,00.
II - Gabriel deverá receber R$ 300,00.
MATEMÁTICA

III - Henrique deverá receber R$ 410,00.

103
30. Certo concreto é obtido misturando-se uma parte de
cimento, dois de areis e quatro de pedra. Qual será (em
m³) a quantidade de areia a ser empregada, se o volume
a ser concretado é 378 m³?

a) 108m3
b) 100m3
c) 80m3
e) 60m3

31. A herança de R$ 30.000,00 deve ser repartida entre


Antonio, Bento e Carlos. Cada um deve receber em par-
tes diretamente proporcionais a 3, 5 e 6, respectivamen-
te, e inversamente proporcionais às idades de cada um.
Sabendo-se que Antonio tem 12 anos, Bento tem 15 anos
e Carlos 24 anos, qual será a parte recebida por Bento?

a) R$ 12.000,00.
b) R$ 14.000,00.
b) R$ 8.000,00.
c) R$ 24.000,00.

32. (SAAE Aimorés- MG – Ajudante – MÁXIMA/2016)


Misturam-se 30 litros de álcool com 20 litros de gasolina.
A porcentagem de gasolina na mistura é igual a:

a) 40%
b) 20%
c) 30%
d) 10%

33. (PREF. PIRAÚBA-MG – OFICIAL DE SERVIÇO PÚ-


BLICO – MS CONCURSOS/2017) Certo estabelecimen-
to de ensino possui em seu quadro de estudantes alunos
de várias idades. A quantidade de alunos matriculados
neste estabelecimento é de 1300. Sabendo que deste to-
28. (UTPR 2018) O preço de cada peça é definido pro- tal 20% são alunos maiores de idade, podemos concluir
porcionalmente à área de cada uma em relação à unida- que a quantidade de alunos menores de idade que estão
de padrão. Por exemplo, a área da peça B é metade da matriculados é:
área da unidade padrão, desse modo o preço da peça B
é metade do preço da unidade padrão, ou seja, R$ 12,00. a) 160
Assim, as peças A, C e D custam respectivamente: b) 1040
c) 1100
a) R$ 12,00; R$ 12,00; R$ 4,00 d) 1300
b) R$ 12,00; R$ 6,00; R$ 6,00
c) R$ 6,00; R$ 4,00; R$ 4,00 34. (PREF. JACUNDÁ-PA – AUXILIAR ADMINISTRA-
d) R$ 12,00; R$ 4,00; R$ 6,00 TIVO – INAZ/2016) Das 300 dúzias de bananas que seu
e) R$ 12,00; R$ 6,00; R$ 4,00 José foi vender na feira, no 1° dia, ele vendeu 50% ao
preço de R$ 3,00 cada dúzia; no 2° dia ele vendeu 30%
29. Dividindo-se 660 em partes inversamente proporcio- da quantidade que sobrou ao preço de R$ 2,00; e no 3°
nais aos números 1/2, 1/3 e 1/6 obtém-se que números? dia ele vendeu 20% do que restou da venda dos dias
anteriores ao preço de R$ 1,00. Quanto seu José apurou
a) 30, 10, 5. com as vendas das bananas nos três dias?
b) 30, 20, 10.
c) 40, 30, 20. a) R$ 700,00
d) 20, 10, 5 b) R$ 540,00
c) R$ 111,00
d) R$ 450,00
MATEMÁTICA

e) R$ 561,00

104
35. (COLÉGIO PEDRO II – PROFESSOR – 2016) Com a 40. (EBSERH – ADVOGADO – IBFC/2016) Joana gas-
criação de leis trabalhistas, houve muitos avanços em re- tou 60% de 50% de 80% do valor que possuía. Portanto,
lação aos direitos dos trabalhadores. Entretanto, ainda há a porcentagem que representa o que restou para Joana
muitas barreiras. Atualmente, a renda das mulheres cor- do valor que possuía é:
responde, aproximadamente, a três quartos da renda dos
homens. Considerando os dados apresentados, qual a dife- a) 76%
rença aproximada, em termos percentuais, entre a renda do b) 24%
homem e a da mulher? c) 32%
d) 68%
a) 75% e) 82%
b) 60%
c) 34% 41. (TRT 11ª REGIÃO – ANALISTA JUDICIÁRIO –
d) 25%
FCC/2015) Em 2015 as vendas de uma empresa foram
60% superiores as de 2014. Em 2016 as vendas foram
36. (EBSERH – TÉCNICO EM ENFERMAGEM –
40% inferiores as de 2015. A expectativa para 2017 é de
IBFC/2017) Paulo gastou 40% de 3/5 de seu salário e
ainda lhe restou R$ 570,00. Nessas condições o salário que as vendas sejam 10% inferiores as de 2014. Se for
de Paulo é igual a: confirmada essa expectativa, de 2016 para 2017 as ven-
das da empresa vão.
a) R$ 2375,00
b) R$ 750,00 a) diminuir em 6,25%
c) R$ 1240,00 b) aumentar em 4%
d) R$ 1050,00 c) diminuir em 4%
e) R$ 875,00 d) diminuir em 4,75%
e) diminuir em 5,5%
37. (PREF. TANGUÁ-RJ – TÉCNICO E ENFERMAGEM
– MS CONCURSOS/2017) Raoni comprou um fogão 42. (SAMAE CAXIAS DO SUL –RS –AJUSTADOR DE
com 25% de desconto, pagando por ele R$ 330,00. Qual HIDRÔMETROS – OBJETIVA/2017) Em certa turma de
era o preço do fogão sem o desconto? matemática do Ensino Fundamental, o professor dividiu
igualmente os 34 alunos em dois grupos (A e B) para
a) R$ 355,00 que participassem de certa competição de matemática
b) R$ 412,50 envolvendo frações. Para cada resposta correta dada
c) R$ 440,00 pelo grupo, este ganhava 10 pontos e, para cada respos-
d) R$ 460,00 ta incorreta, o grupo transferia 5 dos seus pontos para a
equipe adversária. Considerando-se que os grupos A e B
38. (EBSERH – ADVOGADO – IBFC/2016) Ao comprar iniciaram a competição com 20 pontos cada, e as ques-
um produto, José obteve um desconto de 12% (doze tões foram as seguintes, assinalar a alternativa CORRETA:
por cento) por ter pagado à vista e pagou o valor de R$
105,60 (cento e cinco reais e sessenta centavos). Nessas
condições, o valor do produto, sem desconto, é igual a:

a) R$ 118,27
b) R$ 125,00
c) R$ 120,00
d) R$ 130,00
e) R$ 115,00

39. (PREF. ITAPEMA-SC – AGENTE MUNICIPAL DE


TRÂNSITO – MS CONCURSOS/2016) Segundo da-
dos do IBGE, a população de Itapema (SC) em 2010 era
de, aproximadamente, 45.800 habitantes. Já atualmente,
essa população é de, aproximadamente, 59.000 habitan-
tes. O aumento percentual dessa população no período
de 2010 a 2016 foi de:

a) 22,4%
b) 28,8%
c) 71,2%
d) 77,6%
MATEMÁTICA

105
a) grupo B ficou com 25 pontos a mais do que o grupo A.
b) grupo A ficou com 10 pontos a mais do que o grupo B.
c) grupo B ganhou ao todo 30 pontos e perdeu 5. GABARITO
d) grupo A ganhou ao todo 20 pontos e perdeu 10.
e) Os dois grupos terminaram a competição com a mes-
ma pontuação, 30 pontos cada. 1 B
2 C
43. (UFGO) Uma fração equivalente a 3/4 cujo denomi-
nador é um múltiplo dos números 3 e 4 é: 3 D

a) 6/8 4 A
b) 9/12 5 E
c) 15/24
d) 12/16 6 C
7 B
44. (COLÉGIO PEDRO II – PROFESSOR – 2018) O nú-
mero decimal que representa a quantidade de crianças e 8 D
jovens envolvidos em atividades não agrícolas no Brasil, 9 A
segundo o PNAD 2015, é:
10 C
a) 68/10 11 B
b) 0,68
c) 6,8 12 E
d) 68/100
13 C
45. Em seu testamento, uma mulher decide dividir seu 14 B
patrimônio entre seus quatro filhos. Tal divisão foi feita
da seguinte forma: 15 C
16 B
• João receberá 1/5;
• Camila receberá 15%; 17 D
• Ana receberá R$ 16.000,00; 18 A
• Carlos receberá 25%.
19 B
A fração que representa a parte do patrimônio recebida 20 D
por Ana é:
21 C
a) 2/4. 22 C
b) 3/5.
c) 2/5. 23 D
d) 1/4.
24 D
e) 3/4.
25 A
46. Bela é uma leitora voraz. Ela comprou uma cópia
do best seller «A Beleza da Matemática». No primeiro dia, 26 C
Bela leu 1/5 das páginas mais 12 páginas, e no segundo 27 B
dia, ela leu 1/4 das páginas restantes mais 15 páginas.
No terceiro dia, ela leu 1/3 das páginas restantes mais 18 28 E
páginas. Então, Bela percebeu que restavam apenas 62 29 A
páginas para ler, o que ela fez no dia seguinte. Então, o
livro lido por Bela possuía o seguinte número de páginas: 30 B
31 A
a) 120.
b) 180. 32 A
c) 240. 33 B
d) 300.
34 E
MATEMÁTICA

35 D
36 B
37 C

106
38 C ANOTAÇÕES
39 B
40 A
________________________________________________
41 A
_________________________________________________
42 C
_________________________________________________
43 B
44 C _________________________________________________

45 B _________________________________________________

46 C _________________________________________________

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MATEMÁTICA

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107
ANOTAÇÕES

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MATEMÁTICA

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108
ÍNDICE

CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Sistemas de água e esgoto: princípios básicos; .........................................................................................................................................................01
Identificação e uso de ferramentas para hidráulica; Características dos instrumentos de medição; Conhecimento de ferramentas
manuais e equipamentos utilizados na atividade.......................................................................................................................................................03
Redes Hidráulicas, componentes, inspeção, manutenção e reparos; Inspeção, Fiscalização e Tarifação; Autos de infração e fisca-
lização..........................................................................................................................................................................................................................................21
Conhecimento da Capacidade de Hidrômetros; Identificações de Problemas Técnicos e Mecânicos com Hidrômetros; Aferição
de hidrômetros; Funções do Leiturista; Teoria de erros em medição.................................................................................................................28
Ligações de água; Ligações de esgoto...........................................................................................................................................................................42
Válvulas........................................................................................................................................................................................................................................52
Registros......................................................................................................................................................................................................................................54
Equipamentos de Segurança. ............................................................................................................................................................................................56
Características básicas das organizações formais; tipos de estrutura organizacional, natureza, finalidades e critérios de estrutu-
ração; ...........................................................................................................................................................................................................................................66
Processo organizacional e as funções básicas de planejamento, direção, organização e controle;.......................................................78
Administradores, habilidades, papéis, função, motivação, liderança, comunicação e desempenho.....................................................79
Além disto, serve para monitorar os principais parâ-
SISTEMAS DE ÁGUA E ESGOTO: PRINCÍPIOS metros relativos à potabilidade da água. Para cada etapa,
BÁSICOS. distintas análises são feitas, a saber:
_ Água Bruta: normalmente, são realizadas as seguin-
tes análises: temperatura, cor, turbidez, pH, odor, alca-
A água oferecida à população é submetida a uma sé- linidade, matéria orgânica, oxigênio dissolvido, dióxido
rie de tratamentos apropriados que vão reduzir a con- de carbono, ferro, manganês e dureza. Esta bateria de
centração de poluentes até o ponto em que não apre- análises é realizada a cada turno de trabalho e tem como
sentem riscos para a saúde. Cada etapa do tratamento objetivo monitorar a qualidade da água bruta que chega
representa um obstáculo à transmissão de infecções. à ETA e detectar alterações na mesma.
A primeira dessas etapas é a COAGULAÇÃO, quan- _ Água Coagulada: analisa-se pH, alcalinidade, cor,
do a água bruta recebe, logo ao entrar na estação de turbidez e alumínio.
tratamento, uma dosagem de sulfato de alumínio. Este _ Água Decantada: cor, turbidez, pH, alcalinidade.
elemento faz com que as partículas de sujeira iniciem um _ Água Tratada: na água tratada são analisados os
processo de união. mesmos parâmetros avaliados na água bruta. Além dis-
Segue-se a FLOCULAÇÃO, quando, em tanques de to, a cada duas horas, são efetuadas análises de pH, tur-
concreto, continua o processo de aglutinação das impu- bidez, cor, flúor, cloro residual livre e alumínio residual.
rezas, na água em movimento. As partículas se transfor- Diariamente, análise bacteriológica.
mam em flocos de sujeira.
A água entra em outros tanques, onde vai ocorrer a b) Controle Operacional
DECANTAÇÃO. As impurezas, que se aglutinaram e for- O controle operacional compreende todas as ações
maram flocos, vão se separar da água pela ação da gra- necessárias ao bom andamento do processo de trata-
vidade, indo para o fundo dos tanques ou ficando presas mento da água. A seguir estão elencadas as principais
em suas paredes. atividades relativas à operação de estações de tratamen-
A próxima etapa é a FILTRAÇÃO, quando a água pas- to de água:
sa por grandes filtros com camadas de seixos (pedra de _ medição da vazão de água bruta;
rio) e de areia, com granulações diversas e carvão antra- _ ajustes e conferências nas dosagens dos produtos
químicos utilizados no tratamento;
citoso (carvão mineral). Aí ficarão retidas as impurezas
_ preparo de soluções dos produtos químicos utiliza-
que passaram pelas fases anteriores.
dos no tratamento;
A água neste ponto já é potável, mas para maior pro-
_ lavagem de filtros;
teção contra o risco de infecções de origem hídrica, é
_ medição dos níveis dos reservatórios de água tra-
feito o processo de DESINFECÇÃO. É a cloração, para
tada;
eliminar germes nocivos à saúde e garantir a qualidade
_ registro de consumo de produtos químicos, e
da água até a torneira do consumidor. Nesse processo
_ verificação periódica do funcionamento de bombas,
pode ser usado o hipoclorito de sódio, cloro gasoso ou válvulas, dosadores e demais equipamentos existentes
dióxido de cloro. nas estações de tratamento de água.
O passo seguinte é a FLUORETAÇÃO, quando será
adicionado fluossilicato de sódio ou ácido fluorssilícico Química para o Tratamento da Água
em dosagens adequadas. A função disso é previnir e re- A água é conhecida como solvente universal porque
duzir a incidência de cárie dentária, especialmente nos quase todas as substâncias conhecidas podem ser
consumidores de zero a 14 anos de idade, período de dissolvidas pela água, em maior ou menor grau de
formação dos dentes. dissolução. Sendo assim, a água é capaz de dissolver
A última ação nesse processo de tratamento da água sólidos, líquidos e gases. Alguns compostos orgânicos
é a CORREÇÃO de pH, quando é adicionado cal hidrata- (formados principalmente de carbono) também se dis-
do ou barrilha leve (carbonato de sódio) para uma neu- solvem em água, tais como o açúcar e o álcool, mas a
tralização adequada à proteção da tubulação da rede e maior parte destes é insolúvel em água. Ex: compostos
da residência dos usuários. de petróleo.
Entre a entrada da água bruta na ETA e sua saída, já A propriedade da água descrita acima, isto é, a gran-
potável, decorrem cerca de 30 minutos. de capacidade de dissolver as mais diversas substâncias,
confere às águas superficiais e subterrâneas caracte-
Para que os processos de cada etapa do Tratamen- rísticas diversas, que dependem das características geo-
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

to Convencional ocorram de forma adequada se faz ne- lógicas e do uso do solo que as rodeia. Daí a importância
cessário o acompanhamento através do que chamamos da preservação das bacias hidrográficas, pois é sabido
de Controles de Processo. Descrevemos, abaixo, as duas que águas brutas provenientes de bacias preservadas
principais formas de controle: (manutenção da vegetação nativa, gerenciamento do
uso e ocupação do solo), são de boa qualidade e podem
a) Controle Analítico ser potabilizadas através do tratamento convencional.
A realização de análises físico-químicas, durante as O tratamento convencional remove partículas em
várias etapas do tratamento, possibilita o acompanha- suspensão, microorganismos e partículas coloidais, cuja
mento da eficiência do mesmo e determina a necessida- presença na água se deve principalmente aos efeitos
de, ou não, da implementação de medidas preventivas e/ de erosão do solo, causada pelos agentes naturais (chu-
ou corretivas. vas, ventos) ou pela ação do homem. A remoção destas

1
partículas se dá através dos processos de coagulação, flo-  Reservação
culação e decantação, já descritos. As reações químicas  Reservatório de montante ou de jusante
envolvidas no tratamento se processam, principalmente,
na etapa de coagulação. Ocorre a reação do sulfato de Distribuição
alumínio com a água, formando várias espécies quími- As redes de abastecimento funcionam sob o princípio
cas. Ex: Al (H2O)6+3 , Al13(OH)34+5, Al16(OH)15+3, Al dos vasos comunicantes.
(OH)3. A água necessita de tratamento para se adequar ao
Estas, por terem cargas positivas, são adsorvidas pe- consumo. Mas todos os métodos têm suas limitações,
las partículas coloidas, que apresentam cargas negativas, por isso não é possível tratar água de esgoto para torná-
acarretando a neutralização dos colóides e possibilitando -la potável. Os métodos vão desde a simples fervura até
a formação dos flocos. Também existe a reação das espé- correção de dureza e corrosão. As estações de tratamen-
cies citadas acima com a alcalinidade de água, formando to se utilizam de várias fases de decantação e filtração,
o hidróxido de alumínio, sólido insolúvel e precipitável. além de cloração.

TRATAMENTO DE ESGOTO Sistema de esgotos


O tratamento dos esgotos domésticos tem como ob- Despejos são compostos de materiais rejeitados ou
jetivo, principalmente: remover o material sólido; reduzir eliminados devido à atividade normal de uma comuni-
a demanda bioquímica de oxigênio; exterminar micro- dade.
-organismos patogênicos; reduzir as substâncias quími- O sistema de esgotos existe para afastar a possibili-
cas indesejáveis. dade de contato de despejos, esgoto e dejetos humanos
As diversas unidades da estação convencional podem com a população, águas de abastecimento, vetores de
ser agrupadas em função das eficiências dos tratamentos doenças e alimentos. O sistema de esgotos ajuda a re-
que proporciona. Assim temos: duzir despesas com o tratamento tanto da água de abas-
Tratamento preliminar: gradeamento, remoção de tecimento quanto das doenças provocadas pelo contato
gorduras e remoção de areia. humano com os dejetos, além de controlar a poluição
Tratamento primário: tratamento preliminar, decanta- das praias. O esgoto (também chamado de águas servi-
ção, digestão do lodo e secagem do lodo. das) pode ser de vários tipos: sanitário (água usada para
Tratamento secundário: tratamento primário, trata- fins higiênicos e industriais), sépticos (em fase de putre-
mento biológico, decantação secundária e desinfecção.1 fação), pluviais (águas pluviais), combinado (sanitário +
pluvial), cru (sem tratamento), fresco (recente, ainda com
Saneamento Básico oxigênio livre).
Saneamento é o conjunto de medidas, visando a pre- Existem soluções para a retirada do esgoto e dos de-
servar ou modificar as condições do meio ambiente com jetos, havendo ou não água encanada.
a finalidade de prevenir doenças e promover a saúde. Sa- Existem três tipos de sistemas de esgotos :
neamento básico se restringe ao abastecimento de água  sistema unitário: é a coleta do esgotos pluviais,
e disposição de esgotos, mas há quem inclua o lixo nesta domésticos e industriais em um único coletor. Tem custo
categoria. Outras atividades de saneamento são: contro- de implantação elevado, assim como o tratamento tam-
le de animais e insetos, saneamento de alimentos, esco- bém é caro.
las, locais de trabalho e de lazer e habitações.  sistema separador: o esgoto doméstico e indus-
Normalmente qualquer atividade de saneamento tem trial ficam separados do esgoto pluvial. É o usado no
os seguintes objetivos: controle e prevenção de doenças, Brasil. O custo de implantação é menor, pois as águas
melhoria da qualidade de vida da população, melhorar pluviais não são tão prejudiciais quanto o esgoto domés-
a produtividade do indivíduo e facilitar a atividade eco- tico, que tem prioridade por necessitar tratamento. As-
nômica. sim como o esgoto industrial nem sempre pode se juntar
Abastecimento de água ao esgoto sanitário sem tratamento especial prévio.
A água própria para o consumo humano chama-se  sistema misto: a rede recebe o esgoto sanitário e
água potável. Para ser considerada como tal ela deve uma parte de águas pluviais.
obedecer a padrões de potabilidade. Se ela tem subs-
tâncias que modificam estes padrões ela é considerada A contribuição domiciliar para o esgoto está direta-
poluída. As substâncias que indicam poluição por maté- mente relacionada com o consumo de água.
ria orgânica são: compostos nitrogenados, oxigênio con- As diferenças entre água e esgoto é a quantidade
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

sumido e cloretos. de microorganismos no último, que é tremendamente


Para o abastecimento de água, a melhor saída é a so- maior. O esgoto não precisa ser tratado, depende das
lução coletiva, excetuando-se comunidades rurais muito condições locais, desde que estas permitam a oxidação.
afastadas. As partes do Sistema Público de Água são: Quando isso não é possível, ele é tratado em uma Esta-
 Manancial ção de Tratamento. Também existe o processo das lagoas
 Captação de oxidação.
 Adução
 Tratamento Disposição do Lixo
1 Fonte: www.brasilescola.uol.com.br/ www.samaeca- O lixo é o conjunto de resíduos sólidos resultantes
xias.com.br da atividade humana. Ele é constituído de substâncias
putrescíveis, combustíveis e incombustíveis. O problema

2
do lixo tem objetivo comum a outras medidas, mais uma
de ordem psicológica: o efeito da limpeza da comunida-
de sobre o povo. O lixo tem que ser bem acondicionado EXERCÍCIO COMENTADO
para facilitar sua remoção. Às vezes, a parte orgânica do 1. (MAXIMA/2016 – SAAE DE AIMORES/MG) O con-
lixo é triturada e jogada na rede de esgoto. Se isso facilita trole operacional é extremamente importante e compre-
a remoção do lixo e sua possível coleta seletiva, também ende todas as ações necessárias para um bom desempe-
representa mais uma carga para o sistema de esgotos. nho do tratamento de água. A seguir estão elencadas as
Enquanto a parte inorgânica do lixo vai para a possível principais atividades relativas à operação de estações de
reciclagem, a orgânica pode ir para a alimentação dos tratamento de água, EXCETO: 
porcos.
O sistema de coleta tem que ter periodicidade regu- a) medição da vazão de água bruta;
lar, intervalos curtos, e a coleta noturna ainda é a melhor, b) ajustes e conferências nas dosagens dos produtos quí-
apesar dos ruídos. micos utilizados no tratamento;
O lixo pode ser lançado em rios, mares ou a céu c) registro de consumo de produtos químicos;
aberto, enterrado, ir para um aterro sanitário (o mais d) análises de elementos químicos;
indicado) ou incinerado. Também pode ter suas graxas
e gorduras recuperadas, ser fermentado ou passar pelo Resposta: Letra D.
processo Indore.2 As principais atividades relativas à operação de ETA
são:
Doenças causadas por água contaminada _ preparo de soluções dos produtos químicos utiliza-
Doenças Causadas por Parasitas dos no tratamento;
Amebíase: O contágio se dá através de água contami- _ lavagem de filtros;
nada com cistos provenientes de fezes humanas. _ medição dos níveis dos reservatórios de água tra-
Esquistossomose: O contágio se dá através do conta- tada;
to direto com água onde há larvas provenientes de cara- _ registro de consumo de produtos químicos, e
mujos contaminados. _ verificação periódica do funcionamento de bombas,
Ascaridíase: O contágio se dá com o consumo de válvulas, dosadores e demais equipamentos existentes
água onde há o parasita Áscaris Lumbricoides. nas estações de tratamento de água.
Giardíase: O contágio se dá com o consumo de água
onde há o parasita Giárdia Lamblya.

Doenças Causadas por Vírus


Hepatite Viral tipo A e Poliomielite: O contágio se dá IDENTIFICAÇÃO E USO DE FERRAMENTAS
ao contato (consumo ou banho) com água contendo uri- PARA HIDRÁULICA,CARACTERÍSTICAS DOS
na ou fezes humanas. INSTRUMENTOS DE MEDIÇÃO.
CONHECIMENTO DE FERRAMENTAS MA-
Doenças causadas por Bactérias NUAIS E EQUIPAMENTOS UTILIZADOS NA
Meningoencefalite: O contágio se dá pelo contato ATIVIDADE.
(consumo ou banho) com águas contaminadas.
Cólera: O contágio se dá com o consumo de água
contaminada por fezes ou vômito de algum indivíduo
contaminado.
Leptospirose: A água contaminada por urina de ratos FIQUE ATENTO!
é a principal causa da doença, cuja incidência aumenta
com chuvas fortes e enchentes. Apresenta maior perigo Como podem ver, os assuntos acima des-
em águas próximas a depósitos de lixo e em áreas sem tacados nesse tópico não estão na ordem
esgotamento sanitário. descrita no edital, porém, pela correlação
Febre Tifoide: O contágio se dá pela ingestão de água dos assuntos, agrupamos todos no mesmo
ou alimentos contaminados (a contaminação de alimen- tópico.
tos ocorre ao se lavar alimentos com água contaminada).
Gastroenterites: a ingestão de água ou alimentos con-
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

taminados por fezes causam muita variedade de distúr- Serviços Hidráulicos


bios gástricos, geralmente associados a fortes diarreias. Para exercer os serviços no sistema hidráulico, em ca-
Desinteria Bacilar: Uma série de bactérias causam, nos e tubulações (seja em indústrias, tarefas domésticas
através da ingestão de água sem tratamento, severas for- ou empreendimento individual), o encanador precisa ter
mas de diarreias, formando um quadro de febre, dores e habilidade, conhecimento técnico e peças/ferramentas
mal-estar geral.3 adequadas à profissão. Confira a seguir nossas sugestões
de ferramentas essenciais para encanadores que estão à
venda em nosso site:
2 Fonte: www.economiabr.net
3 Fonte: www.brasilescola.uol.com.br

3
Corta tubos

Chave fixa
Serve para cortar tubos de cobre e alumínio. Indicado
para trabalhos em lugares de difícil acesso e tubulações
em paralelo.
A chave fixa (também conhecida como chave de
boca) é a ferramenta indicada para trabalhos que exijam
apertar ou soltar porcas e parafusos com cabeça sextava-
da. No trabalho diário do encanador, ela pode ser usada
para fixação de louças sanitárias.
Arco de serra
Chave ajustável

Também com função de cortar tubos, o arco de serra


pode ser ajustável para trabalhos com diferentes tama-
nhos de lâminas.

Chave de grifo de 3/4¨ a 36¨


Também é utilizada para desrosquear peças. Possui
inclinação da cabeça em relação ao cabo.

Furadeira

É uma ferramenta manual de fácil manuseio utilizada


para fixar, soltar e manipular tubos e peças de diversos
formatos.

Chave inglesa No trabalho diário do encanador, a furadeira é utiliza-


da para colocação de louças sanitárias.

Maçarico a gás
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

Nos serviços hidráulicos, a chave inglesa serve para


colocação de torneiras evitando arranhões. Sua regula-
gem pode ser controlada por quem está fazendo uso
dessa ferramenta

4
É uma ferramenta térmica que serve para soldagem em tubulações, remover tinta, encolher materiais, entre outras
funções.

Torno/morsa

São geralmente montados em bancadas e possuem duas partes chamadas “mordentes” que se deslocam aproxi-
mando-se uma da outra para segurar ou apertar peças e componentes a serem trabalhados, como tubos, por exemplo.4

Instrumentos de medição, ferramentas e equipamentos utilizados na atividade.


Antes de iniciar o estudo da medição de vazão em fluidos, é necessário reparar uma confusão existente no Brasil
sobre a terminologia empregada na área de dinâmica de fluidos. Os textos em língua inglesa empregam o termo flow
para nomear escoamento, mas infelizmente as traduções brasileiras usam a palavra fluxo como correspondente.
A definição de fluxo está ligada à uma grandeza por unidade de comprimento, área ou volume, como por exemplo
W/m (potência por unidade de comprimento), W/m2 (potência por unidade de área) ou ainda W/m3 (potência por uni-
dade de volume). Nesse exemplo, a grandeza que representa a potência, em watts, é uma taxa de calor ou de energia
mecânica, pois representa energia por unidade de tempo (J/s). O fluxo corresponde em inglês ao termo flux.
Já a terminologia correta para flow em português é escoamento, assim como o mass flow corresponde a vazão ou
descarga, que podem representar taxas de massa ou de volume por unidade de tempo.
As grandezas associadas à medição do escoamento em fluidos são o taxa de massa por unidade de tempo m& e
de volume por unidade de tempo

Classificação dos instrumentos


Segundo White, 2002, a caracterização de escoamentos passa pela medição de propriedades locais, integradas e
globais. As propriedades locais podem ser termodinâmicas, como pressão, temperatura, massa específica, etc., que de-
finem o estado do fluido, além de sua velocidade. As propriedades integradas são as vazões em massa e volumétrica,
e as propriedades globais são aquelas relativas à visualização de todo campo de escoamento. Como o interesse desse
documento é a medição de vazões, serão estudados inicialmente as técnicas e os instrumentos ligados à medição da
velocidade local, para depois passar para a medição integrada da vazão.

Velocidade Local
Os princípios físicos e tipos de instrumentos de medição da velocidade média local, num ponto ou região de inte-
resse, são apresentados a seguir:

Flutuadores ou partículas flutuantes


Trata-se da maneira mais simples de se estimar a velocidade ao longo de um escoamento, e princípio de medição
é baseado no acompanhamento desses flutuadores ao longo da corrente de fluido. Eles podem ser feitos de material
sólido, capaz de manter-se na superfície do fluido, como também partículas que possam provocar algum contraste,
como poeira em suspensão em um gás.
Destaca-se ainda o uso de bolhas de gases em líquidos.
Instrumentos para a medição de velocidade (anemômetros) são muitas vezes construídos a partir de princípios
simples e de idéias engenhosas. Por exemplo, historicamente a medição da velocidade de barcos foi feita com o uso
de um dispositivo composto por um cabo, no qual vários nós eram espaçados regularmente, e por uma placa na sua
ponta. Uma vez lançado na água, a placa provocava um forte arrasto e a contagem dos nós do cabo enrolado no navio,
por unidade de tempo, dava uma idéia de sua velocidade. Ainda hoje são encontrados em clubes de velejadores (Clube
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

dos Jangadeiros, em Porto Alegre) um anemômetro construído com uma placa metálica que pivota num engaste de
um mastro, deslocada pela cinética do escoamento. O desenho a seguir mostra esquematicamente seu funcionamento

4 Fonte: www.ferramentaskennedy.com.br

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Fig. 2.1- Anemômetro de placa para medição da velocidade do ar atmosférico

Sensores rotativos
Baseados na transformação de um movimento relativo de um rotor, submetido a um escoamento de um líquido ou
de um gás. A figura que segue mostra 4 modelos diferentes de anemômetros rotativos.

Fig. 2.2- Anemômetro (a) rotativo de conchas; (b) de Savonius e (c) de hélice em duto e (d) em escoamento livre [Fonte:
WHITE, 2002]

Todos esses anemômetros somente medem a velocidade de uma corrente apenas para um mesmo sentido. A leitura
da velocidade é facilmente adquirida por meios digitais, uma vez que sua calibração depende da contagem da rotação
de um rotor. Devido ao seu tamanho, não representam valores discretos ou de “ponto” do campo de velocidades.

Tubo de Pitot
Permite obter a velocidade de uma dada corrente de um escoamento a partir da medição de duas pressões: estática
e de estagnação, apresentadas no material da presente disciplina, relativo à medição de pressões [SMITH SCHNEIDER,
2003]. A diferença entre essas duas pressões é chamada de pressão dinâmica, e o processo de medição é apresentado
na figura que segue.
Fig. 2.3- Medição da velocidade do escoamento de um fluido no interior de um duto
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

A velocidade do fluido é obtida pela equação pela da lei de conservação da massa e da energia. A lei da conservação
da massa aplicada a dois pontos 1 e 2 de uma linha de corrente resulta em

As grandezas V e A referem-se à velocidade média do escoamento e à área da seção normal ao mesmo escoamento,
nas posições de uma linha de corrente. A equação anterior pode ser reescrita para a velocidade V1 como segue:

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Definindo-se 2 1 b = D / D relação entre os diâmetros da tubulação nos pontos 1 e 2, chega-se em:

A lei da conservação da energia para escoamentos permanentes, incompressíveis ( ) r1 = r2 = r , adiabáticos e sem


atrito é dada pela equação de Bernoulli. Introduzindo o resultado a última equação, a expressão para a velocidade em
um escoamento é dada por

No caso de um tubo de Pitot, onde o diâmetro em 2 é muito menor do que o da tubulação em 1, o coeficiente
geométrico b _ 0, e a velocidade do escoamento é simplesmente dada por

onde p0 é a pressão de estagnação no ponto 2, p é a pressão estática ou termodinâmica medida na superfície do


tubo.
A medição com o mesmo princípio do Tudo de Pitot é efetuada com a Sonda de Prandtl, que tem várias tomadas
de pressão estática ao longo da superfície lateral da sonda, como mostra a figura.

Fig. 2.4- Sonda de Prandtl para medição da velocidade de um escoamento.

Alguns cuidados devem ser tomados para diminuir os erros ou desvios na medição da velocidade com esse equi-
pamento. Inicialmente, a sonda deve ser alinhada à corrente do escoamento, a fim de se obter a pressão estática e de
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

estagnação. Quanto maior o ângulo de ataque ı , formado entre a velocidade do escoamento e o eixo longitudinal da
sonda (figura anterior), maiores serão os desvios na medição. A pressão estática apresenta desvios positivos, pois a sua
tomada de medição estará sujeita aos componentes transversais de velocidade do escoamento, e simultaneamente a
pressão de estagnação diminui, com desvios negativos em relação ao valor esperado. Esse comportamento é visto na
figura que segue. [SMITH SCHNEIDER, 2003].

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Fig. 2.5- Erro na leitura da pressão estática e de estagnação em função do ângulo de ataque da sonda
de Prandtl [WHITE, 2002].
Outro cuidado importante deve ser tomado quando o escoamento é compressível, como em gases com número
de Mach Ma superior a 0,3. Para escoamentos compressíveis, isentrópicos (adiabáticos sem atrito) e sem os efeitos de
turbulência, a equação para o comportamento dos gases é dada por

onde r=p2/p1 é a razão entre pressões estáticas e p v k = c / c o coeficiente isentrópico.


A integração da equação da energia conduz ao seguinte resultado:

que combinada com a equação da conservação da massa leva a seguinte expressão para V2:

Repetindo as mesmas considerações feitas para o caso incompressível, chega-se à expressão da velocidade do es-
coamento com o emprego de um tubo de Pitot da seguinte forma:

A eq.(2.5) para cálculo da velocidade do escoamento incompressível é sem dúvida mais simples de ser usada do
que a anterior (eq.(2.9)), mas é necessário que se atente bem para casos onde a consideração de compressibilidade é
obrigatória. Como exemplo, toma-se um escoamento de ar submetido a uma diferença de pressão que varia na faixa
de 0 até 380 kPa, mostrado na figura a seguir.
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

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Nota-se que a velocidade calculada pela formulação compressível é inferior à calculada pela equação que não corri-
ge esse fenômeno. Também se percebe que as diferenças ficam mais perceptíveispara valores de velocidade superiores
a 120 m/s, i.e., por volta de 1/3 da velocidade do som do ar em condições ambientes (~330 m/s).

O limite inferior de medição da velocidade com tubos de Pitot está ligado à capacidade de deslocamento da coluna
manométrica.
O emprego do tubo de Pitot não é aconselhado para escoamentos transientes, pois o sistema de leitura de pressão
diferencial responde de forma lenta.

Anemômetro de fio quente


O princípio desse tipo de sensor é de correlacionar a dissipação de calor em um fino fio, como mostra a figura que
segue, com a velocidade do escoamento que provoca essa perda.

A equação empregada para expressar a velocidade V do escoamento é conhecida como lei de King.
White, 2002, apresenta a seguinte equação para o calor perdido pelo sensor

onde I é a corrente [A], e R a resistência elétrica [W]. Os coeficientes a, b e n são determinados por calibração.
Holman, 1996, já apresenta outra relação:

Onde Tf é a temperatura do fio e Ta é a temperatura do ar. As medidas possíveis são tanto de resistência, com a
corrente constante, como ao contrário.

Vazão
Os instrumentos que serão apresentados a seguir são capazes de apresentar o valor integrado de vazão, seja vo-
lumétrica ou mássica. Alguns dependem da medição da velocidade, que relacionada à área normal ao escoamento,
levam ao cálculo da vazão. Outros instrumentos medem apenas a vazão, sendo então a velocidade média o resultado
da divisão da vazão pela área, como mostram as equações (1.1) e (1.2).

Tubo de Pitot
A medição de pressão estática, dinâmica e de estagnação com tubos de Pitot foi apresentada na apostila de Medi-
ção de Pressão em Fluidos [SMITH SCHNEIDER, 2003] e o emprego desse instrumento para medição da velocidade do
fluido foi apresentada na seção 2.3 da presente apostila.
Com o tubo de Pitot é possível se medir a velocidade de um fluido em um ponto do escoamento, e a vazão do
escoamento pode ser calculada a partir da medição em diferentes pontos.
A vazão será o resultado do tratamento das velocidades adequadamente [DELMÉE, 1983].
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

Os tubos de Pitot não são instrumentos recomendados para medição de velocidades variáveis em um dado ponto,
e a medição integrada também não pode ser feita em situações onde a vazão muda com o tempo. Em tubulações
cilíndricas deve-se explorar a medição da velocidade em diferentes raios de um mesmo plano, espaçados por ângulos
iguais, sendo recomendado o mínimo de 4 raios, isto é, 2 ângulos igualmente espaçados. Para tubulações com seção
transversal retangular repete-se o mesmo procedimento para coordenadas de medição escolhidas, similares aos raios.
O procedimento de medição é feito da seguinte maneira:
1- escolha do número de os raios (seção cilíndrica) ou coordenadas (seção retangular).
2- escolha dos pontos de medição em função dos métodos de espaçamento e integração.

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O valor médio de velocidades Vm é dado pelo somatório dos produtos velocidade pelo fator de peso w, ou sim-
plesmente

A vazão é calculada pelas equações (1.1) ou (1.2). Os valores de velocidade obtidos por qualquer outro anemômetro
podem ser usados para a medição de vazões, seguindo o procedimento acima apresentado.

Tabela 2.1- Disposição dos pontos de medição por amostragem de acordo com 4 métodos de medição(x coorde-
nada adimensional para tubos de seção retangular, r coordenada adimensional para tubos de seção circular, w fator de
peso) [Fonte: DELMÉE, 1983].

Tanques aferidos
A forma mais simples de realizar uma medição de vazão pode ser exemplificada para o caso de um escoamento
permanente de água. Tomando-se o circuito da figura, a saída do escoamento é uma descarga à pressão atmosférica,
que é recolhida num reservatório. A medida da diferença de nível no reservatório, ao longo de um período de tempo
informa a vazão volumétrica Q fornecida pela bomba nesse circuito. A medida da vazão acontece sem interferência, ou
seja, é não intrusiva, porém essa condição é muito particular.

Fig. 3.1- Medida de vazão em circuito aberto [Fonte: adaptado de FOX e MCDONALD, 1995]

Medidores por obstrução


Tipos de medidores
Trata-se de um dos sensores ou dispositivos mais usuais de medida de vazão, e os diversos modelos e tipos cons-
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

tituem cerca de 50% dos equipamentos existentes. Também chamados de elementos deprimogênitos (DELMÉE, 1983),
seu princípio de medição é baseado na variação da pressão provocada por algum tipo de obstrução, que é então rela-
cionada à vazão, por alguma relação do tipo V& µ Dp .
Os medidores mais comuns são do tipo placa de orifício, bocal e ainda Venturi. Um esquema comparativo é apre-
sentado na figura que segue.

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Fig. 3.2- Tipos de medidores por obstrução: a) Venturi, b) e c) bocais, d) placa de orifício e) cápsula porosa e f) tubo
capilar [Fonte: BENEDICT, 1984]

Equacionamento para escoamentos incompressíveis


O equacionamento que será apresentado busca estabelecer uma relação da vazão com a diferença de pressão
medida a montante e a jusante da obstrução. As expressões da vazão teórica para um fluido ideal, num escoamento
adiabático e sem atrito, são obtidas pela aplicação das equações da continuidade e de Bernoulli, para a situação apre-
sentada na figura que segue:

Fig. 3.3- Escoamento num bocal genérico [Fonte: FOX e MCDONALD, 1995]

A equação da energia sem perdas, ou equação de Bernoulli, aplicada ao fluido escoando ao longo de uma linha de
corrente, é dada por

Como não há diferença de altura nesse tipo de medidor pode-se simplificar a equação anterior, eliminando-se o
termo potencial.
Assumindo-se que a massa específica é constante (escoamento incompressível) e tomando-se dois pontos de ob-
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

servação 1 e 2 ao longo da linha de corrente, obtém-se:

A validade do equacionamento dado pelas equações anteriores é restrita a condições de escoamento permanente,
incompressível, ao longo de uma mesma linha de corrente, sem atrito, sem diferença de cota z, e com velocidade uni-
forme ao longo dos pontos ou seções de observação 1 e 2.

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Respeitadas essas condições, a equação da continuidade é dada por:

sendo D1 é o diâmetro da canalização e D2 é o diâmetro da veia contraída, resultante da obstrução.


A equação da energia é dada por:

que combinadas resultam numa expressão para a velocidade na descarga da obstrução em função da diferença de
pressão que segue:

Essa expressão é imprecisa pois não leva em conta o atrito do escoamento, e também porque a determinação de
D2 não é prática. Para contornar a situação, emprega-se o diâmetro da obstrução Dt , ficando

e introduzindo-se o coeficiente adimensional de descarga Cd, para efetuar a correção dos problemas de atrito, tal
que:

Onde

A partir dessas equações, define-se o coeficiente de vazão K, dado pelo produto do coeficiente de descarga Cd e
pelo fator de velocidade de aproximação E, tal que:

Assim, é possível reescrever a equação da vazão como:


CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

Evita-se o emprego da dimensão da obstrução (Dt ou At) com a expressão que segue:

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A vazão mássica real é dada pela expressão

Os princípios apresentados nessa sessão foram usados para a padronização de medidores por obstrução, onde os
coeficientes de descarga Cd e de vazão K são conhecidos empiricamente e tabelados
em função do número de Reynolds e do diâmetro terno dos tubos. Os coeficientes de descarga C e de vazão K são
corrigidos para escoamentos turbulentos na forma

onde são os coeficientes de descarga e de vazão para Re infinito, e b e n são coeficientes de ajuste.

Equacionamento para escoamentos compressíveis


Para fluidos reais, a correção do equacionamento proposto até aqui pode ser obtida multiplicando-se as expressões
das vazões volumétricas ou mássicas por um fator de expansão isentrópico

Os valores de e variam segundo a norma de medição adotada e também em relação aos pontos de
tomada de pressão diferencial sobre o medidor. Pela norma ISSO 5167/98 seu valor é dado por

Placa de orifício (square-edged orifice)


A configuração mais comum é construída com um orifício concêntrico montado entre flanges, que interrompe uma
canalização ou canal fechado. Também são encontradas placas com orifícios excêntricos e segmentais, como mostra a
figura, escolhidos em função do tipo de impurezas encontradas no fluido.

Fig. 3.4- Placas de orifício do tipo concêntrico, excêntrico e segmental [Fonte: DELMÉE, 1983]

A montagem da placa de orifício requer um comprimento de tubo reto a montante do dispositivo de cerca de 10
a 30 diâmetros para garantir o desenvolvimento completo da camada limite cinética. Já a colocação das tomadas de
pressão diferencial não seguem uma única padronização, e são escolhidas conforme a necessidade da instalação. Al-
gumas delas são mostradas na figura que segue.
De posse da diferença de pressão, para uma dada tomada de pressão escolhida, a vazão é dada pelas equações
(3.12) e (3.13) para escoamentos incompressíveis, e (3.15) para compressíveis. Já o valor do coeficiente de vazão K de-
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

pende das dimensões relativas do orifício, expresso por b, e de sua geometria, que determina tanto o coeficiente de
descarga Cd como o fator de velocidade de aproximação E.

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Segundo Delmée, 1983, o coeficiente de vazão K pode ser calculado por fórmulas empíricas ou encontrado em
tabelas.

Fig. 3.5- Tomadas de pressão numa placa de orifício [Fonte: BENEDICT, 1984]

A figura a seguir mostra um gráfico de K em função do nº de Reynolds, para diferentes razões de diâmetro, para
uma leitura de pressão montada em canto do flange.

Fig. 3.6- Coeficiente de vazão K para tomada de leitura em canto [Fonte: FOX e MCDONALD,
1995]

As placas de orifício são dispositivos de baixo custo de instalação e manutenção. Sua grande desvantagem reside na
perda de carga que impõe ao escoamento (intrusão importante), em função da expansão a jusante da placa. A incerteza
de medição desse dispositivo se situa em cerca de 2 a 4 % do fundo de escala.

Bocais (flow nozzle)


Trata-se de um medidor intermediário entre a placa de orifício e o Venturi. Podem ser encontrados nas montagens
em duto ou em câmaras pressurizadas. As montagens estão na próxima figura.
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

Fig. 3.7- Tipos de bocais: pressurizado e em duto

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O cálculo da vazão se faz da mesma maneira que nas placas de orifício, e a literatura [DELMÉE, 1983; BENEDICT,
1984, entre outras] apresentam os valores de K em função de Cd, E e b. O gráfico a seguir mostra o comportamento do
coeficiente de vazão para um bocal instalado em duto, em função do número de Reynolds.

Fig. 3.8- Curvas de coeficiente de vazão para bocais com montagem em duto [Fonte: FOX e
MCDONALD, 1995]

Venturi
São medidores com o melhor desempenho entre os seus similares, na categoria de medidores de obstrução. São os
que provocam a menor perda de carga permanente na medida, portanto os menos intrusivos. A figura a seguir apre-
senta uma construção típica desse instrumento.

CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

Fig. 3.9- Venturi clássico com diagrama de pressões [Fonte: VIANA, 1999]

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A seleção do tipo de medidor por obstrução deverá atender critérios de custo de aquisição do equipamento pro-
priamente dito e de seu sistema de medição de pressão diferencial, comparado com as desvantagens causadas pela
introdução de perdas de carga no escoamento, inevitável para os 3 tipos de sensores. A figura que segue compara os
três tipos vistos até aqui.

Fig. 3.10- Perda de carga em medidores por obstrução [Fonte: FOX e MCDONALD, 1995]

Rotâmetros
Trata-se de medidores de vazão baseados em efeitos de arrasto, onde o fluido que se deseja medir escoa pela parte
inferior de um tubo colocado sempre em posição vertical. A boia será elevada pelo fluido e estabilizará numa dada po-
sição, em consequência do equilíbrio de sua força peso com o empuxo do escoamento, como mostra a figura a seguir.

Fig. 3.11- Medidor de vazão de boia (rotâmetro) de área variável: esquema de operação (esq) e
montagem do instrumento (dir)
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

16
O tipo de boia ou flutuador pode ser de diferentes geometrias, como mostra a figura:

Fig. 3.12- Tipos de rotâmetros (http://omega.com/literature/transactions/Transactions_Vol_IV.pdf acesso


nov/2011)

A posição que a boia estabiliza ao longo desse tubo vertical é usada para a indicação da vazão de um determinado
fluido. O balanço na boia é dado por

onde os sub-índices f e b são relativos ao fluido e à boia, r a massa específica e (A y)b o volume da boia, y é a cota
vertical do rotâmetro, que corresponde a uma escala graduada. Fa é a força de arrasto, dada por

Ca é o coeficiente de arrasto, Ab a área da boia, e Vm a velocidade média no espaço livre entre a boia e o tubo, que
é um espaço anular. Combinando-se as duas últimas equações chega-se a relação para a vazão volumétrica V&

A área é dada por onde D e d são os diâmetros de entrada do tubo e da boia, respectivamente,
e finalmente a é uma constante do rotâmetro.
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

O coeficiente de arrasto Ca depende do número de Reynolds Re V D/u m = e consequentemente das viscosidades


ì ou u. As boias de rotâmetros são escolhidas de forma a apresentarem coeficiente de arrasto constante, eliminando
essa dependência. Quando a relação quadrática de área aproxima-se de uma relação linear, em função das dimensões
do conjunto, a vazão mássica pode ser dada por

onde C1 é uma constante do equipamento.

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Após calibrado, as medidas efetuadas em condições de temperatura e pressão diferentes daquela de referência,
emprega-se a relação de correção

especificado para leituras de vazão em litros/minuto, temperaturas em kelvin e pressão em mmHg (http://www.sk-
cinc.com/prod/320-100.asp, acesso nov/2011). Tabelas de correção em função da temperatura, temperatura e pressão,
viscosidade, também podem ser encontradas

Deslocamento positivo

Fig. 3.12- Medidores por deslocamento positivo com disco móvel, com palhetas pressionadas por
molas e por lóbulos, hélices ou engrenagens. [HOLMAN, 1996]
http://www.youtube.com/watch?v=eDTske_nSeI&feature=related

Turbinas
Nesse medidor, a passagem do fluido causa a movimentação de uma turbina, ou hélice, como mostra a figura.
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

Fig. 3.13- Medidor de vazão do tipo turbina

A rotação da hélice é associada ao escoamento do fluido que passa, mesmo em regimes transientes.
Esses medidores são caracterizados por um coeficiente de vazão K, que aparece na equação da vazão volumé-
trica V& (m3/s)

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onde f é a frequência dos pulsos. O coeficiente K depende da vazão e da viscosidade do fluido, e é obtido por ca-
libração para cada equipamento.

Outros tipos de medidores, ou medidores especiais


Até aqui, os medidores de vazão apresentados têm em comum o fato de introduzirem importantes modificações
no escoamento, gerando perdas de carga excessivas (placas de orifício) ou interferências no padrão do escoamento
não desejadas. Os próximos sensores se caracterizam por tentar evitar esses efeitos, ou apenas mitiga-los. Medidores
não intrusivos como os eletromagnéticos e os por ultra-som são bons exemplos de não interferência, mas ainda serão
apresentados os medidores por eleito Coriolis e tipo Vortex, que embora interfiram no escoamento, trazem outros
atrativos para a sua utilização.

a) Medidores eletromagnéticos
Somente são aplicáveis a fluidos condutores elétricos e trazem duas grandes vantagens:
- não interferem no escoamento
- independem do conhecimento de propriedades do fluido, quer sejam termo-físicas (viscosidade) ou termodinâ-
micas (massa específica, temperatura, pressão).
Seu princípio de funcionamento é baseado no fato que o fluido se comporta como um condutor elétrico em movi-
mento, provocando uma alteração na densidade de fluxo eletromagnético B, em weber/m2, criada na seção de teste.
Para um escoamento com velocidade média Vm, em m/s, transversal a eletrodos instalados a uma distância D, em m,
haverá a geração de uma força de campo
E, em volts, igual a:

Como a vazão volumétrica V& , em m3/s, é dada pelo produto dessa mesma velocidade Vm pela área normal à pas-
sagem do escoamento, tem-se uma relação direta da vazão com a modificação do campo eletromagnético. O medidor
pode ser visto esquematicamente na próxima figura

Fig. 3.14- Visão esquemática de um medidor de vazão tipo eletromagnético

b) Medidor por ultra-som


CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

Sua operação está baseada no princípio da propagação de som em um líquido. Pulsos de pressão sonora se propa-
gam a velocidade do som (mesmo princípio dos sonares em água) Num medidor de vazão, os pulsos sonoros gerados
por um transdutor piezoelétrico, por exemplo, geram trens de pulsos no fluido, cuja velocidade pode somar-se a do
fluido quando aplicado no sentido do escoamento ou subtrair-se, no caso contrário.

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FIQUE ATENTO!
Dois tipos de sensores podem ser empregados nessa medição:
Por efeito Doppler - O fluido observado deve conter partículas refletoras em quantidade suficiente, tais
como sólidos ou bolhas de gás, e sua distribuição dentro do fluido permitirá calcular a velocidade média
do escoamento.
Por tempo de passagem- Também é baseado na variação da frequência de pulsos de ultrasom, mas com
um arranjo diferente do anterior. Dois conjuntos emissores-receptores são montados em posições distintas
na tubulação, separados por uma distância L e formando um ângulo f. As diferenças dos tempos entre os
pulsos T12 e T21 refletem a velocidade do escoamento, seguindo a equação

Medidor tipo Vortex


Trata-se de uma medição para vazões de gases e líquidos usando o efeito de geração de vórtices por obstáculos
em um escoamento, como mostra a figura. Os sensores percebem as ondas dos vortex e gerem um sinal em freqüência
proporcional à vazão.

Medidor Coriolis
O princípio de medição da vazão por efeito coriolis baseia-se na combinação de fenômenos de inércia e de acele-
ração centrípeta, e a próxima figura servirá para acompanhar sua descrição.
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

Fig 3.17- Medidor de vazão por efeito Coriolis

20
O escoamento a ser medido é separado em duas par- tinado a colocar a água a ser distribuída a disposição dos
tes por meio de dois tubos paralelos, em forma de “U”, consumidores, de forma contínua e em pontos tão próxi-
e por fim se juntam na sua descarga. Próximo da par- mos quanto possível de suas necessidades.
te inferior de cada tubo em “U“ existem eletroimãs que É importante, também, o conceito de vazões de dis-
promovem sua oscilação em suas frequências naturais de tribuição que é o consumo distribuído mais as perdas
vibração em amplitudes que não ultrapassam alguns mi- que normalmente acontecem nas tubulações distribui-
límetros. O escoamento do fluido faz surgir uma torção doras. Tubulação distribuidora é o conduto da rede de
nos tubos, cuja defasagem permite a medição da vazão distribuição em que são efetuadas as ligações prediais
mássica. Esta defasagem é medida por sensores magné- dos consumidores. Esta tubulação pode ser classificada
ticos instalados nas partes retas dos tubos em “U”.5 em condutos principais, aqueles tais que por hipóteses
de cálculos permite a água alcançar toda a rede de dis-
tribuição, e secundários, demais tubulações ligadas aos
condutos principais.
EXERCÍCIO COMENTADO
Rede de distribuição de água: um sistema de tuba-
1. (CESPE/2013 – FUB) Acerca do armazenamento de
gens e elementos acessórios instalados na via pública,
materiais e da identificação de aparelhos e ferramen-
em terrenos da entidade distribuidora ou em outros sob
tas de trabalho de manutenção predial, julgue o item concessão especial, cuja utilização interessa ao serviço
a seguir. Na montagem e desmontagem de tubulações público de abastecimento de água potável.
hidráulicas, recomenda-se o emprego da chave ingle- Ramal domiciliário: tubagem que assegura o abaste-
sa, enquanto que para apertar ou desapertar parafusos cimento predial de água, desde a rede geral pública até
deve-se utilizar a chave de grifa. ao limite da propriedade a servir.
A rede geral de distribuição alimenta, através de ra-
( ) CERTO ( ) ERRADO mais domiciliários, os diversos edifícios ou instalações a
servir.
Resposta: Errado Redes ramificadas | branched networks - só há um per-
A chave de grifa é utilizada para fixar, soltar e mani- curso possível entre o reservatório e qualquer ponto da
pular tubos e peças de diversos formatos, enquanto rede
a chave inglesa, nos serviços hidráulicos, serve para Redes emalhadas (ou malhadas) | looped networks
colocação de torneiras evitando arranhões. - as condutas fecham-se sobre si mesmas constituindo
malhas (circuitos fechados)
E como sistemas de abastecimento da água temos:
• Sistema de abastecimento indireto sem bombeamen-
to: quando a pressão disponível na rede é suficiente para
REDES HIDRÁULICAS, COMPONENTES, elevar a água até o reservatório superior.
INSPEÇÃO, MANUTENÇÃO E REPAROS. • Sistema de abastecimento indireto com bombeamen-
INSPEÇÃO, FISCALIZAÇÃO E TARIFAÇÃO. to: quando a pressão disponível na rede é insuficiente
AUTOS DE INFRAÇÃO E FISCALIZAÇÃO. para elevar a água até o reservatório superior. Neste
caso, há a necessidade do uso de um reservatório inferior
e um sistema de recalque para fazer a elevação da água
até o reservatório superior.
• Sistema de abastecimento misto: quando parte da
FIQUE ATENTO! instalação é abastecido por meio do reservatório supe-
Como podem ver, os assuntos acima des- rior e parte é abastecida diretamente da rede pública.
tacados nesse tópico não estão na ordem • Sistema de abastecimento direto: quando os pontos
descrita no edital, porém, pela correlação de utilização são abastecidos com água que vem direta-
dos assuntos, agrupamos todos no mesmo mente da rede de abastecimento público.
tópico.
A análise de redes de distribuição de água consiste na
forma mais eficiente de previsão do comportamento do
sistema – vazões e perdas de carga nos trechos, pressões
Conjunto de peças destinados ao transporte de água e cargas hidráulicas nos nós – quando ocorrem modi-
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

em residências, edifícios ou qualquer outro tipo de cons- ficações devido a incrustações, mudança da rugosidade
trução. em virtude do envelhecimento dos tubos, vazamentos e
Chama-se de sistema de distribuição o conjunto for- quebras, entre outras situações comuns às redes. O pro-
mado pelos reservatórios e rede de distribuição, suba- blema hidráulico correspondente pode ser posto como
dutoras e elevatórias que recebem água de reservatórios o de determinação das vazões nos diversos trechos da
de distribuição, enquanto que rede de distribuição é um rede, de maneira a satisfazer as condições expressas atra-
conjunto de tubulações e de suas partes acessórias des- vés das equações da conservação de massa nos nós e de
5 Fonte: www.ufrgs.br - Por Prof. Paulo Smith SMITH
energia nos trechos da rede.
Como as equações do problema não são lineares,
SCHNEIDER/www.flowmeters.com
este só pode ser resolvido diretamente em apenas al-
gumas situações especiais. No entanto, na maioria dos

21
casos, é preciso empregar métodos iterativos assumindo dos. Exemplos de métodos que utilizam otimização para
uma solução aproximada a cada passo até que o proble- a análise hidráulica de redes são os trabalhos de Collins,
ma tenha sido resolvido, tais métodos podem ser classi- Cooper, Helgason et al (1978) e Gomes (2004) que em-
ficados da seguinte forma: a) gradiente local; b) Newton- pregam respectivamente o Convex Simplex Method e o
-Raphson; c) linearização; d) minimização numérica; e e) Generalized Reduced Gradient (GRG2), na resolução des-
métodos híbridos. te problema.
Os métodos pertencentes às três primeiras classes Os métodos híbridos incorporam vantagens de dois,
utilizam ferramentas de resolução de sistemas de equa- ou mais métodos acima citados de modo a reduzir as
ções não lineares para achar a resposta do problema, en- limitações dos mesmos. O Método do Gradiente (Todi-
quanto que o quarto método transforma o problema na ni e Pilati, 1987) efetua a união de técnicas de minimi-
minimização de uma função não linear convexa, consi- zação numérica com o método Newton-Raphson. Esta
derando restrições de igualdade e desigualdade lineares. união resultou em um algoritmo muito eficiente e que
Os métodos híbridos são resultados da união de dois ou implicou na sua utilização em quase todos os pacotes
mais métodos anteriores. de simuladores hidráulicos atualmente disponíveis como:
Os métodos Hardy Cross (MHC) baseiam-se no tra- EPANET, WATERCAD, SARA, MIKENET, PIPENET. Outro
balho de Cross (1936) em que o sistema de equações método híbrido foi o proposto por Nielsen (1989) que
original é resolvido empregando o conceito de gradiente uniu as melhores características do MNR e MTL, resultan-
local. Embora sejam os mais fáceis de calcular manual- do em um método robusto, capaz de convergir, em um
mente, os MHC e suas derivações podem apresentar número muito menor de iterações, quando comparado
um comportamento instável, não convergindo para re- com os resultados obtidos com essas técnicas isoladas
des com muitas malhas, sendo muito dependente da (Souza, 1994).
escolha dos anéis para se efetuar o balanço de energia. Embora a adoção destes modelos de análise tenha
Além disso, o método perde eficiência numérica quando avançado nos últimos anos, eles ainda carecem de um
aplicado às redes de grande porte, pois apresenta uma melhor refinamento que possibilite simular de modo
taxa de convergência muito baixa (Lemieux, 1972). Outra mais realista as condições reais do sistema (Todini, 2003).
desvantagem desta formulação está na dificuldade de se Estes requisitos são ainda mais importantes em estudos
acrescentar dispositivos na rede como bombas e válvulas mais específicos da rede, como análise de perdas por va-
redutoras de pressão. zamentos e avaliação da confiabilidade do sistema. Para
A segunda classe de métodos resolve o sistema de tanto, é necessário efetuar uma modificação dos méto-
equações não lineares por meio do método Newton- dos desenvolvidos até então.
-Raphson – MNR (Shamir e Howard, 1968). Este método, Esta é feita incorporando modelos de vazamentos e
embora mais eficiente que o MHC, apresenta deficiências de demanda dirigida pela pressão (DDP) à formulação
inerentes à formulação que depende principalmente dos hidráulica tradicional (Formiga, 2005).
valores iniciais para que apresente uma convergência rá- Considerando que o vazamento é consequência di-
pida. A falta desses valores pode ser crítica em sistemas reta de defeitos na rede, pode-se caracterizá-lo baseado
mais complexos. na equação de descarga em orifícios (Jowitt e Xu, 1990).
Os métodos de linearização das equações, com des- Desta forma, para avaliar as perdas o método de análise
taque para o Método da Teoria Linear – MTL (Wood e hidráulica deve considerar que ocorrerão fugas de água
Charles, 1972; Isaacs e Mills, 1980), empregam aproxima- na rede e que estas serão proporcionais à pressão.
ções lineares sucessivas da equação de perda de carga Alguns métodos de avaliar estas perdas foram pro-
nos trechos, produzindo bons resultados. A principal postos por Germanopoulos e Jowitt (1989), Martínez,
vantagem deste método são suas propriedades de con- Conejos e Vercher (1999) e Tucciarelli, Criminisi e Termini
vergência, que diferentemente do MNR, não requer boas (1999).
soluções iniciais. No entanto a taxa de convergência das A finalidade básica dos sistemas de distribuição de
iterações finais deste método é inferior ao MNR (Nielsen, água é transportar água de um lugar para o outro, ga-
1989). rantindo que esta chegue em quantidade e qualidade
O emprego de técnicas de otimização na análise de desejadas ao usuário final. Assim, ao disponibilizar água
redes é feito de modo a minimizar uma função objetivo ao consumidor, é preciso que exista ainda uma sobra de
não linear e convexa, sujeita a um conjunto de equações energia que será usada para superar as perdas de carga
lineares de restrições que representam as equações de dentro dos imóveis. Se a pressão não for adequada, a
conservação de massa nos nós e energia nos trechos. A quantidade de água suprida será menor do que aquela
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

principal vantagem deste método está na formulação, requerida, mas, não será nula, havendo então um aten-
uma vez que a convexidade da função objetivo, combi- dimento parcial das demandas. No entanto, se a pressão
nada com a linearidade de equações garante a existência estiver abaixo de determinado valor, que depende de
e a unicidade da solução. Infelizmente, a solução numéri- cada caso, não haverá suprimento de nenhuma demanda
ca para este problema requer a utilização de um método (Wagner, Shamir e Marks, 1988).
de otimização que possa ser eficiente até mesmo quando Desta forma, ao se tentar modelar este comporta-
aplicado a redes de grande porte. Embora as técnicas de mento, deve-se levar em conta a diminuição das deman-
otimização não lineares estejam avançadas atualmente, das atendidas, o que modifica em parte o cenário que se
estas ainda enfrentam problemas de dimensionalidade, está simulando. A forma de se avaliar esse fenômeno é
ou seja, para redes de grande porte, a capacidade e o considerar a demanda também como uma variável, que
tempo de processamento necessário são muito eleva- teria o seu valor calculado em função da pressão nos nós,

22
ou seja, tem-se a demanda dirigida pela pressão (DDP). Classificação
Algumas formulações de DDP foram propostas por Wag- Normalmente as redes de distribuição constituem-se
ner, Shamir et al (1988), Reddy e Elango (1989) e Fujiwara de tubulações principais, também denominadas de tubu-
e Ganesharajah (1993). Gupta e Bhave (1996) fizeram um lações tronco ou mestras, alimentadas diretamente por
comparativo de diferentes técnicas que calculam a de- um reservatório de montante, ou por um de montante
manda como dependente da pressão, concluindo que os e um de jusante, ou, ainda, diretamente da adutora com
métodos parabólicos foram os que apresentaram melho- um reservatório de jusante. Destas principais partem as
res resultados. secundárias das quais saem praticamente a totalidade
A introdução dos modelos de vazamento e deman- das sangrias dos ramais prediais. As redes podem ser
da dirigida pela pressão (DDP), no algoritmo de análise classificadas nos seguintes grupos:
hidráulica foi proposta teoricamente por Salgado, Rojo a) de acordo com o traçado,
e Zepeda (1993) para o método gradiente. No entanto,  ramificada (pequenas cidades, pequenas áreas,
a adoção direta deste provoca instabilidade no modelo comunidades de desenvolvimento linear, pouca largura
(Ackley, Tanyimboh, Tahar et al, 2001), podendo inviabi- urbana, etc);
lizar a sua utilização em algumas situações. Para se con-  malhada (grandes cidades, grandes áreas, co-
tornar este problema, foram desenvolvidas alguma roti- munidades com desenvolvimento concêntrico, etc ).
nas para o cálculo da DDP e dos vazamentos (Martínez, b) de acordo com a alimentação dos reservatórios,
Conejos et al, 1999; Todini, 2003, Soares, Cheung, Reis  com reservatório de montante;
et al, 2004), no entanto, nestes trabalhos, o cálculo dos  com reservatório de jusante (pequenos recal-
vazamentos era efetuado fora do algoritmo de análise ques ou adução por gravidade;
hidráulica, devendo os valores das demandas serem re-  com reservatórios de montante e de jusante
correntemente atualizados. Embora este procedimento (grandes cidades);
possibilite a convergência dos resultados, a sua eficiência  sem reservatórios, alimentada diretamente da
é limitada, visto que o número de iterações necessário ao adutora (pequenas comunidades).
cálculo é elevado.6 c) de acordo com a água distribuída,
 rede simples (rede exclusiva de distribuição de
Área Específica água potável);
Em um sistema de distribuição denomina-se de área  rede dupla (uma rede de água potável e uma
específica cada área cujas características de ocupação a outra de água sem tratamento, principalmente quando
torna distinta das áreas vizinhas em termos de densida- há dificuldades de obtenção de água de boa qualidade).
de demográfica e do tipo de consumidor predominante. d) de acordo com o número de zonas de pressão
Chama-se de vazão específica a vazão média distribuída  zona única;
em uma área específica.  múltiplas zonas (comunidades urbanas com
As áreas específicas podem ser classificadas em fun- desníveis geométricos acentuados - mais de 50m ou
ção da predominância ou totalidade de ocupação da muito extensas).
área, da seguinte maneira: e) de acordo com o número de condutos distribuido-
• áreas residenciais; res numa mesma rua
• áreas comerciais;  distribuidor único;
• áreas industriais;  com distribuidores auxiliares (conduto principal
• mistas. com diâmetro mínimo de 400 mm);
 dois distribuidores laterais (ruas com tráfego in-
Zonas de Pressão tenso, largura superior a 18 m e dependendo do custo da
Zonas de pressão em redes de distribuição são cada reposição do pavimento).
uma das partes em que a rede é subdividida visando im-
pedir que as pressões dinâmica mínima e estática máxi- Traçados dos Condutos
ma ultrapassem os limites recomendados e preestabe- A redes de distribuição dos sistemas públicos de
lecidos. Nota-se, então, que uma rede pode ser dividida abastecimento de água constituem-se de seguimentos
em quantas zonas de pressão forem necessárias para de tubulação denominados de trechos que tanto podem
atendimento das condições técnicas a serem satisfeitas. estar em posições tais que terminem em extremidades
Convencionalmente, as zonas de pressão em redes de independentes como em início de outros trechos. Des-
abastecimento de água potável estão situadas entre 15 ta maneira a disposição dos trechos podem também ser
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

e 50 mca, tolerando-se até 60 mca em até 10% da área de tal forma que formem circuitos fechados. De acordo
e até 70 mca em até 5% da mesma zona, como pressão com ocupação da área a sanear e as características dos
estática máxima, e até 10 mca em 10% e até 8 mca em arruamentos, os traçados podem resultar na seguinte
até 5% da mesma zona para pressão dinâmica mínima. classificação:
Em circunstâncias especiais, para populações de até 5000  ramificados;
hab, pode-se trabalhar com até 6 mca com justificativas  malhados;
garantindo que não ocorrerá riscos de contaminação da  mistos.
rede.
6 Fonte: www.scielo.br/ Klebber Teodomiro Martins Embora as redes ramificadas sejam mais fáceis de
Formiga/Fazal Hussain Chaudhry/ www.fenix.tecnico.ulis-
serem dimensionadas, de acordo com a dimensão e a
boa.pt
ocupação urbana da comunidade, para maior flexibili-

23
dade e funcionalidade da rede e redução dos diâmetros função dos custos de aquisição, instalação e manuten-
principais, recomenda-se que os condutos devem formar ção e de maior garantia contra eventuais infiltrações de
circuitos fechados quando: água contaminada nos condutos, embora, em sistemas
 área a sanear for superior a 1 km2; de distribuição medidos e intermitentes possa haver um
 condutos paralelos consecutivos distarem mais pequeno prejuízo financeiro para o usuário.
de 250 m entre si;
 condutos principais distarem mais de 150 m da
periferia; #FicaDica
 vazão total distribuída for superior a 25 l/s;
 for solicitado pelo contratante; De um modo geral deve-se observar
 justificado pelo projetista. que:
 em um nó com três ou mais tre-
Condições para Dimensionamento chos deve haver válvula de fechamento;
No dimensionamento hidráulico das redes de distri-  as válvulas de descarga deverão
buição devem ser obedecidas determinadas recomenda- ser no diâmetro do trecho e no máximo de
ções que em muito influenciarão no resultado final pre- 100 mm;
tendido, como as que seguem:  habitualmente a distância máxima
 nos condutos principais o Qmáx deve ser limitado entre hidrantes é de 600 m.1
por uma perda limite de 8m/km; 1 Fonte: www.dec.ufcg.edu.br
 o diâmetro mínimo nos condutos principais de-
verão ser de 100 mm e nos secundários 50 mm (2”), per-
mitindo-se particularmente para comunidades com po- Projeto Hidráulico
pulação de projeto de até 5000 hab e per capita máximo Um dos projetos complementares mais importantes
de 100 hab, o emprego de 25 mm (1”) para servir até 10 de uma obra é o projeto hidráulico, que quando proje-
economias, 30 mm (1.1/4”) até 20 e 40 mm (1.1/2”) para tado e executado por projetistas profissionais, evita inú-
até 50 economias; meros erros na montagem do sistema, economizan-
 ao longo dos trechos com diâmetros superiores do tempo e dinheiro. O projeto é importante em vários
a 400 mm deverão ser projetados trechos secundários níveis, mas principalmente pela economia no decorrer
com diâmetro mínimo de 50 mm, para ligação dos ra- dos anos, pois fazer reparos no sistema de encanamento
mais prediais; da casa pode sair muito mais caro do que elaborar um
 condutos com diâmetros superiores a 400 mm bom projeto para a rede de abastecimento e comprar
não deverão trabalhar com velocidades superiores a 2,00 produtos de qualidade comprovada. A função mais im-
m/s; portante do projeto é de prever a dimensão necessária
 deve-se adotar, no mínimo, uma rugosidade do sistema hidráulico, e garantir dessa forma, um bom
equivalente de 1 mm para trechos novos e 3 mm para funcionamento por muitos anos.
os existentes. Depois de ter uma base do desenho do imóvel, são
feitas várias plantas, entre elas a a planta hidráulica, que
Localização e Dimensionamento dos Órgãos Aces- deve conter todas as especificações da canalização.
sórios Um bom projeto hidráulico pode ter vária abrangências,
A malha de distribuição da rede não é composta so- dependendo do seu escopo, como abastecimento de
mente de tubos e conecções. Dela também fazem par- água potável, cálculos de demanda de água, dimensio-
te peças especiais que permitem a sua funcionalidade e namento de reservatórios, tubulações e redes de distri-
operação satisfatória do sistema, tais como válvulas de buição, dimensionamento de bombas, cálculos de redes
manobra, ventosas, descargas e hidrantes. de esgoto e elevatórias, dimensionamento de redes de
Os circuitos fechados possuem válvulas de fecha- águas pluviais entre outros. Além disso, é bom lembrar
mento (em geral registros de gaveta com cabeçote e que as instalações hidráulicas não dizem respeito ape-
sem volante) em locais estratégicos, de modo a permi- nas às redes de abastecimento e coleta de esgoto, mas
tir possíveis reparos ou manobras nos trechos a jusante. também às tubulações de gás e à rede de águas pluviais.
Nos condutos secundários estas válvulas situam-se nos Basicamente, o projeto hidráulico é dividido em quatro
pontos de derivação do principal. elementos: água fria, água quente, esgoto e pluvial.7
Nos pontos deverão ser indicadas válvulas de descar- IGO TÉCNICO
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

ga (registros de gaveta com cabeçote) para possibilita- Reparos em rede hidráulica


rem o esgotamento dos trechos a montante, no caso de Os sistemas hidráulicos prediais são constituídos por
eventuais reparos. Estas válvulas poderão ser substituí- uma enorme diversidade de componentes com distintos
das por hidrantes. Nestes casos deve-se ter o máximo requisitos de desempenho, durabilidades variadas. etc.”
de esmero na localização e drenagem do local para que Por isso, o síndico deve ficar bastante atento às orien-
não haja perigo de contaminação da rede por retorno de tações estabelecidas pelas normas da ABNT, conforme
água esgotada. uma síntese realizada pelo engenheiro e apresentada em
Nos pontos mais altos deverão ser instaladas vento- três quadros publicados nos links a seguir.
sas para expurgo de possíveis acúmulos de ar no interior
da tubulação. No caso de existir ligações de consumido-
res nestes pontos a ventosa poderá ser economizada em
7 Fonte: www.guiadoconstrutor.com.br

24
Hidráulica: inspeções, monitoramento e realização Verificação da correta pintura das tubulações com co-
de testes e ensaios periódicos res padronizadas identificativas dos sistemas a que per-
Testes de estanqueidade em todas as caixas de des- tencem.8
carga de bacias sanitárias;  
Testes de estanqueidade e de operação em todas as Hidráulica: patologias, falhas ou anomalias mais
válvulas de descarga de bacias sanitárias, verificando-se: comuns
vazão insuficiente (mau desempenho) ou excessiva (des- Redução de vazão e de pressão em aparelhos sani-
perdício de água); tempo de fechamento muito curto tários;
(golpes) ou muito prolongado (consumo excessivo de Ocorrência de ruídos e vibrações contínuos, intermi-
água); ocorrência de disparos; gotejamento pelo aciona- tentes ou na forma de pancadas;
dor; ocorrência de vazamento contínuo pela saída; Oscilações da temperatura da água durante o uso de
Testes de estanqueidade no tubo alimentador predial, aparelhos sanitários;
que liga o hidrômetro geral de entrada ao reservatório Ocorrência de extravasão (pelo ladrão) em reserva-
inferior (cisterna); tórios;
Testes de estanqueidade nos reservatórios superior e Obstrução gradual de orifícios de duchas e chuveiros;
inferior de água fria; Ocorrência de água com coloração amarelada nos
Monitoramento permanente do consumo de água aparelhos sanitários;
(leituras diárias do hidrômetro geral de entrada); Mau cheiro proveniente de ralos, caixas sifonadas, ca-
Ensaio de abertura e fechamento de registros de ga- naletas, grelhas e sifões;
veta, de esfera e de pressão existentes; Refluxo de esgoto com ou sem que a espuma seja
Verificação do correto funcionamento das bombas expelida a partir de ralos e saídas de aparelhos sanitários;
centrífugas de água fria e quente; “Fosqueamento” de trechos de tubos plásticos expos-
Verificação da atuação das torneiras de boia (chaves tos ao tempo;
de nível) em reservatórios; Aquecimento indevido de tubo de água fria que ali-
menta aquecedor de acumulação;
Verificação da estanqueidade e correta operação de
Acúmulo excessivo de água de chuva em superfícies
eliminadores de ar automáticos (ventosas);
dotadas de ralos; e,
Verificação da correta operação de válvulas redutoras
Obstruções frequentes em trechos horizontais de tu-
de pressão;
bulações de esgoto e de águas pluviais.
Análise físico-química e bacteriológica da água;
(Fonte: Engenheiro Sergio Gnipper. Entrevista: Marcos
Verificação do estado dos suportes das tubulações
Fernando Queiroz)
quanto à função, integridade e corrosão;
 
Verificação da ocorrência de vazamentos ou goteja-
Hidráulica: atividades de manutenção periódica
mentos nas juntas (emendas) das tubulações; • Limpeza e desinfecção semestral dos reservatórios
Verificação do estado das tubulações de aço galva- de água fria e quente;
nizado quanto à corrosão superficial e nas respectivas • Limpeza e desinfecção anual de reservatórios de
roscas, especialmente nas juntas entre componentes de água não potável em sistemas de aproveitamento de
ferro ou aço e componentes de cobre ou bronze; água de chuva;
Verificação de obstrução ao acesso a registros de fe- • Limpeza e desinfecção das tubulações de água fria
chamento no barrilete, na central redutora de pressão, na e quente;
casa de bombas, em centrais de aquecimento, na casa de • Limpeza de crivos e filtros mecânicos, como os fil-
máquinas de piscinas etc.; tros Y, com troca do elemento filtrante se necessário;
Verificação da integridade e estanqueidade das juntas • Retrolavagem de filtros de pressão;
de expansão das tubulações de água quente; • Manutenção e reversão de uso e de bombas cen-
Verificação da existência de válvula de alívio ou dis- trífugas;
positivo de segurança contra o excesso de pressão em • Manutenção, regulagem e reversão de uso de vál-
aquecedores de acumulação; vulas redutoras de pressão em estações ou centrais de
Verificação de existência de dispositivo de interrup- redução de pressão;
ção da fonte de energia (eletricidade ou gás) em caso de • Troca de reparos (conjuntos de vedações e molas)
superaquecimento de aquecedores de água; de válvulas de descarga de bacias sanitárias;
Verificação do correto funcionamento das bombas • Troca de boia, componentes plásticos e vedações de
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

elevatórias de esgoto e de águas pluviais; caixas de descarga de bacias sanitárias;


Inspeção de dispositivos de descarte de detritos em • Choque térmico com água a 80°C nas tubulações e
sistemas de aproveitamento de água de chuva; componentes que armazenam e conduzem água quente
Teste de escoamento e esgotamento dos aparelhos (prevenção contra doenças de propagação hídrica, como
sanitários; as causadas por pseudomonas e legionellas);
Verificação da presença de obstáculos ao livre escoa- • Limpeza das superfícies das placas coletoras do sis-
mento de esgoto dentro de caixas de inspeção; tema de aquecimento solar;
Verificação da existência de terminais de ventilação • Limpeza de elementos de captação de águas plu-
e da existência e integridade de telas protetoras nas ex- viais: calhas, ralos, grelhas, canaletas, etc.
tremidades de tubos ventiladores do sistema de esgoto; 8 Fonte: Engenheiro Sergio Gnipper/Marcos Fernando
Teste de estanqueidade de fossas sépticas; e, Queiroz

25
• Limpeza de elementos de inspeção e passagem de VI - Remuneração adequada do capital investido pelos
águas pluviais: caixas de inspeção, caixas de areia, caixas prestadores dos serviços contratados;
sifonadas, poços de visita, caixas coletoras (poços de re- VII - Estímulo ao uso de tecnologias modernas e efi-
calque), etc. cientes, compatíveis com os níveis exigidos de quali-
• Limpeza de dispositivo de descarte de detritos e de dade, continuidade e segurança na prestação dos ser-
dispositivo de descarte do escoamento inicial de siste- viços; e
mas de aproveitamento de água de chuva; VIII - Incentivo à eficiência dos prestadores dos ser-
• Manutenção de dispositivos de desinfecção e de viços.
bombas em sistemas de aproveitamento de água de Nota-se, assim, que a tarifa está diretamente vincu-
chuva; lada à melhoria do quadro nacional sobre saneamento e
• Limpeza de ralos, sifões e caixas sifonadas do siste- que há um potencial de estabelecer uma relação virtuosa
ma de esgoto; entre esta e a construção de um cenário de segurança
• Limpeza de caixas retentoras de gordura; hídrica.
• Remoção de excesso de lodo e de escuma de fossas
sépticas.
Art. 29.
(Fonte: Engenheiro Sergio Gnipper. Entrevista: Marcos
Os serviços públicos de saneamento básico terão a
Fernando Queiroz)
sustentabilidade econômico-financeira assegurada, sem-
 
Tarifação pre que possível, mediante remuneração pela cobrança
A Política Nacional de Saneamento Básico (PNSB - Lei dos serviços:
Federal nº 11.445/2007) estabelece as diretrizes para os I - de abastecimento de água e esgotamento sanitá-
serviços de abastecimento de água potável, esgotamen- rio: preferencialmente na forma de tarifas e outros preços
to sanitário, drenagem e manejo das águas pluviais urba- públicos, que poderão ser estabelecidos para cada um
nas e manejo de resíduos. Em seu capítulo VI, que trata dos serviços ou para ambos conjuntamente.
dos aspectos econômicos e sociais, a PNSB define que
os serviços de saneamento serão remunerados pela co- O Plano Municipal de Saneamento Básico de São
brança dos mesmos. Paulo (PMSB), aprovado em 2010, estabelece as diretrizes
Assim, a tarifa é o instrumento que garante aos pres- para os serviços de abastecimento de água e esgotamen-
tadores de serviços de saneamento uma remuneração, to sanitário na cidade, incluindo também os aspectos re-
portanto uma receita, que cubra suas despesas. Do pon- lacionados à tarifa.
to de vista dos consumidores daquele serviço, a tarifa Os PMSBs devem ser elaborados de maneira a con-
nada mais é que o valor pago pelo serviço prestado. gregar o diagnóstico, as diretrizes e as estratégias sob
A clareza a respeito da tarifa é importante para que as quais o contrato de prestação dos serviços de sanea-
esse instrumento não seja confundido com a cobrança mento deve basear-se. Segundo a PNSB, esses devem ser
pelo uso da água, que é outro instrumento, com um fun- revistos a cada quatro anos (art. 19), diretriz que não vem
cionamento orientado por outra política (de recursos hí- sendo observada no caso do município de São Paulo.
dricos). Entre as principais metas estabelecidas no PMSB, des-
Para o consumidor ter acesso à água tratada, à coleta taca-se a universalização dos serviços de coleta e trata-
e ao tratamento de esgoto são necessários uma série de mento de esgoto até 2024, uma ambição ainda distante
investimentos, desde tubulações, estações de tratamen- de ser alcançada tendo em conta os índices de cobertura
to de água, estações de tratamento de esgoto, medido- atuais.
res, produtos químicos, etc. Assim, a tarifa paga pelos A regulação e fiscalização dos serviços no município
consumidores aos prestadores do serviço representa a de São Paulo foram delegadas à Agência Reguladora de
remuneração por estes serviços.
Saneamento e Energia do Estado de São Paulo (Arsesp),
Portanto, a tarifa é o valor pago referente ao serviço, e
criada pela Lei Complementar 1.025/2007, como uma
não referente ao bem natural, no caso, a água.
autarquia de regime especial vinculada à Secretaria Esta-
O decreto regulamentador da PNSB (Decreto Fede-
dual de Governo do Estado de São Paulo. Sua atribuição
ral nº 7217/2010) avançou ao estabelecer que as tarifas,
central é a de “editar normas relativas às dimensões téc-
enquanto meio de remuneração pelos serviços de sanea-
nica, econômica e social de prestação dos serviços, que
mento, devem observar as seguintes diretrizes (art. 46):
abrangerão, pelo menos, os seguintes aspectos:
I - Prioridade para atendimento das funções essenciais
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

IV – regime, estrutura e níveis tarifários, bem como


relacionadas à saúde pública;
os procedimentos e prazos de sua fixação, reajuste e re-
II - Ampliação do acesso dos cidadãos e localidades de
baixa renda aos serviços; visão”.
III - Geração dos recursos necessários para realização Também no ano de 2010, formalizou-se a concessão
dos investimentos, visando o cumprimento das metas da prestação dos serviços de distribuição de água potá-
e objetivos do planejamento; vel e esgotamento sanitário no município de São Paulo,
IV - Inibição do consumo supérfluo e do desperdício sendo a Sabesp a empresa contratada. Antes disso, a
de recursos; Sabesp vinha executando estes serviços sem contrato. A
V - Recuperação dos custos incorridos na prestação do concessão se estabeleceu por meio do contrato de pro-
serviço, em regime de eficiência; grama assinado entre a Prefeitura de São Paulo, a Sabesp

26
e o Governo do Estado de São Paulo8. A Sabesp, criada em 1973 no contexto do Planasa, é atualmente uma sociedade
de capital misto, com uma composição social onde o governo do Estado de São Paulo tem 50,3% das ações, 30,1%
estão na BM&Fbovespa e 19,6% na NYSE.
Conforme exposto na seção anterior, cada modelo de prestação de serviço, público ou privado, municipal, estadual
ou consorciado, terá um impacto distinto na estrutura tarifária e no valor da tarifa paga pelos consumidores. A Sabesp,
por ser uma sociedade de capital misto, distribui periodicamente uma parte de seus lucros aos acionistas.
Conforme ANDRADE (2009), entre as formas indiretas de regulação de tarifas para serviços públicos está a regulação
pelo preço, também denominada regulação por incentivo. Entre os modelos de regulação pelo preço existe a chamada
regulação pelo preço máximo ou price cap, utilizado na regulação da operação da Sabesp pela Arsesp. Esse modelo
estabelece, ainda segundo o autor citado, o reajuste de tarifa por uma equação do tipo: índice de inflação subtraído o
ganho de produtividade da empresa (IP ≤ IPC - X)10. Assim, o objetivo do price cap é possibilitar a correção da tarifa,
considerando a inflação de determinado período, mas, ao mesmo tempo, incentivar a empresa a realizar investimentos
que melhorem sua eficiência produtiva e, a partir do fator de eficiência, transferir parte dos ganhos de produtividade
para os usuários por meio de tarifas mais baixas.
É importante esclarecer que, embora a Sabesp, como uma sociedade de capital misto, tenha uma capacidade com-
parativamente alta de tomar empréstimos para executar investimentos, sua única receita é a tarifa paga mensalmente
pelos usuários. O atual presidente da Sabesp, Jerson Kelman, já afirmou reiteradas vezes que as receitas advindas da
tarifa paga pelos consumidores são responsáveis pela capacidade de investimento da empresa:
“Os investimentos que a Sabesp faz dependem exclusivamente das tarifas pagas pelos consumidores. E isso é bom.
O governo estadual não coloca dinheiro na empresa, e não deve colocar. Os investimentos dependem dos lucros. E
há uma demonização do lucro, como se fosse uma coisa ruim. Claro que os acionistas da Sabesp têm ma postura de
receber como dividendos o mínimo que a lei determina. O resto é reinvestido, e isso é de interesse da população.”
As notas técnicas da Arsesp classificam a arrecadação tarifária como “receita direta” da empresa, enquanto alguns
autores, como PEIXOTO (2009), utilizam a nomenclatura “fonte primária”.

Como é calculado o valor da tarifa


Posto que o modelo de regulação da Sabesp é o price cap e que as tarifas pagas pelos consumidores representam
a principal fonte de receita da empresa, é necessário compreender a estrutura tarifária que se traduz numa fórmula
estabelecida pela Arsesp para calcular a tarifa média máxima (Po). Assim, a metodologia para a estruturação tarifária da
Sabesp encontra-se detalhada na Nota Técnica RTS/01/2012. A fórmula para o cálculo é a seguinte.

De uma maneira geral, os parâmetros considerados para o cálculo do Po são: o mercado, ou seja, as previsões de
volume consumido pelos usuários; investimentos (CAPEX), representando saída de capital do caixa da empresa; base
de remuneração regulatória líquida (BRRL); custos operacionais (OPEX); impostos e encargos; outras receitas; Fator X,
fator de eficiência, a partir do qual parte dos ganhos é distribuída aos usuários.
Basicamente, todas as variáveis tem uma relação direta com a tarifa média máxima. Se os custos da empresa, os
investimentos ou os impostos aumentarem, a tarifa também aumenta. Se, por outro lado, os consumidores passarem a
adotar práticas mais conscientes de consumo que levem à diminuição do volume faturado pela empresa (V), a tarifa vai
aumentar, ou seja, há uma relação inversamente proporcional entre o volume consumido e o valor da tarifa, gerando
uma distorção de mercado em se tratando de um bem comum de disponibilidade limitada, cuja conservação deve ser
estimulada.

Confira as principais normas da ABNT para os sistemas hidráulicos


As principais e mais importantes características das normas da ABNT a respeito de sistemas hidráulicos nos con-
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

domínios e que merecem especial atenção do síndico são aquelas relacionadas à inspeção e manutenção periódicas
dos componentes dos sistemas hidráulicos prediais. “Muitas das normas da ABNT relacionadas aos sistemas hidráuli-
cos prediais trazem requisitos relativos a estes aspectos”, observa Sergio Gnipper, membro da Comissão de Estudos e
Normas da ABNT.
Destacam-se, entre outras, a NBR 5626:1998 - “Instalação predial de água fria”; NBR 7198:1993 - “Projeto e execução
de instalações prediais de água quente”; NBR 8160:1999 - “Sistemas prediais de esgoto sanitário – projeto e execução”;
NBR 15527:2007 - “Aproveitamento de água de chuva de coberturas em áreas urbanas para fins não potáveis”; NBR
15575:2013 - “Edificações habitacionais - Desempenho”; NBR 5674:2012 - “Manutenção de edificações - Requisitos para
o sistema de gestão de manutenção”; e NBR 14037:2011 - “Diretrizes para elaboração de manuais de uso, operação e
manutenção das edificações – Requisitos para elaboração e apresentação dos conteúdos”.9
9 Fonte: www.aliancapelaagua.com.br/www.direcionalcondominios.com.br/Marcos Fernando Queiroz

27
A ARSESP (Agência Reguladora de Saneamento e Energia do Estado de São Paulo), através da deliberação nº 31,
dispõe sobre a aplicação das sanções administrativas previstas em contratos que tenham por objeto a prestação de
serviços públicos de saneamento básico.
A ARSESP tem, por delegação, a competência de regular e fiscalizar os serviços de saneamento básico prestados
com base em contratos celebrados por municípios, regulamentando e aplicando as sanções previstas nesses contratos
e estabelecendo procedimentos de apuração de infrações, visando a prevenção de condutas violadoras da lei e dos
contratos, com os propósitos de garantir serviços eficientes e de qualidade aos usuários.
No link a seguir temos as disposições quanto à fiscalização dos referentes serviços no estado de São Paulo:
www.arsesp.sp.gov.br/LegislacaoArquivos/ldl0312008.pdf

EXERCÍCIO COMENTADO
1. (CESPE/2012 – TJ/RO) Assinale a opção correta, a respeito de instalações hidráulicas em edifícios.
Parte superior do formulário

a) No reservatório superior, o registro de boia deve ser conectado ao extravasor.


b) Alterações de percurso e de extensão não afetam o dimensionamento dos tubos de água, desde que não haja alte-
ração de diâmetro.
c) O sistema de distribuição indireto sem bombeamento deve ser utilizado quando a pressão na rede pública for sufi-
ciente para abastecer o reservatório elevado.
d) Uma das funções do hidrômetro é estabilizar a pressão dinâmica da rede pública antes da alimentação predial.
e) O tubo de alimentação do reservatório superior é considerado parte do ramal externo.

Resposta: Letra C
Sistema de abastecimento indireto sem bombeamento é aquele usado quando a pressão disponível na rede é sufi-
ciente para elevar a água até o reservatório superior.

CONHECIMENTO DA CAPACIDADE DE HIDRÔMETROS. IDENTIFICAÇÕES DE PROBLEMAS TÉC-


NICOS E MECÂNICOS COM HIDRÔMETROS. AFERIÇÃO DE HIDRÔMETROS. FUNÇÕES DO LEI-
TURISTA. TEORIA DE ERROS EM MEDIÇÃO

FIQUE ATENTO!
Como podem ver, os assuntos acima destacados nesse tópico não estão na ordem descrita no edital,
porém, pela correlação dos assuntos, agrupamos todos no mesmo tópico.

O hidrômetro é um equipamento destinado a indicar e totalizar continuamente o volume de água que o atravessa.
Normalmente a preocupação na operação da micromedição está no superdimensionamento do medidor, devido ao
seu custo mais elevado e instalação, e pela tendência à submedição de vazões mais baixas, principalmente em instala-
ções com caixas-d’água. Isso levou inclusive ao desenvolvimento de medidores de vazões nominais menores, como o
monojato de 0,75 m3/h, hoje generalizado em muitas instalações no país.
O subdimensionamento do medidor, no entanto, é igualmente prejudicial, pois um medidor sujeito frequentemente
a vazões acima daquela para a qual foi projetado para suportar termina por sofrer danos e desgastes prematuros. Como
consequência, pode provocar submedição maior do que aquela que se queria evitar ao instalar um medidor menor.
O advento de medidores cada vez mais sensíveis a baixas vazões permite que esse problema seja visto de outra
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

forma, não sendo mais necessário comprometer a vida útil do medidor. O dimensionamento correto de um hidrômetro
para uma instalação baseia-se, então, em duas informações principais: a característica e limitações do instrumento e a
demanda de água do ponto de consumo. A influência de outros fatores, como pressão da linha, temperatura e condi-
ções de instalação – embora também importantes na seleção do tipo do medidor – influenciam em menor grau o seu
dimensionamento.

Tipos de Hidrômetro
São dois os tipos de hidrômetros mais conhecidos e classificam-se segundo “o princípio de seu funcionamento” em
Hidrômetro Taquimétrico e Hidrômetro Volumétrico.

28
Hidrômetro Taquimétrico
É aquele cujo mecanismo é acionado pela ação da velocidade da água sobre um órgão móvel, que pode ser uma
turbina, uma roda de palhetas, uma hélice, etc. Esses hidrômetros são também chamados de hidrômetros de veloci-
dade ou velocimétricos. Eles têm funcionamento relacionado com a velocidade da água que entra no medidor em
forma de jato ou jatos e que, ao tocar o órgão móvel (turbina, palheta, etc.), transforma em movimento de rotação,
cujo número de rotações por unidade de tempo está relacionado com o volume escoado. Esse tipo de hidrômetro é
convencionalmente usado no Brasil nas medições de água dos sistemas de saneamento. Os hidrômetros taquimétricos,
por sua vez, são subdivididos em:
 Monojato – é o hidrômetro taquimétrico que tem o mecanismo medidor acionado por um único jato tangen-
cial de água (figura 1). É também chamado de hidrômetro unijato, ou de jato único.
 Multijato – é o hidrômetro taquimétrico cujo mecanismo medidor é acionado por vários jatos de água, tan-
gencialmente (figura 2). Neste hidrômetro os jatos formam pares de forças binárias que proporcionam equilíbrio à
turbina, quando em rotação.

Hidrômetro Volumétrico
Também chamado de hidrômetro de deslocamento positivo, possui câmaras internas, de capacidade conhecida,
que se enchem e se esvaziam, sucessivamente, num processo contínuo, com a passagem de água. A medição se dá
com o fluxo da água que passa pelo filtro de entrada do medidor, chega à câmara de medida por uma entrada na parte
inferior, de um lado da parte divisória. Devido à diferença de pressão antes e depois do hidrômetro, a água é forçada
a passar, o que provoca o movimento giratório do êmbolo, movimento este que é transmitido ao mecanismo de me-
dição. Os hidrômetros volumétricos mais comuns são os de disco oscilante (figura 3) e os êmbolos rotativos (figura
4). Os hidrômetros volumétricos, apesar de serem muito precisos e sensíveis, não são utilizados no Brasil na medição
convencional de água em sistemas de saneamento. Seu custo é muito alto, seu mecanismo pára facilmente a qualquer
partícula que se alojar em suas câmaras, e se parar interrompe o fluxo, deixando o consumidor sem água.

Figura 3

CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

29
Figura 4

Vazão em um Hidrômetro
Apesar do hidrômetro se destinar à medição do volume de água que o atravessa, o seu dimensionamento, que
antecede a sua instalação, se dá através da escolha de sua vazão, que é obtida pelo quociente do volume de água que
escoa pelo hidrômetro, pelo tempo de escoamento deste volume e é expresso em m3/h. A escolha de um hidrômetro
de vazão adequada ao tipo de consumo garante a perfeita medição do volume consumido. Em vista de sua impor-
tância, as vazões admissíveis em um hidrômetro são apresentadas de variadas formas que serão detalhadas a seguir.

Tipos de Vazão em um Hidrômetro


 Vazão Máxima (Qmax): maior vazão na qual o hidrômetro é exigido a funcionar num curto período de tempo,
dentro dos seus erros máximos admissíveis, e devendo manter seu desempenho metrológico, quando, posteriormente,
voltar a ser empregado dentro de suas condições normais de trabalho. É expressa em m3/h.
 Vazão Nominal (Qn): maior vazão nas condições normais de utilização, nas quais o hidrômetro é exigido
para funcionar de maneira satisfatória dentro dos erros máximos admissíveis. É considerada como a vazão normal de
trabalho de um hidrômetro, correspondendo a 50% da vazão máxima. É expressa em m3/h.
 Vazão de Transição (Qt): é a vazão que define a separação dos campos de medição inferior e superior; é
também chamada de vazão separadora. Corresponde a 5% da vazão máxima.
 Vazão Mínima (Qmin): menor vazão de trabalho do hidrômetro, com indicações que não possuam erros su-
periores aos erros máximos admissíveis. Por serem de pequena magnitude são usualmente expressas em l/h.

Campos de Medição
São intervalos que comportam vazões compreendidas entre a vazão mínima e a vazão máxima. São também cha-
mados de faixa de medição. No funcionamento de um hidrômetro existem dois distintos campos de medição, confor-
me demonstrado a seguir:
 Campo Inferior de Medição – intervalo que comporta vazões compreendidas entre a vazão mínima (inclusi-
ve) e a vazão de transição (exclusive). Neste campo, onde se trabalha com pequenas vazões, o erro permitido é de 5%
para mais ou para menos.
 Campo Superior de Medição – intervalo que comporta vazões compreendidas entre a vazão de transição
(inclusive) e a vazão máxima. Neste campo o erro máximo permitido é de 2% para mais ou para menos.

Erros de Indicação
Acima se falou em “erro permitido”, o que parece soar estranho, mas os hidrômetros, como qualquer outra máqui-
na, podem apresentar erros na marcação. É por isto que se fazem necessários ajustes periódicos que façam com que
o hidrômetro trabalhe em condições de precisão mais próximas possíveis da realidade. Para que isto aconteça existem
Normas Técnicas e Portaria Específica do INMETRO que regulamentam os níveis de precisão para o bom desempenho
dos medidores de água. Como já vimos anteriormente, os hidrômetros taquimétricos devem ser construídos e regula-
dos para registros de volumes com erros permitidos na margem de 2% para mais ou 2% para menos no campo superior
de medição, e de 5% para mais ou 5% para menos no campo inferior de medição (baixas vazões).
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

Sistemas de Transmissão de um Hidrômetro


Podemos definir transmissão como a forma pela qual a passagem da água pelo hidrômetro aciona um mecanismo
de medição (relojoaria), registrando o volume de água que cruza o aparelho. Existem dois principais sistemas de trans-
missão, a saber:
 Transmissão Mecânica – ocorre com os movimentos sendo transferidos da turbina para a relojoaria do hidrô-
metro mecanicamente por um eixo que atravessa a placa separadora do hidrômetro, placa esta que separa a parte seca
(relojoaria) da parte molhada (onde escoa a água). Veja na figura abaixo.

30
Classe Metrológica dos Hidrômetros
Os hidrômetros são classificados metrologicamente
de acordo com a vazão mínima e a vazão de transmissão,
por sua sensibilidade no registro de pequenas vazões.
No Brasil, para hidrômetros de vazão igual ou menor que
15m3/h as Normas prevêem três classificações de hidrô-
metro: Classes A, B e C, sendo que os de maior sensibi-
lidade à marcação de pequenas vazões são de Classe C,
seguidos pela Classe B, e, por fim, Classe A. Já os mais
utilizados atualmente são os de Classe B.

Inscrições e Marcas Obrigatórias no Hidrômetro


Conforme determina o INMETRO, o hidrômetro deve
estar marcado de forma clara, indelével e sem ambigüi-
dades, sobre sua carcaça, mostrador, suporte da tampa
(anel) ou na tampa, se estes dois últimos não forem facil-
mente removíveis, com as seguintes inscrições:
a) indicação dos sentidos de sua regulação, em alto
ou baixo relevo, quando houver regulagem;
b) número indicativo da vazão máxima, em ambos os
lados da carcaça, em alto ou baixo relevo, em altura ou
profundidade mínima de 0,3mm;
c) indicação do sentido do fluxo, em alto relevo, em
ambos os lados da carcaça;
d) numeração seqüencial de fábrica. Quando coloca-
da na carcaça, deve ser gravada em baixo relevo, com
profundidade mínima de 0,3mm, em pelo menos um dos
lados da carcaça;
e) marca ou símbolo do fabricante;
f) código de modelo do fabricante;
 Transmissão Magnética – ocorre com os mo- g) vazão nominal e identificação da posição de ins-
vimentos sendo transferidos da turbina para a relojoaria talação, acompanhada da respectiva classe metrológica,
do hidrômetro magneticamente, isto é, através de ele- exceto na carcaça (quando não for apresentada a posi-
mentos magnéticos (ímã propulsor e ímã seguidor) sem ção de instalação o hidrômetro somente poderá ser em-
traspassar (perfurar) a placa separadora. Veja na figura pregado na posição horizontal);
abaixo. h) unidade de medida do volume em m3, inscrita no
mostrador;
i) marca de aprovação do modelo e indicação da clas-
se metrológica, no mostrador.

CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

O hidrômetro – características de operação, limi-


tações e normas
Os hidrômetros podem ser caracterizados quanto às
classes de vazão e metrológica. As classes de vazão são
as de início de trabalho, mínima, de transição, nominal e
máxima. Conforme Rech (1992), a classe de vazão deter-

31
mina qual a indicada para o funcionamento do hidrôme- menos. São vazões muito pequenas, nas quais o medidor
tro. A letra ”Q” é o símbolo que representa a vazão. Sem- apresenta mais erros de indicação.10
pre que for referida a simbologia Qmax estará sendo dito Síntese:
“vazão máxima”, assim como Qmin representará “vazão A capacidade de um hidrômetro é avaliada pelas va-
mínima” e Qn, a “vazão nominal”. zões de operação que ele pode suportar.
A vazão de início de trabalho é aquela que é suficient Início de funcionamento
e para vencer a inércia das peças móveis internas do Também dito início de movimento, o início de funcio-
medidor, ou seja, a partir da qual a turbina interna do namento é a vazão a partir da qual o hidrômetro começa
hidrômetro começa a se movimentar. No entanto, essa a indicar movimento das partes móveis. É a menor vazão
vazão não garante precisão na medição, o que só ocorr e possível, capaz de vencer a inércia de repouso e pôr em
a partir da vazão mínima especificada por norma. movimento a turbina ou êmbolo.
A partir da vazão mínima, o medidor deve propor- Vazão mínima
cionar a precisão determinada pela norma NBR NM 212, É aquela a partir da qual o hidrômetro começa a indi-
proporcionando um erro máximo de 5%. Em uma con- car volumes dentro da faixa de medição. É a menor vazão
dição ideal, o hidrômetro não deve operar abaixo des- de trabalho com erros de registro admissíveis por norma
sa vazão, pois a precisão da medição não é garantida. técnica.
De acordo com Rech (1992), a vazão mínima é aquela a Vazão nominal
partir da qual o hidrômetro começa a indicar volumes É a vazão que corresponde à metade da vazão máxi-
dentro da faixa de medição. É a menor vazão de trabalho ma. É dita vazão nominal porque ela identificaria o me-
do medidor, com indicação dentro dos erros admitidos didor.
por normas técnicas ou pela legislação vigente. A partir Um hidrômetro de vazão máxima 3 m³/h terá vazão
da vazão mínima e acima dela, o registro feito pela relo- nominal de 1,5 m³/h. Assim, ao ser referido um hidrôme-
joaria está dentro dos erros tolerados. tro de vazão nominal igual a 1,5 m³/h, estaria se falando
Acima da vazão mínima encontra-se a de transição. em um hidrômetro específico e perfeitamente identifi-
Segundo Rech (1992), a vazão de transição é aquela que cado. Mas devem ser informados ainda o diâmetro da
separa a faixa inferior da faixa superior de medição e cor- carcaça, a classe metrológica e os principios construtivos,
responde a 5% da vazão máxima. Portanto, no hidrôme- se unijato ou multijato, se mecânico ou magnético.
tro de vazão máxima igual a 3 m³/h, ou 3.000 l/h, a vazão Vazão máxima
de transição é de 150 l/h. É a maior vazão admissível no hidrômetro no qual o
Acima da vazão de transição encontra-se a nominal hidrômetro pode trabalhar por curto espaço de tempo
(Qn). Corresponde à metade da vazão máxima. É acei- sem se danificar e sem apresentar perda de carga supe-
ta como vazão normal de trabalho, na qual o medidor rior a 10 metros de coluna de água (0,10 MPa).
deve operar em condição ideal. Um medidor que tra- É vazão que serve apenas para determinar a capaci-
balhe nessa vazão não deveria apresentar desgastes e dade máxima de fluxo possível no medidor. Na prática,
variações capazes de influir significativamente no seu nenhum hidrômetro pode ser submetido a essa vazão
desempenho, nem no erro absoluto de um registro. Po- como rotina operacional, pois os desgastes serão enor-
rém, há quem defenda que a vazão ideal de trabalho de mes e podem danificar o medidor em poucos meses ou
um hidrômetro seja a metade da vazão nominal, isto é, dias. Para evitar o desgaste prematuro, alguns especialis-
um quarto da vazão máxima. Foi constatado que os des- tas sugerem que a vazão de trabalho deve estar sempre
gastes encontrados na vazão nominal são ainda muito abaixo da vazão nominal, bem menor portanto que a va-
grandes e altamente influenciáveis no erro de registro do zão máxima.11
medidor.
A vazão nominal é designada pelas letras Y, A, B, C, D,
E, e F, e as respectivas vazões nominais são estabelecidas Identificação de problemas técnicos e mecânicos
em metro cúbico por hora (m3/h): 0,75 – 1,5 – 2,5 – 3,5 com hidrômetros.
– 6,0 – 10 – 15. Hidrômetros de diâmetro nominal 50 a 300 mm
Acima da vazão nominal encontra-se a vazão máxima.
Essa é a vazão até a qual o hidrômetro pode funcionar, Woltmann Vertical
de forma satisfatória e por curto período, sem danificar- 1) Quando se colocam em funcionamento novas ins-
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

-se. O valor é o dobro do verificado para a vazão nominal talações ou após grandes reformas, deve-se drenar o sis-
do medidor. A vazão máxima é erroneamente confundi- tema antes de ser instalado o hidrômetro.
da com a capacidade do hidrômetro. 2) Se na tubulação existem registros, filtros ou coto-
Quanto aos erros de medição toleráveis para hidrô- velos antes do medi dor, deve-se assegurar entre aqueles
metros, a vazão é dividida em duas faixas, a inferior e a e o hidrômetro uma tubulação reta de pelo menos três
superior de medição. A faixa inferior é composta pelas vezes o diâmetro nominal do aparelha.
vazões que vão da mínima até a de transição, ou seja,
são as vazões que, partindo da menor vazão de trabalho 10 Fonte: www.sc.senai.br
com precisão de erro, atingem a vazão de transição. Nes- 11 Fonte: www.lacquabrasil.com.br
sas vazões o erro admissível é de 5% para mais ou para

32
3) Num sistema de tubulação, os medidores não devem ser instalados no ponto mais alto, onde pode existir acú-
mulo de ar.

4) Os medidores devem estar sempre cheios de líquido. Em caso de saída livre após o medidor, a tubulação deverá
ser elevada até a altura da cabeça do medidor.

5) Se nas proximidades do medidor existir uma bomba de êmbolo, deve ser previsto um amortecedor de ar de vo-
lume suficiente de modo que a pulsação da bomba não influa na precisão do mostrador.
6) Ao instalar o medidor na tubulação deve-se tomar o cuidado para que as juntas das langes não penetrem na
tubulação, perturbando o fluxo da água.

Woltmann Horizontal12
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

12 Fonte: www.agua.elster.com.br

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34
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Obrigatoriedade na Instalação de hidrômetros individuais nos condomínios
Ainda não entrou em vigor, mas a título de informação, temos a Lei Federal nº 13.312/2016.
A Lei Federal nº 13.312/2016, publicada em 12/07/2016, tornou obrigatória a instalação de hidrômetros individua-
lizadas nos condomínios a partir de 12/07/2021, ou seja, após cinco anos de sua publicação, abrangendo apenas às
NOVAS edificações, conforme se extrai de seu texto, in verbis:
“Art. 1o. Esta Lei torna
obrigatória a medição individualizada do consumo hídrico nas novas edificações condominiais.
Art. 2º. O art. 29 da Lei nº 11.445, de 5 de janeiro de 2007, passa a vigorar acrescido do seguinte § 3º:
“Art. 29...
...
§ 3ºAs novas edificações condominiais adotarão padrões de sustentabilidade ambiental que incluam, entre outros
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

procedimentos, a medição individualizada do consumo hídrico por unidade imobiliária.” (NR)


Art. 3º Esta Lei entra em vigor após decorridos cinco anos de sua publicação oficial.

Brasília, 12 de julho de 2016; 195o da Independência e 128o da República.


MICHEL TEMER
José Sarney Filho
Fábio Medina Osório”. Grifamos.

O propósito da Lei é de evitar o desperdício de água, em especial, nos condomínios residenciais em que não existe
um controle do consumo para cada morador, diferente do que ocorre com a conta de energia elétrica. Além disso,
seriam evitadas situações de injustiça com relação aos condôminos “gastões” que se beneficiam daqueles condôminos
que economizam, mas no final, pagam a mesma conta em forma de rateio.

35
Outra vantagem da individualização é um maior controle na leitura dos hidrômetros, com a possibilidade de ras-
trear os vazamentos, antes mesmo que a conta chegue a uma cifra exorbitante.
É cediço que os novos empreendimentos já dispõem da individualização dos hidrômetros, o que não alterou muito
com a nova Lei, diversamente do que ocorre nas edificações mais antigas, posto que representariam custos altos para
às devidas adaptações.
Neste ponto, merece aplausos a redação do texto legal, pois tornou obrigatória a individualização somente para
os NOVOS empreendimentos entregues daqui há 5 (cinco) anos. Por outro lado, também há críticas diante do grande
período de vacância da Lei, podendo ter sido determinado num prazo mais exíguo. Talvez o prazo se fundamente por
conta dos projetos construtivos já aprovados ou em execução, de modo que a Lei não causasse prejuízo às situações
jurídicas pretéritas ou em andamento.
Em que pese a Lei não obrigar os edifícios já construídos, ainda assim, é uma medida salutar a individualização e
deve ser estimulada pelos síndicos e administradores, até mesmo para as edificações mais antigas, desde que possíveis
as suas adaptações e previamente aprovadas em assembleia todas essas despesas extraordinárias.
Recomenda-se a aprovação das despesas pelo quórum de 50% + 1 (cinquenta por cento mais um) da totalidade
dos condôminos e ou frações ideais (cf. Art. 1.341, II, do Código Civil), posto ser hipótese de despesa útil que aumenta
ou facilita o uso do bem (cf. Art. 96, § 2º, do Código Civil).13

O hidrômetro é um aparelho utilizado para medir o consumo de água. Assim toda vez que você abrir a torneira,
o chuveiro ou der descarga, o hidrômetro entra em ação. É ele que indica a quantidade de água que você consome.

Modelos de Mostradores de Hidrômetros


Existem vários modelos de mostradores de hidrômetros. Por norma, todos esses modelos têm indicadores de me-
tros cúbicos na cor preta, e indicadores de litros na cor vermelha (combinações de roletes vermelhos e ponteiros
vermelhos ou somente ponteiros vermelhos). Todos os modelos são aprovados pelo INMETRO.
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

Como fazer a leitura e acompanhar o seu consumo Exemplo:


Para fazer a leitura do hidrômetro, basta anotar os números pretos, desprezando os números vermelhos. Para
acompanhar o seu consumo, faça leituras periodicamente e calcule o quanto você está gastando pela diferença entre
duas leituras.

13 Fonte: www.calleadv.jusbrasil.com.br

36
Cálculo do volume de água consumido no período: [168 - 152) = 16m³
· A diferença entre a leitura atual e a leitura anterior indica o seu consumo em metros cúbicos;
· Considere apenas os algarismos de cor preta;
· Cada metro cúbico (m³), corresponde a 1.000 litros;
· Nos casos de dúvida quanto ao consumo, anote a leitura do hidrômetro antes de se dirigir ao nosso atendimento.
Isto quer dizer que você gastou 16m³ (metros cúbicos) em 20 dias, ou 0,800 m³ por dia, que é igual a 800 litros.
Fazendo a conta, em 30 dias seu consumo será de provavelmente 24m³.

A instalação e manutenção do hidrômetro são executadas pela CASAN ou pessoas por ela credenciadas.
· Ao ser instalado, o hidrômetro está calibrado e em perfeitas condições de uso;
· O aparelho é de propriedade da SANESUL, porém sua conservação e guarda são de inteira responsabilidade do
cliente;
· O hidrômetro deverá ser bem cuidado e conservado, os lacres têm de ser mantidos intactos;
· Evite que crianças ou outras pessoas mexam no hidrômetro;
· O acesso a ele deve estar sempre livre para facilitar o trabalho do leiturista.

Normalização
A fabricação, a especificação e a instalação dos hidrômetros obedecem às normas técnicas e portaria dos órgãos
responsáveis.
No Brasil esses órgãos são ABNT e INMETRO.

Fabricantes Cia. de Saneamento Residências

CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

Como evitar desperdícios e vazamentos?


Quando sua conta apresenta um consumo acima do normal, verifique antes de tudo, se existe vazamento nas ins-
talações hidráulicas da sua casa. Vazamento é água que você não usa, mas paga.

Como reduzir seu gasto de água

TORNEIRAS
· Ao lavar as mãos, feche a torneira na hora de ensaboá-las;
· Para escovar os dentes ou fazer a barba, faça o mesmo. Só volte a abrir a torneira na hora de enxaguar;
· Tenha o mesmo costume na hora de lavar roupa e louças: mantenha a torneira fechada na hora de ensaboar.

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VASOS SANITÁRIOS A seguir, quatro testes simples para detectar vaza-
· Os vasos sanitários podem consumir até 40% da mentos:
água de uso doméstico. Diminua o uso da descarga;
· Regule periodicamente a válvula de descarga; Teste 1 - Na tubulação que leva água até a caixa
· Nunca jogue papel, pontas de cigarros ou lixo den- d’água:
tro do vaso, pois, além de gastar muita água, podem · Deixe o registro do padrão aberto;
causar entupimentos. · Feche bem todas as torneiras e não use os sanitários;
· Vede todas as boias das caixas d›água;
HIDRÔMETRO
· Faça a leitura do hidrômetro. Após uma hora, atra-
· Controle seu consumo de água através dos números
vés de uma nova leitura, verifique se houve alterações
registrados no hidrômetro. É simples fazer a leitura. Caso
nos dados registrados. Se o seu hidrômetro for do tipo
você não saiba, basta perguntar ao leiturista da CASAN
ou dirigir-se a uma das agências. B, verifique se a bolinha preta está girando. Em caso afir-
· Fique atento aos vazamentos que podem ocorrer no mativo, há vazamento no ramal alimentado diretamente
hidrômetro. Confira seu hidrômetro pela rede.
· Os banhos demorados consomem 37% da água de
uso doméstico. Para você ter uma ideia, cinco minutos Teste 2 - Na válvula ou na caixa de descarga:
com o chuveiro aberto consome 60 litros de água; · Jogue borra de café no vaso sanitário. Se a borra
· Diminua o fluxo do chuveiro e, quando estiver se ficar depositada no fundo do vaso, não há vazamento.
ensaboando, faça-o com o chuveiro fechado. Caso contrário, há vazamento na válvula ou na caixa de
descarga;
CHUVEIRO · Você pode também esvaziar todo o vaso sanitário e
· Observe sempre o funcionamento da boia da sua secá-lo. Se ele tornar a encher sem que se dê descarga,
caixa d›água. Boia com defeito é água jogada fora pelo há vazamento.
ladrão.
Teste 3 – Na instalação alimentada pela caixa:
BOIAS
· Vede bem a boia;
· Se for indispensável o uso da mangueira, utilize sem-
pre um esguicho (tipo bico). Assim, quando você não es- · Feche as torneiras e não use os sanitários;
tiver utilizando, o fluxo de água é interrompido; · Marque o nível da água na caixa;
· Evitar lavar as calçadas, garagens e carros várias ve- · Depois de uma hora, confira o nível da água;
zes por semana, assim como irrigar os jardins; · Se o nível baixar existe vazamento na tubulação, nos
sanitários ou na própria caixa.
MANGUEIRA
· Não use o jato da água para varrer o chão. Use a Teste 4 - Em reservatórios de edifícios:
vassoura; · Feche o registro do hidrômetro ou prenda a boia;
· Na hora de lavar o automóvel, troque a mangueira · Feche os registros de limpeza e de saída de água;
pelo balde de água. · Marque o nível da água no reservatório;
· Se depois de duas horas o nível baixar, há vazamento;
MAIS DICAS
· Nesse caso, verifique se o registro de limpeza não
· Quando você for viajar, desligue o registro de entra-
tem defeitos ou se existe trinca no reservatório.14
da de água, evitando qualquer desperdício durante sua
ausência.
· Não passe canalizações próximas a buracos ou ins- Hidrômetro
talações de esgotos porque, se ocorrer vazamentos, você Confira o seu relógio de água (o hidrômetro). Deixe
poderá não perceber, além disso, a água pode ser con- os registros na parede abertos, feche bem todas as tor-
taminada. neiras, desligue os aparelhos que usam água e não utilize
· Faça vistoria periódica para verificar se existe alguma os sanitários. Anote o número que aparece ou marque a
anormalidade nas proximidades dos canos, como pare- posição do ponteiro maior do seu hidrômetro. Depois de
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

des mofadas ou molhadas, terreno molhado, piso fofo, uma hora, verifique se o número mudou ou o ponteiro
ruído provocado pelo escapamento de água etc. se movimentou. Se isso aconteceu, há algum vazamento
em sua casa.
VERIFICANDO VAZAMENTOS
Certifique-se de que não há vazamentos em sua casa.
Verifique todos os pontos de água: torneiras, boias de
caixa d´água, registros etc. vazamentos nesses pontos
representam grande aumento do consumo de uso do-
méstico.
14 Fonte: www.sanesul.ms.gov.br

38
Reservatórios subterrâneos de edifícios
Feche o registro de saída do reservatório do subsolo
e a torneira da bóia. Marque no reservatório o nível da
água e, após uma hora, verifique se ele baixou. Se isso
ocorreu, há vazamento nas paredes do reservatório ou
nas tubulações de alimentação do reservatório superior
ou na tubulação de limpeza.

Boia em reservatório
Mantenha o registro do cavalete aberto e feche o re-
gistro de saída do reservatório e desligue a bomba de
recalque. Marque no reservatório o nível de água e, após
duas horas, verifique se ele baixou. Se o nível de água
não baixar, então há um vazamento pelo extravasor que
pode ser ocasionado por defeito na torneira da boia.

Canos alimentados diretamente pela rede  


Feche o registro na parede. Abra uma torneira ali-
mentada diretamente pela rede (pode ser a do tanque)
e espere a água parar de sair. Coloque imediatamente
um copo cheio de água na boca da torneira. Caso haja
sucção da água do copo pela torneira, é sinal que existe
vazamento no cano alimentado diretamente pela rede.

Canos alimentados pela caixa d’água


Feche todas as torneiras da casa, desligue os apa-
relhos que usam água e não utilize os sanitários. Feche
bem a torneira de boia da caixa, impedindo a entrada de
água. Marque, na própria caixa, o nível da água e verifi-
que, após uma hora, se ele baixou. Em caso afirmativo, há  
vazamento na canalização ou nos sanitários alimentados
pela caixa d’água.  Reservatório superior
Feche o registro de saída e a torneira do reservatório,
Tubulação embutida na parede desligue a bomba de recalque (edifícios). Marque o ní-
Se você sabe por onde passa o encanamento da pa- vel de água com um pedaço de barbante e giz. Aguarde
rede, faça o teste da batida. Bata em toda a extensão duas horas e confira o nível de água. Se o nível de água
do encanamento e veja se o som é diferente em alguma baixou, há vazamento na canalização ou sanitários ali-
parte. O aparecimento de manchas com mofo e umidade mentados pela caixa d’água.
e mudança da coloração do revestimento ou o despren-  
dimento do revestimento (azulejo e pintura) também po- Reservatório inferior
dem ser sinais de vazamento. Mantenha o registro do cavalete aberto e feche o re-
gistro da saída do reservatório. Feche a bóia e marque o
Piscinas nível de água. Após duas horas, faça uma nova marcação
Coloque a água da piscina no nível normal. Encha um e compare o nível de água. Se o nível baixou há vaza-
balde com água da piscina até 5 cm da borda. Marque mento no reservatório devido registro com defeito ou
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

o nível de água do balde e também da piscina. Prenda trinca no reservatório.


o balde no interior da piscina de forma que a água do
balde mantenha a mesma temperatura da água da pis- Em torneiras / vaso sanitário
cina e sem deixar que elas se misturem. Após 24 horas,  Torneiras
verifique o nível de água do balde com o nível de água Este tipo de vazamento é caracterizado por torneira
da piscina e compare com as marcações iniciais. Caso a pingando quando fechada. Quando isso acontecer, tro-
piscina tenha uma variação maior em altura dos níveis de que o “courinho”. 
água, provavelmente ela apresenta vazamento. Se cho- Gotejando, uma torneira desperdiça 46 litros por dia
ver, recomece o procedimento. por dia ou mais de mil litros de água por mês.
Um filete de mais ou menos 2 milímetros totaliza
4.130 litros por mês.

39
E um filete de 4 milímetros, 13.260 litros por mês de desperdício.

          
Lento: 300 L/mês           Médio: 600 L/mês         Rápido: 960 L/mês

Vaso Sanitário
1º Jogue borra de café no vaso sanitário;
2º O normal é a borra ficar depositada no fundo do vaso;
3º Em caso contrário, é sinal de vazamento na válvula ou na caixa de descarga.
Obs: Nas bacias cuja saída da descarga for para trás (direção da parede), deve-se fazer o teste esgo-
tando-se a água. Se a bacia voltar a acumular água, há vazamento na válvula ou na caixa de descarga.15

Submedição
A submedição é a situação de medição ineficaz, causada principalmente por super dimensionamento de um medi-
dor, ou por fator externo ao mesmo, provocando perda de sensibilidade e conseqüente totalização a menor de volume
efetivamente escoado.
As causas recorrentes da submedição em hidrômetros devem-se a problemas como:
 características dos medidores – tipo, modelo, classes de vazões, classes metrológicas;
 dimensionamento dos medidores;
 condição de instalação;
 condições de operação – vazões baixas ou elevadas;
 condições de manutenção;
 erros de leitura (fator humano);
 condições do abastecimento – direto da rede ou com uso de caixa d’água;
 qualidade da água fornecida;
 vida útil dos hidrômetros.

Redimensionamento
Após a instalação de um hidrômetro em uma determinada ligação, é necessário fazer um monitoramento do seu de-
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

sempenho. Caso seja v erificado algum fato inesperado, como por exemplo a quebra do hidrômetro; registro de volume
totalizado excessivo ou abaixo do esperado para o medidor, ou a mudança de perfil de consumo de água, é impor tante
fazer uma reavaliação do dimensionamento. Uma prática recomendável para o redimensionamento de hidrômetros é
a prática da manutenção preventiva (acompanhamento das leituras mensais e verificação da ocorrência de consumos
muito abaixo do esperado). A manutenção corretiva também é importante, detectando de forma rápida quais hidrôme-
tros pararam de funcionar e providenciando imediatamente a reavaliação do dimensionamento e a troca do medidor.16

Aferição de hidrômetros
15 Fonte: www.site.sabesp.com.br

16 Fonte: www.samaecaxias.com.br/www.sc.senai.br

40
A importância da calibração e manutenção de equi- tamente vinculados à medição como, por exemplo, os de
pamentos controle do ambiente de trabalho ou de armazenamento
de amostras, que devem ser calibrados antes de serem
colocados (ou recolocados) em serviço. Os resultados da
calibração do instrumento de medição, expressos em um
certificado de calibração, são importantes, pois  forne-
cem informações válidas e úteis que podem auxiliar na
tomada de decisões gerenciais, como por exemplo, para
correções a serem realizadas no processo de medição.
Estabelecer um programa de calibração/manutenção
dos instrumentos de medição, que contemple os crité-
rios para calibração/manutenção, incluindo os parâme-
tros a serem calibrados; as metodologias; as frequências
e quando procedente, o laboratório ou organismo res-
De acordo com o Vocabulário  Internacional de Ter- ponsável pelas calibrações, são fundamentais de acordo
mos Fundamentais e Gerais de  Metrologia (aprovado com o especialista. “Este programa deve ser concebido
pela Portaria INMETRO Nº 029/95), calibração representa de maneira tal que, sempre que aplicável, as medições
o conjunto de operações que estabelece, sob condições feitas em laboratório, possam ser rastreáveis aos padrões
de medidas estabelecidos”.
específicas, a relação entre os valores indicados por um
Para satisfazer os requisitos do item 7.6 da norma ISO
instrumento de medição, sistema de medição ou valores
9001 é necessário realizar uma série de ações na qual
representados por uma medida materializada ou material
chamamos de confirmação metrológica. O termo con-
de referência, e os valores correspondentes às grandezas
firmação metrológica é um conjunto de operações re-
estabelecidas por padrões. “De maneira muito simples, queridas para garantir que um dispositivo de medição
podemos dizer que “calibrar” significa colocar um instru- encontra-se em um estado de conformidade com as es-
mento de medição em condições de utilização, por meio pecificações para seu uso pretendido. Geralmente inclui
da comparação dos valores das medições fornecidos calibração, qualquer ajuste e/ou reparo necessário e as
pelo  instrumento, com os valores padrão, aplicando-se recalibrações subsequentes, assim como qualquer sela-
quando necessário, o ajuste ou regulagem”, explica o en- gem ou rotulagem de dispositivos de medição. Quan-
genheiro mecânico e gerente de Laboratório do Instituto do então possuímos essa confirmação metrológica im-
de Pesos e Medidas do Estado do Estado do Amazonas plementada podemos dizer que existe a Confiabilidade
(IPEM/AM), Diego Freitas da Silva. Metrológica.
“Calibrar” significa colocar um instrumento de medi- Um fator muito importante e que merece ser desta-
ção em condições de utilização (…) cado é que a calibração consiste em apenas comparar os
O trabalho de calibração autentica o desempenho do valores das indicações do instrumento contra um padrão
equipamento com a ajuda de instrumentos de medição de referência. Assim um certificado de calibração deverá
em vários processos. Ele garante que os equipamentos relatar qual o erro do instrumento em comparação ao
sejam capazes de fornecer os resultados desejados de padrão e também qual a incerteza de medição do méto-
do utilizado para realizar as medições. Cabe ao detentor
forma precisa, por meio de uso de instrumentos de con-
do equipamento analisar os afastamentos de seu instru-
trole e instrumentação  que garantem diversos benefí-
mento e classifica-lo em aprovado ou reprovado me-
cios com a calibração e ensaio de materiais. A calibração
diante alguns critérios pré estabelecidos que variam de
mantém o nível de desempenho das máquinas e também
acordo a exigências de seu processo.
auxilia nos requisitos de qualidade, deixando os disposi- Atualmente, existem no mercado softwares  que fa-
tivos sempre em constante disponibilidade. cilitam verificação e a calibração dos equipamentos de
Existem diversas ferramentas e acessórios disponíveis monitoramento e medição dentro dos prazos definidos,
para executar um serviço de calibração, inclusive durante garantindo assim qualidade dos resultados e a segurança
o período de manutenção em grandes paradas. As fabri- e permanente satisfação dos clientes.17
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

cantes fornecem calibração de instrumentos comerciais,


material de teste, serviço de reparação de equipamento
para uma grande variedade de equipamentos de medi-
ção e ensaio.
Segundo o especialista, engenheiro mecânico e ge-
rente de Laboratório do Instituto de Pesos e Medidas do
Estado do Estado do Amazonas (IPEM/AM), Diego Freitas
da Silva, a calibração deve ser realizada em todos os ins-
trumentos de medição que tiverem influência na exati- 17 Fonte: www.agsolve.com.br/www.manutencaoesupri-
mentos.com.br/
dão ou validade dos ensaios, incluindo aqueles não dire-

41
EXERCÍCIO COMENTADO
1. (CEPS/UFPA – 2018 – UNIFESSPA) Os mais importantes dispositivos controladores de fluxo utilizados nas instala-
ções hidráulicas são: 

a) Torneiras, misturadores, registros de gaveta, registros de pressão, válvulas de descarga, válvulas de retenção, válvulas
de alívio ou redutores de pressão.
b) Torneiras, misturadores, registros de gaveta, registros de pressão, válvulas de descarga, válvulas de retenção e me-
didor de vazão.
c) Torneiras, misturadores, registros de gaveta, registros de pressão, válvulas de descarga, válvulas de retenção e hi-
drômetros.
d) Torneiras, misturadores, registros de gaveta, registros de pressão, válvulas de descarga, válvulas de retenção, chave
boia e hidrômetros.
e) Torneiras, dissipadores, registros de pressão, chave boia e hidrômetros.

Resposta: Letra A
O hidrômetro e o medidor de vazão são equipamentos que tem por finalidade indicar e totalizar continuamente o
volume de água.

LIGAÇÕES DE ÁGUA. LIGAÇÕES DE ESGOTO.

Ligação predial é um conjunto de tubos, peças, conexões e equipamentos que interliga a rede pública à instalação
predial do usuário. As ligações prediais somente serão executadas após serem liberadas pela fiscalização.
A execução de ligações prediais de água e de esgotos, além de descrito no MOS, deverá obedecer ao Regulamento
dos Serviços Prestados pela Companhia de Saneamento e demais normas e especificações que estiverem em vigor.
As ligações são classificadas de acordo com a posição da rede pública em relação ao imóvel.
Desse modo, a observação visual caracterizará a ligação como sendo passeio, rua, ou outro lado da rua. No PASSEIO
é considerada a ligação cuja rede pública está no mesmo passeio do imóvel; na RUA , é quando a rede situa-se em
algum ponto do leito carroçável. No OUTRO LADO DA RUA , diz-se quando a rede está assentada no passeio oposto
ao do imóvel.
Para efeito de pagamento não são considerados como pavimentos os revestimentos em grama, saibro, moledo e
outros tipos de revestimentos primários. Contudo, isto não exime a contratada dos cuidados quanto ao seu perfeito
levantamento e reposição.
Qualquer ligação predial, seja de água ou esgoto, executada concomitantemente com a execução da rede, não
deverá ter remuneração do item DESLOCAMENTO PARA LIGAÇÕES PREDIAIS.

LIGAÇÃO PREDIAL DE ÁGUA


Uma ligação predial é composta de:
a) Tomada de água:- Ponto de conexão do ramal com a rede de distribuição de água, que será executada com colar
de tomada de PP, PVC, FºFº, com ferrule ou ainda com “T” associado à luva de correr;
b) Ramal predial:- Tubulação compreendida entre a tomada de água na rede de distribuição e o cavalete ou caixa
subterrânea que será executada preferencialmente em PEAD, podendo ser feita também com material de PVC;
c) Cavalete ou caixa subterrânea:- Elementos destinados a receber a instalação do medidor de volume consumido,
hidrômetro. A utilização de uma ou outra solução é decorrente do interesse do cliente ou da melhor disposição do
hidrômetro para as leituras mensais.
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

Além das partes componentes deve-se observar, na ligação predial, o recobrimento mínimo do ramal e a localização
do cavalete/caixa em relação às divisas do imóvel. Para melhor compreensão ver os desenhos n° 1, 2, 3 e 4.

42
43
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
44
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
45
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

LIGAÇÃO PREDIAL DE ESGOTO


Cada edificação terá uma única ligação predial de esgotos, não sendo permitido esgotar duas ou mais edificações,
salvo em casos excepcionais expressamente autorizados pela companhia de saneamento.
Em concomitância com a rede coletora, serão implantadas as ligações prediais correspondentes, desde que:
- exista medição de água;
- exista possibilidade real de escoamento pela rede coletora.
- tenha sido emitida a respectiva Ordem de Serviço de Execução.
Poderão ser efetuadas ligações prediais em redes coletoras cujo diâmetro varie entre 100 mm e 300 mm.

46
O ramal predial deverá ter o diâmetro mínimo de 100 mm e a sua declividade será determinada pelo desnível entre
a geratriz superior externa da extremidade de jusante do subcoletor predial mais baixo, considerado no alinhamento
da propriedade, e a geratriz superior externa da rede coletora.
A ligação predial do tipo 1 será executada juntamente com a implantação da rede e quando o desnível for igual ou
superior ao necessário para as declividades mínimas previstas, acrescido de 0,40 m (desenho n° 24).

CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

As peças que formam a ligação do tipo 1 são:


- tubos assentados verticalmente, sobre a tubulação coletora, com comprimento variável máximo de 2,00 m, em
função do desnível;
- uma curva de 90°;
- tubos de comprimentos variáveis assentados a partir da curva de 90°, com declividades maiores ou iguais às mí-
nimas previstas em norma, até um “T”;
- “T” para permitir a inspeção e introdução de equipamento de limpeza;

47
- tubos assentados verticalmente sobre o “T”.
A ligação do tipo 2 será executada na rede já existente e quando o desnível for igual ou superior ao necessário para
as declividades mínimas previstas, acrescido de 0,40 m (desenho n° 24).
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

As peças que formam a ligação do tipo 2 são:

48
- selim assentado verticalmente na tubulação coletora;
tubos assentados na posição vertical, sobre o selim, com comprimento variável máximo de 2,00 m, em função do
desnível;
- uma curva de 90°;
- tubos de comprimentos variáveis assentados a partir da curva de 90°, com declividades maiores ou iguais às mí-
nimas previstas em norma, até um “T”;
- “T” para permitir a inspeção e introdução de equipamento de limpeza;
- tubos assentados verticalmente sobre o “T”.
A ligação do tipo 3 substitui a ligação do tipo 1, e somente será executada quando os desníveis forem inferiores aos
desníveis mínimos previstos para o tipo 1 (desenho n° 25).

CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

49
As peças que formam a ligação do tipo 3 são:
- “T” assentado na tubulação coletora com a inclinação do coletor predial;
- tubos de comprimentos variáveis assentados a partir do “T”, com declividades maiores ou iguais às mínimas
previstas em norma, até outro “T”;
- “T” para permitir a inspeção e introdução de equipamento de limpeza;
- tubos assentados verticalmente sobre o segundo “T”.
A ligação do tipo 4 substitui a ligação do tipo 2, e somente será executada quando os desníveis forem inferiores
aos desníveis mínimos previstos para o tipo 2 (desenho n° 25).
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

50
As peças que formam a ligação do tipo 4 são:
- selim assentado na tubulação coletora com a inclinação do coletor predial;
- tubos de comprimentos variáveis assentados a partir do selim, com declividades maiores ou iguais às mínimas
previstas em norma, um “T”;
- “T” para permitir a inspeção e introdução de equipamento de limpeza;
- tubos assentados verticalmente sobre o “T”.
Como vimos acima, toda ligação predial de esgoto tem um tubo de inspeção e limpeza (TIL), o qual deve ser exe-
cutado conforme o desenho n° 26.

As ligações prediais de esgotos dos tipos 2 e 4, por serem executadas somente em redes coletoras já existentes, são
pagas através deste módulo.
As ligações prediais de esgotos dos tipos 1 e 3, por serem executadas juntamente com a implantação da rede cole-
tora, são pagas por medição de serviços executados.
Para formulação das composições de ligações prediais de esgoto, foi adotada uma profundidade de rede de 2,00 m.
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

Caso essa profundidade seja superior, deverá ser pago acréscimo conforme item 1726 deste módulo.
Em situações especiais onde possa ocorrer refluxo de esgoto para dentro da propriedade do cliente, pode-se utilizar
de válvula de retenção de esgotos.18

18 Fonte: www.sanepar.com.br

51
EXERCÍCIO COMENTADO
1. (FADESP/2017 – COSANPA) As redes de infraestru-
tura urbana se constituem de sistemas técnicos que,
sobretudo a partir do século XIX, se consagraram como
soluções de atendimento a populações das cidades, ar-
ticulando densidade, simultaneidade, qualidade e quan-
tidade. Dentre vários sistemas urbanos operantes em
rede, os sistemas de água e esgoto representam partes
imprescindíveis da urbanização com salubridade e efi-
ciência econômica. Com base nas características destas
duas redes, é correto afirmar que 

a) A rede de água e seu sistema têm fluxo que funciona


no sentido do domicílio atendido para uma estação
central, bombeadora, adutora e distribuidora. 
b) A rede de esgoto e seu sistema têm fluxo que funcio- Fluxo em uma válvula
na no sentido de uma ou mais estações centrais, de Fonte: OLIVEIRA, 1999
tratamento, para as respectivas ligações domiciliares. 
c) A implantação de estações de tratamento de água po- 1. TIPOS DE VÁLVULA
tável observa a topografia do sítio e é feita em torno Existem no mercado industrial, diversos tipos de vál-
das menores cotas no arruamento.  vulas, que são empregadas para o funcionamento pleno
d) A implantação de estações de tratamento de esgoto de tubulações, caldeiras, entre outros equipamentos. En-
sanitário observa a topografia do sítio e é feita em tor- tretanto, as válvulas mais utilizadas são:
no das menores cotas no arruamento.   1. Válvula esfera;
2. Válvula borboleta;
Resposta: Letra D 3. Válvula de retenção;
Em “a” e “b” as direções estão invertidas. 4. Válvula gaveta;
Em “c” a implantação é feita em torno das maiores co- 5. Válvula globo;
tas. 6. Válvula de diafragma.

1. Válvula Esfera
Consiste em um obturador esférico dentro de um
corpo tubular. É muito utilizada devido a sua aplicabili-
VÁLVULAS. dade em condições de corrosão aliadas à pressão e tem-
peraturas altas.
O seu funcionamento consiste em uma passagem ci-
líndrica que, quando alinhada com a tubulação, permite
As válvulas são usadas em diversas aplicações como, o fluxo do fluido. Girando esta esfera por 90º, e assim
por exemplo, serviço de liga-desliga, prevenção de vazão tirando a passagem da direção do fluxo, a válvula fica
reversa, controle e alivio de pressão, limitação de vazão, fechada. A haste da válvula gira a esfera dentro do corpo
e é encaixada na parte superior da esfera. Onde a haste
entre outras. A mais importante função das válvulas é o
encaixa com a alavanca geralmente existe uma marca in-
controle automático e contínuo do processo.
dicando se a válvula esta na posição aberta ou fechada.
Devido a suas múltiplas funções, há grande variedade
de tipos e subtipos de válvulas, cuja escolha adequada
não depende só das características de operação, como
da natureza do fluido, condições de pressão, temperatu-
ra e forma de acionamento. De forma a ser a seleção da
válvula a de maior importância, tanto sob o ponto de vis-
ta da operação quanto do aspecto dos custos envolvidos.
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

1. FUNCIONAMENTO DE UMA VÁLVULA


As válvulas possuem um funcionamento específico
para cada tipo, porém o princípio de funcionamento é
mesmo, que consiste na abertura e fechamento desta, de Válvula Esfera
forma a controlar a vazão de um determinado fluido, seja Fonte: http://jcvalvulas.itsis.com.br
ele gás ou líquido.
2. Válvula Borboleta
É utilizada especialmente para gases e líquidos à bai-
xa pressão, pois possui baixa queda de pressão, baixo
custo e ação rápida. Consiste em um anel do mesmo

52
diâmetro da tubulação, com um disco que gira dentro 5. Válvula Globo
do anel em torno de um eixo, abrindo ou obstruindo a Válvulas tipo globo são empregadas para regulagem
passagem do fluido. de fluxo e para melhor fechamento em fluidos que con-
tenham algumas partículas solidas em suspensão. Rece-
be este nome devido ao formato de seu corpo.
E funcionam pelo movimento de um disco ou de uma
cunha redonda, fechando um orifício para bloquear o
fluxo do fluido. O movimento do disco e o fechamento
do orifício são feito no sentido vertical ao eixo da válvula,
induzindo o fluxo a mudar de direção duas vezes por 90º.
Esta mudança de direção causa uma lata turbulência no
fluido e consequentemente uma alta perda de carga ou
energia no fluxo.
Podem- se encontrar variados modelos desta válvula,
como de duas ou três vias, como mostra a figura a seguir:
Exemplos de Válvula Borboleta
Fonte: BORTONI, 2010.

Muitas válvulas tipo borboleta têm um mecanismo


do atuador para segurar a válvula na posição desejada.
Quando o fluido é corrosivo ou erosivo, o corpo e disco
podem ser revestidos com materiais mais resistentes. Em
bitolas pequenas, o mais comum é com alavanca, em bi-
tolas maiores, a válvula é fornecida com volante e caixa
de engrenagem, pode ser, também, com acionamento
automático por sistema hidráulico ou elétrico.

3. Válvula De Retenção
Válvula que previne automaticamente o retorno do Exemplos de Válvula Globo
fluxo na tubulação. Existem vários tipos a fim de atender Fonte: BORTONI, 2010.
variadas condições, tais como fluxo pulsante, movimento
horizontal ou vertical, entre outras. As válvulas de reten- 6. Válvula De Diafragma
ção possuem diferentes tamanhos e é aplicada em ampla Antigamente, estas válvulas eram utilizadas para con-
faixa de temperatura e pressão. trole de ar comprimido nas minas de carvão da África do
Sul. Entretanto, atualmente, as válvulas de diafragma são
4. Válvula Gaveta usadas nos mais variados processos, como gases em ge-
Esse tipo de válvula possui grande variedade de apli- ral, fluidos altamente corrosivos e abrasivos e em fluidos
cações. Seu funcionamento é através do deslizamento que possuam um alto índice de sólidos em suspensão.
de um disco ou cunha por dentro do fluxo do fluido. O As válvulas de diafragma consistem em um corpo tu-
acionamento do disco é similar ao acionamento de uma bular onde a parte superior é de um material plástico for-
gaveta no armário, o disco entra no fluxo do fluido e blo- mando um diafragma. Para fechar a válvula, o diafragma
queia-o, sai do fluxo e permite fluir. Válvulas de gaveta é simplesmente pressionado para baixo, por um pistão,
deverão ser utilizadas somente como válvulas de blo- ate obstruir por completo a passagem do fluido. Todo o
queio, e deverão permanecer na posição completamente mecanismo para operar a válvula fica acima do diafrag-
abertas ou fechadas. Porém, há exceções. ma, portanto, fora de contato com o fluido. Uma tampa
As válvulas gavetas quando usadas para regulagem fecha o corpo acima do diafragma. Esta tampa suporta o
de fluxo, apresenta a tendência de erodir rapidamente volante e a haste e da um pouco de segurança no caso
por efeito de cavitação. Este controle de fluxo se dá pela do diafragma romper. O material deste diafragma pre-
porcentagem de área coberta pela placa, restringindo o cisa ser bem flexível e apresentar boa resistência contra
fluxo. Podem ser utilizadas em ampla faixa de pressão e corrosão. Entre os materiais usados estão a borracha na-
temperatura. tural, borracha sintética e vários plásticos. A vida útil do
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

diafragma depende muito da temperatura e natureza do


fluido e frequência e grau de flexão que é submetida.
O acionador da válvula é normalmente por volante
que levanta e abaixa o pistão e o diafragma, e também
ser fornecido com alavanca de operação rápida de 90º.
As extremidades da válvula são geralmente flangeadas
que facilita no caso de substituição, em bitolas pequenas,
as extremidades podem ser rosqueadas.

Válvula Gaveta
Fonte: http://www.mna.com.br/img/prod05_g.gif

53
EXERCÍCIO COMENTADO
1. (IESES/2016 – BAHIAGAS) Existe uma grande varie-
dade de tipos de válvulas, algumas para uso geral, e ou-
tras para finalidades específicas. Em tubulações de gás
são muito utilizadas as válvulas de bloqueio. Essas vál-
vulas se destinam apenas a estabelecer ou interromper
o fluxo, isto é, que só devem funcionar completamente
abertas ou completamente fechadas. Usualmente estas
são do mesmo diâmetro nominal da tubulação, e têm
uma abertura de passagem de fluido com seção trans-
versal comparável com a da própria tubulação. A alterna-
tiva que apresenta apenas tipos de válvulas de bloqueio
é: 
a) Válvulas de gaveta, macho e esfera. 
Válvula Diafragma b) Válvulas de globo, macho e esfera. 
Fonte: Desconhecida. c) Válvulas de globo, agulha e controle. 
d) Válvulas de gaveta, segurança e controle. 
Cada tipo de válvula possui características muito pe- e) Válvulas de alívio, controle e gaveta. 
culiares, embora algumas tenham aplicações bem pare-
cidas. Sendo as válvulas um dispositivo que uma função Resposta: Letra A
primordial na regulagem de fluxos de um fluido, para o Válvulas de globo, agulha e controle são válvulas de
funcionamento pleno de tubulações, caldeiras e outros regulagem e válvulas de segurança e de alívio são
equipamentos.19 válvulas que controlam a pressão de montante.

As válvulas classificam-se em:


Válvulas de Bloqueio: são válvulas que se destinam REGISTROS.
primordialmente a estabelecer ou interromper o fluxo,
isto é, só devem funcionar completamente abertas ou
completamente fechadas.
Tipos: Os registros hidráulicos são componentes emprega-
- válvulas de gaveta (gate valves); dos nas instalações de água fria e quente dos sistemas
- válvulas de macho (plug, cock valves); hidráulicos prediais, é ele que vai controlar a entrada e os
- válvulas de esfera (ball valves); gastos com água e são divididos em três tipos: de gaveta,
- válvulas de comporta (slide, blast valves). pressão e esfera.
Válvulas de Regulagem: são destinadas especifica-
mente para controlar o fluxo, podendo por isso trabalhar Tipos de registros
em qualquer posição de fechamento.
Tipos:
- válvulas globo (globe valves);
- válvulas agulha (needle valves);
- válvulas de controle (control valves);
- válvulas borboleta (butterfly valves);
- válvulas diafragma ( diaphragm valves).
Válvulas que permitem o fluxo em um só sentido
- válvulas de retenção (check valves);
- válvulas de retenção e fechamento (stop-check val-
ves);
- válvulas de pé (feet valves).
Válvulas que controlam a pressão de Montante: Registro Gaveta
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

- válvulas de segurança e de alívio;


- válvulas de excesso de vazão (excess flow valves); O registro gaveta tem um função de trabalhar total-
- válvulas de contrapressão ( back-pressure valves); mente aberto ou fechado, seu trabalho não é regular a
Válvulas que controlam a Pressão a Jusante: vazão de água, mas sim interromper o fluxo de água.
- válvulas redutoras e reguladoras de pressão; O registro gaveta é mais utilizado em pontos estra-
- válvulas de quebra vácuo (ventosas). tégicos, onde manutenções e reparos são mais comuns,
como em colunas de distribuição e não em pontos de
saída de água como em chuveiros ou torneiras.
Mesmo sendo um registro responsável por segurar
a água, se seu trabalho de abertura e fechamento for
19 Por Tailand Oliveira De Amorim
muito intenso, isso pode gerar um desgaste, somado a

54
pressão da água que precisa segurar, pode ocasionar va- Porca Registro Esfera VS (Reposição)
zamentos e danos maiores, principalmente se o registros
estiverem dentro da parede.

Registro de esfera com Borboleta em PVC


Registro de pressão

Esse tipo de registro é o mais indicado para regular a


entrada e saída de água, sua estrutura é diferente do Re-
gistro gaveta, ele não se fecha totalmente, ou seja, sem-
pre passa água por esse registro, ele é responsável por
definir, apenas, quanto de água passará por ali.
Porém, ele acaba gerando uma queda na pressão da
água, sem provocar nenhum tipo de desgaste. Diferente
do Registro Gaveta, esse tipo de registro possui um fluxo
de instalação, e se for instalado de forma errada pode Registro de esfera com cabeça quadrada em PVC
limitar quase que totalmente a passagem da água, por
isso atenção na hora da instalação.20

Registro de fechamento:
Componente instalado na tubulação e destinado a
interromper a passagem da água. Deve ser usado total-
mente fechado ou totalmente aberto. Geralmente, em-
pregam-se registros de gaveta ou registros de esfera.
Em ambos os casos, o registro deve apre-
sentar seção de passagem da água com área
igual à da seção interna da tubulação onde está insta-
lado.
 
Registro de utilização:
Componente instalado na tubulação e des- Registro Esfera Rosca Fêmea c/ Borboleta
tinado a controlar a vazão da água utilizada.
Geralmente empregam-se registros de pressão ou válvu-
la-globo em sub-ramais.

Registros de esfera - Registro VS


O registro de esfera é responsável pelo bloqueio ou
liberação do fluxo de água para os outros pontos de dis-
tribuição da sua residência, comércio ou indústria. Prati-
cidade e segurança: se você precisa realizar uma manu-
tenção, com apenas ¼ de volta interrompe a entrada da
água. Para facilitar o uso, recomenda-se que seja aplica-
do de forma aparente.21 Registro Esfera VS Compacto Soldável
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

#FicaDica
O registro de pressão é usado para contro-
lar a vazão da água e o registro de gaveta
é o utilizado para controlar a passagem da
água da rede de esgoto até a torneira.

20 Fonte: www.fariabombas.com.br
21 Fonte: www.tigre.com.br

55
Registro Esfera VS Roscável
EQUIPAMENTOS DE SEGURANÇA.

Muito se discute hoje em dia acerca da questão da


segurança do trabalhador e de seu ambiente laboral. As-
sim, ressalta-se que uma organização ideal para se tra-
balhar é aquela que busca aplicar, captar e manter na
organização, todos os recursos humanos corretamente.
Para que esse objetivo seja atingido, ou seja, para que
A empresa consiga manter o recurso humano, é ne-
cessário abordar diversas questões e fatores, como a
saúde, a higiene e a segurança no trabalho (ANDRADE,
Registro Esfera VS Soldável 2012).
A segurança no trabalho refere-se à área responsá-
vel pela segurança industrial, higiene e medicina do tra-
balho, frente aos funcionários da organização, atuando
profilaticamente, vidando a prevenção de acidentes e
agravos à saúde, e atuando também na correção de aci-
dentes de trabalho.
Desse modo, é necessário que as organizações pos-
suam políticas de prevenção a acidentes de trabalho,
estimulem e orientem a utilização de equipamentos de
proteção individual e coletiva, além de contar também
com serviços de segurança no trabalho, visando à me-
lhoria para as causas de higiene e segurança no trabalho
Volante Registro de Esfera VS (Reposição) (RIBEIRO, 2005). Além disso, é fundamental que a organi-
zação possibilite condições mínimas de trabalho, prote-
ção e higiene, de modo a garantir e assegurar os mesmos
contra qualquer incidente e eventualidade, de modo que
eles possam executar suas atividades com confiança e
evitar problemas futuros.
De acordo com Marras (2004) apud Andrade (2012),
a prevenção de acidentes de trabalho tem por objetivo
conscientizar o colaborador e oferecer proteção à sua
vida e de seus companheiros de trabalho, através de es-
tratégias e ações seguras, bem como reflexões das con-
dições insalubres que, eventualmente, possam provocar
acidentes e agravos à saúde.
Nota-se então o quão importante é proporcionar a
EXERCÍCIO COMENTADO segurança no trabalho, tendo em vista que os colabora-
1. (UFLA/2016 – UFLA) Sobre registros de pressão e de dores, estando seguros que a empresa está se preocu-
gaveta em instalações hidráulicas prediais, é CORRETO pando com sua saúde e com sua vida, irão sentir-se mais
afirmar que: valorizados e motivados para trabalharem e produzirem.
Com base em tudo que foi levantado e elucidado nes-
a) o registro de pressão é utilizado para o controle de va- te trabalho, torna-se evidente a importância e relevância
zão, já o registro de gaveta tem a finalidade de fechar da qualidade de vida no trabalho, seja para a melhoria
totalmente o fluxo de água para manutenção da rede. da qualidade de vida pessoal, seja melhoria do convício
b) o registro de pressão tem indicação de montagem social, seja maior satisfação e motivação do trabalhador
para o fluxo de água, mas, caso essa seja invertida, com a instituição e, consequentemente, melhora na pro-
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

não afeta a perda de carga. dutividade das empresas.


c) o registro de gaveta tem maior perda de carga que o Pode-se constatar também que a motivação do co-
de pressão. laborador com sua instituição empregadora estão dire-
d) o registro de gaveta não deve ser utilizado totalmente tamente atreladas a fatores como salário, benefícios e
aberto.  remuneração; condições físicas e psicológicas do traba-
lho e também, a um ambiente de trabalho seguro. Res-
Resposta: Letra A salta-se ainda que a motivação dos colaboradores esteja
O registro de pressão é usado para controlar a vazão associada à qualidade de vida nas organizações.
da água e o registro de gaveta é o utilizado para con- Dessa forma, abordar qualidade de vida nas empre-
trolar a passagem da água da rede de esgoto até a sas, hoje em dia, é mais que um benefício para o tra-
torneira. balhador/colaborador, é uma necessidade de vital im-

56
portância para que o maior patrimônio da instituição, – Responsabilizar-se pela higienização e manutenção
o trabalhador, tenha condições para desempenhar com periódica;
eficácia, suas tarifas, de modo que todos saiam ganhan- – Comunicar ao MTE (Ministério do Trabalho e Em-
do, empregador e colaborador.22 prego) qualquer irregularidade observada.
– Registrar seu fornecimento ao trabalhador, poden-
EPI’s do ser adotados livros, fichas ou sistema eletrônico. NR
Os instrumentos de proteção têm suas origens a partir 6.6.1 letras a até h.
da necessidade do homem de se proteger, isto é, garan-
tir sua integridade física. Com a evolução da civilização, Como ocorre a compra dos EPI’s na empresa
surgiu por força das circunstâncias, as diversas formas de A Aquisição de EPI varia muito de empresa para em-
garantir a saúde e a proteção do trabalhador, dentre as presa. Isso ocorre por que cada empresa tem sua política
quais se destacam a jurídica, que, com os diversos ins- particular de compras.
trumentos legais, disciplina a segurança no ambiente de Existem empresas em que é necessário fazer cotações
trabalho, através da Constituição Federal, bem como da de preço do EPI desejado e enviar o resultado para a di-
CLT – Consolidação das Leis do Trabalho e das Normas reção da empresa ou setor de compras. E então os mes-
Regulamentadoras - NR’s, esta última fundamentada na mos providenciam a compra.   Em outras, basta fazer o
Portaria Ministerial Nº 3214/78, onde é possível encon- pedido do EPI específico que o próprio setor de compras
trar a NR-06, que trata especificamente da Proteção Indi- faz a cotação e compra.
vidual e Coletiva do trabalhador.  
Cabe ao empregado quanto ao EPI:
Segundo a Norma Regulamentadora 6 – NR 6 consi- – Utilizar apenas para a finalidade a que se destina;
dera-se Equipamento de Proteção Individual – EPI, todo – Responsabilizar-se pelo acondicionamento e con-
dispositivo ou produto, de uso individual utilizado pelo servação;
trabalhador, destinado à proteção de riscos suscetíveis – Comunicar ao empregador qualquer alteração que
de ameaçar a segurança e a saúde no trabalho. o torne impróprio para uso;
  – Cumprir as determinações do empregador sobre o
História do surgimento dos EPI’s
uso adequado.
O uso do EPI nasceu legalmente falando da CLT (Con-
Conforme a NR 6. 671 letras  a,b,c,d
solidação das Leis do Trabalho) por meio do Decreto Lei
 
N°  5.452 de 1° de Maio de 1943, em seu artigo 160 foi
Cabe às empresas:
determinado que em todas as atividades exigidas o em-
I. Cumprir e fazer cumprir as normas de segurança e
pregador forneceria EPI.
medicina do trabalho;
 
II. Instruir o empregado, através de ordens de servi-
Quando é necessário fornecer o EPI
 A empresa é obrigada a fornecer ao empregado, ço, quanto às precauções a serem tomadas no sentido
gratuitamente, EPI adequado ao risco, em perfeito es- de evitar acidentes do trabalho ou doenças ocupacio-
tado de conservação e funcionamento, nas seguintes cir- nais: Conforme o Art. 157 da CLT
cunstâncias:  
– Sempre que as medidas de ordem geral não ofere- Cabe aos empregados:
çam completa proteção contra os riscos de acidentes do I. Observar as normas de segurança e medicina do
trabalho ou de doenças ocupacionais; trabalho, inclusive as ordens de serviço expedidas pelo
– Enquanto as medidas de proteção coletiva estive- empregador.
rem sendo implantadas; II. Colaborar com a empresa na aplicação dos dispo-
– Para atender situações de emergência. sitivos deste capítulo.
Com o nascimento do novo texto da Norma Regula- Parágrafo único – Constitui ato faltoso do empregado
mentadora nº10 a vestimenta passa a ser também con- a recusa injustificada:
siderada um dispositivo de proteção complementar para A observância das instruções expedidas pelo empre-
os empregados, incluindo a proibição de adornos mes- gador;
mo estes não sendo metálicos.   Ao uso dos Equipamentos de Proteção Individual for-
  necidos pela empresa. Art. 158. I, II letra A e B. 
Quanto ao EPI cabe ao empregador: O C.A. é um Certificado de Aprovação para EPI – Equi-
– Adquirir o EPI adequado ao risco de cada atividade; pamento de Proteção Individual, regulamentado pelo
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

– Exigir o seu uso; Ministério do Trabalho e Emprego (MTE). O C.A. atesta


– Fornecer ao empregado somente EPI’s aprovados que um produto está em conformidade com as espe-
pelo órgão nacional competente em matéria de seguran- cificações da Associação Brasileira de Normas Técnicas
ça e saúde no trabalho; (ABNT) e é considerado apto para ser comercializado
– Orientar e capacitar o empregado quanto ao uso como um EPI.
adequado acondicionamento e conservação; Todo EPI deverá apresentar em caracteres  indelé-
– Substituir imediatamente, quando danificado ou ex- veis bem visíveis, o nome comercial da empresa fabrican-
traviado; te, o lote de fabricação e o número do CA, ou no caso do
22 Fonte: www.unifia.edu.br – Texto adaptado de Jés- EPI importado, o nome do importador, o lote de fabrica-
ção e o número do CA. NR 6.9.3
sica Faria de Carvalho/ Érica Preto Tamaio Martins/ Laureny
 
Lúcio/ Pedro José Papandréa

57
PROTEÇÃO DA CABEÇA Capacete de proteção tipo aba frontal com viseira 
Capacete de proteção tipo aba frontal (jóquei)
Capacete de proteção tipo aba total

Aba frontal

Finalidade
Utilizado para proteção da cabeça e da face, em tra-
balho onde haja risco de explosões com projeção de par-
Aba total tículas e queimaduras provocadas por abertura de arco
voltaico.
 
 
Higienização
– Limpá-lo mergulhando por 1 minuto num recipien-
te contendo água e detergente ou sabão neutro;
– O casco deve ser limpo com pano ou outro material
que não provoque atrito, evitando assim a retirada da
proteção isolante de silicone (brilho), o que prejudicaria
a rigidez dielétrica do mesmo;
– Secar a sombra.
 
DO PROTETOR FACIAL
Finalidade – Lavar com água e sabão neutro;
Utilizado para proteção da cabeça do empregado – Secar com papel absorvente.
contra agentes metereológicos,  
(trabalho a céu aberto principalmente) e trabalho em Conservação
local confinado, impactos provenientes de queda ou pro- -Evitar atrito nas partes externas, acondicionamento
jeção de objetos, queimaduras, choque elétrico e irradia- inadequado e contato com substâncias químicas.
ção solar.  
  PROTEÇÃO DOS OLHOS E FACE
Higienização: Óculos de segurança para proteção (lente incolor) 
– Limpá-lo mergulhando por 1 minuto num recipien- Óculos de segurança para proteção (lente com tona-
te contendo água com detergente ou sabão neutro; lidade escura)
– O casco deve ser limpo com pano ou outro material
que não provoque atrito, evitando assim a retirada da
proteção isolante de silicone (brilho), fator que prejudica
a rigidez dielétrica do mesmo;
– Secar a sombra.  
 
Conservação Óculos com lente incolor
-Evitar atrito nas partes externas, mal acondiciona-
mento e contato com substâncias químicas.
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

  

Óculos com lente escura 

Finalidade
Utilizado para proteção dos olhos contra impactos
mecânicos, partículas volantes e raios ultravioletas.
 

58
Higienização Higienização
– Lavar com água e sabão neutro; – Lavar com água e sabão neutro, secar a sombra.
– Secar com papel absorvente.  
OBS.: O papel não poderá ser friccionado na lente Conservação
para não riscá-la. – Acondicionar na embalagem protegido da ação di-
  reta de raios solares ou quaisquer outras fontes de calor.
Conservação  
– Acondicionar na bolsa original com a face voltada PROTEÇÃO RESPIRATÓRIA
para cima. Respirador purificador de ar (descartável)
  Respirador purificador de ar (com filtro)
PROTEÇÃO AUDITIVA Respirador de adução de ar (máscara autônoma) 
 
Protetor auditivo tipo concha 

Respirador purificador de ar (descartável)

Finalidade
– Utilizado para proteção dos ouvidos nas atividades
e nos locais que apresentem ruídos excessivos.
 
Higienização
– Lavar com água e sabão neutro, exceto as espumas
internas das conchas.
 
Conservação Respirador purificador de ar (com filtro)
– Armazenar na embalagem adequada, protegido da
ação direta de raios solares ou quaisquer outras fontes
de calor;
– Substituir as espumas (internas) e almofadas (exter-
nas) das conchas, quando estiverem sujas, endurecidas
ou ressecadas.
 
 Protetor auditivo tipo inserção (plug) CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

 Finalidade Respirador de adução de ar (máscara autônoma)


– Utilizado para proteção dos ouvidos nas atividades
e nos locais que apresentem ruídos excessivos.

59
Finalidade Luva de cobertura para proteção da luva isolante
Utilizado para proteção respiratória em atividades e de borracha
locais que apresentem tal  
necessidade, em atendimento a Instrução Normativa
Nº1 de 11/04/1994 –(Programa de Proteção Respiratória
– Recomendações/ Seleção e Uso de Respiradores)
 
PROTEÇÃO DOS MEMBROS SUPERIORES

Luva isolante de borracha 

Finalidade
– Utilizada exclusivamente como proteção da luva
isolante de borracha.
 
Higienização
– Limpar utilizando pano limpo, umedecido em água
e secar a sombra.

Conservação
– Armazenar protegida de fontes de calor;
– Se molhada ou úmida, secar a sombra.
Finalidade  
– Utilizada para proteção das mãos e braços do em- Luva de proteção em raspa e vaqueta (mista)
pregado contra choque em
trabalhos e atividades com circuitos elétricos energi-
zados.
 
Higienização
– Lavar com água e detergente neutro;
– Enxaguar com água;
– Secar ao ar livre e a sombra;
– Polvilhar, externa e internamente, com talco indus-
trial.
 
Conservação
– Armazenar em bolsa apropriada, sem dobrar, enru-  
gar ou comprimir; Finalidade
– Armazenar em local protegido da umidade, ação – Utilizada para proteção das mãos e braços do em-
direta de raios solares, produtos químicos, solventes, va- pregado contra agentes abrasivos e escoriantes.
pores e fumos.  
Higienização
– Limpar com pano limpo e umedecido em água, se-
FIQUE ATENTO! cando a sombra.
Antes do uso, realizar o teste de inflamento  
para avaliação visual da Conservação
luva em busca de rasgos, furos, ressecamen- – Armazenar protegida das fontes de calor;
tos, etc. – Se molhada ou úmida, secar a sombra;
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

-Nunca secar ao sol (pode causar efeito de resseca-


mento).
 

Luva de proteção em vaqueta


 

60
Finalidade Conservação
– Utilizada para proteção das mãos e punhos contra – Armazenar em saco plástico e em ambiente seco;
agentes abrasivos e escoriantes. – Secar a sombra.
 
Higienização Luva de Proteção em PVC (HEXANOL)
– Limpar utilizando pano limpo, umedecido em água
e secar a sombra.
 
Conservação
– Armazenar protegida da ação direta de raios solares
ou quaisquer outras
fontes de calor;
– Se molhada ou úmida, secar a sombra;
– Nunca secar ao sol (pode causar efeito de resseca-
mento).
   
Luva de proteção tipo condutiva

Finalidade
– Utilizada para proteção das mãos e punhos do em-
pregado contra recipientes contendo óleo, graxa, solven-
te e ascarel.
 
Higienização
– Lavar com água.
 
Conservação
– Manter em local protegido da ação direta dos raios
solares ou quaisquer outras fontes de calor;
  – Secar a sombra;
– Nunca molhar o forro.
 
Finalidade Creme protetor para a pele
– Utilizada para proteção das mãos e punhos quando
o empregado realiza trabalhos ao potencial.
 
Higienização
– Lavar manualmente em água morna com detergen-
te neutro, torcer suavemente e secar a sombra.
 
Conservação
– Armazenar em local seco e limpo
 
Luva de proteção em borracha nitrílica

Finalidade
– Utilizado para proteção das mãos e braços contra
agentes químicos.
 
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

Conservação
– Manter a embalagem fechada, protegida da luz e
calor.
Finalidade
– Utilizada para proteção das mãos e punhos do em-
pregado contra agentes químicos e biológicos.
 
Higienização
– Lavar com água e sabão neutro.

61
PROTEÇÃO DOS MEMBROS INFERIORES Finalidade
Calçado de proteção tipo botina de couro – Utilizado para proteção dos pés e pernas contra
torção, escoriações, derrapagens, umidade e ataque de
animais peçonhentos.
 
  Conservação e Higienização
– Armazenar em local limpo, livre de poeira e umi-
dade;
– Se molhado, secar a sombra;
– Engraxar com pasta adequada para a conservação
de couros.
Finalidade  
– Utilizado para proteção dos pés contra torção, esco- Calçado de proteção tipo bota de borracha (cano
riações, derrapagens e umidade. longo)
 
Conservação e Higienização
– Armazenar em local limpo, livre de poeira e umi-
dade;
– Se molhado, secar a sombra;
– Engraxar com pasta adequada para a conservação
de couros.
 
Calçado de proteção tipo bota de couro (cano mé-
dio)

Finalidade
– Utilizado para proteção dos pés e pernas contra
umidade, derrapagens e agentes químicos agressivos.
 
Higienização
– Lavar com água e sabão neutro;
– Secar interna e externamente com papel toalha ou
pano.

  Conservação
– Armazenar em local protegido da umidade, ação
direta de raios solares, produtos químicos, solventes, va-
Finalidade pores e fumos;
– Utilizado para proteção dos pés e pernas contra tor- – Não dobrar para não deformar.
ção, escoriações, derrapagens e umidade.  
 
Conservação e Higienização
– Armazenar em local limpo, livre de poeira e umi-
dade;
– Se molhado, secar a sombra;
– Engraxar com pasta adequada para a conservação
de couros
 
Perneira de segurança
Calçado de proteção tipo bota de couro (cano lon-  
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

go)

  Finalidade
– Utilizada para proteção das pernas contra objetos
perfurantes, cortantes e ataque de animais peçonhentos.
 
Conservação e Higienização
– Engraxar com pasta adequada para a conservação
de couros;
– Armazenar em local limpo, livre de poeira e umi-
dade;

62
– Se molhado, secar a sombra; Vestimenta de proteção tipo apicultor
– Nunca secar ao sol (pode causar efeito de resseca-
mento).
 

Blusão em tecido impermeável 


Calça em tecido impermeável

Finalidade– Utilizada para proteção contra picadas


de abelhas, vespas, marimbondos, etc. 
Higienização– Lavar com água e sabão neutro. 
Conservação– Acondicionar limpo e dobrado na sa-
cola original;-Se molhado, secar ao sol.  

Vestimenta de proteção tipo condutiva 

Finalidade
– Utilizada para proteção do corpo contra chuva, umi-
dade e produto químico.
 
Higienização
– Lavar, sacudir e passar pano limpo e seco nas partes
molhadas;
– Quando sujo de barro limpar com pano umedecido
com água e detergente neutro;
– Quando sujo de graxa limpar com pano umedecido
com álcool.
 
Conservação
– Acondicionar em sacos plásticos fechados a fim de
evitar que sejam danificados;
– Acondicionar em local protegido da umidade, ação
direta de raios solares, produtos químicos, solventes, va-
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

pores e fumos.
 

Finalidade
– Utilizada para proteção do empregado quando exe-
cuta trabalhos ao potencial.
 
Higienização
– Lavar manualmente em água com detergente neu-
tro, torcer suavemente e secar a sombra;

63
– A roupa pode ser lavada em máquina automática Finalidade
no ciclo roupa delicada de 8 a 10 minutos, com água com – Utilizado para proteção do empregado contra sub-
detergente neutro, secar a sombra em  varal sem partes mersão, facilitando sua visualização.
oxidáveis, não fazer vincos ou  passar a ferro.  
Higienização
SINALIZAÇÃO – Lavar em água corrente com sabão neutro, esfre-
gando com espuma macia.
Colete de sinalização refletivo
Conservação
– Armazenar em local ventilado, livre da ação dos
raios solares ou quaisquer outras fontes de calor;
– Evitar contato com produtos químicos.
 
 
PROTEÇÃO CONTRA QUEDAS COM DIFERENÇA DE
NÍVEL

Cinturão de segurança tipo paraquedista

Finalidade
– Utilizado para sinalização do empregado facilitando
a visualização de sua presença, quando em trabalhos nas
vias públicas.
 
Higienização
– Quando sujo de barro limpar com pano umedecido
com água e detergente neutro;
– Quando sujo de graxa limpar com pano umedecido Finalidade
com álcool. – Utilizado para proteção do empregado contra que-
  das em serviços onde exista diferença de nível.
Conservação  
– Armazenar em saco plástico fechado, a fim de evitar Higienização
que seja danificado; – Lavar com água e sabão neutro;
– Manter limpo, seco, e isento de óleo ou graxa; – Enxaguar com água limpa e passar um pano seco e
– Manter em local protegido da ação direta dos raios limpo para retirar o excesso de umidade;
solares ou quaisquer outras fontes de calor e de produ- – Secar a sombra, em local ventilado;
tos químicos; – Caso haja contato com produtos químicos não lavar,
– Manter em local com temperatura ambiente inferior encaminhá-lo para teste.
a 40ºC.  
  Conservação
Colete salva-vidas (aquático) – Armazenar em local protegido da umidade, ação
direta de raios solares, produtos químicos, solventes, va-
pores e fumos;
 
Talabarte de segurança tipo regulável 
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

Talabarte regulável

64
Conservação
– Armazenar protegido da umidade e ação direta dos
raios solares;
– Manter afastado de produtos químicos;
– Se molhado, secar a sombra em local ventilado.23

EXERCÍCIO COMENTADO
1. (FUNRIO/2017 – SESAU/RO) No que se refere aos
Talabarte em Y com absorvedor EPIs, são obrigações do empregador, EXCETO:

a) comercializar o EPI com instruções técnicas no idioma


nacional.
b) exigir seu uso.
c) responsabilizar-se pela higienização e manutenção pe-
riódica.
d) orientar e treinar o trabalhador sobre como guardá-lo
e conservá-lo.
e) registrar o seu fornecimento ao trabalhador.

Resposta: Letra A
Talabarte Regulável Não há comercialização dos EPIs por parte dos em-
pregadores. Esses equipamentos são fornecidos ao
Finalidade empregados sem nenhum custo.
– Utilizado para proteção do empregado contra que-
da em serviços onde exista diferença de nível, em con-
junto com cinturão de segurança tipo paraquedista e
mosquetão tripla trava.
 
Higienização
– Limpar com pano umedecido;
– Lavar periodicamente com água e sabão neutro, se-
cando a sombra e local ventilado.
 
Conservação
– Armazenar em local seco, sem dobrar;
– Se molhado, secar a sombra em local ventilado.

 
 Dispositivo trava-quedas
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

 
Finalidade
– Utilizado para proteção do empregado contra que-
da em serviços onde exista diferença de nível, em con-
junto com cinturão de segurança tipo paraquedista.
 
Higienização
23 Fonte: www.segurancadotrabalhonwn.com/Nestor
– Após o uso, escovar as partes metálicas.
Waldhelm Neto

65
CARACTERÍSTICAS BÁSICAS DAS ORGANIZAÇÕES FORMAIS MODERNAS: TIPOS DE ESTRUTU-
RA ORGANIZACIONAL, NATUREZA, FINALIDADES E CRITÉRIOS DE ESTRUTURAÇÃO

Uma organização é composta por diversos níveis, sendo que cada um deles possui aspectos, características e fun-
ções específicas, exigindo assim, que o administrador desenvolva diferentes habilidades.
Para compreender a habilidade ideal para cada situação a dividimos em três classes:

Habilidades Técnicas Habilidades Humanas Habilidades Conceituais

• requer conhecimento • trata-se de aspectos pessoais • englobam um conhecimento


especializado e procedimentos observados no CHA, geral da organização... o
específicos. envolvem também aptidão, gestor precisa conhecer cada
• obtem-se através de processos pois interage com as pessoas e setor, como ele trabalha e para
de instrução. suas atitudes, exige que ele existe.
compreensão para liderar com
eficiência.

Como bem sabemos, existem vários modelos de organização, sendo que internamente, essas são divididas em se-
tores, com diferentes níveis de influência.
Dentre esses níveis destacamos três:

• Nível Estratégico (ou Nível Institucional) – Representado pelos gestores (normalmente esse posto é assumi-
do por presidentes e alta direção da empresa), esse nível é responsável por elaborar as estratégias, faz o planejamento
estratégico da organização, devendo seus representantes possuir principalmente habilidades conceituais.

• Nível Tático (ou Nível Intermediário) – Este nível é desempenhado pelos Gerentes, sendo importante para a
manutenção do controle, é um nível departamental, e seus integrantes necessitam em especial de habilidades humanas
para motivar e liderar os integrantes do nível operacional.

• Nível Operacional – Estes são os supervisores que necessitam de habilidades técnicas por trabalharem de
forma mais ligada à produção.

É extremamente importante que a organização tenha seu nível hierárquico muito bem definido, possibilitando as-
sim que cada um tenha ciência do que lhe compete faze dentro da organização.
Com base nos três níveis acima citados, veremos a seguir dois demonstrativos descritivos e relacionais desses níveis.

NÍVEIS
CARACTERÍSTICAS
ESTRATÉGICO TÁTICO OPERACIONAL
 Unidade, Depar-
Abrangência  Instituição  Setor, Equipe
tamento
 Diretoria, Gerên-  Coordenação, Lí-
Área  Presidência, Alto Comitê
cia der Técnico
 Experiência, Efi-  Técnica, Iniciati-
Perfil  Visão, Liderança
cácia va
Horizonte  Longo Prazo  Médio Prazo  Curto Prazo
Foco  Destino  Caminho  Passos
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

 Planos de ação,  Processos, ativi-


Diretrizes  Visão, Objetivo
projetos dades
 Amplo, mas sin-  Específico, Ana-
Conteúdo  Abrangente, Genérico
tético lítico
 Determinar, Definir, orien-  Projetar, Geren-  Executar, manter,
Ações
tar ciar Controlar, analisar
 Aplicações espe-
Software  Painel de Controle  Planilha
cíficas

Fonte: Marcio D’Ávila

66
Fonte: Idalberto Chiavenato

Fatores como a crescente competitividade entre as organizações provocam significativas mudanças no mercado,
o que faz com que as competências gerenciais se tornem grandes diferenciais, através da integração e orientação de
esforços, principalmente no que ser refere à gestão de pessoas, visando desenvolver e sustentar competências consi-
deradas fundamentais aos objetivos organizacionais.
As empresas buscam ideias de mudanças comportamentais, atitudes, valores e crenças que façam a diferença na
postura dos profissionais.

Competências gerenciais: “Um conjunto de conhecimentos, habilidades e atitudes que algumas pessoas, grupos ou
organizações dominam melhor do que outras, o que as faz se destacar em determinado contexto”.
Claude Lévy-Leboyer

Destacamos as principais habilidades gerenciais:


 Planejamento e Organização: O Gerente deverá possuir a capacidade de planejar e organizar suas próprias
atividades e as do seu grupo, estabelecendo metas mensuráveis e cumprindo-as com eficácia.
 Julgamento: O Gerente deverá ter a capacidade de chegar a conclusões lógicas com base nas evidências dis-
poníveis.
 Comunicação Oral: Um Gerente deve saber se expressar verbalmente com bons resultados em situações indi-
viduais e grupais, apresentando suas ideias e fatos de forma clara e convincente.
 Comunicação Escrita: É a capacidade gerencial de saber expressar suas ideias clara e objetivamente por escrito.
 Persuasão: O Gerente deve possuir a capacidade de organizar e apresentar suas ideias de modo a induzir seus
ouvintes a aceitá-las.
 Percepção Auditiva: O Gerente deve ser capaz de captar informações relevantes, a partir das comunicações
orais de seus colaboradores e superiores.
 Motivação: Importância do trabalho na satisfação pessoal e desejo de realização no trabalho.
 Impacto: É a capacidade de o Gerente criar boa impressão, captar atenção e respeito, adquirir confiança e
conseguir reconhecimento pessoal.
 Energia: É a capacidade gerencial de atingir um alto nível de atividade (Garra).
 Liderança: É a capacidade do Gerente em levar o grupo a aceitar ideias e a trabalhar atingindo um objetivo
específico.
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

Para alguns autores, podemos resumir as habilidades necessárias para o desenvolvimento eficiente e eficaz na admi-
nistração no CHA:

1. Conhecimento – Estar a par das informações necessárias para poder desempenhar com eficácia as suas funções.

2. Habilidade – Estas podem ser divididas em:


 Técnicas (Funções especializadas)
 Administrativas (compreender os objetivos organizacionais)
 Conceituais (compreender a totalidade)
 Humanas (Relações Humanas), Políticas (Negociação).

67
3. Atitude e Comportamento – Sair do imaginário e colocar em prática, fazer acontecer. Maneira de agir, ponto de
referência para a compreensão da realidade.

Dentro de uma organização formal, que apresenta uma estrutura hierárquica com regras e padrões bem definidos
e estabelecidos, ou seja, sua estrutura é deliberadamente planejada, e tem alguns de seus aspectos formalmente re-
presentados nos organogramas, facilitando assim a autonomia interna, agilizando o processo de desenvolvimento de
produtos e serviços.
Características que mais sobressaem em uma ORGANIZAÇÃO FORMAL

 Fluxo de autoridade descendente


 Mais estável
 Sujeita ao controle da direção
 Representada formalmente pelo organograma
 Planejada
 “Oficial”

As organizações fazem uso do organograma que melhor representa a realidade da empresa, vale lembrar que o
modelo piramidal ficou obsoleto, hoje o que vale é a contribuição, são muitas pessoas empenhadas no desenvolvimen-
to da empresa, todos contribuem com ideias na tomada de decisão.
Com vistas às diversidades de informações, é preciso estar atento para sua relevância, nas organizações as informa-
ções são importantes, mesmo em tomada de decisões. É necessário avaliar a qualidade da informação e saber aplicar
em momentos oportunos.
Para o desenvolvimento de sistemas de informação, há que se definir qual informação e como ela vai ser mantida
no sistema, deve haver um estudo no organograma da empresa verificando assim quais os dados e quais os campos
vão ser necessários para essa implantação. Cada empresa tem suas características e suas necessidades, e o sistema de
informação se adéqua a organização e aos seus propósitos.
Para que todos esses conceitos e objetivos sejam desenvolvidos de fato, precisamos nos ater à questão dos níveis
de hierarquia e às competências gerenciais, ao que isso representa na teoria, na prática e no comportamento individual
de cada profissional envolvido na administração.

Estruturas Organizacionais
De acordo com Chiavenato: a estrutura garante a totalidade de um sistema e permite sua integridade.

Assim são as organizações: diversos órgãos agrupados hierarquicamente, onde os sistemas de responsabilidade,
sistemas de autoridade e os sistemas de comunicações são componentes estruturais.
Com vistas às diversidades de informações, é preciso estar atento para sua relevância, nas organizações as informa-
ções são importantes, mesmo em tomada de decisões. É necessário avaliar a qualidade da informação e saber aplicar
em momentos oportunos.
Para o desenvolvimento de sistemas de informação, há que se definir qual informação e como ela vai ser mantida
no sistema, deve haver um estudo no organograma da empresa verificando assim quais os dados e quais os campos
vão ser necessários para essa implantação.  Cada empresa tem suas características e suas necessidades, e o sistema de
informação se adéqua a organização e aos seus propósitos.
Para as organizações as pessoas tem um importância diferenciada, pois seu comportamento afeta diretamente na
imagem, no sucesso ou insucesso dessa organização, o comportamento dos colaboradores refletem seu desempenho.
No processo de centralização a tomada de decisões é unilateral, deixando os colaboradores travados, sem poder
de opinião.  Já no processo de descentralização existe maior estimulo por parte dos funcionários, podendo opinar eles
se sentem parte ativa da empresa.

Benefícios de uma estrutura adequada.

 Identificação das tarefas necessárias;


CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

 Organização das funções e responsabilidades;


 Informações, recursos, e feedback aos empregados;
 Medidas de desempenho compatíveis com os objetivos;
 Condições motivadoras.

68
Toda empresa possui dois tipos de estrutura: Formal e informal.

Estrutura Formal Estrutura Informal

Surge da interação social das pessoas, o que


Como já vimos acima, trata-se de uma significa que se desenvolve espontaneamente
estrutura deliberadamente planejada e
quando as pessoas se reúnem. Representa
formalmente representada, em alguns relações que usualmente não aparecem no
aspectos pelo seu organograma. organograma.
São relacionamentos não documentados e não
reconhecidos oficialmente entre os membros
de uma organização que surgem
Ênfase a posições em termos de inevitavelmente em decorrência das
autoridades e responsabilidades. necessidades pessoais e grupais dos
É estável. empregados.
Está sujeita a controle.
Está na estrutura.
Está nas pessoas.
Líder formal.
Sempre existirão.
É representada pelo organograma da
empresa e seus aspectos básicos. A autoridade flui na maioria das vezes na
horizontal.
Reconhecida juridicamente de fato e de
direito. É instável.
É estruturada e organizada. Não está sujeita a controle.
Está sujeita aos sentimentos.
Líder informal.
Desenvolve sistemas e canais de comunicação.

Elaboração da estrutura organizacional

 Não é estática.
 É representada graficamente pelo organograma.
 É dinâmica.
 Deve ser delineada de forma a alcançar os objetivos institucionais.
 (Delinear = Criar, aprimorar).
 Deve ser planejada.

O Planejamento deve estar voltado para os seguintes objetivos:

 Identificar as tarefas físicas e mentais que precisam ser desempenhadas.


 Agrupar as tarefas em funções que possam ser bem desempenhadas e atribuir sua responsabilidade a pessoas
ou grupos.
 Proporcionar aos empregados de todos os níveis:
 Informação.
 Recursos para o trabalho
 Medidas de desempenho compatíveis com objetivos e metas
 Motivação
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

69
Desenvolvimento, implantação e avaliação de estrutura organizacional.

No desenvolvimento considera-se:

• Seus componentes.
• Condicionantes.
• Níveis de influência.
• Níveis de abrangência.

A implantação / ajustes se dá com:

• Participação dos funcionários


• Motivação

A avaliação se aplica:

• Quanto ao alcance dos objetivos


• Quanto à influencia dos aspectos formais e informais

Componentes da estrutura organizacional

Sistema de Responsabilidade que é constituído por:

• Departamentalização;
• Linha e assessoria; e
• Especialização do trabalho.

Sistema de autoridade que é constituído por:

• Amplitude administrativa ou de controle;


• Níveis hierárquicos;
• Delegação;
• Centralização/descentralização.

Sistema de comunicações (Resultado da interação das unidades


organizacionais), constituída por:

• Quanto ao alcance dos objetivos


• Quanto à influencia dos aspectos formais e informaisO que,
• Como,
• Quando,
• De quem,
• Para quem.
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

70
Condicionantes da estrutura organizacional.

Destacamos ainda, sobre a implantação da estrutura organizacional, que três aspectos devem ser considerados,
quais sejam:

 A mudança na estrutura organizacional.


 O processo de implantação; e
 As resistências que podem ocorrer.

Para atender as características do mundo moderno, as tendências organizacionais atuais se caracterizam por: 

 Cadeias de comando mais curtas (enxugar níveis hierárquicos).


 Menos unidade de comando (a subordinação ao chefe está sendo substituída pelo relacionamento horizontal
em direção ao cliente).
 Maior responsabilidade e autonomia às pessoas.
 Ênfase nas equipes de trabalho.
 Organizações estruturadas sobre unidades autônomas e autossuficientes, com metas e resultados a alcançar.
 Info-estrutura (permite uma organização integrada sem necessariamente estar concentrada em um único lo-
cal).
 Preocupação maior com o alcance dos objetivos e metas do que com o comportamento variado das pessoas.
 Foco no negócio básico e essencial (enxugamento e terceirização visando reorientar a organização para aquilo
que ela foi criada).
 As pessoas deixam de ser fornecedoras de mão de obra para serem fornecedoras de conhecimentos capazes
de agregar valor ao negócio.
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

71
TIPOS DE ORGANIZAÇÃO
Podemos classificar organizações em tradicionais e contemporâneas e veremos abaixo os principais modelos.
Dentre as ESTRUTURAS TRADICIONAIS temos as Organizações Linear, Funcional e Linha Staff conforme veremos
abaixo.

ORGANIZAÇÃO LINEAR: A denominação “linear” indica que entre o superior e os subordinados existem linhas
diretas e únicas de autoridade e de responsabilidade

Características Vantagens Desvantagens

• autoridade única e absoluta do • Estrutura simples e de fácil • M ais adequado para pequenas
superior sobre seus compreensão. empresas.
subordinados (decorrente do • Nítida e clara delimitação das • Estabilidade pode levar à
princípio da unidade de responsabilidades dos órgãos rigidez e à inflexibilidade da
comando). ou cargos. organização.
• Linhas formais de • Facilidade de implantação. • Pode tornar-se autocrática.
comunicação - as • Estabilidade, permitindo uma • Ênfase exagerada na função
comunicações entre os órgãos tranquila manutenção do de chefia e comando.
ou cargos são efetuadas funcionamento. • Chefe torna-se um
unicamente através das linhas
generalista, não pode se
existentes no organograma. especializar.
• Centralização das decisões - • Congestionamento das linhas
só existe uma autoridade formais de comunicação na
máxima que centraliza todas
as decisões e o controle da medida em que a empresa
organização. cresce.
• Comunicações demoradas e
• Aspecto piramidal - à sujeitas a intermediários e a
medida que se sobe na escala
hierárquica diminui o distorções.
número de cargos ou órgãos.


ORGANIZAÇÃO FUNCIONAL: nesse tipo de organização aplica-se o princípio funcional ou princípio da especiali-
zação das funções para cada tarefa.

Princípio funcional separa, distingue e especializa: é o germe do staff

Características Vantagens Desvantagens


• Autoridade funcional ou • Proporciona o máximo de • ocorrencia de muitas
dividida. Nenhum especialização nos órgãos chefias pode gerar
superior tem autoridade ou cargos. conflitos;
total sobre os • Permite a melhor • não há unidade de
subordinados, mas supervisão técnica mando, o
autoridade parcial e possível. que dificulta a disciplina e
relativa, decorrente de sua • Desenvolve comunicações pode gerar dúvida quanto
especialidade. diretas, rápidas e com aos objetivos;
• Linhas diretas de menos distorções. • potencialidade de
comunicação. • Separa as funções de conflitos interperssoais
Comunicação efetuada planejamento e controle por haver mais de um
diretamente, sem da função execução. canal de comunicação
necessidade de com voz de comando
intermediação.
• Descentralização das
decisões. Não é a
hierarquia, mas a
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

especialidade quem
promove as decisões.
• Ênfase na especialização.
As responsabilidades são
delimitadas de acordo
com as especializações.

ORGANIZAÇÃO LINHA-STAFF: resulta da combinação dos tipos linear e funcional, objetivando equilibrar o melhor
dos dois e corrigir desvantagens apresentadas por eles.
É hoje o tipo organizacional mais adotado.
Na organização linha-staff temos dois órgãos distintos: órgão de execução (linha) e órgão de apoio (staff).

72
Principais Funções do Staff

 Serviços: atividades especializadas como: compras, pessoal, pesquisa, informática, propaganda, contabilidade, etc.
 Consultoria e assessoria: assistência jurídica, organização e métodos etc.
 Monitoramento: acompanhar e avaliar determinada atividade ou processo.
 Planejamento e controle: planejamento e controle orçamentário, controle de qualidade etc.

Características Vantagens Desvantagens


• Fusão da estrutura linear • Assegura assessoria • Possibilidade de conflitos
com a estrutura funcional, especializada e inovadora, entre a assessoria e os
com predomínio da mantendo o princípio da demais órgãos e vice-
primeira. autoridade única. Os versa.
• Coexistência entre as serviços prestados não • Dificuldade na obtenção e
linhas formais de precisam ser aceitos como manutenção do equilíbrio
comunicação com as estão recomendados. dinâmico entre linha e
linhas diretas de • Atividade conjunta e staff.
comunicação. coordenada dos órgãos de
• Separação entre órgãos linha e órgãos de staff.
operacionais (executivos)
e órgãos de apoio
(assessores).
• Hierarquia versus
especialização.

Já no conceito de ESTRUTURAS CONTEMPORÂNEAS temos as estruturas matriciais e as estruturas com base em


projetos.

ESTRUTURA COM BASE EM PROJETOS - advém de desenvolvimento de projeto com um grupo de atividades com
tempo de duração pré-definido e profissional contratados especificamente para cada projeto.
Utilizado quando:
 Existem muitas pessoas/organizações interdependentes;
 Planos sujeitos a mudanças;
 Dificuldade de prognósticos;
 Exigência do cliente e
 Estrutura organizacional rígida.

Para montar uma estrutura com base em projetos, a empresa precisa:


 Definir as funções do projeto;
 Montar a estrutura organizacional (organograma do projeto);
 Definir as atribuições das funções (responsabilidades e autoridades) e
 Alocar pessoal.

Características Vantagens Desvantagens

• Unidimensional, onde • Unidade de direção • Não é bem aceita pela


cada unidade da voltada para o objetivo organização permanente
organização está voltada único, que é o projeto; em razão de se caráter
para o desenvolvimento • Identificação com o temporário.
de um único projeto e projeto; • Meios duplicados: cada
chefiada por um único • Comunicação informal projeto tem sua própria
gerente; como fonte importante de estrutura;
• A base da estrutura é o integração; • Ineficácia na utilização de
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

projeto; • Gerente controla todos os recursos;


• Objetivos e prazos bem recursos para • Insegurança no emprego,
definidos; desenvolvimento do já que possui caráter
• Prazo relativamente curto, projeto. temporário;
sendo, portanto de • Pessoal alocado em
natureza temporária; determinado projeto pode
• Depende de inovação de perder lugar na estrutura
produto, que se torna permanente.
obsoleto em pouco tempo;
• Departamentalização
interna é funcional.
•.

73
ORGANIZAÇÃO MATRICIAL: tipo de estrutura mista, indicada para organizações que desenvolvem projetos mas
que também adotam as estruturas divisional, funcional, staff entre outras, fazendo uso de diversas tecnologias.

Características Vantagens Desvantagens

• M ultidimensional, pois se • Equilíbrio de objetivos pela • Subutilização de recursos


utiliza de características de atenção dispensada tanto às disponíveis;
estruturas permanentes, por áreas funcionais quanto às • Insucesso na obtenção de
função, produtos e projetos; coordenações de projetos; coordenação de funções, no
• Permanente, sendo • Visão dos objetivos dos estabelecimento de padrões
temporários apenas os projetos por meio das de eficiência e de
grupos de cada projeto; coordenações de projetos; uniformidades de prática
• Adaptativa e flexível: • Desenvolvimentos de um entre os especialistas que
quanto mais complexa a forte e coeso trabalho de não são controlados por um
ambiência organizacional, equipe e metas de projetos único chefe;
mais complexa deve ser a • Insegurança entre os
estrutura da empresa; • Elimina mão de obra membros dos projetos;
• Combina a estrutura ociosa; • Indivíduo de posição
hierárquica vertical • Elimina extensas cadeias intermediária possui dois
tradicional com uma hierárquicas; chefes: chefe do seu
estrutura superposta, departamento funcional e
• Conhecimento
horizontal, de coordenador do projeto
coordenadores de especializado pode estar onde está alocado;
disponível para todos os
projetos/produtos. • Conflito entre gerentes
projetos igualmente,
podendo ser transferido de funcionais e coordenadores
um projeto para outro; de projetos quanto à
autoridade.
• Utilização de M ao de obra
pode ser flexível. •

Departamentalização

Trata-se da divisão do trabalho por especialização dentro da estrutura organizacional da empresa.

É o agrupamento de acordo com um critério específico de homogeneidade, das atividades e correspondente recur-
sos (humanos, financeiros, materiais e equipamentos) em unidades organizacionais.

A forma de departamentalizar deve corresponder à configuração que a organização pretende trabalhar, podendo
esta adotar mais de uma forma de departamentalização.

DEPARTAMENTALIZAÇÃO POR FUNÇÕES


CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

74
DEPARTAMENTALIZAÇÃO POR PRODUTO

DEPARTAMENTALIZAÇÃO TERRITORIAL

Aspectos Vantagens Desvantagens

• Algumas vezes mencionadas • Este tipo de estratégia é muito


como regional, de área ou útil quando as situações externas • O enfoque territorial tende a
geográfica. É o agrupamento de favorecem a organização, pois deixar para segundo plano a
atividades de acordo com os permite, sem problemas, a coordenação entre os
lugares onde estão localizadas as adaptação às condições e departamentos, prejudicando de
operações. necessidades da região em que certa forma o comportamento
• Uma empresa de grande porte está situada. global da empresa, em relação ao
pode agrupar suas atividades de • Como cada departamento opera nível de autonomia e liberdade
vendas em áreas do Brasil como em um território como se fosse oferecido às filiais, o que pode
a região Nordeste, região uma organização independente, o ocorrer um desequilíbrio de
Sudeste, e região Sul. administrador de cada poder dentro da organização,
• Muitas vezes as filiais de bancos departamento pode tomar suas pois as áreas da empresa que
são estabelecidas desta maneira próprias decisões de acordo com forem geograficamente mais
as diferenças territoriais. amplas, poderão ter a seu favor
• A organização é mais voltada um grande potencial para discutir
para o seu ambiente territorial e certas decisões importantes.
para o seu mercado, do que para • Os sistemas internos precisam
seus aspectos internos, tendo em ser organizados de diferentes
vista uma melhor avaliação e maneiras para servir os diferentes
percepção dos mercados e segmentos territoriais de
produtos e serviços para melhor mercado, o que torna a
atender cada área. administração complexa.
• Cada departamento possui seus
próprios recursos, com isso
ocorre uma duplicidade de
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

esforços e recursos (pessoas,


instalações e equipamentos), o
que provoca maiores
investimentos e custos
operacionais

Tal grupamento permite a uma divisão focalizar as necessidades singulares de sua área, mas exige coordenação e
controle da administração de cúpula em cada região.

75
DEPARTAMENTALIZAÇÃO POR CLIENTE

DEPARTAMENTALIZAÇÃO POR PROCESSO OU EQUIPAMENTO

Aspectos Vantagens Desvantagens


• Maior especialização de
• agrupamento de atividades recursos alocados. • Dificuldade de coordenação.
que se centralizam nos • Possibilidade de comunicação • Subutilização de recursos e
processos de produção ou mais rápida de informações concorrência entre os gerentes
equipamento. técnicas. para concessões especiais em
• É encontrada com mais •. benefício de seus próprios
frequência em produção. clientes.
• As atividades de uma fábrica
podem ser grupadas em
perfuração, esmerilamento,
soldagem, montagem e
acabamento, cada qual em seu
departamento.

DEPARTAMENTALIZAÇÃO POR PROJETO

Aspectos Vantagens Desvantagens

• Quando termina um projeto, a


• Aqui as pessoas recebem • Melhor cumprimento de empresa pode ser obrigada a
atribuições temporárias, uma prazos e melhor atendimento dispensar pessoal ou paralisar
vez que o projeto tem data de ao cliente do projeto. máquinas e equipamentos se
inicio e término. • Grande concentração de não tiver outro projeto em
diferentes recursos, em uma vista.
atividade complexa com • Devido à descontinuidade e
produtos de grande porte. limitações, a
•. departamentalização por
projeto pode provocar em
muitas pessoas desanimo pela
imprevisibilidade de futuro no
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

emprego.

76
DEPARTAMENTALIZAÇÃO DE MATRIZ

DEPARTAMENTALIZAÇÃO MISTA
É o tipo mais frequente, cada parte da empresa deve ter a estrutura que mais se adapte à sua realidade organiza-
cional.

A MELHOR FORMA DE DEPARTAMENTALIZAR


Para evitar problemas na hora de decidir como departamentalizar, pode-se seguir certos princípios:

Princípio do maior uso – o departamento que faz maior uso de uma atividade deve tê-la sob sua jurisdição.

Principio do maior interesse – o departamento que tem maior interesse pela atividade deve supervisiona-la.

Principio da separação e do controle – As atividades do controle devem estar separadas das atividades controla-

das.
Principio da supressão da concorrência – Eliminar a concorrência entre departamentos, agrupando atividades

correlatas no mesmo departamento.

Outro critério básico para departamentalização está baseado na diferenciação e na integração, são:
Diferenciação, cujo princípio estabelece que as atividades diferentes devem ficar em departamentos separados.
A diferenciação ocorre quando:
 O fator humano é diferente
 A tecnologia e a natureza das atividades são diferentes
 Os ambientes externos são diferentes,
 Os objetivos e as estratégias são diferentes.

Integração – Quanto mais atividades trabalham integradas, maior razão para ficarem no mesmo departamento.
O Fator de integração é: - Necessidade de coordenação.24

EXERCÍCIOS COMENTADOS
1. (CESPE/2018 – TCE/PB) Entre as características das organizações formais modernas destacam-se a
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

a) resistência às mudanças, o individualismo e a relação de antagonismo.


b) flexibilidade nas atribuições e responsabilidades, o racionalismo e a amplitude administrativa.
c) relação de coesão, a especialização e a colaboração espontânea.
d) divisão do trabalho, a especialização e as regras implícitas.
e) hierarquia, o racionalismo e a especialização.

Resposta: Letra E
Como visto em nosso conteúdo, as organizações formais (organizações clássicas ou neoclássicas), apresentam cinco
características básicas, quais sejam: divisão do trabalho, especialização, hierarquia, amplitude administrativa e racio-
nalismo.
24 Adaptado de Carlos William de Carvalho

77
2. (CESPE/2018 – STJ) Com relação a características das Cabe ressaltar que o princípio do devido processo le-
organizações formais modernas; tipos de estrutura orga- gal resguarda as partes de atos arbitrários das autorida-
nizacional; natureza, finalidades e critérios de departa- des jurisdicionais e executivas.
mentalização, julgue o próximo item. O processo é composto de fases e atos processuais
A estrutura organizacional é a configuração vertical e ho- rigorosamente seguidos, viabilizando as partes a efetivi-
rizontal de tarefas, autoridade e cargos, e sua representa- dade do processo, não somente em seu aspecto jurídico-
ção é feita por meio da departamentalização. -procedimental, mas também em seu escopo social, ético
e econômico, assegurando o cumprimento dos princí-
( ) CERTO ( ) ERRADO pios constitucionais processuais, somente aí, ter-se-á a
efetivação de um Estado Democrático de Direito.
RESPOSTA: ERRADO Toda atuação do Estado há de ser exercida em prol do
As Organizações formais possuem uma estrutura hie- público, mediante processo justo, e mediante a seguran-
rárquica com suas regras e seus padrões, onde, através ça dos trâmites legais do processo.
de seus ORGANOGRAMAS, apresentam uma estrutura
definida e dimensionada. Funções da Administração: Planejamento, Organi-
A departamentalização não é representação e sim um zação, Direção e Controle
aspecto da estrutura horizontal. A administração assim como suas funções sofreram
constantes mudanças, muito visíveis no último século.
Com a chegada de novas tecnologias, novas formas de
produção, vendas, logística e mudanças na parte contábil
PROCESSO ORGANIZACIONAL E AS FUN- e financeira as teorias assim como a prática precisaram
ÇÕES BÁSICAS DE PLANEJAMENTO, DIRE- adaptar-se a uma nova realidade administrativa.
ÇÃO, ORGANIZAÇÃO E CONTROLE.
Das funções da administração de Henri Fayol (pre-
cursor dessa teoria), podemos encontrar as seguintes
que são demonstradas como PO3C: A primeira delas é:
A Administração é o ato de administrar ou geren- Planejar, isso significa que você terá que criar pla-
ciar negócios,  pessoas ou recursos, com o objetivo de nos para o futuro de sua organização. Nesse momento
alcançar metas definidas. começamos a programar o que estava no planejamento
A gestão de uma empresa ou organização se faz de com o objetivo, claro, de colocar em prática o que está
forma que as atividades sejam administradas com plane- no papel, e é durante esse passo da programação que
jamento, organização, direção, e controle. vemos a estrutura organizacional, a situação da empresa
Segundo alguns autores (Montana e Charnov) o ato e das pessoas que compõe ela.
de administrar é trabalhar com e por intermédio de ou- A segunda função da administração é  Organizar.
tras pessoas na busca de realizar objetivos da organiza- Afinal, qual o sentido de ser uma pessoa organizada? é
ção bem como de seus membros. aquela que sabe onde, fisicamente, se encontra o que
é necessário no momento certo, que transforma o am-
O processo administrativo apresenta-se como uma biente/local de trabalho dela em um ambiente de fácil
sucessão de atos, juridicamente ordenados, destinados entendimento para qualquer um encontrar o que pre-
todos à obtenção de um resultado final. O procedimento cisa? Também, mas no sentido que Fayol define é que
é, pois, composto de um conjunto de atos, interligados e as empresas são feitas de pessoas e estrutura física, essa
progressivamente ordenados em vista da produção des- função administrativa utiliza da parte material e social da
se resultado. empresa.
O devido processo legal simboliza a obediência às A terceira função é Comandar. Essa função serve para
normas processuais estipuladas em lei; é uma garantia orientar a organização, dirigir também. Se a empresa está
constitucional concedida a todos os administrados, as- rumo a um caminho e encontra obstáculos, caberá ao
segurando um julgamento justo e igualitário, assegu- administrador dirigir, se for preciso, ou orientar a orga-
rando a expedição de atos administrativos devidamente nização para traçar o objetivo, às vezes é preciso intervir
motivados bem como a aplicação de sanções em que se e tomar as rédeas da organização e orientá-la e dirigi-la.
tenha oferecido a dialeticidade necessária para carac- A quarta função é  Coordenar. Sem dúvidas, essa é
terização da justiça. Decisões proferidas pelos tribunais uma função primordial para motivar as pessoas que es-
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

já tem demonstrado essa posição no sistema brasileiro, tão em um ambiente de trabalho, tanto para aprender
qual seja, de defesa das garantias constitucionais proces- cada vez mais quanto ao que tem relação em se esfor-
suais no sentido de conceder ao cidadão a efetividade çarem com o objetivo de cumprirem metas e, de forma
de seus direitos. coletiva, alcançar objetivos traçados pelo administrador
Seria insuficiente se a Constituição garantisse aos da empresa.
cidadãos inúmeros direitos se não garantisse a eficácia E por último, a quinta função administrativa é  Con-
destes. Nesse desiderato, o princípio do devido processo trolar. Uma organização sem normas e regras, certamen-
legal ou, também, princípio do processo justo, garante a te, terá menos desempenho que uma. Segundo Fayol,
regularidade do processo, a forma pela qual o processo essas cinco funções administrativas  conduzem a uma
deverá tramitar, a forma pela qual deverão ser praticados administração eficaz das atividades da organização. Mas,
os atos processuais e administrativos. com o passar do tempo, as funções Comando e Coorde-

78
nação formaram uma só função, a de Direção. Então as e) No processo de planejamento, a análise do cenário
funções de POCCC passaram para PODC (Planejar, Orga- presente é preponderante em relação às perspectivas
nizar, Dirigir e Controlar). futuras, pois a etapa mais importante do planejamen-
Em síntese, dentro do modelo atual temos:25 to é a identificação da situação atual.

RESPOSTA: Letra A
Alternativa A: CERTO
EXERCÍCIOS COMENTADOS Alternativa B: ERRADA – trata-se da função controle
1. (CESPE/2017 – TER/TO) O monitoramento das ati- Alternativa C: ERRADA - direção trata-se de atividades
vidades dos colaboradores da organização, com vistas relacionadas à liderança, comunicação, motivação
ao atendimento das metas estabelecidas, corresponde à Alternativa D: ERRADA –soluções tecnológicas não se
atividade típica da função de administração denominada restringem à transmissão de informações, e nem toda
comunicação via solução tecnológica exige avanços
a) controle. tão elaborados assim.
b) organização.  Alternativa E: ERRADA – todas as etapas de um plane-
c) direção. jamento possuem aspectos relevantemente importan-
d) liderança. tes, sem que um sobreponha-se a outro.
e) planejamento.

RESPOSTA: Letra A ADMINISTRADORES, HABILIDADES, PA-


De acordo com os princípios gerais, tem as seguintes PÉIS, FUNÇÃO, MOTIVAÇÃO, LIDERANÇA,
funções administrativas: PODC COMUNICAÇÃO E DESEMPENHO.
Planejamento: define as atividades a serem realizadas
e os resultados a serem alcançados.
Organização: organiza os recursos disponíveis, distri-
Como bem definiu Houaiss, a Administração é o
bui tarefas e define quem fará o que e quanto terá de
“conjunto de normas e funções cujo objetivo é discipli-
recurso para cada tarefa a fim de alcançar o definido nar os elementos de produção e submeter a produtividade
no planejamento. a um controle de qualidade, para a obtenção de um resul-
Direção: dirige a execução do planejamento, para atin- tado eficaz, bem como uma satisfação financeira”.
gir os objetivos da organização. O papel profissional do administrador surgiu na ges-
Controle:  Analisa os resultados obtidos verificando se tão das companhias de navegação inglesa a partir do
foram os planejados. Monitora as atividades, determi- século XVII, e envolve ações elaborar planos, pareceres,
nando se as coisas estão de acordo com o que foi relatórios, desenvolvimento de projetos, fazer uso de
planejado e definido. indicadores, medir resultados e desempenhos, sempre
com a aplicação dos conhecimentos e técnicas que nor-
2. (CESPE/2016 – TRT/8ª Região PA e AP) Os proces- teia a Administração.
sos de planejamento, direção, comunicação, controle e
avaliação são integrantes do processo administrativo ou Segundo Jonh W. Riegel,
organizacional. Acerca desses processos, assinale a op- “O êxito do desenvolvimento de executivos em uma
ção correta. empresa é resultado, em grande parte, da atuação e da
capacidade dos seus gerentes no seu papel de educado-
a) O processo de avaliação de desempenho possibilita a res. Cada superior assume este papel quando ele procura
verificação da eficiência, da eficácia e da efetividade orientar e facilitar os esforços dos seus subordinados para
organizacional, visa ao aperfeiçoamento da gestão e se desenvolverem”
tem foco prospectivo.
b) Atividades de acompanhamento e monitoração do Administração – Objetivos, decisões e recursos são
trâmite dos processos judiciais de um tribunal são ine- as palavras-chaves na definição do conceito de adminis-
rentes ao processo de planejamento do órgão. tração. Administração é o processo de tomar e colocar
c) O processo de direção em uma instituição está vincu- em prática decisões sobre objetivos e utilização de re-
lado ao ordenamento das tarefas, possui foco na exe- cursos.
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

A administração tem uma série de características en-


cução dos processos e tem caráter impessoal por se
tre elas: um circuito de atividades interligadas, busca de
referir aos padrões técnicos estabelecidos.
obtenção de resultados, proporcionar a utilização dos re-
d) São necessários grandes avanços tecnológicos para
cursos físicos e materiais disponíveis, envolver atividades
que a comunicação se concretize por meio das solu- de planejamento, organização, direção e controle.
ções tecnológicas, pois estas ainda estão restritas à Para administrar nos mais variados níveis de organi-
transmissão de informações. zação é necessário ter habilidades, estas são divididas em
25 Fonte e texto adaptado de: www.al.sp.gov.br/www. três grupos:
escoladegoverno.pr.gov.br/Fernando Coelho/ Carlos Alberto • Habilidades Técnicas: são habilidades que ne-
Bonezzi/Luci Léia De Oliveira Pedraça/ Paulo Roberto Motta/
Carlos Ramos
cessitam de conhecimento especializado e procedimen-
tos específicos e pode ser obtida através de instrução.

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• Habilidades Humanas: envolvem também aptidão, pois interage com as pessoas e suas atitudes, exige com-
preensão para liderar com eficiência.
• Habilidades Conceituais: englobam um conhecimento geral das organizações, o gestor precisa conhecer cada
setor, como ele trabalha e para que ele existe.

A) As Principais Habilidades Gerenciais são:


• Planejamento e Organização: O Gerente deverá possuir a capacidade de planejar e organizar suas próprias
atividades e as do seu grupo, estabelecendo metas mensuráveis e cumprindo-as com eficácia.
• Julgamento: O Gerente deverá ter a capacidade de chegar a conclusões lógicas com base nas evidências dis-
poníveis.
• Comunicação Oral: Um Gerente deve saber se expressar verbalmente com bons resultados em situações indi-
viduais e grupais, apresentando suas ideias e fatos de forma clara e convincente.
• Comunicação Escrita: É a capacidade gerencial de saber expressar suas ideias clara e objetivamente por escrito.
• Persuasão: O Gerente deve possuir a capacidade de organizar e apresentar suas ideias de modo a induzir seus
ouvintes a aceitá-las.
• Percepção Auditiva: O Gerente deve ser capaz de captar informações relevantes, a partir das comunicações
orais de seus colaboradores e superiores.
• Motivação: Importância do trabalho na satisfação pessoal e desejo de realização no trabalho.
• Impacto: É a capacidade de o Gerente criar boa impressão, captar atenção e respeito, adquirir confiança e
conseguir reconhecimento pessoal.
• Energia: É a capacidade gerencial de atingir um alto nível de atividade (Garra).
• Liderança: É a capacidade do Gerente em levar o grupo a aceitar ideias e a trabalhar atingindo um objetivo
específico.

Para alguns autores, podemos resumir as habilidades necessárias para o desenvolvimento eficiente e eficaz na ad-
ministração em:

1. Conhecimento – Estar a par das informações necessárias para poder desempenhar com eficácia as suas funções.

2. Habilidade – Estas podem ser divididas em:

 Técnicas (Funções especializadas)


 Administrativas (compreender os objetivos organizacionais)
 Conceituais (compreender a totalidade)
 Humanas (Relações Humanas), Políticas (Negociação).

3. Atitude e Comportamento – Sair do imaginário e colocar em prática, fazer acontecer. Maneira de agir, ponto de
referência para a compreensão da realidade.

#MEMORIZANDO
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

MOTIVAÇÃO

Trata-se de processos psíquicos que a pessoa tem que a impulsiona à ação. Existe uma influência tanto individual
como pelo contexto em que essa pessoa se encontre. Indivíduos motivados tendem a ter um melhor desempenho, o
que faz com que a organização invista em estímulos para promover essa motivação.
A ideia de hierarquizar os motivos humanos foi, sem dúvida, a solução inovadora para que se pudesse compreen-
der melhor o comportamento humano na sua variedade. Um mesmo indivíduo ora persegue objetivos que atendem

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a uma necessidade, ora busca satisfazer outras. Tudo depende da sua carência naquele momento. Duas pessoas não
perseguem necessariamente o mesmo objetivo no mesmo momento. O problema das diferenças individuais assume
importância preponderante quando falamos de motivação.

Razões da Motivação

Razões empresariais 
concorrência 
produtos e preços
fidelização

Razões Pessoais
empregabilidade
motivos p/ servir

* (ordem material = cliente =lucro)


* (ordem intelectual = interação / troca / oportunidade)
* (ordem espiritual = crescimento pessoal)

O indivíduo precisa suprir suas necessidades para motivar-se e alcançar seus objetivos.

Podemos identificar os seguintes tipos de motivação:

Motivação Externa

• a pessoa realiza determinadas tarefas por ser “obrigada”, ou seja, são impostas determinações para
que essa pessoa cumpra. É a forma mais “primitiva” de motivação, baseada na hierarquia e
normalmente utilizando as punições como fator principal de motivação. Trata-se de “fazer o
ordenado para não ser punido”, “cumprir ordens”.

Pressão Social

• a pessoa cumpre as atividades porque outras pessoas também o fazem. Ela não age por si, mas sim,
para acompanhar um grupo e cumprir as expectativas de outras pessoas. Aqui, estamos falando de
“fazer o que os outros fazem para ser aceito, fazer parte do grupo”.

Automotivação

• a pessoa automotivada age por iniciativa própria, em função de objetivos que escolheu. A
automotivação é a convicção que a pessoa tem de que deseja os frutos das suas ações. É “fazer o
que creio ser adequado aos meus objetivos”.
• Não existe motivação “certa”. Em situações de emergência, por exemplo, provavelmente a simples
obediência seja a ação mais indicada. O sucesso de uma ação coletiva pode depender da
conformidade das ações individuais à orientação do grupo. Por outro lado, uma pessoa pode ser
fortemente auto motivada a objetivos destrutivos, como uma ambição excessiva.

O ideal seria o alinhamento de todos estes tipos de motivação; pessoas auto motivadas atuando em gru-
pos coesos, com orientação clara, sólida e coerente.

Afinal o que é motivação? É ser feliz? É enxergar o mundo com outros olhos? É conquistar resultados, é superar
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

obstáculos, é ser persistente, é acreditar nos seus sonhos, é o que? 


Motivação segundo o dicionário é o ato de motivar; exposição de motivos ou causas ; conjunto de fatores psicoló-
gicos, conscientes ou não, de ordem fisiológica, intelectual ou afetiva, que determinam um certo tipo de conduta em
alguém. Sendo assim Motivação está intimamente ligado aos Motivos que segundo o dicionário é fato que leva uma
pessoa a algum estado ou atividade. 
Motivação vem de motivos que estão ligados simplesmente ao que você quer da vida , e seus motivos são pessoais
, intransferíveis e estão dentro da sua cabeça (e do coração também) , logo seus motivos são abstratos e só têm signi-
ficado pra você , por isso motivação é algo tão pessoal , porque vêm de dentro.
A motivação é uma força interior que se modifica a cada momento durante toda a vida, onde direciona e intensifica
os objetivos de um indivíduo. Dessa forma, quando dizemos que a motivação é algo interior, ou seja, que está dentro
de cada pessoa de forma particular erramos em dizer que alguém nos motiva ou desmotiva, pois ninguém é capaz de

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fazê-lo. Existem pessoas que pregam a automotivação, mas tal termo é erroneamente empregado, já que a motivação
é uma força intrínseca, ou seja, interior e o emprego desse prefixo deve ser descartado.
Segundo Abraham Maslow, o homem se motiva quando suas necessidades são todas supridas de forma hierárquica.
Maslow organiza tais necessidades da seguinte forma:
-Autorrealização
-Autoestima
-Sociais
-Segurança
- Fisiológicas

Tais necessidades devem ser supridas primeiramente no alicerce das necessidades escritas, ou seja, as necessidades
fisiológicas são as iniciantes do processo motivacional, porém, cada indivíduo pode sentir necessidades acima das que
está executando ou abaixo, o que quer dizer que o processo não é engessado, e sim flexível.
Teoria dos Dois Fatores - Para Frederick Herzberg, a motivação é alcançada através de dois fatores:
Fatores higiênicos que são estímulos externos que melhoram o desempenho e a ação de indivíduos, mas que não
consegue motivá-los.

Fatores motivacionais que são internos, ou seja, são sentimentos gerados dentro de cada indivíduo a partir do re-
conhecimento e da autorrealização gerada através de seus atos.

Já David McClelland identificou três necessidades que seriam pontos chave para a motivação: poder, afiliação e
realização.
Para McClelland, tais necessidades são “secundárias”, são adquiridas ao longo da vida, mas que trazem prestígio,
status e outras sensações que o ser humano gosta de sentir.

Em relação às teorias, podemos ainda citar as linhas teóricas, que se dividem em Teorias de Conteúdo e Teorias de
Processo, onde, em cada uma delas, identificamos as correntes pertencentes.
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

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Existem algumas teorias mais clássicas sobre motivação que veremos abaixo:

Teoria da Hierarquia das Necessidades de Maslow:


Organiza as necessidades humanas em cinco categorias hierárquicas: necessidades fisiológicas, necessidades de
segurança, necessidades sociais, necessidades de autoestima e necessidades de autorrealização.

Teoria ERC de Alderfer:


Tentou aperfeiçoar a hierarquia das necessidades de Maslow, criando três categorias: Existência (necessidades fisio-
lógicas e de segurança), Relacionamento (dividiu a estima em duas partes: o componente externo da estima (social) e o
componente interno da estima (autoestima) incluindo nessa categoria as necessidades sociais e o componente externo
da estima) e Crescimento (incluindo aqui autoestima e a necessidade de autorrealização).

Teoria dos dois fatores de Herzberg:


Herzberg descobriu que há dois grandes blocos de necessidade humanas: os fatores de higiene (extrínsecos) e os fa-
tores motivacionais (intrínsecos). Os fatores de Higiene são fatores extrínsecos ou exteriores ao trabalho. Para Herzberg,
eles podem causar a insatisfação e desmotivação se não atendidos, mas, se atendidos, não necessariamente causarão
a motivação. Exemplos: segurança, status, relações de poder, vida pessoal, salário, condições de trabalho, supervisão,
política e administração da empresa. Os fatores motivadores são os fatores intrínsecos, internos ao trabalho. Estes fato-
res podem causar a satisfação e a motivação. Exemplos: crescimento, progresso, responsabilidade, o próprio trabalho,
o reconhecimento e a realização.

Teoria da determinação de metas:


Considera que a determinação de metas motiva os trabalhadores. A equipe deve participar na definição das metas
(construção conjunta), que devem ser claras, desafiadoras mas alcançáveis.

Teoria da equidade:
Também conhecida como teoria da comparação social. A motivação seria influenciada fortemente pela percepção
de igualdade e justiça existente no ambiente profissional.

Teoria da expectativa (ou expectância) de Victor Vroom:


Construída em função da relação entre três variáveis: Valência, força (instrumentalidade) e expectativa, referentes a
um determinado objetivo. Valência, ou valor, é a orientação afetiva em direção a resultados particulares. Pode-se tra-
duzi-la como a preferência em direção, ou não, a determinados objetivos. Valência positiva atrai o comportamento em
sua direção, valência zero é indiferente e valência negativa é algo que o indivíduo prefere não buscar. Expectativa é o
grau de probabilidade que o indivíduo atribui a determinado evento, em função da relação entre o esforço que vai ser
despendido no evento e o resultado que se busca alcançar. Força, ou instrumentalidade, por sua vez, é o grau de energia
que o indivíduo irá ter que gastar em sua ação para alcançar o objetivo.

Teorias X e Y:
McGregor afirmava que havia duas abordagens principais de motivação e liderança: as teorias X e Y.A teoria X apre-
sentava uma visão negativa da natureza humana: pressupunha que os indivíduos são naturalmente preguiçosos, não
gostam de trabalhar, precisam ser guiados, orientados e controlados para realizarem a contento os trabalhos. A teoria Y
é o oposto: diz que os indivíduos são automotivados, gostam de assumir desafios e responsabilidades e irão contribuir
criativamente para o processo se tiverem suficientes oportunidades de participação. CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

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Dentre as teorias citadas, a mais difundida é a da Hierarquia das Necessidades, abaixo mais detalhes sobre ela.

Teoria da Hierarquia das Necessidades de Maslow:


necessidades fisiológicas, necessidades de segurança, necessidades sociais, necessidades de autoestima e
necessidades de auto realização.

Quanto às implicações dessas teorias:

Implicações aos Administradores:


As implicações para os administradores estão relacionadas quanto à forma como motivar os subordinados:
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

Devem determinar recompensas que são valorizadas por cada subordinado. Ao serem motivadoras devem ser
adequadas aos indivíduos observando suas reações em diferentes situações e perguntando que tipos de recompensas
desejam;
Determinar o desempenho que você deseja - determinar qual o nível de desempenho que os subordinados têm
que ter para serem recompensados;
Fazer com que o nível de desempenho seja alcançável - a motivação poderá ser baixa se os subordinados acharem
que o que foi determinado é difícil ou impossível;
Ligar as recompensas ao desempenho;
Certificar se a recompensa e adequada - recompensas pequenas significam motivações fracas.
Implicações para a Organização:
A expectativa da motivação também traz várias implicações para a organização:

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Geralmente, as organizações recebem o equivalente a Se o comportamento ‘for eficaz o indivíduo encontra-
recompensa e não o que desejam - o sistema de recom- rá a satisfação da necessidade e, satisfeita essa necessi-
pensas devem ser projetados para motivar os comporta- dade, o organismo volta ao estado de equilíbrio anterior
mentos desejados; ex.: segurança, aumento de produção. e à sua forma de ajustamento ao ambiente.
O trabalho em si pode tornar-se intrinsicamente re-
compensador - se forem projetados para atender as ne- As necessidades ou motivos não são estáticos, pelo
cessidades mais elevadas dos empregados, como ex.: in- contrario, são forças dinâmicas e persistentes que provo-
dependência, criatividade, o trabalho pode ser motivador cam comportamentos.
por si mesmo. Com a aprendizagem e a repetição (reforço positi-
Portanto, a tarefa mais importante para os adminis- vo), os comportamentos tornam-se gradativamente mais
tradores e organizações é garantir que os subordinados eficazes na satisfação, de certas necessidades. E quando
tenham os recursos necessários para dar o melhor de si uma necessidade é satisfeita ela não é mais motivadora
em prol do planejamento da organização. de comportamento já que não causa tensão ou descon-
Ainda sobre motivação, precisamos entender o pro- forto.
cesso que leva o indivíduo a tomar uma ação em busca O ciclo motivacional pode alcançar vários níveis de re-
de um objetivo, conforme mostra o Ciclo Motivacional. solução da tensão: uma necessidade pode ser satisfeita,
frustrada (quando a satisfação é impedida ou bloqueada)
O Ciclo Motivacional ou compensada (a satisfação é transferida para objeto).
O ciclo motivacional percorre as seguintes etapas: Muitas vezes a tensão provocada pelo surgimento da
necessidade encontra uma barreira ou obstáculo para a
sua liberação. Não encontrando a saída normal, a tensão
represada no organismo procura um meio indireto de
saída, seja por via psicológica (agressividade, desconten-
tamento, tensão emocional, apatia, indiferença etc.) seja
por via fisiológica (tensão nervosa, insônia, repercussões
cardíacas ou digestivas etc.). Outras vezes, a necessidade
não é satisfeita nem frustrada, mas é transferida ou com-
pensada. Isto se dá quando a satisfação de outra necessi-
dade reduz ou aplaca a intensidade de uma necessidade
que não pode ser satisfeita.
A satisfação de alguma necessidade é temporal e pas-
sageira, ou seja, a motivação humana é cíclica e orien-
tada pelas diferentes necessidades. O comportamento é
quase um processo de resolução de problemas, de satis-
fação de necessidade, à medida que elas vão surgindo.
O conceito de motivação – ao nível individual – con-
duz ao de clima organizacional – ao nível da organiza-
ção. Os seres humanos estão continuamente engajados
no ajustamento a uma variedade de situações, no senti-
do de satisfazer suas necessidades e manter um equilí-
brio emocional. Isto pode ser definido com um estado
de ajustamento. Tal ajustamento não se refere somente à
satisfação das necessidades de pertencer a um grupo so-
cial de estima e de auto realização. É a frustração dessas
necessidades que causa muitos dos problemas de ajus-
uma necessidade rompe o estado de equilíbrio do tamento. Como a satisfação dessas necessidades supe-
organismo, riores depende muito de outras pessoas, particularmente
daquelas que estão em posições de autoridade, torna-se
importante para a administração compreender a natu-
reza do ajustamento e do desajustamento das pessoas.
O ajustamento – assim como a inteligência ou as apti-
dões – varia de uma pessoa para outra e dentro do mes-
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

causando um estado de tensão, insatisfação, descon-


mo indivíduo de um momento para outro. Varia dentro
forto e desequilíbrio.
de um continuum e pode ser definido em vários graus.
Um bom ajustamento denota “saúde mental”. Uma das
maneiras de se definir saúde mental é descrever as carac-
terísticas de pessoas mentalmente sadias. As característi-
cas básicas de saúde mental são:
As pessoas sentem-se bem consigo mesmas;
esse estado de tensão leva o indivíduo a um com- As pessoas sentem-se bem em relação às outras pes-
portamento ou ação, capaz de descarregar a tensão ou soas;
livrá-lo do desconforto e do desequilíbrio. As pessoas são capazes de enfrentar por si as deman-
das da vida.

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Diante disso tudo, importante é a postura da área de gestão de pessoas frente à esses aspectos, devendo estar
sempre atenta, oferecendo ferramentas que proporcionem a motivação constante dos colaboradores e equipes no dia
a dia de trabalho.

1.8 LIDERANÇA

Uma característica essencial das organizações é que elas são sistemas sociais, com divisão de tarefas. É aí que entra
o conceito de Gestão de Pessoas! Gestão de Pessoas é um modelo geral de como as organizações se relacionam com
as pessoas.
Profissionais capazes de liderar, de exercer poder e influência sobre as pessoas, fazem a diferença para muitas
organizações. É uma atividade que, se bem feita, mantém a saúde das relações entre os indivíduos. Por isso, é muito
importante essa atenção dada aos fundamentos da psicologia.

Segundo Chiavenato,
Liderança é uma influência interpessoal exercida em uma dada situação e dirigida por meio do processo de comu-
nicação humana para a consecução de um ou mais objetivos específicos. Os elementos que caracterizam são, portanto,
quatro: a influência, a situação, o processo de comunicação e os objetivos a alcançar.
A liderança não deve ser confundida com direção nem com gerência. Um bom administrador deve ser necessaria-
mente um bom líder. Por outro lado, nem sempre um líder é um administrador. Na verdade, os líderes devem estar pre-
sentes no nível institucional, intermediário e operacional das organizações. Todas as organizações precisam de líderes
em todos os seus níveis e em todas as suas áreas de atuação.
A liderança envolve o uso da influência e todas as relações interpessoais podem envolver liderança. Todas as rela-
ções dentro de uma organização envolvem líderes e liderados: as comissões, os grupos de trabalho, as relações entre
linha e assessoria, supervisores e subordinados etc. Outro elemento importante no conceito de liderança é a comunica-
ção. A clareza e a exatidão da comunicação afetam o comportamento e o desempenho dos liderados. A dificuldade de
comunicar é uma deficiência que prejudica a liderança. O terceiro elemento é a consecução de metas. O líder eficaz terá
de lidar com indivíduos, grupos e metas. A eficácia do líder é geralmente considerada em termos de grau de realização
de uma meta ou combinação de metas. Mas, por outro lado, os indivíduos podem considerar o líder como eficaz ou
ineficaz, em termos de satisfação decorrente da experiência total do trabalho. De fato, a aceitação das diretrizes e co-
mandos de um líder apoia-se muito nas expectativas dos liderados de que suas respostas favoráveis os levarão a bons
resultados. Nesse caso, o líder serve ao grupo como um instrumento para ajudar a alcançar objetivos.

Papel do líder
Alcançar eficiência concreta e constante para a organização, através de métodos avaliativos, controle e mensuração
dos resultados.

Estilo de Liderança
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

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Teorias sobre Liderança

Teoria dos Traços


• – Defendia que a liderança era algo nato nas pessoas, ou seja, a liderança é prerrogativa das
pessoas que detêm uma série de traços – características de personalidade – necessárias para
liderar.

Teorias Comportamentais
• Essa teoria enfatiza que comportamentos podem ser aprendidos e, portanto, as pessoas
treinadas nos comportamentos de liderança apropriados, poderiam liderar eficazmente.

Teoria Situacional
• – Essa teoria defende que a liderança se ajusta a cada situação, devendo o líder deve se adaptar
ao ambiente, aos liderados e à situação em questão.

Teoria dos Estilos de Decisão dos Líderes


• Essa teoria divide os líderes em três tipos: o liberal, o democrático e o autocrático, conforme
vimos acima.

Teoria do Carisma
• Prevalece o carisma do líder que, pela empatia que este consegue gerar na equipe, esses
passam naturalmente a receber sua influencia.

Teoria da Atribuição
• Essa teoria busca o lado mais democrático, onde o grupo de pessoas acaba escolhendo e
elegendo o seu próprio líder.

É claro que o teoria e o estilo de liderança tem sua importância no contexto, mas o que vale mesmo é que as orga-
nizações compreendam definitivamente o papel do líder, a relevância que esse elemento tem na gestão organizacional,
instigando a equipe a ser melhor a cada dia.
Compete à organização dar o suporte que esse agente motivador precisa para potencializar o desenvolvimento
humano, através dos desafios colocados à equipe, provocando alto desempenho, estimulando-os a assumir cada vez
mais o compromisso de atingirem um nível de competência de excelência.
E ao líder compete compreender como fazer isso tudo, através de críticas construtivas que visam melhorar o desem-
penho, através de decisões que resolvam os conflitos existentes, através de um olhar atento para descobrir talentos, e
a esses dar e receber feedback, estando disposto a aprender, assim como ensina.
O papel do líder é o de criar vínculos de confiança, através de relações éticas, de postura comprometida com os
liderados em harmonia com os objetivos da organização.
Quando esse papel é notado dentro das organizações, a pessoas nela envolvidas se sentem respeitadas e valori-
zadas, o clima organizacional é de harmonia e sinergia e, com isso, as organizações atingem não apenas um nível de
competitividade no mercado, mas conseguem firmar seu diferencial de maturidade organizacional.

COMUNICAÇÃO ORGANIZACIONAL

Conduzir eficientemente processos de comunicação interpessoal e trocar feedback de forma motivadora têm sido
um grande desafio na liderança de equipes e grupos de trabalho em geral.
Sendo assim, o profissional precisa aprender a administrar:
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

 A correta utilização da comunicação verbal e não verbal


 A comunicação como elemento de integração e motivação na empresa
 Competências técnicas e humanas
 Como o ouvinte percebe a sua comunicação
 Gerenciamento de relações
 Resolução de conflitos
 Como ouvir melhor: a arte de esclarecer e confirmar
 Como especificar méritos e sugerir mudanças
 A importância de argumentar para os valores do outro

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Processo comunicacional: não verá utilidade alguma na mensagem. Desta forma,
O processo comunicacional tem como maior objeti- para que o receptor perceba a utilidade da mensagem,
vo a interação humana, buscando o estabelecimento das o emissor deve conhecer as necessidades, os gostos,
relações e o entendimento entre os indivíduos. ações, pensamentos, crenças e valores de quem vai rece-
Desde os tempos antigos, Aristóteles já dizia que: ber a mensagem, pois só assim a Comunicação valerá a
pena. É imprescindível a clareza dos objetivos, pois sem
(...) devemos olhar para três ingredientes na comunica- isso, o processo não ocorre eficazmente.
ção: quem fala, o discurso e a audiência. Ele quis dizer que
cada um destes elementos é necessário à Comunicação e Emissor:
que podemos organizar nosso estudo do processo sob estes É o agente do processo de Comunicação, ou seja, é
três títulos: 1) a pessoa que fala; 2) o discurso que faz; 3) a a pessoa que tem uma mensagem para comunicar. Ele
pessoa que ouve. é a fonte ou a origem do processo de Comunicação.
Além disso, é quem vai tomar a iniciativa de se comu-
É interessante notar que praticamente todos os nicar e buscar a interação com as outras pessoas, a
modelos atuais de processos comunicacionais são pa- fim de alcançar o seu objetivo.
recidos com o de Aristóteles, sendo que o que mudou Para alcançar a eficácia da Comunicação o emissor
foi a complexidade com que eles estão sendo aborda- tem que ter como requisitos fundamentais:
dos. • Habilidades: para que possa falar, ler, ouvir e ra-
As primeiras abordagens da Comunicação defendiam ciocinar;
um processo comunicacional constituído por apenas • Atitudes: por influenciar o comportamento e por
quatro elementos fundamentais: emissor, receptor, men- estarem relacionadas a ideias pré-concebidas, quanto a
sagem e meio. Já as abordagens mais recentes da Comu- vários assuntos, as comunicações são influenciadas por
nicação, defendem que o processo é desencadeado por determinados tipos de atitudes que as pessoas tomam;
oito elementos, são eles: objetivos, emissor, mensagem, • Conhecimento: a extensão e profundidade do
meio, receptor, significado, resposta e situação. conhecimento das pessoas sobre
Todos os elementos do processo são interdependen- • Um assunto pode restringir (se o assunto não
tes e devem seguir uma ordem, para que haja uma inte- é de conhecimento do emissor) ou ampliar (quando o
gração lógica entre esses elementos e o próprio processo receptor não compreende a mensagem que está sendo
comunicacional. transmitida) o campo comunicacional;
• Sistema sociocultural: a situação cultural em que
A seguir, os componentes do processo serão espe- o emissor se situa, com suas
cificados um a um: • Crenças, valores e atitudes influencia o tempo
todo a sua função de comunicador.
Situação:
A situação pode ser considerada a circunstância na Um requisito significativo no contexto organizacio-
qual as mensagens são passadas do emissor ao receptor. nal é a representatividade do emissor, ou seja, a posição
“Todos os processos de Comunicação acontecem em de- hierárquica exercida pelo emissor, que é de fundamental
terminada situação, seja ela favorável ou desfavorável. A importância para a credibilidade da mensagem a ser co-
situação real que deve ser considerada, no processo de municada.
Comunicação, é aquela percebida e sentida pelo receptor
e não aquela vivida ou sentida pelo emissor”. Para que a Mensagem:
transmissão da mensagem seja considerada eficaz, deve- É o que vai ser comunicado pelo emissor. Deve es-
-se procurar a situação mais favorável, pois se o emissor tar adequada ao nível cultural, técnico e hierárquico
procurar comunicar-se em uma situação desfavorável do receptor. É composta por conteúdo e forma.
poderá acontecer que o receptor não lhe dará a atenção O conteúdo representa o que será transmitido e de-
devida e, consequentemente, não entenderá a mensa- pende dos objetivos do processo comunicacional. Não
gem que lhe foi transmitida. deve ser insuficiente ou excessivo, deve comunicar o
essencial, frente aos objetivos a serem alcançados pelo
Objetivos: emissor. O conteúdo também “deve ter uma sequencia
Podem ser caracterizados como os estímulos que le- lógica, ou seja, um início (objetivos), um meio e um fim
vam o emissor a transmitir a mensagem. Como a Comu- (conclusões).” A forma é a maneira pela qual a mensa-
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

nicação é um processo de interação, na qual as pessoas gem é transmitida. As formas básicas são as verbais e as
integram-se umas com as outras, os objetivos podem ser não verbais. As verbais podem ser orais e escritas (pala-
considerados como “os interesses” que levaram o emis- vras, letras, símbolos). Já as não verbais, podem ser ges-
sor a interagir com o receptor. Alguns exemplos de ob- tuais (mímicas, movimentos corporais), vocais (timbre de
jetivos: ouvir opiniões a respeito de algo ou dar um aviso voz e entonação) e espaciais (local físico e layout).
sobre o churrasco de fim do final de semana. (...) não há uma forma melhor do que a outra. A esco-
Além dos objetivos serem um interesse que o emissor lha da forma depende de
tem em relação ao receptor, alguns autores lançam uma um conjunto de fatores, dentre os quais os mais rele-
reflexão intrínseca de que os objetivos também devem vantes são: rapidez
chamar a atenção de quem recebe a mensagem, por- requerida (na transmissão da mensagem, na obtenção
que senão o receptor não se sentirá atraído e também das respostas);

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quantidade de receptores; localização geográfica dos a sua capacidade de receber, assim como o fazem com
receptores; necessidade a capacidade de enviar
de formalizar a mensagem; necessidade de consultas mensagens.
posteriores sobre a
mensagem; complexidade do assunto tratado; facilida- Significado:
de de retenção da É a compreensão da mensagem, no seu sentido
mensagem (lembrança) correto. É o ‘entendimento comum’ da mensagem
Além disso, também se destaca que um único proces- entre o emissor e o receptor. Isto ocorre quando o
so pode utilizar mais de uma forma de Comunicação. Um emissor e o receptor entendem da mesma forma a
exemplo de conteúdo e formas diferentes de se transmi- mensagem.
tir a mensagem pode ser: demissão de um colaborador Portanto, quando o receptor interpreta a mensagem
da Organização (conteúdo) – comunicada por e-mail a da mesma forma que o emissor quis transmiti-la, pode-se
todos os outros colaboradores (forma não verbal) ou na dizer que o receptor captou o significado da mensagem.
reunião pelo gerente (forma verbal). Quando a mensagem é transmitida pelo emissor, ela
é codificada e quando é recebida pelo receptor, ela é
Meio: decodificada. As codificações e decodificações são com-
Pode ser chamado, também, de canal ou veículo de postas por um conjunto de signos, utilizados pelas pes-
transmissão. Como a própria denominação já diz, o meio soas para representar seus pensamentos, a realidade em
é o recurso utilizado pelo emissor para transmitir a men- que vivem etc.
sagem. O meio “é determinado pelos requisitos de forma Os signos devem expressar a mesma coisa para o
da mensagem a ser transmitida e da resposta a ser ob- emissor e para o receptor,
tida.” Ou seja, o meio de Comunicação está associado à ou seja, o significado que o objeto porta para o emis-
forma verbal ou não verbal de transmissão da sor deve ser o mesmo que o do receptor. Caso isso não
mensagem, isso quer dizer que, dependendo das si- ocorra, a mensagem não será transmitida eficazmente,
tuações específicas de cada mensagem, o meio pode ser já que a interpretação do receptor não é a correta ou a
caracterizado de várias formas, desde a voz humana à esperada pelo emissor.
televisão e até pelo fax ou pelo e-mail. Mas, mesmo que o significado seja o mesmo, para o
Vale ressaltar que não existe um meio ou uma forma
emissor e para o receptor,
melhor que o outro, existe, sim, um mais adequado, de
não se pode dizer que as questões referentes ao pro-
acordo com as características da mensagem a ser trans-
cesso de Comunicação foram resolvidas, pois, “a com-
mitida. “O requisito fundamental na escolha do meio é
preensão, através da comunhão do significado, não quer
que ele não provoque ruído” nas mensagens, pois o ruído
dizer, necessariamente, acordo. Posso compreender uma
é uma interferência que prejudica a transmissão da men-
ideia, sem concordar com ela.” Portanto, não é apenas o
sagem, comprometendo a recepção da mesma, ou seja,
entendimento do significado, por ambas as partes, que
a decodificação da mensagem pelo receptor. Para que
haja um melhor entendimento do significado de ruído, assegura a eficácia da Comunicação. Em relação a isso,
vale a pena exemplificar: uma linha cruzada do telefone, podemos dizer ainda que, “ainda que o significado co-
um documento sujo ou borrado, alguém que fale muito mum não assegure sozinho, a eficácia do processo de
baixo, um ambiente de trabalho desconfortável, etc. Comunicação como um todo, é um requisito fundamen-
tal para promover o entendimento.”
Receptor:
É quem recebe a Comunicação, ou seja, é o foco Resposta:
da comunicação. É ele quem vai reagir ao estímulo Pode ser chamada, também, de feedback ou compor-
promovido pelo emissor. tamento esperado, pois é a reação do receptor à mensa-
Sem o receptor, não há Comunicação, pois se o re- gem recebida. É o último objetivo do processo, pois é o
ceptor não faz parte do processo, o emissor não tem para desejado pelo emissor, ao emitir uma mensagem.
quem comunicar a sua mensagem e, consequentemente, A resposta pode ser considerada como a efetivação
não terá uma resposta. do recebimento da mensagem, determinando, ou não, o
Sendo assim, pode-se dizer que todo o processo de sucesso da mesma.
Comunicação deve ser direcionado de acordo com as ca-
racterísticas do receptor. A seguir algumas características É por meio da comunicação oral que as pessoas
que, assim como o emissor, o receptor necessita ter, para personificam seu ser
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

que a Comunicação seja eficaz:


(...)assim como o emissor foi limitado por suas habili- Comunicação é tornar algo comum, compartilhar, di-
dades, atitudes, vidir, trocar...
conhecimento e sistema sociocultural, o receptor é res- Enfim, é o processo de transmitir uma informação a
tringido da mesma outra pessoa, no entanto, o que caracteriza a comuni-
maneira. Assim como o emissor deve ter habilidades de cação é a compreensão e não o simplesmente informar.
escrever ou falar, o Daí a diferença de comunicação (que é a informação
receptor deve ser hábil em ler ou ouvir, e ambos devem sendo transmitida) e comunicabilidade (que é o ato co-
ser capazes de municativo otimizado)
raciocinar. O conhecimento, atitudes e formação cultu-
ral de alguém influenciam

89
Barreiras à comunicação eficaz – alguns elementos dirigida à pessoa que está falando. O direcionamento,
prejudicam a transmissão e a compreensão da comuni- o tempo, o contexto, a oportunidade, a intensidade, o
cação, entre eles podemos citar: status de quem olha ou de quem é olhado, impõem um
quadro interpretativo que cada cultura se encarrega de
• Ruídos transmitir aos seus membros pelo processo de sociali-
• Sobrecarga de informações zação.”
• Tipos de informações 6. Expressão facial: é determinante, pois é uma forma
• Fonte de informações de demonstrar o interesse das pessoas pela mensagem
• Localização Física que está sendo transmitida.
• Defensidade 7. Fluência: a articulação das palavras, a modulação
(intensidade dos sons), o ritmo e o timbre da voz fazem
Além desses, as barreiras são um conjunto de fatores diferença, em termos da maneira como são utilizados
que impedem ou dificultam a recepção da mensagem, para a eficácia da transmissão da mensagem.
no processo comunicacional.
A seguir, serão abordadas as teorias da Sociologia e Barreiras sociais:
da Administração, em relação às barreiras, especifican- 1. Educação: os princípios e valores adquiridos pelos
do-as: indivíduos também fazem
parte do processo comunicacional.
Abordagem sociológica 2. Cultura: a Comunicação, como já foi visto, muda
As barreiras podem ser divididas em seis grupos: de cultura para cultura. Por conseguinte, se as pessoas
têm culturas muito distintas, a Comunicação ficará pre-
• Barreiras pessoais; judicada.
• Barreiras sociais; 3. Crenças, normas sociais e dogmas religiosos: assim
• Barreiras fisiológicas; como em relação à cultura, se as pessoas que estão se
• Barreiras da personalidade; comunicando divergem com muita intensidade nessas
• Barreiras da linguagem; questões, os processos comunicacionais serão prejudi-
• Barreiras psicológicas. cados ou a mensagem não será transmitida adequada-
mente.
Barreiras pessoais:
1. Nível de conhecimento: está ligada à profundida- Barreiras fisiológicas:
de de conhecimento que as pessoas têm e revelam, no As deficiências do aparelho fonoaudiológico e do
decorrer do processo comunicacional. Pode também aparelho visual criam dificuldades na Comunicação.
ser atribuído pelas outras pessoas que fazem parte do
processo, por perceberem o conhecimento e o reconhe- Barreiras da personalidade:
cerem. “Este aspecto pode conduzir à maior ou menor 1. Autossuficiência: ocorre quando a pessoa acha que
credibilidade ao emissor e trazer-lhe um estatuto que sabe tudo, ou seja, a pessoa acha que o que ela sabe e
pode marcar o desempenho do seu papel enquanto co- conhece é o suficiente. Esta barreira ocorre de duas ma-
municador.” Algumas pessoas, por conhecerem profun- neiras: ‘julgamento do todo pela parte’ – acontece quan-
damente um assunto, não gostam ou se incomodam em do a pessoa julga outras pessoas e/ou coisas pelo que
conversar com alguém que não tem o mesmo domínio ela conhece; intolerância, acontece quando a pessoa não
do assunto e vice-versa. aceita o ponto de vista das outras pessoas, pois ele julga
2. Aparência: a forma de se vestir e se cuidar pode que o único ponto de vista correto é o seu próprio.
determinar o jeito com que as pessoas se comunicarão 2. Congelamento das avaliações: acontece quando a
umas com as outras. Dias (2001) coloca que tanto as ex- pessoa acredita que as pessoas e as coisas não mudam,
pectativas provocadas, como as primeiras impressões, ou seja, quando a pessoa supõe que as circunstâncias
são determinantes para um processo comunicacional sempre serão as mesmas, independente das mudanças
eficaz. Por exemplo, um homem de terno e gravata tem que surgirem com as pessoas e coisas. Fazem parte des-
muito mais facilidade de receber atenção do que um ho- sas avaliações os preconceitos e a insegurança que as
mem de bermuda e tênis. pessoas têm frente a algumas situações e frente às outras
3. Postura corporal: deve ser estabelecida de acordo pessoas
com o que se quer comunicar. Alguns teóricos da Socio- 3. Comportamento Humano – aspectos objetivos e
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

logia dizem que a postura também deve ser adequada, subjetivos: está no conflito personalidade subjetiva (in-
de acordo com o grupo com o qual se está comunicando. terior de cada pessoa ou as opiniões próprias) X perso-
4. Movimento corporal: certos movimentos podem ser nalidade objetiva (o que é exteriorizado para as outras
favoráveis ou não para um processo eficaz. Podemos ci- pessoas ou a realidade concreta). Quando se diz per-
tar o livro “O corpo fala”, que aborda a questão de que sonalidade, toma-se como princípio a caracterização
o corpo também se comunica, as expressões corporais da personalidade por processos comportamentais, que
manifestam a ansiedade, a atração, o nervosismo, a tris- são estabelecidos pela interação das reações individuais
teza, etc. com o meio social. “A Comunicação Humana baseia-se
5. Contato visual: a forma como as pessoas se olham na concepção da personalidade projetiva, na evidência
demonstra como uma está se sentindo em relação à ou- de que na sociedade humana, o homem precisa ‘vender’
tra, além de informar o grau de atenção que está sendo a sua personalidade.” Para tanto, ele precisa torná-la so-

90
cialmente aceitável, e aí está o conflito, pois a pessoa tem 6. Defensiva: “Quando as pessoas se sentem amea-
que estar o tempo todo tornando a sua personalidade çadas, geralmente respondem de forma que atrapalha a
vendível, para que o outro possa aceitar se comunicar Comunicação.” A partir do momento em que a pessoa
com ela. Exemplificando, ocorre quando alguém tem se sente ameaçada, ela não consegue decodificar e nem
uma determinada opinião negativa sobre o aborto, mas transmitir as mensagens com eficácia.
ao conversar com alguém que acabou de conhecer e que 7. Uso inadequado dos meios: como já foi falado an-
é a favor do aborto, deixa de expressar a sua opinião e teriormente, não existe um meio mais adequado para
conversa com a outra pessoa como se não tivesse uma ser utilizado na transmissão de diferentes tipos de men-
opinião bem formada a respeito do assunto. sagem, sendo que o que vai determinar se o meio é o
4. Geografite: está relacionada com as atitudes das mais adequado, ou não, é a situação específica de cada
pessoas que se comovem mais com os “mapas” do que mensagem. A Comunicação Oral tem a tendência de
com os “territórios”. Mapas são os sentimentos, imagina- aumentar a eficácia da Comunicação, quando bem uti-
ções, palpites, hipóteses, pressentimentos, preconceitos, lizada, pois proporciona uma resposta imediata, além de
inferências, etc. Já os territórios são os objetos, as pes- estimular o pensamento do receptor, no momento em
soas, as coisas, os acontecimentos, etc. Isso é relevado, que a mensagem está sendo transmitida e por dar um
devido ao fato de que, atualmente, as pessoas têm se toque mais pessoal à mensagem e ao processo como um
envolvido, constantemente, com quaisquer tipos de su- todo. Deve ser mais usada, quando se quer comunicar
gestionabilidades, tornando-se exageradamente crédu- mensagens mais complexas e difíceis de serem transmi-
las ou pela forma como as pessoas vêm distorcendo a tidas. Já a comunicação escrita, tem a tendência de ser
realidade, como por exemplo, através dos horóscopos, mal entendida, porque quem escreveu pode não ter sido
das coisas sobrenaturais, das profecias, etc. Essas ques- suficientemente claro ou não ter expressado o que queria
tões, ocasionam uma certa falta de civilização, ou seja, corretamente.
falta de equilíbrio racional para lidar com os aconteci- 8. Linguagem: pode ser considerada uma das barrei-
mentos e com as coisas e pessoas. ras mais comuns, pois ocorre o tempo todo, no dia-a-
-dia das pessoas, em uma Organização. Como as pessoas
5. Tendência à complicação: essa é uma das barreiras
tendem a achar que os significados que as palavras têm
mais comuns, pois está concebida no fato de que as pes-
para elas são os mesmos significados que outras pessoas
soas têm o hábito de restringir e complicar coisas e acon-
atribuem, uma barreira acaba surgindo no processo.
tecimentos simples, o tempo todo, até mesmo quando
9. Efeito status: A hierarquia dentro das organizações
se trata de sistematização e pensamento lógico.
pode criar barreiras nas comunicações. Esta barreira está
ligada a outra barreira, a filtragem, que já foi citada ante-
Abordagem da Administração riormente. Quando os colaboradores têm que comunicar
As barreiras mais destacadas neste campo de estu- algo aos gerentes das Organizações, eles tendem a filtrar
dos são: a mensagem, de forma que ela seja transmitida e deco-
1. Falta de comunicação: “é um dos problemas mais dificada, no intuito de agradar os gerentes.
frequentes nas empresas e que gera as consequências 10. Impertinência da mensagem: quando as mensa-
mais graves.” Pode ser causada por: interpretações dis- gens são transmitidas em momentos inoportunos e de-
torcidas dos fatos; falta de adesão a uma decisão e às sagradáveis, o processo se prejudica pela inadequação
mudanças; desmotivação das pessoas pela não partici- da situação escolhida.
pação e pelo desconhecimento do que se passa na Or-
ganização; conflitos entre pessoas e departamentos, etc. Barreiras da linguagem:
2. Falta de clareza de objetivos: ocorre quando a men-
sagem não tem conteúdo e forma bem definidos. Exem- 1. Confusões entre:
plo: uma reunião em que ninguém consegue entender o
porquê de estar acontecendo. a. Fatos X Opiniões: As pessoas estão o tempo
3. Texto fora do contexto: quando a comunicação é todo se referindo a fatos, como se estivessem emitindo
feita, apenas, sobre um determinado acontecimento, opiniões e vice-versa. “Fato é acontecimento; é coisa ou
sem dizer o contexto no qual ele está inserido. Acontece ação feita. Opinião é modo de ver, é conjectura”. Pode-
quando uma decisão é simplesmente comunicada, sem -se dizer que uma das coisas mais ameaçadoras do pro-
que se expliquem os porquês e motivos em questão. cesso comunicacional é a transformação de uma opinião
4. Filtragem: ocorre quando o emissor manipula a em fato, pois, a partir do momento em que a pessoa se
mensagem, de acordo com os seus objetivos e interes- convence de que sua suposição realmente aconteceu,
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

ses, de forma que a mensagem favoreça o seu ponto de ela perde a noção dos verdadeiros acontecimentos e
vista ou o que ele deseja que o receptor decodifique. divulga para outras pessoas as suas opiniões sobre os
5. Percepção seletiva: o emissor vê e ouve, apenas, ou fatos, como sendo os próprios acontecimentos, causan-
mais acuradamente aquilo que lhe interessa, ou seja, faz do distorções na realidade. Exemplificando: o gerente de
uma seleção das mensagens relacionadas com suas ne- departamento chegou duas horas atrasado no trabalho
cessidades, motivações, referências, etc. As pessoas “não (fato). Patrícia diz que foi porque ele acordou atrasado; já
veem a realidade; em vez disso, interpretam o que veem Fabíola diz que foi por razão de algum problema pessoal
e chamam de realidade.” Pode ser prejudicial, à medida (opiniões).
que a pessoa tende a perceber só aquilo que lhe convém b. Inferências X Observações: trata-se de conside-
e isso não permite uma percepção neutra dos aconteci- rar as inferências como observações e vice-versa. Inferir
mentos, coisas e pessoas. é deduzir e observar é prestar atenção, olhar algo que

91
está acontecendo. “As inferências são menos prováveis 7. Polissemia:
do que as observações; (...) as inferências nos oferecem É a reunião de vários sentidos em apenas uma pa-
certezas relativas; as observações nos oferecem certezas lavra. Cada um tem um repertório de palavras e sig-
absolutas.” O tempo todo as pessoas fazem inferências. nificados e uma mesma palavra pode ter vários sig-
Quando leem um jornal, por exemplo, inferem o que nificados para um mesmo indivíduo. Então, já que o
realmente ocorreu. O problema desta barreira está no processo comunicacional precisa de no mínimo duas
fato das pessoas tomarem sempre como lei as inferências pessoas para acontecer, pode-se imaginar o quão
e não se utilizarem mais de observações. complexo é a Comunicação entre diversas pessoas.
“A palavra é a maneira de traduzir ideias ou pensa-
2. Descuidos nas palavras abstratas: mentos.” Portanto, cada indivíduo tende a transmitir as
“Atrás de uma palavra nem sempre está uma coisa. mensagens “carregadas” de palavras com suas percep-
Palavras não são coisas; são representações de coisas, ções das coisas. Essa barreira está lado a lado com a bar-
quase sempre específicas, e por isso, difíceis de serem reira de desencontros, pois as duas abordam as diferen-
transmitidas, com fidelidade, de uma cabeça para outra.” ças de percepções de cada indivíduo.
E como as palavras abstratas fazem parte do repertório Tem uma palavra que serve de exemplo desta barrei-
específico de cada um, fica difícil um processo comunica- ra, qual seja: abacaxi pode ser uma fruta ou um proble-
tivo eficaz, sem uma pré-definição dessas palavras, já que ma, que para ser resolvido, dá muito trabalho.
elas possibilitam muitos equívocos.
8. Barreiras verbais:
3. Desencontros: São aquelas provocadas por palavras e expressões
Esta barreira pode ser caracterizada como a diferença causadoras de antagonismos, ou seja, são as causadoras
de percepção de cada indivíduo, ou seja, a subjetivida- de oposições de ideias.
de de cada um. Uma determinada palavra, para um in-
divíduo, tem um significado A; já para outro indivíduo, a Como melhorar a comunicação interpessoal
mesma palavra tem um significado B, e isso ocorrerá com • Habilidades de transmissão
todos os indivíduos, pois ninguém percebe as coisas da • Linguagem apropriada
• Informações claras
mesma forma, cada um tem a sua forma de perceber e
• Canais múltiplos
significar as coisas, palavras, etc. Caso não aconteça um
• Comunicação face a face sempre que possível
consenso e/ou esclarecimento das questões a serem co-
É notório que problemas de comunicação são de di-
municadas, o processo ficará comprometido e cheio de
fícil intervenção e por isso demandam do emissor um
equívocos de compreensão.
enorme cuidado ao transmitir a mensagem necessária de
forma clara e objetiva.
4. Indiscriminação:
Existem três fontes de sinais de comunicação e cada
Ocorre quando há uma rotulação das coisas, pessoas
uma representa um percentual deste processo:
e acontecimentos, onde a percepção está focada, apenas, - comunicação verbal: palavras expressas 7% 
nas semelhanças ou em alguns padrões (ou clichês) cria- - comunicação vocal: entonação, o tom e timbre de voz
dos por cada indivíduo, não havendo um discernimento 38% 
entre as diferenças. Em relação à indiscriminação, a Co- - expressão facial e corporal 55%
municação Humana é prejudicada por alguns fatores, são A falta de comunicação adequada pode gerar proble-
eles: abuso dos ditados populares e a crença de que “a mas de diversos tipos e com consequências variadas, entre
voz do povo é a voz de Deus.” as quais podemos citar:
- confusão entre os envolvidos; 
5. Polarização: - perda na prestação do serviço ou na confecção do
“Há polarização quando tratamos os contrários como produto; 
se fossem contraditórios. Polarização é a tendência a re- - comprometer a imagem da empresa; 
conhecer apenas os extremos, negligenciando as posi- - desmotivação; 
ções intermediárias.” O processo comunicacional fica - retrabalho; 
bastante prejudicado, quando os pontos de vistas são ex- - falta de procedimentos e ordens claras; 
tremistas, pois dificilmente encontra-se um meio termo, - insatisfação de uma forma geral.
sem causar grandes discussões ou fugir aos objetivos do Um princípio fundamental para a boa comunicação é
processo.
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

a disposição e a sabedoria em ouvir.


Toda a eficácia do processo depende, essencialmente,
6. Falsa identidade baseada em palavras: de saber ouvir e entender a mensagem que foi transmi-
Acontece quando uma pessoa percebe coisas em tida inicialmente, para então começar um processo de
comum entre duas ou mais coisas e conclui que essas comunicação.
coisas são idênticas. Um exemplo claro disso é: os cario-
cas são flamenguistas. Camila é flamenguista. Por conse- Formas de comunicação:
guinte, Camila é carioca. A palavra tem uma força fora do A comunicação vem sofrendo evoluções ao longo do
comum, podendo beneficiar ou prejudicar alguém por tempo, assim como todo o processo que sofra influência
meio dessas conclusões das semelhanças entre as coisas. do mundo globalizado. As formas mais tradicionais de
comunicação englobam:

92
- manual;   Framing: é definir o tema a ser abordado duran-
- revista;  te uma conversa logo no começo. Pode ser necessário re-
- jornal;  definir o tema durante o andamento (“Re-framing”), mas
- boletim;  deve-se evitar que a conversa vá para lugares distantes
- quadro de aviso. que não têm nada a ver com o assunto.
Com o desenvolvimento dos meios de comunicação,  Advocating: é explicar o seu próprio ponto de
figuram novos métodos efetivos para desenvolvê-la, tais vista de forma clara e objetiva, não deixando de lado os
como: porquês deste ponto de vista, ou seja, não engolir sapos,
- intranet;  mas mencionar os valores que são à base deste seu pon-
- correio eletrônico;  to de vista.
- comunicação face a face;   Inquiring: até mais importante do que esclare-
- telão. cer o seu, é importante entender o ponto de vista do
Em linhas gerais, torna-se necessário que o profissio- outro. Isto se faz através de perguntas benevolentes que
não tem o objetivo de interrogar.
nal exercite tanto a linguagem verbal como a linguagem
 Illustrating:  é resumir os diversos pontos de
não verbal, que forçam o tempo todo as habilidades de
vista, procurar pontos em comum, colocar assuntos po-
comunicação.
lêmicos na mesa, visando uma solução sendo flexível e
Alguns itens são vitais na linguagem não verbal e de-
contando com a flexibilidade do outro, diminuir com-
vem ser compreendidos para a sua melhor utilização: plexidade para focar o que realmente está no centro da
- gestos;  conversa.
- postura; 
- movimentos do corpo;  Observar, ouvir e dar importância para o outro é
- tom da voz e velocidade da fala;  determinante para a eficácia da comunicação.
- movimentação entre receptor /emissor. De qualquer forma, a comunicação começa pelos
A linguagem não verbal é considerada vital para o sentidos (visão, audição, tato, olfação e gustação). Uma
processo de comunicação, tendo em vista que esta não maneira prática de identificar a forma como uma pessoa
ocorre apenas por meio de palavras, sendo um processo está pensando é prestar atenção às palavras que ela uti-
muito mais complexo do que se imagina. liza, pois nossa linguagem está repleta de sinais, gestos,
No momento da comunicação é necessário decodi- posturas e palavras baseados nos sentidos. Observar, ou-
ficar as mensagens não verbais, pois quando isso não vir e dar importância para o outro é determinante para a
ocorre estima-se que há uma perda de 65% do que é eficácia da comunicação.
comunicado. É preciso abandonar a ilusão de que há solução fácil
No momento em que o profissional domina as men- ou improvisada na construção de métricas que avaliem
sagens não verbais, ele passa a conduzir o processo de nosso trabalho. Não se deve supor que a outra parte
comunicação de forma eficaz e consegue atingir os ob- entendeu, ou julgar que já deveria entender a mensa-
jetivos propostos. gem. O que deve ser feito para que a comunicação seja
Em suma, é necessário para o profissional aprenda a adequada, é investigar se a outra parte compreendeu a
utilizar sinais não verbais no processo de comunicação, mensagem.
bem como dominar a linguagem verbal. Na ausência
destas habilidades, existirá um desnível significativo no *Comunicação interpessoal eficaz: cinco elemen-
processo de comunicação entre emissor /receptor. tos críticos
* Há cinco componentes que distinguem claramen-
te os bons dos maus comunicadores. Tais componentes
 Eficácia na Comunicação
são Autoimagem, Saber Ouvir, Clareza de Expressão,
Comunicar-se eficazmente é proporcionar transfor-
Capacidade para lidar com sentimentos de contrarie-
mação e mudança na atitude das pessoas. Se a comuni-
dade (irritação) e autoabertura.
cação apenas muda as ideias das pessoas, mas não muda
suas atitudes, então a comunicação não atingiu seu re- AUTOIMAGEM (ou autoconceito)
sultado. Ela não foi eficaz. O fator isolado mais importante que afeta a comu-
A clareza e a certeza de que se foi entendido, repre- nicação entre pessoas é a sua autoimagem: a imagem
sentam um dos pilares de um projeto bem sucedido e que têm de si mesmas e das situações que vivenciam.
essa sempre foi uma das principais preocupações de to-
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

Enquanto as situações podem variar em função do mo-


das as empresas. Varias são as vezes que apenas infor- mento ou do lugar, as crenças que as pessoas possuem
mamos e não formamos a ideia do que queremos que a acerca de si próprias estão sempre determinando seus
outra parte faça. comportamentos na comunicação. O “eu” é a estrela em
Existem algumas ferramentas e regras que ajudam na todo ato de comunicação.
conscientização sobre o próprio nível de comunicação. Cada um tem, literalmente, milhares de conceitos a
Abaixo, o “Modelo de Quatro Elementos”, comprova- respeito de si mesmo: quem é, o que significa, onde exis-
do e aplicado por Philip Walser, como uma das ferramen- te, o que faz e não faz, o que valoriza, no que acredita.
tas das quais podemos dispor. Estas autopercepções variam em clareza, precisão e im-
Os quatro elementos são: “Framing” – “Advocating” – portância de pessoa para pessoa.
“Inquiring” –“Illustrating”:

93
A importância da Autoimagem. to que o ouvir implica num processo intelectual e emo-
A autoimagem de alguém é quem ele é. É o centro do cional que integra dados (inputs) físicos, emocionais e
seu universo, seu quadro referencial, sua realidade pes- intelectuais na busca de significados e de compreensão.
soal, o seu ponto de vista particular. É um visor através O ouvir eficaz ocorre quando o “destinatário” é capaz de
do qual ele percebe, ouve, avalie a compreende todas as discernir e compreender o significado da mensagem do
coisas. É o seu filtro individual do mundo que o cerca. remetente. O objetivo da comunicação só assim é atin-
A autoimagem de uma pessoa afeta sua maneira de gido.
se comunicar com os outros. Um autoconceito forte, po- O “Terceiro Ouvido”: Reik refere-se ao processo de
sitivo, é necessário para haver interações hígidas e satis- ouvir eficazmente como sendo “ouvir com o terceiro
fatórias. Por outro lado, uma autoimagem fraca, inferior, ouvido”. O ouvinte eficaz escuta não só as palavras em
frequentemente distorce a percepção do indivíduo relati- si como também seus significados subjacentes. Seu ter-
vamente a como os outros o veem, o que gera sentimen- ceiro ouvido, diz Reik, ouve aquilo que é dito entre as
tos de insegurança no seu relacionamento interpessoal. sentenças e sem palavras, aquilo que se expressa silen-
Alguém que tenha a seu próprio respeito uma impressão ciosamente, o que o emissor fala e pensa.
negativa poderá encontrar dificuldades em conversar Logicamente, o ouvir com eficácia não é um proces-
com outros, em admitir que esteja errado, em expressar so passivo. Ele desempenha um papel ativo na comuni-
seus sentimentos, em aceitar críticas construtivas que lhe cação. O ouvinte eficaz interage com o interlocutor no
forem feitas ou em apresentar ideias diferentes das dos sentido de desenvolver os significados e chegar à com-
outros. Sua insegurança o leva a temer que os outros dei- preensão.
xem de apreciá-lo se discordar deles. Diversos princípios podem servir de auxílio para o
Pelo fato de sentir-se desvalorizado, inadequado e aprimoramento das habilidades essenciais para saber
inferior ele não tem confiança e pensa que suas ideias ouvir:
não interessam aos outros e que não vale a pena comu- 1. O ouvinte deve ter uma razão ou propósito de ou-
nica-las. Ele pode tornar-se arredio e defensivo em sua vir;
comunicação, renegando suas próprias ideias. 2. É importante que, inicialmente, o ouvinte suspenda
julgamentos;
Formação da Autoimagem. 3. O ouvinte deve resistir a distrações – barulhos, pes-
Da mesma forma que o autoconceito de alguém afe- soas, olhares – e focalizar o interlocutor;
ta sua capacidade de se comunicar, a comunicação que 4. O ouvinte deve esperar antes de responder ao seu
trava com outros modela também sua autoimagem. Uma interlocutor. As respostas imediatas reduzem a eficácia
vez que o homem é, antes de tudo, um animal social, ele do ouvir;
forma os mais relevantes conceitos acerca do seu pró- 5. O ouvinte deve repetir palavra por palavra aquilo
prio eu a partir de suas experiências com outros seres que o interlocutor está dizendo;
humanos. 6. O ouvinte deve recolocar em suas próprias palavras
Os indivíduos aprendem a se reconhecer pela manei- o conteúdo e o sentimento daquilo que o outro está di-
ra como são tratados pelas pessoas importantes de sua zendo, para que o interlocutor confirme se a mensagem
vida – pessoas estas às vezes denominadas “os outros que transmitiu foi realmente recebida;
significativos”. Mediante a comunicação verbal e não 7. O ouvinte deve buscar os temas, os pontos centrais
verbal com esses outros significativos, cada um passa a daquilo que o interlocutor está dizendo, ouvindo “atra-
reconhecer se é apreciado ou não, se é aceito ou rejei- vés” das palavras para atingir sua real significação;
tado, se é merecedor de respeito ou desdém, se é um 8. O ouvinte deve utilizar o tempo diferencial entre a
sucesso ou um fracasso. velocidade do pensamento (400 a 500 palavras por mi-
Para que um indivíduo venha a ter uma sólida au- nuto) para “refletir” sobre o conteúdo e “buscar” o seu
toimagem ele precisa de amor, respeito e aceitação dos significado;
outros significativos de sua vida. 9. O ouvinte deve estar pronto para reagir aos comen-
O autoconceito, portanto, constitui um fator crítico tários do interlocutor.
para que alguém seja um comunicador eficaz. Em es-
sência, a autoimagem de um indivíduo é delineada por CLAREZA DE EXPRESSÃO
aqueles que o tiverem amado ou pelos que não o tive- Ouvir eficazmente é uma habilidade necessária e ne-
gligenciada na comunicação, porém muitas pessoas con-
rem amado.
sideram igualmente difícil dizer aquilo que querem dizer
ou expressar aquilo que sentem. É que com frequência
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

SABER OUVIR
elas presumem simplesmente que o outro compreende a
Toda a aprendizagem relativa à comunicação tem fo- sua mensagem, mesmo que sejam descuidadas ou con-
calizado as habilidades de expressão oral e de persua- fusas em sua fala. Parecem achar que as pessoas deve-
são; até a bem pouco tempo dava-se pouca atenção à riam ser capazes de ler as mentes uns dos outros: “Se
capacidade de ouvir. Esta ênfase exagerada dirigida para está claro para mim, deve estar claro para você também”.
a habilidade de expressão levou a maioria das pessoas a Esta suposição é uma das maiores barreiras ao êxito da
subestimarem a importância da capacidade de ouvir em comunicação humana. O comunicador deficiente deixa
suas atividades diárias de comunicação. que o ouvinte adivinhe o que ele quer dizer, partindo da
O ouvir, naturalmente, é algo muito mais intrincado premissa de que está, de fato, comunicando. Por sua vez,
e complicado do que o processo físico da audição, ou o ouvinte age de acordo com suas adivinhações. O resul-
de escutar. A audição se dá através do ouvido, enquan- tado óbvio disto é um mal entendido recíproco.

94
Para se chegar a resultados objetivos planejados
– desde a execução da rotina diária de trabalho, até a
comunhão mais profunda com alguém – as pessoas pre- EXERCÍCIOS COMENTADOS
cisam ter um meio de se comunicarem satisfatoriamente. 1. (STM – 2018 - CESPE) Uma pesquisa de qualidade
no atendimento em um órgão da administração públi-
CAPACIDADE PARA LIDAR COM SENTIMENTOS DE ca demonstrou discrepância entre as avaliações, quando
CONTRARIEDADE (irritação) foram comparados os atendimentos prestados por ser-
A incapacidade de alguém para lidar com manifesta- vidores mais experientes e por servidores mais novos. A
ções de irritação e contrariedade resulta, com frequência análise dos motivos mostrou que os mais novos se con-
em curtos-circuitos na comunicação. sideravam autossuficientes e ignoravam o conhecimento
Expressão. A exteriorização das emoções é importan- dos mais experientes. Por outro lado, os mais experientes
te para construir bons relacionamentos com os outros. consideravam que os mais novos eram arrogantes e omi-
As pessoas precisam expressar seus sentimentos de tal tiam informações importantes sobre o atendimento.
modo que elas influenciem, remodelem e modifiquem a Nessa situação hipotética, 
si próprias e aos outros. Elas precisam aprender a expres- percebe-se que a comunicabilidade no órgão em ques-
sar sentimentos de ira de forma construtiva e não des- tão ocorre de maneira fluida, em decorrência de os in-
trutivamente. As seguintes orientações podem ser úteis:
tegrantes de um mesmo grupo pactuarem a adoção de
comportamentos similares.
1. Esteja alerta para suas emoções;
2. Admita suas emoções. Não as ignore ou renegue;
( ) CERTO ( ) ERRADO
3. Seja dono de suas emoções. Assuma responsabili-
dade por aquilo que fizer;
4. Investigue suas emoções. Não procure “vencer” RESPOSTA: “ERRADO”
uma discussão na base do revide, ou de “dar o troco”; Quando analisamos o texto observamos que não exis-
5. Relate suas emoções. A comunicação congruente te um equilíbrio na comunicação entre os servidores,
significa uma combinação satisfatória entre o que você pontos de discordância entre eles, o que que gera uma
está dizendo e aquilo que está vivenciando; comunicação truncada, sem canal de compreensão,
6. Integre suas emoções, o seu intelecto e a sua von- portanto, fluidez não é um aspecto que faça parte da
tade. Dê uma oportunidade a você mesmo de aprender comunicação no cenário apresentado.
e crescer como pessoa. As emoções não podem ser re-
primidas. Elas devem ser identificadas, observadas, rela- 2. (SEDF – 2017 - CESPE) Com relação a equilíbrio orga-
tadas e integradas. Aí então as pessoas podem fazer ins- nizacional, liderança, motivação e objetivos da gestão de
tintivamente os ajustamentos necessários, à luz de seus pessoas, julgue o seguinte item.
próprios conceitos de crescimento. Eles podem acompa- A área de recursos humanos (RH) deve articular-se com
nhar a vida e mudar com ela. as demais áreas da organização para a elaboração de
planos estratégicos.
AUTOABERTURA
A capacidade de falar total e francamente a respeito ( ) CERTO ( ) ERRADO
de si mesmo – é necessária à comunicação eficaz. O in-
divíduo não pode se comunicar com outro ou chegar a RESPOSTA: “CERTO”
conhecê-lo a menos que se esforce pela auto abertura. Algumas pessoas consideram que a área de recursos
humanos faça parte no nível tático de planejamento,
A capacidade de alguém para se auto revelar é um por se tratar de um departamento, no entanto, com a
sintoma de personalidade sadia. leitura do conteúdo acima percebemos que a evolução
da área de RH trouxe algumas características menos
Pode-se dizer que um indivíduo compreenderá tanto
setorizadas quanto ao papel das pessoas na organiza-
a respeito de si próprio quanto ele estiver disposto a co-
ção, consequentemente, da área que trabalha com es-
municar a outra pessoa.
sas pessoas, passando a ter um papel mais dinâmico e
integrado às outras áreas.
Obstáculos à auto revelação. Para que se conheçam
a si próprias e para que consigam relações interpessoais Quando falamos em RH com o função mais ligada à
departamento pessoal, até podemos considerar ali um
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

satisfatórias, as pessoas precisam revelar-se aos outros.


Ainda assim, a auto revelação é obstruída por muitos. papel tático, mas quando o RH assume, dentro da nova
postura de Gestão de Pessoa, uma função de apoio, de
A comunicação eficaz, então, tem por base estes cin- staff, ela passa a se relacionar com os outros departa-
co componentes: uma autoimagem adequada; capaci- mentos a fim de alinhar os objetivos organizacionais
dade de ser bom ouvinte; habilidade de expressar clara- com os objetivos pessoais, potencializando assim os re-
mente os próprios pensamentos e ideias; capacidade de cursos existentes, inclusive o recurso intelectual agora
lidar com emoções, tais como a ira, de maneira funcional visto nas pessoas.
e a disposição para se expor, para se revelar aos outros. Isso tudo traz a área de gestão de pessoas, junto com
todos os demais setores organizacionais, para um im-
portante papel estratégico, tanto para despertar e

95
desenvolver talentos organizacionais, como para po-
tencializar a elaboração e a execução de planos estra-
tégicos que a organização adote para alcançar seus HORA DE PRATICAR!
objetivos. 1. (CESPE/2018 – TCE/PB) Entre as características das
organizações formais modernas destacam-se a
3. (STM – 2018 - CESPE) Julgue o item seguinte, relativo a) resistência às mudanças, o individualismo e a relação
a gestão e estrutura de organizações. de antagonismo.
Líderes liberais são aqueles que adotam postura con- b) flexibilidade nas atribuições e responsabilidades, o ra-
sultiva, compartilhando com suas equipes a tomada de cionalismo e a amplitude administrativa.
decisão.  c) relação de coesão, a especialização e a colaboração
espontânea.
( ) CERTO ( ) ERRADO d) divisão do trabalho, a especialização e as regras im-
plícitas.
RESPOSTA: “ERRADA” e) hierarquia, o racionalismo e a especialização.
O enunciado se refere ao líder democrático.
Como características do líder liberal temos: Ocupa o 2. (FCC/2016 – TRF/3ª REGIÃO) Em instalações prediais
papel de passividade, permitindo total liberdade para hidráulicas, são necessários diversos dispositivos para
a tomada de decisões individuais ou grupais, partici- alimentação distribuição, controle e regulação da vazão
pando delas apenas quando solicitado pelo grupo; São a cada elemento da edificação atendido. A função do re-
os membros do grupo que treinam a si mesmos e pro- gistro de utilização em um sistema predial de água fria é 
movem suas próprias motivações. O líder tem apenas
um papel secundário. A decisão parte da equipe e não
do líder. a) controlar a vazão da água utilizada na tubulação. Ge-
ralmente empregam-se registros de pressão ou válvu-
la globo. 
b) interromper a passagem de água na tubulação. Geral-
mente emprega-se registro de gaveta ou esfera. 
c) interromper a passagem de água para os reservatórios.
d) manter a tubulação a jusante em uma pressão esta-
belecida. 
e) evitar o refluxo por sucção de água na tubulação. 

3. (CESPE/2018 – STJ) Com relação a características das


organizações formais modernas; tipos de estrutura orga-
nizacional; natureza, finalidades e critérios de departa-
mentalização, julgue o próximo item.
A estrutura matricial prejudica a coordenação porque di-
ficulta a comunicação e diminui a flexibilidade.

( ) CERTO ( ) ERRADO

4. (CESPE/2017 – TRT/7ª Região - CE) O tipo de depar-


tamentalização que se baseia em tarefas interdependen-
tes e orientadas para objetivos únicos como estratégia
para determinar o desenho organizacional refere-se à
departamentalização

a) territorial.
b) funcional.
c) por projetos. 
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

d) por produto.

96
5. (TRT/7ª Região/ CE – 2017 - CESPE) A motivação 7. (CESPE/2012 – TJ/RO) Assinale a opção correta, rela-
depende do esforço despendido pelo empregado para tiva ao subsistema de esgoto sanitário.
atingir um resultado e do valor atribuído por ele a esse
resultado. Essa premissa se refere à teoria motivacional a) Uma vez utilizada, a água distribuída à população se
denominada teoria deteriora, tornando-se repulsiva aos sentidos, nociva
em consequência da poluição e da contaminação e
a) das necessidades de Maslow. imprestável mesmo para usos secundários.
b) da expectativa.  b) O material mais frequentemente empregado nas tu-
c) da equidade. bulações que compõem esse subsistema é o cimento
d) behaviorista. amianto, em função de sua resistência.
c) As redes de esgoto sanitário são formadas por cana-
6. (VUNESP/2016 – MPE/SP) Acerca das ferramentas de lizações de diâmetros bem dimensionados e constan-
análise hidráulica e dos respectivos componentes de um tes para atender a intensa vazão proveniente do uso
modelo quantitativo para avaliação do funcionamento urbano.
das redes de distribuição para abastecimento de água, d) O subsistema de esgoto sanitário é independe do sub-
assinale a alternativa correta. sistema de abastecimento de água.
e) As ligações prediais destinam-se à concordância, ins-
a) Uma dificuldade na formulação de um modelo de re- peção, limpeza e desobstrução dos trechos dos cole-
des de distribuição hidráulica se dá pela complexida- tores.
de em se acrescentar os dispositivos (como bombas e
válvulas redutoras de pressão) e modelar os respecti- 8. (QUADRIX/2016 - CRQ 18° Região/PI) Sobre carac-
vos comportamentos na rede. terísticas e fatos correlatos ao uso dos Equipamentos de
b) Num modelo para análise de redes de distribuição de Proteção Individual (EPIs), assinale a alternativa incorreta
água, o problema hidráulico correspondente pode ser . 
posto como o de determinação das vazões nos diver- a) Apenas fornecer EPIs aos funcionários garante a prote-
sos trechos da rede, de maneira a satisfazer as condi- ção da saúde do trabalhador.
ções expressas através das equações da conservação b) Os EPIs devem ser descartados quando não garanti-
de velocidade nos nós e de energia nos trechos da rem a proteção necessária.
rede. c) O funcionário que se negar a utilizar os EPIs está su-
c) O emprego de técnicas de otimização na análise de re- jeito a sanções trabalhistas, podendo até ser demitido
des é feito de modo a maximizar uma função objetiva, por justa causa. 
sujeita a um conjunto de equações lineares de restri- d) Os EPIs disponíveis hoje no mercado são confecciona-
ções que representam as equações de conservação de dos com materiais leves e confortáveis.
massa nos nós e de energia nos trechos. e) O Ministério do Trabalho brasileiro atesta a qualidade
d) Considerando que o vazamento é consequência di- dos EPIs disponíveis no mercado, emitindo, ou não, o
reta de defeitos na rede, a fim de avaliar as perdas, Certificado de Aprovação. 
o método de análise hidráulica deve considerar que
ocorrerão fugas de água na rede e que estas serão 9. (VUNESP/2007 - Prefeitura de Louveira) A leitura
proporcionais à velocidade. dos hidrômetros é uma tarefa muito importante, porque
e) A finalidade básica dos sistemas de distribuição de
água é transportar água de um lugar para o outro, a) é uma atividade que possibilita o aumento do número
garantindo que esta chegue em quantidade e quali- de empregos para a população.
dade desejadas ao usuário final. Assim, ao disponibi- b) dela depende a emissão de contas de consumo de
lizar água ao consumidor, é preciso que a energia e a água para cada consumidor.
pressão da rede sejam iguais à energia e à pressão que c) por meio dela o consumidor desonesto será descober-
serão usadas para superar as perdas de carga dentro to e punido.
dos imóveis. d) por meio dela a empresa vai atingir seu objetivo, que
é obter lucro.
e) dela depende a sobrevivência de muitos pais de fa-
mília.
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

97
10. (BIO Rio/Nuclebrás Equipamentos Pesados S.A.-
NUCLEP) ANOTAÇÕES

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a) válvula de globo.
b) válvula de gaveta. _________________________________________________
c) tê bilateral. _________________________________________________
d) bomba centrífuga.
e) cotovelo. _________________________________________________

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GABARITO
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1 B
2 A _________________________________________________
3 ERRADO _________________________________________________
4 B
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5 B
6 A _________________________________________________
7 A _________________________________________________
8 A
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9 B
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10 A
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

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98
ÍNDICE

NOÇÕES DE INFORMÁTICA
Conceitos básicos e modos de utilização de tecnologias, ferramentas, aplicativos e procedimentos de informática: tipos de
computadores, conceitos de hardware e de software, instalação de periféricos...........................................................................................01
Edição de textos, planilhas e apresentações (ambiente Microsoft Office, versões 2010, 2013 e 365)..................................................06
Noções de sistema operacional (ambiente Windows, versões 7, 8 e 10)..........................................................................................................35
Redes de computadores: conceitos básicos, ferramentas, aplicativos e procedimentos de Internet e intranet...............................42
Programas de navegação: Mozilla Firefox e Google Chrome................................................................................................................................42
Programa de correio eletrônico: MS Outlook..............................................................................................................................................................42
Sítios de busca e pesquisa na Internet............................................................................................................................................................................42
Conceitos de organização e de gerenciamento de informações, arquivos, pastas e programas............................................................57
Segurança da informação: procedimentos de segurança.......................................................................................................................................57
Noções de vírus, worms e pragas virtuais.....................................................................................................................................................................59
Aplicativos para segurança (antivírus, firewall, antispyware etc.).........................................................................................................................59
Procedimentos de backup...................................................................................................................................................................................................63
Vamos observar agora, alguns pontos fundamentais
CONCEITOS BÁSICOS E MODOS DE para o entendimento de informática em concursos públicos.
UTILIZAÇÃO DE TECNOLOGIAS, Hardware, são os componentes físicos do computador,
FERRAMENTAS, APLICATIVOS E ou seja, tudo que for tangível, ele é composto pelos peri-
PROCEDIMENTOS DE INFORMÁTICA: féricos, que podem ser de entrada, saída, entrada-saída ou
apenas saída, além da CPU (Unidade Central de Processa-
TIPOS DE COMPUTADORES, CONCEITOS DE
mento)
HARDWARE E DE SOFTWARE, INSTALAÇÃO Software, são os programas que permitem o funciona-
DE PERIFÉRICOS. mento e utilização da máquina (hardware), é a parte lógica
do computador, e pode ser dividido em Sistemas Operacio-
nais, Aplicativos, Utilitários ou Linguagens de Programação.
A Informática é um meio para diversos fins, com isso O primeiro software necessário para o funcionamento
acaba atuando em todas as áreas do conhecimento. A de um computador é o Sistema Operacional (Sistema Ope-
sua utilização passou a ser um diferencial para pessoas racional). Os diferentes programas que você utiliza em um
e empresas, visto que, o controle da informação passou computador (como o Word, Excel, PowerPoint etc) são os
a ser algo fundamental para se obter maior flexibilidade aplicativos. Já os utilitários são os programas que auxiliam
na manutenção do computador, o antivírus é o principal
no mercado de trabalho. Logo, o profissional, que melhor
exemplo, e para finalizar temos as Linguagens de Progra-
integrar sua área de atuação com a informática, atingirá,
mação que são programas que fazem outros programas,
com mais rapidez, os seus objetivos e, consequentemen-
como o JAVA por exemplo.
te, o seu sucesso, por isso em quase todos editais de con-
Importante mencionar que os softwares podem ser li-
cursos públicos temos Informática.
vres ou pagos, no caso do livre, ele possui as seguintes ca-
racterísticas:
• O usuário pode executar o software, para qualquer
#FicaDica uso.
Informática pode ser considerada como • Existe a liberdade de estudar o funcionamento do
significando “informação automática”, ou seja, a programa e de adaptá-lo às suas necessidades.
utilização de métodos e técnicas no tratamento • É permitido redistribuir cópias.
automático da informação. Para tal, é preciso • O usuário tem a liberdade de melhorar o programa
uma ferramenta adequada: O computador.
e de tornar as modificações públicas de modo que a
A palavra informática originou-se da junção de comunidade inteira beneficie da melhoria.
duas outras palavras: informação e automática.
Esse princípio básico descreve o propósito Entre os principais sistemas operacionais pode-se des-
essencial da informática: trabalhar informações tacar o Windows (Microsoft), em suas diferentes versões, o
para atender as necessidades dos usuários de Macintosh (Apple) e o Linux (software livre criado pelo fin-
maneira rápida e eficiente, ou seja, de forma landês Linus Torvalds), que apresenta entre suas versões o
automática e muitas vezes instantânea. Ubuntu, o Linux Educacional, entre outras.
É o principal software do computador, pois possibilita
que todos os demais programas operem.
O que é um computador?
O computador é uma máquina que processa dados,
orientado por um conjunto de instruções e destinado a #FicaDica
produzir resultados completos, com um mínimo de inter-
Android é um Sistema Operacional desenvolvido
venção humana. Entre vários benefícios, podemos citar: pelo Google para funcionar em dispositivos
: grande velocidade no processamento e disponibili- móveis, como Smartphones e Tablets. Sua
zação de informações; distribuição é livre, e qualquer pessoa pode
: precisão no fornecimento das informações; ter acesso ao seu código-fonte e desenvolver
: propicia a redução de custos em várias atividades aplicativos (apps) para funcionar neste Sistema
: próprio para execução de tarefas repetitivas; Operacional.
iOS, é o sistema operacional utilizado pelos
Como ele funciona? aparelhos fabricados pela Apple, como o iPhone
Em informática, e mais especialmente em computado- e o iPad.
res, a organização básica de um sistema será na forma de:
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

Conceitos básicos de Hardware (Placa mãe, memó-


rias, processadores (CPU) e disco de armazenamento
HDs, CDs e DVDs)
Os gabinetes são dotados de fontes de alimentação de
energia elétrica, botão de ligar e desligar, botão de reset,
baias para encaixe de drives de DVD, CD, HD, saídas de ven-
tilação e painel traseiro com recortes para encaixe de pla-
cas como placa mãe, placa de som, vídeo, rede, cada vez
Figura 1: Etapas de um processamento de dados. mais com saídas USBs e outras.

1
No fundo do gabinete existe uma placa de metal onde será fixada a placa mãe. Pelos furos nessa placa é possível
verificar se será possível ou não fixar determinada placa mãe em um gabinete, pois eles têm que ser proporcionais aos
furos encontrados na placa mãe para parafusá-la ou encaixá-la no gabinete.

#FicaDica
Placa-mãe, é a placa principal, formada por um conjunto de circuitos integrados (“chip set“) que reconhece e
gerencia o funcionamento dos demais componentes do computador.

Se o processador pode ser considerado o “cérebro” do computador, a placa-mãe (do inglês motherboard) represen-
ta a espinha dorsal, interligando os demais periféricos ao processador.
O disco rígido, do inglês hard disk, também conhecido como HD, serve como unidade de armazenamento perma-
nente, guardando dados e programas.
Ele armazena os dados em discos magnéticos que mantêm a gravação por vários anos, se necessário.
Esses discos giram a uma alta velocidade e tem seus dados gravados ou acessados por um braço móvel composto
por um conjunto de cabeças de leitura capazes de gravar ou acessar os dados em qualquer posição nos discos.
Dessa forma, os computadores digitais (que trabalham com valores discretos) são totalmente binários. Toda infor-
mação introduzida em um computador é convertida para a forma binária, através do emprego de um código qualquer
de armazenamento, como veremos mais adiante.
A menor unidade de informação armazenável em um computador é o algarismo binário ou dígito binário, conheci-
do como bit (contração das palavras inglesas binarydigit). O bit pode ter, então, somente dois valores: 0 e 1.
Evidentemente, com possibilidades tão limitadas, o bit pouco pode representar isoladamente; por essa razão, as
informações manipuladas por um computador são codificadas em grupos ordenados de bits, de modo a terem um
significado útil.
O menor grupo ordenado de bits representando uma informação útil e inteligível para o ser humano é o byte (leia-
-se “baite”).
Como os principais códigos de representação de caracteres utilizam grupos de oito bits por caracter, os conceitos
de byte e caracter tornam-se semelhantes e as palavras, quase sinônimas.
É costume, no mercado, construírem memórias cujo acesso, armazenamento e recuperação de informações são
efetuados byte a byte. Por essa razão, em anúncios de computadores, menciona-se que ele possui “512 mega bytes de
memória”; por exemplo, na realidade, em face desse costume, quase sempre o termo byte é omitido por já subentender
esse valor.
Para entender melhor essas unidades de memórias, veja a imagem abaixo:

Figura 2: Unidade de medida de memórias

Em resumo, a cada degrau que você desce na Figura 3 é só você dividir por 1024 e a cada degrau que você sobe
basta multiplicar por 1024. Vejamos dois exemplos abaixo:
Destacar essa tabela
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

Transformar 16422282522 kilobytes em terabytes:


Transformar 4 gigabytes em kilobytes:
16422282522 / 1024 = 16037385,28 megabytes
4 * 1024 = 4096 megabytes
16037385,28 / 1024 = 15661,51 gigabytes
4096 * 1024 = 4194304 kilobytes.
15661,51 / 1024 = 15,29 terabytes.

USB é abreviação de “Universal Serial Bus”. É a porta de entrada mais usada atualmente.
Além de ser usado para a conexão de todo o tipo de dispositivos, ele fornece uma pequena quantidade de energia.
Por isso permite que os conectores USB sejam usados por carregadores, luzes, ventiladores e outros equipamentos.
A fonte de energia do computador ou, em inglês é responsável por converter a voltagem da energia elétrica, que
chega pelas tomadas, em voltagens menores, capazes de ser suportadas pelos componentes do computador.

2
Monitor de vídeo Contém um conjunto de restritos de células de me-
Normalmente um dispositivo que apresenta informa- mória chamados registradores que podem ser lidos e
ções na tela de LCD, como um televisor atual. escritos muito mais rapidamente que em outros dispo-
Outros monitores são sensíveis ao toque (chamados sitivos de memória. Os registradores são unidades de
de touchscreen), onde podemos escolher opções tocan- memória que representam o meio mais caro e rápido de
do em botões virtuais, apresentados na tela. armazenamento de dados. Por isso são usados em pe-
quenas quantidades nos processadores.
Impressora Em relação a sua arquitetura, se destacam os modelos
Muito popular e conhecida por produzir informações RISC (Reduced Instruction Set Computer) e CISC (Com-
impressas em papel. plex Instruction Set Computer). Segundo Carter [s.d.]:
Atualmente existem equipamentos chamados im- ... RISC são arquiteturas de carga-armazenamento,
pressoras multifuncionais, que comportam impressora, enquanto que a maior parte das arquiteturas CISC per-
scanner e fotocopiadoras num só equipamento. mite que outras operações também façam referência à
Pen drive é a mídia portátil mais utilizada pelos usuá- memória.
rios de computadores atualmente. Possuem um clock interno de sincronização que de-
Ele não precisar recarregar energia para manter os fine a velocidade com que o processamento ocorre. Essa
dados armazenados. Isso o torna seguro e estável, ao velocidade é medida em Hertz. Segundo Amigo (2008):
contrário dos antigos disquetes. É utilizado através de Em um computador, a velocidade do clock se refere
uma porta USB (Universal Serial Bus). ao número de pulsos por segundo gerados por um os-
Cartões de memória, são baseados na tecnologia cilador (dispositivo eletrônico que gera sinais), que de-
flash, semelhante ao que ocorre com a memória RAM termina o tempo necessário para o processador executar
do computador, existe uma grande variedade de formato uma instrução. Assim para avaliar a performance de um
desses cartões. processador, medimos a quantidade de pulsos gerados
São muito utilizados principalmente em câmeras em 1 segundo e, para tanto, utilizamos uma unidade de
fotográficas e telefones celulares. Podem ser utilizados
medida de frequência, o Hertz.
também em microcomputadores.

#FicaDica
BIOS é o Basic Input/Output System, ou Sistema
Básico de Entrada e Saída, trata-se de um
mecanismo responsável por algumas atividades
consideradas corriqueiras em um computador,
mas que são de suma importância para o correto
funcionamento de uma máquina.

Se a BIOS para de funcionar, o PC também para! Ao


iniciar o PC, a BIOS faz uma varredura para detectar e
identificar todos os componentes de hardware conecta-
dos à máquina.
Só depois de todo esse processo de identificação é Figura 3: Esquema Processador
que a BIOS passa o controle para o sistema operacional e
o boot acontece de verdade. Na placa mãe são conectados outros tipos de placas,
Diferentemente da memória RAM, as memórias ROM com seus circuitos que recebem e transmite dados para
(Read Only Memory – Memória Somente de Leitura) não desempenhar tarefas como emissão de áudio, conexão à
são voláteis, mantendo os dados gravados após o desli- Internet e a outros computadores e, como não poderia
gamento do computador. faltar, possibilitar a saída de imagens no monitor.
As primeiras ROM não permitiam a regravação de seu Essas placas, muitas vezes, podem ter todo seu hard-
conteúdo. Atualmente, existem variações que possibili- ware reduzido a chips, conectados diretamente na placa
tam a regravação dos dados por meio de equipamentos mãe, utilizando todos os outros recursos necessários, que
especiais. Essas memórias são utilizadas para o armaze- não estão implementados nesses chips, da própria mo-
namento do BIOS. therboard. Geralmente esse fato implica na redução da
O processador que é uma peça de computador que velocidade, mas hoje essa redução é pouco considerada,
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

contém instruções para realizar tarefas lógicas e mate- uma vez que é aceitável para a maioria dos usuários.
máticas. O processador é encaixado na placa mãe atra- No entanto, quando se pretende ter maior potência
vés do socket, ele que processa todas as informações do de som, melhor qualidade e até aceleração gráfica de
computador, sua velocidade é medida em Hertz e os fa- imagens e uma rede mais veloz, a opção escolhida são as
bricantes mais famosos são Intel e AMD. placas off board. Vamos conhecer mais sobre esse termo
O processador do computador (ou CPU – Unidade e sobre as placas de vídeo, som e rede:
Central de Processamento) é uma das partes principais Placas de vídeo são hardwares específicos para traba-
do hardware do computador e é responsável pelos cál- lhar e projetar a imagem exibida no monitor. Essas placas
culos, execução de tarefas e processamento de dados. podem ser onboard, ou seja, com chipset embutido na

3
placa mãe, ou off board, conectadas em slots presentes
na placa mãe. São considerados dispositivos de saída de EXERCÍCIOS COMENTADOS
dados, pois mostram ao usuário, na forma de imagens,
o resultado do processamento de vários outros dados.
Você já deve ter visto placas de vídeo com especi-
ficações 1x, 2x, 8x e assim por diante. Quanto maior o
número, maior será a quantidade de dados que passarão
por segundo por essa placa, o que oferece imagens de
vídeo, por exemplo, com velocidade cada vez mais próxi-
ma da realidade. Além dessa velocidade, existem outros
itens importantes de serem observados em uma placa
de vídeo: aceleração gráfica 3D, resolução, quantidade de
cores e, como não poderíamos esquecer, qual o padrão
de encaixe na placa mãe que ela deverá usar (atualmente
seguem opções de PCI ou AGP). Vamos ver esses itens
um a um:
Placas de som são hardwares específicos para traba-
lhar e projetar a sons, seja em caixas de som, fones de
ouvido ou microfone. Essas placas podem ser onboard,
ou seja, com chipset embutido na placa mãe, ou of-
fboard, conectadas em slots presentes na placa mãe. São
dispositivos de entrada e saída de dados, pois tanto per-
mitem a inclusão de dados (com a entrada da voz pelo
microfone, por exemplo) como a saída de som (através
das caixas de som, por exemplo).
Placas de rede são hardwares específicos para inte-
Considerando a figura acima, que ilustra as propriedades
grar um computador a uma rede, de forma que ele possa
de um dispositivo USB conectado a um computador com
enviar e receber informações. Essas placas podem ser on-
sistema operacional Windows 7, julgue os itens a seguir
board, ou seja, com chipset embutido na placa mãe, ou
offboard, conectadas em slots presentes na placa mãe.
1) Escrivão de Polícia CESPE 2013
As informações na figura mostrada permitem inferir que
#FicaDica o dispositivo USB em questão usa o sistema de arquivo
NTFS, porque o fabricante é Kingston.
Alguns dados importantes a serem observados
em uma placa de rede são: a arquitetura de rede ( ) Certo ( ) Errado
que atende os tipos de cabos de rede suportados
e a taxa de transmissão.
Resposta: Errado - Por padrão os pendrives (de baixa
capacidade) são formatados no sistema de arquivos
Periféricos de computadores FAT, mas a marca do dispositivo ou mesmo a janela
Para entender o suficiente sobre periféricos para con- ilustrada não apresenta informações para afirmar sobre
curso público é importante entender que os periféricos qual sistema de arquivos está sendo utilizado.
são os componentes (hardwares) que estão sempre liga-
dos ao centro dos computadores. 2) Escrivão de Polícia CESPE 2013
Os periféricos são classificados como: Ao se clicar o ícone , será mostrado, no
Dispositivo de Entrada: É responsável em transmitir a Resumo das Funções do Dispositivo, em que porta USB o
informação ao computador. Exemplos: mouse, scanner, dispositivo está conectado.
microfone, teclado, Web Cam, Trackball, Identificador
Biométrico, Touchpad e outros. ( ) Certo ( ) Errado
Dispositivos de Saída: É responsável em receber a in-
formação do computador. Exemplos: Monitor, Impresso- Resposta: Certo - Ao se clicar no ícone citado será de-
ras, Caixa de Som, Ploter, Projector de Vídeo e outros. monstrada uma janela com informações/propriedades
Dispositivo de Entrada e Saída: É responsável em do dispositivo em questão, uma das informações que
transmitir e receber informação ao computador. Exem- aparecem na janela é a porta em que o dispositivo USB
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

plos: Drive de Disquete, HD, CD-R/RW, DVD, Blu-ray, mo- foi/está conectado.
dem, Pen-Drive, Placa de Rede, Monitor Táctil, Dispositivo
de Som e outros. 3) Escrivão de Polícia CESPE 2013
Um clique duplo em fará
#FicaDica que seja disponibilizada uma janela contendo funcionali-
dades para a formatação do dispositivo USB.
Periféricos sempre podem ser classificados em
três tipos: entrada, saída e entrada e saída. ( ) Certo ( ) Errado

4
Resposta: Errado - O Clique duplo para o caso da ilus- Resposta: Errado - O uso dos processadores era algo
tração fará abrir a janela de propriedades do dispositivo. que até um tempo atrás ficava restrito a desktops, no-
A respeito de tipos de computadores e sua arquitetura tebooks e, em uma maior escala, a servidores, mas com
de processador, julgue os itens subsequentes a popularização de smartphones e tablets esse cenário
mudou. Grandes players como Samsung, Apple e NVI-
4) Escrivão de Polícia CESPE 2013 DIA passaram a fabricar seus próprios modelos, conhe-
Diferentemente de um processador de 32 bits, que não cidos como SoCs (System on Chip), que além da CPU
suporta programas feitos para 64 bits, um processador incluem memória RAM, placa de vídeo e muitos outros
de 64 bits é capaz de executar programas de 32 bits e componentes.
de 64 bits.
8) Delegado de Polícia CESPE 2004
( ) Certo ( ) Errado Ao se clicar a opção , será executado um programa
que permitirá a realização de operações de criptografia
Resposta: Certo - Se o programa for especialmente pro- no arquivo para protegê-lo contra leitura indevida.
jetado para a versão de 64 bits do Windows, ele não
funcionará na versão de 32 bits do Windows. (Entretan- ( ) Certo ( ) Errado
to, a maioria dos programas feitos para a versão de 32
bits do Windows funciona com uma versão de 64 bits Resposta: Errado - WinZip é um dos principais progra-
do Windows.) mas para compactar e descompactar arquivos de seu
computador. Perfeito para organizar e economizar es-
5) Escrivão de Polícia CESPE 2013 paço em seu disco rígido.
Um processador moderno de 32 bits pode ter mais de
um núcleo por processador. 9) Delegado de Polícia CESPE 2004
A comunicação entre a CPU e o monitor de vídeo é feita,
( ) Certo ( ) Errado na grande maioria dos casos, pela porta serial.

Resposta: Certo - O processador pode ter mais de um ( ) Certo ( ) Errado


núcleo (CORE), o que gera uma divisão de tarefas, eco-
nomizando energia e gerando menos calor. EX. dual Resposta: Errado - As portas de vídeo mais comuns são:
core (2 núcleos). Os tipos de processador podem ser de VGA, DVI, HDMI
32bits e 64 bits
10) Delegado de Polícia CESPE 2004
6) Escrivão de Polícia CESPE 2013 Alguns tipos de mouse se comunicam com o computa-
Se uma solução de armazenamento embasada em hard dor por meio de porta serial.
drive externo de estado sólido usando USB 2.0 for subs-
tituída por uma solução embasada em cloud storage, ( ) Certo ( ) Errado
ocorrerá melhoria na tolerância a falhas, na redundância
e na acessibilidade, além de conferir independência fren- Resposta: Certo - A interface serial ou porta serial,
te aos provedores de serviços contratados. também conhecida como RS-232 é uma porta de co-
municação utilizada para conectar pendrives, modems,
( ) Certo ( ) Errado mouses, algumas impressoras, scanners e outros equi-
pamentos de hardware. Na interface serial, os bits são
Resposta: Errado - Não há “maior independência frente transferidos em fila, ou seja, um bit de dados de cada
aos provedores de serviço contratados”, pois o acesso vez.
aos dados dependerá do provedor de serviços de nuvem
no qual seus dados ficarão armazenados, qualquer que
seja a nuvem. Independência para mudar de fornece-
dor, quando existente, não implica em dizer que o usu-
ário fica independente do fornecedor que esteja usando
no momento.

Acerca de conceitos de hardware, julgue o item seguinte.


NOÇÕES DE INFORMÁTICA

7) Papiloscopista CESPE 2012


Diferentemente dos computadores pessoais ou PCs tra-
dicionais, que são operados por meio de teclado e mou-
se, os tablets, computadores pessoais portáteis, dispõem
de recurso touchscreen. Outra diferença entre esses dois
tipos de computadores diz respeito ao fato de o tablet
possuir firmwares, em vez de processadores, como o PC.

( ) Certo ( ) Errado

5
EDIÇÃO DE TEXTOS, PLANILHAS E APRESENTAÇÕES (AMBIENTE MICROSOFT OFFICE,
VERSÕES 2010, 2013 E 365).

Word 2010, 2013 e detalhes gerais

Figura 6: Tela do Microsoft Word 2010

As guias foram criadas para serem orientadas por tarefas, já os grupos dentro de cada guia criam subtarefas para as
tarefas, e os botões de comando em cada grupo possui um comando.
As extensões são fundamentais, desde a versão 2007 passou a ser DOCX, mas vamos analisar outras extensões que
podem ser abordadas em questões de concursos na Figura 7.
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

Figura 7: Extensões de Arquivos ligados ao Word

#FicaDica
As guias envolvem grupos e botões de comando, e são organizadas por tarefa. Os Grupos dentro de
cada guia quebram uma tarefa em subtarefas. Os Botões de comando em cada grupo possuem um co-
mando ou exibem um menu de comandos.

6
Existem guias que vão aparecer apenas quando um determinado objeto aparecer para ser formatado. No exemplo
da imagem, foi selecionada uma figura que pode ser editada com as opções que estiverem nessa guia.

Figura 8: Indicadores de caixa de diálogo

Indicadores de caixa de diálogo – aparecem em alguns grupos para oferecer a abertura rápida da caixa de diálogo
do grupo, contendo mais opções de formatação.
As réguas orientam na criação de tabulações e no ajuste de parágrafos, por exemplo.
Determinam o recuo da primeira linha, o recuo de deslocamento, recuo à esquerda e permitem tabulações esquer-
da, direita, centralizada, decimal e barra.
Para ajustar o recuo da primeira linha, após posicionar o cursor do mouse no parágrafo desejado, basta pressionar
o botão esquerdo do mouse sobre o “Recuo da primeira linha” e arrastá-lo pela régua.
Para ajustar o recuo à direita do documento, basta selecionar o parágrafo ou posicionar o cursor após a linha dese-
jada, pressionar o botão esquerdo do mouse no “Recuo à direita” e arrastá-lo na régua.
Para ajustar o recuo, deslocando o parágrafo da esquerda para a direita, basta selecioná-lo e mover, na régua, como
explicado anteriormente, o “Recuo deslocado”.
Podemos também usar o recurso “Recuo à esquerda”, que move para a esquerda, tanto a primeira linha quanto o
restante do parágrafo selecionado.
Com a régua, podemos criar tabulações, ou seja, determinar onde o cursor do mouse vai parar quando pressionar-
mos a tecla Tab.

Figura 9: Réguas
4. Grupo edição

Permite localizar palavras em um documento, substituir palavras localizadas por outras ou aplicar formatações e
selecionar textos e objetos no documento.
Para localizar uma palavra no texto, basta clicar no ícone Localizar , digitar a palavra na linha do localizar e clicar no
botão Localizar Próxima.
A cada clique será localizada a próxima palavra digitada no texto. Temos também como realçar a palavra que dese-
jamos localizar para facilitar a visualizar da palavra localizada.
Na janela também temos o botão “Mais”. Neste botão, temos, entre outras, as opções:
- Diferenciar maiúscula e minúscula: procura a palavra digitada na forma que foi digitada, ou seja, se foi digitada em
minúscula, será localizada apenas a palavra minúscula e, se foi digitada em maiúscula, será localizada apenas e palavra
maiúscula.
- Localizar palavras inteiras: localiza apenas a palavra exatamente como foi digitada. Por exemplo, se tentarmos
localizar a palavra casa e no texto tiver a palavra casaco, a parte “casa” da palavra casaco será localizada, se essa opção
não estiver marcada. Marcando essa opção, apenas a palavra casa, completa, será localizada.
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

- Usar caracteres curinga: com esta opção marcada, usamos caracteres especiais. Por exemplo, é possível usar o
caractere curinga asterisco (*) para procurar uma sequência de caracteres (por exemplo, “t*o” localiza “tristonho” e
“término”).

7
Veja a lista de caracteres que são considerados curinga, retirada do site do Microsoft Office:

Para localizar digite exemplo


Qualquer caractere único ? s?o localiza salvo e sonho.
Qualquer sequência de caracteres * t*o localiza tristonho e término.
<(org) localiza
O início de uma palavra < organizar e organização,
mas não localiza desorganizado.
(do)> localiza medo e cedo, mas não
O final de uma palavra >
localiza domínio.
Um dos caracteres especificados [] v[ie]r localiza vir e ver
[r-t]ã localiza rã e sã.
Qualquer caractere único neste intervalo [-] Os intervalos devem estar em ordem
crescente.
Qualquer caractere único, exceto os caracteres no F[!a-m]rro localiza forro, mas não localiza
[!x-z]
intervalo entre colchetes ferro.
Exatamente n ocorrências do caractere ou expressão ca{2}tinga localiza caatinga, mas não
{n}
anterior catinga.
Pelo menos n ocorrências do caractere ou expressão
{n,} ca{1,}tinga localiza catinga e caatinga.
anterior
De n a m ocorrências do 10{1,3} localiza 10,
{n,m}
caractere ou expressão anterior 100 e 1000.
Uma ou mais ocorrências do caractere ou expressão ca@tinga localiza
@
anterior catinga e caatinga.

O grupo tabela é muito utilizado em editores de texto, como por exemplo a definição de estilos da tabela.

Figura 10: Estilos de Tabela

Fornece estilos predefinidos de tabela, com formatações de cores de células, linhas, colunas, bordas, fontes e de-
mais itens presentes na mesma. Além de escolher um estilo predefinido, podemos alterar a formatação do sombrea-
mento e das bordas da tabela.
Com essa opção, podemos alterar o estilo da borda, a sua espessura, desenhar uma tabela ou apagar partes de uma
tabela criada e alterar a cor da caneta e ainda, clicando no “Escolher entre várias opções de borda”, para exibir a seguinte tela:
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

Figura 11: Bordas e sombreamento

8
Na janela Bordas e sombreamento, no campo “Defi- 6. Grupo Links:
nição”, escolhemos como será a borda da nossa tabela:
- Nenhuma: retira a borda; Inserir hyperlink: cria um link para uma página da Web,
- Caixa: contorna a tabela com uma borda tipo caixa; uma imagem, um e – mail. Indicador: cria um indicador para
- Todas: aplica bordas externas e internas na tabe- atribuir um nome a um ponto do texto. Esse indicador pode
la iguais, conforme a seleção que fizermos nos demais se tornar um link dentro do próprio documento.
campos de opção; Referência cruzada: referência tabelas.
- Grade: aplica a borda escolhida nas demais opções Grupo cabeçalho e rodapé:
da janela (como estilo, por exemplo) ao redor da tabela e Insere cabeçal
as bordas internas permanecem iguais. hos, rodapés e números de páginas.
- Estilo: permite escolher um estilo para as bordas
da tabela, uma cor e uma largura. Grupo texto:
- Visualização: através desse recurso, podemos definir
bordas diferentes para uma mesma tabela. Por exemplo,
podemos escolher um estilo e, em visualização, clicar na
borda superior; escolher outro estilo e clicar na borda in-
ferior; e assim colocar em cada borda um tipo diferente
de estilo, com cores e espessuras diferentes, se assim de-
sejarmos.

A guia “Borda da Página”, desta janela, nos traz re-


cursos semelhantes aos que vimos na Guia Bordas. A di-
ferença é que se trata de criar bordas na página de um Figura 13: Grupo Texto
documento e não em uma tabela.
Outra opção diferente nesta guia, é o item Arte. Com 1 – Caixa de texto: insere caixas de texto pré-formata-
ele, podemos decorar nossa página com uma borda que das. As caixas de texto são espaços próprios para inser-
envolve vários tipos de desenhos. ção de textos que podem ser direcionados exatamente
Alguns desses desenhos podem ser formatados onde precisamos. Por exemplo, na figura “Grupo Texto”,
com cores de linhas diferentes, outros, porém não per- os números ao redor da figura, do 1 até o 7, foram adi-
mitem outras formatações a não ser o ajuste da largura. cionados através de caixas de texto.
Podemos aplicar as formatações de bordas da página 2 – Partes rápidas: insere trechos de conteúdos reuti-
no documento todo ou apenas nas sessões que dese- lizáveis, incluindo campos, propriedades de documentos
jarmos, tendo assim um mesmo documento com bordas como autor ou quaisquer fragmentos de texto pré-for-
em uma página, sem bordas em outras ou até mesmo mado.
bordas de página diferentes em um mesmo documento. 3 – Linha de assinatura: insere uma linha que serve
como base para a assinatura de um documento.
5. Grupo Ilustrações: 4 – Data e hora: insere a data e a hora atuais no do-
cumento.
5 – Insere objeto: insere um objeto incorporado.
6 – Capitular: insere uma letra maiúscula grande no
início de cada parágrafo. É uma opção de formatação
decorativa, muito usada principalmente, em livros e re-
vistas. Para inserir a letra capitular, basta clicar no pará-
grafo desejado e depois na opção “Letra Capitular”. Veja
o exemplo:

Neste parágrafo foi inserida a letra capitular

Figura 12: Grupo Ilustrações 7. Guia revisão

1 – Inserir imagem do arquivo: permite inserir no teto 7.1. Grupo revisão de texto
uma imagem que esteja salva no computador ou em ou-
tra mídia, como pendrive ou CD.
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

2 – Clip-art: insere no arquivo imagens e figuras


que se encontram na galeria de imagens do Word.
3 – Formas: insere formas básicas como setas, cubos,
elipses e outras.
4 – SmartArt: insere elementos gráficos para co-
municar informações visualmente.
5 – Gráfico: insere gráficos para ilustrar e comparar
dados.
Figura 14: Grupo revisão de texto

9
1 – Pesquisar: abre o painel de tarefas viabilizando
pesquisas em materiais de referência como jornais, enci- #FicaDica
clopédias e serviços de tradução.
2 – Dica de tela de tradução: pausando o cursor sobre Por exemplo, a palavra informática. Se
algumas palavras é possível realizar sua tradução para clicarmos com o botão direito do mouse
outro idioma. sobre ela, um menu suspenso nos será
3 – Definir idioma: define o idioma usado para realizar mostrado, nos dando a opção de escolher
a correção de ortografia e gramática. a palavra informática. Clicando sobre ela, a
4 – Contar palavras: possibilita contar as palavras, os palavra do texto será substituída e o texto
caracteres, parágrafos e linhas de um documento. ficará correto.
5 – Dicionário de sinônimos: oferece a opção de alte-
rar a palavra selecionada por outra de significado igual
ou semelhante. 8. Grupo comentário:
6 – Traduzir: faz a tradução do texto selecionado para
outro idioma. Novo comentário: adiciona um pequeno texto que ser-
7 – Ortografia e gramática: faz a correção ortográfica ve como comentário do texto selecionado, onde é possível
e gramatical do documento. Assim que clicamos na op- realizar exclusão e navegação entre os comentários.
ção “Ortografia e gramática”, a seguinte tela será aberta:
9. Grupo controle:

Figura 16: Grupo controle

1 – Controlar alterações: controla todas as alterações


feitas no documento como formatações, inclusões, ex-
clusões e alterações.
2 – Balões: permite escolher a forma de visualizar as
alterações feitas no documento com balões no próprio
documento ou na margem.
3 – Exibir para revisão: permite escolher a forma de
exibir as alterações aplicadas no documento.
4 – Mostrar marcações: permite escolher o tipo de
marcação a ser exibido ou ocultado no documento.
Figura 15: Verificar ortografia e gramática
5 – Painel de revisão: mostra as revisões em uma tela
separada.
A verificação ortográfica e gramatical do Word, já
busca trechos do texto ou palavras que não se enqua- 10. Grupo alterações:
drem no perfil de seus dicionários ou regras gramaticais
e ortográficas. Na parte de cima da janela “Verificar or-
tografia e gramática”, aparecerá o trecho do texto ou pa-
lavra considerada inadequada. Em baixo, aparecerão as
sugestões. Caso esteja correto e a sugestão do Word não
se aplique, podemos clicar em “Ignorar uma vez”; caso a
regra apresentada esteja incorreta ou não se aplique ao
trecho do texto selecionado, podemos clicar em “Ignorar
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

regra”; caso a sugestão do Word seja adequada, clicamos


em “Alterar” e podemos continuar a verificação de orto-
grafia e gramática clicando no botão “Próxima sentença”.
Se tivermos uma palavra sublinhada em vermelho, Figura 17: Grupo alterações
indicando que o Word a considera incorreta, podemos
apenas clicar com o botão direito do mouse sobre ela e 1 – Rejeitar: rejeita a alteração atual e passa para a
verificar se uma das sugestões propostas se enquadra. próxima alteração proposta.
2 – Anterior: navega até a revisão anterior para que
seja aceita ou rejeitada.

10
3 – Próximo: navega até a próxima revisão para que
possa ser rejeitada ou aceita.
#FicaDica
4 – Aceitar: aceita a alteração atual e continua a nave-
gação para aceitação ou rejeição. Perguntas de intervalos de impressão são
constantes em questões de concurso!
Para imprimir nosso documento, basta clicar no botão
do Office e posicionar o mouse sobre o ícone “Imprimir”.
Este procedimento nos dará as seguintes opções: Word 2013
- Imprimir – onde podemos selecionar uma impresso-
ra, o número de cópias e outras opções de configuração Vejamos abaixo alguns novos itens implementados na
antes de imprimir. plataforma Word 2013:
- Impressão Rápida – envia o documento diretamente Modo de leitura: o usuário que utiliza o software para a
para a impressora configurada como padrão e não abre leitura de documentos perceberá rapidamente a diferença,
opções de configuração. pois seu novo Modo de Leitura conta com um método que
abre o arquivo automaticamente no formato de tela cheia,
- Visualização da Impressão – promove a exibição do ocultando as barras de ferramentas, edição e formatação.
documento na forma como ficará impresso, para que Além de utilizar a setas do teclado (ou o toque do dedo nas
possamos realizar alterações, caso necessário. telas sensíveis ao toque) para a troca e rolagem da página
durante a leitura, basta o usuário dar um duplo clique sobre
uma imagem, tabela ou gráfico e o mesmo será ampliado,
facilitando sua visualização. Como se não bastasse, clicando
com o botão direito do mouse sobre uma palavra desco-
nhecida, é possível ver sua definição através do dicionário
integrado do Word.
Documentos em PDF: agora é possível editar um do-
cumento PDF no Word, sem necessitar recorrer ao Adobe
Acrobat. Em seu novo formato, o Word é capaz de conver-
ter o arquivo em uma extensão padrão e, depois de edita-
do, salvá-lo novamente no formato original. Esta façanha,
contudo, passou a ser de extensa utilização, pois o uso de
arquivos PDF está sendo cada vez mais corriqueiro no am-
biente virtual.
Interação de maneira simplificada: o Word trata normal-
mente a colaboração de outras pessoas na criação de um
documento, ou seja, os comentários realizados neste, como
se cada um fosse um novo tópico. Com o Word 2013 é pos-
sível responder diretamente o comentário de outra pessoa
clicando no ícone de uma folha, presente no campo de lei-
tura do mesmo. Esta interação de usuários, realizada através
dos comentários, aparece em forma de pequenos balões à
margem documento.
Compartilhamento Online: compartilhar seus documen-
tos com diversos usuários e até mesmo enviá-lo por e-mail
tornou-se um grande diferencial da nova plataforma Office
Figura 18: Imprimir 2013. O responsável por esta apresentação online é o Office
Presentation Service, porém, para isso, você precisa estar lo-
As opções que temos antes de imprimir um arquivo gado em uma Conta Microsoft para acessá-lo. Ao terminar
estão exibidas na imagem acima. Podemos escolher a o arquivo, basta clicar em Arquivo / Compartilhar / Apre-
impressora, caso haja mais de uma instalada no compu- sentar Online / Apresentar Online e o mesmo será enviado
tador ou na rede, configurar as propriedades da impres- para a nuvem e, com isso, você irá receber um link onde
sora, podendo estipular se a impressão será em alta qua- poderá compartilhá-lo também por e-mail, permitindo aos
lidade, econômica, tom de cinza, preto e branca, entre demais usuários baixá-lo em formato PDF.
outras opções. Ocultar títulos em um documento: apontado como uma
Escolhemos também o intervalo de páginas, ou seja, dificuldade por grande parte dos usuários, a rolagem e edi-
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

se desejamos imprimir todo o documento, apenas a pá- ção de determinadas partes de um arquivo muito extenso,
gina atual (página em que está o ponto de inserção), ou com vários títulos, acabou de se tornar uma tarefa mais fácil
um intervalo de páginas. Podemos determinar o número e menos desconfortável. O Word 2013 permite ocultar as
de cópias e a forma como as páginas sairão na impres- seções e/ou títulos do documento, bastando os mesmos
são. Por exemplo, se forem duas cópias, determinamos estarem formatados no estilo  Títulos  (pré-definidos pelo
se sairão primeiro todas as páginas de número 1, depois Office). Ao posicionar o mouse sobre o título, é exibida uma
as de número 2, assim por diante, ou se desejamos que espécie de triângulo a sua esquerda, onde, ao ser clicado,
a segunda cópia só saia depois que todas as páginas da o conteúdo referente a ele será ocultado, bastando repe-
primeira forem impressas. tir a ação para o mesmo reaparecer.

11
Enfim, além destas novidades apresentadas existem outras tantas, como um layout totalmente modificado, focado
para a utilização do software em tablets e aparelhos com telas sensíveis ao toque. Esta nova plataforma, também, abre
um amplo leque para a adição de vídeos online e imagens ao documento. Contudo, como forma de assegurar toda esta
relação online de compartilhamento e boas novidades, a Microsoft adotou novos mecanismos de segurança para seus
aplicativos, retornando mais tranquilidade para seus usuários.
O grande trunfo do Office 2013 é sua integração com a nuvem. Do armazenamento de arquivos a redes sociais, os
softwares dessa versão são todos conectados. O ponto de encontro deles é o SkyDrive, o HD na internet da Microsoft. 
A tela de apresentação dos principais programas é ligada ao serviço, oferecendo opções de login, upload e down-
load de arquivos. Isso permite que um arquivo do Word, por exemplo, seja acessado em vários dispositivos com seu
conteúdo sincronizado. Até a página em que o documento foi fechado pode ser registrada. 
Da mesma maneira, é possível realizar trabalhos em conjunto entre vários usuários. Quem não tem o Office instala-
do pode fazer edições na versão online do sistema. Esses e outros contatos podem ser reunidos no Outlook.
As redes sociais também estão disponíveis nos outros programas. É possível fazer buscas de imagens no Bing ou
baixar fotografias do Flickr, por exemplo. Outro serviço de conectividade é o SharePoint, que indica arquivos a serem
acessados e contatos a seguir baseado na atividade do usuário no Office.
O Office 365 é um novo jeito de usar os tão conhecidos softwares do pacote Office da Microsoft. Em vez de comprar
programas como Word, Excel ou PowerPoint, você agora pode fazer uma assinatura e desfrutar desses aplicativos e de
muitos outros no seu computador ou smartphone.
A assinatura ainda traz diversas outras vantagens, como 1 TB de armazenamento na nuvem com o OneDrive, mi-
nutos Skype para fazer ligações para telefones fixos e acesso ao suporte técnico especialista da Microsoft. Tudo isso
pagando uma taxa mensal, o que você já faz para serviços essenciais para o seu dia a dia, como Netflix e Spotify. Porém,
aqui estamos falando da suíte de escritório indispensável para qualquer computador.
Veja abaixo as versões do Office 365

Figura 19: Versões Office 365

14. LibreOffice Writer

O LibreOffice (que se chamava BrOffice) é um software livre e de código aberto que foi desenvolvido tendo como
base o OpenOffice. Pode ser instalado em vários sistemas operacionais (Windows, Linux, Solaris, Unix e Mac OS X), ou
seja, é multiplataforma. Os aplicativos dessa suíte são:
• Writer - editor de texto;
• Calc - planilha eletrônica;
• Impress - editor de apresentações;
• Draw - ferramenta de desenho vetorial;
• Base - gerenciador de banco de dados;
• Math - editor de equações matemáticas.

-  O LibreOffice trabalha com um formato de padrão aberto chamado Open Document Format for Office Appli-
cations (ODF), que é um formato de arquivo baseado na linguagem XML.  Os formatos para Writer, Calc e Impress
utilizam o mesmo “prefixo”, que é “od” de “Open Document”. Dessa forma, o que os diferencia é a última letra. Writer
→ .odt (Open Document Text); Calc → .ods (Open Document Spreadsheet); e Impress → .odp (Open Document Presen-
tations).
Em relação a interface com o usuário, o LibreOffice utiliza o conceito de menus para agrupar as funcionalidades
do aplicativo. Além disso, todos os aplicativos utilizam uma interface semelhante. Veja no exemplo abaixo o aplicativo
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

Writer.

12
Figura 20: Tela do Libreoffice Writer
 
O LibreOffice permite que o usuário crie tarefas automatizadas que são conhecidas como macros (utilizando a lin-
guagem LibreOffice Basic). 
 O Writer é o editor de texto do LibreOffice e o seu formato de arquivo padrão é o .odt (Open Document Text). As
principais teclas de atalho do Writer são:
Destacar essa tabela devido a recorrência em cair atalhos em concurso

NOÇÕES DE INFORMÁTICA

Figura 21: Atalhos Word x Writer

13
Excel 2010, 2013 e detalhes gerais

Figura 23: Tela Principal do Excel 2013

Barra de Títulos:
A linha superior da tela é a barra de títulos, que mostra o nome da pasta de trabalho na janela. Ao iniciar o programa
aparece Pasta 1 porque você ainda não atribuiu um nome ao seu arquivo.

Faixa de Opções:
Desde a versão 2007 do Office, os menus e barras de ferramentas foram substituídos pela Faixa de Opções. Os co-
mandos são organizados em uma única caixa, reunidos em guias. Cada guia está relacionada a um tipo de atividade e,
para melhorar a organização, algumas são exibidas somente quando necessário.
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

Figura 24: Faixa de Opções

14
Barra de Ferramentas de Acesso Rápido:
A Barra de Ferramentas de Acesso Rápido fica posicionada no topo da tela e pode ser configurada com os botões
de sua preferência, tornando o trabalho mais ágil.

Figura 25: Barra de Ferramentas de Acesso Rápido

Adicionando e Removendo Componentes:


Para ocultar ou exibir um botão de comando na barra de ferramentas de acesso rápido podemos clicar com o botão
direito no componente que desejamos adicionar, em qualquer guia. Será exibida uma janela com a opção de Adicionar
à Barra de Ferramentas de Acesso Rápido. Temos ainda outra opção de adicionar ou remover componentes nesta bar-
ra, clicando na seta lateral. Na janela apresentada temos várias opções para personalizar a barra, além da opção Mais
Comandos..., onde temos acesso a todos os comandos do Excel.

Figura 26: Adicionando componentes à Barra de Ferramentas de Acesso Rápido

Para remoção do componente, selecione-o, clique com o botão direito do mouse e escolha Remover da Barra de
Ferramentas de Acesso Rápido.

Barra de Status:
Localizada na parte inferior da tela, a barra de status exibe mensagens, fornece estatísticas e o status de algumas
teclas. Nela encontramos o recurso de Zoom e os botões de “Modos de Exibição”.

Figura 27: Barra de Status


NOÇÕES DE INFORMÁTICA

15
Clicando com o botão direito sobre a barra de status, será exibida a caixa Personalizar barra de status. Nela pode-
mos ativar ou desativar vários componentes de visualização.

Figura 28: Personalizar Barra de Status

Barras de Rolagem: Nos lados direito e inferior da região de texto estão as barras de rolagem. Clique nas setas para
cima ou para baixo para mover a tela verticalmente, ou para a direita e para a esquerda para mover a tela horizontal-
mente, e assim poder visualizar toda a sua planilha.

Planilha de Cálculo: A área quadriculada representa uma planilha de cálculos, na qual você fará a inserção de dados
e fórmulas para colher os resultados desejados.
Uma planilha é formada por linhas, colunas e células. As linhas são numeradas (1, 2, 3, etc.) e as colunas nomeadas
com letras (A, B, C, etc.).
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

Figura 29: Planilha de Cálculo

16
Cabeçalho de Coluna: Cada coluna tem um cabeçalho, que contém a letra que a identifica. Ao clicar na letra, toda
a coluna é selecionada.

Figura 30: Seleção de Coluna

Ao dar um clique com o botão direito do mouse sobre o cabeçalho de uma coluna, aparecerá o menu pop-up, onde
as opções deste menu são as seguintes:
-Formatação rápida: a caixa de formatação rápida permite escolher a formatação de fonte e formato de dados, bem
como mesclagem das células (será abordado mais detalhadamente adiante).
-Recortar: copia toda a coluna para a área de transferência, para que possa ser colada em outro local determinado
e, após colada, essa coluna é excluída do local de origem.
-Copiar: copia toda a coluna para a área de transferência, para que possa ser colada em outro local determinado.
-Opções de Colagem: mostra as diversas opções de itens que estão na área de transferência e que tenham sido
recortadas ou copiadas.
-Colar especial: permite definir formatos específicos na colagem de dados, sobretudo copiados de outros aplicativos.
-Inserir: insere uma coluna em branco, exatamente antes da coluna selecionada.
-Excluir: exclui toda a coluna selecionada, inclusive os dados nela contidos e sua formatação.
-Limpar conteúdo: apenas limpa os dados de toda a coluna, mantendo a formatação das células.
-Formatar células: permite escolher entre diversas opções para fazer a formatação das células (tal procedimento
será visto detalhadamente adiante).
-Largura da coluna: permite definir o tamanho da coluna selecionada.
-Ocultar: oculta a coluna selecionada. Muitas vezes uma coluna é utilizada para fazer determinados cálculos, neces-
sários para a totalização geral, mas desnecessários na visualização. Neste caso, utiliza-se esse recurso.
-Re-exibir: reexibe colunas ocultas.

Cabeçalho de Linha: Cada linha tem também um cabeçalho, que contém o número que a identifica. Clicando no
cabeçalho de uma linha, esta ficará selecionada.
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

Figura 31: Cabeçalho de linha

#FicaDica
Célula: As células, são as combinações entre linha e colunas. Por exemplo, na coluna A, linha 1, temos a
célula A1. Na Caixa de Nome, aparecerá a célula onde se encontra o cursor.

17
Sendo assim, as células são representadas como mostra a tabela:

Figura 32: Representação das Células

Caixa de Nome: Você pode visualizar a célula na qual o cursor está posicionado através da Caixa de Nome, ou, ao
contrário, pode clicar com o mouse nesta caixa e digitar o endereço da célula em que deseja posicionar o cursor. Após
dar um “Enter”, o cursor será automaticamente posicionado na célula desejada.

Guias de Planilhas: Em versões anteriores do Excel, ao abrir uma nova pasta de trabalho no Excel, três planilhas já
eram criadas: Plan1, Plan2 e Plan3. Nesta versão, somente uma planilha é criada, e você poderá criar outras, se necessi-
tar. Para criar nova planilha dentro da pasta de trabalho, clique no sinal + ( ). Para alternar entre as planilhas,
basta clicar sobre a guia, na planilha que deseja trabalhar.
Você verá, no decorrer desta lição, como podemos cruzar dados entre planilhas e até mesmo entre pastas de traba-
lho diferentes, utilizando as guias de planilhas.
Ao posicionar o mouse sobre qualquer uma das planilhas existentes e clicar com o botão direito aparecerá um menu
pop up.

Figura 33: Menu Planilhas

As funções deste menu são as seguintes:


-Inserir: insere uma nova planilha exatamente antes da planilha selecionada.
-Excluir: exclui a planilha selecionada e os dados que ela contém.
-Renomear: renomeia a planilha selecionada.
-Mover ou copiar: você pode mover a planilha para outra posição, ou mesmo criar uma cópia da planilha com todos
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

os dados nela contidos.


-Proteger Planilha: para impedir que, por acidente ou deliberadamente, um usuário altere, mova ou exclua dados
importantes de planilhas ou pastas de trabalho, você pode proteger determinados elementos da planilha (planilha: o
principal documento usado no Excel para armazenar e trabalhar com dados, também chamado planilha eletrônica. Uma
planilha consiste em células organizadas em colunas e linhas; ela é sempre armazenada em uma pasta de trabalho.) ou
da pasta de trabalho, com ou sem senha (senha: uma forma de restringir o acesso a uma pasta de trabalho, planilha ou
parte de uma planilha. As senhas do Excel podem ter até 255 letras, números, espaços e símbolos. É necessário digitar
as letras maiúsculas e minúsculas corretamente ao definir e digitar senhas.). É possível remover a proteção da planilha,
quando necessário.

18
-Exibir código: pode-se criar códigos de programação em VBA (Visual Basic for Aplications) e vincular às guias de
planilhas (trata-se de tópico de programação avançada, que não é o objetivo desta lição, portanto, não será abordado).
-Cor da guia: muda a cor das guias de planilhas.
-Ocultar/Re-exibir: oculta/reexibe uma planilha.
-Selecionar todas as planilhas: cria uma seleção em todas as planilhas para que possam ser configuradas e impressas
juntamente.

Selecionar Tudo: Clicando-se na caixa Selecionar tudo, todas as células da planilha ativa serão selecionadas.

Figura 34: Caixa Selecionar Tudo

Barra de Fórmulas: Na barra de fórmulas são digitadas as fórmulas que efetuarão os cálculos.
A principal função do Excel é facilitar os cálculos com o uso de suas fórmulas. A partir de agora, estudaremos várias
de suas fórmulas. Para iniciar, vamos ter em mente que, para qualquer fórmula que será inserida em uma célula, temos
que ter sinal de “=” no seu início. Esse sinal, oferece uma entrada no Excel que o faz diferenciar textos ou números
comuns de uma fórmula.

Somar: Se tivermos uma sequência de dados numéricos e quisermos realizar a sua soma, temos as seguintes formas
de fazê-lo:

Figura 35: Soma simples

Usamos, nesse exemplo, a fórmula =B2+B3+B4.


Após o sinal de “=” (igual), clicar em uma das células, digitar o sinal de “+” (mais) e continuar essa sequência até o
último valor.
Após a sequência de células a serem somadas, clicar no ícone soma, ou usar as teclas de atalho Alt+=.
A última forma que veremos é a função soma digitada. Vale ressaltar que, para toda função, um início é fundamental:
= nome da função (
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

1 - Sinal de igual.
2 – Nome da função.
3 – Abrir parênteses.

Após essa sequência, o Excel mostrará um pequeno lembrete sobre a função que iremos usar, e nele é possível clicar
e obter ajuda, também. Usaremos, no exemplo a seguir, a função = soma(B2:B4).
Lembre-se, basta colocar a célula que contém o primeiro valor, em seguida os dois pontos (:) e por último a célula
que contém o último valor.

19
Subtrair: A subtração será feita sempre entre dois va- Inteiro: Com essa função podemos obter o valor in-
lores, por isso não precisamos de uma função específica. teiro de uma fração. A função a ser digitada é =int(A2).
Tendo dois valores em células diferentes, podemos Lembramos que A2 é a célula escolhida e varia de acordo
apenas clicar na primeira, digitar o sinal de “-” (menos) com a célula a ser selecionada na planilha trabalhada.
e depois clicar na segunda célula. Usamos na figura a
seguir a fórmula = B2-B3. Arredondar para cima: Com essa função, é possível
arredondar um número com casas decimais para o nú-
Multiplicar: Para realizarmos a multiplicação, proce- mero mais distante de zero.
demos de forma semelhante à subtração. Clicamos no Sua sintaxe é: = ARREDONDAR.PARA.CIMA(núm;núm_
primeiro número, digitamos o sinal de multiplicação que, dígitos)
para o Excel é o “*” asterisco, e depois, clicamos no último Onde:
valor. No próximo exemplo, usaremos a fórmula =B2*B3. Núm: é qualquer número real que se deseja arredondar.
Outra forma de realizar a multiplicação é através da Núm_dígitos: é o número de dígitos para o qual se
seguinte função: deseja arredondar núm.
=mult(B2;c2) multiplica o valor da célula B2 pelo va-
lor da célula C2.

Dividir: Para realizarmos a divisão, procedemos de


forma semelhante à subtração e multiplicação. Clicamos
no primeiro número, digitamos o sinal de divisão que,
para o Excel é a “/” barra, e depois, clicamos no último
valor. No próximo exemplo, usaremos a fórmula =B3/B2.
Figura 37: Início da função arredondar para cima
Máximo: Mostra o maior valor em um intervalo de
células selecionadas. Na figura a seguir, iremos calcular Veja na figura, que quando digitamos a parte inicial
a maior idade digitada no intervalo de células de A2 até da função, o Excel nos mostra que temos que selecio-
A5. A função digitada será = máximo(A2:A5). nar o num, ou seja, a célula que desejamos arredondar
Onde: “= máximo” – é o início da função; (A2:A5) – e, depois do “;” (ponto e vírgula), digitar a quantidade de
refere-se ao endereço dos valores onde você deseja ver dígitos para a qual queremos arredondar.
qual é o maior valor. No caso a resposta seria 10. Na próxima figura, para efeito de entendimento, dei-
xaremos as funções aparentes, e os resultados dispostos
Mínimo: Mostra o menor valor existente em um in- na coluna C:
tervalo de células selecionadas.
Na figura a seguir, calcularemos o menor salário digi- A função Arredondar.para.Baixo segue exatamente o
tado no intervalo de A2 até A5. A função digitada será = mesmo conceito.
mínimo (A2:A5). Resto: Com essa função podemos obter o resto de
Onde: “= mínimo” – é o início da função; (A2:A5) – uma divisão. Sua sintaxe é a seguinte:
refere-se ao endereço dos valores onde você deseja ver = mod (núm;divisor)
qual é o maior valor. No caso a resposta seria R$ 622,00. Onde:
Núm: é o número para o qual desejamos encontrar
Média: A função da média soma os valores de uma o resto.
sequência selecionada e divide pela quantidade de valo- divisor: é o número pelo qual desejamos dividir o
res dessa sequência. número.
Na figura a seguir, foi calculada a média das alturas de
quatro pessoas, usando a função = média (A2:A4)
Foi digitado “= média )”, depois, foram selecionados
os valores das células de A2 até A5. Quando a tecla Enter
for pressionada, o resultado será automaticamente colo-
cado na célula A6.
Todas as funções, quando um de seus itens for altera-
do, recalculam o valor final.
Figura 38: Exemplo de digitação da função MOD
Data: Esta fórmula insere a data automática em uma
planilha. Os valores do exemplo a cima serão, respectivamente:
1,5 e 1.
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

Valor Absoluto: Com essa função podemos obter o


valor absoluto de um número. O valor absoluto, é o nú-
mero sem o sinal. A sintaxe da função é a seguinte:
=abs(núm)
Onde: aBs(núm)
Figura 36: Exemplo função hoje Núm: é o número real cujo valor absoluto você deseja
obter.
Na célula C1 está sendo mostrado o resultado da fun-
ção =hoje(), que aparece na barra de fórmulas.

20
Figura 39: Exemplo função abs

Dias 360: Retorna o número de dias entre duas datas com base em um ano de 360 dias (doze meses de 30 dias).
Sua sintaxe é:
= DIAS360(data_inicial;data_final)
Onde:
data_inicial = a data de início de contagem.
Data_final = a data a qual quer se chegar.

No exemplo a seguir, vamos ver quantos dias faltam para chegar até a data de 14/06/2018, tendo como data inicial
o dia 05/03/2018. A função utilizada será =dias360(A2;B2)

Figura 40: Exemplo função dias360

Vamos usar a Figura abaixo para explicar as próximas funções (Se, SomaSe, Cont.Se)

NOÇÕES DE INFORMÁTICA

Figura 41: Exemplo (Se, SomaSe, Cont.se)

Função SE: O SE é uma função condicional, ou seja, verifica SE uma condição é verdadeira ou falsa.
A sintaxe dessa função é a seguinte:
=SE(teste_lógico;“valor_se_verdadeiro”;“valor_se_falso”)
=: Significa a chamada para uma fórmula/função
SE: função SE
teste_lógico: a pergunta a qual se deseja ter resposta

21
“valor_se_verdadeiro”: se a resposta da pergunta for Assim, com o cursor na célula D16, digitamos:
verdadeira, define o resultado “valor_se_falso” se a res- =SOMASE(D3:D10;”masculino”;C3:C10)
posta da pergunta for falsa, define o resultado. MULHERES:
Usando a planilha acima como exemplo, na coluna ‘E’ SE SEXO NO INTERVALO C3 ATÉ C10 FOR FEMINI-
queremos colocar uma mensagem se o funcionário rece- NO, ENTÃO
be um salário igual ou acima do valor mínimo R$ 724,00 SOMA O VALOR DO SALÁRIO MOSTRADO NO IN-
ou abaixo do valor mínimo determinado em R$ 724,00. TERVALO D3 ATÉ D10
Assim, temos a condição: MOSTRA O RESULTADO NA CÉLULA D17
SE VALOR DE C3 FOR MAIOR OU IGUAL a 724, então Traduzindo a condição em variáveis teremos:
ESCREVA “ACIMA”, senão ESCREVA “ABAIXO” MOSTRA O Resultado: será mostrado na célula D17, portanto é
RESULTADO NA CÉLULA E3 onde devemos digitar a fórmula
Traduzindo a condição em variáveis teremos: Intervalo para análise: C3:C10
Resultado: será mostrado na célula C3, portanto é Critério: “FEMININO”
onde devemos digitar a fórmula Intervalo para soma: D3:D10
Teste lógico: C3>=724 Assim, com o cursor na célula D17, digitamos:
Valor_se_verdadeiro: “Acima” =SomaSE(D3:D10;”feminino”;C3:C10)
Valor_se_falso: “Abaixo”
Assim, com o cursor na célula E3, digitamos: Função CONT.SE: O CONT.SE é uma função de con-
=SE(C3>=724;”Acima”;”Abaixo”) tagem condicionada, ou seja, CONTA a quantidade de
registros, SE determinada condição for verdadeira. A sin-
Para cada uma das linhas, podemos copiar e colar as taxe desta função é a seguinte:
fórmulas, e o Excel, inteligentemente, acertará as linhas e =CONT.SE(intervalo;“critérios”)
colunas nas células. Nossas fórmulas ficarão assim: = : significa a chamada para uma fórmula/função
E4 ↑ =SE(C4>=724;”Acima”;”Abaixo”) CONT.SE: chamada para a função CONT.SE
E5 ↑ =SE(C5>=724;”Acima”;”Abaixo”) intervalo: intervalo de células onde será feita a análise
E6 ↑ =SE(C6>=724;”Acima”;”Abaixo”) dos dados
E7 ↑ =SE(C7>=724;”Acima”;”Abaixo”) “critérios”: critérios a serem avaliados nas células do
E8 ↑ =SE(C8>=724;”Acima”;”Abaixo”)
“intervalo”
E9 ↑ =SE(C9>=724;”Acima”;”Abaixo”)
Usando a planilha acima como exemplo, queremos
E10 ↑ =SE(C10>=724;”Acima”;”Abaixo”)
saber quantas pessoas ganham R$ 1.200,00 ou mais, e
mostrar o resultado na célula D14, e quantas ganham
Função SomaSE: A SomaSE é uma função de soma
abaixo de R$1.200,00 e mostrar o resultado na célula
condicionada, ou seja, SOMA os valores, SE determina-
D15. Para isso precisamos criar a seguinte condição:
da condição for verdadeira. A sintaxe desta função é a
seguinte:
=SomaSe(intervalo;“critérios”;intervalo_soma) R$ 1.200,00 ou MAIS:
=Significa a chamada para uma fórmula/função SE SALÁRIO NO INTERVALO C3 ATÉ C10 FOR MAIOR
SomaSe: função SOMASE OU IGUAL A 1.200,00, ENTÃO
intervalo: Intervalo de células onde será feita a análise CONTA REGISTROS NO INTERVALO C3 ATÉ C10
dos dados MOSTRA O RESULTADO NA CÉLULA D14
“critérios”: critérios (sempre entre aspas) a serem ava-
liados a fim de chegar à condição verdadeira Traduzindo a condição em variáveis teremos:
intervalo_soma: Intervalo de células onde será verifi- Resultado: será mostrado na célula D14, portanto é
cada a condição para soma dos valores onde devemos digitar a fórmula
Exemplo: usando a planilha acima, queremos somar Intervalo para análise: C3:C10
os salários de todos os funcionários HOMENS e mostrar Critério: >=1200
o resultado na célula D16. E também queremos somar Assim, com o cursor na célula D14, digitamos:
os salários das funcionárias mulheres e mostrar o resul- =CONT.SE(C3:C10;”>=1200”)
tado na célula D17. Para isso precisamos criar a seguinte MENOS DE R$ 1.200,00:
condição: SE SALÁRIO NO INTERVALO C3 ATÉ C10 FOR ME-
HOMENS: NOR QUE 1200, ENTÃO
SE SEXO NO INTERVALO C3 ATÉ C10 FOR MASCU- CONTA REGISTROS NO INTERVALO C3 ATÉ C10
LINO, ENTÃO MOSTRA O RESULTADO NA CÉLULA D15
SOMA O VALOR DO SALÁRIO MOSTRADO NO
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

INTERVALO D3 ATÉ D10 Traduzindo a condição em variáveis teremos:


MOSTRA O RESULTADO NA CÉLULA D16 Resultado: será mostrado na célula D15, portanto é
onde devemos digitar a fórmula
Traduzindo a condição em variáveis teremos: Intervalo para análise: C3:C10
Resultado: será mostrado na célula D16, portanto é Critério: <1200
onde devemos digitar a fórmula Assim, com o cursor na célula D15, digitamos:
Intervalo para análise: C3:C10 =CONT.SE(C3:C10;”<1200”)
Critério: “MASCULINO”
Intervalo para soma: D3:D10

22
Observações: fique atento com o > (maior) e < (menor), >= (maior ou igual) e <=(menor ou igual). Se tivéssemos
determinado a contagem de valores >1200 (maior que 1200) e <1200 (menor que 1200), o valor =1200 (igual a 1200)
não entraria na contagem.

Formatação de Células: Ao observar a planilha abaixo, fica claro que não é uma planilha bem formatada, vamos
deixar ela de uma maneira mais agradável.

Figura 42: Planilha sem Formatação

Vamos utilizar os 3(três) passos apontados na Figura abaixo:

Figura 43: Formatando a planilha

O primeiro passo é mesclar e centralizar o título, para isso utilizamos o botão Mesclar e Centralizar, entre outras
opções de alinhamento, como centralizar, direção do texto, entre outras.
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

Figura 44: Formatando a planilha (Passo 1)

23
Em seguida, vamos colocar uma borda no texto digitado, vamos escolher a opção “Todas as bordas”, podemos
mudar o título para negrito, mudar a cor do fundo e/ou de uma fonte, basta selecionar a(s) célula(s) e escolher as for-
matações.

Figura 45: Formatando a planilha (Passo 2)

Para finalizar essa etapa vamos formatar a coluna C para moeda, que é o caso desse exemplo, porém pode ser rea-
lizado vários outros tipos de formatação, como, porcentagem, data, hora, científico, basta clicar no dropbox onde está
escrito geral e escolher.

Figura 46: Formatando a planilha (Passo 3)

O resultado final nos traz uma planilha muito mais agradável e de fácil entendimento:

Figura 47: Planilha Formatada

Ordenando os dados: Você pode digitar os dados em qualquer ordem, pois o Excel possui uma ferramenta muito
útil para ordenar os dados.
Ao clicar neste botão, você tem as opções para classificar de A a Z (ordem crescente), de Z a A (ordem decrescente)
ou classificação personalizada.
Para ordenar seus dados, basta clicar em uma célula da coluna que deseja ordenar, e selecionar a classificação cres-
cente ou decrescente. Mas cuidado! Se você selecionar uma coluna inteira, nas versões mais antigas do Excel, você irá
classificar os dados dessa coluna, mas vai manter os dados das outras colunas onde estão. Ou seja, seus dados ficarão
alterados. Nas versões mais novas, ele fará a pergunta, se deseja expandir a seleção e dessa forma, fazer a classificação
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

dos dados junto com a coluna de origem, ou se deseja manter a seleção e classificar somente a coluna selecionada.

Filtrando os dados: Ainda no botão temos a opção FILTRO. Ao selecionar esse botão, cada uma das colunas da
nossa planilha irá abrir uma seta para fazer a seleção dos dados que desejamos visualizar. Assim, podemos filtrar e
visualizar somente os dados do mês de Janeiro ou então somente os gastos com contas de consumo, por exemplo.

24
Grupo ferramentas de dados:
- Texto para colunas: separa o conteúdo de uma célula do Excel em colunas separadas.
- Remover duplicatas: exclui linhas duplicadas de uma planilha - Validação de dados: permite especificar valores inválidos
para uma planilha. Por exemplo, podemos especificar que a planilha não aceitará receber valores menores que 10.
- Consolidar: combina valores de vários intervalos em um novo intervalo.
- Teste de hipóteses: testa diversos valores para a fórmula na planilha.

Gráficos: Outra forma interessante de analisar os dados é utilizando gráficos. O Excel monta os gráficos rapida-
mente e é muito fácil. Na Guia Inserir da Faixa de Opções, temos diversas opções de gráficos que podem ser utilizados.

Figura 48: Gráficos

Utilizando a planilha da Concessionária Grupo Nova, teremos o seguinte gráfico escolhido

Figura 49: Gráfico de Colunas – 3D


NOÇÕES DE INFORMÁTICA

Redimensione o gráfico clicando com o mouse nas bordas para aumentar de tamanho. Reposicione o gráfico na
página, clicando nas linhas e arrastando até o local desejado.

#FicaDica
Importante mencionar que o conceito do Excel 365 é o mesmo apontado no Word, ou seja, fazem parte do
Office 365, que podem ser comprados conforme figura 39.

25
LibreOffice Calc

O Calc é o software de planilha eletrônica do LibreOffice e o seu formato de arquivo padrão é o .ods (Open Docu-
ment Spreadsheet).
O Calc trabalha de modo semelhante ao Excel no que se refere ao uso de fórmulas. Ou seja, uma fórmula é iniciada
pelo sinal de igual (=) e seguido por uma sequência de valores, referências a células, operadores e funções.
Algumas diferenças entre o Calc e o Excel:

Para fazer referência a uma interseção no Calc, utiliza-se o sinal de exclamação (!). Por exemplo, “B2:C4!C3:C6” retor-
nará a C3 e C4 (interseção entre os dois intervalos). No Excel, isso é feito usando um espaço em branco (B2:C4 C3:C6).

Figura 50: Exemplo de Operação no Calc

Para fazer referência a uma célula que esteja em outra planilha, na mesma pasta de trabalho, digite “nome_da_pla-
nilha + . + célula. Por exemplo, “Plan2.A1” faz referência a célula A1 da planilha chamada Plan2. No Excel, isso é feito
usando o sinal de exclamação ! (Plan2!A1).

Menus do Calc
Arquivo - contém comandos que se aplicam ao documento inteiro como Abrir, Salvar e Exportar como PDF.
Editar - contém comandos para editar o conteúdo documento como, por exemplo, Desfazer, Localizar e Substituir,
Cortar, Copiar e Colar.
Exibir - contém comandos para controlar a exibição de um documento tais como Zoom, Tela Inteira e Navegador.
Inserir - contém comandos para inserção de novos elementos no documento como células, linhas, colunas, plani-
lhas, gráficos.
Formatar - contém comandos para formatar células selecionadas, objetos e o conteúdo das células no documento.
Ferramentas - contém ferramentas como Ortografia, Atingir meta, Rastrear erro, etc.
Dados - contém comandos para editar os dados de uma planilha. É possível classificar, utilizar filtros, validar, etc.
Janela - contém comandos para manipular e exibir janelas no documento.
Ajuda - permite acessar o sistema de ajuda do LibreOffice.
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

26
PowerPoint 2010, 2013 e detalhes gerais

Na tela inicial do PowerPoint, são listadas as últimas apresentações editadas (à esquerda), opção para criar nova
apresentação em branco e ainda, são sugeridos modelos para criação de novas apresentações (ao centro).
Ao selecionar a opção de Apresentação em Branco você será direcionado para a tela principal, composta pelos ele-
mentos básicos apontados na figura abaixo, e descritos nos tópicos a seguir.

Figura 52: Tela Principal do PowerPoint 2013

Barra de Títulos: A linha superior da tela é a barra de títulos, que mostra o nome da apresentação na janela. Ao
iniciar o programa aparece Apresentação 1 porque você ainda não atribuiu um nome ao seu arquivo.

Faixa de Opções: Desde a versão 2007 do Office, os menus e barras de ferramentas foram substituídos pela Faixa de
Opções. Os comandos são organizados em uma única caixa, reunidos em guias. Cada guia está relacionada a um tipo
de atividade e, para melhorar a organização, algumas são exibidas somente quando necessário.

Figura 53: Faixa de Opções

Barra de Ferramentas de Acesso Rápido: A Barra de Ferramentas de Acesso Rápido fica posicionada no topo da
tela e pode ser configurada com os botões de sua preferência, tornando o trabalho mais ágil.

Adicionando e Removendo Componentes: Para ocultar ou exibir um botão de comando na barra de ferramentas
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

de acesso rápido podemos clicar com o botão direito no componente que desejamos adicionar, em qualquer guia. Será
exibida uma janela com a opção de Adicionar à Barra de Ferramentas de Acesso Rápido.

27
Figura 54: Adicionando itens à Barra de Ferramentas de Acesso Rápido

Temos ainda outra opção de adicionar ou remover componentes nesta barra, clicando na seta lateral. É aberto o
menu Personalizar Barra de Ferramentas de Acesso Rápido, que apresenta várias opções para personalizar a barra, além
da opção Mais Comandos..., onde temos acesso a todos os comandos do PowerPoint.
Para remoção do componente, no mesmo menu selecione-o. Se preferir, clique com o botão direito do mouse sobre
o ícone que deseja remover e escolha Remover da Barra de Ferramentas de Acesso Rápido.
Barra de Status: Localizada na parte inferior da tela, a barra de status permite incluir anotações e comentários na
sua apresentação, mensagens, fornece estatísticas e o status de algumas teclas. Nela encontramos o recurso de Zoom
e os botões de ‘Modos de Exibição’.

Figura 55: Barra de Status

Clicando com o botão direito sobre a barra de status, será exibida a caixa Personalizar barra de status. Nela pode-
mos ativar ou desativar vários componentes de visualização.
Durante uma apresentação, os slides do PowerPoint vão sendo projetados no monitor do computador, lembrando
os antigos slides fotográficos.
O apresentador pode inserir anotações, observações importantes, que deverão ser abordadas durante a apresenta-
ção. Estas anotações serão visualizadas somente pelo apresentador quando, durante a apresentação, for selecionado
o Modo de Exibição do Apresentador (basta clicar com o botão direito do mouse e selecionar esta opção durante a
apresentação).

Modelos e Temas Online: Algumas vezes parece impossível iniciar uma apresentação. Você nem mesmo sabe como
começar. Nestas situações pode-se usar os modelos prontos, que fornecem sugestões para que você possa iniciar a
criação de sua apresentação. A versão PowerPoint 2013 traz vários modelos disponíveis online divididos por temas (é
necessário estar conectado à internet).
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

Figura 56: Modelos e temas online

28
Para utilizar um modelo pronto, selecione um tema. Em nosso exemplo, vamos selecionar ‘Negócios’. Aparecerão
vários modelos prontos que podem ser utilizados para a criação de sua apresentação, conforme mostra a figura abaixo.

Figura 57: Apresentações Modelo ‘Negócios’

Procure conhecer os modelos, clicando sobre eles. Utilize as barras de rolagem para rolar a tela, visualizar as possi-
bilidades, e possivelmente escolher um modelo, dentre as inúmeras possibilidades fornecidas, para criar apresentações
profissionais com muita agilidade.
Ao escolher um modelo, clique no botão ‘Criar’ e aguarde o download do arquivo. Será criado um novo arquivo
em seu computador, que você poderá salvar onde quiser. A partir daí, basta customizar os dados e utilizá-lo como SUA
APRESENTAÇÃO.
Tanto o layout como o padrão de formatação de fontes, poderão ser alterados em qualquer momento, para atender
às suas necessidades.

Apresentação de Slides:

Antes de começarmos a trabalhar em um novo slide, ou nova apresentação, vamos entender um pouco melhor
como funciona uma apresentação. Escolha um modelo pronto qualquer, faça o download, e inicie a apresentação,
assim:
Na barra ‘Modos de exibição de slides’, localizada na barra de status, clique no botão ‘Modo de Apresentação de
Slides’.
Dê cliques com o mouse para seguir ao próximo slide. Ao clicar na apresentação, são exibidos botões de navegação,
que permitem que você siga para o próximo slide ou volte ao anterior, conforme mostrado abaixo. Além dos botões de
navegação você também conta com outras ferramentas durante sua apresentação.

Figura 58: Botões de Navegação e Outras Ferramentas

Exibição de Slides: Vamos agora começar a personalizar nossa apresentação, tendo como base o modelo criado. Se
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

ainda estiver com uma apresentação aberta, termine a apresentação, retornando à estrutura. Clique, na faixa de opções,
no menu ‘EXIBIÇÃO’.

29
Alternando entre os Modos de Exibição

Modo Normal: No modo de exibição ‘Normal’, você trabalha em um slide de cada vez e pode organizar a estrutura
de todos os slides da apresentação.

Figura 59: Modo de Exibição ‘Normal’.

#FicaDica
Para mover de um slide para outro clique sobre o slide (do lado esquerdo) que deseja visualizar na tela,
ou utilize as teclas ‘PageUp’ e ‘PageDown’.

Modo de Exibição de Estrutura de Tópicos: Este modo de visualização é interessante principalmente durante a
construção do texto da apresentação. Você pode ir digitando o texto do lado esquerdo e o PowerPoint monta os slides
pra você.

Classificação de Slides: Este modo permite ver seus slides em miniatura, para auxiliar na organização e estruturação
de sua apresentação. No modo de classificação de slides, você pode reordenar slides, adicionar transições e efeitos de
animação e definir intervalos de tempo para apresentações eletrônicas de slides.
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

Figura 60: Classificação de Slides

Para alterar a sequência de exibição de slides, clique no slide e arraste até a posição desejada. Você também pode
ocultar um slide dando um clique com o botão direito do mouse sobre ele e selecionando ‘Ocultar Slide’.

30
Alterando o Design: A utilização destes recursos é muito simples, bastan-
O design de um slide é a apresentação visual do mes- do clicar, no próprio slide, sobre o recurso que deseja
mo, ou seja, as cores nele utilizadas, tipos de fontes, etc. O utilizar.
PowerPoint disponibiliza vários temas prontos para apli- Salve a apresentação atual como ‘Ensino a Distância’
car ao design de sua apresentação. e, sem fechá-la, abra uma nova apresentação. Vamos ver
Para inserir um Tema de design pronto nos slides aces- a utilização dos recursos de Conteúdo.
se a guia ‘Design’ na Faixa de Opções. Clique na seta late- Na guia ‘Início’ da Faixa de Opções, clique na seta la-
ral para visualizar todos os temas existentes. teral da caixa Layout. Será exibida uma janela com várias
Clique no tema desejado, para aplicar ao slide selecio- opções. Selecione o layout ‘Título e conteúdo’.
nado. O tema será aplicado em todos os slides. Aparecerá a caixa de conteúdo no slide como mos-
Variantes -> Cores e Variantes -> Fontes: ainda na trado na figura a seguir. A caixa de conteúdos ao centro
guia ‘Design’ podemos aplicar variações dos temas, al- do slide possui diversas opções de tipo de conteúdo que
terando cores e fontes, criando novos temas de cores.
se pode utilizar.
Clique na seta da caixa ‘Variantes’ para abrir as opções.
As demais ferramentas da ‘Caixa de Conteúdo’ são:
Passe o mouse sobre cada tema para visualizar o efeito na
apresentação. Após encontrar a variação desejada, dê um
• Escolher Elemento Gráfico SmartArt
clique com o mouse para aplicá-la à apresentação.
• Inserir Imagem
• Inserir Imagens Online
• Inserir Vídeo

Explore as opções, utilize os recursos oferecidos para


enriquecer seus conhecimentos e, em consequência,
criar apresentações muito mais interessantes. O funcio-
namento de cada item é semelhante aos já abordados.

Agora é com você!


Exercite: crie diversos slides de conteúdo, procuran-
do utilizar todas as opções oferecidas para cada tipo de
Figura 61: Variantes de Temas de Design conteúdo. Desta forma, você estará aprendendo ainda
mais utilizar os recursos do PowerPoint e do Office.
Variantes -> Efeitos: os efeitos de tema especificam
como os efeitos são aplicados a gráficos SmartArt, formas Animação dos Slides: A animação dos slides é um
e imagens. Clique na seta do botão ‘Efeitos’ para acessar dos últimos passos da criação de uma apresentação.
a galeria de Efeitos. Aplicando o efeito alteramos rapida- Essa é uma etapa importante, pois, apesar dos inúmeros
mente a aparência dos objetos. recursos oferecidos pelo programa, não é aconselhável
exagerar na utilização dos mesmos, pois além de tornar
Layout de Texto: a apresentação cansativa, tira a atenção das pessoas que
O primeiro slide criado em nossa apresentação é um estão assistindo, ao invés de dar foco ao conteúdo da
‘Slide de título’. Nele não deve ser inserido o conteúdo da apresentação, passam a dar foco para as animações.
palestra ou reunião, mas apenas o título e um subtítulo
pois trata-se do slide inicial.
Transições: A transição dos slides nada mais é que
Clique no quadro onde está indicado ‘Clique aqui para
a mudança entre um slide e outro. Você pode escolher
adicionar um título’, e escreva o título de sua apresentação.
entre diversas transições prontas, através da faixa de op-
A apresentação que criaremos será sobre ‘Grupo Nova”.
ções ‘TRANSIÇÕES’. Selecione o primeiro slide da nossa
No quadro onde está indicado ‘Clique aqui para adi-
cionar um subtítulo’ coloque seu nome ou o nome da em- apresentação e clique nesta opção.
presa em que trabalha, ou mesmo um subtítulo ligado ao Escolha uma das transições prontas e veja o que
tema da apresentação. acontece. Explore os diversos tipos de transições, ape-
Formate o texto da forma como desejar, selecionando nas clicando sobre elas e assistindo os efeitos que elas
o tipo da fonte, tamanho, alinhamento, etc., clicando so- produzem. Isso pode ser bastante divertido, mas depen-
bre a ‘Caixa de Texto’ para fazer as formatações. dendo do intuito da apresentação, o exagero pode tor-
Clique no botão novo slide da guia ‘PÁGINA INICIAL’. nar sua apresentação pouco profissional.
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

Será criado um novo slide com layout diferente do an- Ainda em ‘TRANSIÇÕES’ escolha como será feito o
terior. Isso acontece porque o programa entende que o avanço do slide, se após um tempo pré-definido ou ‘Ao
próximo slide não é mais de título, e sim de conteúdo, e Clicar com o Mouse’, dentro da faixa ‘INTERVALO’. Você
assim sucessivamente para a criação da sua apresentação. também pode aplicar som durante a transição.

Layouts de Conteúdo: Animações: As animações podem ser definidas para


Utilizando os layouts de conteúdo é possível inserir cada caixa de texto dos slides. Ou seja, durante sua
figura ou cliparts, tabelas, gráficos, diagramas ou clipe apresentação você pode optar em ir abrindo o texto
de mídia (que podem ser animações, imagens, sons, etc.). conforme trabalha os assuntos.

31
Neste exemplo, selecionaremos o Slide 3 de nossa apresentação para enriquecer as explicações. Clique um uma
das caixas de texto do slide, e na opção ‘ANIMAÇÕES’ abra o ‘PAINEL DE ANIMAÇÃO’.

Figura 62: Animações

Escolheremos a opção ‘Flutuar para Dentro’, mas você pode explorar as diversas opções e escolher a que mais te
agradar. Clique na opção escolhida. No Painel de Animação, abra todas as animações clicando na seta para baixo.

Figura 63: Abrindo a lista do Painel de Animações

Cada parágrafo de texto pode ser configurado, bastando que você clique no parágrafo desejado e faça a opção
de animação desejada. O parágrafo pode aparecer somente quando você clicar com o mouse, ou juntamente com o
anterior. Pode mantê-lo aberto na tela enquanto outros estão fechados, etc.
Em nosso exemplo, vamos animar da seguinte forma: os textos da caixa de texto do lado esquerdo vão aparecer
juntos após clicar. Os textos da caixa do lado direito permanecem fechados. Ao clicar novamente, os dois parágrafos
aparecerão ao mesmo tempo na tela.
Passo a passo:
Com a caixa de texto do lado esquerdo selecionada, clique em ‘Iniciar ao clicar’ no 1º parágrafo, mostrado no Painel
de Animações;
selecione o 2º parágrafo e selecione ‘Iniciar com anterior’;
selecione a caixa de texto do lado direito e aplique uma animação;
no Painel de Animações clique em ‘Iniciar ao clicar’ no 1º parágrafo da caixa de texto
selecione o 2º parágrafo da caixa de texto e selecione ‘Iniciar com anterior’.

Impress
É o editor de apresentações do LibreOffice e o seu formato de arquivo padrão é o .odp (Open Document Presen-
tations).
- O usuário pode iniciar uma apresentação no Impress de duas formas:
• do primeiro slide (F5) - Menu Apresentação de Slides -> Iniciar do primeiro slide.
• do slide atual (Shift + F5) - Menu Apresentação de Slides -> Iniciar do slide atual.

- Menu do Impress:
• Arquivo - contém comandos que se aplicam ao documento inteiro como Abrir, Salvar e Exportar como PDF;
• Editar - contém comandos para editar o conteúdo documento como, por exemplo, Desfazer, Localizar e Substi-
tuir, Cortar, Copiar e Colar;
• Exibir - contém comandos para controlar a exibição de um documento tais como Zoom, Apresentação de Slides,
Estrutura de tópicos e Navegador;
• Inserir - contém comandos para inserção de novos slides e elementos no documento como figuras, tabelas e
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

hiperlinks;
• Formatar - contém comandos para formatar o layout e o conteúdo dos slides, tais como Modelos de slides,
Layout de slide, Estilos e Formatação, Parágrafo e Caractere;
• Ferramentas - contém ferramentas como Ortografia, Compactar apresentação e Player de mídia;
• Apresentação de Slides - contém comandos para controlar a apresentação de slides e adicionar efeitos em
objetos e na transição de slides.

32
Resposta: CERTO. A opção Inserir, Ilustrações, Imagem
possibilita a inserção de imagens no documento, sejam
EXERCÍCIOS COMENTADOS elas armazenadas no computador, na rede ou na Inter-
net (no 2013 é possível na opção Imagens on-line, no
1. (ESCRIVÃO – DE POLÍCIA – CESPE 2013) Título, as- 2010 não).
sunto, palavras-chave e comentários de um documento
são metadados típicos presentes em um documento pro- 5. (AGENTE – CESPE – 2014) Para criar um documento
duzido por processadores de texto como o BrOffice e o no Word 2013 e enviá-lo para outras pessoas, o usuário
Microsoft Office. deve clicar o menu Inserir e, na lista disponibilizada, sele-
cionar a opção Iniciar Mala Direta.
( ) CERTO ( ) ERRADO
( ) CERTO ( ) ERRADO
Resposta: CERTO. Quando um determinado documento
de texto produzido tanto pelo BrOffice quanto pelo Mi- Resposta: ERRADO. A mala direta é usada para criar
crosoft Office ele fica armazenado em forma de arquivo correspondências em massa que podem ser personali-
em uma memória especificada no momento da gravação zadas para cada destinatário. É possível adicionar ele-
deste. Ao clicar como botão direito do mouse no arquivo mentos individuais a qualquer parte de uma etiqueta,
de texto armazenado e clicar em propriedades é possível carta, envelope, ou e-mail, desde a saudação até o con-
por meio da guia Detalhes perceber os metadados “Títu- teúdo do documento, inclusive imagens. O Word preen-
lo, assunto, palavras-chave e comentários”. che automaticamente os campos com as informações
do destinatário e gera todos os documentos individuais.
2. (PERITO CRIMINAL – CESPE – 2013) Considere que Contudo, não envia um arquivo a outros usuários como
um usuário disponha de um computador apenas com Li- diz a questão.
nux e BrOffice instalados. Nessa situação, para que esse
computador realize a leitura de um arquivo em formato 6. (AGENTE – CESPE – 2014) No Word 2013, ao se se-
de planilha do Microsoft Office Excel, armazenado em um lecionar uma palavra, clicar sobre ela com o botão direito
pendrive formatado com a opção NTFS, será necessária a do mouse e, na lista disponibilizada, selecionar a opção
definir, será mostrado, desde que estejam satisfeitas to-
conversão batch do arquivo, antes de sua leitura com o
das as configurações exigidas, um dicionário contendo
aplicativo instalado, dispensando-se a montagem do sis-
significados da palavra selecionada.
tema de arquivos presente no pendrive.
( ) CERTO ( ) ERRADO
( ) CERTO ( ) ERRADO
Resposta: CERTO. A inclusão do dicionário no botão
Resposta: ERRADO. Um pendrive formatado com o
direito na versão Word 2013 é novidade, mas já é an-
sistema de arquivos NTFS será lido normalmente pelo
tiga no Word pelo comando Shift + F7(dicionário de
Linux, sem necessidade de conversão de qualquer natu- sinônimos).
reza. E o fato do suposto arquivo estar em formato Excel
(xls ou xlsx) é indiferente também, já que o BrOffice é
capaz de abrir ambos os formatos.

3. (PAPILOSCOPISTA – CESPE – 2012) O BrOffice 3, que


reúne, entre outros softwares livres de escritório, o editor
de texto Writer, a planilha eletrônica Calc e o editor de
apresentação Impress, é compatível com as plataformas
computacionais Microsoft Windows, Linux e MacOS-X

( ) CERTO ( ) ERRADO

Resposta: CERTO. O BrOffice 3 faz parte de um con-


junto de aplicativos para escritório livre multiplataforma
chamado OpenOffice.org.
Distribuída para Microsoft Windows, Unix, Solaris, Linux
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

e Mac OS X, mantida pela Apache Software Foundation.

4. (AGENTE – CESPE – 2014) No Word 2013, a partir de


opção disponível no menu Inserir, é possível inserir em um
documento uma imagem localizada no próprio compu-
tador ou em outros computadores a que o usuário esteja
conectado, seja em rede local, seja na Web.

( ) CERTO ( ) ERRADO

33
9. (DELEGADO DE POLÍCIA – CESPE – 2004) Para en-
contrar todas as ocorrências do termo “Ibama” no docu-
mento em edição, é suficiente realizar o seguinte proce-
dimento: aplicar um clique duplo sobre o referido termo;
clicar sucessivamente o botão .

( ) CERTO ( ) ERRADO

Resposta: ERRADO. O botão mostrado na questão não


deve ser utilizado para encontrar ocorrências de um de-
terminado termo no documento que se está editando,
tal recurso pode ser conseguido através do botão Loca-
lizar ou do atalho CTRL+L.

Considerando a figura acima, que ilustra uma janela do


Word 2000 contendo parte de um texto extraído e adap-
tado do sítio http://www.funai.gov.br, julgue os itens sub-
sequentes. A figura acima mostra uma janela do Excel 2002 com uma
planilha em processo de edição. Com relação a essa figu-
7. (DELEGADO DE POLÍCIA – CESPE – 2004) Conside- ra e ao Excel 2002, e considerando que apenas a célula
re o seguinte procedimento: selecionar o trecho “Funai, C2 está formatada como negrito, julgue o item abaixo.
(...) Federal”; clicar a opção
Estilo no menu ; na janela decorrente dessa ação, 10. (DELEGADO DE POLÍCIA – CESPE – 2004) É possí-
marcar o campo todas em maiúsculas; clicar OK. Esse vel aplicar negrito às células B2, B3 e B4 por meio da se-
procedimento fará que todas as letras do referido trecho guinte sequência de ações, realizada com o mouse: clicar
fiquem com a fonte maiúscula. a célula C2; clicar ; posicionar o ponteiro sobre o centro
da célula B2; pressionar e manter pressionado o botão
( ) CERTO ( ) ERRADO esquerdo; posicionar o ponteiro no centro da célula B4;
liberar o botão esquerdo.
Resposta: ERRADO. O procedimento correto é: selecio- Em um computador cujo sistema operacional é o Windo-
nar o trecho “Funai, (...) Federal”; clicar a opção FONTE ws XP, ao se clicar, com o botão direito do mouse, o ícone
no menu FORMATAR na janela decorrente dessa ação, , contido na área de trabalho e referente a determi-
marcar o campo Todas em maiúsculas; clicar OK. nado arquivo, foi exibido o menu mostrado na figura ao
lado. A respeito dessa figura e do Windows XP, julgue os
8. (DELEGADO DE POLÍCIA – CESPE – 2004) As infor- itens a seguir.
mações contidas na figura mostrada permitem concluir
que o documento em edição contém duas páginas e,
caso se disponha de uma impressora devidamente ins-
talada e se deseje imprimir apenas a primeira página do
documento, é suficiente realizar as seguintes ações: clicar
a opção Imprimir no menu ; na janela aberta em
decorrência dessa ação, assinalar, no campo apropriado,
que se deseja imprimir a página atual; clicar OK.
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

( ) CERTO ( ) ERRADO

Resposta: CERTO. A opção para imprimir documentos


assim como para efetuar as devidas configurações da
( ) CERTO ( ) ERRADO
impressão podem ser feitas através do Menu Arquivo
/ Imprimir ou utilizando-se do atalho CTRL+P.
Resposta: CERTO. Com o botão “Pincel” é possível co-
piar toda a formatação de uma célula para outra célu-
la, e o procedimento correto foi descrito na questão.

34
so aleatório) no computador, normalmente 4 GB ou mais.
NOÇÕES DE SISTEMA OPERACIONAL Nesses casos, como um sistema operacional de 64 bits
(AMBIENTE WINDOWS, VERSÕES 7, 8 E 10). pode processar grandes quantidades de memória com
mais eficácia do que um de 32 bits, o sistema de 64 bits
poderá responder melhor ao executar vários programas
ao mesmo tempo e alternar entre eles com frequência”.
Windows Uma maneira prática de usar o Windows 7 (Win 7) é
reinstalá-lo sobre um SO já utilizado na máquina. Nesse
O Windows assim como tudo que envolve a informá- caso, é possível instalar:
tica passa por uma atualização constante, os concursos - Sobre o Windows XP;
públicos em seus editais acabam variando em suas ver- - Uma versão Win 7 32 bits, sobre Windows Vista
sões, por isso vamos abordar de uma maneira geral tanto (Win Vista), também 32 bits;
as versões do Windows quanto do Linux. - Win 7 de 64 bits, sobre Win Vista, 32 bits;
O Windows é um Sistema Operacional, ou seja, é um - Win 7 de 32 bits, sobre Win Vista, 64 bits;
software, um programa de computador desenvolvido por - Win 7 de 64 bits, sobre Win Vista, 64 bits;
programadores através de códigos de programação. Os - Win 7 em um computador e formatar o HD durante
Sistemas Operacionais, assim como os demais softwares, a insta- lação;
são considerados como a parte lógica do computador, - Win 7 em um computador sem SO;
uma parte não palpável, desenvolvida para ser utilizada
apenas quando o computador está em funcionamento. O Antes de iniciar a instalação, devemos verificar qual
Sistema Operacional (SO) é um programa especial, pois é tipo de instalação será feita, encontrar e ter em mãos a
o primeiro a ser instalado na máquina. chave do produto, que é um código que será solicitado
Quando montamos um computador e o ligamos pela durante a instalação.
primeira vez, em sua tela serão mostradas apenas algu- Vamos adotar a opção de instalação com formatação de
mas rotinas presentes nos chipsets da máquina. Para uti- disco rígido, segundo o site oficial da Microsoft Corporation:
lizarmos todos os recursos do computador, com toda a - Ligue o seu computador, de forma que o Windows
qualidade das placas de som, vídeo, rede, acessarmos a seja inicializado normalmente, insira do disco de instala-
Internet e usufruirmos de toda a potencialidade do hard- ção do Windows 7 ou a unidade flash USB e desligue o
ware, temos que instalar o SO. seu computador.
Após sua instalação é possível configurar as placas - Reinicie o computador.
para que alcancem seu melhor desempenho e instalar - Pressione qualquer tecla, quando solicitado a fazer
os demais programas, como os softwares aplicativos e isso, e siga as instruções exibidas.
utilitários. - Na página de Instalação Windows, insira seu idioma
O SO gerencia o uso do hardware pelo software e ge- ou outras preferências e clique em avançar.
rencia os demais programas. - Se a página de Instalação Windows não aparecer e
A diferença entre os Sistemas Operacionais de 32 bits o programa não solicitar que você pressione alguma te-
e 64 bits está na forma em que o processador do com- cla, talvez seja necessário alterar algumas configurações
putador trabalha as informações. O Sistema Operacional do sistema. Para obter mais informações sobre como fa-
de 32 bits tem que ser instalado em um computador que zer isso, consulte. Inicie o seu computador usando um
tenha o processador de 32 bits, assim como o de 64 bits disco de instalação do Windows 7 ou um pen drive USB.
tem que ser instalado em um computador de 64 bits. - Na página Leia os termos de licença, se você acei-
Os Sistemas Operacionais de 64 bits do Windows, se- tar os termos de licença, clique em aceito os termos de
gundo o site oficial da Microsoft, podem utilizar mais me- licença e em avançar.
mória que as versões de 32 bits do Windows. “Isso ajuda - Na página que tipo de instalação você deseja? cli-
a reduzir o tempo despendido na permuta de processos que em Personalizada.
para dentro e para fora da memória, pelo armazenamen- - Na página onde deseja instalar Windows? clique em
to de um número maior desses processos na memória de opções da unidade (avançada).
acesso aleatório (RAM) em vez de fazê-lo no disco rígido. - Clique na partição que você quiser alterar, clique na
Por outro lado, isso pode aumentar o desempenho geral opção de formatação desejada e siga as instruções.
do programa”. - Quando a formatação terminar, clique em avançar.
- Siga as instruções para concluir a instalação do
Windows 7 Windows 7, inclusive a nomenclatura do computador e a
configuração de uma conta do usuário inicial.
Para saber se o Windows é de 32 ou 64 bits, basta:
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

1. Clicar no botão Iniciar , clicar com o botão direito Conceitos de organização e de gerenciamento de in-
em computador e clique em Propriedades. formações; arquivos, pastas e programas.
2. Em sistema, é possível exibir o tipo de sistema.
Pastas – são estruturas digitais criadas para organizar
“Para instalar uma versão de 64 bits do Windows 7, arquivos, ícones ou outras pastas.
você precisará de um processador capaz de executar uma Arquivos – são registros digitais criados e salvos por
versão de 64 bits do Windows. Os benefícios de um siste- meio de programas aplicativos. Por exemplo, quando
ma operacional de 64 bits ficam mais claros quando você abrimos o Microsoft Word, digitamos uma carta e a sal-
tem uma grande quantidade de RAM (memória de aces- vamos no computador, estamos criando um arquivo.

35
Ícones – são imagens representativas associadas a Clicamos duas vezes na pasta “Trabalho” para abrí-la e
programas, arquivos, pastas ou atalhos. agora criaremos mais duas pastas dentro dela:
Atalhos – são ícones que indicam um caminho mais Para criarmos as outras duas pastas, basta repetir o
curto para abrir um programa ou até mesmo um arquivo. procedimento: botão direito, Novo, Pasta.

1. Criação de pastas (diretórios) 2. Área de trabalho:

Figura 67: Área de Trabalho

A figura acima mostra a primeira tela que vemos


quando o Windows 7 é iniciado. A ela damos o nome
Figura 64: Criação de pastas de área de trabalho, pois a ideia original é que ela sir-
va como uma prancheta, onde abriremos nossos livros e
#FicaDica documentos para dar início ou continuidade ao trabalho.
Clicando com o botão direito do mouse em Em especial, na área de trabalho, encontramos a barra
um espaço vazio da área de trabalho ou outro de tarefas, que traz uma série de particularidades, como:
apropriado, podemos encontrar a opção pasta.
Clicando nesta opção com o botão esquerdo
do mouse, temos então uma forma prática de
criar uma pasta. Figura 68: Barra de tarefas

1) Botão Iniciar: é por ele que entramos em contato


com todos os outros programas instalados, programas
que fazem parte do sistema operacional e ambientes de
configuração e trabalho. Com um clique nesse botão,
abrimos uma lista, chamada Menu Iniciar, que contém
opções que nos permitem ver os programas mais aces-
sados, todos os outros programas instalados e os recur-
Figura 65: Criamos aqui uma pasta sos do próprio Windows. Ele funciona como uma via de
chamada “Trabalho”. acesso para todas as opções disponíveis no computador.
Por meio do botão Iniciar, também podemos:
- desligar o computador, procedimento que encerra
o Sistema Operacional corretamente, e desliga efetiva-
mente a máquina;
- colocar o computador em modo de espera, que
reduz o consumo de energia enquanto a máquina estiver
ociosa, ou seja, sem uso. Muito usado nos casos em que
vamos nos ausentar por um breve período de tempo da
frente do computador;
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

- reiniciar o computador, que desliga e liga automa-


ticamente o sistema. Usado após a instalação de alguns
programas que precisam da reinicialização do sistema
para efetivarem sua instalação, durante congelamento
de telas ou travamentos da máquina.
- realizar o logoff, acessando o mesmo sistema com
nome e senha de outro usuário, tendo assim um ambien-
Figura 66: Tela da pasta criada te com características diferentes para cada usuário do
mesmo computador.

36
Nessa janela, é possível configurarmos a data e a
hora, determinarmos qual é o fuso horário da nossa re-
gião e especificar se o relógio do computador está sin-
cronizado automaticamente com um servidor de horário
na Internet. Este relógio é atualizado pela bateria da pla-
ca mãe, que vimos na figura 26. Quando ele começa a
mostrar um horário diferente do que realmente deveria
mostrar, na maioria das vezes, indica que a bateria da
placa mãe deve precisar ser trocada. Esse horário tam-
bém é sincronizado com o mesmo horário do SETUP.
Lixeira: Contém os arquivos e pastas excluídos pelo
usuário. Para excluirmos arquivos, atalhos e pastas, po-
demos clicar com o botão direito do mouse sobre eles e
depois usar a opção “Excluir”. Outra forma é clicar uma
vez sobre o objeto desejado e depois pressionar o botão
delete, no teclado. Esses dois procedimentos enviarão
para lixeira o que foi excluído, sendo possível a restaura-
ção, caso haja necessidade. Para restaurar, por exemplo,
um arquivo enviado para a lixeira, podemos, após abri-la,
restaurar o que desejarmos.

Figura 69: Menu Iniciar – Windows 7

Na figura acima temos o menu Iniciar, acessado com


um clique no botão Iniciar.
2) Ícones de inicialização rápida: São ícones coloca-
dos como atalhos na barra de tarefas para serem acessa-
dos com facilidade.
3) Barra de idiomas: Mostra qual a configuração de
idioma que está sendo usada pelo teclado. Figura 71: Restauração de arquivos
4) Ícones de inicialização/execução: Esses ícones são enviados para a lixeira
configurados para entrar em ação quando o computa-
dor é iniciado. Muitos deles ficam em execução o tempo A restauração de objetos enviados para a lixeira pode
todo no sistema, como é o caso de ícones de programas ser feita com um clique com o botão direito do mouse
sobre o item desejado e depois, outro clique com o es-
antivírus que monitoram constantemente o sistema para
querdo em “Restaurar”. Isso devolverá, automaticamente
verificar se não há invasões ou vírus tentando ser exe-
o arquivo para seu local de origem.
cutados.
5) Propriedades de data e hora: Além de mostrar o
relógio constantemente na sua tela, clicando duas vezes,
com o botão esquerdo do mouse nesse ícone, acessa- #FicaDica
mos as Propriedades de data e hora.
Outra forma de restaurar é usar a opção
“Restaurar este item”, após selecionar o objeto.

Alguns arquivos e pastas, por terem um tamanho


muito grande, são excluídos sem irem antes para a Li-
xeira. Sempre que algo for ser excluído, aparecerá uma
mensagem, ou perguntando se realmente deseja enviar
aquele item para a Lixeira, ou avisando que o que foi se-
lecionado será permanentemente excluído. Outra forma
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

de excluir documentos ou pastas sem que eles fiquem


armazenados na Lixeira é usar as teclas de atalho Shif-
t+Delete.
A barra de tarefas pode ser posicionada nos quatro
cantos da tela para proporcionar melhor visualização de
outras janelas abertas. Para isso, basta pressionar o botão
esquerdo do mouse em um espaço vazio dessa barra e
Figura 70: Propriedades de data e hora com ele pressionado, arrastar a barra até o local desejado
(canto direito, superior, esquerdo ou inferior da tela).

37
Para alterar o local da Barra de Tarefas na tela, temos
que verificar se a opção “Bloquear a barra de tarefas” não
está marcada.

Figura 74: Guia Menu Iniciar e Personalizar Menu


Iniciar

Pela figura acima podemos notar que é possível a


aparência e comportamento de links e menus do menu
Iniciar.

Figura 72: Bloqueio da Barra de Tarefas

Propriedades da barra de tarefas e do menu iniciar:


Por meio do clique com o botão direito do mouse na
barra de tarefas e do esquerdo em “Propriedades”, pode- Figura 21: Barra de Ferramentas
mos acessar a janela “Propriedades da barra de tarefas e
do menu iniciar”. 3. Painel de controle

O Painel de Controle é o local onde podemos alte-


rar configurações do Windows, como aparência, idioma,
configurações de mouse e teclado, entre outras. Com ele
é possível personalizar o computador às necessidades do
usuário.
Para acessar o Painel de Controle, basta clicar no Bo-
tão Iniciar e depois em Painel de Controle. Nele encon-
tramos as seguintes opções:
- Sistema e Segurança: “Exibe e altera o status do sis-
tema e da segurança”, permite a realização de backups e
restauração das configurações do sistema e de arquivos.
Possui ferramentas que permitem a atualização do Siste-
ma Operacional, que exibem a quantidade de memória
RAM instalada no computador e a velocidade do proces-
sador. Oferece ainda, possibilidades de configuração de
Firewall para tornar o computador mais protegido.
- Rede e Internet: mostra o status da rede e possibi-
lita configurações de rede e Internet. É possível também
Figura 73: Propriedades da barra de definir preferências para compartilhamento de arquivos
tarefas e do menu iniciar e computadores.
- Hardware e Sons: é possível adicionar ou remover
Na guia “Barra de Tarefas”, temos, entre outros:
hardwares como impressoras, por exemplo. Também
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

- Bloquear a barra de tarefas – que impede que ela


permite alterar sons do sistema, reproduzir CDs automa-
seja posicionada em outros cantos da tela que não seja o
ticamente, configurar modo de economia de energia e
inferior, ou seja, impede que seja arrastada com o botão
atualizar drives de dispositivos instalados.
esquerdo do mouse pressionado.
- Programas: através desta opção, podemos realizar
- Ocultar automaticamente a barra de tarefas – ocul-
a desinstalação de programas ou recursos do Windows.
ta (esconde) a barra de tarefas para proporcionar maior
- Contas de Usuários e Segurança Familiar: aqui al-
aproveitamento da área da tela pelos programas abertos,
teramos senhas, criamos contas de usuários, determina-
e a exibe quando o mouse é posicionado no canto infe-
rior do monitor. mos configurações de acesso.

38
- Aparência: permite a configuração da aparência da A organização de tela do Windows 8 funciona como
área de trabalho, plano de fundo, proteção de tela, menu o antigo Menu Iniciar e consiste em um mosaico com
iniciar e barra de tarefas. imagens animadas. Cada mosaico representa um aplica-
- Relógio, Idioma e Região: usamos esta opção para tivo que está instalado no computador. Os atalhos dessa
alterar data, hora, fuso horário, idioma, formatação de nú- área de trabalho, que representam aplicativos de versões
meros e moedas. anteriores, ficam com o nome na parte de cima e um pe-
- Facilidade de Acesso: permite adaptarmos o com- queno ícone na parte inferior. Novos mosaicos possuem
putador às necessidades visuais, auditivas e motoras do tamanhos diferentes, cores diferentes e são atualizados
usuário. automaticamente.
A tela pode ser customizada conforme a conveniência
3.1. Computador do usuário. Alguns utilitários não aparecem nessa tela,
mas podem ser encontrados clicando com o botão direi-
to do mouse em um espaço vazio da tela. Se deseja que
#FicaDica um desses aplicativos apareça na sua tela inicial, clique
com o botão direito sobre o ícone e vá para a opção Fixar
Através do “Computador” podemos na Tela Inicial.
consultar e acessar unidades de disco e outros
dispositivos conectados ao nosso computador. 1. Charms Bar

O objetivo do Windows 8 é ter uma tela mais limpa


Para acessá-lo, basta clicar no Botão Iniciar e em Com- e esse recurso possibilita “esconder” algumas configura-
putador. A janela a seguir será aberta: ções e aplicações. É uma barra localizada na lateral que
pode ser acessada colocando o mouse no canto direito e
inferior da tela ou clicando no atalho Tecla do Windows +
C. Essa função substitui a barra de ferramentas presente
no sistema e configurada de acordo com a página em
que você está.
Com a Charm Bar ativada, digite Personalizar na bus-
ca em configurações. Depois escolha a opção tela inicial
e em seguida escolha a cor da tela. O usuário também
pode selecionar desenhos durante a personalização do
papel de parede.

2. Redimensionar as tiles

Figura 76: Computador Na tela esses mosaicos ficam uns maiores que os ou-
tros, mas isso pode ser alterado clicando com o botão
Observe que é possível visualizarmos as unidades de direito na divisão entre eles e optando pela opção menor.
disco, sua capacidade de armazenamento livre e usada. Você pode deixar maior os aplicativos que você quiser
Vemos também informações como o nome do computa- destacar no computador.
dor, a quantidade de memória e o processador instalado
na máquina. 3. Grupos de Aplicativos

Windows 8 Pode-se criar divisões e grupos para unir programas


parecidos. Isso pode ser feito várias vezes e os grupos
É o sistema operacional da Microsoft que substituiu o podem ser renomeados.
Windows 7 em tablets, computadores, notebooks, celula-
res, etc. Ele trouxe diversas mudanças, principalmente no 4. Visualizar as pastas
layout, que acabou surpreendendo milhares de usuários
acostumados com o antigo visual desse sistema. A interface do programas no computador podem ser
A tela inicial completamente alterada foi a mudança vistos de maneira horizontal com painéis dispostos lado
que mais impactou os usuários. Nela encontra-se todas as a lado. Para passar de um painel para outro é necessário
aplicações do computador que ficavam no Menu Iniciar e usar a barra de rolagem que fica no rodapé.
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

também é possível visualizar previsão do tempo, cotação


da bolsa, etc. O usuário tem que organizar as pequenas 5. Compartilhar e Receber
miniaturas que aparecem em sua tela inicial para ter aces-
so aos programas que mais utiliza. Comando utilizado para compartilhar conteúdo, en-
Caso você fique perdido no novo sistema ou dentro de viar uma foto, etc. Tecle Windows + C, clique na opção
uma pasta, clique com o botão direito e irá aparecer um Compartilhar e depois escolha qual meio vai usar. Há
painel no rodapé da tela. Caso você esteja utilizando uma também a opção Dispositivo que é usada para receber
das pastas e não encontre algum comando, clique com o e enviar conteúdos de aparelhos conectados ao compu-
botão direito do mouse para que esse painel apareça. tador.

39
6. Alternar Tarefas

Com o atalho Alt + Tab, é possível mudar entre os


programas abertos no desktop e os aplicativos novos do
SO. Com o atalho Windows + Tab é possível abrir uma
lista na lateral esquerda que mostra os aplicativos mo-
dernos.

7. Telas Lado a Lado

Esse sistema operacional não trabalha com o conceito


de janelas, mas o usuário pode usar dois programas ao
mesmo tempo. É indicado para quem precisa acompa-
nhar o Facebook e o Twitter, pois ocupa ¼ da tela do Figura 77: Tela do Windows 10
computador.
O Windows 10 é disponibilizado nas seguintes ver-
8. Visualizar Imagens sões (com destaque para as duas primeiras):
O sistema operacional agora faz com que cada vez
que você clica em uma figura, um programa específico 1. Windows 10
abre e isso pode deixar seu sistema lento. Para alterar
isso é preciso ir em Programas – Programas Default – Se- É a versão de “entrada” do Windows 10, que possui a
lecionar Windows Photo Viewer e marcar a caixa Set this maioria dos recursos do sistema. É voltada para Desktops
Program as Default. e Laptops, incluindo o tablete Microsoft Surface 3.

9. Imagem e Senha 2. Windows 10 Pro

O usuário pode utilizar uma imagem como senha ao Além dos recursos da versão de entrada, fornece pro-
invés de escolher uma senha digitada. Para fazer isso, teção de dados avançada e criptografada com o BitLoc-
acesse a Charm Bar, selecione a opção Settings e logo ker, permite a hospedagem de uma Conexão de Área de
em seguida clique em More PC settings. Acesse a opção Trabalho Remota em um computador, trabalhar com má-
Usuários e depois clique na opção “Criar uma senha com quinas virtuais, e permite o ingresso em um domínio para
imagem”. Em seguida, o computador pedirá para você realizar conexões a uma rede corporativa.
colocar sua senha e redirecionará para uma tela com um
pequeno texto e dando a opção para escolher uma foto. 3. Windows 10 Enterprise
Escolha uma imagem no seu computador e verifique se a
imagem está correta clicando em “Use this Picture”. Você Baseada na versão 10 Pro, é disponibilizada por meio
terá que desenhar três formas em touch ou com o mou- do Licenciamento por Volume, voltado a empresas.
se: uma linha reta, um círculo e um ponto. Depois, finalize
o processo e sua senha estará pronta. Na próxima vez, 4. Windows 10 Education
repita os movimentos para acessar seu computador.
Baseada na versão Enterprise, é destinada a atender
10. Internet Explorer no Windows 8 as necessidades do meio educacional. Também tem seu
método de distribuição baseado através da versão aca-
Se você clicar no quadrinho Internet Explorer da pá- dêmica de licenciamento de volume.
gina inicial, você terá acesso ao software sem a barra de
ferramentas e menus. 5. Windows 10 Mobile

Windows 10 Embora o Windows 10 tente vender seu nome fanta-


sia como um sistema operacional único, os smartphones
O Windows 10 é uma atualização do Windows 8 que com o Windows 10 possuem uma versão específica do
veio para tentar manter o monopólio da Microsoft no sistema operacional compatível com tais dispositivos.
mundo dos Sistemas Operacionais, uma das suas mis-
sões é ficar com um visual mais de smart e touch. 6. Windows 10 Mobile Enterprise
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

Projetado para smartphones e tablets do setor cor-


porativo. Também estará disponível através do Licencia-
mento por Volume, oferecendo as mesmas vantagens do
Windows 10 Mobile com funcionalidades direcionadas
para o mercado corporativo.

40
7. Windows 10 IoT Core Resposta: Errado. O comando para a atualização é
“sudo apt-get upgrade”. O comando para instalar pa-
IoT vem da expressão “Internet das Coisas” (Internet cotes é “sudo apt-get install nome_do_pacote”. O co-
of Things). A Microsoft anunciou que haverá edições do mando é “apt-get” e não “aptget”. O comando sudo
Windows 10 baseadas no Enterprise e Mobile Enterprise realmente permite a usuários comuns obter privilégios
destinados a dispositivos como caixas eletrônicos, ter- de outro usuário como o administrador
minais de autoatendimento, máquinas de atendimento
para o varejo e robôs industriais. Essa versão IoT Core 3. (PERITO CRIMINAL – CESPE – 2013) Em computado-
será destinada para dispositivos pequenos e de baixo res com sistema operacional Linux ou Windows, o aumen-
custo. to da memória virtual possibilita a redução do consumo
Para as versões mais populares (10 e 10 Pro), a Micro- de memória RAM em uso, o que permite executar, de for-
soft indica como requisitos básicos dos computadores: ma paralela e distribuída, no computador, uma quantida-
• Processador de 1 Ghz ou superior; de maior de programas.
• 1 GB de RAM (para 32bits); 2GB de RAM (para
64bits); ( ) CERTO ( ) ERRADO
• Até 20GB de espaço disponível em disco rígido;
• Placa de vídeo com resolução de tela de 800×600 Resposta: Errado. O que torna esta alternativa mais
ou maior. eficaz é o uso da memória em um dispositivo alterna-
tivo (para o PC não “travar”), e não uma redução de
consumo de memória RAM em uso, visto que esta op-
EXERCÍCIOS COMENTADOS ção foi projetada para ajudar quando a memória RAM
do PC for insuficiente para a execução de demasiados
1. (ESCRIVÃO DE POLÍCIA – CESPE – 2013) Considere programas.
que o usuário de um computador com sistema opera-
cional Windows 7 tenha permissão de administrador e 4. (PAPILOSCOPISTA – CESPE – 2012) Tanto no siste-
deseje fazer o controle mais preciso da segurança das ma operacional Windows quanto no Linux, cada arquivo,
conexões de rede estabelecidas no e com o seu compu- diretório ou pasta encontra-se em um caminho, podendo
tador. Nessa situação, ele poderá usar o modo de segu- cada pasta ou diretório conter diversos arquivos que são
rança avançado do firewall do Windows para especificar gravados nas unidades de disco nas quais permanecem
precisamente quais aplicativos podem e não podem fa- até serem apagados. Em uma mesma rede é possível haver
zer acesso à rede, bem como quais serviços residentes comunicação e escrita de pastas, diretórios e arquivos en-
podem, ou não, ser externamente acessados. tre máquinas com Windows e máquinas com Linux.

( ) CERTO ( ) ERRADO ( ) CERTO ( ) ERRADO

Resposta: Certo. Um firewall (em português: Parede Resposta: Certo. O sistema Linux e o sistema Windows
de fogo) é um dispositivo de uma rede de computa- conseguem compartilhar diretórios/pastas entre si pois
dores que tem por objetivo aplicar uma política de utilizam se do protocolo, o SMB.CIFS.
segurança a um determinado ponto da rede. O fire-
wall pode ser do tipo filtros de pacotes, proxy de apli- 5. (AGENTE ADMINISTRATIVO – CESPE – 2014) No
cações, etc. Os firewalls são geralmente associados a Windows, não há possibilidade de o usuário interagir com
redes TCP/IP. o sistema operacional por meio de uma tela de computa-
Este dispositivo de segurança existe na forma de soft- dor sensível ao toque.
ware e de hardware, a combinação de ambos é cha-
mada tecnicamente de “appliance”. A complexidade ( ) CERTO ( ) ERRADO
de instalação depende do tamanho da rede, da polí-
tica de segurança, da quantidade de regras que con- Resposta: Errado. As versões mais recentes do Windo-
trolam o fluxo de entrada e saída de informações e do ws existe este recurso. Para usá-lo há a necessidade de
grau de segurança desejado. que a tela seja sensível ao toque.

2. (PERITO CRIMINAL – CESPE – 2013) A instalação e 6. (AGENTE – CESPE – 2014) Comparativamente a com-
a atualização de programas na plataforma Linux a serem putadores com outros sistemas operacionais, computado-
efetuadas com o comando aptget, podem ser acionadas res com o sistema Linux apresentam a vantagem de não
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

por meio das opções install e upgrade, respectivamente. perderem dados caso as máquinas sejam desligadas por
Em ambos os casos, é indispensável o uso do comando meio de interrupção do fornecimento de energia elétrica.
sudo, ou equivalente, se o usuário não for administrador
do sistema. ( ) CERTO ( ) ERRADO

( ) CERTO ( ) ERRADO Resposta: Errado. Nenhum sistema operacional pos-


sui a vantagem de não perder dados caso a máquina
seja desligada por meio de interrupção do forneci-
mento de energia elétrica.

41
7. (AGENTE – CESPE – 2014) As rotinas de inicialização GRUB e LILO, utilizadas em diversas distribuições Linux, podem
ser acessadas por uma interface de linha de comando.

( ) CERTO ( ) ERRADO

Resposta: Certo. É possível acessar as rotinas de inicialização GRUB e LILO para realizar a sua configuração, assim
como é possível alterar as opções de inicialização do Windows (em Win+Pause, Configurações Avançadas do Siste-
ma, Propriedades do Sistema, Inicialização e Recuperação).

8. (ESCRIVÃO DE POLÍCIA – CESPE – 2013) Considere que um usuário de login joao_jose esteja usando o Windows
Explorer para navegar no sistema de arquivos de um computador com ambiente Windows 7. Considere ainda que,
enquanto um conjunto de arquivos e pastas é apresentado, o usuário observe, na barra de ferramentas do Windows
Explorer, as seguintes informações: Bibliotecas > Documentos > Projetos. Nessa situação, é mais provável que tais ar-
quivos e pastas estejam contidos no diretório C:\Bibliotecas\Documentos\Projetos que no diretório C:\Users\joao_jose\
Documents\Projetos.

( ) CERTO ( ) ERRADO

Resposta: Errado. O correto é “C:\Users\joao_jose\Documents\Projetos”. Há possibilidade das pastas estarem em


outro diretório, se forem feitas configurações customizadas pelo usuário. Mesmo na configuração em português o
diretório dos documentos do usuário continua sendo nomeado em inglês: “documents”. Portanto, a afirmação de
que o diretório seria “C:\biblioteca\documentos\projetos” não está correta. O item considera o comportamento
padrão do sistema operacional Windows 7, e, portanto, a afirmação não pode ser absoluta, devido à flexibilidade
inerente a este sistema software. A premissa de que a informação fosse apresentada na barra de ferramentas não
compromete o entendimento da questão.”

9. (AGENTE ADMINISTRATIVO – CESPE – 2014) No ambiente Linux, é possível utilizar comandos para copiar arqui-
vos de um diretório para um pen drive.

( ) CERTO ( ) ERRADO

Resposta: Certo. No ambiente Linux, é permitida a execução de vários comandos por meio de um console. O co-
mando “cp” é utilizado para copiar arquivos entre diretórios e arquivos para dispositivos.

10. (DELEGADO DE POLÍCIA – CESPE – 2004) Ao se clicar a opção , será exibida uma janela por meio da
qual se pode verificar diversas propriedades do arquivo, como o seu tamanho e os seus atributos.
Em computadores do tipo PC, a comunicação com periféricos pode ser realizada por meio de diferentes interfaces.
Acerca desse assunto, julgue os seguintes itens.

( ) CERTO ( ) ERRADO
Resposta: Certo. Dentre as diversas opções que podem ser consultadas ao se ativar as propriedades de um arquivo
estão as opções: tamanho e os seus atributos.

REDES DE COMPUTADORES: CONCEITOS BÁSICOS, FERRAMENTAS, APLICATIVOS E


PROCEDIMENTOS DE INTERNET E INTRANET.
PROGRAMAS DE NAVEGAÇÃO: MOZILLA FIREFOX E GOOGLE CHROME.
PROGRAMA DE CORREIO ELETRÔNICO: MS OUTLOOK.
SÍTIOS DE BUSCA E PESQUISA NA INTERNET.
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

REDES DE COMPUTADORES

Redes de Computadores refere-se à interligação por meio de um sistema de comunicação baseado em transmis-
sões e protocolos de vários computadores com o objetivo de trocar informações, entre outros recursos. Essa ligação é
chamada de estações de trabalho (nós, pontos ou dispositivos de rede).
Atualmente, existe uma interligação entre computadores espalhados pelo mundo que permite a comunicação en-
tre os indivíduos, quer seja quando eles navegam pela internet ou assiste televisão. Diariamente, é necessário utilizar
recursos como impressoras para imprimir documentos, reuniões através de videoconferência, trocar e-mails, acessar às
redes sociais ou se entreter por meio de jogos, etc.

42
Hoje, não é preciso estar em casa para enviar e-mails, Topologia de Estrela – modelo em que existe um pon-
basta ter um tablet ou smartphone com acesso à inter- to central (concentrador) para a conexão, geralmente um
net nos dispositivos móveis. Apesar de tantas vantagens, hub ou switch;
o crescimento das redes de computadores também tem Topologia de Anel – modelo atualmente utilizado em
seu lado negativo. A cada dia surgem problemas que automação industrial e na década de 1980 pelas redes
prejudicam as relações entre os indivíduos, como pirata- Token Ring da IBM. Nesse caso, todos os computadores
ria, espionagem, phishing - roubos de identidade, assun- são entreligados formando um anel e os dados são pro-
tos polêmicos como racismo, sexo, pornografia, sendo pagados de computador a computador até a máquina de
destacados com mais exaltação, entre outros problemas. origem;
Há muito tempo, o ser humano sentiu a necessida- Topologia de Barramento – modelo utilizado nas pri-
de de compartilhar conhecimento e estabelecer relações meiras conexões feitas pelas redes Ethernet. Refere- se a
com pessoas a distância. Na década de 1960, durante computadores conectados em formato linear, cujo cabea-
a Guerra Fria, as redes de computadores surgiram com mento é feito sequencialmente;
objetivos militares: interconectar os centros de comando Redes de Difusão (Broadcast) – quando as máquinas
dos EUA para com objetivo de proteger e enviar dados. estão interligadas por um mesmo canal através de paco-
tes endereçados (unicast, broadcast e multicast).
1. Alguns tipos de Redes de Computadores
3. Cabos
Antigamente, os computadores eram conectados em
distâncias curtas, sendo conhecidas como redes locais. Os cabos ou cabeamentos fazem parte da estrutura
Mas, com a evolução das redes de computadores, foi ne- física utilizada para conectar computadores em rede, es-
cessário aumentar a distância da troca de informações tando relacionados a largura de banda, a taxa de trans-
entre as pessoas. As redes podem ser classificadas de missão, padrões internacionais, etc. Há vantagens e des-
acordo com sua arquitetura (Arcnet, Ethernet, DSL, Token vantagens para a conexão feita por meio de cabeamento.
ring, etc.), a extensão geográfica (LAN, PAN, MAN, WLAN, Os mais utilizados são:
etc.), a topologia (anel, barramento, estrela, ponto-a- Cabos de Par Trançado – cabos caracterizados por sua
-ponto, etc.) e o meio de transmissão (redes por cabo de
velocidade, pode ser feito sob medida, comprados em lo-
fibra óptica, trançado, via rádio, etc.).
jas de informática ou produzidos pelo usuário;
Veja alguns tipos de redes:
Cabos Coaxiais – cabos que permitem uma distância
Redes Pessoais (Personal Area Networks – PAN) – se
maior na transmissão de dados, apesar de serem flexíveis,
comunicam a 1 metro de distância. Ex.: Redes Bluetooth;
são caros e frágeis. Eles necessitam de barramento ISA,
Redes Locais (Local Area Networks – LAN) – redes em
suporte não encontrado em computadores mais novos;
que a distância varia de 10m a 1km. Pode ser uma sala,
Cabos de Fibra Óptica – cabos complexos, caros e de
um prédio ou um campus de universidade;
Redes Metropolitanas (Metropolitan Area Network – difícil instalação. São velozes e imunes a interferências
MAN) – quando a distância dos equipamentos conec- eletromagnéticas.
tados à uma rede atinge áreas metropolitanas, cerca de
10km. Ex.: TV à cabo;
Redes a Longas Distâncias (Wide Area Network – #FicaDica
WAN) – rede que faz a cobertura de uma grande área Após montar o cabeamento de rede é necessário
geográfica, geralmente, um país, cerca de 100 km; realizar um teste através dos testadores de
Redes Interligadas (Interconexão de WANs) – são re- cabos, adquirido em lojas especializadas.
des espalhadas pelo mundo podendo ser interconecta- Apesar de testar o funcionamento, ele não
das a outras redes, capazes de atingirem distâncias bem detecta se existem ligações incorretas. É preciso
maiores, como um continente ou o planeta. Ex.: Internet; que um técnico veja se os fios dos cabos estão
Rede sem Fio ou Internet sem Fio (Wireless Local Area na posição certa.
Network – WLAN) – rede capaz de conectar dispositivos
eletrônicos próximos, sem a utilização de cabeamento.
Além dessa, existe também a WMAN, uma rede sem fio 4. Sistema de Cabeamento Estruturado
para área metropolitana e WWAN, rede sem fio para
grandes distâncias. Para que essa conexão não prejudique o ambiente de
trabalho, em uma grande empresa, são necessárias várias
2. Topologia de Redes conexões e muitos cabos, sendo necessário o cabeamen-
to estruturado.
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

Astopologias das redes de computadores são as es- Por meio dele, um técnico irá poupar trabalho e tem-
truturas físicas dos cabos, computadores e componen- po, tanto para fazer a instalação, quanto para a remoção
tes. Existem as topologias físicas, que são mapas que da rede. Ele é feito através das tomadas RJ-45 que pos-
mostram a localização de cada componente da rede que sibilitam que vários conectores possam ser inseridos em
serão tratadas a seguir. e as lógicas, representada pelo um único local, sem a necessidade de serem conectados
modo que os dados trafegam na rede: diretamente no hub.
Topologia Ponto-a-ponto – quando as máquinas es- Além disso, o sistema de cabeamento estruturado
tão interconectadas por pares através de um roteamento possui um painel de conexões, o Patch Panel, onde os
de dados; cabos das tomadas RJ-45 são conectados, sendo um con-

43
centrador de tomadas, favorecendo a manutenção das na década de 60, criaram um projeto que pudesse conec-
redes. Eles são adaptados e construídos para serem inse- tar os computadores de departamentos de pesquisas e
ridos em um rack. bases militares, para que, caso um desses pontos sofres-
Todo esse planejamento deve fazer parte do projeto se algum tipo de ataque, as informações e comunicação
do cabeamento de rede, em que a conexão da rede é não seriam totalmente perdidas, pois estariam salvas em
pensada de forma a realizar a sua expansão. outros pontos estratégicos.
Repetidores: Dispositivo capaz de expandir o cabea- O projeto inicial, chamado ARPANET, usava uma co-
mento de rede. Ele poderá transformar os sinais recebi- nexão a longa distância e possibilitava que as mensagens
dos e enviá-los para outros pontos da rede. Apesar de fossem fragmentadas e endereçadas ao seu computador
serem transmissores de informações para outros pontos, de destino. O percurso entre o emissor e o receptor da
eles também diminuem o desempenho da rede, podendo informação poderia ser realizado por várias rotas, assim,
haver colisões entre os dados à medida que são anexas caso algum ponto no trajeto fosse destruído, os dados
outras máquinas. Esse equipamento, normalmente, en- poderiam seguir por outro caminho garantindo a entre-
contra-se dentro do hub. ga da informação, é importante mencionar que a maior
Hubs: Dispositivos capazes de receber e concentrar to- distância entre um ponto e outro, era de 450 quilôme-
dos os dados da rede e compartilhá-los entre as outras tros. No começo dos anos 80, essa tecnologia rompeu as
estações (máquinas). Nesse momento nenhuma outra
barreiras de distância, passando a interligar e favorecer
máquina consegue enviar um determinado sinal até que
a troca de informações de computadores de universi-
os dados sejam distribuídos completamente. Eles são uti-
dades dos EUA e de outros países, criando assim uma
lizados em redes domésticas e podem ter 8, 16, 24 e 32
portas, variando de acordo com o fabricante. Existem os rede (NET) internacional (INTER), consequentemente seu
Hubs Passivos, Ativos, Inteligentes e Empilháveis. nome passa a ser, INTERNET.
Bridges: É um repetidor inteligente que funciona como A evolução não parava, além de atingir fronteiras
uma ponte. Ele lê e analisa os dados da rede, além de rela- continentais, os computadores pessoais evoluíam em
cionar diferentes arquiteturas. forte escala alcançando forte potencial comercial, a
Switches: Tipo de aparelho semelhante a um hub, mas Internet deixou de conectar apenas computadores de
que funciona como uma ponte: ele envia os dados apenas universidades, passou a conectar empresas e, enfim,
para a máquina que o solicitou. Ele possui muitas portas usuários domésticos. Na década de 90, o Ministério das
de entrada e melhor performance, podendo ser utilizado Comunicações e o Ministério da Ciência e Tecnologia do
para redes maiores. Brasil trouxeram a Internet para os centros acadêmicos
Roteadores: Dispositivo utilizado para conectar redes e comerciais. Essa tecnologia rapidamente foi tomando
e arquiteturas diferentes e de grande porte. Ele funciona conta de todos os setores sociais até atingir a amplitude
como um tipo de ponte na camada de rede do modelo de sua difusão nos tempos atuais.
OSI (Open Systens Interconnection - protocolo de interco- Um marco que é importante frisar é o surgimento
nexão de sistemas abertos para conectar máquinas de di- do WWW que foi a possibilidade da criação da interfa-
ferentes fabricantes), identificando e determinando um IP ce gráfica deixando a internet ainda mais interessante e
para cada computador que se conecta com a rede. vantajosa, pois até então, só era possível a existência de
Sua principal atribuição é ordenar o tráfego de dados textos.
na rede e selecionar o melhor caminho. Existem os rotea- Para garantir a comunicação entre o remetente e o
dores estáticos, capaz de encontrar o menor caminho para destinatário o americano Vinton Gray Cerf, conhecido
tráfego de dados, mesmo se a rede estiver congestionada; como o pai da internet criou os protocolos TCP/IP, que
e os roteadores dinâmicos que encontram caminhos mais são protocolos de comunicação. O TCP – TRANSMIS-
rápidos e menos congestionados para o tráfego. SION CONTROL PROTOCOL (Protocolo de Controle de
Modem: Dispositivo responsável por transformar a Transmissão) e o IP – INTERNET PROTOCOL (Protocolo
onda analógica que será transmitida por meio da linha te-
de Internet) são conjuntos de regras que tornam possí-
lefônica, transformando-a em sinal digital original.
vel tanto a conexão entre os computadores, quanto ao
Servidor: Sistema que oferece serviço para as redes de
entendimento da informação trocada entre eles.
computadores, como por exemplo, envio de arquivos ou
e-mail. Os computadores que acessam determinado ser- A internet funciona o tempo todo enviando e rece-
vidor são conhecidos como clientes. bendo informações, por isso o periférico que permite a
Placa de Rede: Dispositivo que garante a comunicação conexão com a internet chama MODEM, porque que ele
entre os computadores da rede. Cada arquitetura de rede MOdula e DEModula sinais, e essas informações só po-
depende de um tipo de placa específica. As mais utilizadas dem ser trocadas graças aos protocolos TCP/IP.
são as do tipo Ethernet e Token Ring (rede em anel).
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

1. Protocolos Web
Conceitos de tecnologias relacionadas à Internet
e Intranet, busca e pesquisa na Web, mecanismos de Já que estamos falando em protocolos, citaremos
busca na Web. outros que são largamente usados na Internet:
- HTTP (Hypertext Transfer Protocol): Protocolo de
O objetivo inicial da Internet era atender necessida- transferência de Hipertexto, desde 1999 é utilizado para
des militares, facilitando a comunicação. A agência nor- trocar informações na Internet. Quando digitamos um
te-americana ARPA – ADVANCED RESEARCH AND PRO- site, automaticamente é colocado à frente dele o http://
JECTS AGENCY e o Departamento de Defesa americano, Exemplo: http://www.novaconcursos.com.br

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Onde: - POP (Post Office Protocol): Protocolo de Posto dos
http:// → Faz a solicitação de um arquivo de hipermí- Correios permite, como o seu nome o indica, recuperar
dia para a Internet, ou seja, um arquivo que pode conter o seu correio num servidor distante (o servidor POP). É
texto, som, imagem, filmes e links. necessário para as pessoas não ligadas permanentemen-
- URL (Uniform Resource Locator): Localizador Padrão te à Internet, para poderem consultar os mails recebidos
de recursos, serve para endereçar um recurso na web, offline. Existem duas versões principais deste protocolo,
é como se fosse um apelido, uma maneira mais fácil de o POP2 e o POP3, aos quais são atribuídas respectiva-
acessar um determinado site. mente as portas 109 e 110, funcionando com o auxílio de
Exemplo: http://www.novaconcursos.com.br, onde: comandos textuais radicalmente diferentes, na troca de
e-mails ele é o protocolo de entrada.
Faz a solicitação de um arquivo de - IMAP (Internet Message Access Protocol): É um pro-
http:// tocolo alternativo ao protocolo POP3, que oferece muitas
hiper mídia para a Internet.
mais possibilidades, como, gerir vários acessos simultâ-
Estipula que esse recurso está na neos e várias caixas de correio, além de poder criar mais
rede mundial de computadores critérios de triagem.
www
(veremos mais sobre www em um - SMTP (Simple Mail Transfer Protocol): É o protocolo
próximo tópico). padrão para envio de e-mails através da Internet. Faz a
É o endereço de domínio. Um validação de destinatários de mensagens. Ele que veri-
endereço de domínio representará fica se o endereço de e-mail do destinatário está corre-
novaconcursos tamente digitado, se é um endereço existente, se a caixa
sua empresa ou seu espaço na
Internet. de mensagens do destinatário está cheia ou se recebeu
sua mensagem, na troca de e-mails ele é o protocolo de
Indica que o servidor onde esse site saída.
está - UDP (User Datagram Protocol): Protocolo que atua
.com
hospedado é de finalidades na camada de transporte dos protocolos (TCP/IP). Permi-
comerciais. te que a aplicação escreva um datagrama encapsulado
.br Indica queo servidor está no Brasil. num pacote IP e transportado ao destino. É muito co-
mum lermos que se trata de um protocolo não confiável,
Encontramos, ainda, variações na URL de um site, isso porque ele não é implementado com regras que ga-
que demonstram a finalidade e organização que o criou, rantam tratamento de erros ou entrega.
como:
.gov - Organização governamental 2. Provedor
.edu - Organização educacional
.org - Organização O provedor é uma empresa prestadora de serviços
.ind - Organização Industrial que oferece acesso à Internet. Para acessar a Internet, é
.net - Organização telecomunicações necessário conectar-se com um computador que já este-
.mil - Organização militar ja na Internet (no caso, o provedor) e esse computador
.pro - Organização de profissões deve permitir que seus usuários também tenham acesso
.eng – Organização de engenheiros a Internet.
E também, do país de origem: No Brasil, a maioria dos provedores está conectada
.it – Itália à Embratel, que por sua vez, está conectada com outros
.pt – Portugal computadores fora do Brasil. Esta conexão chama-se link,
.ar – Argentina que é a conexão física que interliga o provedor de aces-
.cl – Chile so com a Embratel. Neste caso, a Embratel é conhecida
.gr – Grécia como backbone, ou seja, é a “espinha dorsal” da Internet
no Brasil. Pode-se imaginar o backbone como se fosse
Quando vemos apenas a terminação .com, sabemos uma avenida de três pistas e os links como se fossem as
que se trata de um site hospedado em um servidor dos ruas que estão interligadas nesta avenida. Tanto o link
Estados Unidos. como o backbone possui uma velocidade de transmis-
- HTTPS (Hypertext transfer protocol secure): Se- são, ou seja, com qual velocidade ele transmite os dados.
melhante ao HTTP, porém permite que os dados sejam Esta velocidade é dada em bps (bits por segundo).
transmitidos através de uma conexão criptografada e Deve ser feito um contrato com o provedor de acesso,
que se verifique a autenticidade do servidor e do cliente que fornecerá um nome de usuário, uma senha de aces-
so e um endereço eletrônico na Internet.
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

através de certificados digitais.


- FTP (File Transfer Protocol): Protocolo de trans-
ferência de arquivo, é o protocolo utilizado para poder 3. Home Page
subir os arquivos para um servidor de internet, seus pro-
gramas mais conhecidos são, o Cute FTP, FileZilla e Lee- Pela definição técnica temos que uma Home Page é
chFTP, ao criar um site, o profissional utiliza um desses um arquivo ASCII (no formato HTML) acessado de com-
programas FTP ou similares e executa a transferência dos putadores rodando um Navegador (Browser), que per-
arquivos criados, o manuseio é semelhante à utilização mite o acesso às informações em um ambiente gráfico
de gerenciadores de arquivo, como o Windows Explorer, e multimídia. Todo em hipertexto, facilitando a busca de
por exemplo. informações dentro das Home Pages.

45
Assim, não demorou muito a surgir um novo concei-
#FicaDica to, que tem interessado um número cada vez maior de
empresas, hospitais, faculdades e outras organizações
O endereço de Home Pages tem o seguinte interessadas em integrar informações e usuários: a intra-
formato: net. Seu advento e disseminação promete operar uma
http://www.endereço.com/página.html revolução tão profunda para a vida organizacional quan-
Por exemplo, a página principal do meu pro- to o aparecimento das primeiras redes locais de compu-
jeto de mestrado: tadores, no final da década de 80.
http://www.youtube.com/canaldoovidio
1. O que é Intranet?

4. Plug-ins O termo “intranet” começou a ser usado em meados


de 1995 por fornecedores de produtos de rede para se
Os plug-ins são programas que expandem a capaci- referirem ao uso dentro das empresas privadas de tecno-
dade do Browser em recursos específicos - permitindo, logias projetadas para a comunicação por computador
por exemplo, que você toque arquivos de som ou veja entre empresas. Em outras palavras, uma intranet con-
filmes em vídeo dentro de uma Home Page. As empresas siste em uma rede privativa de computadores que se ba-
de software vêm desenvolvendo plug-ins a uma veloci- seia nos padrões de comunicação de dados da Internet
dade impressionante. Maiores informações e endereços pública, baseadas na tecnologia usada na Internet (pági-
sobre plug-ins são encontradas na página:
nas HTML, e-mail, FTP, etc.) que vêm, atualmente fazendo
http://www.yahoo.com/Computers_and_Internet/Soft-
muito sucesso. Entre as razões para este sucesso, estão
ware/ Internet/World_Wide_Web/Browsers/Plug_Ins/Indices/
o custo de implantação relativamente baixo e a facilida-
Atualmente existem vários tipos de plug-ins. Abaixo
de de uso propiciada pelos programas de navegação na
temos uma relação de alguns deles:
- 3D e Animação (Arquivos VRML, MPEG, QuickTi- Web, os browsers.
me, etc.).
- Áudio/Vídeo (Arquivos WAV, MID, AVI, etc.). 2. Objetivo de construir uma Intranet
- Visualizadores de Imagens (Arquivos JPG, GIF, BMP,
PCX, etc.). Organizações constroem uma intranet porque ela é
- Negócios e Utilitários. uma ferramenta ágil e competitiva. Poderosa o suficien-
- Apresentações. te para economizar tempo, diminuir as desvantagens da
distância e alavancar sobre o seu maior patrimônio de
INTRANET capital com conhecimentos das operações e produtos da
empresa.
A Intranet ou Internet Corporativa é a implantação de
uma Internet restrita apenas a utilização interna de uma 3. Aplicações da Intranet
empresa. As intranets ou Webs corporativas, são redes
de comunicação internas baseadas na tecnologia usada Já é ponto pacífico que apoiarmos a estrutura de co-
na Internet. Como um jornal editado internamente, e que municações corporativas em uma intranet dá para sim-
pode ser acessado apenas pelos funcionários da empre- plificar o trabalho, pois estamos virtualmente todos na
sa. mesma sala. De qualquer modo, é cedo para se afirmar
A intranet cumpre o papel de conectar entre si filiais onde a intranet vai ser mais efetiva para unir (no sentido
e departamentos, mesclando (com segurança) as suas operacional) os diversos profissionais de uma empresa.
informações particulares dentro da estrutura de comuni- Mas em algumas áreas já se vislumbram benefícios, por
cações da empresa. exemplo:
O grande sucesso da Internet, é particularmente da - Marketing e Vendas - Informações sobre produtos,
World Wide Web (WWW) que influenciou muita coisa na listas de preços, promoções, planejamento de eventos;
evolução da informática nos últimos anos.
- Desenvolvimento de Produtos - OT (Orientação de
Em primeiro lugar, o uso do hipertexto (documentos
Trabalho), planejamentos, listas de responsabilidades de
interligados através de vínculos, ou links) e a enorme fa-
membros das equipes, situações de projetos;
cilidade de se criar, interligar e disponibilizar documentos
- Apoio ao Funcionário - Perguntas e respostas, sis-
multimídia (texto, gráficos, animações, etc.), democrati-
zaram o acesso à informação através de redes de com- temas de melhoria contínua (Sistema de Sugestões), ma-
putadores. Em segundo lugar, criou-se uma gigantesca nuais de qualidade;
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

base de usuários, já familiarizados com conhecimentos - Recursos Humanos - Treinamentos, cursos, aposti-
básicos de informática e de navegação na Internet. Fi- las, políticas da companhia, organograma, oportunida-
nalmente, surgiram muitas ferramentas de software de des de trabalho, programas de desenvolvimento pessoal,
custo zero ou pequeno, que permitem a qualquer orga- benefícios.
nização ou empresa, sem muito esforço, “entrar na rede” Para acessar as informações disponíveis na Web cor-
e começar a acessar e colocar informação. O resultado porativa, o funcionário praticamente não precisa ser trei-
inevitável foi a impressionante explosão na informação nado. Afinal, o esforço de operação desses programas se
disponível na Internet, que segundo consta, está dobran- resume quase somente em clicar nos links que remetem
do de tamanho a cada mês. às novas páginas. No entanto, a simplicidade de uma in-

46
tranet termina aí. Projetar e implantar uma rede desse 5.2. +palavra_chave
tipo é uma tarefa complexa e exige a presença de pro-
fissionais especializados. Essa dificuldade aumenta com Retorna uma busca fazendo uma inclusão forçada de
o tamanho da intranet, sua diversidade de funções e a uma palavra chave nos resultados. De maneira análoga
quantidade de informações nela armazenadas. ao exemplo anterior, se eu fizer uma busca do tipo com-
putação, terei como retorno uma gama mista de resul-
4. A intranet é baseada em quatro conceitos: tados. Caso eu queira filtrar somente os casos em que
ciências aparece, e também no estado de SP, realizo uma
- Conectividade - A base de conexão dos compu- busca do tipo computação + ciência SP.
tadores ligados por meio de uma rede, e que podem
transferir qualquer tipo de informação digital entre si; 5.3. “frase_chave”
- Heterogeneidade - Diferentes tipos de computa-
dores e sistemas operacionais podem ser conectados Retorna uma busca em que existam as ocorrências
de forma transparente; dos termos que estão entre aspas, na ordem e grafia exa-
- Navegação - É possível passar de um documento a tas ao que foi inserido. Assim, se você realizar uma busca
do tipo “como faser” – sim, com a escrita incorreta da
outro por meio de referências ou vínculos de hipertexto,
palavra FAZER, verá resultados em que a frase idêntica
que facilitam o acesso não linear aos documentos;
foi empregada.
- Execução Distribuída - Determinadas tarefas de
acesso ou manipulação na intranet só podem ocorrer
5.4. palavras_chave_01 OR palavra_chave_02
graças à execução de programas aplicativos, que po-
dem estar no servidor, ou nos microcomputadores que Mostra resultado para pelo menos uma das palavras
acessam a rede (também chamados de clientes, daí sur- chave citadas. Faça uma busca por facebook OR msn, por
giu à expressão que caracteriza a arquitetura da intra- exemplo, e terá como resultado de sua busca, páginas
net: cliente-servidor). relevantes sobre pelo menos um dos dois temas - nes-
- A vantagem da intranet é que esses programas são se caso, como as duas palavras chaves são populares, os
ativados através da WWW, permitindo grande flexibili- dois resultados são apresentados em posição de desta-
dade. Determinadas linguagens, como Java, assumiram que.
grande importância no desenvolvimento de softwares
aplicativos que obedeçam aos três conceitos anteriores. 5.5. filetype:tipo

5. Mecanismos de Buscas Retorna as buscas em que o resultado tem o tipo


de extensão especificada. Por exemplo, em uma busca
Pesquisar por algo no Google e não ter como re- filetype:pdf jquery serão exibidos os conteúdos da pa-
torno exatamente o que você queria pode trazer algu- lavra chave jquery que tiverem como extensão .pdf. Os
mas horas de trabalho a mais, não é mesmo? Por mais tipos de extensão podem ser: PDF, HTML ou HTM, XLS,
que os algoritmos de busca sejam sempre revisados e PPT, DOC.
busquem de certa forma “adivinhar” o que se passa em
sua cabeça, lançar mão de alguns artifícios para que sua 5.6. palavra_chave_01 * palavra_chave_02
busca seja otimizada poupará seu tempo e fará com
que você tenha acesso a resultados mais relevantes. Retorna uma “busca combinada”, ou seja, sendo o *
Os mecanismos de buscas contam com operadores um indicador de “qualquer conteúdo”, retorna resultados
para filtro de conteúdo. A maior parte desse filtros, no em que os termos inicial e final aparecem, independente
entanto, pode não interessar a você, caso não seja um do que “esteja entre eles”. Realize uma busca do tipo fa-
cebook * msn e veja o resultado na prática.
praticante de SEO. Contudo, alguns são realmente úteis
e estão listados abaixo. Realize uma busca simples e de-
6. Áudio e Vídeo
pois aplique os filtros para poder ver o quanto os resul-
tados podem ser mais especializados em relação ao que
A popularização da banda larga e dos serviços de
você procura. e-mail com grande capacidade de armazenamento está
aumentando a circulação de vídeos na Internet. O pro-
5.1. -palavra_chave blema é que a profusão de formatos de arquivos pode
tornar a experiência decepcionante.
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

Retorna uma busca excluindo aquelas em que a pa- A maioria deles depende de um único programa para
lavra chave aparece. Por exemplo, se eu fizer uma busca rodar. Por exemplo, se a extensão é MOV, você vai neces-
por computação, provavelmente encontrarei na relação sitar do QuickTime, da Apple. Outros, além de um player
dos resultados informaçõe sobre “Ciência da computa- de vídeo, necessitam do “codec” apropriado. Acrônimo
ção“. Contudo, se eu fizer uma busca por computação de “COder/DECoder”, codec é uma espécie de comple-
-ciência, os resultados que tem a palavra chave ciência mento que descomprime - e comprime - o arquivo. É o
serão omitidos. caso do MPEG, que roda no Windows Media Player, des-
de que o codec esteja atualizado - em geral, a instalação
é automática.

47
Com os três players de multimídia mais populares - 7. Transferência de arquivos pela internet
Windows Media Player, Real Player e Quicktime -, você
dificilmente encontrará problemas para rodar vídeos, FTP (File Transfer Protocol – Protocolo de Transferên-
tanto offline como por streaming (neste caso, o down- cia de Arquivos) é uma das mais antigas formas de inte-
load e a exibição do vídeo são simultâneos, como na TV ração na Internet. Com ele, você pode enviar e receber
Terra). arquivos para, ou de computadores que se caracterizam
Atualmente, devido à evolução da internet com os como servidores remotos. Voltaremos aqui ao conceito
mais variados tipos de páginas pessoais e redes sociais, de arquivo texto (ASCII – código 7 bits) e arquivos não
há uma grande demanda por programas para trabalhar texto (Binários – código 8 bits). Há uma diferença interes-
com imagens. E, como sempre é esperado, em resposta a sante entre enviar uma mensagem de correio eletrônico
isso, também há no mercado uma ampla gama de ferra- e realizar transferência de um arquivo. A mensagem é
mentas existentes que fazem algum tipo de tratamento sempre transferida como uma informação textual, en-
ou conversão de imagens. quanto a transferência de um arquivo pode ser caracteri-
Porém, muitos destes programas não são o que se zada como textual (ASCII) ou não-textual (binário).
pode chamar de simples e intuitivos, causando confusão Um servidor FTP é um computador que roda um pro-
em seu uso ou na manipulação dos recursos existentes. grama que chamamos de servidor de FTP e, portanto, é
Caso o que você precise seja apenas um programa para capaz de se comunicar com outro computador na Rede
visualizar imagens e aplicar tratamentos e efeitos simples que o esteja acessando através de um cliente FTP.
ou montar apresentações de slides, é sempre bom dar FTP anônimo versus FTP com autenticação existem
uma conferida em alguns aplicativos mais leves e com re- dois tipos de conexão FTP, a primeira, e mais utilizada,
cursos mais enxutos como os visualizadores de imagens. é a conexão anônima, na qual não é preciso possuir um
Abaixo, segue uma seleção de visualizadores, muitos username ou password (senha) no servidor de FTP, bas-
deles trazendo os recursos mais simples, comuns e fáceis tando apenas identificar-se como anonymous (anônimo).
de se utilizar dos editores, para você que não precisa de Neste caso, o que acontece é que, em geral, a árvore
tantos recursos, mas ainda assim gosta de dar um trata- de diretório que se enxerga é uma sub-árvore da árvo-
mento especial para as suas mais variadas imagens. re do sistema. Isto é muito importante, porque garante
O Picasa está com uma versão cheia de inovações que um nível de segurança adequado, evitando que estra-
faz dele um aplicativo completo para visualização de fo- nhos tenham acesso a todas as informações da empresa.
tos e imagens. Além disso, ele possui diversas ferramen- Quando se estabelece uma conexão de “FTP anônimo”,
tas úteis para editar, organizar e gerenciar arquivos de o que acontece em geral é que a conexão é posicionada
imagem do computador. no diretório raiz da árvore de diretórios. Dentre os mais
As ferramentas de edição possuem os métodos mais comuns estão: pub, etc, outgoing e incoming. O segundo
avançados para automatizar o processo de correção de tipo de conexão envolve uma autenticação, e portanto, é
imagens. No caso de olhos vermelhos, por exemplo, o indispensável que o usuário possua um username e uma
programa consegue identificar e corrigir todos os olhos
password que sejam reconhecidas pelo sistema, quer di-
vermelhos da foto automaticamente sem precisar sele-
zer, ter uma conta nesse servidor. Neste caso, ao esta-
cionar um por um. Além disso, é possível cortar, endirei-
belecer uma conexão, o posicionamento é no diretório
tar, adicionar textos, inserir efeitos, e muito mais.
criado para a conta do usuário – diretório home, e dali
Um dos grandes destaques do Picasa é sua poderosa
ele poderá percorrer toda a árvore do sistema, mas só
biblioteca de imagens. Ele possui um sistema inteligen-
escrever e ler arquivos nos quais ele possua.
te de armazenamento capaz de filtrar imagens que con-
Assim como muitas aplicações largamente utilizadas
tenham apenas rostos. Assim você consegue visualizar
hoje em dia, o FTP também teve a sua origem no sistema
apenas as fotos que contém pessoas.
Depois de tudo organizado em seu computador, você operacional UNIX, que foi o grande percursor e respon-
pode escolher diversas opções para salvar e/ou compar- sável pelo sucesso e desenvolvimento da Internet.
tilhar suas fotos e imagens com amigos e parentes. Isso
pode ser feito gravando um CD/DVD ou enviando via 8. Algumas dicas
Web. O programa possui integração com o PicasaWeb, o
qual possibilita enviar um álbum inteiro pela internet em 1. Muitos sites que aceitam FTP anônimo limitam o
poucos segundos. número de conexões simultâneas para evitar uma sobre-
O IrfanView é um visualizador de imagem muito leve carga na máquina. Uma outra limitação possível é a faixa
e com uma interface gráfica simples porém otimizada e de horário de acesso, que muitas vezes é considerada
fácil de utilizar, mesmo para quem não tem familiaridade nobre em horário comercial, e portanto, o FTP anônimo
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

com este tipo de programa. Ele também dispõe de al- é temporariamente desativado.
guns recursos simples de editor. Com ele é possível fazer 2. Uma saída para a situação acima é procurar “sites
operações como copiar e deletar imagens até o efeito espelhos” que tenham o mesmo conteúdo do site sendo
de remoção de olhos vermelhos em fotos. O programa acessado.
oferece alternativas para aplicar efeitos como texturas e 3. Antes de realizar a transferência de qualquer arqui-
alteração de cores em sua imagem por meio de apenas vo verifique se você está usando o modo correto, isto é,
um clique. no caso de arquivos-texto, o modo é ASCII, e no caso de
Além disso sempre é possível a visualização de ima- arquivos binários (.exe, .com, .zip, .wav, etc.), o modo é
gens pelo próprio gerenciador do Windows. binário. Esta prevenção pode evitar perda de tempo.

48
4. Uma coisa interessante pode ser o uso de um ser- • Messenger: envio de mensagens instantâneas.
vidor de FTP em seu computador. Isto pode permitir que • Flickr: partilha de imagens.
um amigo seu consiga acessar o seu computador como • Google+: partilha de conteúdos.
um servidor remoto de FTP, bastando que ele tenha aces- • Tumblr: partilha de pequenas publicações, seme-
so ao número IP, que lhe é atribuído dinamicamente. lhante ao Twitter.

9. Grupos de Discussão e Redes Sociais 10. Vantagens e Desvantagens

São espaços de convivências virtuais em que grupos Existem várias vantagens em fazer parte de redes
de pessoas ou empresas se relacionam por meio do en- sociais e é principalmente por isso que elas tiveram um
vio de mensagens, do compartilhamento de conteúdo, crescimento tão significativo ao longo dos anos.
entre outras ações. Isso porque as redes sociais podem aproximar as pes-
As redes sociais tiveram grande avanço devido a evo- soas. Afinal, elas são uma maneira fácil de manter as re-
lução da internet, cujo boom aconteceu no início do mi- lações e o contato com quem está distante, propiciando,
lênio. Vejamos como esse percurso aconteceu: assim, a possibilidade de interagir em tempo real.
Em 1994 foi lançado o GeoCities, a primeira comuni- As redes também facilitam a relação com quem está
dade que se assemelha a uma rede social. O GeoCities mais perto. Em decorrência da rotina corrida do dia a dia,
que, no entanto, não existe mais, orientava as pessoas nem sempre há tempo para que as pessoas se encontrem
para que elas próprias criassem suas páginas na internet. fisicamente.
Em 1995 surge o The Globe, que dava aos internautas Além disso, as redes sociais oferecem uma forma rá-
a oportunidade de interagir com um grupo de pessoas. pida e eficaz de comunicar algo para um grande número
No mesmo ano, também surge uma plataforma que de pessoas ao mesmo tempo.
permite a interação com antigos colegas da escola, o Podemos citar como exemplo o fato de poder avisar
Classmates. um acontecimento, a preparação de uma manifestação
Já nos anos 2000, surge o Fotolog, uma plataforma ou a mobilização de um grupo para um protesto.
que, desta vez, tinha como foco a publicação de foto- No entanto, em decorrência de alguns perigos, as re-
grafias. des sociais apresentam as suas desvantagens. Uma delas
Em 2002 surge o que é considerada a primeira verda- é a falta de privacidade.
deira rede social, o Friendster. Por esse motivo, o uso das redes sociais tem sido
No ano seguinte, é lançado o LinkedIn, a maior rede cada vez mais discutido, inclusive pela polícia, que alerta
social de caráter profissional do mundo. para algumas precauções.
E em 2004, junto com a maior de todas as redes, o
Facebook, surgem o Orkut e o Flickr. #FicaDica
Há vários tipos de redes sociais. A grande diferença
entre elas é o seu objetivo, os quais podem ser: Por ser algo muito atual, tem caído muitas ques-
• Estabelecimento de contatos pessoais (relações de tões de redes sociais nos concursos atualmente.
amizade ou namoro).
• Networking: partilha e busca de conhecimentos
profissionais e procura emprego ou preenchimento de
vagas.
• Partilha e busca de imagens e vídeos. EXERCÍCIOS COMENTADOS
• Partilha e busca de informações sobre temas va-
riados. 1. (ESCRIVÃO DE POLÍCIA – CESPE – 2013) Se uma
• Divulgação para compra e venda de produtos e impressora estiver compartilhada em uma intranet por
serviços. meio de um endereço IP, então, para se imprimir um ar-
• Jogos, entre outros. quivo nessa impressora, é necessário, por uma questão
de padronização dessa tecnologia de impressão, indicar
Há dezenas de redes sociais. Dentre as mais conheci- no navegador web a seguinte url:
das, destacamos:
, em
• Facebook: interação e expansão de contatos.
• Youtube: partilha de vídeos. que deve estar acessível via rede e
• Whatsapp: envio de mensagens instantâneas e
chamadas de voz. deve ser do tipo PDF.
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

• Instagram: partilha de fotos e vídeos.


• Twitter: partilha de pequenas publicações, as quais
são conhecidas como “tweets”. ( ) CERTO ( ) ERRADO
• Pinterest: partilha de ideias de temas variados.
• Skype: telechamada. Resposta: Errado. Pelo comando da questão, esta afir-
• LinkedIn: interação e expansão de contatos profis- ma que somente arquivos no formato PDF, poderiam
sionais. ser impressos, o que torna o item errado, o comando
• Badoo: relacionamentos amorosos. para impressão não verifica o formato do arquivo, tão
• Snapchat: envio de mensagens instantâneas. somente o local onde está o arquivo a ser impresso.

49
2. (ESCRIVÃO DE POLÍCIA – CESPE – 2013) Se, em 3. (ESCRIVÃO DE POLÍCIA – CESPE – 2013) Se o ser-
uma intranet, for disponibilizado um portal de informa- vidor proxy responder na porta 80 e a conexão passar
ções acessível por meio de um navegador, será possível por um firewall de rede, então o firewall deverá permitir
acessar esse portal fazendo-se uso dos protocolos HTTP conexões de saída da estação do usuário com a porta 80
ou HTTPS, ou de ambos, dependendo de como esteja de destino no endereço do proxy.
configurado o servidor do portal.
( ) CERTO ( ) ERRADO

Resposta: Certo. E muitas redes LAN o servidor pro-


xy e o firewall estão no mesmo servidor físico/virtual,
porém isso não é uma regra, ou seja, os dois serviços
podem aparecer eventualmente em servidores físicos/
virtuais separados. Para que uma estação de usuário
(que utiliza proxy na porta 80) possa “sair” da rede
LAN para o mundo exterior “WAN” é necessário que
o firewall permita conexões de saída na mesma porta
em que o proxy está respondendo, ou seja, a porta 80.

4. (ESCRIVÃO DE POLÍCIA – CESPE – 2013) A opção


de usar um servidor proxy para a rede local faz que o IE
solicite autenticação em toda conexão de Internet que
for realizada.

( ) CERTO ( ) ERRADO

Resposta: Errado. Somente é solicitado a autentica-


Com base na figura acima, que ilustra as configurações ção se o servidor assim estiver configurado, do con-
da rede local do navegador Internet Explorer (IE), versão trário nenhuma senha é solicitada, além de que foi de-
9, julgue os próximos itens. finido para a rede Interna e não para acesso à Internet.

( ) CERTO ( ) ERRADO 5. (PERITO CRIMINAL – CESPE – 2013) Considere


que um usuário necessite utilizar diferentes dispositivos
Resposta: Certo. HTTP (Hyper Text Transfer Protocol) computacionais, permanentemente conectados à Inter-
é um protocolo, ou seja, uma determinada regra que net, que utilizem diferentes clientes de e-mail, como o
permite ao seu computador trocar informações com Outlook Express e Mozilla Thunderbird. Nessa situação, o
um servidor que abriga um site. Isso significa que, usuário deverá optar pelo uso do protocolo IMAP (Inter-
uma vez conectados sob esse protocolo, as máquinas net message access protocol), em detrimento do POP3
podem receber e enviar qualquer conteúdo textual – (post office protocol), pois isso permitirá a ele manter o
os códigos que resultam na página acessada pelo na- conjunto de e-mails no servidor remoto ou, alternativa-
vegador. mente, fazer o download das mensagens para o compu-
O problema com o HTTP é que, em redes Wi-Fi ou tador em uso.
outras conexões propícias a phishing (fraude eletrôni-
ca) e hackers, pessoas mal-intencionadas podem atra- ( ) CERTO ( ) ERRADO
vessar o caminho e interceptar os dados transmitidos
com relativa facilidade. Portanto, uma conexão em Resposta: Certo. Em clientes de correios eletrônicos o
HTTP é insegura. padrão é utilizar o Protocolo POP ou POP3 que tem a
Nesse ponto entra o HTTPS (Hyper Text Transfer Pro- função de baixar as mensagens do servidor de e-mail
tocol Secure), que insere uma camada de proteção na para o computador que o programa foi configurado.
transmissão de dados entre seu computador e o ser- Quando o POP é substituído pelo IMAP, essas men-
vidor. Em sites com endereço HTTPS, a comunicação sagens são baixadas para o computador do usuário
é criptografada, aumentando significativamente a se- só que apenas uma cópia delas, deixando no servidor
gurança dos dados. É como se cliente e servidor con- as mensagens originais; quando o acesso é feito por
versassem uma língua que só as duas entendessem, outro computador essas mensagens que estão no ser-
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

dificultando a interceptação das informações. vidor são baixadas para este outro computador, dei-
Para saber se está navegando em um site com crip- xando sempre a original no servidor.
tografia, basta verificar a barra de endereços, na qual
será possível identificar as letras HTTPS e, geralmente, 6. (PAPILOSCOPISTA – CESPE – 2012) Twitter, Orkut,
um símbolo de cadeado que denota segurança. Além Google+ e Facebook são exemplos de redes sociais que
disso, o usuário deverá ver uma bandeira com o nome utilizam o recurso scraps para propiciar o compartilha-
do site, já que a conexão segura também identifica pá- mento de arquivos entre seus usuários
ginas na Internet por meio de seu certificado.
( ) CERTO ( ) ERRADO

50
Resposta: Errado. Scrap é um recado e sua função 10. (DELEGADO DE POLÍCIA – CESPE – 2004) O ar-
principal é enviar mensagens e não o compartilha- mazenamento de informações em arquivos denomina-
mento de arquivos. Ainda que algumas redes permi- dos cookies pode constituir uma vulnerabilidade de um
tam o compartilhamento de fotos e gifs animados, o sistema de segurança instalado em um computador. Para
objetivo não é o compartilhamento de arquivos e nem reduzir essa vulnerabilidade, o IE6 disponibiliza recursos
todas as redes citadas na questão permitem. para impedir que cookies sejam armazenados no com-
putador. Caso o delegado deseje configurar tratamentos
7. (AGENTE ADMINISTRATIVO – CESPE – 2014) Nas referentes a cookies, ele encontrará recursos a partir do
versões recentes do Mozilla Firefox, há um recurso que uso do menu .
mantém o histórico de atualizações instaladas, no qual
são mostrados detalhes como a data da instalação e o ( ) CERTO ( ) ERRADO
usuário que executou a operação.
Resposta: Certo. No navegador Internet Explorer 11, a
( ) CERTO ( ) ERRADO seguinte sequência de ação pode ser usada para fazer
o bloqueio de cookies: Clicar no botão Ferramentas,
Reposta: Errado. Esse recurso existe nas últimas ver- depois em Opções da Internet, ativar guia Privacidade
sões do Firefox, contudo o histórico não contém o e, em Configurações, mover o controle deslizante até
usuário que executou a operação. Este recurso está em cima para bloquear todos os cookies e, em segui-
disponível no menu Firefox – Opções – Avançado – da, clicar em OK.
Atualizações – Histórico de atualizações.
11. (DELEGADO DE POLÍCIA – CESPE – 2004) Caso o
8. (AGENTE ADMINISTRATIVO – CESPE – 2014) No acesso à Internet descrito tenha sido realizado mediante
Internet Explorer 10, por meio da opção Sites Sugeridos, um provedor de Internet acessível por meio de uma co-
o usuário pode registrar os sítios que considera mais im- nexão a uma rede LAN, à qual estava conectado o com-
portantes e recomendá-los aos seus amigos. putador do delegado, é correto concluir que as informa-
ções obtidas pelo delegado transitaram na LAN de modo
( ) CERTO ( ) ERRADO criptografado.
Resposta: Errado. O recurso Sites Sugeridos é um ser- ( ) CERTO ( ) ERRADO
viço online que o Internet Explorer usa para recomen-
dar sítios de que o usuário possa gostar, com base nos Resposta: Errado. Pela barra de endereço se verifica
sítios visitados com frequência. Para acessá-lo, basta que o protocolo utilizado é o HTTP; dessa forma se
clicar o menu Ferramentas-Arquivo- Sites Sugeridos. conclui que não há uma criptografia, se fosse o proto-
colo HTTPS, poderia se aferir que haveria algum tipo
Considere que um delegado de polícia federal, em uma ses-
de criptografia do tipo SSL.
são de uso do Internet Explorer 6 (IE6), obteve a janela ilus-
trada acima, que mostra uma página web do sítio do DPF,
12. (DELEGADO DE POLÍCIA – CESPE – 2004) Por
cujo endereço eletrônico está indicado no campo .
meio do botão , o delegado poderá obter, desde que
A partir dessas informações, julgue os itens de 09 a 12.
disponíveis, informações a respeito das páginas previa-
mente acessadas na sessão de uso do IE6 descrita e de
9. (DELEGADO DE POLÍCIA – CESPE – 2004) O con-
outras sessões de uso desse aplicativo, em seu computa-
teúdo da página acessada pelo delegado, por conter da-
dos importantes à ação do DPF, é constantemente atua- dor. Outro recurso disponibilizado ao se clicar nesse bo-
lizado por seu webmaster. Após o acesso mencionado tão permite ao delegado realizar pesquisa de conteúdo
acima, o delegado desejou verificar se houve alteração nas páginas contidas no diretório histórico do IE6.
desse conteúdo.
Nessa situação, ao clicar no botão , o delegado terá ( ) CERTO ( ) ERRADO
condições de verificar se houve ou não a alteração men-
cionada, independentemente da configuração do IE6, Resposta: Certo. É possível através do botão descrito,
mas desde que haja recursos técnicos e que o IE6 esteja o botão de histórico, que se encontre informações das
em modo online. páginas acessadas anteriormente, e também permite
que se pesquise a respeito de conteúdos nas páginas
( ) CERTO ( ) ERRADO contidas no diretório do IE6.
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

Resposta: Certo. O botão atualizar (F5) efetua uma Noções básicas de ferramentas e aplicativos de na-
nova consulta ao servidor WEB, recarregando deste vegação e correio eletrônico
modo o arquivo novamente, se houver alterações, es-
tas serão exibidas, caso contrário o arquivo será reexi- Um browser ou navegador é um aplicativo que opera
bido sem alterações. através da internet, interpretando arquivos e sites web
desenvolvidos com frequência em código HTML que
contém informação e conteúdo em hipertexto de todas
as partes do mundo.

51
Navegadores: Navegadores de internet ou browsers Safari: O Safari é o navegador da Apple, é um ótimo
são programas de computador especializados em vi- navegador considerado pelos especialistas e possui uma
sualizar e dar acesso às informações disponibilizadas na interface bem bonita, apesar de ser um navegador da
web, até pouco tempo atrás tínhamos apenas o Internet Apple existem versões para Windows.
Explorer e o Netscape, hoje temos uma série de navega-
dores no mercado, iremos fazer uma breve descrição de
cada um deles, e depois faremos toda a exemplificação
utilizando o Internet Explorer por ser o mais utilizado em
todo o mundo, porém o conceito e usabilidade dos ou-
tros navegadores seguem os mesmos princípios lógicos.
Chrome: O Chrome é o navegador do Google e con-
sequentemente um dos melhores navegadores existen-
tes. Outra vantagem devido ser o navegador da Google
é o mais utilizado no meio, tem uma interface simples Figura 4: Símbolo do Safari
muito fácil de utilizar.
Internet Explorer: O Internet Explorer ou IE é o nave-
gador padrão do Windows. Como o próprio nome diz, é
um programa preparado para explorar a Internet dando
acesso a suas informações. Representado pelo símbolo
do “e” azul, é possível acessá-lo apenas com um duplo
clique em seu símbolo.

Figura 1: Símbolo do Google Chrome

#FicaDica
Ultimamente tem caído perguntas
relacionadas a guia anônima que não deixa
rastro (senhas, auto completar, entre outros),
e é acessado com o atalho CTRL+SHIFT+N Figura 5: Símbolo do Internet Explorer

Mozila Firefox: O Mozila Firefox é outro excelente #FicaDica


navegador ele é gratuito e fácil de utilizar apesar de não Glossário interessante que abordam internet e
ter uma interface tão amigável, porém é um dos navega- correio eletrônico
dores mais rápidas e com maior segurança contra hac- Anti-spam: Ferramenta utilizada para filtro de
kers. mensagens indesejadas.
Browser: Programa utilizado para navegar
na Web, também chamado de navegador.
Exemplo: Mozilla Firefox.
Cliente de e-mail: Software destinado a gerenciar
contas de correio eletrônico, possibilitando
a composição, envio, recebimento, leitura e
arquivamento de mensagens. A seguir, uma
Figura 2: Símbolo do Mozilla Firefox lista de gerenciadores de e-mail (em negrito
os mais conhecidos e utilizados atualmente):
Opera: Usabilidade muito agradável, possui grande Microsoft Office Outlook, Microsoft Outlook
desempenho, porém especialistas em segurança o consi- Express, Mozilla Thunderbird, Eudora,
dera o navegador com menos segurança. Pegasus Mail, Apple Mail (Apple), Kmail (Linux)
e Windows Mail.
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

Outros pontos importantes de conceitos que podem


ser abordado no seu concurso são:
MIME (Multipurpose Internet Mail Extensions – Exten-
sões multiuso do correio da Internet): Provê mecanismos
Figura 3: Símbolo do Opera para o envio de outros tipo sde informações por e-mail,
como imagens, sons, filmes, entre outros.
MTA (Mail Transfer Agent – Agente de Transferência
de Correio): Termo utilizado para designar os servidores
de Correio Eletrônico.

52
MUA (Mail User Agent – Agente Usuário de Correio): Mecanismos de Buscas
Programas clientes de e-mail, como o Mozilla Thunder-
bird, Microsoft Outlook Express etc. Pesquisar por algo no Google e não ter como retorno
POP3 (Post Office Protocol Version 3 - Protocolo de exatamente o que você queria pode trazer algumas ho-
Agência de Correio “Versão 3”): Protocolo padrão para ras de trabalho a mais, não é mesmo? Por mais que os
receber e-mails. Através do POP, um usuário transfere algoritmos de busca sejam sempre revisados e busquem
para o computador as mensagens armazenada sem sua de certa forma “adivinhar” o que se passa em sua cabe-
caixa postal no servidor. ça, lançar mão de alguns artifícios para que sua busca
SMTP (Simple Mail Transfer Protocol - Protocolo de seja otimizada poupará seu tempo e fará com que você
Transferência Simples de Correio): É um protocolo de en- tenha acesso a resultados mais relevantes.
vio de e-mail apenas. Com ele, não é possível que um Os mecanismos de buscas contam com operadores
usuário descarregue suas mensagens de umservidor. para filtro de conteúdo. A maior parte desse filtros, no
Esse protocolo utiliza a porta 25 do protocolo TCP. entanto, pode não interessar e você, caso não seja um
Spam: Mensagens de correio eletrônico não autori- praticante de SEO. Contudo alguns são realmente úteis
zadas ou não solicitadas pelo destinatário, geralmente e estão listados abaixo. Realize uma busca simples e de-
de conotação publicitária ou obscena, enviadas em larga pois aplique os filtros para poder ver o quanto os re-
escala para uma lista de e-mails, fóruns ou grupos de sultados podem sem mais especializados em relação ao
discussão. que você procura.

Um pouco de história -palavra_chave


Retorna um busca excluindo aquelas em que a pala-
A internet é uma rede de computadores que liga os vra chave aparece. Por exemplo, se eu fizer uma busca
computadores a redor de todo o mundo, mas quando ela por computação, provavelmente encontrarei na relação
começou não era assim, tinham apenas 4 computadores e dos resultados informaçõe sobre “Ciência da computa-
a maior distância entre um e outro era de 450 KM. No fim ção“. Contudo, se eu fizer uma busca por  computação
da década de 60, o Departamento de Defesa norte-ameri- -ciência  , os resultados que tem a palavra chave  ciên-
cano resolveu criar um sistema interligado para trocar in- cia serão omitidos.
formações sobre pesquisas e armamentos que não pudes-
se chegar nas mãos dos soviéticos. Sendo assim, foi criado
+palavra_chave
o projeto Arpanet pela Agência para Projeto de Pesquisa
Retorna uma busca fazendo uma inclusão forçada de
Avançados do Departamento de Defesa dos EUA.
uma palavra chave nos resultados. De maneira análoga
Ao ganhar proporções mundiais, esse tipo de cone-
ao exemplo anterior, se eu fizer uma busca do tipo com-
xão recebeu o nome de internet e até a década de 80
putação, terei como retorna uma gama mista de re-
ficou apenas entre os meios acadêmicos. No Brasil ela
sultados. Caso eu queira filtrar somente os casos em
chegou apenas na década de 90. É na internet que é exe-
que ciências aparece, e também no estado de SP, realizo
cutada a  World Wide Web (www), sistema que contém
uma busca do tipo computação + ciência SP.
milhares de informações (gráficos, vídeos, textos, sons,
etc) que também ficou conhecido como rede mundial.
Tim Berners-Lee na década de 80 começou a criar um “frase_chave”
projeto que pode ser considerado o princípio da World Retorna uma busca em que existam as ocorrências
Wide Web. No início da década de 90 ele já havia elabo- dos termos que estão entre aspas, na ordem e grafia
rado uma nova proposta para o que ficaria conhecido exatas ao que foi inserido. Assim, se você realizar uma
como WWW. Tim falava sobre o uso de hipertexto e a busca do tipo “como faser” – sim, com a escrita incorreta
partir disso surgiu o “http” (em português significa pro- da palavra FAZER, verá resultados em que a frase idênti-
tocolo de transferência de hipertexto). Vinton Cerf tam- ca foi empregada.
bém é um personagem importante e inclusive é conheci-
do por muitos como o pai da internet. palavras_chave_01 OR palavra_chave_02
Mostra resultado para pelo menos uma das pala-
vras chave citadas. Faça uma busca por facebook OR
#FicaDica msn, por exemplo, e terá como resultado de sua bus-
ca, páginas relevantes sobre pelo menos um dos dois
URL: Tudo que é disponível na Web tem seu temas- nesse caso, como as duas palavras chaves são
próprio endereço, chamado URL, ele facilita a populares, os dois resultados são apresentados em po-
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

navegação e possui características específicas


sição de destaque.
como a falta de acentuação gráfica e palavras
maiúsculas. Uma url possui o http (protocolo),
filetype:tipo
www (World Wide Web), o nome da empresa
Retorna as buscas em que o resultado tem o tipo
que representa o site, .com (ex: se for um site
de extensão especificada. Por exemplo, em uma bus-
governamental o final será .gov) e a sigla do
ca  filetype:pdf jquery  serão exibidos os conteúdos da
país de origem daquele site (no Brasil é usado
palavra chave  jquery  que tiverem como extensão  .pdf.
o BR).
Os tipos de extensão podem ser: PDF, HTML ou HTM,
XLS, PPT, DOC

53
palavra_chave_01 * palavra_chave_02 Uma das funcionalidades mais úteis do Outlook para
Retorna uma “busca combinada”, ou seja, sendo o * profissionais que compartilham uma mesma área é o
um indicador de “qualquer conteúdo”, retorna resultados compartilhamento de calendário entre membros de uma
em que os termos inicial e final aparecem, independente mesma equipe.
do que “esteja entre eles”. Realize uma busca do tipo fa- Por isso mesmo é importante que você tenha o co-
cebook * msn e veja o resultado na prática. nhecimento da técnica na hora de fazer uma prova de
concurso que exige os conhecimentos básicos de infor-
Correios Eletrônicos mática, pois por ser uma função bastante utilizada tem
maiores chances de aparecer em uma ou mais questões.
Os correios eletrônicos se dividem em duas formas: O calendário é uma ferramenta bastante interessante
os agentes de usuários e os agentes de transferência de do Outlook que permite que o usuário organize de for-
mensagens. Os agentes usuários são exemplificados pelo ma completa a sua rotina, conseguindo encaixar tarefas,
Mozilla Thunderbird e pelo Outlook. Já os agentes de compromissos e reuniões de maneira organizada por
transferência realizam um processo de envio dos agentes dia, de forma a ter um maior controle das atividades que
usuários e servidores de e-mail. devem ser realizadas durante o seu dia a dia.
Os agentes de transferência usam três protoco- Dessa forma, uma funcionalidade do Outlook permi-
los:  SMTP (Simple Transfer Protocol), POP (Post Office te que você compartilhe em detalhes o seu calendário
Protocol) e IMAP (Internet Message Protocol). O SMTP ou parte dele com quem você desejar, de forma a per-
é usado para transferir mensagens eletrônicas entre os mitir que outra pessoa também tenha acesso a sua roti-
computadores. O POP é muito usado para verificar men- na, o que pode ser uma ótima pedida para profissionais
sagens de servidores de e-mail quando ele se conecta ao dentro de uma mesma equipe, principalmente quando
servidor suas mensagens são levadas do servidor para o um determinado membro entra de férias.
computador local. Pode ser usado por quem usa conexão Para conseguir utilizar essa função basta que você
discada. entre em Calendário na aba indicada como Página Ini-
cial. Feito isso, basta que você clique em Enviar Calen-
Já o IMAP também é um protocolo padrão que per- dário por E-mail, que vai fazer com que uma janela seja
mite acesso a mensagens nos servidores de e-mail. Ele aberta no seu Outlook.
possibilita a leitura de arquivos dos e-mails, mas não per-
Nessa janela é que você vai poder escolher todas
mite que eles sejam baixados. O IMAP é ideal para quem
as informações que vão ser compartilhadas com quem
acessa o e-mail de vários locais diferentes.
você deseja, de forma que o Outlook vai formular um
calendário de forma simples e detalhada de fácil visua-
#FicaDica lização para quem você deseja enviar uma mensagem.
Nos dias de hoje, praticamente todo mundo que
Um e-mail hoje é um dos principais meios de
trabalha dentro de uma empresa tem uma assinatura
comunicação, por exemplo:
própria para deixar os comunicados enviados por e-mail
canaldoovidio@gmail.com
com uma aparência mais profissional.
Onde, canaldoovidio é o usuário o arroba quer
Dessa forma, é considerado um conhecimento básico
dizer na, o gmail é o servidor e o .com é a ti-
saber como criar assinaturas no Outlook, de forma que
pagem.
este conteúdo pode ser cobrado em alguma questão
dentro de um concurso público.
Para editarmos e lermos nossas mensagens eletrô- Por isso mesmo vale a pena inserir o tema dentro de
nicas em um único computador, sem necessariamente seus estudos do conteúdo básico de informática para
estarmos conectados à Internet no momento da criação a sua preparação para concurso. Ao contrário do que
ou leitura do e-mail, podemos usar um programa de cor- muita gente pensa, a verdade é que todo o processo de
reio eletrônico. Existem vários deles. Alguns gratuitos, criar uma assinatura é bastante simples, de forma que
como o Mozilla Thunderbird, outros proprietários como perder pontos por conta dessa questão em específico é
o Outlook Express. Os dois programas, assim como vá- perder pontos à toa.
rios outros que servem à mesma finalidade, têm recursos Para conseguir criar uma assinatura no Outlook basta
similares. Apresentaremos os recursos dos programas de que você entre no menu Arquivo e busque pelo botão
correio eletrônico através do Outlook Express que tam- de Opções. Lá você vai encontrar o botão para E-mail
bém estão presentes no Mozilla Thunderbird. e logo em seguida o botão de Assinaturas, que é onde
Um conhecimento básico que pode tornar o dia a dia você deve clicar. Feito isso, você vai conseguir adicio-
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

com o Outlook muito mais simples é sobre os atalhos nar as suas assinaturas de maneira rápida e prática sem
de teclado para a realização de diversas funções dentro maiores problemas.
do Outlook. Para você começar os seus estudos, anote No Outlook Express podemos preparar uma men-
alguns atalhos simples. Para criar um novo e-mail, basta sagem através do ícone Criar e-mail, demonstrado na
apertar Ctrl + Shift + M e para excluir uma determinada figura acima, ao clicar nessa imagem aparecerá a tela a
mensagem aposte no atalho Ctrl + D. Levando tudo isso seguir:
em consideração inclua os atalhos de teclado na sua ro-
tina de estudos e vá preparado para o concurso com os
principais na cabeça.

54
Figura 6: Tela de Envio de E-mail

#FicaDica
Para: deve ser digitado o endereço eletrônico ou o contato registrado no Outlook do destinatário da
mensagem. Campo obrigatório.
Cc: deve ser digitado o endereço eletrônico ou o contato registrado no Outlook do destinatário que
servirá para ter ciência desse e-mail.
Cco: Igual ao Cc, porém os destinatários ficam ocultos.

Assunto: campo onde será inserida uma breve descrição, podendo reservar-se a uma palavra ou uma frase sobre o
conteúdo da mensagem. É um campo opcional, mas aconselhável, visto que a falta de seu preenchimento pode levar o
destinatário a não dar a devida importância à mensagem ou até mesmo desconsiderá-la.
Corpo da mensagem: logo abaixo da linha assunto, é equivalente à folha onde será digitada a mensagem.
A mensagem, após digitada, pode passar pelas formatações existentes na barra de formatação do Outlook:
Mozilla Thunderbird é um cliente de email e notícias open-source e gratuito criado pela Mozilla Foundation (mesma
criadora do Mozilla Firefox).
Webmail é o nome dado a um cliente de e-mail que não necessita de instalação no computador do usuário, já
que funciona como uma página de internet, bastando o usuário acessar a página do seu provedor de e-mail com seu
login e senha. Desta forma, o usuário ganha mobilidade já que não necessita estar na máquina em que um cliente de
e-mail está instalado para acessar seu e-mail.

#FicaDica
Segmentos do Outlook Express
Painel de Pastas: permite que o usuário salve seus e-mails em pastas específicas e dá a possibilidade de
criar novas pastas;
Painel das Mensagens: onde se concentra a lista de mensagens de determinada pasta e quando se clica
em um dos e-mails o conteúdo é disponibilizado no painel de conteúdo.
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

Painel de Conteúdo: esse painel é onde irá aparecer o conteúdo das mensagens enviadas.
Painel de Contatos: nesse local se concentram as pessoas que foram cadastradas em sua lista de endereço.

55
c) A segunda mensagem não pode ser transmitida e fica
bloqueada na caixa de saída do remetente, até que a
EXERCÍCIOS COMENTADOS primeira mensagem tenha sido lido pelo destinatário.
d) O destinatário recebeu 2 mensagens, sendo, a primei-
1. (TJ-ES – CBNM1-01 – NÍVEL MÉDIO – CESPE – 2011) ra, sem anexo, e a segunda, com o anexo.
UM PROGRAMA DE CORREIO ELETRÔNICO VIA WEB e) O remetente não recebeu nenhuma das mensagens,
(WEBMAIL) é uma opção viável para usuários que es- pois não é possível transmitir mais de uma mensagem
tejam longe de seu computador pessoal. A partir de com o mesmo assunto e mesmo remetente.
qualquer outro computador no mundo, o usuário pode,
via Internet, acessar a caixa de correio armazenada no Resposta: Letra D.
próprio computador cliente remoto e visualizar eventuais Alternativa “A” está incorreta, pois todas mensagens
novas mensagens. enviadas são armazenadas de forma independente,
novas mensagens com mesmo assunto ou ainda idên-
( ) CERTO ( ) ERRADO ticas a anteriores não influenciam em mensagens já
enviadas.
Resposta: Errado. O programa WebMail irá acessar o Alternativa “B” está incorreta, pois é perfeitamente
servidor de e-mail, e não a máquina dousuário (compu- possível enviar mensagens com mesmo assunto ou
tador cliente remoto). ainda idênticas, sem prejuízo algum de mensagens
anteriores.
2. (ENGENHEIRO CIVIL – VUNESP – 2018) No MS- Alternativa “C” está incorreta, pois Todas as mensa-
-Outlook 2010, em sua configuração padrão, quando uma gens serão enviadas, independentemente do destina-
mensagem está sendo preparada, o usuário pode indicar tário ler as anteriores.
aos destinatários que a mensagem precisa de atenção uti- Alternativa “D” está correta, pois o destinatário rece-
lizando a marca de _________________. Esse recurso pode ser beu 2 mensagens, sendo, a primeira, sem anexo, e a
encontrado no grupo Marcas, da guia Mensagem. segunda, com o anexo.
Assinale a alternativa que apresenta a opção que preenche Alternativa “E” está incorreta, pois é possível enviar
corretamente a lacuna do enunciado. mais de uma mensagem, com mesmo assunto e mes-
mo destinatário.
a) SPAM.
b) Alta Prioridade. 4. (SOLDADO – PM DE 2ª CLASSE – VUNESP – 2017)
c) Baixa Prioridade. João recebeu uma mensagem de correio eletrônico com
d) Assinatura Personalizada. as seguintes características:
e) Arquivo Anexado. De: Pedro
Para: João; Marta
Resposta: Letra B. É possível sinalizar a mensagem Cc: Ricardo; Ana
como sendo de alta prioridade quando se deseja que Usando o Microsoft Outlook 2010, em sua configuração
as pessoas saibam que a mensagem precisa de atenção padrão, ele usou um recurso para responder a mensa-
urgente. Se a mensagem é apenas um informativo ou se
gem que manteve apenas Pedro na lista de destinatários.
está enviando um e-mail sobre um tema que não preci-
Isso significa que João usou a opção:
sa ser priorizado, defina o indicador de baixa prioridade.
A maioria dos clientes de e-mail, os destinatários veem
a) Responder.
um indicador específico na lista de mensagens ou nos
b) Arquivar.
cabeçalhos.
c) Marcar como não lida.
Na faixa de opções, é possível saber quando a priorida-
d) Responder a todos.
de foi definida, pois o botão fica realçado.
e) Marcar como lida
3. (TÉCNICO JUDICIÁRIO – VUNESP – 2017) Um usuário
preparou uma mensagem de correio eletrônico usando o Resposta: Letra A. Se o João deseja “responder” ao
Microsoft Outlook 2010, em sua configuração padrão, e e-mail recebido de Pedro, e deseja responder apenas
enviou para o destinatário. Porém, algum tempo depois, ao remetente já se pode eliminar as alternativas “B”,
percebeu que esqueceu de anexar um arquivo. Esse mes- “C” e “E” por não terem correspondência com a função
mo usuário preparou, então, uma nova mensagem com o “Resposta”.
mesmo assunto, e enviou para o mesmo destinatário, ago- Tem-se então, apenas duas alternativas, “A” e “D”, mas
ra com o anexo. Assinale a alternativa correta. como o João deseja responder apenas para Pedro ele
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

deve escolher a opção “Responder”, pois se escolhes-


a) A mensagem original, sem o anexo, foi automaticamente se “Responder a todos”, Marta, Ricardo e Ana também
apagada no computador do destinatário e substituída receberiam a mensagem.
pela segunda mensagem, uma vez que ambas têm o
mesmo assunto e são do mesmo remetente.
b) Como as duas mensagens têm o mesmo assunto, a
segunda mensagem não foi transmitida, permanecen-
do no computador do destinatário apenas a primeira
mensagem.

56
5. (AGENTE POLICIAL – VUNESP – 2013)Observe o ar- Ao pressionar o botão F5 do teclado, a página exibida será
gumento de busca que o usuário fará utilizando o Goo-
gle, na ilustração apresentada a seguir. a) imediatamente fechada.
b) enviada para impressão.
c) atualizada.
d) enviada por e-mail.
e) aberta em uma nova aba.

Resposta: Letra C.
a) Imediatamente fechada.
۰ Alt + F4 = fecha todas as guias
۰ Ctrl + F4 = fecha só guia atual
b) Enviada para impressão.
Com base na figura e no que foi digitado, assinale a al- ۰ Ctrl + P
ternativa correta. c) Atualizada.
۰ F5
a) Será pesquisado o conjunto exato de palavras. d) Enviada por e-mail.
b) A pesquisa trará como resultados o que encontrar ۰ CTRL + Enter (MS Outlook)
como antônimo do que foi digitado. e) Aberta em uma nova aba.
c) O conjunto de palavras será excluído dos resultados ۰ Ctrl + T = abre uma nova aba
pesquisados. ۰ Ctrl + N = abre um novo comando
d) A pesquisa trará somente as imagens e vídeos não re-
lacionados ao argumento digitado.
e) Além das palavras digitadas, a pesquisa também trará CONCEITOS DE ORGANIZAÇÃO E DE
os seus sinônimos GERENCIAMENTO DE INFORMAÇÕES,
ARQUIVOS, PASTAS E PROGRAMAS.
Resposta: Letra A. O comando “entre aspas” durante
uma busca, efetua a busca pela ocorrência exata de
tudo que está entre as aspas, agrupado da mesma for- “Prezado Candidato, o tópico acima foi abordado no
ma, desta forma, para esta questão será retornado o decorrer da matéria”
resultado da ocorrência “garota de Ipanema”.
Obs.: As pesquisas com aspas podem excluir resulta-
dos relevantes. Por exemplo, uma pesquisa por “Ale-
xander Bell” excluirá páginas que se referem a Alexan- SEGURANÇA DA INFORMAÇÃO:
der G. Bell. PROCEDIMENTOS DE SEGURANÇA.

6. (ENGENHEIRO CIVIL – VUNESP – 2018) Considere a


imagem a seguir, extraída do Internet Explorer 11, em sua Segurança da informação: procedimentos de se-
configuração padrão. A página exibida no navegador foi gurança
completamente carregada.
A Segurança da Informação refere-se às proteções
existentes em relação às informações de uma determi-
nada empresa, instituição governamental ou pessoa. Ou
seja, aplica-se tanto às informações corporativas quanto
às pessoais.
Entende-se por informação todo e qualquer conteú-
do ou dado que tenha valor para alguma corporação ou
pessoa. Ela pode estar guardada para uso restrito ou ex-
posta ao público para consulta ou aquisição.

#FicaDica
Antes de proteger, devemos saber:
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

- O que proteger;
- De quem proteger;
- Pontos frágeis;
- Normas a serem seguidas.

57
A Segurança da Informação se refere à proteção exis- - Mecanismos de cifração ou encriptação: Permitem
tente sobre as informações de uma determinada empresa a modificação da informação de forma a torná-la ininteli-
ou pessoa, isto é, aplica-se tanto às informações corpo- gível a terceiros. Utiliza-se para isso, algoritmos determi-
rativas quanto aos pessoais. Entende-se por informação nados e uma chave secreta para, a partir de um conjunto
todo conteúdo ou dado que tenha valor para alguma or- de dados não criptografados, produzir uma sequência de
ganização ou pessoa. Ela pode estar guardada para uso dados criptografados. A operação contrária é a decifração.
restrito ou exibida ao público para consulta ou aquisição. - Assinatura digital: Um conjunto de dados criptogra-
Podem ser estabelecidas métricas (com o uso ou não fados, agregados a um documento do qual são função,
de ferramentas) para definir o nível de segurança que há garantindo a integridade e autenticidade do documento
e, com isto, estabelecer as bases para análise de melho- associado, mas não ao resguardo das informações.
rias ou pioras de situações reais de segurança. A seguran- - Mecanismos de garantia da integridade da infor-
ça de certa informação pode ser influenciada por fatores mação: Usando funções de “Hashing” ou de checagem, é
comportamentais e de uso de quem se utiliza dela, pelo garantida a integridade através de comparação do resul-
ambiente ou infraestrutura que a cerca ou por pessoas tado do teste local com o divulgado pelo autor.
mal-intencionadas que têm o objetivo de furtar, destruir - Mecanismos de controle de acesso: Palavras-chave,
ou modificar tal informação. sistemas biométricos, firewalls, cartões inteligentes.
A tríade CIA (Confidentiality, Integrity and Availability) - Mecanismos de certificação: Atesta a validade de
— Confidencialidade, Integridade e Disponibilidade — um documento.
representa as principais características que, atualmente, - Integridade: Medida em que um serviço/informa-
orientam a análise, o planejamento e a implementação ção é autêntico, ou seja, está protegido contra a entrada
da segurança para um certo grupo de informações que por intrusos.
se almeja proteger. Outros fatores importantes são a - Honeypot: É uma ferramenta que tem a função
irrevogabilidade e a autenticidade. Com a evolução do proposital de simular falhas de segurança de um siste-
comércio eletrônico e da sociedade da informação, a pri- ma e obter informações sobre o invasor enganando-o,
vacidade é também uma grande preocupação. e fazendo-o pensar que esteja de fato explorando uma
Portanto as características básicas, de acordo com os fraqueza daquele sistema. É uma espécie de armadilha
padrões internacionais (ISO/IEC 17799:2005) são as se- para invasores. O HoneyPot não oferece forma alguma
de proteção.
guintes:
- Protocolos seguros: Uso de protocolos que garan-
- Confidencialidade – especificidade que limita o
tem um grau de segurança e usam alguns dos mecanis-
acesso a informação somente às entidades autênticas,
mos citados.
ou seja, àquelas autorizadas pelo proprietário da infor-
mação.
3. Mecanismos de encriptação
- Integridade – especificidade que assegura que a
informação manipulada mantenha todas as característi-
cas autênticas estabelecidas pelo proprietário da infor- #FicaDica
mação, incluindo controle de mudanças e garantia do
seu ciclo de vida (nascimento, manutenção e destruição). A criptografia vem, originalmente, da fusão
- Disponibilidade – especificidade que assegura que entre duas palavras gregas:
a informação esteja sempre disponível para o uso legíti- • CRIPTO = ocultar, esconder.
mo, ou seja, por aqueles usuários que têm autorização
• GRAFIA= escrever
pelo proprietário da informação.
- Autenticidade – especificidade que assegura que a
informação é proveniente da fonte anunciada e que não
foi alvo de mutações ao longo de um processo. Criptografia é a ciência de escrever em cifra ou em
- Irretratabilidade ou não repúdio – especificidade códigos. Ou seja, é um conjunto de técnicas que tornam
que assegura a incapacidade de negar a autoria em rela- uma mensagem ininteligível, e permite apenas que o
ção a uma transação feita anteriormente. destinatário que saiba a chave de encriptação possa de-
criptar e ler a mensagem com clareza.
2. Mecanismos de segurança Permitem a transformação reversível da informação
O suporte para as orientações de segurança pode ser de forma a torná-la ininteligível a terceiros. Utiliza-se
encontrado em: para isso, algoritmos determinados e uma chave secreta
Controles físicos: são barreiras que limitam o contato para, a partir de um conjunto de dados não encriptados,
ou acesso direto a informação ou a infraestrutura (que produzir uma continuação de dados encriptados. A ope-
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

assegura a existência da informação) que a suporta. ração inversa é a desencriptação.


Controles lógicos: são bloqueios que impedem ou Existem dois tipos de chave: a chave pública e a chave
limitam o acesso à informação, que está em ambiente privada.
controlado, geralmente eletrônico, e que, de outro modo, A chave pública é usada para codificar as informa-
ficaria exibida a alteração não autorizada por elemento ções, e a chave privada é usada para decodificar.
mal-intencionado. Dessa forma, na pública, todos têm acesso, mas para
Existem mecanismos de segurança que sustentam os ‘abrir’ os dados da informação, que aparentemente não
controles lógicos: tem sentido, é preciso da chave privada, que apenas o
emissor e receptor original possui.

58
Hoje, a criptografia pode ser considerada um método
100% seguro, pois, quem a utiliza para enviar e-mails e NOÇÕES DE VÍRUS, WORMS E PRAGAS
proteger seus arquivos, estará protegido contra fraudes e VIRTUAIS. APLICATIVOS PARA SEGURANÇA
tentativas de invasão. (ANTIVÍRUS, FIREWALL, ANTISPYWARE ETC.).
Os termos ‘chave de 64 bits’ e ‘chave de 128 bits’
são usados para expressar o tamanho da chave, ou seja,
quanto mais bits forem utilizados, mais segura será essa
criptografia. Firewall é uma solução de segurança fundamentada
Um exemplo disso é se um algoritmo usa uma cha- em hardware ou software (mais comum) que, a partir de
ve de 8 bits, apenas 256 chaves poderão ser usadas para um conjunto de regras ou instruções, analisa o tráfego
decodificar essa informação, pois 2 elevado a 8 é igual a de rede para determinar quais operações de transmissão
256. Assim, um terceiro pode tentar gerar 256 tentativas ou recepção de dados podem ser realizadas. “Parede de
de combinações e decodificar a mensagem, que mes- fogo”, a tradução literal do nome, já deixa claro que o
mo sendo uma tarefa difícil, não é impossível. Portanto, firewall se enquadra em uma espécie de barreira de defe-
quanto maior o número de bits, maior segurança terá a sa. A sua missão, consiste basicamente em bloquear trá-
criptografia. fego de dados indesejados e liberar acessos desejados.
Existem dois tipos de chaves criptográficas, as chaves Para melhor compreensão, imagine um firewall como
simétricas e as chaves assimétricas sendo a portaria de um condomínio: para entrar, é neces-
Chave Simétrica é um tipo de chave simples, que é sário obedecer a determinadas regras, como se identifi-
usada para a codificação e decodificação. Entre os algo- car, ser esperado por um morador e não portar qualquer
ritmos que usam essa chave, estão: objeto que possa trazer riscos à segurança; para sair, não
- DES (Data Encryption Standard): Faz uso de chaves se pode levar nada que pertença aos condôminos sem a
de 56 bits, que corresponde à aproximadamente 72 quatri- devida autorização.
lhões de combinações. Mesmo sendo um número extrema- Neste sentido, um firewall pode impedir uma série de
mente elevado, em 1997, quebraram esse algoritmo através ações maliciosas: um malware que utiliza determinada
do método de ‘tentativa e erro’, em um desafio na internet. porta para se instalar em um computador sem o usuário
- RC (Ron’s Code ou RivestCipher): É um algoritmo saber, um programa que envia dados sigilosos para a in-
muito utilizado em e-mails e usa chaves de 8 a 1024 bits. ternet, uma tentativa de acesso à rede a partir de compu-
Além disso, ele tem várias versões que diferenciam uma tadores externos não autorizados, entre outros.
das outras pelo tamanho das chaves. Você já sabe que um firewall atua como uma espé-
- EAS (Advanced Encryption Standard): Atualmente é cie de barreira que verifica quais dados podem passar ou
um dos melhores e mais populares algoritmos de cripto-
não. Esta tarefa só pode ser feita mediante o estabeleci-
grafia. É possível definir o tamanho da chave como sendo
mento de políticas, isto é, de regras estabelecidas pelo
de 128 bits, 192 bits ou 256 bits.
usuário.
- IDEA (International Data Encryption Algorithm): É
Em um modo mais restritivo, um firewall pode ser
um algoritmo que usa chaves de 128 bits, parecido com o
configurado para bloquear todo e qualquer tráfego no
DES. Seu ponto forte é a fácil execução de software.
computador ou na rede. O problema é que esta condi-
ção isola este computador ou esta rede, então pode-se
As chaves simétricas não são absolutamente seguras
criar uma regra para que, por exemplo, todo aplicativo
quando referem-se às informações extremamente valio-
sas, principalmente pelo emissor e o receptor precisa- aguarde autorização do usuário ou administrador para
rem ter o conhecimento da mesma chave. Dessa forma, ter seu acesso liberado. Esta autorização poderá inclusive
a transmissão pode não ser segura e o conteúdo pode ser permanente: uma vez dada, os acessos seguintes se-
chegar a terceiros. rão automaticamente permitidos.
Chave Assimétrica utiliza duas chaves: a privada e a Em um modo mais versátil, um firewall pode ser con-
pública. Elas se sintetizam da seguinte forma: a chave figurado para permitir automaticamente o tráfego de de-
pública para codificar e a chave privada para decodificar, terminados tipos de dados, como requisições HTTP (veja
considerando-se que a chave privada é secreta. Entre os mais sobre esse protocolo no ítem 7), e bloquear outras,
algoritmos utilizados, estão: como conexões a serviços de e-mail.
- RSA (Rivest, Shmirand Adleman): É um dos algorit- Perceba, como estes exemplos, tem políticas de um
mos de chave assimétrica mais usados, em que dois nú- firewall que são baseadas, inicialmente, em dois princí-
meros primos (aqueles que só podem ser divididos por 1 pios: todo tráfego é bloqueado, exceto o que está expli-
e por eles mesmos) são multiplicados para obter um ter- citamente autorizado; todo tráfego é permitido, exceto o
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

ceiro valor. Assim, é preciso fazer fatoração, que significa que está explicitamente bloqueado.
descobrir os dois primeiros números a partir do terceiro, Firewalls mais avançados podem ir além, direcionan-
sendo um cálculo difícil. Assim, se números grandes fo- do determinado tipo de tráfego para sistemas de segu-
rem utilizados, será praticamente impossível descobrir o rança internos mais específicos ou oferecendo um refor-
código. A chave privada do RSA são os números que são ço extraem procedimentos de autenticação de usuários,
multiplicados e a chave pública é o valor que será obtido. por exemplo.
- El Gamal: Utiliza-se do ‘logaritmo discreto’, que é O trabalho de um firewall pode ser realizado de várias
um problema matemático que o torna mais seguro. É formas. O que define uma metodologia ou outra são fa-
muito usado em assinaturas digitais. tores como critérios do desenvolvedor, necessidades es-

59
pecíficas do que será protegido, características do siste- A implementação de um proxy não é tarefa fácil, haja
ma operacional que o mantém, estrutura da rede e assim visto a enorme quantidade de serviços e protocolos exis-
por diante. É por isso que podemos encontrar mais de tentes na internet, fazendo com que, dependendo das
um tipo de firewall. A seguir, os mais conhecidos. circunstâncias, este tipo de firewall não consiga ou exija
Filtragem de pacotes (packetfiltering): As primeiras muito trabalho de configuração para bloquear ou autori-
soluções de firewall surgiram na década de 1980 basean- zar determinados acessos.
do-se em filtragem de pacotes de dados (packetfiltering), Proxy transparente: No que diz respeito a limitações,
uma metodologia mais simples e, por isso, mais limitada, é conveniente mencionar uma solução chamada de pro-
embora ofereça um nível de segurança significativo. xy transparente. O proxy “tradicional”, não raramente,
Para compreender, é importante saber que cada pa- exige que determinadas configurações sejam feitas nas
cote possui um cabeçalho com diversas informações a ferramentas que utilizam a rede (por exemplo, um na-
seu respeito, como endereço IP de origem, endereço IP vegador de internet) para que a comunicação aconteça
do destino, tipo de serviço, tamanho, entre outros. O Fi- sem erros. O problema é, dependendo da aplicação, este
rewall então analisa estas informações de acordo com as trabalho de ajuste pode ser inviável ou custoso.
regras estabelecidas para liberar ou não o pacote (seja O proxy transparente surge como uma alternativa
para sair ou para entrar na máquina/rede), podendo tam- para estes casos porque as máquinas que fazem parte
bém executar alguma tarefa relacionada, como registrar da rede não precisam saber de sua existência, dispensan-
o acesso (ou tentativa de) em um arquivo de log. do qualquer configuração específica. Todo acesso é feito
O firewall de aplicação, também conhecido como normalmente do cliente para a rede externa e vice-ver-
proxy de serviços (proxy services) ou apenas proxy é uma sa, mas o proxy transparente consegue interceptá-lo e
solução de segurança que atua como intermediário entre responder adequadamente, como se a comunicação, de
um computador ou uma rede interna e outra rede, exter- fato, fosse direta.
na normalmente, a internet. Geralmente instalados em É válido ressaltar que o proxy transparente também
servidores potentes por precisarem lidar com um grande tem lá suas desvantagens, por exemplo: um proxy «nor-
número de solicitações, firewalls deste tipo são opções
mal» é capaz de barrar uma atividade maliciosa, como
interessantes de segurança porque não permitem a co-
um malware enviando dados de uma máquina para a
municação direta entre origem e destino.
internet; o proxy transparente, por sua vez, pode não
A imagem a seguir ajuda na compreensão do concei-
bloquear este tráfego. Não é difícil entender: para con-
to. Perceba que em vez de a rede interna se comunicar
seguir se comunicar externamente, o malware teria que
diretamente com a internet, há um equipamento entre
ser configurado para usar o proxy «normal» e isso geral-
ambos que cria duas conexões: entre a rede e o proxy; e
mente não acontece; no proxy transparente não há esta
entre o proxy e a internet. Observe:
limitação, portanto, o acesso aconteceria normalmente.

1. Limitações dos firewalls

#FicaDica
Firewalls têm lá suas limitações, sendo que
estas variam conforme o tipo de solução e
a arquitetura utilizada. De fato, firewalls são
recursos de segurança bastante importantes,
mas não são perfeitos em todos os sentidos.

Seguem abaixo algumas dessas limitações:


Figura 91: Proxy - Um firewall pode oferecer a segurança desejada,
mas comprometer o desempenho da rede (ou mesmo de
Perceba que todo o fluxo de dados necessita passar pelo um computador). Esta situação pode gerar mais gastos
proxy. Desta forma, é possível, por exemplo, estabelecer re- para uma ampliação de infraestrutura capaz de superar
gras que impeçam o acesso de determinados endereços o problema;
externos, assim como que proíbam a comunicação entre - A verificação de políticas tem que ser revista pe-
computadores internos e determinados serviços remotos. riodicamente para não prejudicar o funcionamento de
Este controle amplo também possibilita o uso do pro- novos serviços;
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

xy para tarefas complementares: o equipamento pode - Novos serviços ou protocolos podem não ser devi-
registrar o tráfego de dados em um arquivo de log; con- damente tratados por proxies já implementados;
teúdo muito utilizado pode ser guardado em uma espé- - Um firewall pode não ser capaz de impedir uma ati-
cie de cache (uma página Web muito acessada fica guar- vidade maliciosa que se origina e se destina à rede interna;
dada temporariamente no proxy, fazendo com que não - Um firewall pode não ser capaz de identificar
seja necessário requisitá-la no endereço original a todo uma atividade maliciosa que acontece por descuido do
instante, por exemplo); determinados recursos podem usuário - quando este acessa um site falso de um banco
ser liberados apenas mediante autenticação do usuário; ao clicar em um link de uma mensagem de e-mail, por
entre outros. exemplo;

60
- Firewalls precisam ser “vigiados”. Malwares ou ata- Ao pesquisar sobre antivírus para baixar, sempre es-
cantes experientes podem tentar descobrir ou explorar colha os mais famosos, ou conhecidos, pois hackers es-
brechas de segurança em soluções do tipo; tão usando este mercado para enganar pessoas com fal-
- Um firewall não pode interceptar uma conexão que sos softwares, assim, você instala um “antivírus” e deixa
não passa por ele. Se, por exemplo, um usuário acessar seu computador vulnerável aos ataques.
a internet em seu computador a partir de uma conexão E esses falsos softwares estão por toda parte, cuidado
3G (justamente para burlar as restrições da rede, talvez), ao baixar programas de segurança em sites desconheci-
o firewall não conseguirá interferir. dos, e divulgue, para que ninguém seja vítima por falta
de informação.
2. Sistema antivírus Os vírus que se anexam a arquivos infectam também
todos os arquivos que estão sendo ou e serão execu-
Qualquer usuário já foi, ou ainda é vítima dos vírus, tados. Alguns às vezes recontaminam o mesmo arquivo
spywares, trojans, entre muitos outros. Quem que nunca tantas vezes e ele fica tão grande que passa a ocupar um
precisou formatar seu computador? espaço considerável (que é sempre muito precioso) em
Os vírus representam um dos maiores problemas para seu disco. Outros, mais inteligentes, se escondem entre
usuários de computador. Para poder resolver esses pro- os espaços do programa original, para não dar a menor
blemas, as principais desenvolvedoras de softwares cria- pista de sua existência.
ram o principal utilitário para o computador, os antivírus, Cada vírus possui um critério para começar o ataque
que são programas com o propósito de detectar e elimi- propriamente dito, onde os arquivos começam a ser apa-
nar vírus e outros programas prejudiciais antes ou depois gados, o micro começa a travar, documentos que não são
de ingressar no sistema. salvos e várias outras tragédias. Alguns apenas mostram
Os vírus, worms, Trojans, spyware são tipos de pro- mensagens chatas, outros mais elaborados fazem estra-
gramas de software que são implementados sem o con- gos muito grandes.
sentimento (e inclusive conhecimento) do usuário ou Existe uma variedade enorme de softwares antivírus
proprietário de um computador e que cumprem diversas no mercado. Independente de qual você usa, mantenha-
funções nocivas para o sistema. Entre elas, o roubo e per- -o sempre atualizado. Isso porque surgem vírus novos
da de dados, alteração de funcionamento, interrupção todos os dias e seu antivírus precisa saber da existência
do sistema e propagação para outros computadores. deles para proteger seu sistema operacional.
Os antivírus são aplicações de software projetadas A maioria dos softwares antivírus possuem serviços
como medida de proteção e segurança para resguardar de atualização automática. Abaixo há uma lista com os
os dados e o funcionamento de sistemas informáticos antivírus mais conhecidos:
caseiros e empresariais de outras aplicações conhecidas Norton AntiVirus - Symantec - www.symantec.com.br
comumente como vírus ou malware que tem a função de - Possui versão de teste.
alterar, perturbar ou destruir o correto desempenho dos McAfee - McAfee - http://www.mcafee.com.br - Pos-
computadores. sui versão de teste.
Um programa de proteção de vírus tem um funcio- AVG - Grisoft - www.grisoft.com - Possui versão paga
namento comum que com frequência compara o código e outra gratuita para uso não comercial (com menos fun-
de cada arquivo que revisa com uma base de dados de cionalidades).
códigos de vírus já conhecidos e, desta maneira, pode Panda Antivírus - Panda Software - www.pandasoft-
determinar se trata de um elemento prejudicial para o ware.com.br - Possui versão de teste.
sistema. Também pode reconhecer um comportamento É importante frisar que a maioria destes desenvolve-
ou padrão de conduta típica de um vírus. Os antivírus dores possuem ferramentas gratuitas destinadas a re-
podem registrar tanto os arquivos encontrados dentro mover vírus específicos. Geralmente, tais softwares são
do sistema como aqueles que procuram ingressar ou in- criados para combater vírus perigosos ou com alto grau
teragir com o mesmo. de propagação.
Como novos vírus são criados de maneira quase
constante, sempre é preciso manter atualizado o pro-
grama antivírus de maneira de que possa reconhecer as
novas versões maliciosas. Assim, o antivírus pode perma-
necer em execução durante todo tempo que o sistema
informático permaneça ligado, ou registrar um arquivo
ou série de arquivos cada vez que o usuário exija. Nor-
malmente, o antivírus também pode verificar e-mails e
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

sites de entrada e saída visitados.


Um antivírus pode ser complementado por outros
aplicativos de segurança, como firewalls ou anti-spywa-
res que cumprem funções auxiliares para evitar a entrada
de vírus.
Então, antivírus são os programas criados para man-
ter seu computador seguro, protegendo-o de programas Figura 92: Principais antivírus do mercado atual
maliciosos, com o intuito de estragar, deletar ou roubar
dados de seu computador.

61
2. Tipos de Vírus Os spywares e os keyloggers podem ser identifica-
dos por programas anti-spywares. Porém, algumas des-
Cavalo-de-Tróia: A denominação “Cavalo de Tróia” tas pragas são tão perigosas que alguns antivírus podem
(Trojan Horse) foi atribuída aos programas que permitem ser preparados para identificá-las, como se fossem vírus.
a invasão de um computador alheio com espantosa facili- No caso de hijackers, muitas vezes é necessário usar uma
dade. Nesse caso, o termo é análogo ao famoso artefato ferramenta desenvolvida especialmente para combater
militar fabricado pelos gregos espartanos. Um “amigo” aquela praga. Isso porque os hijackers podem se infiltrar
virtual presenteia o outro com um “presente de grego”, no sistema operacional de uma forma que nem antivírus
que seria um aplicativo qualquer. Quando o leigo o exe- nem anti-spywares conseguem “pegar”.
cuta, o programa atua de forma diferente do que era es- Hoaxes: São boatos espalhados por mensagens de
perado. correio eletrônico, que servem para assustar o usuário de
Ao contrário do que é erroneamente informado na computador. Uma mensagem no e-mail alerta para um
mídia, que classifica o Cavalo de Tróia como um vírus, ele novo vírus totalmente destrutivo que está circulando na
não se reproduz e não tem nenhuma comparação com rede e que infectará o micro do destinatário enquanto a
vírus de computador, sendo que seu objetivo é totalmen- mensagem estiver sendo lida ou quando o usuário clicar
te diverso. Deve-se levar em consideração, também, que em determinada tecla ou link. Quem cria a mensagem
a maioria dos antivírus faz a sua detecção e os classificam hoax normalmente costuma dizer que a informação par-
como tal. A expressão “Trojan” deve ser usada, exclusi- tiu de uma empresa confiável, como IBM e Microsoft, e
vamente, como definição para programas que capturam que tal vírus poderá danificar a máquina do usuário. Des-
dados sem o conhecimento do usuário. O Cavalo de Tróia considere a mensagem.
é um programa que se aloca como um arquivo no com-
putador da vítima. Ele tem o intuito de roubar informa- 3. Política de segurança da Informação
ções como passwords, logins e quaisquer dados, sigilosos
ou não, mantidos no micro da vítima. Quando a máquina Hoje as informações são bens ativos da empresa, ima-
contaminada por um Trojan conectar-se à Internet, pode- gine uma Universidade perdendo todos os dados dos
rá ter todas as informações contidas no HD visualizadas seus alunos, ou até mesmo o tornar públicos, com isso
e capturadas por um intruso qualquer. Estas visitas são pode-se dizer que a informação se tornou o ativo mais
feitas imperceptivelmente. Só quem já esteve dentro de valioso das organizações, podendo ser alvo de uma série
um computador alheio sabe as possibilidades oferecidas. de ameaças com a finalidade de explorar as vulnerabilida-
Worms (vermes) podem ser interpretados como um des e causar prejuízos consideráveis. A informação é en-
tipo de vírus mais inteligente que os demais. A princi- carada, atualmente, como um dos recursos mais impor-
pal diferença entre eles está na forma de propagação: tantes de uma organização, contribuindo decisivamente
os worms podem se propagar rapidamente para outros para a uma maior ou menor competitividade, por isso é
computadores, seja pela Internet, seja por meio de uma necessária a implementação de políticas de segurança da
rede local. Geralmente, a contaminação ocorre de ma- informação que busquem reduzir as chances de fraudes
neira discreta e o usuário só nota o problema quando o ou perda de informações.
computador apresenta alguma anormalidade. O que faz A Política de Segurança da Informação é um docu-
destes vírus inteligentes é a gama de possibilidades de mento que contém um conjunto de normas, métodos e
propagação. O worm pode capturar endereços de e-mail procedimentos, que obrigatoriamente precisam ser co-
em arquivos do usuário, usar serviços de SMTP (sistema municados a todos os funcionários, bem como analisado
de envio de e-mails) próprios ou qualquer outro meio que e revisado criticamente, em intervalos regulares ou quan-
permita a contaminação de computadores (normalmente do mudanças se fizerem necessárias.
milhares) em pouco tempo. Para se elaborar uma Política de Segurança da Infor-
Spywares, keyloggers e hijackers: Apesar de não mação, deve se levar em consideração a NBR ISO/IEC
serem necessariamente vírus, estes três nomes também 27001:2005, que é uma norma de códigos de práticas
representam perigo. Spywares são programas que ficam para a gestão de segurança da informação, na qual po-
«espionando» as atividades dos internautas ou capturam dem ser encontradas as melhores práticas para iniciar, im-
informações sobre eles. Para contaminar um computador, plementar, manter e melhorar a gestão de segurança da
os spywares podem vir embutidos em softwares desco- informação em uma organização.
nhecidos ou serem baixados automaticamente quando o Importante mencionar que conforme a ISO/IEC
internauta visita sites de conteúdo duvidoso. 27002:2005(2005), a informação é um conjunto de dados
Os keyloggers são pequenos aplicativos que podem que representa um ponto de vista, um dado processado é
vir embutidos em vírus, spywares ou softwares suspeitos, o que gera uma informação. Um dado não tem valor an-
destinados a capturar tudo o que é digitado no teclado. O tes de ser processado, a partir do seu processamento, ele
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

objetivo principal, nestes casos, é capturar senhas. passa a ser considerado uma informação, que pode gerar
Hijackers são programas ou scripts que «sequestram» conhecimento, logo, a informação é o conhecimento pro-
navegadores de Internet, principalmente o Internet Explo- duzido como resultado do processamento de dados.
rer. Quando isso ocorre, o hijacker altera a página inicial De fato, com o aumento da concorrência de mercado,
do browser e impede o usuário de mudá-la, exibe pro- tornou-se vital melhorar a capacidade de decisão em to-
pagandas em pop-ups ou janelas novas, instala barras dos os níveis. Como resultado deste significante aumento
de ferramentas no navegador e podem impedir acesso a da interconectividade, a informação está agora exposta
determinados sites (como sites de software antivírus, por a um crescente número e a uma grande variedade de
exemplo). ameaças e vulnerabilidades.

62
Segundo a ABNT NBR ISO/IEC 17799:2005 (2005, p.ix), provável que você não o faça. Para entender mais sobre
“segurança da informação é a proteção da informação de este assunto, devemos primeiro entender os tipos dife-
vários tipos de ameaças para garantir a continuidade do rentes de backup que podem ser criados. Estes são:
negócio, minimizar o risco ao negócio, maximizar o re- • Backups completos;
torno sobre os investimentos e as oportunidades de ne- • Backups incrementais;
gócio, para isso é muito importante a confidencialidade, • Backups diferenciais;
integridade e a disponibilidade, onde: • Backups delta;
A confidencialidade é a garantia de que a informa-
ção é acessível somente por pessoas autorizadas a terem O backup completo é simplesmente fazer a cópia de
acesso (NBR ISO/IEC 27002:2005). Caso a informação todos os arquivos para o diretório de destino (ou para os
seja acessada por uma pessoa não autorizada, intencio- dispositivos de backup correspondentes), independente
nalmente ou não, ocorre a quebra da confidencialidade. de versões anteriores ou de alterações nos arquivos des-
A quebra desse sigilo pode acarretar danos inestimáveis de o último backup. Este tipo de backup é o tradicional
para a empresa ou até mesmo para uma pessoa física. e a primeira ideia que vêm à mente das pessoas quando
Um exemplo simples seria o furto do número e da senha pensam em backup: guardar TODAS as informações. Ou-
do cartão de crédito, ou até mesmo, dados da conta ban- tra característica do backup completo é que ele é o ponto
cária de uma pessoa. de início dos outros métodos citados abaixo. Todos usam
A integridade é a garantia da exatidão e completeza este backup para assinalar as alterações que deverão ser
da informação e dos métodos de processamento (NBR salvas em cada um dos métodos.
ISO/IEC 27002:2005) quando a informação é alterada, Este tipo consiste no backup de todos os arquivos
falsificada ou furtada, ocorre à quebra da integridade. A para a mídia de backup. Conforme mencionado anterior-
integridade é garantida quando se mantém a informação mente, se os dados sendo copiados nunca mudam, cada
no seu formato original. backup completo será igual aos outros. Esta similaridade
A disponibilidade é a garantia de que os usuários ocorre devido ao fato que um backup completo não ve-
autorizados obtenham acesso à informação e aos ati- rifica se o arquivo foi alterado desde o último backup;
vos correspondentes sempre que necessário (NBR ISO/ copia tudo indiscriminadamente para a mídia de backup,
IEC 27002:2005). Quando a informação está indisponí- tendo modificações ou não. Esta é a razão pela qual os
vel para o acesso, ou seja, quando os servidores estão backups completos não são feitos o tempo todo. Todos
inoperantes por conta de ataques e invasões, considera- os arquivos seriam gravados na mídia de backup. Isto sig-
-se um incidente de segurança da informação por quebra nifica que uma grande parte da mídia de backup é usada
de disponibilidade. Mesmo as interrupções involuntárias mesmo que nada tenha sido alterado. Fazer backup de
de sistemas, ou seja, não intencionais, configuram que- 100 gigabytes de dados todas as noites quando talvez
bra de disponibilidade. 10 gigabytes de dados foram alterados não é uma boa
prática; por este motivo os backups incrementais foram
criados.
PROCEDIMENTOS DE BACKUP. Já os backups incrementais primeiro verificam se o
horário de alteração de um arquivo é mais recente que o
horário de seu último backup, por exemplo, já atuei em
Procedimentos de backup uma Instituição, onde todos os backups eram programa-
dos para a quarta-feira.
O Backup ajuda a proteger os dados de exclusão A vantagem principal em usar backups incrementais
acidentais, ou até mesmo de falhas, por exemplo se os é que rodam mais rápido que os backups completos. A
dados originais do disco rígido forem apagados ou subs- principal desvantagem dos backups incrementais é que
tituídos acidentalmente ou se ficarem inacessíveis devido para restaurar um determinado arquivo, pode ser neces-
a um defeito do disco rígido, você poderá restaurar facil- sário procurar em um ou mais backups incrementais até
mente os dados usando a cópia arquivada. encontrar o arquivo. Para restaurar um sistema de ar-
quivo completo, é necessário restaurar o último backup
1. Tipos de Backup completo e todos os backups incrementais subsequen-
tes. Numa tentativa de diminuir a necessidade de procu-
Fazer um backup é simples. Basta copiar os arqui- rar em todos os backups incrementais, foi implementada
vos que você usa para outro lugar e pronto, está feito o uma tática ligeiramente diferente. Esta é conhecida como
backup. Mas e se eu alterar um arquivo? E se eu excluir backup diferencial.
acidentalmente um arquivo? E se o arquivo atual corrom- Os backups diferenciais, também só copiam arquivos
peu? Bem, é aí que a coisa começa a ficar mais legal. É alterados desde o último backup, mas existe uma dife-
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

nessa hora que entram as estratégias de backup. rença, eles mapeiam as alterações em relação ao último
Se você perguntar a alguém que não é familiarizado backup completo, importante mencionar que essa téc-
com backups, a maioria pensará que um backup é so- nica ocasiona o aumento progressivo do tamanho do
mente uma cópia idêntica de todos os dados do com- arquivo.
putador. Em outras palavras, se um backup foi criado na Os backups delta sempre armazenam a diferença en-
noite de terça-feira, e nada mudou no computador du- tre as versões correntes e anteriores dos arquivos, co-
rante o dia todo na quarta-feira, o backup criado na noite meçando a partir de um backup completo e, a partir daí,
de quarta seria idêntico àquele criado na terça. Apesar a cada novo backup são copiados somente os arquivos
de ser possível configurar backups desta maneira, é mais que foram alterados enquanto são criados hardlinks para

63
os arquivos que não foram alterados desde o último ternet), imagine uma empresa que quer ligar suas filiais,
backup. Esta é a técnica utilizada pela Time Machine da esse é um caso clássico, ou também pensando na mo-
Apple e por ferramentas como o rsync. dalidade de trabalho homeoffice, em que o funcionário
pode, da casa dele, acessar todos seus arquivos e softwa-
2. Mídias res específicos da empresa.
A fita foi o primeiro meio de armazenamento de da- A palavra tunelamento é algo normal ao se trabalhar
dos removível amplamente utilizado. Tem os benefícios com VPNs, é como se criasse um túnel para que os dados
de custo baixo e uma capacidade razoavelmente boa de possam ser enviados sem que outros usuários tenham
armazenamento. Entretanto, a fita tem algumas desvan- acesso.
tagens. Ela está sujeita ao desgaste e o acesso aos dados Para criar uma rede VPN não é preciso mais do que
na fita é sequencial por natureza. Estes fatores significam dois (ou mais) computadores conectados à Internet e um
que é necessário manter o registro do uso das fitas (apo- programa de VPN instalado em cada máquina. O proces-
sentá-las ao atingirem o fim de suas vidas úteis) e tam- so para o envio dos dados é o seguinte:
bém que a procura por um arquivo específico nas fitas
pode ser uma tarefa longa. • Os dados são criptografados e encapsulados.
Ultimamente, os drives de disco nunca seriam usados • Algumas informações extras, como o número de
como um meio de backup. No entanto, os preços de ar- IP da máquina remetente, são adicionadas aos da-
mazenamento caíram a um ponto que, em alguns casos, dos que serão enviados para que o computador
usar drives de disco para armazenamento de backup faz receptor possa identificar quem mandou o pacote
sentido. A razão principal para usar drives de disco como de dados.
um meio de backup é a velocidade. Não há um meio de • O pacote contendo todos os dados é enviado por
armazenamento em massa mais rápido. A velocidade meio do “túnel” criado até o computador de des-
pode ser um fator crítico quando a janela de backup do tino.
seu centro de dados é curta e a quantidade de dados a • A máquina receptora irá identificar o computador
serem copiados é grande. remetente por meio das informações anexadas ao
O armazenamento deve ser sempre levado em con- pacote de dados.
sideração, onde o administrador desses backups deve se • Os dados são recebidos e desencapsulados.
preocupar em encontrar um equilíbrio que atenda ade- • Finalmente os dados são descriptografados e ar-
quadamente às necessidades de todos, e também asse- mazenados no computador de destino
gurar que os backups estejam disponíveis para a pior das •
situações. 5. Computação na nuvem (cloud computing)
Após todas as técnicas de backups estarem efetivadas
deve-se garantir os testes para que com o passar do tem- Ao utilizar e acessar arquivos e executar tarefas pela
po não fiquem ilegíveis. internet, o usuário está utilizando o conceito de compu-
tação em nuvens, não há a necessidade de instalar apli-
3. Recomendações para proteger seus backups cativos no seu computador para tudo, pois pode acessar
diferentes serviços online para fazer o que precisa, já que
Fazer backups é uma excelente prática de seguran- os dados não se encontram em um computador específi-
ça básica. Agora lhe damos conselhos simples para que co, mas sim em uma rede, um grande exemplo disso é o
você esteja a salvo no dia em que precisar deles: Google com o Google Docs, Planilhas, e até mesmo por-
1. Tenha seus backups fora do PC, em outro escritório, ta aquivos como o Google Drive, ou de outras empresas
e, se for possível, em algum recipiente à prova de incên- como o One Drive.
dios, como os cofres onde você guarda seus documentos Uma vez devidamente conectado ao serviço online, é
e valores importantes. possível desfrutar suas ferramentas e salvar todo o traba-
2. Faça mais de uma cópia da sua informação e as lho que for feito para acessá-lo depois de qualquer lugar
mantenha em lugares separados. — é justamente por isso que o seu computador estará nas
3. Estabeleça uma idade máxima para seus backups, nuvens, pois você poderá acessar os aplicativos a partir de
é melhor comprimir os arquivos que já sejam muito anti- qualquer computador que tenha acesso à internet.
gos (quase todos os programas de backup contam com
essa opção), assim você não desperdiça espaço útil.
4. Proteja seus backups com uma senha, de maneira #FicaDica
que sua informação fique criptografada o suficiente para Basta pensar que, a partir de uma conexão
que ninguém mais possa acessá-la. Se sua informação é com a internet, você pode acessar um servidor
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

importante para seus entes queridos, implemente algu- capaz de executar o aplicativo desejado, que
ma forma para que eles possam saber a senha se você pode ser desde um processador de textos
não estiver presente. até mesmo um jogo ou um pesado editor
de vídeos. Enquanto os servidores executam
4. VPN um programa ou acessam uma determinada
informação, o seu computador precisa apenas
É o acrônimo de (Virtual Private Network), que signifi- do monitor e dos periféricos para que você
ca Rede Particular Virtual, que define-se como a conexão interaja.
de dois computadores utilizando uma rede pública (In-

64
de arquivos em um único arquivo utilizando um softwa-
re compactador. Só não poderá ser utilizado nessa tarefa
HORA DE PRATICAR! o software: 

1. (LIQUIGÁS 2012 - CESGRANRIO - ASSISTENTE AD- a) 7-Zip.


MINISTRATIVO) Um computador é um equipamento ca- b) WinZip.
paz de processar com rapidez e segurança grande quan- c) CuteFTP.
tidade de informações. d) jZip.
Assim, além dos componentes de hardware, os compu- e) WinRAR.
tadores necessitam de um conjunto de softwares deno-
minado: 6. (MPE-CE 2013 - FCC - Analista Ministerial - Direito)
Sobre manipulação de arquivos no Windows 7 em portu-
a) arquivo de dados. guês, é correto afirmar que,
b) blocos de disco.
c) navegador de internet. a) para mostrar tipos diferentes de informações sobre
d) processador de dados. cada arquivo de uma janela, basta clicar no botão
e) sistemaoperacional. Classificar na barra de ferramentas da janela e escolher
o modo de exibição desejado.
2. (TRT 10ª 2013 - CESPE - ANALISTA JUDICIÁRIO – b) quando você exclui um arquivo do disco rígido, ele
ADMINISTRATIVA) As características básicas da segu- é apagado permanentemente e não pode ser poste-
rança da informação — confidencialidade, integridade e riormente recuperado caso tenha sido excluído por
disponibilidade — não são atributos exclusivos dos siste- engano.
mas computacionais. c) para excluir um arquivo de um pen drive, basta clicar
com o botão direito do mouse sobre ele e selecionar a
( ) CERTO ( ) ERRADO
opção Enviar para a lixeira.
d) se um arquivo for arrastado entre duas pastas que
3. (TRE/CE 2012 - FCC - ANALISTA JUDICIÁRIO – JURÍ-
estão no mesmo disco rígido, ele será compartilhado
DICA) São ações para manter o computador protegido,
entre todos os usuários que possuem acesso a essas
EXCETO:
pastas.
e) se um arquivo for arrastado de uma pasta do disco
a) Evitar o uso de versões de sistemas operacionais ultra-
rígido para uma mídia removível, como um pen drive,
passadas, como Windows 95 ou 98.
ele será copiado.
b) Excluir spams recebidos e não comprar nada anuncia-
do através desses spams.
c) Não utilizar firewall. 7. (SUDECO 2013 - FUNCAB - Contador) No sistema ope-
d) Evitar utilizar perfil de administrador, preferindo sem- racional Linux,o comando que NÃO está relacionado a
pre utilizar um perfil mais restrito. manipulação de arquivos é:
e) Não clicar em links não solicitados, pois links estranhos
muitas vezes são vírus. a) kill
b) cat
4.(Copergás 2016 - FCC – Técnico Operacional Segu- c) rm
rança do Trabalho) A ferramenta Outlook : d) cp
e) ftp
a) é um serviço de e-mail gratuito para gerenciar todos
os e-mails, calendários e contatos de um usuário. 8. (IBGE 2016 - FGV - Analista - Análise de Sistemas
b) 2016 é a versão mais recente, sendo compatível com o - Desenvolvimento de Aplicações - Web Mobile) Um
Windows 10, o Windows 8.1 e o Windows 7. desenvolvedor Android deseja inserir a funcionalidade
c) permite que todas as pessoas possam ver o calendá- de backup em uma aplicação móvel para, de tempos em
rio de um usuário, mas somente aquelas com e-mail tempos, armazenar dados automaticamente. A classe da
Outlook.com podem agendar reuniões e responder a API de Backup (versão 6.0 ou superior) a ser utilizada é a:
convites.
d) funciona apenas em dispositivos com Windows, não a) BkpAgent;
funcionando no iPad, no iPhone, em tablets e em tele- b) BkpHelper;
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

fones com Android. c) BackupManager;


e) versão 2015 oferece acesso gratuito às ferramentas do d) BackupOutputData;
pacote de webmail Office 356 da Microsoft.] e) BackupDataStream.

5. (CRM-PI 2016 - Quadrix – Médico Fiscal) Em um 9. (Prefeitura de Cristiano Otoni 2016 - INAZ do Pará
computador com o sistema operacional Windows insta- - Psicólogo) Realizar cópia de segurança é uma forma
lado, um funcionário deseja enviar 50 arquivos, que jun- de prevenir perda de informações. Qual é o Backup que
tos totalizam 2 MB de tamanho, anexos em um e-mail. só efetua a cópia dos últimos arquivos que foram criados
Para facilitar o envio, resolveu compactar esse conjunto pelo usuário ou sistema?

65
a) Backup incremental 15. (CNJ 2013 - CESPE - TÉCNICO JUDICIÁRIO - PRO-
b) Backup diferencial GRAMAÇÃO DE SISTEMAS) Acerca dos ambientes Li-
c) Backup completo nux e Windows, julgue os itens seguintes.2No sistema
d) Backup Normal operacional Windows 8, há a possibilidade de integrar-
e) Backup diário -se à denominada nuvem de computadores que fazem
parte da Internet.
10. (CRO-PR 2016 - Quadrix - Auxiliar de Departa-
mento) Como é chamado o backup em que o sistema ( ) CERTO ( ) ERRADO
não é interrompido para sua realização?
16. (FHEMIG 2013 - FCC - TÉCNICO EM INFORMÁ-
a) Backup Incremental. TICA) Alguns programas do computador de Ana estão
b) Cold backup. muito lentos e ela receia que haja um problema com o
c) Hot backup. hardware ou com a memória principal. Muitos de seus
d) Backup diferencial. programas falham subitamente e o carregamento de ar-
e) Backup normal quivos grandes de imagens e vídeos está muito demo-
rado. Além disso, aparece, com frequência, mensagens
11. (DEMAE/GO 2016 - UFG - Agente Administrativo) indicando conflitos em drivers de dispositivos. Como ela
Um funcionário precisa conectar um projetor multimídia utiliza o Windows 7, resolveu executar algumas funções
a um computador. Qual é o padrão de conexão que ele de diagnóstico, que poderão auxiliar a detectar as causas
deve usar? para os problemas e sugerir as soluções adequadas.
Para realizar a verificação da memória e, em seguida do
a) RJ11 hardware, Ana utilizou, respectivamente, as ferramentas:
b) RGB
c) HDMI a) Diagnóstico de memória do Windows e Monitor de
d) PS2 desempenho.
e) RJ45 b) Monitor de recursos de memória e Diagnóstico de
conflitos do Windows.
12. (SABESP 2014 - FCC - Analista de Gestão - Ad- c) Monitor de memória do Windows e Diagnóstico de
ministração) Correspondem, respectivamente, aos ele- desempenho de hardware.
mentos placa de som, editor de texto, modem, editor de d) Mapeamento de Memória do Windows e Mapeamen-
planilha e navegador de internet: to de hardware do Windows.
e) Diagnóstico de memória e desempenho e Diagnóstico
a) software, software, hardware, software e hardware. de hardware do Windows.
b) hardware, software, software, software e hardware.
c) hardware, software, hardware, hardware e software. 17. (TRT 1ª 2013 - FCC - ANALISTA JUDICIÁRIO -
d) software, hardware, hardware, software e software. EXECUÇÃO DE MANDADOS) Beatriz trabalha em um
e) hardware, software, hardware, software e software. escritório de advocacia e utiliza um computador com o
Windows 7 Professional em português. Certo dia notou
13. (DEMAE/GO 2016 - UFG - Agente Administrativo) que o computador em que trabalha parou de se comu-
Um computador à venda em um sítio de comércio ele- nicar com a internet e com outros computadores ligados
trônico possui 3.2 GHz, 8 GB, 2 TB e 6 portas USB. Essa na rede local. Após consultar um técnico, por telefone,
configuração indica que: foi informada que sua placa de rede poderia estar com
problemas e foi orientada a checar o funcionamento do
a) a velocidade do processador é 3.2 GHz. adaptador de rede. Para isso, Beatriz entrou no Painel de
b) a capacidade do disco rígido é 8 GB. Controle, clicou na opção Hardware e Sons e, no grupo
c) a capacidade da memória RAM é 2 TB. Dispositivos e Impressoras, selecionou a opção:
d) a resolução do monitor de vídeo é composta de 6 por-
tas USB. a) Central de redes e compartilhamento.
b) Verificar status do computador.
14. (IF-PA 2016 - FUNRIO - Técnico de Tecnologia da c) Redes e conectividade.
Informação) São dispositivos ou periféricos de entrada d) Gerenciador de dispositivos.
de um computador: e) Exibir o status e as tarefas de rede.
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

a) Câmera, Microfone, Projetor e Scanner.


b) Câmera, Mesa Digitalizadora, Microfone e Scanner.
c) Microfone, Modem, Projetor e Scanner.
d) Mesa Digitalizadora, Monitor, Microfone e Projetor.
e) Câmera, Microfone, Modem e Scanner.

66
18. (FHEMIG 2013 - FCC - TÉCNICO EM INFORMÁTI- 22. (TRT 1ª 2013 - FCC - ANALISTA JUDICIÁRIO - EXE-
CA) No console do sistema operacional Linux, alguns CUÇÃO DE MANDADOS) João trabalha no departamen-
comandos permitem executar operações com arquivos e to financeiro de uma grande empresa de vendas no vare-
diretórios do disco. jo e, em certa ocasião, teve a necessidade de enviar a 768
Os comandos utilizados para criar, acessar e remover um clientes inadimplentes uma carta com um texto padrão,
diretório vazio são, respectivamente, na qual deveria mudar apenas o nome do destinatário e
a data em que deveria comparecer à empresa para nego-
a) pwd, mv e rm. ciar suas dívidas. Por se tratar de um número expressivo
b) md, ls e rm. de clientes, João pesquisou recursos no Microsoft Office
c) mkdir, cd e rmdir. 2010, em português, para que pudesse cadastrar apenas
d) cdir, lsdir e erase. os dados dos clientes e as datas em que deveriam com-
e) md, cd e rd. parecer à empresa e automatizar o processo de impres-
são, sem ter que mudar os dados manualmente. Após
19. (TRT 10ª 2013 - CESPE - TÉCNICO JUDICIÁRIO - imprimir todas as correspondências, João desejava ainda
ADMINISTRATIVA) Acerca dos conceitos de sistema imprimir, também de forma automática, um conjunto de
operacional (ambientes Linux e Windows) e de redes de etiquetas para colar nos envelopes em que as correspon-
computadores, julgue os itens.3Por ser um sistema ope- dências seriam colocadas. Os recursos do Microsoft Offi-
racional aberto, o Linux, comparativamente aos demais ce 2010 que permitem atender às necessidades de João
sistemas operacionais, proporciona maior facilidade de são os recursos
armazenamento de dados em nuvem.
a) para criação de mala direta e etiquetas disponíveis na
( ) CERTO ( ) ERRADO guia Correspondências do Microsoft Word 2010.
b) de automatização de impressão de correspondências
20. (TJ/RR 2012 - CESPE - AGENTE DE PROTEÇÃO) disponíveis na guia Mala Direta do Microsoft Power-
Acerca de organização e gerenciamento de informações, Point 2010.
arquivos, pastas e programas, de segurança da informa- c) de banco de dados disponíveis na guia Correspondên-
ção e de armazenamento de dados na nuvem, julgue os cias do Microsoft Word 2010.
itens subsequentes.1Um arquivo é organizado logica- d) de mala direta e etiquetas disponíveis na guia Inserir
mente em uma sequência de registros, que são mapea- do Microsoft Word 2010.
dos em blocos de discos. Embora esses blocos tenham e) de banco de dados e etiquetas disponíveis na guia
um tamanho fixo determinado pelas propriedades físicas Correspondências do Microsoft Excel 2010.
do disco e pelo sistema operacional, o tamanho do re-
gistro pode variar. 23. (TCE/SP 2012 - FCC - AUXILIAR DE FISCALIZAÇÃO
FINANCEIRA II) No editor de textos Writer do pacote BR
( ) CERTO ( ) ERRADO Office, é possível modificar e criar estilos para utilização
no texto. Dentre as opções de Recuo e Espaçamento para
21. (SERGIPE GÁS S/A 2013 - FCC - ASSISTENTE TÉC- um determinado estilo, é INCORRETO afirmar que é pos-
NICO ADMINISTRATIVO - RH) Paulo utiliza em seu tra- sível alterar um valor para
balho o editor de texto Microsoft Word 2010 (em portu-
guês) para produzir os documentos da empresa. Certo a) recuo da primeira linha.
dia Paulo digitou um documento contendo 7 páginas de b) recuo antes do texto.
texto, porém, precisou imprimir apenas as páginas 1, 3, 5, c) recuo antes do parágrafo.
6 e 7. Para imprimir apenas essas páginas, Paulo clicou no d) espaçamento acima do parágrafo.
Menu Arquivo, na opção Imprimir e, na divisão Configu- e) espaçamento abaixo do parágrafo.
rações, selecionou a opção Imprimir Intervalo Personali-
zado. Em seguida, no campo Páginas, digitou 24. (CNJ 2013 - CESPE - TÉCNICO JUDICIÁRIO - PRO-
GRAMAÇÃO DE SISTEMAS) A respeito do Excel, para
a) 1,3,5-7 e clicou no botão Imprimir. ordenar, por data, os registros inseridos na planilha, é
b) 1;3-5;7 e clicou na opção enviar para a Impressora. suficiente selecionar a coluna data de entrada, clicar no
c) 1−3,5-7 e clicou no botão Imprimir. menu Dados e, na lista disponibilizada, clicar ordenar
d) 1+3,5;7 e clicou na opção enviar para a Impressora. data.
e) 1,3,5;7 e clicou no botão Imprimir.
( ) CERTO ( ) ERRADO
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

67
25. (TRT 1ª 2013 - FCC - TÉCNICO JUDICIÁRIO - ÁREA ADMINISTRATIVA) A planilha abaixo foi criada utilizando-se
o Microsoft Excel 2010 (em português).

A linha 2 mostra uma dívida de R$ 1.000,00 (célula B2) com um Credor A (célula A2) que deve ser paga em 2 meses
(célula D2) com uma taxa de juros de 8% ao mês (célula C2) pelo regime de juros simples. A fórmula correta que deve
ser digitada na célula E2 para calcular o montante que será pago é

a) =(B2+B2)*C2*D2.
b) =B2+B2*C2/D2.
c) =B2*C2*D2.
d) =B2*(1+(C2*D2)).
e) =D2*(1+(B2*C2)).

26. (MINISTÉRIO DA FAZENDA 2012 - ESAF - ASSISTENTE TÉCNICO ADMINISTRATIVO) O BrOffice é uma suíte
para escritório gratuita e de código aberto. Um dos aplicativos da suíte é o Calc, que é um programa de planilha ele-
trônica e assemelha-se ao Excel da Microsoft. O Calc é destinado à criação de planilhas e tabelas, permitindo ao usuá-
rio a inserção de equações matemáticas e auxiliando na elaboração de gráficos de acordo com os dados presentes na
planilha. O Calc utiliza como padrão o formato:

a) XLS.
b) ODF.
c) XLSX.
d) PDF.
e) DOC.

27. (TRT 1ª 2013 - FCC - TÉCNICO JUDICIÁRIO - ÁREA ADMINISTRATIVA) Após ministrar uma palestra sobre Se-
gurança no Trabalho, Iracema comunicou aos funcionários presentes que disponibilizaria os slides referentes à palestra
na intranet da empresa para que todos pudessem ter acesso. Quando acessou a intranet e tentou fazer o upload do
arquivo de slides criado no Microsoft PowerPoint 2010 (em português), recebeu a mensagem do sistema dizendo
que o formato do arquivo era inválido e que deveria converter/salvar o arquivo para o formato PDF e tentar realizar o
procedimento novamente. Para realizar a tarefa sugerida pelo sistema, Iracema

a) clicou no botão Iniciar do Windows, selecionou a opção Todos os programas, selecionou a opção Microsoft Office
2010 e abriu o software Microsoft Office Converter Professional 2010. Em seguida, clicou na guia Arquivo e na op-
ção Converter. Na caixa de diálogo que se abriu, selecionou o arquivo de slides e clicou no botão Converter.
b) abriu o arquivo utilizando o Microsoft PowerPoint 2010, clicou na guia Ferramentas e, em seguida, clicou na opção
Converter. Na caixa de diálogo que se abriu, clicou na caixa de combinação que permite definir o tipo do arquivo e
selecionou a opção PDF. Em seguida, clicou no botão Converter.
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

c) abriu a pasta onde o arquivo estava salvo, utilizando os recursos do Microsoft Windows 7, clicou com o botão direito
do mouse sobre o nome do arquivo e selecionou a opção Salvar como PDF.
d) abriu o arquivo utilizando o Microsoft PowerPoint 2010, clicou na guia Arquivo e, em seguida, clicou na opção Salvar
Como. Na caixa de diálogo que se abriu, clicou na caixa de combinação que permite definir o tipo do arquivo e
selecionou a opção PDF. Em seguida, clicou no botão Salvar.
e) baixou da internet um software especializado em fazer a conversão de arquivos do tipo PPTX para PDF, pois verificou
que o PowerPoint 2010 não possui opção para fazer tal conversão.

68
28. (SERGIPE GÁS S/A 2013 - FCC - ADMINISTRADOR) 32. (CEITEC 2012 - FUNRIO - ADMINISTRAÇÃO/CIÊN-
Em um slide em branco de uma apresentação criada uti- CIAS CONTÁBEIS/DIREITO/PREGOEIRO PÚBLICO) Na
lizando-se o Microsoft PowerPoint 2010 (em português), internet o protocolo_________ permite a transferência de
uma das maneiras de acessar alguns dos comandos mais mensagens eletrônicas dos servidores de _________para
importantes é clicando-se com o botão direito do mouse caixa postais nos computadores dos usuários. As lacunas
sobre a área vazia do slide. Dentre as opções presentes se completam adequadamente com as seguintes expres-
nesse menu, estão as que permitem sões:

a) copiar o slide e salvar o slide. a) Ftp/ Ftp.


b) salvar a apresentação e inserir um novo slide. b) Pop3 / Correio Eletrônico.
c) salvar a apresentação e abrir uma apresentação já exis- c) Ping / Web.
tente. d) navegador / Proxy.
d) apresentar o slide em tela cheia e animar objetos pre- e) Gif / de arquivos
sentes no slide.
e) mudar o layout do slide e a formatação do plano de 33. (CASA DA MOEDA 2012 - CESGRANRIO - AS-
fundo do slide. SISTENTE TÉCNICO ADMINISTRATIVO - APOIO AD-
MINISTRATIVO) Em uma rede local, cujas estações de
29. (TRT 11ª 2012 - FCC - ANALISTA JUDICIÁRIO - JU- trabalho usam o sistema operacional Windows XP e en-
DICIÁRIA) Em um slide mestre do BrOffice.org Apresen- dereços IP fixos em suas configurações de conexão, um
tação (Impress), NÃO se trata de um espaço reservado novo host foi instalado e, embora esteja normalmente
que se possa configurar a partir da janela Elementos conectado à rede, não consegue acesso à internet distri-
mestres: buída nessa rede.
Considerando que todas as outras estações da rede
a) Número da página. estão acessando a internet sem dificuldades, um dos
b) Texto do título. motivos que pode estar ocasionando esse problema no
c) Data/hora. novo host é
d) Rodapé.
a) a codificação incorreta do endereço de FTP para o do-
e) Cabeçalho.
mínio registrado na internet.
b) a falta de registro da assinatura digital do host nas
30. (SERGIPE GÁS S/A 2013 - FCC - ASSISTENTE TÉC-
opções da internet.
NICO ADMINISTRATIVO - RH) No Microsoft Internet
c) um erro no Gateway padrão, informado nas proprieda-
Explorer 9 é possível acessar a lista de sites visitados nos
des do Protocolo TCP/IP desse host.
últimos dias e até semanas, exceto aqueles visitados em
d) um erro no cadastramento da conta ou da senha do
modo de navegação privada. Para abrir a opção que per-
próprio host.
mite ter acesso a essa lista, com o navegador aberto, cli-
e) um defeito na porta do switch onde a placa de rede
ca-se na ferramenta cujo desenho é desse host está conectada.
a) uma roda dentada, posicionada no canto superior di- 34. (CASA DA MOEDA 2012 - CESGRANRIO - ASSIS-
reito da janela. TENTE TÉCNICO ADMINISTRATIVO - APOIO ADMI-
b) uma casa, posicionada no canto superior direito da NISTRATIVO) Para conectar sua estação de trabalho a
janela. uma rede local de computadores controlada por um ser-
c) uma estrela, posicionada no canto superior direito da vidor de domínios, o usuário dessa rede deve informar
janela. uma senha e um[a]
d) um cadeado, posicionado no canto inferior direito da
janela. a) endereço de FTP válido para esse domínio.
e) um globo, posicionado à esquerda da barra de ende- b) endereço MAC de rede registrado na máquina cliente.
reços. c) porta válida para a intranet desse domínio.
d) conta cadastrada e autorizada nesse domínio.
31. (CNJ 2013 - CESPE - TÉCNICO JUDICIÁRIO - PRO- e) certificação de navegação segura registrada na intranet.
GRAMAÇÃO DE SISTEMAS) A respeito de redes de
computadores, julgue os itens subsequentes. Lista de
discussão é uma ferramenta de comunicação limitada a 35. (CÂMARA DOS DEPUTADOS 2012 - CESPE - ANA-
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

uma intranet, ao passo que grupo de discussão é uma LISTA LEGISLATIVO - TÉCNICA LEGISLATIVA) Com
ferramenta gerenciável pela Internet que permite a um relação a redes de computadores, julgue os próximos
grupo de pessoas a troca de mensagens via email entre itens.5Uma rede local (LAN — local area network) é ca-
todos os membros do grupo. racterizada por abranger uma área geográfica, em teoria,
ilimitada. O alcance físico dessa rede permite que os da-
( ) CERTO ( ) ERRADO dos trafeguem com taxas acima de 100 Mbps.

( ) CERTO ( ) ERRADO

69
36. (TRT 10ª 2013 - CESPE - ANALISTA JUDICIÁRIO - 40. (MPE/PE 2012 - FCC - ANALISTA MINISTERIAL -
TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO) Com relação à certifi- INFORMÁTICA) Sobre Cavalo de Tróia, é correto afirmar:
cação digital, julgue os itens que se seguem.O certificado
digital revogado deve constar da lista de certificados re- a) Consiste em um conjunto de arquivos .bat que não
vogados, publicada na página de Internet da autoridade necessitam ser explicitamente executados.
certificadora que o emitiu. b) Contém um vírus, por isso, não é possível distinguir as
ações realizadas como consequência da execução do
( ) CERTO ( ) ERRADO Cavalo de Tróia propriamente dito, daquelas relacio-
nadas ao comportamento de um vírus.
37. (TRT 10ª 2013 - CESPE - ANALISTA JUDICIÁRIO - c) Não é necessário que o Cavalo de Tróia seja executado
ADMINISTRATIVA) Acerca de segurança da informação, para que ele se instale em um computador. Cavalos de
julgue os itens a seguir. O vírus de computador é assim Tróia vem anexados a arquivos executáveis enviados
denominado em virtude de diversas analogias poderem por e-mail.
ser feitas entre esse tipo de vírus e os vírus orgânicos. d) Não instala programas no computador, pois seu único
objetivo não é obter o controle sobre o computador,
( ) CERTO ( ) ERRADO mas sim replicar arquivos de propaganda por e-mail.
e) Distingue-se de um vírus ou de um worm por não
38. (MPE/PE 2012 - FCC - TÉCNICO MINISTERIAL - infectar outros arquivos, nem propagar cópias de si
ADMINISTRATIVO) Existem vários tipos de vírus de mesmo automaticamente.
computadores, dentre eles um dos mais comuns são ví-
rus de macros, que:

a) são programas binários executáveis que são baixados


de sites infectados na Internet.
b) podem infectar qualquer programa executável do
computador, permitindo que eles possam apagar ar-
quivos e outras ações nocivas.
c) são programas interpretados embutidos em documen-
tos do MS Office que podem infectar outros docu-
mentos, apagar arquivos e outras ações nocivas.
d) são propagados apenas pela Internet, normalmente
em sites com software pirata.
e) podem ser evitados pelo uso exclusivo de software le-
gal, em um computador com acesso apenas a sites da
Internet com boa reputação.

39. (SABESP 2012 - FCC - ANALISTA DE GESTÃO


I - SISTEMAS) Sobre vírus, considere:
I. Para que um computador seja infectado por um ví-
rus é preciso que um programa previamente infec-
tado seja executado.
II. Existem vírus que procuram permanecer ocultos,
infectando arquivos do disco e executando uma
série de atividades sem o conhecimento do usuá-
rio.
III. Um vírus propagado por e-mail (e-mail borne ví-
rus) sempre é capaz de se propagar automatica-
mente, sem a ação do usuário.
IV. Os vírus não embutem cópias de si mesmo em
outros programas ou arquivos e não necessitam
serem explicitamente executados para se propa-
garem.
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

Está correto o que se afirma em

a) II, apenas.
b) I e II, apenas.
c) II e III, apenas.
d) I, II e III, apenas.
e) I, II, III e IV.

70
ANOTAÇÕES
GABARITO

1 E ________________________________________________
2 Certo _________________________________________________
3 C
_________________________________________________
4 B
5 C _________________________________________________
6 E _________________________________________________
7 A
_________________________________________________
8 C
9 A _________________________________________________
10 C _________________________________________________
11 C
_________________________________________________
12 E
13 A _________________________________________________
14 C _________________________________________________
15 Certo
_________________________________________________
16 A
17 D _________________________________________________
18 C _________________________________________________
19 Errado
_________________________________________________
20 Certo
21 A _________________________________________________
22 A _________________________________________________
23 C
_________________________________________________
24 Errado
25 D _________________________________________________
26 B _________________________________________________
27 D _________________________________________________
28 E
_________________________________________________
29 B
30 C _________________________________________________
31 Errado _________________________________________________
32 B
_________________________________________________
33 C
34 D _________________________________________________
35 Errado _________________________________________________
36 Certo
_________________________________________________
37 Certo
38 C
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

_________________________________________________
39 B _________________________________________________
40 E
_________________________________________________

_________________________________________________

_________________________________________________

_________________________________________________

71
ANOTAÇÕES

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NOÇÕES DE INFORMÁTICA

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