Vous êtes sur la page 1sur 12

AS RELAÇÕES ENTRE O SABER E O FAZER DA JUVENTUDE

RURAL NO CHACO PARAGUAIO E NO SERTÃO DE PERNAMBUCO

Dinabel Alves Cirne Vilas-Boas dos Santos


Marta Beatriz Ayala Molas

Resumo
Este artigo enfoca a pesquisa de Doutorado, Redes para Sustentabilidade Socioambiental:
estudo de Caso da Juventude Rural em Cerrito-Chaco/Paraguai e em Ibimirim, Sertão de
Pernambuco/Brasil1. O recorte deste trabalho consiste no estudo sobre as possibilidades
de aprendizagens acerca da sustentabilidade, tendo como ponto de partida as dificuldades
enfrentadas pelos estudantes na produção agrícola. Trata-se de uma pesquisa de
abordagem qualiquantitativa, sobre a experiência vivenciada pelos estudantes na
construção e aplicação dos saberes construídos a partir da realidade do seu ambiente. O
caminho trilhado apoia-se na importância do compartilhamento de saberes e da
valorização dos sujeitos nas oportunidades de ensinar e aprender, com base nas
intervenções propostas pelos estudantes e orientadas pelos professores. As aprendizagens
acerca da sustentabilidade se concretizam nos espaços de discussão e de construção
individual e coletiva, na busca de soluções às dificuldades apresentadas pelas questões
ambientais. O estímulo à capacidade de analisar, refletir e perceber a interdependência
entre os elementos do ambiente e sua conexão com os padrões de organização adotados,
reafirmam a importância da Educação Ambiental na construção de comunidades
sustentáveis.
Palavras Chave: Sustentabilidade. Educação Ambiental. Meio Ambiente

Abstract
This paper focuses the PhD research, Redes para Sustentabilidade Socioambiental: estudo
de Caso da Juventude Rural em Cerrito-Chaco/Paraguai e em Ibimirim, Sertão de
Pernambuco/Brasil[1].The scope of this work consists in the study of learning
possibilities about sustainability, having as start point the difficulties faced by students in
agricultural production. This research has a quantitative and qualitative approach, about
the experiences lived by the students in the construction and application of the knowledge
built from their reality. The path taken is sustained by the importance of sharing the
knowledge and appreciation of the individuals in the opportunities of teaching and
learning, based on the interventions proposed by students and oriented by the teachers.
The learning opportunities regarding sustainability come true in places where discussions
and personal and collective enhancement happen in order to find solutions to the problems
presented by environmental questions. The stimulus to the capacity to analyze, think
through and understand the interdependence among the elements of the environment and
their connection to the organization standards adopted, reaffirms the importance of
environmental education building sustainable communities.
Keywords: Sustainability. Environmental Education. Environment.

1 Este artigo é decorrente de um recorte de uma Pesquisa mais ampla de Doutorado


intitulada: Redes para Sustentabilidade Socioambiental: estudo de Caso da Juventude Rural em
Cerrito-Chaco/Paraguai e em Ibimirim, Sertão de Pernambuco/Brasil, voltada para
caracterização dos conhecimentos teóricos e práticos do curso de formação profissional agrícola
ofertado por duas escolas agrícolas.
Introdução
As desigualdades sociais se refletem na degradação dos bens ambientais e
desequilíbrio dos ciclos naturais, resultado dos modelos insustentáveis nos quais ainda
estamos inseridos, requerendo para sua mudança, o investimento na educação e na
construção de uma nova cultura, bem como a capacidade criativa e tecnológica para
propor novas possibilidades de se relacionar com o meio.

A sustentabilidade traz como desafio a luta contra a pobreza e, exploração humana


e ambiental. Nesse sentido, os Programas das Nações Unidas para o Meio ambiente e para
o Desenvolvimento (PNUMA) e PNUD consideram que a sustentabilidade requer uma
sociedade capaz de transformar os bens da biosfera no atendimento às necessidades
humanas e de todos os povos.

Esse cenário da pobreza também se reflete em grande parte da juventude em


vulnerabilidade nos centros urbanos. Esses jovens, em sua maioria, são provenientes de
áreas rurais, onde as oportunidades são mais escassas e a pobreza se tornou grande
preocupação.

Questões dessa natureza foram discutidas na Agenda 21, que em seu capítulo 14
aborda o desenvolvimento rural sustentável, recomendando a análise das políticas
agrícolas e de segurança alimentar e, ainda, a implementação de políticas de incentivo à
ocupação da terra, levando em conta as tendências demográficas, os movimentos
populacionais e as áreas críticas para produção agrícola.

Este artigo aborda sobre os desafios socioambientais vivenciados pela juventude


rural e como as aprendizagens sobre sustentabilidade são construídas, no contexto de duas
Escolas agrícolas, situadas em regiões de extremos climáticos, localizadas no Chaco
Paraguaio, Cerrito e em Ibimirim, sertão de Moxotó no Estado de Pernambuco, Brasil.

As necessidades da juventude brasileira e juventude paraguaia se aproximam


muito, pois se inserem em um contexto de adversidades e da necessidade de formação
técnica que possibilite aos jovens o estímulo à capacidade empreendedora e criativa de
atuar em sua realidade.

O cotidiano das escolas investigadas apresenta um conjunto de oportunidades para


construção de aprendizagens capazes de fortalecer a capacidade de reflexão da juventude,
estimulando a competência para formulação de possíveis soluções.
Alcançar uma sociedade sustentável agrega um conjunto de investimentos
educacionais e estruturais a serem perseguidos e defendidos, compreende esforços na
construção de uma nova cultura. Nesse contexto, a juventude ocupa espaço privilegiado,
tanto pela sua capacidade de participação, como por constituir o segmento da sociedade
mais apto e capaz de engajar-se nessa busca.

Juventude e Sustentabilidade
A juventude apresenta diversos grupos juvenis formados a partir das situações
heterogêneas das conjunturas, originadas pelas questões sócio políticas que emergem dos
padrões de organização da sociedade.

Para Groppo (2000), a juventude é uma representação simbólica construída pelos


grupos sociais ou pelos próprios jovens, que evidencia um conjunto de comportamentos
e atitudes a eles atribuídos. Essa compreensão da juventude como conjunto social com
uma ampla diversidade das formas de reprodução social e cultural é defendida pelos
pesquisadores da área da sociologia como juventudes, no plural, para definir os diversos
grupos sociais.

O contexto de luta na demarcação de seu território de identificação no âmbito


social, político, econômico, cultural e afetivo, reflete sobremaneira nas particularidades
da juventude. Essa complexidade que os caracteriza é resultante como afirmam Ozella e
Aguiar (2008), da inserção dos jovens nas circunstâncias de desafios impostos pelas
dificuldades econômicas e suas repercussões sobre sua inserção social e profissional; pela
baixa oportunidade de acesso a uma educação profissional e de orientação vocacional.
Estratégias para inclusão e valorização da juventude, elaboração de políticas
sociais transversais, participativas, voltadas principalmente para os setores mais
vulneráveis, são apontadas por Jiménez (2004), como condições essenciais para o
desenvolvimento integral da juventude, demandando decisões e ações políticas que
promovam suas potencialidades.
Na proposição dessas estratégias, as influências do mundo pós-moderno sobre a
identidade da juventude e seus valores, demanda uma formação que possibilite uma visão
crítica e política. Segundo Szapiro e Resende (2010), a juventude contemporânea está
voltada para o presente, sem objetivos de longo prazo, regidos pela lógica da sociedade
de mercado; em que acredita que exerce o direito de escolha ao consumir.
Essa cultura do consumo coopera na elaboração da identidade da juventude
fragmentando as relações sociais e contribuindo para um cenário de exclusão e
desigualdades.

A mudança desse quadro reivindica o investimento em processos educativos


emancipatórios, nas políticas de juventude e de meio ambiente. Nesse contexto, a
Educação Ambiental pode, segundo Higuchi e Azevedo (2004), potencializar as
possibilidades para uma formação crítica e participativa no que se refere ao uso dos
recursos naturais, transformando saberes e práticas em oportunidades para a construção
de sociedades sustentáveis.

A Educação Ambiental, nessa perspectiva, representa importante ferramenta para


despertar o potencial da juventude para intervenção socioambiental e produção de novos
conhecimentos.
Capra (1996) destaca que a compreensão sobre interdependência ecológica e seu
padrão não-linear são determinantes nas mudanças de percepção e construção de
comunidades humanas sustentáveis.
Os processos educativos, portanto, devem provocar a reflexão sobre a vida em sua
totalidade e da interdependência entre todos os sistemas vivos e não-vivos, como
oportunidade para revisão da relação entre ser humano e ambiente.
A Educação Ambiental aponta para uma proposta educativa crítica que incentive
a atuação individual e coletiva na busca de alternativas aos problemas socioambientais, e
potencialize a participação cidadã.
Contemplar a sustentabilidade nos processos formativos requer a adoção de
metodologias que considerem as realidades nas quais os sujeitos se inserem, e promova a
elaboração de conhecimentos transformadores e estimuladores da participação na busca
de soluções a partir de experiências de aprendizagem integradas ao seu cotidiano pessoal
e profissional.

Metodologia
O universo da pesquisa abrangeu duas instituições, o Serviço de Tecnologia
Alternativa (Serta), em Pernambuco – Brasil e a Fundação Paraguaia em Cerrito - Chaco,
na Região Ocidental do Paraguai, tendo como população a ser investigada os jovens
inscritos nos cursos de formação profissional - Técnico em Agroecologia do Campus
Ibimirim/Pernambuco – Serta e os jovens inscritos no curso de formação profissional
Técnico Agropecuário da Escola San Francisco Cerrito - Chaco/Paraguai – Fundação
Paraguaia, correspondendo a 61 jovens estudantes das referidas escolas.
O recorte da pesquisa teve como foco a construção de saberes pautados na
sustentabilidade a partir dos desafios enfrentados pela comunidade escolar para produção
agrícola.
Trata-se de uma pesquisa de abordagem qualiquantitativa, com ênfase na
abordagem qualitativa, dado o problema de pesquisa que se pretendeu conhecer,
interpretar e refletir, sobre as vivências e experiências dos jovens em seu processo de
formação profissional, suas crenças e valores, bem como as aprendizagens possibilitadas
na perspectiva da sustentabilidade socioambiental.
A pesquisa qualitativa abrange uma diversidade de significados, valores e crenças,
conforme destaca Minayo (2000), não se reduzindo à operacionalização de variáveis,
correspondendo a relação entre processos e fenômenos.
Os dados foram levantados através da observação participante, conversas
informais e entrevistas, com o objetivo de entender como os jovens atuam e constroem
aprendizagens pautadas na sustentabilidade mediante a realidade na qual se inserem.
Os dados utilizados para análise da questão orientadora desta pesquisa foram
coletados nas escolas no período de novembro de 2013 a abril de 2014. A análise de dados
foi realizada por meio da ferramenta Spreadsheets, disponível no “Google Docs” e do
programa QualiQuantiSoft2.
Resultados
As atividades pedagógicas das escolas estão organizadas em aulas téoricas e
práticas, em sala de aula e no campo, a partir de projetos produtivos que recebem
assistência integral dos estudantes ao longo de seu processo formativo.
Os projetos produtivos das duas escolas possibilitam que os estudantes coloquem
em prática teorias estudadas e discutidas em sala de aula, e do mesmo modo, levam suas
experiências práticas para a discussão teórica.
A produção agrícola de ambas as escolas sofre oscilações em virtude de um
conjunto de adversidades que influenciam sobremaneira seus resultados, mobilizando os
estudantes na busca de alternativas.

2 O programa desenvolvido pela Sales e Paschoal Informática em parceria com a Universidade


de São Paulo (USP), professores Fernando Lefèvre e Ana Maria C. Lefèvre, elaborado para o
processamento de dados de natureza qualitativa.
Os espaços para o dialogo acerca dos problemas vivenciados e a proposição de
alternativas estimulam relações de cuidado, responsabilidade, liderança e participação da
juventude em processos decisórios, refletindo em uma experiência acerca da
sustentabilidade em diferentes perspectivas.
Diegues (2003) considera que a oportunidade educativa para o envolvimento dos
sujeitos na busca de soluções é catalisadora na transformação de saberes e práticas em
experiências concretas na construção de comunidades sustentáveis.
Entre as dificuldades vivenciadas no cotidiano da Escola San Francico informadas
pelos estudantes, as mudanças climáticas, a escassez de água e pobreza do solo são
consideradas as que mais afetam a produção agrícola (Gráfico 1).

Na análise com os estudantes da Escola agrícola do Serta, sobre as dificuldades


no desenvolvimento da agricultura em sua região de origem, foi destacado como principal
problema a escassez de água, correspondendo a 88% dos entrevistados, e as queimadas
como desafio menos citado (Gráfico 2).

O diálogo acerca dos problemas vivenciados pelos estudantes na produção


agrícola e a busca de alternativas e soluções, contribuem para valorização do esforço
individual e do espirito colaborativo dos estudantes.
A busca de alternativas pelos estudantes da Escola San Francisco se insere dentro
da proposta “aprender fazendo”3, em que os estudantes a partir de suas aprendizagens
melhoram a qualidade das unidades produtivas da escola (Quadro 1).
Ao longo do seu processo formativo, os estudantes do Serta têm a oportunidade
de conhecer, criar e implantar um conjunto de tecnologias que possibilitem a convivência
com as dificuldades enfrentadas em sua região (Quadro 2).

As alternativas propostas pela Escola agrícola do Serta se inserem no contexto da


agroecologia e da permacultura e refletem as atividades desenvolvidas pelos estudantes
nas Unidades Pedagógicas de Produção.

3A proposta de aprender fazendo, consiste em dar sentido às aprendizagens, criando


oportunidades para os estudantes desenvolverem experimentos/soluções ajustados à
realidade/problema.
Gráfico 1. Dificuldades vivenciadas no cotidiano da Escola San Francisco-
Cerrito/Chaco/Paraguai

Fonte: Dados da Pesquisa de Doutorado/2013

Gráfico 2. Dificuldades vivenciadas no cotidiano da Escola Agrícola do Serta-


Ibimirim/Pernambuco

Fonte: Dados da Pesquisa de Doutorado/2013


Quadro 1 - Atividades desenvolvidas pelos estudantes da Escola San Francisco para mitigação
dos problemas enfrentados na produção agrícola/2013

DIFICULDADES Atividades Desenvolvidas


Escassez de água Uso racional, armazenamento, controle e manutenção dos
equipamentos de uso da água
Insetos e pragas/ Uso de agrotóxicos Armadilha biológica
Clima Estudo das relações entre os problemas climáticos com a produção
leiteira, agrícola e avícola
Plantio de árvores
Trabalho exaustivo da agricultura Uso de energia solar
Pobreza do solo Uso de cobertura morta;
Rotação de cultivo e;
Reciclagem da matéria orgânica para produção de adubo e de
biofertilizante
Monitoramento da umidade do solo
Recursos materiais Plano de negócios,
Atividades de marketing
Investimento na venda de serviços e produtos
Fonte: Dados da Pesquisa de Doutorado/2013

Quadro 2 - Principais dificuldades enfrentadas e alternativas vivenciadas na escola do Serta –


Campus Ibimirim
DIFICULDADES PROJETOS
Escassez de água Irrigação por gotejamento, lago artificial, cisterna.
Insetos e pragas/Uso de agrotóxicos Armadilhas biológicas.
Defensivos naturais.
Clima Barreiras naturais (cercas vivas com árvores e arvoredos.
Falta de Conhecimento Estudo e análise dos ecossistemas.
Comparação entre um ecossistema e área de cultivo.
Atividades de pesquisa.
Trabalho exaustivo da agricultura Aproveitamento eficiente dos espaços (plantio de espécies
considerando seu tempo de colheita e plantio de espécies considerando
sua diversificação.
Utilização eficiente dos insumos naturais (minhocas, insetos, pedras,
sol, vento, temperatura, entre outros).
Utilização eficiente das energias (gravidade, vento, sol, matéria
orgânica e animais).
Pobreza do solo Barreira natural (fileiras de capim).
Queimadas Aproveitamento máximo da matéria orgânica, reaproveitamento
máximo de materiais não recicláveis.
Fonte: Dados da Pesquisa de Doutorado/2013
Os problemas se tornam oportunidades de aprendizagem para os estudantes na
medida em que são estimuladas a propor, elaborar e executar soluções.
A interação com e no ambiente também reflete sobre as percepções dos sujeitos
como afirma, Trajber e Sato (2010) e colabora para ressignificação dos modos de se
relacionar com o meio e com o outro; e para construção de uma rede de saberes que se
amplia nas oportunidades do diálogo, da troca e do compartilhamento.
As propostas de alternativas aplicadas nas escolas desencadeiam um conjunto de
práticas voltadas para conservação dos bens naturais, já que a sustentabilidade implica
em tomadas de decisão que considerem suas implicações e conexões.
No desenvolvimento das atividades da Escola San Francisco, os estudantes
consideram que conservam o meio ambiente e os bens naturais, pois evitam a
contaminação do solo e da água, não fazem queimadas de nenhum tipo, não desmatam,
não usam produtos químicos, fazem uso de adubo orgânico, biofertilizante e utilizam os
recursos do meio de forma racional (Gráfico 3).
Na Escola Agrícola do Serta, atividades como o plantio de espécies nativas, o
aproveitamento das sobras de colheita e poda para conservação do solo, banco de
sementes, a coleta e armazenamento de água e o uso de biofertilizantes, são atividades
desenvolvidas pelos estudantes que contribuem para conservação dos bens naturais e
refletem sua capacidade em desenvolver ações de cuidado ambiental em seus projetos
(Gráfico 4).
Nesse contexto, a Educação Ambiental se concretiza a partir de princípios que
regem a escola como espaço educador sustentável. A escola sustentável conforme aponta
Trajber e Sato (2010), considera que o território é o lugar onde se constrói identidade, as
relações de cuidado, as oportunidades de diálogo e transformação das realidades, de
valorização dos saberes e da potencial participação dos sujeitos.

O estimulo à capacidade gestora é interdependente do ambiente com suas


adversidades e potencialidades, constituindo importante espaço de estimulo a capacidade
criativa e estratégica, potencializando suas ações a partir das oportunidades de permuta
dos saberes e fazeres, construídos nas escolas investigadas, nas atividades de pesquisa e
nas ações de intervenção e interação com o meio.
Gráfico 3 - Atividades desenvolvidas pelos estudantes da Escola San Francisco
Cerrito/Paraguai para conservação do meio ambiente e dos bens naturais /2013

Fonte: Dados da Pesquisa de Doutorado/2013


Gráfico 4. Atividades desenvolvidas pelos estudantes da Escola agrícola do
Serta-Ibimirim/Pernambuco para conservação do meio ambiente e dos bens
naturais /2013

Fonte: Dados da Pesquisa de Doutorado/2013

Considerações Finais
O diálogo acerca das adversidades presentes no ambiente constitui o lugar de
busca de alternativas, do compartilhamento dos saberes e produção de tecnologias
alternativas, contribuindo para valorização do protagonismo e criatividade dos jovens.
O processo formativo vivenciado pelos estudantes é um exemplo vivo de parceria
com e no ambiente a partir do conhecimento sobre o funcionamento do meio, seus
elementos e do papel do ser humano como gestor dos ambientes naturais que se relaciona,
desenvolvendo sua capacidade estratégica para propor alternativas que resultem na
sustentabilidade do meio.
As escolas são referência de sustentabilidade pela oportunidade vivenciada pelos
docentes e estudantes de buscar o alinhamento do conhecimento prático e teórico, testar
as alternativas propostas e avaliar seus resultados.
A proposta pedagógica das escolas potencializa a capacidade de analisar, refletir
e perceber a interdependência entre os elementos do ambiente e sua conexão com os
padrões de organização que vão sendo adotados a partir das alternativas lançadas pelos
estudantes e orientada pelos professores.
O desenvolvimento de propostas de formação pautadas na construção de
comunidades sustentáveis deve ser compartilhado com as redes de juventude,
principalmente, propostas desenvolvidas com a juventude rural, dada a importância do
compartilhamento de alternativas como possibilidade para a permanência e
sustentabilidade da juventude em seu território.

Referências

DIEGUES, Antonio Carlos. Sociedades e comunidades sustentáveis. São Paulo:


NUPAUB- USP, 2003. Disponível em:
http://nupaub.fflch.usp.br/sites/nupaub.fflch.usp.br/files/color/comsust.pdf
Acesso em: 25 mai. 2013.

CAPRA, Fritjof. A teia da vida: uma nova compreensão científica dos sistemas vivos.
Tradução Newton Roberval Eichemberg. São Paulo: Cultrix, 1996.
256 p.

GROPPO. Luis Antonio. Juventude: ensaios sobre sociologia e história das juventudes
modernas. Rio de Janeiro: DIFEL, 2000. 301 p.

HIGUCHI, Maria Inês Gasparetto; AZEVEDO, Genoveva Chagas. Educação como


processo na construção da cidadania ambiental. Revista Brasileira de
Educação Ambiental, Brasília, n. 0, p. 63-70, nov. 2004.

MINAYO, Maria Cecília de Souza. O desafio do conhecimento: pesquisa qualitativa


em saúde. 7. ed. São Paulo: Hucitec, 2000. 269 p.

OZELLA, Sérgio; AGUIAR, Wanda Maria Junqueira. Desmistificando a concepção de


adolescência. Cadernos de Pesquisa. Fundação Carlos Chagas, v. 38 n. 133. p.
97-125. Jan./abr. 2008. Disponível em:
<http://www.scielo.br/pdf/cp/v38n133/a05v38n133.pdf>. Acesso em: 16 jan.
2014.
SZAPIRO, Ana Maria; RESENDE, Camila Miranda de Amorim. Juventude: etapa da
vida ou estilo de vida? Psicologia e Sociedade, v. 22, n. 1, p. 43-49, jan./abr.,
2010. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/psoc/v22n1/v22n1a06.pdf>.
Acesso em: 18 jan. 2014.

TRAJBER, Raquel; SATO, Michéle. Escolas sustentáveis: incubadoras de


transformações nas comunidades. Revista Eletrônica do Programa de Pós-
Graduação em Educação Ambiental, Rio Grande, v. especial, p. 70-78, set.
2010. Disponível em:
<http://www.remea.furg.br/edicoes/vesp2010/art5vesp2010.pdf>. Acesso em
25 mai/2013.

Vous aimerez peut-être aussi