Vous êtes sur la page 1sur 146

D ía m e l a E l t it

E l cu arto m u n d o

G R U P O
E D I T O R I A L

n o rm a
B u e n o s A ire s, B o g o tá . B a r c e lo n a , C a r a c a s G u a te m a la ,
L im a , M é x ic o , M iam i, P a n a m á , Q u ito , S a n Jo sé , S a n Ju a n ,
S a n tia g o de C h ile , S a n to D o m in g o

w w w .n o rm a.c o m
C h863 E ltit, D ia m e la
ELT El c u a r to m u n d o . - 1“. ed.- B u e n o s A ires:
G r u p o E d ito r ia l N o rm a , 200 3 .
160 p .; 21 x 14 cm . - (L a o tra o rilla )

IS B N 987-545-107-X
I. T ítu lo - 1. N arra tiv a C h ile n a

© 1 9 8 8 . D ía m e la E l ti l
© 200 3 . D e e sta e d ic ió n :
G r u p o E d ito ria l N o r m a
S a n J o s é 831 (C 1 0 7 6 A A Q ) B u e n o s A ires
R e p ú b lic a A r g e n tin a
E m p r e s a a d h e r id a a la C á m a ra A rg e n tin a del L ib r o
D ise ñ o d e tap a: M a g a li C a n a le
Ilu strac ió n d e ta p a : d e ta lle d e l tríp tico D os J ig it r a s « n u n a cam a,
c o n leslig o s , 1968, d e F ra n c is B a c o n

Im p r e so e n la A r g e n tin a
P rinle.d in A rg en tin a

P rim e ra e d ic ió n : m ay o d e 2003

ex:: 21971
I S B N : 987-545-107-X

P ro h ib id a la r e p r o d u c c ió n total o p a rc ial p o r
c u a lq u ie r m e d io sin p e r m iso escrito d e la ed ito rial

H e c h o el d e p ó s ito q u e m a rc a la ley 11.723


L ib r o d e e d ic ió n a r g e n tin a
Agradecimientos en el tiempo de este libro:
a la amistad de Ronald Christ,
a los escritores Gonzalo Muñoz y Eugenia Brito.
In d ice

I
S er á ir r e v o c a b l e

LA D ER R O T A

II

U_
T en c ;o la m a n o

T E R R IB L E M E N T E A C A R R O T A DA

105
I
S erá ir r e v o c a b l e

LA DERROTA
U n 7 de abril m i m ad re am an ec ió afie b ra d a . S u d o ­
ro sa y e x te n u a d a en tre las sáb an as, se a ce rc ó p e n o sa ­
m en te h asta m i p a d re , e sp e ra n d o de él alg ú n tip o d e
asistencia. M i p a d re , d e m a n e ra in ex p licab le y sin el
m e n o r escrú p u lo , la to m ó , o b lig á n d o la a se c u n d a rlo
en sus cap rich o s. Se m o stró to rp e y d ilatad o . P arec ía
a p u n to d e desistir, p e ro lu e g o re c o m e n z a b a a ta ca d o
p o r u n fu erte im p u lso p asio n al.
L a fie b re volvía e x tra o rd in a ria m e n te in g rá v id a a
m i m a d r e . S u c u e r p o e sta b a lib ra d o al c a n sa n c io y
a u n a lax itu d e x asp e ran te. N o h u b o p ala b ra s. M i p a ­
d re la d o m in a b a con su s m o vim ien to s q u e e lla se li­
m ita b a a se g u ir d e m o d o ..istin tivo y d e sm a ñ a d o .
D esp ués, cu an d o to do term inó, mi m ad re se disten­
dió entre las sábanas, d u rm ién d o se casi d e in m ediato .
Tuvo u n su eñ o p lagad o de terrores fem en in os.
E se 7 d e abril fui e n g e n d ra d o en m ed io d e la fieb re
D i a m e l a Eltit

de m i m a d re y d e b í com p artir su suen o. Su frí la terri­


ble a c o m e tid a d e los terrores fem eninos.

Al d ía sigu ien te, el 8 d e abril, el estado d e m i m ad re


h a b ía e m p e o r a d o n o to ria m e n te . S u s o jo s h u n d id o s
y el m atiz d e in c o h e r e n c ia en sus p a la b r a s in d ic a ­
b a n q u e la fie b r e s e g u ía elev an d o su cu rso . S u s m o ­
v im ie n to s e ra n su m a m e n te d ificu lto so s, a q u e ja d a
p o r fu e r te s d o lo r e s en to d a s las a rtic u la c io n e s. L a
se d la c o n su m ía , p e r o la in g e stió n d e líq u id o la
o b lig a b a a u n e sfu e rz o q u e e ra in c a p a z d e realizar.
E l su d o r h a b ía e m p a p a d o to talm e n te su c am isa de
h ilo, y el p e lo , ta m b ié n e m p a p a d o , se le p e g a b a a
los c o sta d o s d e la c a ra p ro v o c á n d o le e ru p c io n e s.
M a n te n ía lo s o jo s se m ic e rra d o s, e v itan d o la luz q u e
e m p e z a b a a ilu m in a r la p ieza. Su c u e rp o a fie b ra d o
te m b la b a co n v u lso .
M i p a d r e la c o n te m p la b a c o n p r o fu n d a d e s e s p e ­
ra c ió n . S in d u d a p o r terror, la to m ó al a m a n e c e r
sin m a y o re s e x ig e n c ia s y d e m o d o fu g a z e in sa tis­
fa c to rio . E lla a p a r e n tó n o d a rse c u e n ta d e n a d a ,
a u n q u e se q u e jó d e fu e rte s d o lo re s a las p ie rn a s
q u e m i p a d r e q u iso d e s p e ja r fr o tá n d o la p a r a d e ­
se n tu m e c e rla .
Al igu al q u e el d ía a n te rio r se d u rm ió rá p id a m e n ­
te y volvió a soñ ar, p e r o su su e ñ o c o n te n ía im á g e n e s

14
E l cu arto m un do

d istan tes y sutiles, a lg o a sí co m o la eclo sió n d e un


v olcán y la c a íd a d e la lava.
R e c ib í el s u e ñ o d e m i m a d re d e m a n e ra in te rm i­
ten te. E l c o lo r ro jo d e la lava m e c a u só e sp a n to y, a
la vez, m e lle n ó d e jú b ilo c o m o an te u n a g lo rio sa
c e re m o n ia .
L le g u é a e n te n d e r m uy p ro n to m is d o s se n sa cio ­
nes c o n tra p u e sta s. E ra, d e sp u é s d e to d o , sim p le y
previsib le: e se 8 de ab ril m i p a d re h a b ía e n g e n d ra ­
d o en ella a m i h e r m a n a m elliza.

Fui in v ad id o e sa m a ñ a n a p o r u n p e rtu rb a d o y
caó tico e sta d o e m o c io n a l. L a in tro m isió n a m i e sp a ­
cio se m e hizo in so p o rta b le , p e ro d e b í c e ñ irm e a la
irrev e rsib ilid ad d e l h e ch o .
E l p r im e r tie m p o fu e re lativ am e n te p lá c id o , a
p e sa r d e l v a g o m a le sta r q u e m e en volvía y q u e n u n ­
ca lo g ré a b a n d o n a r d e l to d o . É ra m o s a p e n a s larvas
llev ad as p o r las a g u a s, m a n e ja d a s p o r d o s c o rd o n e s
q u e c o n se g u ía n m a n te n e r n o s en e sp a c io s casi au tó ­
n o m o s.
Sin e m b a rg o , los su e ñ o s de m i m a d re , q u e se p r o ­
d u cían c o n g ra n fre cu e n c ia, ro m p ía n la ilu sió n . Sus
su e ñ o s e sta b a n fo r m a d o s p o r d o s fig u ra s sim étricas
qu e te rm in a b a n p o r fu n d irse c o m o d o s to rres, d o s
p a n te ra s, d o s a n c ia n o s, d o s cam in o s.

15
D i a m e l a Elt it

E so s s u e ñ o s m e d e sp e r ta b a n u n a g ra n a n sie d a d
q u e d e s p u é s e m p e z a b a le n ta m e n te a d ilu irse . Mi
a n s ie d a d se tra slu c ía en u n h a m b re in fe rn a l q u e
m e o b lig a b a a sa c ia rla , a b r ie n d o c o m p u e rta s so m á ­
ticas q u e a ú n n o e sta b a n p r e p a r a d a s p a r a re aliz a r
e se tra b a jo .
L u e g o m e d e ja b a llevar p o r u n a m o d o r r a q u e p o ­
d ía c o n fu n d ir se c o n la calm a. E n ese e sta d o sem ia-
b ú lic o d e ja b a a m is se n tid o s flu ir h a c ia el afu e ra.

M i m a d r e , u n a vez r e p u e sta , s e g u ía c o n su v id a
ru tin a ria , m o stra n d o u n a so rp re n d e n te in clin a ció n
a lo c o m ú n . E r a m á s fre c u e n te en e lla la risa q u e el
lla n to , la a c tiv id a d q u e el d e sc a n so , el a c tu a r q u e
el p e n sa r.
A d e c ir v e rd a d , m i m a d re te n ía e sc a sas id e a s y, lo
m ás irrita n te , u n a c a re n c ia a b so lu ta d e o rig in a li­
d a d . S e lim ita b a a re a liz a r las id e a s q u e m i p a d r e le
im p o n ía , d ilu y e n d o to d a s su s d u d a s p o r te m o r a in­
c o m o d a r lo .
C u rio sa m e n te , d e m o str a b a g r a n in terés y p re o c u ­
p a c ió n p o r su c u e rp o . C o n sta n te m e n te a flo ra b a n
su s d e se o s de o b te n e r a lg ú n vestid o , u n p e rfu m e ex ­
clusivo e in clu so u n a d o rn o d e m a sia d o au d az.
M i m a d r e p o se ía u n g ran c u e rp o a m p lio y elásti­
co. S u c am in a r e ra rítm ico y tra n sm itía la im p re sió n

16
E l cu arto m u n d o

d e salu d y fo rtaleza. F u e, tal vez, lo in u su a l d e su e n ­


fe r m e d a d lo q u e e n a rd e c ió g e n ita lm e n te a m i p a d re
c u a n d o la vio, p o r p rim e ra vez, in d e fe n sa y d ism in u i­
da, ya n o c o m o c u e rp o e n em igo sin o co m o u n a m asa
cautiva y dócil.

T o d a e sa ru tin a c o n stitu ía p a r a m í u n a fa lta ra d i­


cal d e e stím u lo s q u e n o m e p e rm itía n su strae rm e d e
m i h e rm a n a m elliza, q u ien r o n d a b a cerca de m í. A u n
sin q u e re rlo , se m e h a c ía n in e lu d ib le s su p re se n c ia
y el o rd e n d e su s m o v im ie n to s e in te n c io n e s. P u d e
p e rc ib ir m u y p re c o z m e n te su v e r d a d e r a ín d o le y, lo
m ás im p o rta n te , sus se n tim ie n to s h a c ia m í.
M ien tras yo b a talla b a en la a n sie d a d , ella se d e b a ­
tía e n la o b se sió n . A n te c a d a cen tím e tro o m ilím etro
q u e g a n a b a se le d e sa ta b a n in c o n ta b le s p u lsio n e s
fra n c a m e n te obsesivas.
S u te m o r o b sesivo se in ició en el m o m e n to d e su
lle g a d a , c u a n d o p e rc ib ió a n g u stia d a la re al d im e n ­
sió n y el se n tid o e x a cto d e m i p re se n c ia . B u sc ó de
in m e d ia to el e n c u e n tro q u e yo, p o r su p u e sto , eva­
d ía c o n se rv a n d o con e lla la m ay o r d ista n c ia p o sib le .
D u ra n te el p rim e r tiem p o fu e re lativ am e n te fácil.
E sta b a a te n to al d ev en ir d e las a g u a s: c u a n d o se a g i­
ta b an , yo in ic ia b a el viaje en d ire c c ió n inversa.
Mi h e rm a n a e ra m ás d é b il q u e yo. D e sd e lu e g o ,
D i a m e l a Eltit

esto se d e b ía al tie m p o de g e stac ió n q u e n o s se p a ra ­


b a; p e r o a u n a sí e ra d e s p r o p o r c io n a d a la d ife re n c ia
e n tre n o so tr o s. P a re c ía c o m o si la e n fe r m e d a d a g ra ­
v a d a d e m i m a d re y el p o c o én fasis d e s p le g a d o p o r
m i p a d r e e n el c u rso del acto h u b ie ra n c o n stru id o
su d e b ilid a d .
E n c u a n to a m í, su fra g ilid a d m e e ra fav o rab le,
p u e s ella, e n su b ú sq u e d a , se a g o ta b a e n se g u id a , lo
q u e le d a b a u n ra d io d e acción m uy lim itad o .
P r o n to e m p e z ó a u sa r tru c o s p a r a a tr a p a r m e .
C a d a vez q u e m e m o v ía, e lla a p r o v e c h a b a el im ­
p u lso d e la s a g u a s d e já n d o s e llev ar p o r la c o r r ie n ­
te. E n d o s o p o r t u n id a d e s c o n sig u ió e stre lla rm e .
R e c u e r d o e l h e c h o c o m o a lg o v u lgar, in c lu so a m e ­
n a z a n te .
F u e a p e n a s u n in stan te; sin e m b a rg o , e x tra o rd i­
n a ria m e n te ín tim o , p u e sto q u e d e b í e n fre n tarm e
de m o d o d ire c to a su o b se sió n , la q u e h asta ese m o ­
m e n to m e e ra in d ifere n te . P ero a p a rtir d e eso s d o s
e n c u e n tro s e n te n d í la e x tra ñ a c o m p lic id a d q u e e lla
h a b ía e sta b le c id o co n m i m ad re.

E jercí la estricta d im en sió n del pen sar. A ntes, sólo


m e d e b a tía en tre im p resio n es qu e lu e g o tran sfo rm a­
ba en certezas, sin q u e n a d a lleg ara v e rd ad e ram e n te
a so rp re n d e rm e .

18
E l cu arto m un do

Así, el c o n o c im ie n to d e q u e m i m ad re e ra có m p li­
ce de m i h e rm a n a m e d e m a n d ó g ran d e s en erg ías,
p u e s m e e ra im p e rio so d e se n tra ñ a r la n atu rale za y el
sig n ificad o d e tal alianza.
S ó lo c o n ta b a c o n el h e c h o d e q u e las d o s veces
en q u e m i h e rm a n a m e e strelló , p o r ta b a la clave de
d o s su e ñ o s d e m i m a d re q u e yo n o p o se ía . P o r cier­
to, esas claves m e e ran in so p o rta b le s y exclu yen tes.
A p a rtir d e e sa p e lig ro sa ex clu sió n e m p e z ó el a c e ­
ch o h a c ia m i m a d re .

Mi m a d re , d e sp u é s de u n o s d ías, m o stró cam b io s


tan sutiles y a m b ig u o s q u e yo lleg u é a p e n sa rlo s co­
m o p ro d u c to d e m i in te rp re ta c ió n an sio sa. P ero en
re a lid a d ella e sta b a c am b ia n d o .
D e m o d o m iste rio so h a b ía lev an tad o u n a b a rre ra
an te m í, lo q u e m e hirió p ro fu n d a m e n te , lle n á n d o ­
m e d e in se g u rid a d e s. P ero p ro n to m e sere n é, c u an ­
d o c o m p re n d í q u e ella m e ten ía p á n ico .
Mi m a d re m e te m ía y e so la o b lig a b a a e x te n d e r
u n a o sc u rid a d c o n fu sa e n tre n o so tro s, y só lo en m i
h e rm a n a lib e ra b a su v e rd a d e ro ser.
A ten to al a fu e ra , su p e q u e m i m a d re le m e n tía a
m i p a d r e y q u e su e stu d ia d o c o m p o rta m ie n to n o
e ra m ás q u e u n a m e d id a e stra té g ica p a r a p e r p e tu a r
su ilu sió n d e p o d e r.

19
D i a m e l a Elt.iL

D e b í h a b e r lo ad iv in a d o d e sd e u n p rin c ip io , e sp e ­
c ia lm e n te p o r el c a rá c te r de sus su e ñ o s, p e ro m e h a ­
b ía d e ja d o e n tr a m p a r p o r su a p a re n te sim p leza. E n
re a lid a d , a e lla le e ran in d ifere n te s los a d o rn o s y
v estid o s. E r a m i p a d r e q u ie n le tra n sfe ría su s p r o ­
p io s d e s e o s, a los q u e ella, c o n sc ie n te m e n te , a c c e d ía
p a r a d e s p e r ta r le e l p la c e r y la h u m illació n .
D e sc u b rí, ta m b ié n , q u e el p e n sa m ie n to d e m a d re
e sta b a c o r r o íd o p o r la fan tasía, q u e le o c a sio n a b a
fu e rte s y d iv ersas cu lp as. Su p e rm a n e n te e sta d o d e
c u lp a la o b lig a b a a castig arse, en a lg u n a s o c a sio n e s
co n e x ce siv a d u reza.
Se p riv a b a fre c u e n te m e n te d e alim en tos, realizan ­
d o d o lo ro so s ay u n os qu e se p ro lo n g a b a n p o r varios
días. D u ra n te ese tiem p o sus fan tasías d e c lin ab an
n o to ria m e n te ; e lla p e rm a n e c ía a ta d a a las m ás in o­
fen sivas, r e la c io n a d a s co n fu gas o c o m id a s exó ticas.
P ero, p a sa d o el e fecto del ayuno, la fa n tasía se insta­
la b a e n ella con m ás fu erza aú n , e m p u já n d o la a u n a
n u ev a e x p ia c ió n .
O tro d e su s m é to d o s c o n sistía en p ra c tic a r acti­
v id a d e s q u e d e te s ta b a y a las q u e , sin e m b a r g o , se
e n tr e g a b a d e lle n o . A sistía a a n c ia n o s a sila d o s y e n ­
fe rm o s, la v á n d o lo s c o n sus p r o p ia s m a n o s p a r a
q u e d a r, d e s p u é s, lib r a d a a su te r ro r al c o n ta g io . N i
s iq u ie r a se p e r m itía q u itarse d e e n c im a lo s fu e rte s
o lo re s q u e la im p re g n a b a n .
Mi p a d r e , q u e n o veía con b u e n o s o jo s su s ayunos,

20
E l cu arto m un d o

la a d m ira b a , e n c am b io , p o r e sas la b o re s, e sp e c ia l­
m en te las h o ra s q u e d e d ic a b a a los n iñ o s c ie g o s
a g ru p a d o s en las h o sp e d e ría s d e las afu e ra s d e la
ciu d ad . M i p a d r e g u sta b a m u c h o d e o ír d e talle s e n
to rn o a eso s n iñ o s. P o r ello m i m a d re le h a c ía d e s­
c rip c io n e s so rp r e n d e n te m e n te rig u ro sas. L le g ó a
id e n tifica r a los n u m e ro so s c ie g o s p o r su s n o m b re s
y, m ás aú n , e ra c ap a z de c ara c te riz a r a c e rta d a m e n te
a c a d a u n o d e ellos.
A lg u n o s d e esto s n iñ o s, d e c ía m i m a d re , ten ían
las c u e n c a s vacías; e lla lim p ia b a las cav id ad es ta p o ­
n a d a s de e ru p c io n e s p u ru le n ta s.
Mi p a d r e la m ira b a c o n m o v id o y e lla re sp o n d ía
c o m o si su g e sto h a c ia los c ie g o s n o tuviera la m e n o r
relevan cia.
C ie rta m e n te , m i m a d r e d e te sta b a e sas v isitas p o r ­
q u e los n iñ o s, fa sc in a d o s co n su p e r fu m e , se a b a ­
la n z a b a n so b re e lla r a sg u ñ á n d o la , d e s g a r r a n d o su
ro p a . Y m u c h o s de ello s se g o lp e a b a n c o n tra lo s
m u ro s, lo q u e c a u sa b a g r a n jú b ilo e n tre los d e m á s.
Mi m a d re , en esas o c a sio n e s, se a tu r d ía e n m e d io
d e so n id o s g u tu ra le s.
E lla e sc o n d ía estas sen sacion es a m i p ad re , co m o
asim ism o su con stan te repulsa. P ero m i h e rm a n a y yo,
qu e estáb am o s in m ersos en su o scu rid ad artificiosa, vi­
víam os sus relatos c o m o p rem o n icio n es aterrantes.
E ra terrib lem en te d u ro e x p o n e m o s a sus n arracio ­
nes d e sd e el sistem a cerrad o en q u e yacíam os. Mi

21
D i a m e l a Eltit

h e rm an a, a lterad a, tem b lab a p o r h o ras en m ed io de


la o sc u rid a d , y yo d o m in a b a mi im pu lso d e acercarm e
p a ra e n c o n tra r en ella pro tecció n . E n esas ocasion es
el estar c e rc a p e rm itía p aliar en p arte nu estro d esata­
do m ie d o a la ceg u era.

B ru sc a m e n te m i m a d re su sp e n d ió to d o aq u ello .
C o in c id ió e sto c o n la tra n sfo rm a c ió n d e su c u e rp o
q u e la su m ió d u ra n te d ías en u n a a la rm a n te c o n fu ­
sión . S e n tía m o s a m e n u d o su m a n o to c a n d o la p ie l
d ila ta d a y ten sa , p a lp á n d o se e sc in d id a e n tre la o b se ­
sión y la a n sie d a d .
S u o rd e n fa n ta sio so cesó p o r c o m p le to , c en trán ­
d o se en c am b io en un e m p e ñ o im p o sib le. B u sc a b a
visualizar p o r d e n tro su p ro c e so b io ló g ic o p a ra ale­
j a r d e ella e l sen tim ie n to d e u su rp ac ió n . S u e m p re sa
era, d e sd e sie m p re , un fra u d e p a r a d e se n c a d e n a m o s
culpas.
N u e stra c u lp a se alzó so b re el rig o r d e las a g u a s
9

c o m o u n a m a sa c e ro sa . P u d im o s invertir el p ro c e so
d e sd e el m o m e n to en q u e lo g ra m o s g e sta r su e ñ o s
p a ra ella. S u e ñ o s líq u id o s q u e c o n stru ía m o s con re­
tazos d e im á g e n e s fra c tu ra d a s d e lo real. N u e stro s
su e ñ o s e ran h íb rid o s y lú d ic a m e n te ab stracto s, p a ­
re cid o s a u n sev ero d e saju ste n e u ro ló g ic o .
Mi m a d re , p e rtu rb a d a , casi p e r d ió la m itad d e su

22
E l cu arto m un do

c ara, g r a n p a rte de su vello y la c a p a c id a d de e n fo ­


car a m e d ia d istan cia.
N o so tro s n o p la n e a m o s q u e esto p a sa ra ; sim p le ­
m en te, su c e d ió de m a n e r a e sp o n tá n e a, p e ro a m í
m e trajo u n d o lo r o so co sto , q u e fu e c e d e r a las p r e ­
sio n e s d e m i h e rm a n a .
H a stia d o d e su p e rse c u c ió n , p e rm ití q u e se m e
a c e rc ara . C o n el ro c e estalló el fra g o r d e su envidia.
N o p u e d o p re c isa r con e x a ctitu d el m o m e n to en
q u e ella p e rc ib ió n u e stra d ife ren cia. P u d o ser al ter­
c ero o cu arto ro ce , c u a n d o sen tí u n o de sus c o n o c i­
d o s tem b lo res. E ra u n te m b lo r d e tal m ag n itu d q u e
las a g u a s m e la n z a ro n c o n tra las p a re d e s.
A n te s de lo g r a r r e p o n e r m e se n tía q u e se m e
v e n ía e n c im a c o n u n im p u lso d e s g a r r a d o r y, p r o ­
c a z m e n te , se fr o tó c o n tr a m i in c ip ie n te p e r o ya
e sta b le c id o p u d o r.
Sin sa b e r a q u é a d ju d ic a r su a ta q u e , a c o sa d o , in ­
ten té a lejarla, p e ro m e p a ra liz ó su fro te o b sesivo
q u e a p u n ta b a en u n a so la d irecció n . In tu í q u e e ra
p re fe rib le q u e sa c ia ra su c u rio sid a d y qu e de e sa m a ­
n e ra se e sta b le c ie ra e n tre n o so tro s un e x p líc ito
c am p o d e b atalla. M i h e rm a n a se q u e d ó sú b ita m e n ­
te inm óvil, e x tra ñ a m e n te ap acib le , y allí, te n ié n d o ­
m e a c o rra la d o , realizó su p rim e r ju e g o co n m ig o .

23
D i a m e l a Elt it

Mi m a d r e term in ó p o r avenirse a la p u lcritu d de


n u e stro s su e ñ o s, q u e se d ab an e n u n m arco d e frater­
n al c o h e sió n . C asi llegó a gu star de ellos u n a vez ap la­
cad as su s p rim e ra s resistencias. Ju n to a los su e ñ o s
a ce p tó , tam b ién , q u e no h ab ía n a d a m ás in e x o ra b le
y clásico q u e la n atu raleza h u m an a.
S u c a m b io m e m o lestó . A sim ilé su a ctitu d a la d e ­
sid ia y al a b a n d o n o . H a b ía su stitu id o co n d e m a sia d a
ra p id e z la ira p o r el c o n fo rm ism o . El d e se q u ilib rio
v e rtig in o so d e su e x isten cia p r o h ib ía c u a lq u ie r ra n ­
g o de e sta b ilid a d . C o m p re n d í q u e m i m a d re e ra c a­
p az d e s u s p e n d e r lo to d o , in clu so a sí m ism a, an te la
m ás vagra o
a m e n a z a.
T o d o e sto g u a rd a b a estrech a relació n c o n m i p a ­
dre. Él, cuyo culto a la belleza e ra in q u ietan te, evadía
a m i m a d re , q u e e n ca rn a b a la e x trem a in sen satez d e
la c o n d ic ió n fe m en in a. D isociad o , tem ero so , o cu lta­
b a sus sen tim ie n to s de re p u lsa fren te a su cam in ar
costo so e irregular, y ante la m a ld a d d e su c ara e n ­
vuelta en u n co n stan te brillo.
Mi m a d r e , q u e v eía p e rfe c ta m e n te el p ro c e so , se
sintió c o m p la c id a y libre. P or fin d e sc u b ría en él u n
e x acto se n tim ie n to d e rech azo q u e le p e rm itía ju s ti­
ficar su p r o p ia aversión .
Se a c e r c a b a lle n a d e e x ig e n c ia s q u e él n o e ra c a­
p a z d e cu m p lir. L a p o sib ilid a d de y acer ju n t o s le
e ra im p o sib le y n o in te n ta b a e sc u d a rse tras p r e te x ­
to a lg u n o .

24
E l cu arto m un d o

E n él h a b ía a flo r a d o el lím ite d el c a rá c te r m a sc u ­


lino, in to le ra n te a o tra e sp e c ie d e fe c u n d a c ió n a u tó ­
n o m a. P a ra m i m a d re e sto fu e u n a c o n sta ta c ió n de
sus an tig u a s in tu icio n es. V io su p r o p io ser flo ta n d o
en el u n iv erso d e la so le d a d , c o n d e n a d o a u n la c e ­
ran te y a je n o fra c a so .

El r e d u c id o e sp a c io p a r a m i h e rm a n a y yo e m p e ­
zó a e stre ch a rse c a d a vez m ás. N o h a b ía o tra a lte rn a ­
tiva q u e el fro te p e rm a n e n te d e n u estro s c u e rp o s.
R o ta la ilu sió n d e in d e p e n d e n c ia , p re se n tí q u e la es­
trech ez iría en a u m e n to , h a sta la in m o v ilid ad total
en m e d io d e las ag u a s.
N o e ra ju s t o c o m p a rtir d u a lm e n te el e fe c to de
e n cierro , so m e tid o s a u n trián g u lo a n ó m a lo y d e se s­
p e ran te. N o só lo e sta b a im p e lid o a s o p o r ta r u n
c u e rp o in te rio r h u m e d e c id o p o r su sta n c ias e sp e sa ­
m en te ro jizas, sin o q u e d e b ía , a d e m á s, re c ib ir p a r a ­
lelam en te u n c u e rp o e x te rio r q u e se fo r m a b a ju n t o
a m í. T o d o s m is im p u lso s se e x te n d ía n m ás a llá de
los lím ites su p u e sto s. L a s fo rm a s fe m e n in a s, d o m i­
n an tes e n la e sc e n a , la n za b a n m e n sa je s in c e sa n te s.
P reserv arm e d e su d e se sp e ra n z a e ra im p e n sa b le ;
m ás b ie n d e b ía d e ja r m óviles y ab ie rtas m is m a rc a s
m ascu lin as.
P ro n to m e e n fr e n té a la sa tu ra c ió n . E l e sp a c io

25
D i a m e l a Eltit

n o n o s c o n t e n ía a p e s a r d e p o n e r n o s e n d istin tas
p o s ic io n e s . A p e la m o s a u n a ú ltim a y h u m illa n te
a lte r n a tiv a : m i h e r m a n a se p u s o d e b a jo m ío , a u ­
m e n t a n d o a ú n m ás la p r e sió n . N u e str o s c u e r p o s
e m p e z a r o n a sufrir. L a in sta la c ió n d e l d o lo r e n tre
n o s o tr o s fu e la p r im e r a fo r m a d e e n te n d im ie n to
q u e e n c o n tr a m o s .

M i m a d r e p e n sa b a e n la m u e rte . S u p r o p io d o lo r
le p r e v e n ía u n a c atá stro fe . C o n la e sp a ld a casi p a r ­
tid a p o r el e sfu erz o , su c ara le devolvía el terrib le
tra b a jo o r g á n ic o q u e re aliza b a . L a s p la c a s alérg ic as
h a b ía n d e str o z a d o su ro stro .
P e n sa b a en la m u e rte c o m o el d e stin o fin al d e su
e m p r e s a b io ló g ic a y, e x tra ñ a m e n te , se aven ía c o n se­
r e n id a d a ella. D esd e su a se n ta d a c re e n cia se n tía
q u e to d o e q u ív o co , c a d a acto d e testa b le d e su vida,
e sta b a a m p lia m e n te sa ld a d o p o r su activo su plicio.
C o n firm e z a p e n sa b a q u e d o n a b a su c u e rp o en b e ­
n e fic io d e su esp íritu . L a carn e q u e tan to la h a b ía
a to rm e n ta d o p a g a b a p o r sí m ism a las faltas.
L a s p u lsa c io n e s card ía c a s e ran c a d a d ía m ás ace ­
le ra d a s y le o c a sio n a b a n a g u d o s g o lp e s arrítm icos.
C a d a g o lp e e ra le íd o c o m o u n sín to m a definitivo de
m u e rte . C o n fin a d a a u n a p e rm a n e n te so le d ad , m i
m a d re , q u e vivía e n la c o n c ie n c ia d e l tiem p o , an u ló

26
E l cu arto m un do

n u e stra e x iste n c ia d e sd e el in stan te en q u e n o s in­


cluyó en la ritu a lid a d de su sacrificio.
D e c id id a a m o rir ín te g ra m e n te , p e n só q u e su p a ­
so p o r la v id a h a b ía d e ja d o in to c a d o el afu e ra. S u
m u e rte n o ib a a alte ra r n a d a , n o ib a a afe ctar n ad a.
S u e x iste n cia só lo e ra re a l p o r la rig u ro sid a d vital de
su c u e rp o , y p o r ello n o so tro s n o é ram o s m ás q u e
in stru m e n to s d e los q u e ella se h a b ía valido p a ra
fu n d a r u n a a u to fa g ia . S e n tía q u e su p r o p ia c rea c ió n
ge stan te la e sta b a d e v o ran d o .

T u v im o s n u e str a p r im e r a e x p e r ie n c ia lím ite.


Q u e d a m o s in m óv iles r o d e a d o s p o r las ag u as. Mi
h e rm a n a su fría to d o m i p e so y h a c ía d e se sp e ra d o s
esfu erzo s p o r so p o rta rm e . Yo, a m i vez, e sta b a com ­
p rim id o p o r las p a re d e s qu e m e e m p u ja b a n , m ás
aú n , so b re ella.
Se d e sp e rtó en n o so tro s un e n c o n a d o sen tim ie n ­
to d e sob reviven cia. In stin tiv am en te m i h e rm a n a
in ició la h u id a u b ic a n d o su cab e za en la e n tra d a d e l
tún el. H u b o u n a to rm e n ta o rg á n ic a , u n a revu elta
celular. T o d a s las re d e s fisio ló g icas d e m i m a d re e n ­
tra ro n en e sta d o d e a le rta an te el h ilo de san g re q u e
c o rría lu b ric a n d o la salid a.
M i h e r m a n a g o lp e a b a fu rio sa m e n te , a te n ta n d o
c o n tr a la te r q u e d a d d e los h u e so s. Yo, lib ra d o al

27
D i a m e l a Elt i t

p án ico , m e curvaba alarm ad o p o r el trágico esp ectácu ­


lo. L a violen ta aco m etid a term in ab a p o r destru ir m is
an h e lo s d e arm o n ía en el d erram e de la san gre qu e
m e envolvía, p re ce d id a de un terrible eco.
L a a n im a lid a d d e m i h e rm a n a lleg ó a so b re c o ­
g e rm e . C r e í q u e a m b o s c u e rp o s ib an a d e stro z arse
e n la lu c h a . F u e ro n h o ra s an g u stio sas. S e n tí a m i
h e r m a n a se p a ra rse d e m í y p e r d e r se en m e d io d e la
sa n g re . Yo n o h ice el m e n o r esfu erzo , q u e r ía salta r­
m e el p r o to c o lo d e la san g re , p e r o m e a rra stra ro n
e n el viaje. C asi a sfix ia d o c ru cé la salid a. L a s m a n o s
q u e m e to m a ro n y m e tiraro n h a c ia a fu e ra fu e ro n
las m ism a s q u e m e a c u c h illa ro n ro m p ie n d o la carn e
q u e m e u n ía a m i m a d re .
F u e u n d ía d e sp u é s d e m i h e rm a n a. E l ro c e co n
las p ie rn a s d e m i m a d re m e p r e p a r ó a la á sp e r a tos­
q u e d a d d e la p ie l ad u lta.

O b lig a d o s a y acer en la m ism a cu n a, p e rc ib im o s


fra g m e n ta ria m e n te las so m b ra s y las voces q u e n o s
a lu d ía n . Mi m a d re y su lech e c o n tin u ab a n tran sm i­
tie n d o la h o stilid a d en m e d io d e u n frío irre c o n c i­
liable. E l to n o e stu p e fa c to d e m i p a d re lla m a b a al
fe ste jo .
H a b itu a d o al o lo r d e m i h e rm a n a , to d o lo d e m á s
m e p a r e c ía d e testab le . P o r p rim e ra vez p re c isé de

28
E l cu arto m un d o

ella. M is e x tre m id a d e s la b u sc a b a n y, si n o la e n c o n ­
trab an , yo c aía en u n llan to m ás a g ó n ic o q u e el
h am b re y m ás u rg e n te q u e la vida.
E lla te n ía u n a m a r c a d a d e v o ció n p o r el tacto. C e ­
d ía a la p a sió n d e c u a lq u ie r m a n o e x trañ a, d e to d o
lab io q u e , h ú m e d o , la g ra tific a ra en el r e c o n o c i­
m ien to d e lo p r o p io d e su p iel. D e sd e m í h a b ía in i­
ciad o el a p re n d iz a je d e e n tre g a rse a o tro , yo a n ta ñ o
su ú n ic o otro.
P a ra m í to d o e ra v u lg a r y e n a je n an te . C u a lq u ie r
to q u e m e a lte ra b a c o m o la m u erte. El o tro co n sti­
tu ía el p o sib le gesto h o m ic id a d e u n a d e stru cc ió n .
M i h e r m a n a fu e r e c ib id a d e m o d o a m a b le , d e s­
p e r ta n d o u n a m e jo r in c lin a c ió n en a q u e llo s q u e
n o s m ira b a n c o m p a r á n d o n o s in e v ita b le m e n te . S u
d o c ilid a d e ra fa sc in a n te ; en c a m b io yo, e sq u iv o ,
in sp ira b a un c la ro r e c h a z o q u e in te n c io n a lm e n te
cu ltivab a.
Mi h e rm a n a ni p o r u n in stan te m e h a b ía a b a n d o ­
n ad o . Y acien do ju n to s, su c u e rp o se su b o rd in a b a al
m ío, p e ro ni siq u iera e n esas o casio n es e n co n tra b a la
tran q u ilid ad . L as m irad as q u e n o s ace ch ab an a to das
h oras m e llevaron a d e sp re c ia r el e sp acio p ú b lico .

Mi m a d re , h a stia d a p o r su sob reviven cia, se d e jó


llevar p o r to d o s sus vicios a n te rio re s. C o n la n e u tra ­

29
D i a m e l a Eltit

lid a d d e su so n risa a c c e d ió a p re se n c ia r la c e re m o ­
n ia c o n q u e n o s e n tr e g a r o n al rito sacro .
S e m e o to rg ó el n o m b re de m i p a d re . A m i h e r­
m a n a se le d e sig n ó tam b ién u n n o m b re. Mi m ad re ,
s o la p a d a m e n te , m e m iró y dijo q u e yo e ra igu al a
M a ría C h ip ia , q u e yo e ra ella. Su m an o a filad a reco ­
rrió m i c a ra y d ijo : “T ú eres M aría C h ip ia ” . Mi h erm a­
n a tuvo u n escalo frío p e ro , ap acib le c o m o era, ced ió
a la m a n o e n su cab e za y a su n o m b re o to rg a d o se­
g ú n la ley. M i se r su b lev ad o y e n ferm o se u b icó en el
e p ic e n tro d e l caos.
M i p a d r e , a je n o a la v en gan za, con trib u y ó a la
c o n fu sió n d e m i n o m b re . C u a n d o m e llam a b a , yo
volvía m i ro stro h a c ia él, n o co m o re sp u e sta sin o
p o r c r e e r q u e se n o m b r a b a a sí m ism o.
F u e u n ju e g o vil d e m i m a d re q u e q u e r ía c o n d e ­
n a rse irrev e rsib le m en te . P ero u n d ía su a m o r se d es­
p e r tó c o n la fu e rz a d e un d e sastre n atu ral. S u a m o r
p o r n o so tr o s la lim p ió c o m o a u n a joven d o n cella.
L a p a z se e x te n d ió p o r la casa, c re a n d o un clim a
e x tra o rd in a ria m e n te artificial. S u e n c u e n tro co n el
a m o r m a te rn o fu e la p rim e ra e x p e rie n c ia re a l q u e
tuvo, y la e n c a n d iló c o m o a u n a a d o le sc e n te aluci­
n a d a p o r el p o d e r d e los sen tid o s. P len a en su esta­
do , se v o lcó a n o so tro s, a m p a rá n d o n o s d el p e lig ro ­
so a fu e ra . D etuvo la e n fe rm e d a d de m i h e rm a n a
q u e, en u n a de sus célu las, p o r ta b a la v ig en cia de la
fieb re .

30
E l cu arto m un do

Volvió a la le g a lid a d d e m i n o m b re in sisten te­


m en te, p a r a b o r r a r su faz o scilan te y p le n a m e n te
h u m an a. Yo n o p o d ía . C a d a vez q u e ella, a c u n á n d o ­
m e, m e llam a b a , yo volvía la cab e za e sc ru ta n d o la fi­
g u ra de m i p a d re .

E m p e c é a d e p e n d e r d e la a u to g e stió n d e las h e ­
ces. F a sc in a d o p o r su ritm o , m e re v o lc ab a en la m a­
sa re b la n d e c id a y cálid a. A n siab a h u n d irm e aún
m ás, h asta fu n d irm e con ellas y e n c o n tra r en el fo n ­
do d e m í m ism o el e sp e c tro ab ism al d el placer.
M i h e rm a n a se so la z a b a en su p u lc ritu d . S e e n ­
tre n a b a p a r a tra n sfe rir su p r o p io g o c e al o tro y así
g o z ar e lla m ism a. H e c h a p a r a la m ira d a, v io le n tab a
su c u e rp o h a c ia la p e rfe c c ió n esté tica y v acu a. In s­
tintiva, su m e n te se e n c a r g a b a d e a n tic ip a rse c o m o
m o d e lo a p r e n d id o en el ra stre o d e la c o m p lace n c ia.
B u sc a n d o el a m o r se c o n stru ía só lid a m e n te h ip ó c ri­
ta. P ero su actitu d e m a n a b a tam b ién d el terror. U n a
p arte de ella c re ía q u e el otro, c u a lq u ie r otro, in clu ­
so m i m ad re , se p r e p a r a b a p a ra a ta ca rla y destru irla.
Im a g in a b a la c e g u e ra o la m u tilación . P rim igen ias
fan tasías d e tortu ra.
E n las n o ch es su p e q u e ñ o cu erp o convulso se ap e ­
g ab a al m ío m ien tras su b o c a m e su ccion ab a, obsesio­
n a d a p o r el p án ico . D u ran te esas n o ch es d el p rim er

31
D i a m e l a Eltit

a ñ o a p r e n d í m u ch o d el d elicad o y co m p le jo c u e rp o
d e las n iñ as. R o zán d o n o s a o scu ras y tam b ién p re n d a ­
d o d e l m ie d o desarro llé el p e n sa m ien to de q u e p a ra
m í n o h a b ía v erd ad eram en te un lugar, qu e ni siquie­
ra e ra u n o , ún ico, sólo la m itad de o tra in n atu ralm en ­
te c o m p le m e n ta ria y qu e m e e m p u ja b a a la hibridez.
L o s su e ñ o s de m i m ad re p o rta b a n un e rro r to rp e
y fe m e n in o . Ella, qu e n o s h a b ía d o m e sticad o a la d u a­
lid ad , n u n c a a b o rd ó en sus su e ñ o s la d ife re n c ia g e n i­
tal, la ru p tu ra d e sq u ic ia d o ra o cu lta tras dos cam in o s,
d o s p a n te ras, d o s an cian os. Sin d u d a, su p ro fu n d o
p u d o r le im p id ió gestar el terrible lastre de la p a re ja
h u m a n a q u e n o so tro s ya éram o s d e sd e siem p re.
A tr a p a d o s p o r fu erte s d e p e n d e n c ia s, d e sd e m i
a b so lu ta in m ad u re z, casi en el c e n tro m ism o d e la
in c o n sc ie n c ia , volvía a ro zar a m i h e rm an a , so la p a ­
d o e n la p le n itu d de la n o ch e.
Mi c u e rp o in teligen te y lúcido escin d id o p o r lo ab ­
su rd o d e su p e q u eñ e z, la e n co n tró cálida en su m o ­
d o rra , sab ia en sus inicios, bestial en sus pu lsion es.

Mi m a d re , con v u lsa p o r la lle g a d a del a m o r m a­


te rn o , cayó p o r su e sp e cia l n a tu ra le z a en p ro n ta s
e x a g e ra c io n e s. S u p re se n c ia al la d o n u estro e ra
c o n sta n te , co m o c o n stan te e ra ta m b ié n su a p re n ­
sió n p o r n u estras vidas.

32
E l cu arto m un d o

Ya qu e el castigo la h a b ía evadido, su p o n ía qu e se­


ría d o b lem en te castigada a través de n u estra m uerte,
que ella, con fu n d id a, p e n sab a idéntica a la suya. Al bo r­
de de u n colapso el terror la cu b ría cu an d o nuestro
llanto se elevaba d estem p lad o . Sus brazos nos tom a­
ban, a p re tán d o n o s en exceso con tra ella y sin perm itir
ayuda alguna. L a desconfianza, otro de sus rasgos co­
n ocidos, le im p e d ía librarse al sueñ o, a la c o m id a o al
ab an d o n o de la habitación.
Mi p a d r e lle g ó a c o n stitu ir u n a g ran m o lestia.
E lla r e sp o n d ía a su s p r e g u n ta s sin q u itarle los o jo s
de e n c im a y a te n ta a las caricias q u e , o c a sio n a lm e n ­
te, él n o s b rin d a b a . Q u e ría a le ja rlo a c u a lq u ie r cos­
to p a r a con tin u ar, so litaria, su ace ch o .
Mi p a d r e , q u e su frió u n tan to al in icio de su o b ­
sesió n , p r o n to la d e sa te n d ió p e n sa n d o q u e só lo se
tratab a d e u n a e ta p a m ás y q u e lu e g o volvería a él,
su m isa y d e slu m b ra d a .
E n a lg ú n lu g a r su m e n te se lle n a b a d e o rg u llo al
verla a su m ir tan m e tic u lo sa m e n te su fu n c ió n m a te r­
nal, c o n firm á n d o se en él la im p re sió n d e q u e ella
e n c a rn a b a p le n am e n te la im a g e n d e la tan a n h e la ­
d a m u je r an cestral.
P ara ella, m i p a d re n o ten ía la m e n o r relació n
con n o so tro s, salvo m ero s fo rm u lism o s q u e le p e rm i­
tía c u m p lir en tiem p o s breves y e n tre c o rtad o s. R eal­
m en te, p a ra m i m ad re él n o re p re se n ta b a n ad a: lo
h a b ía d e sp la z a d o a un p u n to n e u tro de su m em o ria.
D i a m e l a Eltit

R e s g u a r d a d a en la fe c h a en q u e h a b ía d a d o a luz,
e x te n d ía c o n sid e ra b le m e n te el tiem p o d e la con ti­
n e n c ia , a p e la n d o a un ya g a sta d o re c u rso d e salu d .
S u n e x o m a trim o n ial le r e p e lía p u e s le re c o rd a ­
ba, c o n p r o fu n d a v ergü en za, lo q u e ella c o n sid e rab a
d e p lo r a b le s y p ro c a c e s d e sm a n e s en los q u e ya n o se
r e c o n o c ía en m o d o a lg u n o y q u e n o a n sia b a en lo
m ás m ín im o .
L o s c e lo s q u e a n ta ñ o la a to rm e n ta b a n se h a b ían
re tira d o p o r c o m p le to . E sta b a c ie rta d e q u e m i p a ­
d re c u r sa b a su lascivia en a lg u n a d e sc o n o c id a , p e ro
esto só lo le c o n firm a b a u n a sp e c to fe m e n in o d e s­
p re c ia b le q u e la re b a ja b a en cu a n to m a d re . P ara
e lla este c a riñ o n o ten ía sím il y se e n tu rb ia b a al p ro ­
yectarse e n o tra fu n c ió n gen ital.
M i m a d r e h a b ía e n c o n tr a d o p o r fin su ra z ó n
s e x u a d a . E l c o n flic to , d e s g a r r a d o r y s o s te n id o , se
h a b ía s o lu c io n a d o m e d ia n te el ro l d e su p r o p ia
n a tu r a le z a . L a m e n t ó h a b e r lle g a d o ta rd e a la v er­
d a d y a u n c o sto tan a lto . R e c o r d a r s e s u d o r o s a y
a n h e la n t e , e s p e r a n d o d e m i p a d r e la r e sp u e s ta , la
a s q u e a b a d e n ig r á n d o la . L im itó a m i p a d r e a u n a
so la fu n c ió n , a h o r a e x te r n a y d ista n te . P e n só , se n ­
s ib le m e n te c o n d o lid a , q u e él h a b ía s id o p riv a d o
d e u n p la c e r a b so lu to y p e r m a n e n te , y p o r e llo se
e x p lic ó la c a íd a p a t e r n a h a c ia p e q u e ñ a s e in sig n i­
fic a n te s m a n ía s p la c e n te r a s q u e s ie m p r e lo d e ja ­
b a n s u m id o e n u n a a v id e z ’tal q u e n o e r a c a p a z d e

34
E l cu arto m un do

sa c ia r el a lc o h o l ni el r e fin a d o lu jo , ni s iq u ie r a el
c u e rp o .
Mi m a d re reso lv ió qu e él só lo se sa c ia ría e n la
m u erte: ú n ic a m e n te a través de ella se ría c ap a z de
to car su p r o p ia v e rd a d . E lla, en cam b io , a sc e n d ía
h acia u n a cim a in e n a rra b le .

E n lacé m is d e d o s a m i h e rm a n a y m e a c u rru q u é
c o n tra ella, g im ie n d o . T o d o g ira b a a m i a lre d e d o r,
difu so y v ertigin o so . H a sta m i p ro p io c u e rp o m e p a ­
recía aje n o . E ra la fieb re.
L a fieb re n o e ra sim é tric a al d o lo r sin o a u n a ex ­
trañ a su sp e n sió n en la qu e to d o , a la vez q u e p o si­
ble, e ra ta m b ié n im p ro b a b le . L o s o b je to s h u ía n y, a
la par, se fija b a n d e so rb ita d a m e n te m ateriales.
L a fieb re lleg ó en la m a d ru g a d a , ju n t o c o n la p ri­
m era luz. M e e x tra ñ ó la v iru len cia d e la luz q u e se
p a rtía a to m iz a d a m e n te m ág ica, a b rié n d o se p a so
h asta m i vista m a le a d a . Mi h e rm a n a p re sio n ó c o n
fu erza m is d e d o s, a la rm a d a p o r m is e sc alo frío s. A co ­
m o d ó su c u e rp o p a r a d e ja rm e m ás e sp a c io . L a e n ­
fe rm e d a d n o m e p a r e c ía e n e m ig a sin o , m ás b ien ,
in a b o rd ab le y esquiva. Q u ise volver a m i c e n tro o r­
g án ico , p e ro ya h a b ía p e rd id o las re fe re n c ia s, c o m o
si in clu so m i m e m o ria h u b ie ra e x p e rim e n ta d o u n a
irreversible e ro sió n .

35
D i a m e l a Eltit

L a in d e te rm in a c ió n del tiem p o creció con el rau ­


d al d e la luz, d u p lic a n d o el estatism o. M e volvía in­
c o n m e n su ra b le m e n te p e rso n al y d e sa p e g a d o de las
cosas. T o d o tran scu rría en m í, sintético e ilim itado.
E sta d o b le v alen cia m e im p e d ía u n a re flex ió n ex ­
haustiva. In cap az d e g e n e ra r d efe n sa algu n a, asistí a
la h istérica im p re sió n de m i m ad re al verm e d e se n ­
c a ja d o e inm óvil.
E m p e zó a b atallar c o n tra m i fiebre m ien tras yo,
p a ra d ó jic a m e n te , m e c o n su m ía aún m ás en la n e u ­
tralid ad . L a fieb re crítica y voraz cu m p lía su p ro g ra ­
m a, in m u n e a los esfu erzo s de m i m ad re, q u e p o n ía
en m a rch a to d o s sus recu rso s p a ra rean im arm e.
Mi h e rm a n a , p o ste r g a d a p o r p rim e ra vez, fu e
a le ja d a h asta el o tro e x tre m o de la h ab itac ió n .
A c u d ió a to d a s su s artim a ñ a s p a ra a tra e r la a te n ­
ció n . S u so n risa m e lo sa se in te rc a m b ia b a co n llan ­
tos a g u d o s e irritan tes q u e m i m ad re n o a te n d ía en
a b so lu to . Q u e d ó e x p u e sta al h am b re y al e sc o z o r
d e las h eces.
F u im o s se p a ra d o s de lech o y p asé a o c u p a r el de
m i m ad re . E lla se lim itó a d o rm ir lo estrictam en te
n e c e sa rio p a r a n o d e scu id arm e . Yo, en m i sopor,
m e sen tía re m e c id o p o r sus sollozos e in v ocacio n es,
q u e n o lo g ra b a e n te n d e r p len am e n te.
Mi ú n ic a re la c ió n real e ra co n la fieb re . L a fie ­
b re m e a rra stra b a a u n a e sp e cie de tie rra d e n ad ie
d o n d e se m e h a c ía in d istin to el d ía d e la n o ch e y

36
E l cu arto m undo

d o n d e , a p e sa r d e q u e la luz m a rc a b a el c am b io ,
m is se n tid o s la p e r c ib ía n al m ism o nivel q u e la o s­
c u rid a d . P a re c ía qu e a m b a s fo rm a s se a m a lg a m a ­
b a n b a jo m is p á r p a d o s sin el m e n o r p rivilegio.
El sín to m a m ás p re c iso d el a fu e ra e ra m i h e rm a ­
n a. S u b rillan te y d e s e s p e r a d a actu ació n lo g ra b a
in te re sa rm e v a g a m e n te . U n p ro lo n g a d o b a lb u c e o
e m p e z ó a in u n d a r la p ie z a. S u b a lb u c e o o b sesiv o
re so n a b a in term iten te a to d a h o ra. R u id o s ju g u e ­
ton es o ira c u n d o s q u e casi e n lo q u e c ía n a m i ma-,
d re, q u ien e m p e z ó a h a b la rle d u ra m e n te , e x ig ié n ­
d o le cesar.
Mi h e rm a n a co m en zó a d esp lazarse g ate an d o p o r
el suelo. Sus riesgosos m ovim ientos, qu e antes alar­
m ab an a m i m ad re, ab rie ro n u n a especie d e tregua.
A m ed ias, d esd e la cam a, p o d ía observarla. E x trao r­
d in ariam en te veloz y gracio sa, sem ejab a un p e q u e ñ o
an im alito costoso.
E lla tam b ién m e e sp iab a, e n fu re cid a y celosa. Pu­
d e e n ten d erlo a la p rim e ra o je a d a sin qu e en v erd ad
m e p e rtu rb ara. P refe ría su ro ce con el su elo y los
o b jeto s qu e a rrastrab a c o n sig o a sus ru id o s de las
h o ras p asad as.
Al a m a n e c e r m i fieb re em p e zó a ceder. A ntes de
q u e la d im en sión de la m a ñ a n a se asen tara, d e sa p a ­
reció p o r com p leto .
E n m i in tim id ad se re a n u d a ro n los con flictos y la
m u ltip licid ad d e d u d as an siosas. L a felicid ad y el or-
D i a m e l a El ti t

g ü ilo d e m i m a d re c r e c ie r o n c o m o u n h u ra c á n .
L la m ó a m i h e r m a n a , q u ie n se a rra stró h a sta n o ­
so tr o s m o str a n d o su m ás servil so n risa . S u a rtifi­
cio n o m e e n q u istó c o m o en o tras o c a sio n e s. T o d o
en e lla m e e ra p a rtic u la rm e n te c o n o c id o . P ero
e lla h a b ía p r e p a r a d o en eso s d ía s u n a ju g a d a
m a e str a q u e m e hizo p a lid e c e r d e e n v id ia y d e fra ­
c a so . Mi h e r m a n a , m ira n d o fija m e n te a m i m a d re ,
d ijo co n c la r id a d y sin el m e n o r titu b e o su p r im e ­
ra p a la b ra .

Mi p a d re fu e incapaz de disim ular su decep ció n . A


p e sa r de los m im os con qu e celeb rab a las palab ras de
m i h erm an a, su m irad a m e buscaba, evidentem ente
hostil. E stab a d e frau d ad o p o r mi retraso y tem ía qu e
algu n a falla hubiese d e to n ad o la ventaja fem en in a.
L a p o sib ilid ad de u n a falla en m í lo h orrorizó, y se
sintió un ilateralm en te culpable en las raíces m ism as
de sus células.
Mi m ad re , p e rcib ie n d o en él lo m ism o que yo, se
p u so en g u a rd ia p a ra p ro teg erm e de su d esp recio .
E m p ezó a m agn ificar mi resisten cia y a darle u n sen ­
tido d efin id o a c ad a un o de m is gestos, h e rm a n án ­
d o lo s a los de m i p ad re.
L a h a b ilid a d de m i m ad re se co n cen tró en ah u ­
yentar los tem o res p a tern o s d e stacan d o d e sm e su ra ­

38
EL cuarto m undo

d am en te m is m éritos, los q u e mi p a d re , si b ien no


ap re ciab a del to d o , ta m p o c o era cap az d e n e g a r en
voz alta.
Mi h e rm a n a p ro se g u ía lu c h a n d o p o r c o n se g u ir
cu alqu ier m irad a. L as p a la b ra s sim ples y a n o d in as
salían de su b o ca con u n a facilid ad aso m b ro sa, n o m ­
b ran d o ob jeto s e le m en tale s y, esp ecialm en te, pi­
d ien d o agu a, q u e n o se h a rta b a n u n ca de beber.
D ecid í n o co m p e tir con ella en ese terren o . A n ­
siab a lleg ar a las p a la b ra s d e un m o d o ab so lu to y,
así, cu b rirm e con el len g u a je com o con u n a p o d e ro ­
sa arm ad u ra. In g e n u a m e n te p e n sa b a qu e el h a b la
era un h ech o m isterio so y trascen d en te cap az d e or­
d en ar el caos qu e m e atravesaba.
D eb ía distraer la aten ció n de m is p ad re s p a ra qu e
se m e p erm itiera d o tarm e p len am en te. L o s satisfice
con un avance in elu d ib le. P use en m ovim ien to m i
arm o n ía n e u ro ló g ica y m e e rgu í, c am in an d o fren te
a ellos.
Al b o rd e de m i p rim e r a ñ o crucé la h ab itació n ,
evitando los ojos v elado s p o r las lágrim as en la c ara
de m i m adre.

D esp u és del p rim e r añ o, m i h e rm an a y yo n os


alejam o s visiblem en te. T o d o a q u el p e río d o a n te ­
rior llegó a p a re c e rm e un p ro d u c to de mi m en te
D i a m e l a Eltit

d e lira n te . É ra m o s, p ráctic am e n te, e x tra ñ o s en tre


q u ie n e s n o e x istía n in g u n a n e ce sid ad . L le g u é a
c re e r q u e la c e rc a n ía qu e n o s h a b ía c o n d ic io n a d o
fu e p r o d u c id a p o r la n e b u lo sa de m i p rim ig e n io
existir, q u e h a b ía co n fu n d id o el e sp e so r de las
a g u a s c o n el c u e rp o de m i h e rm a n a , y el ag itar in ­
te rn o d e las carn e s qu e m e c o n te n ía n c o n los su e ­
ñ os d e m i m a d re .
M i m a d re , ah o ra , se m e a p a re c ía c o m o u n a m u ­
je r d o ta d a d e un g ran equilib rio, y m i p a d re , com o
el Osrran c a u te la d o r de n u estra in tegrid
O
ad .
M i h e rm a n a a cu sa b a todas las características de
u n a n iñ a g o lo sa y frecu en tem en te m alh u m o rad a.
C o n stru ía su m u n d o d e fe n d ien d o sus m ag ras p o se ­
sion es d e m o d o gro sero y egoísta. Si casu alm en te nos
to cáb am o s, de in m ediato nos ap artáb am o s com o si
h u b ie ra o cu rrid o algo in con veniente. E n realid ad ,
h a b ía m o s g e n e ra d o u n a gran resisten cia m u d a y an ­
tipática.
O c a sio n a lm e n te e ra asaltad o p o r su e ñ o s vagos en
los q u e c re ía p e rcib irla a fe rrad a com p u lsivam en te a
m i c o sta d o , p e ro no h ab ía im á g e n e s e x actas sino,
m ás b ien , fo rm as ab stractas y m óviles.
T o m é a le g re m e n te el n o m b re d e m i p a d re y lle­
gu é a la tan a n sia d a a rm o n ía con el exterio r. Me
d o b le g u é al le n g u a je de m o d o su p e rfic ia l y lú d ico
d e sp u é s de d e sc a rta r m is a n tig u as fa n ta sía s d e tras­
c e n d e n c ia .

40
E l cu arto m undo

E n te n d í la vida c o m o u n a fo rm a de p la c e re s al­
ternos qu e v en ían su m in istrad o s p o r m i m ad re ,
qu ien se e sfo rza b a p o r cre a r p a ra n o so tro s u n a at­
m ó sfera d e g ran c o m o d id a d .
Así, de u n m o d o e x tra o rd in aria m e n te p re se n te,
tran scu rriero n n u estro s tres p rim ero s añ o s. P ero m i
m ad re ro m p ió el eq u ilib rio a m e n a z án d o n o s con la
victim ación. Mi h e rm a n a fue la p rim e ra en n o tar
que algo in u su al e sta b a o cu rrie n d o , y el v ertigin o so
tem o r la hizo d irigirse d irectam en te h acia m í. Me
en con tró en e sa clave q u e yo creía so ñ a d a o d efin i­
tivam ente c la u su ra d a en tre n osotros.
Se le g e n e ró u n a sú b ita y elevada e ru p c ió n en su
p ie rn a d e re ch a, a la vez q u e m e señ aló la fig u ra de
m i m ad re. Yo la m iré sin e n co n trar n a d a e sp e cial en
ella. Mi h e rm an a, m ed ian te un gesto, m e volvió a in­
dicar el sitio e x acto al q u e d e b ía d irigir m is o jo s. Mi
aso m b ro fu e in stan tán eo , com o in stan tán eo fu e el
acceso de tos asm ática q u e tuve, a rra strá n d o m e a un
esp acio co n fu sam e n te an tigu o.
D eso lad o s y e m p u ja d o s u n o e n cim a del otro , mi
h erm an a y yo n o s m iram o s, sab ié n d o n o s d e nuevo
p e lig ro sa m en te in d estru ctibles.

Mi m ad re se h a b ía e n co n tra d o en sucesivas oca­


sion es con m i p a d re , d o b le g á n d o se h u m ild e y sin

41
D i a m e l a Eltit

p la c e r a su s d e b ere s n u p ciales. A p e sa r del p ro lo n ­


g a d o in terv alo q u e le o p u so , fin alm en te ced ió com o
an te u n a fo rzo sa o b ligació n . In e x p licab le m en te ,
ella n o p e n sa b a en u n nuevo hijo y n o re la c io n a b a
sus p r o fu s o s actos con tal p o sib ilid ad , p e ro la sus­
p e n sió n d e su p ro g ra m a m en su al la alarm ó y con el
c o rre r d e los d ías se e n fren tó al h e ch o in elu d ib le de
u n a n u e v a m atern id ad . E n to n ces a p a re c ió en ella su
so ste n id a co n trad icció n . E n vez de so lid ificar su im ­
p u lso m a te rn o , se llen ó de h o rro r al d arse cu en ta de
qu e e sta b a v erd ad e ram e n te e x te n u a d a p o r en tre­
g arse a los c ap rich o s de esas p e q u e ñ a s vidas qu e ella
m ism a h a b ía gestad o .
H a stia d a de tanto sacrificio, se sintió im posib ilita­
d a d e a b a ste c e r a un nuevo ser q u e se e x p a n d ía en
su c u e rp o ; p e ro , sab ien d o q u e n o p o d ía im ped irlo,
se re fu g ió tras u n a sutil a p a tía a u n q u e siguió cum ­
p lie n d o c a d a u n o de sus ritos.
Mi p a d r e recib ió la n o ticia con aleg ría. H ab ía cri­
ticad o a m i m ad re p o r el excesivo tiem p o qu e nos
d e d ic a b a , y este nuevo hijo, p e n sa b a , ven ía a ro m ­
p e r el m o le sto trián gu lo. T am b ién se co m p la cía p o r
sí m ism o, p u e s esta nueva p a te rn id a d lo co n firm ab a
en su rol y en sus exactas asp ira cio n e s fam iliares.
P o r eso, cu an d o vio la c ara v elad a de m i m ad re,
q u ien d e sac o stu m b ra d a m e n te n o lo g ró rep rim ir sus
v e rd a d e ra s em o cio n es, se le d e sató la fu ria y la recri­
m in ó d u ran te h o ras p o r su ab erra n te con d u cta.

42
E l cuarto m undo

Mi p a d re sin tió qu e e sta b a an te u n a d e sc o n o c i­


da, p e ro lu e g o p e n só qu e ella re q u e ría u n a aten ­
ción esp ecial. Al d ía sig u ien te le o b se q u ió u n fin o y
costo so p e rfu m e qu e m i m a d re re cib ió sin levan tar
la cab eza, p e ro ya re p u e sta —a p a re n te m e n te —de su
d e so la c ió n an terior.
P ara m i p a d re to do re co b ró la a rm o n ía d e sd e el
instan te en q u e la sintió im p re g n a d a p o r el p e rfu ­
m e. N o volvió a g astar un m in u to de su tiem p o en
re flex io n ar so b re ella, salvo c u a n d o la veía d e fo rm a ­
da, d e a m b u la n d o p o r la casa. Se sen tía en to n ces
trasp asad o p o r un p ro fu n d o sen tim ien to de c o m p a­
sión h acia ese d estin o an im alizad o , y a la vez se re­
d o b la b a en él la felicid ad p o r su co n d ició n d e h om ­
bre, qu e le d e p a ra b a un d estin o estab le e ilu m in ad o
en su d ign id ad .

¡Ah! ¡C u án to n os exigim o s m i h e rm a n a y yo en
esos m eses! C o m p re n d ie n d o qu e sólo nos ten íam os
el un o al otro, nos estru jáb am o s p a r a evitarnos cual­
q u ier d e se n g a ñ o . El an cestral p acto se estrech ó d e ­
finitivam ente, a m p liá n d o n o s a to d o s los ro les p o si­
bles: e sp o so y esp o sa, am igo y am iga, p a d re e hija,
m ad re e hijo, h e rm an o y h e rm an a. E n sayam os en el
terren o m ism o todos los p a p e le s qu e d e b íam o s
cum plir, p e rfe c to s y cu lp ables, h o stiles y am oro so s.
D i a m e l a Eltit

Ju g á b a m o s h asta c ae r desfallecidos, p e ro lu ego reco ­


m e n z á b a m o s p a ra in tern arn os en la yunta p re d e sti­
n a d a . Ju g á b a m o s , tam bién , al intercam bio. Si yo e ra
la e sp o sa , m i h e rm a n a era el esp o so y, felices, n o s m i­
rá b a m o s v o lar sob re n u estra su p rem a con d ición .
E n eso s m eses c o n se g u im o s co n so lid ar n u e stra
astu cia, d e ja n d o d e la d o a n u estra m adre, h u n d id a
en u n a ap lastan te au to c o m p a sió n .
F u im o s vigilados, ap en as, p o r mi p a d re , p a ra
q u ie n n u e stra vitalidad m arcab a el im p e cab le b u en
c u rso d e n u estra vida.

P refie ro o lvidar el n acim ien to de la niña. M aría


d e A lava fu e d e sd e la cu n a un ser in so p o rtab le.
C u a n d o nos o b lig a ro n a m irarla, vim os en su p equ e-
ñ ez e n ro je c id a la c risp ació n de su m al cará c ter y la
p e sa d e z de su fu tu ra silueta.
Mi m a d re , en el lím ite d e sus fuerzas, sólo p o d ía
n u trirla en las h o ras estip u lad as. Sin lo g ra r d e scifrar
o b jetiv am en te su e stad o de án im o, se d e ja b a arras­
trar p o r un sen tim ien to a n o d in o qu e la d istan ciab a
aú n m ás de sí m ism a. El fervor m atern al h ab ía cu m ­
p lid o u n ciclo en ella. U n ciclo, p o r cierto, p le n o y
alie n an te qu e a h o ra c e sa b a a p a g a d am e n te , arras­
trá n d o la a u n p ro lo n g a d o fastidio.
S en tía q u e su vida carecía de sen tid o y arraig o .

44
E l cu arto m undo

E x p u e sta a sucesivas tran sfo rm acio n es, se h a b ía es­


trellad o c o n tra c a d a u n o de los escollos q u e le h a­
b ían p u e sto p o r d elan te, c o m p ro m e tie n d o en su
e m p re sa, p o r so b re todo, su p ro p io c u e rp o som eti­
d o a b a sta rd o s e x p erim en to s. P or su p u e sto , la tram ­
p a p rim e ra y la m ás corrosiva era mi p a d re , q u ie n la
h a b ía utilizado vilm ente p a ra re afirm arse an te los
d e m ás, o b lig á n d o la a cu m p lir gestos p a ra él sin co n ­
sid e ra r sus p ro p io s d e seo s o aptitu des.
E lla so ñ ab a o tra vida qu e so b rep asara la o p a cid a d
de la con d ición qu e m i p ad re la h ab ía o b ligad o a asu­
mir. M iran d o a M aría de Alava, su h o rro r se du plicó
al verla con la cara d esco m p u esta p o r el h am bre.
P alp ó su s p e ch o s h in ch ad o s, a p re tá n d o lo s, y u n
ch o rro de lech e in u n d ó su cam isa de hilo. El o lo r de
su p ro p ia lech e le o casio n ó n áu seas y n o p u d o a ce r­
car su p e zó n a la b o ca de la d e sd e n ta d a n iñ a, q u e se
ab ría c o m o u n a o sc u ra y m ítica caverna.

Mi h e rm a n a m elliza y yo p u d im o s in d e p e n d iz a r­
nos del a p re ta d o cinto fam iliar. E m p e zam o s, d es­
lu m b ra d o s, a re co rre r la casa en qu e vivíam os, p e ro
n os p e rse g u ía el llan to p e rm a n e n te de n u estra h er­
m an a, la q u e u sab a ese in stru m en to p a ra evacu ar la
m a g n itu d de su rebelión . D o n d e estu viésem os, su
llan to a g u d o nos segu ía, y o p tam o s p o r h ab itu arn o s
D i a m e l a Eltii

al d e se sp e ra n te so n id o . Mi h e rm a n a m elliza la d e ­
testab a co n m ás fu erza qu e yo. Al m e n o r d e scu id o
d e los m ayores, tre p a b a so b re ella a p re tá n d o la y cu ­
b rié n d o la d e arañ azo s.
Mi m a d re , u n a vez, la so rp re n d ió ; sin e m b a rg o ,
su actitu d n o fu e lo suficien tem en te enérarica. A ú n
c o n se rv a b a p o r n o so tro s un a m o r especial, a u n q u e
d e sp o ja d o d e la p asió n del p rim e r tiem po.
Mi h e rm a n a se aterró al vei'se d escu b ierta, p e ro
c u a n d o vio la m an ch a turb ia en los ojo s d e mi m a­
d re e n te n d ió qu e M aría de Alava in sp irab a un sen ti­
m ien to an tigu o y p ro fu n d a m e n te destructivo.

¿En qu é m o m e n to se ab rió u n a fisu ra en m í?


E m p e c é a ver el m u n d o p artid o en dos, a m e n a z an ­
d o tra g a rm e en sus intersticios. T o d o e stab a total-
m en te e sc in d id o , con los b o rd e s ab ierto s h acia un
ab ism o .
P ro n to sen tí q u e m i c u e rp o se re sq u e b ra ja b a
co n su m id o p o r u n a fra g ilid a d in d escrip tib le. M e
in vadió el te rro r a p e rd e r u n a p ie rn a en u n a c a rre ­
ra, a p e r d e r un b razo p o r un m ovim ien to, a qu e m i
le n g u a r o d a ra p o r el su elo an te u n a p alab ra. C reía
qu e m is p u p ila s e m p e z a ría n a g ira r d e sco n tro lad a-
m en te d e n tro d e las órb itas, e stallan d o en m il p e ­
dazos, c e g á n d o m e .

46
E l cuarto m undo

C o m p le tam e n te aterrad o , su sp e n d í la evacua­


ción d e las h eces, seg u ro de p e r d e r en el acto m is in­
testinos. A sí m is m ovim ientos se re d u je ro n al m íni­
m o, h asta llevarm e a u n a sem ip arálisis.
L a con stan cia del m ied o m e e n fren tab a con un
m u n d o e m p e cin ad o en destruirse y destruirm e. Yo,
que estab a ex trem ad am en te sensibilizado, rep resen ­
taba la víctim a m ás p ro p icia en esa p osib le inm ola­
ción. L a in estable m ovilidad del exterio r con d en sab a
la su m a de perversas em ocion es q u e am en azab an d e­
vorarm e. C o n mi organ ism o p uesto en contra, sólo
m e q u e d a b a con fiar en el rigor de mi razonam iento.
Los latidos cerebrales m e p recipitab an en la angustia,
p ro v ocán d o m e serios desajustes óp ticos y los m ás in­
creíbles trastornos auditivos.
Sin in terlo cu ció n p o sib le, m e h u n d ía c ad a d ía
m ás en mi d o lo ro so estad o , lle g a n d o a tem e r p e r­
m an en te m en te p o r la in teg rid ad de m i cu erp o. L a
m agn itu d d e m i su frim ien to e ra d e sp ro p o rc io n a d a
p ara m i ser de ap en as cin co añ os, in cap az d e ejercer
n in gú n m ovim ien to de salvatíye re al so b re sí m ism o.
A los cin co añ o s sen tía qu e el un iverso lastim ad o
m e azo tab a con los gan ch o s de su d eterio ro . T o d o
e n trab a en m í, sin qu e p u d ie ra devolver n ad a. D e­
m asiad o h e rid o , m e d ejé caer h a c ia el ab ism o. El
ab ism o no e ra n a d a m ás qu e u n a zo n a co n fu sa cru­
zad a de d u d as en p e rm an e n te d eb ate. E ra la m a sa
d e sq u ic ia d a en un ju e g o etern o e in fern al.

47
D i a m e l a Eltit

E m p a p a d o en la d u d a , h asta m i e x iste n c ia m e
p a re c ió c u e stio n a b le , o b ie n la p ru e b a m ás ta n g i­
b le d e u n m u n d o o sc u ra m e n te c o n tra ria d o . U n
m u n d o c a o tiz a d o p o r la a u se n c ia de u n fo r ja d o r
q u e d e p o sita r a en c a d a ser, en to d o e n g e n d ro h u ­
m a n o , la p a z an te su fin itu d y u n a re sig n a c ió n p ia ­
d o sa an te la a p e te n c ia ge n ital. D esd e el in stan te en
q u e p e r c ib í el d e sc a b e z a m ie n to d el m u n d o sin in s­
titu ció n ni n o rm a , c h o q u é con m i m o m e n to m ás
o sc u ro y crítico .
Mi m a d re , co m o fra c a so de su p ro p ia in stitu ció n ,
e ra la m a sa q u e m e h a b ía a p re n sa d o c o n tra sus
grietas, c e rc e n a n d o en m í la p o sib ilid a d de n av eg ar
tras m i p r o p io n a u fra g io . C on el m u n d o p a rtid o en
do s, m i ú n ic a p o sib ilid a d de reco n stru cció n e ra m i
h e rm a n a m elliza. J u n t o a ella, so lam en te , p o d ía al­
c an zar d e n u evo la u n id a d .
F u e u n a sce n so len to y d e ten id o en c ad a tram o.
L a viveza d e l c u e rp o de m i h e rm an a m e d a b a fu e r­
za p a r a cam in a r ap o y ad o en su h o m b ro, o p a ra ex ­
te n d e r un brazo y to carla. L a validez de su b o c a m e
im p u lsó p a la b r a p o r p alab ra. P aciente an te m is tro­
piezos, in c ré d u la an te m is p resagio s, m e cargó de
re g re so h asta a p ro x im a rm e a m i elástica e d a d cro ­
n o ló gica.
Mi h e rm a n a m elliza arm ó p ieza p o r p ie z a m i
id e n tid ad , m irá n d o m e o b sesiv am en te y tra sp a sa n ­
do en m í su c o n o c im ie n to . Me o b lig ó a se p a ra r el

48
E l cu arto inundo

c u e rp o d e m i p e n sa m ie n to y a d istan ciarm e del or­


d en de las cosas.
U tilizan d o el sistem a an cestral d el ju e g o , m e in­
tro d u jo de nuevo a u n m e d ia n o equ ilib rio: “U n p a ­
d re n o se ro m p e , ¿ves?”, m e d e c ía re alizan d o el ju e ­
g o del p a d re in d estru ctib le. C a m in a b a d e sp u é s en
fo rm a g e o m é tric a m ie n tras yo p e rm a n e c ía en el
centro-eje d e sus p aso s.
O p tó p o r la re p etició n , p o r la d e sesp era n te y útil
rep etició n . H asta en su e ñ o s escu ch ab a: “U n p a d re
n o se ro m p e, ¿ves?” , re p itie n d o las p a la b ra s en u n
eco so sten id o y g e o m é trico .

E l vicio de m i m a d r e c o n sistía en a fe r r a r se a
c irc u n sta n c ia s a lta m e n te rie sg o sa s p a r a lo g r a r r e ­
h a c e rse a sí m ism a. D e sp u é s d e l fr a c a so d e c a d a
o p c ió n a la q u e se h a b ía e n tr e g a d o e n fo r m a v er­
d a d e r a m e n te a n o r m a l. C a ía en u n e sta d o n e u tra l
y m e la n c ó lic o .
M aría d e Alava creció en m ed io de ese estad o , p e ­
ro e sta b a m e d ia n a m e n te p ro te g id a p o r la u n id a d
gen ética d e m i p a d re , q u e en ella era d o m in an te.
T en ía algo v irilm en te hostil q u e se p o d ía le e r n o só­
lo en sus fa c cio n es y m o d ales, sino en la m a n e ra en
que p ro c e sa b a co n d u c ta s m en tales.
Su cu erp o e ra an ch o y pesad o . U n levísim o a rq u e o

49
D i a m e l a Eltit

e n su s p ie r n a s h a c ía q u e su cam in ar estuviese o s­
te n sib le m e n te u n id o al m o vim ien to e x a g e r a d o y
d u r o d e su s h o m b ro s. E n sus p rim e ro s d o s o tres
a ñ o s d e v id a se fu e ro n c o n so lid a n d o e sto s ra sg o s
sin q u e e x p e r im e n ta r a n g r a n d e s a lte ra c io n e s. S u
s e m e ja n z a co n m i p a d re , n o to ria d e sd e su n a c i­
m ie n to , se m an tu v o en co n stan te p ro g re sió n , lo
q u e a tra jo la d e b ilid a d p a te rn a h a c ia ella. G o z o sa
d e este p riv ileg io , p u d o a sí evad ir su n e c e sid a d d e
m a d r e , p u e s la n u e stra e sta b a, u n a vez m ás, in m e r­
sa e n u n a grave crisis p e rso n a l y e la b o ra n d o p e rti­
n a c e s fa n ta sía s.
M aría de Alava d e sarro lló h acia n o sotro s u n a c au ­
ta o b serv ació n . Si b ien n o s e sp iab a fre cu en te m en te ,
n o re aliza b a gesto s qu e in d icaran acercam ien to , co ­
m o si tem iera el re ch azo o el abuso. E la b o rab a soli­
ta ria sus p ro p ia s cere m o n ia s lúdicas en q u e el rito
re m itía a an im ales m íticos. Im agin arias b atallas fe ­
ro c e s en las q u e a lg o p a re c id o a u n a p a n te ra era d e ­
v o ra d o p o r algo p a re c id o a u n cen tau ro.
In icialm en te, n o nos p e rcatam o s de la n a tu rale za
d e los e n te s q u e e lla p o n ía a c o m b atir en la h isto ­
ria de sus ju e g o s, p e ro sus son idos, gu tu ralm en te sal­
vajes, n os llevaron a d escu b rir su secreto. M i h e rm a ­
n a m elliza se ad m iró de su valentía. Yo, p e n sa n d o en
la fu en te de su co n o cim ien to , lo a d ju d iq u é a la cali­
d a d de los su e ñ o s de m i m ad re, qu ien , du ran te el
p ro ceso de gestación, seguram en te estuvo d e sg arrad a

50
E l cuarto m undo

en tre p u lsio n e s an im ales. P asad a la so rp re sa, sus


ju e g o s n o nos d e sp e rta b a n aso m b ro ni interés, e in­
clu so su o casio n al vigilan cia n o constituyó m otivo
d e m olestia.
M aría de Alava p a re c ía un ser con ven cion al. T o­
d o estab a racio n alm e n te m e d id o en ella con la ra­
zón q u e tan b ien id en tificáb am o s en m i p ad re.
Fue él qu ien , p e rso n alm en te , se e n ca rg ó de lle­
varla a la red del len gu aje, qu e ella a d q u irió d esp u és
de a lg u n as dificu ltad es. F u e él, tam bién , q u ien le
e n se ñ ó algu n o s rin co n es de la casa, advirtién dole
q u e n o se a ce rcara d e m a sia d o a n o sotro s, m an te­
n ié n d o n o s en e sp acio s altern os.
Sin d o lo r fu im o s testigos d e su p re fe re n c ia p o r
ella y asistim os a su con stan te p ro teccio n ism o . E sta
e n tra d a tard ía en la p a te rn id a d p a re c ía v erd ad e ra­
m en te in ex p licab le, co m o si se h u b iera sen tid o obli­
g a d o a d u p lic a r su rol ante la in d ifere n cia de m i m a­
dre, qu e n o lo g ra b a salir d e su m o d o rra.
N a d a de esto afectab a a M aría d e Alava. S e g u ía
con sus ju e g o s re la c io n a d o s con las m ás deliran tes
zo o lo gías, con su ú n ica p e rso n a co m o público.
Mi h e rm a n a m elliza, a veces, m o stra b a u n a c a r­
g a h o m ic id a e n sus o jo s y c o rría h a sta m i m ad re ,
q u ie n b u sc a b a en eso s d ías u n a fó rm u la p a ra a b a n ­
d o n a r la casa. T o d a s sus h o ra s las d e stin a b a a p la ­
n e a r su fu ga, e stre m e c id a p o r el re su rg im ie n to de
su fie b re ge n ital, la qu e le o c a sio n a b a ilim itad o s

51
D i a m e l a Eltit

d e se o s y a n sie d a d e s. Vivía e sc u d a d a tras la fa n ta sía


de la h u id a y, d e h ech o , u n a p arte de ella ya n o s h a­
b ía a b a n d o n a d o . Sin p e rd e r su en can to c u m p lía ca­
d a u n a d e las p e tic io n e s que se le h acían , p e ro u n a
m ira d a a te n ta p o d ía p ercib ir qu e sus gesto s y m ovi­
m ien to s e ra n m ecán ico s, qu e n o veía ni e sc u c h ab a
n a d a m ás q u e sus p ro p ia s im ágen es y voces.

N u e stra salid a al e xterio r fue v e rd a d e ra m e n te es-


tre m e c e d o ra . L a ciu d ad , tibiam en te só rd id a, nos
m otivó a to d o tipo de ap eten cias y activó n u estras
fan tasías h e re d a d a s de m i m ad re. Se p o d ía p a lp a r
en el e sp e so r c iu d a d a n o el tráfico libidin al q u e u n ía
el crim en y la venta. L o s bellos torsos d e sn u d o s de
los jó v e n e s su d a c a s se m ejab an esculturas m óviles re­
c o rrie n d o las aceras. E n ese breve re co rrid o n u es­
tros ojos caía n en u n a b acan al d e sco n tro lad a. Mi
h e rm a n a m elliza, e n can d ilad a p o r la m u scu latu ra
m ascu lin a, te n d ía su p e rfil con los lab io s reseco s
p o r la fa lta d e saliva. Sus p á rp a d o s e n to rn a d o s p e r­
m itían le e r en la c aíd a la in stalación de u n a sign ifi­
cativa y p re c o z lujuria.
U n p a n ta ló n ra íd o y d e sgarrad o , lib e ran d o un
frag m e n to de p ie rn a , volvía la m irad a de m i h e rm a­
n a tan o sc u ra y p e n e tra n te com o la visco sid ad de un
p an tan o . Yo m irab a to d o aq u ello p o r sus ojo s h asta

52
E l cu arto m undo

qu e los m ío s se a b atía n e n ro jec id o s p o r el p o ten c ial


de las im ág en es.
E so s c u rio so s y o p u le n to s h o m b res su d acas p a re ­
cían a p u n to d e e stallar p o r la p resió n de la ciu d ad .
Mi h e rm a n a y yo so ñ á b a m o s p e rd e rn o s p o r esas ca­
llejas o fe rta n d o trág icam e n te n u estra n iñ ez in éd ita.

L le g a n d o a las a u la s p asam o s, h u m illad o s, n u es­


tra exp erien cia escolar. T ardábam os un tiem po en d e s­
cartar las visiones an te rio re s y c o n ce n trarn o s en el
m u n d o d el saber. N o p o d ía m o s con la m u ltitu d de
m agro s seres im p o sib le s qu e p o b la b a n las aulas.
N u estra c o m p o stu ra y la vivacidad de m i h e rm a n a
pro v o cab an p ro n ta s envidias de p arte de los n iñ o s,
qu ien es n o c e sa b a n de a g re d irn o s a c a d a m in u to .
Mi h e rm a n a m elliza estab a c o n m o c io n a d a p o r la
v u lg arid ad d el recin to y d etestab a ser c o n fu n d id a
con el resto d el g ru p o . B u scab a d e stacarse sirvién­
d o se de los p e rfu m e s de mi m ad re o de su p e rsp ic a ­
cia p a ra c ap ta r c u a lq u ie r defecto.
N o ten íam o s d ificu ltad a lg u n a p a ra e n te n d e r las
distintas m aterias; el co n o cim ien to se c an alizab a flu ­
yen do p o r n u estra in teligen cia, lo q u e irritab a aú n
m ás a los n iñ os, q u ie n e s lo grab an to rp em e n te d o m i­
nar asu n to s sim p les y grafías e stereo tip ad as.
Mi h erm an a gu stab a de vanagloriarse de sus logros.

53
D i a m e l a Eltit

S e b u rla b a d e los tro p iezo s de los d em ás in v en tan d o


d e n ig ra n te s a p o d o s qu e p ro n to e m p e zab an a circu­
la r d e b o c a en b oca.
T o d a e sa e n e rg ía fu e d e m asiad o p a ra m í. E x h au s­
to p o r los c u e rp o s su d acas y so b re co g id o p o r el b u ­
llicio m e d io c re de los niños, caí en u n can san cio
so sp e c h o so qu e m e h acía d o rm ir en cu alq u ie r sitio.
U n a p a lid e z cetrin a em p e zó a a m e d re n ta r m is fa c ­
c io n e s, d ism in u y én d o las h asta u n sem ian o n im ato .
M i h e r m a n a m elliza a p re ta b a m is m ejillas p a ra p ro ­
c u ra rm e color, p e ro el efecto rojizo d e sap a re c ía ca­
si al in stan te.
M is en tresu eñ os tejían fragm entarias historias ta­
p o n a d a s de gritos y m uslos sangrantes. El rojo, prota­
go n ista de esas visiones, escurría líquidam ente espeso,
d e rra m a n d o im ágen es de m uerte. Algo estaba, u n a
vez m ás, a p a g a n d o m i organism o, pero tam bién aler­
ta n d o m i cerebro y gen eran d o defensas.
E l m ás m ín im o esfu erzo se tran sfo rm ó , p ro n to ,
en u n p u n to in alcan zab le. Mi c o n c e n tració n d e c a ­
yó y m i fluyen te a p re n d iz a je se atascó c o m o en un
d iq u e .
N u ev am en te m i m ad re en caró mi e n fe rm e d ad .
P ro ce d ió seg ú n sus p ro p ias reglas intuitivas, m ez­
c la n d o yerbas fu erte m e n te am argas qu e m e devol­
v ie ro n len tam en te la salu d y la fu erza p a r a a fro n tar
el e sp acio p ú b lico .
Mi h e rm a n a m elliza, en esos días, d e sarro lló m o ­

54
E l cu arto m undo

dales provocativos y b an ales. Tuve qu e e je rc e r sob re


ella to d o el p e so de m i a u to rid ad , b a sá n d o m e en su­
cesivas h u m illacio n es y m en o sp re cio s a sus c ap ac i­
d ad es. Ella, en el fo n d o e x trem ad am e n te v u ln era­
ble, volvió a e la b o ra r gestos co m p lejo s y p ro fu n d o s
qu e eran la clave cen tral de n u estro e n ten d im ien to .
C o n su breve cam b io h ab ía p re te n d id o exclu ir­
m e p a ra lan zarse solitaria a la caza de o tro s afectos
p e rm an en tes.

B ru scam en te d ejé de in teresarm e en los avatares


de m i m ad re. Su p re se n cia se in co rp o ró a la totali­
d ad d e los m ovim ien tos de la casa, tran sfo rm án d o se
casi en un o b jeto m ás co m o p re sta d o ra d e servicios.
In clu so p e n sa r p o r m ás de un se g u n d o en ella m e
llen ab a de u n a v ergü en za q u e n o e ra cap az de d e ­
sentrañar.
O casio n alm en te, m e ro d e a b a con m u estras e x a­
g e ra d a s de afecto qu e yo rech azab a de p lan o . A m i
m ad re esto la divertía, y ejercía e n to n ces u n a son ri­
sa iró n ic a qu e yo evadía a leján d o m e.
Su con stan te iron ía m e m a n te n ía d istan te la m a­
yor p arte del tiem p o, p u e s n o sab ía có m o re sp o n d e r
o d e sd e q u é flan co atacarla. E n el lím ite de m is
d iez añ o s, m e n e g u é a se r b a ñ a d o p o r e lla lu e g o de
p e rc ib ir su h u e lla iró n ic a en lo s m o m e n to s en qu e
D i a m e l a Eltit

d e ja b a c a e r el a g u a tibia so b re m i c u e rp o d e sn u d o .
A sí m e d e slig u é de to d o con tacto p e rso n al, p e rm i­
tié n d o le só lo asistirm e en fu n cio n es de m áxim a o b ­
je tiv id a d . E lla n o o p u so resisten cia a n in gu n o d e
m is d e sp re n d im ie n to s, los qu e yo ib a e stab le c ie n d o
d e m a n e ra m u d a y p eren to ria. S en sib le a m i c o n ­
d u c ta ,' e n te n d ía de in m ed iato el sen tid o de m is Ogres-
tos y m e lib e ra b a con u n a cierta in d iferen cia.
S ó lo se m a n ife stab a co n trariad a p o r la c e rc a n ía
e n tre m i h e rm a n a m elliza y yo. In g e n ia b a sistem as
p a r a se p a ra rn o s, p e ro mi h e rm a n a socavab a su resis­
te n c ia con sú p licas obsesivas. E rró n e am en te , p re ­
te n d ía p ro d u c ir e n cu en tro s entre m is dos h e rm a ­
n as, p e ro n in g u n a m o strab a sim p atía p o r la otra. Al
revés, cu a lq u ie r c ircu n stan cia e ra p ro p ic ia p a ra g o l­
p e s y caíd as qu e d a ñ a b a n p rin cip alm en te a M aría
d e Alava.
Yo o d ia b a los d istu rb io s y m e ta p ab a los oíd os, lle­
v ad o h asta el b o rd e d el d esqu icio . Si estab an c erca
la u n a de la otra, m e p o n ía ten so y alerta a c u alq u ie r
p re te x to qu e p u d ie ra g e n e ra r los in so p o rtab les co n ­
flictos qu e tan bien co n o cía. A veces yo m ism o e ra
m otivo de con flicto. Si le h ac ía u n a sim ple p re g u n ­
ta a M aría de Alava, se d esatab a la fu ria en m i h e r­
m a n a m elliza, q u e se le ab alan zab a en cim a. D esp u é s
se fu g ab a, d e ja n d o a la o tra co n v u lsion ad a p o r un
llan to histérico.
E stab a fran c am e n te a larm ad o p o r los pleitos fa ­

56
E l cu arto m undo

m iliares. L a vanidad y los celos dirigían convulsivam en­


te sus actos, ap artan d o todo vestigio de racionalidad.
Yo, com o m i m adre antaño, asp irab a a ab an d o n ar la
casa p a ra en con trarm e con un p araíso un iform em en ­
te m asculino.

Mi p a d re se c o m p o rta b a c o n m ig o fo rm alm e n te
c o n sid e rad o y distan te. S u ú n ic a e x ce n tricid ad con ­
sistía en salid as o casio n ale s p a ra a b astec e rm e d e ro ­
pas. Su s o jo s b rillab an ante las distin tas p re n d as, d e ­
m o stran d o g ran co n o c im ien to en m ateria d e telas.
L as p a lp a b a en tre los d e d o s y d e scrib ía a g u d a m e n te
su calid a d y resisten cia. L as cam isas de sed a e ran su
ad q u isició n favorita. Yo c o m p artía con él el p lace r
p o r la sed a, q u e m e cu b ría de ag ra d a b le s escalofríos
cu an d o se deslizab a p o r m i carn e d e sn u d a. Mi p a d re
tard ab a h o ras en to m ar u n a decisió n . E x te n d ía so­
b re el largo m esó n d o s o tres cam isas, c o m p a rá n d o ­
las o e x a m in a n d o la calid ad y n itid ez de los brillos.
E x ta sia d o p o r los p lie g u e s, las yem as de sus d e d o s
re co rrían la su p e rfic ie d e las p re n d a s con la p re ci­
sión de u n a caricia ín tim a y co n el tem b lo r d e u n a
p e rtin az im p o ten cia.
P ara él, yo n o c o n ta b a en esas h o ras. C u a n d o fi­
n a lm e n te se d e c id ía , m e o r d e n a b a la p r u e b a fin al.
S u s o jo s, e n to n ce s, d e m o stra b a n u n a eviden te d e ­

57
D i a m e l a El ti t

c e p c ió n , c o m o si m i c u e rp o dism in uyera la calid ad


d e la tela y m i ro stro ah u y en tara la g ran d io sid ad de
su belleza.

A los d o c e añ o s tuve m i p rim e r e n cu en tro gen i­


tal. Estuve al b o rd e d e c o n su m ar el acto trasm u tad o
p o r la fu e rza an cestral de la pasió n . N o sab ía si esta­
b a lib ra d o a la g lo ria o al suplicio, q u ería ir m ás allá,
d e b ía ir m ás allá aú n , h asta u n ir lo len to con lo ver­
tigin o so , el d e so rd e n y el m áxim o rigo r c o n ju g ad o s
v e rte b ralm e n te en la carn e sagrad a.
Fu e un e n cu e n tro callejero en un d ía p e sa d a ­
m en te n u b lad o . Yo c am in a b a aten to p o r las estre­
ch as callejas c u a n d o in tu í q u e algu ien m e seg u ía. Mi
co ra z ó n p a lp itó d e sb o c ad o , a n h e lan d o el secreto
g o c e qu e e m e rg ía d e sd e u n a p arte de m i m en te.
Muy p ro n to m e di cu e n ta de que era yo q u ien se­
g u ía a algu ien p a u sa d o y grácil qu e se d eslizab a con
u n rítm ico co n to n e o . L a exactitu d de la situ ació n
m e hizo tem e r la p re se n c ia de u n a alu cin ación fan ­
tasiosa, p e ro el ru id o sigiloso de sus p aso s, el frío
p re ciso , la irre g u la rid a d d el suelo, m e co n firm aro n
q u e estab a an te un m u n d o co m p letam en te real.
A so m b rad o , e n ten d í qu e estaba sigu ien d o los p a ­
sos de algu ien sin sab e r p o r qué lo h acía o a quién
c o rre sp o n d ía e sa figu ra. Me p areció un tiem po e x ­

58
E l cu arto m undo

trao rd in ariam e n te fijo y crucial, qu e m e hizo salir


de los terren o s co n o cid o s e in tern arm e p o r el je r o ­
glífico c iu d ad an o en d o n d e la sim ilitud y la d iferen ­
cia se d esd ib u jab an .
En un m o m en to d e term in a d o p e rd í la figu ra. D e­
so lad o e invadido p o r la in ercia, e m p e cé a ro n d ar
circu larm en te el lugar, p e n sa n d o , ya n o stálg icam en ­
te la d ifu sa p é rd id a . Me sen tí p rivad o de u n a p re se n ­
cia ab so lu ta, m ás fu n d a c io n a l qu e m is p ad re s y m ás
m isterio sa qu e la su m a de m is flujos.
T errib lem en te en tristecid o , inicié el regreso . L o s
cuatro cam in o s qu e ten ía an te m í se m e p re se n ta ­
b an ig u alm e n te p o sib le s e igu alm e n te e rrad o s.
C o m p re n d ía qu e n o sólo h a b ía p e rd id o a algu ien :
yo m ism o m e h ab ía p e rd id o en la b ú sq u ed a.
E ra ab su rd o a p o sta r al re g re so . U n o de aq u ello s
cam in o s m e devolvería a m i casa, p e ro si e rrab a, el
tiem p o del re g re so se re ta rd a ría tres veces m ás. P a­
re cía q u e e ra castig ad o p o r se g u ir el im p u lso de m is
d esig n io s. P ron to ib a a o sc u re c e r y con ello se ex ­
te n d e ría el p e lig ro en la ciu d a d . H a b ía sid o adver­
tido tantas veces d e esto q u e m e p a re c ía u n su eñ o
estar e x p u e sto allí, ju sto al b o rd e de las p ro n tas ti­
n ieb las, a m p a ra d o p o r c o n stru c c io n e s h u m ild es y
d e sco n o cid as.
A lgu n as caras m e o b serv ab an con cu rio sid ad
m ien tras yo p e rm a n e c ía e m p e c in a d am e n te rígid o
fren te a los cuatro cam in o s. Intenté, d e sesp era d o ,

59
D i a m e l a Eltit

re h a c e r el c am in o o rig in al, p ero to das las p o sib ilid a­


d e s m e p a re c ía n igu alm e n te válidas. A n g u stiad o p o r
el frío , to m é u n a a za ro sa d eterm in ació n . N o sab ría
c ó m o d e fin ir m i o p ció n ni qu é re cu erd o s o p re su n ­
c io n e s calib ré m ien tras en filab a d ire ctam en te a lo
q u e yo c re ía e ra el sur.
M e a g u a r d a b a u n a la rg a y solitaria cam in ata, au ­
m e n ta d a p o r el m ie d o qu e estab a so b re sa lta n d o m is
p aso s. N a d a h a b ía qu e m e distrajera, salvo el cielo
c e rrá n d o se c a d a vez co n m ayor rapidez.
D e p ro n to , c u a n d o la m iseria se m e d e ja b a c ae r
en cim a, vi la fig u ra d e te n id a a un a cierta d istan cia.
L a visión casi m e p aralizó y de in m ed iato m e p o se ­
sio n ó u n irrep rim ib le d eseo . Sin p e n sa r cam in é a
través de la casi co m p le ta o scu rid ad y m e detuve
g u ia d o p o r el o lo r de la piel.
M e sen tí e m p u ja d o c o n tra la p a re d de p ied ra,
re sp ira n d o al u n íso n o con la figu ra qu e se ac e rc ab a
ro zá n d o m e . Sus m an o s em p e zaro n a re co rre rm e en
fo rm a suave y e x p erta, p re sio n á n d o m e con los d e ­
d o s p a r a a p a rtarm e las m olestas rop as. Fui re co rrid o
u n a y o tra vez p o r esas m an o s que e n co n trab a n en
m í lo m ás b ello del in tercam b io público.
Sin sen tir las p ie d ra s a mi esp alda, b u scab a lleg ar
a la p ro fu n d id a d total lu e go de que las caricias m e
p re p a ra r a n h acia ese in stante. C o m p letam en te fu e ­
ra de m í, in ten té p a lp a r el otro c u e rp o , p e ro sus
m ism as m an o s m e fren aro n .

60
E l cu arto m undo

C o m o desagravio, su b o ca tapó la m ía c o n ju g an ­
d o el vicio de la saliva. Mi len gu a, in tern a e in sign ifi­
cante, ad q u irió otro valor. Mi len g u a era u n a e sp a d a
qu e b u scab a h erir a m i rival y que, a la par, b u scab a
lam er a m i aliado.
E l líq u id o c o m b a te m o ved izo d e n u e stras b o c a s
se p ro lo n g ó p o r u n tie m p o d e se sp e r a n te y d e s e s p e ­
ra d o . O n d u la c io n e s, p e rse c u c io n e s y a g u ijo n a z o s
im p rim ía n u n ritm o ja d e a n t e a m i re sp ira c ió n , q u e
se elev ab a n a sa lm e n te vulgar. E n el lím ite de m is
fu erzas, b u sq u é d e c id id a m e n te la c o n su m a c ió n ,
p e ro la fig u ra huyó, d e já n d o m e a rd id o c o n tra las
p ie d ra s.
E n to n c es e m p e zó el dolor. U n d o lo r a g u d o y g e ­
nital, p ro v o c a d o p o r el d e seo vivo y d e m a n d a n te .
Im p ú d ic a m e n te so litario , m e re sig n é a la g lo ria in­
dividual q u e p o r p rim e ra vez c u rsab a to talm e n te.
L a satisfacció n alcan zó la curva d e l d e se o y la di­
m en sió n del a b a n d o n o . C u a n d o sen tí la v io len cia
de las p ie d ra s a m i e sp a ld a su p e q u e to d o h a b ía ter­
m in ad o .
L as h o ras de re g re so a mi casa fu e ro n h o ras a g ó ­
nicas en las qu e m ald ije ase sin an d o mi vitalid ad se­
x u ad a. Me re d u je al estad o de m ácu la, in d ig n o de
h ab itar m i casa y m i fam ilia. S en tía qu e m i m en te y
m i cu erp o c o n d e n sa b a n el e cc e m a del m u n d o .
A intervalos, violen tas o le a d a s m e en tib iab an re ­
p ro d u c ie n d o la tem p lan za anterior, q u e re d o b la b a

61
D i a m e l a Eltit

el d e te r io r a d o ju ic io so b re m í m ism o. E l serm ó n de
la ra z ó n m e im p re c ab a in cesan tem en te, a c u sá n d o ­
m e d e u n alevoso crim en cuyo p recio eran la ver­
g ü e n z a y el h o rro r p e rm an e n te s.
P a ra sac a rm e ese p e so de en cim a m e p ro m e tí los
m ás v astos sacrificios, q u e lleg ab an h asta el castra-
m ie n to e u n u co . Sin e m b a rg o , algo se h a b ía p erver­
tido irre m e d iab le m e n te en m í y, en el fo n d o , m e h a ­
b ía a b ie rto h acia u n a fo rm a de vida cín ica a la vez
q u e sin c era .
U n in te n so su frim ien to m e a c o m p a ñ ó p o r varios
d ías, p e r o p a u la tin a m e n te m e co n cen tré, llen o d e
a n sie d a d , en d ilu cid ar los d etalles del en cu en tro ca­
lleje ro .
N o p u d e p recisar q u ién ni qu é m e sed u jo ese
an o ch ecer. E n n in g u n a de m is con stan tes reco n s­
tru c cio n e s p u d e afirm arlo con certeza, au n q u e es­
toy se g u ro de h ab erm e e n co n tra d o con la p len itu d
d e la ju v en tu d e n ca rn a d a en u n a m u ch ach a m en d i­
can te o en un m u ch ach o v ag ab u n d o q u e, cerca de
la n o ch e , se convirtió en u n a lim o sn a p a ra mí.

Mi h e rm a n a m elliza c ap tó de in m ed iato lo qu e
h a b ía su ced id o . Al p rin cip io n egu é, e m p e c in a d o , lo
q u e c ata lo g u é com o d eliran tes su p o sicio n es suyas.
L u e g o , co m o co n tin u ab a p re sio n á n d o m e , a cu d í a

62
E l cuarto m undo

u n m u tism o m olesto p a ra ah u yentarla. N in g u n a de


m is actitu d es e ra capaz de d e ten erla y llegó h asta
o fre ce rm e regalo s si le d etallab a lo o cu rrid o.
M e o freció casi todo lo qu e p o se ía , in clu so a q u e ­
llas cosas qu e m ás a p re cia b a y qu e o rn am en tab an su
existen cia. F in alm en te cedí, no p o rq u e m e h u b ie­
sen ten tan d o sus o fertas sino p o r la im p e rio sa n ece­
sid ad d e d ilu cid ar los su cesos del atardecer.
El in icio fu e titu bean te y e n g o rro so , p e ro lu e go
las p a lab ras fluyeron e x trao rd in ariam en te precisas,
e stim u lad as quizás p o r la e x p resió n in eq u ív o cam en ­
te alte ra d a de m i h erm an a, in citán d o m e a u n a p ro ­
c acid ad c ad a vez m ás p ro fu n d a. Su rostro o scilab a
d e sd e u n a p alid ez elo cu en te h asta u n en ro jecim ien ­
to c u lp ab le y sensual.
A u n qu e yo la nutría de sen sacion es descon ocidas,
la fu erza de la envidia ap arecía en la crispación de sus
faccion es y en la p erm an en cia de u n a son risa insoste­
nible. N o m e interesaba ap lacar sus sentim ientos,
p u es h a b ía caído en la com pu lsión reiterativa de alu­
d ir a lo p asad o u n a y otra vez, com o si la fu erza de los
detalles p u d ie ra atraer el vigor de lo vivido.
R e co n o zco qu e no m ed í el real efecto q u e m i ac­
to alcan zó en la co n cien cia de m i h e rm an a, p u es m e
c o m p o rta b a seg ú n mis p ro p ias n e ce sid a d e s y caren ­
cias. P ro n to la fieb re y la p este la estragaro n , lleg an ­
d o a tal d e terio ro qu e estuvo al b o rd e de la m uerte.
C asi n o d o rm í en esos días. L a fieb re deliran te la
D i a m e l a Eltit

h a c ía n o m b ra rm e fre cu e n te m e n te y, lo peor, m o d u ­
la b a fr a g m e n to s d el ep iso d io qu e le h a b ía relatad o .
M is p a d r e s e n te n d ía n a m ed ias sus p ala b ra s, p e ro
n o les e r a a je n o su p ro c a z c o n ten id o , im p o sib le en
u n a n iñ a d e d o ce añ os. E n ellos crecían el re p u d io
y el a so m b ro , m atizad o s con el d o lo r p o r su p ró x i­
m a p é r d id a . C o n fieso qu e m e aliviaba el q u e n o re­
la c io n a r a n esas p a la b ra s co n m igo , p e ro en m í tam ­
b ié n c re c ía el terro r p o r su in m in en te ab an d o n o .
N o m e e ra p o sib le p e n sa r la vida sin m i h erm an a.
U n a p a rte m ía term in a b a en ella, quizás la p arte
m ás só lid a y p erm an e n te .
C asi n o m e m oví de su lado, c o m p a d e c ié n d o la
p o r las p ú stu la s qu e la invadían im p id ié n d o le beber,
m ira r y —casi—m overse. Su esb elto c u e rp o se trans­
fo rm ó p ro n to en u n raqu ítico esq u e le to am arillen ­
to, cu b ie rto de e ru p c io n e s que sus p e q u e ñ a s m an o s
ro m p ía n c o n el roce. L a san gre y el p u s corrían
m a n c h a n d o las sáb an as, las qu e d e b ían ser cam b ia­
d as varias veces al día. Mi m ad re fu e in fo rm ad a de
q u e d e b ía a g u a rd a r el curso p ro p io de la e n ferm e ­
d ad , q u e d e sca n sab a sólo en la resisten cia o rg án ica
d e m i h e rm an a.
L a casa e ra un caos, sacu d id a p o r el ru m o r de la
m u e rte. El con tagio trep ab a p o r las p a re d e s y nos
o b se rv a b a d esd e las ventanas. P ero yo no m e am ila­
né. E n algú n lu g ar sab ía qu e e sta b a in m u n e, p u es
m i h e rm a n a h ab ía in vocado al m al p a ra lib erar sus

64
E l cu arto m undo

p ro p io s ap e iito s. E n re alid ad , ella h a b ía in v ocad o a


la m u erte p a ra castig arm e y castigarse. S ab ía, tam ­
bién, m uy c o n fu sam e n te, qu e en m í d e sc a n sab a la
p o sib ilid a d de su cu ra, a u n q u e d e sc o n o c ía la fo rm a
e x acta d e p ro cu rá rse la .
E n las h o ras en q u e m is p a d re s d o rm ían , m e sen ­
taba al b o rd e d e su cam a,7 a ce ch a n d o en ella algu O na
señ al p ro v en ien te de la p ro fu n d id a d d e su cu e rp o .
U n a y o tra vez su voz se elevaba d ificu lto sam en te,
re p ro d u c ie n d o las frases de la situ ació n qu e yo, n u e­
vam en te, q u e ría olvidar. Sin d u d a, m i h e rm a n a m e­
lliza se e sta b a d e ja n d o m orir. Su lu c h a era a c ad a
m o m en to m ás déb il y su estad o tran sitab a en tre la
vida y la n ad a.
N o ib a a perm itir su d eserció n . D ispu esto a todo,
b u squ é d e se sp e ra d am e n te un recu rso ú n ico capaz
de devolverle su altan era resistencia al exterior. Revi­
sé aten tam en te la situación p asad a, b u sca n d o u n a ra­
zón p o sib le p a ra su fisura. U n e le m en to p e rm an e ció
en tero d e sp u é s de d escartar la m ayoría de los senti­
m ientos qu e eran frecu en tes en ella. L a ob sesión
qu e la re g ía era, d esd e luego, el cen tro de su crisis.
A un así, aislan do ese factor, n o p o d ía resolver la
cau sa e x acta q u e h ab ía d e se n c a d e n a d o su qu ieb re
obsesivo q u e yo m e sen tía d esd e ya cap az de disolver.
Yo m ism o lleg u é a o b sesio n arm e, p e ro m e p a re cía lí­
cito p u e s m e m ovía la em e rge n cia de la m uerte.
Mi cab e za estab a a p u n to de estallar. P or un mo-
D i a m e l a Eltit

m e n tó p e n sé q u e n o h a b ía n in g u n a salid a p o sib le y
q u e se e sta b a c o n su m a n d o u n fratricidio.
V olví a p e n sa r qu e u n a p a rte m ía c o rre sp o n d ía a
u n a z o n a c o m ú n con m i h e rm a n a y, o c u p a n d o su lu­
gar, m e in te rro g u é so b re a q u e llo q u e p o d ía consti­
tu ir e n m í u n a fractu ra. L a voz y la v erd ad m e ilum i­
n a ro n . C o m o u n an tigu o y eficaz c u ran d e ro m e
a rra stré h asta su cam a su rc a d a d e p estilen cia y sufri­
m ie n to , y e m p e c é a h ab larle co n el am o r de un en­
fe rm o a u n a en ferm a, d ic ié n d o le qu e p a ra m í ese
o tro o e sa o tra q u e m e asaltó o asalté en la an g o sta
c a lle ja fu e siem p re ella, qu e en n in gú n m o m e n to es­
tuvo fu e ra de m is sen tidos, q u e estab a allí, q u e era
ella, q u e é ram o s. Mi m an o se p o só en su cuello m er­
m a d o p o r la in fecció n p a ra h acerle e n te n d e r que
n o le te m ía y q u e su c u e rp o a g a rro ta d o se g u ía hege-
m o n iz a n d o mi m en te.
L a re alid a d de m is frases d e sco rrió el velo que
tan an g u stio sa m e n te tratab a de conservar. Sollo zan ­
d o, m e d ejé c ae r so b re su p e c h o h asta qu e su m an o,
q u e e n ten d ía , tocó m i cabeza.
D e sp u é s vino la m ejoría. M is o jo s tard aro n en en­
c o n tra r los de ella. Su s ojos d ilataro n la fro n talid ad
c o m o si el m al h u b ie ra roto alg o en tre n o sotros, de­
já n d o n o s ab ru p ta m en te e n c a d e n a d o s a u n a d esola­
d o ra falta de ficción.

66
E l cu arto m undo

Mi m ad re m antuvo u n a e sp e sa con versación con


m i h erm an a. S o n d e a n d o sus costum bres, la em plazó
sob re la n atu raleza y el sen tid o de su salid a al exte­
rior. Yo le h ab ía advertido del efecto que sus p alab ras
h ab ían ten ido en m is p ad re s, y esto le perm itió sal­
var con éxito el difícil m o m en to .
H a b ló en ton o co n fesio n al de los su eñ o s turbios
q u e la atem o rizab an . D ejó en trever qu e su delirio
o n írico la co n su m ía en u n a fu erte carg a co rp o ral
d e sc o n o c id a p a ra ella. Mi m a d re a p aren tó e n ten ­
der, p e ro d esd e e n to n ces ap a rtó d e cid id am e n te a
M aría d e Alava de n osotros.
L a casa estuvo terrib lem en te tensa. Mi h e rm an a
m elliza fin gía h asta el can san cio diversas actu acio ­
nes p ú d ic a s, d e ja n d o de lad o los p e rfu m e s de mi
m ad re y restán d o se sus a m a d o s atributos.
Me n e g u é a p articip ar en su farsa. L a h o sca acti­
tud co n m i m ad re se acre c en tó h asta la evidencia.
D e m o d o in ap elab le e n te n d í qu e mi m ad re estab a
p ro fu n d a m e n te en vidiosa de m i h e rm a n a y en cu ­
b ría sus sen tim ien tos con rig u ro sas y ajen as pautas
m o rales. Mi h e rm an a era sa n c io n a d a no p o r lo qu e
h acía sin o p o r lo que era, u n a n iñ a qu e crecía ajan ­
d o a su m ad re.
T em í la ven gan za. Ya p e rc ib ía q u e u n a m u jer en ­
v e je c id a e ra cap az de c u a lq u ie r c o sa p a ra e n cu b rir
su p ro c e so . H u b e de a la b a rla y m e p leg u é a la ac­
tu ació n de mi h erm an a. L e h ab lé de lo qu e m ás m e

67
D i a m e l a Eltit

d e s a g r a d a b a en ella: su p e rm a n e n te so n risa ju v e n il
q u e la d ista n c iab a de su m irad a, de sus p asos, d e sus
p alab ras.
L e h ab lé d e su so n risa jo v e n y los ojos de m i m a­
d re se v elaro n p o r las lágrim as. A tisbé, u n a vez m ás
y a m i pesar, qu e ella se g u ía atad a a sus m alas a p e ­
ten cias a p o z a d a s en su m en te con la m ism a c arg a de
los p a sa d o s añ os.
A co n sejé a m i h e rm a n a la distancia. N o so p o rta ­
b a qu e fu era v ictim ada p o r los añ o s de otra m ujer.
S ile n cio so s y ju n tos reto m am o s la resp iració n d e las
salidas. E n cu b ierto s d etrás de lo im p o sib le, so p o rta ­
m os ín teg ro s las m irad as qu e nos ju z g a b a n d e sd e to­
d o s los rin co n es de la casa.

¡Ah el terro r y el a co so de la san gre! R e cu erd o


c u a n d o mi h e rm a n a san gró p o r p rim e ra vez. Muy
c e rc a de los trece añ os inició un viaje ajen o , llen o de
m alestares ja m á s sen tid o s p o r m í. Ya an tes h a b ía in­
ten tad o h a b la rm e de eso, asu stad a y an sio sa p o r el
p ro ce so qu e la esp e rab a. N o quise escu ch arla y m e­
n os aún h acer c o m en tario s sob re lo qu e m e p a re c ía
un sín to m a sucio y p erso n al.
P ero llegó el d ía en qu e mi h e rm a n a se vio m a n ­
c h ad a en tre las p iern as y re accio n ó co m o si h u b ie ra
recib id o un p alm azo en p le n a cara. L a vi terrib le­

68
E l cu arto m un do

m en te p álid a, to m á n d o se el b ajo vientre con las m a­


nos, aú n b ajo el efecto d el a so m b ro . L as lágrim as co­
rrían p o r su c ara sin q u e r e r a c e p ta r el testim on io de
su in fertilid ad.
M irán d o la, p o r ú n ica vez m e p a re ció u n a n iñ a ca­
si a n o d in a al b o rd e d e la d e sfig u ració n . N o sa b ía ni
q u e ría co n so larla, algo definitivo se in te rp o n ía en ­
tre n o sotro s. E lla p a g a b a su costo sexu al y m a rc a b a
su n o rm a lid a d a esa filiación . Me c o n m o c io n ó su
m an se d u m b re ge n é tic a co m o si n u estra u n id ad ges­
tante n o h u b ie ra sig n ificad o n ad a, o, al m en o s, n a­
d a im p o rtan te.
N o p u d e evitar qu e m i m ira d a d e ja ra traslu cir
m is sen tim ien tos. Mi h e rm a n a se sintió cu lp ab le e
in o cen te a la vez, y leí en ella u n a serie de re p ro ch e s
cap aces de e ro sio n ar aún m ás el sign o de n u estra
alianza.
U n g o lp e de san gre nos detuvo. H o rro rizad o , m e
di cu en ta de qu e sa n g ra b a p ro fu sa m e n te p o r la n a­
riz. Me llevé la m an o a la c ara y la retiré m o jad a. Mi
cam isa estab a c o m p le tam e n te salp ica d a de rojo.
N os m iram o s su sp e n d ie n d o la n e ce sid ad de las p a­
lab ras y la arro g an c ia huyó d e sp av o rid a d e n osotro s.
Se h ab ía estab lecid o d e nuevo, o sten to sam en te, el
n exo ín tim o, a go b ian te y ab so lu to .
D eb o re co n o ce r qu e el p a ñ o h e lad o detuvo la
san gre de in m ed iato , p e ro n o a m in o ró la p o te n c ia ­
lid ad d el design io.

69
D i a m e l a Eltit

Sin sa b e r si yo in ten ta b a fu n d irm e en ella o si, al


revés, e ra e lla q u ien h ab ía d e satad o m i san gre , nos
a p a rta m o s in tuitivam en te, sin tien d o el h áb ito de la
tran sfu sió n .
N u n c a , q u e yo re cu e rd e , hicim os n in g ú n co m e n ­
tario so b re el h e ch o . L o s ciclos de m i h e rm a n a fu e ­
ro n sile n c ia d o s y ap artad o s. Se re tirab a d e m í en
eso s d ías, o c u lta n d o su p alid ez y m acilen cia, p u es sa­
b ía q u e n o la a p re c ia b a en ese estado.
C u a n d o re to rn a b a a su belleza, se ab ría en tre n o ­
so tro s la lo c u a c id a d . H ab láb am o s d e las m u jere s y
los h o m b re s q u e n o s em b estían salien d o d esd e las
an g o sta s callejas.

L a apeten cia. L a brusca em otividad d e la apeten­


cia. E ra el ir y venir de u n a herida in fectada y abierta
qu e p a lp itab a irregularm ente. L a oferta y la d em an d a
se con cen trab an en m i cuerpo, a instantes d egrad ad o ,
a instantes ascen den te. E scu dado en la seren id ad de
la n o ch e, la vigilia ciega m e asaltaba tal com o u n a m u­
je r d e sn u d a en un terreno erial o com o la m agnitud
cósm ica de un parto.
El titu b eo c u lp ab le de m i m an o r e sp o n d ía al cla­
m o r de m i carn e e in validaba to d o s los p u d o re s qu e
p e d ía a la p a rte m ás in tan gible de m i se r q u e yacía
violado.

70
E l cu arto m undo

V ital co m o la co m id a, m i a p ete n c ia re n a c ía d e s­
de la m uerte, v en cien d o m i voluntad. H a b ía p e rd i­
d o la c o n cien cia d e m í m ism o en el c am p o de b ata­
lla ab ierto en tre m i c u e rp o y m i m en te.
El asalto p o d ía v en ir en cu alq u ier instante. T em í,
p o r lo tanto, el e star solo. L o tem í con la in te n sid ad
de la o sc u rid a d de la p rim e ra in fan cia, y e n te n d í
q u e ese m ie d o prim itivo e ra el alerta p o r el tráfico
p ro caz en tre el c u e rp o y la m en te.
N a d a m ás a m e n a z a d o r qu e el rito con q u e el
c u e rp o se fe ste ja b a; n a d a m ás h u m illan te, ta m p o ­
co, qu e el c u e rp o lacio y ex h au sto d o ta d o d e im á­
gen es que fo rzad am en te reap arecían , extravagan tes
en su sen su alidad.
M is p a se o s p o r las c alle jas p a re c ía n se r u n d e p ó ­
sito de vision es q u e lu e g o , en so le d a d , re h a c ía se­
gú n el d ic ta d o de m is cap rich o s. Me parecía invero­
símil el quiebre de m i integridad, dócil a las peticiones
de m is fibras celu lares, p o rfiad a m e n te activas y clan ­
destin as.
D eb í h ab itu arm e a m i cu erp o com o h u b e de acos­
tu m b rarm e a casi to das las irregu larid ad es de m i vi­
da, acu m u lan d o la ira de la víctim a d estin ad a a no
com p artir con n ad ie su secreto, ni exh ibirse, ni fes­
tejarse en sus vicios.

71
D i a m e l a Eltit

M i h e rm a n a q u iso ago tar to d a la sed a y to d o s los


b rillos. S u c u e rp o d e trece años estalló de la in fan cia
y, p ú b e r, se aso m ó a las lín eas qu e au gu rab a. L as é p o ­
cas d e sfila b an en los trajes qu e im provisab a p a ra m í.
C are n te de estilo, yo era su p úb lico y su con sejero.
P en sé q u e el co lo r m alva era p a ra ella. P intaba sus
m ejillas d e m alva. E scu rría el m alva p o r sus labios. A
v eces m e in clin aba al ro jo y, si m i ín dole estab a sere­
na, le e sp a rc ía suaves ton os de rosa.
P ro c u ra n d o d e se sp e ra d a m e n te un estilo, su ac­
tu ac ió n feb ril m e esclavizaba p o r h oras a su lado,
m ie n tra s yo in te n ta b a com p lacerla. L a p in tu ra facial
la p o n ía en el cen tro del ab su rd o ; los ro p aje s con
q u e c e ñ ía sus c ad eras y su p ech o , en vez de resaltar­
los, e v id en ciab an su excesiva d elgad ez. Só lo p a re cía
ir b ien c u a n d o su disfraz rem itía a sus trece años.
E n e sas o casio n e s su e d a d a m en az ab a d esin te­
grarse, y p a sa b an to d o s los añ os p o r su c u e rp o de
m o d o salvajem en te carn al y provocan te. P ero ella se
resistía, llev ad a p o r su fan tasía de m u jeres exactas y
un ívocas.
Su v an id ad crecía co m o la o scu rid ad invernal. Vi­
v ien d o en sí y p a ra sí, m e u tilizaba p a ra reflejarse en
m is p u p ilas, p a ra leerse en m is p u p ilas, p a ra a p re ­
ciarse en m is p u p ilas.
Yo sab ía q u e ella estab a desvian do sus p ro p io s
ap etito s. A sistía a la su cesió n de actos d o lo ro so s en
los qu e se n e g a b a p a ra su sp e n d e r el p e rtu rb a d o r

72
E l cu arto m undo

p re se n te . A g itad a y su frien te, la n o ch e la e n co n tra­


b a re n d id a y su p á lid a faz se e n tre g a b a al su e ñ o de
su c u e rp o can sad o .
N o o b stan te, un d ía m e lo dijo en m e d io de u n
a rran q u e qu e n o p u d o d o m in a r p o r m ás tiem p o .
M e lo dijo c o n o c ie n d o la p ro fu n d id a d d e la h e rid a
q u e m e ib a a provocar. M e h ab ló d e ejércitos d e m u ­
ch ach as y m u ch ach o s q u e la visitaban en su m en te.
M e h ab ló , tam bién , d e m en d ican te s su d acas q u e la
se g u ía n p a r a d esgarrarla.
Q u e ría a b a n d o n a r la casa y b ailar el e x te rio r h as­
ta c ae r m uerta. C ad a m in u to , p a ra ella, e ra u n a p é r­
d id a. T o d o el m u n d o se reía, en to d o el m u n d o la
fiesta crecía sublim e m ien tras ella e stab a c o n d e n a d a
tras el m u ro del clau stro. Yo e ra su g u ard ián , su car­
celero m ás feroz. M e h ab ló con o d io , un o d io in­
m erso en u n a d e sc o n o c id a friald ad .
P ro n to la p o se sio n ó la h isteria y m e cu lp ó de in ­
ten cio n es m ás p erversas. A firm ó q u e yo ju g a b a con
su m en te p a r a e m p u ja rla a la in san ia. S u in ju sticia
e ra in so p o rta b le . M ien tras la o b se rv ab a, casi n o p o ­
d ía c re e r qu e ella estu viera d ic ie n d o v e rd a d e ra ­
m e n te esas p alab ras.
M e p are ció u n p e q u e ñ o e sp íritu del m al y, sin p o ­
d e r c o n tro larm e, inicié u n a serie de acu sacio n es
c o n tra ella. Invadido tam b ién p o r la h isteria, d e n u n ­
cié su p atetism o fe m e n in o y su irrisorio co n tacto
co n el m u n d o . L e dije qu e en la fiesta del un iverso

73
D i a m e l a Eltit

e lla ju g a r í a el p a p e l m ás d e sp reciab le, qu e n o ten ía


v id a si yo n o se la o to rg a b a y q u e sin m í n o e ra d ig ­
n a d e se r to m a d a ni siq u ie ra p o r un lab rie g o . D e­
n u n c ié las escasas lín e as de su c u e rp o y la lim itación
d e su p e n sam ien to , en cu bierto tras la m ed io crid ad de
su astucia.
A u lló c o m o un c a c h o rro y se m e vino en cim a p a ­
ra g o lp e a r m e . Mis m a n o s la e sp e raro n . N o p o d ía d e ­
j a r d e a ta ca rla , re a c c io n a n d o com o u n m a rid o q u e
re c ié n se h u b ie ra e n te ra d o de qu e su m u jer c o p u la ­
b a c o n to d o s los h o m b res del p u e b lo . L a g o lp e a b a
p a r a v e n g a rm e de su p e so , q u e a rrastrab a d e sd e el
se g u n d o d ía de m i vida. M e g o lp e a b a tam bién a m í
m ism o a través d e ella.
Viví, e n to n ce s, la u tilid ad de la v iolen cia sin tién ­
d o m e c ap a z del crim en , an sian d o el crim en p a ra
te rm in a r defin itiv am en te con el conflicto.
T ir a d a e lla en el su e lo , se g u í g o lp e á n d o la con
p ie s y m a n o s. D e p r o n to sus q u e jid o s c e sa ro n y el
sile n cio , a la vez q u e m e d e sc o n c e rtó , d e sp e rtó m i
razó n . L a m iré te rrib le m e n te e x tra ñ a d o p o r m i ac ­
titud. L a e xtrañ eza lle g a b a an tes qu e el arre p e n ti­
m ien to . M e p a re c ía im p o sib le qu e yo h u b iese sid o
cap az d e tal fu ria. P or eso m i m ira d a b u scó en ella
el d e to n a n te de m i ira. A llí estab a, ovillada y ro d e a ­
d a p o r sus brazos. Sus o jo s p a re cían a ú n m ás calm os
qu e d e co stu m b re y la crisp ació n de su c ara h a b ía
cesad o . H a b ía re c u p e ra d o su b elleza a p e sa r de las

74
E l cu arto m undo

lín eas rojizas en sus m ejillas, en sus brazos y en sus


p iern as.
E lla estab a so n rie n d o . C re í qu e era u n a ilu sión
óptica, p e ro la volví a ob servar: u n a d e fin id a so n risa
se d ib u ja b a en su b o ca.
D esd e el din tel d e la p u e rta sen tim os la voz de m i
m ad re. P or su e x p re sió n su p im o s q u e h a b ía asistido
a to d a la escen a. Mi h e rm a n a se levantó y, de pie,
am b o s la en fren tam o s. Yo estab a d e m asiad o aver­
g o n z a d o p a ra inventar un ard id . E n realid ad , n o fu e
n e cesario , p u es m i m ad re se ad en tró en la p iez a y,
ap o y ad a en la m u ralla, se ta p ó la cara con las m an os.

L o s m u ch ach o s ro n d a b a n a m i h e rm an a p e rm a ­
n en tem en te. C o m o in secto s de luces g irab an cerca
de ella, d a n d o b ru sco s aletazo s a la po se. In ten tab an
h alagarm e p a r a h a c e r de m í u n cóm plice, p ro p o ­
n ién d o m e ab su rd as co m p e te n c ias cuyo p re cio era
perm itirles la e n tra d a h asta m i casa.
E n tre to d o s ellos, u n o p a re c ía h a b e r sid o d esin te­
g rad o p o r la p asió n . Alto y b ien d o tad o , p e rd ió to d a
su co m p o stu ra p o r ella. A n tañ o él dirigía, altan ero,
las agre sio n e s y las burlas, p e ro con la ap arició n de
m i h e rm a n a em p e zó a deb ilitarse d e u n a fo rm a tan
alarm an te qu e su im ag en trastab illab a en tre el p ate­
tism o y la co m p asió n .

75
D i a m e l a Eltit

C e r c a d e m i h e rm a n a su tim id e z p a r e c ía fr a n c a ­
m e n te fe m e n in a y c h o c a b a co n su p a rte m a sc u li­
n a , e n la q u e le ía la p risa p o r la p o se sió n . P o d ía n
in te r p r e ta r s e c o m o en un lib ro a b ie rto to d as sus
fa n ta sía s n o c tu r n a s y d iu rn a s a flo r a n d o en el tem ­
b lo r s u d o r o s o d e su s m a n o s y su c u e rp o q u e, sig n i­
fic a tiv a m e n te , se e re c ta b a r íg id o c u a n d o la te n ía
c e rc a .
E l q u e r ía , an te ella, m a n ten e r un m o d e lo ejem ­
plar. P e ro su m o d e lo se d e sp lo m a b a h ech o trizas,
re e m p la z a d o p o r u n a co n m o v ed o ra b o n d a d p a ter­
n a en la q u e su sp e n d ía su p r o p ia vida; le re g ala b a su
vid a p a r a o b te n e r p arte de su cu e rp o .
Sin e m b a rg o , e ra con stan te en el m u ch ach o su
b elleza. In clu so h u n d id o en la p asió n , su belleza se
ib a p ro fu n d iz a n d o h acia un estad io de gran p u reza
q u e a d q u iría n d e licad am en te sus m ovim ientos. El
m u c h a c h o p a re c ía el p ro d u c to de un p ro lo n g a d o
d e sa m p a ro afectivo o bien, al con trario, se p o d ía
p e n sa r q u e h a b ía sid o m im ad o h asta el p aro x ism o y
p o r p rim e ra vez q u ería devolver el gesto.
El im p lac ab le e in se gu ro m u n d o m ascu lin o lo d e ­
salo jó d el p e d e stal q u e se le h a b ía o to rgad o . Su
n o m b re fu e v itu p erad o de b o c a en b o ca con to d o
clase d e a p o d o s ridiculizantes, e x traíd o s del carác­
ter de las niñas.
C u rio sam en te, al m u ch ach o n a d a de esto le im ­
p o rta b a ; a la inversa, p a re c ía c o m p la cid o p o r la cre­

76
E l cuarto m undo

cien te h u m illació n . M uy cerca del m isticism o y del


sacrificio, p a re c ía re g o c ija d o p o r el a taq u e social,
co m o si su m a rg in ació n b rutal fu e ra el p re c io que
d e b ía p a g a r p a r a alcan zar su d eseo .
L a v an id ad de m i h erm an a creció com o la instala­
ción de u n nuevo sol en el universo. O scilab a entre
el rech azo y la cercan ía. Avida de m ayores sacrificios
y m u estras de am or, cad a fractu ra en el m u ch ach o
era re cib id a com o sign o de h o m en aje. Yo, q u e no
d e ja b a de observarla, vi com o él ib a ad e n trán d o se en
su m en te d e sd e u n a p o sició n d e g r a d a d a p e ro n o p o r
eso m en o s significativa.
D esd e lu e g o , mi h e rm a n a n o p o d ía e n te n d e r la
e n o rm e d ife ren c ia qu e el m u ch ach o ten ía con ella
y de qu é m o d o no e ra sino un p re tex to qu e le p e r­
m itía lib e ra r su a m b ig ü e d a d . El m u c h ach o la estab a
u tilizan do p a ra d e sp e ñ a rse cu e sta ab ajo , sin tién d o ­
se a te rra d o p o r su crecien te belleza.
H a b ía d e c id id o re n u n c iar y red u cirse al d o m in io
de m i h e rm a n a , d e slig á n d o se d e su p ro p io poder.
E ra el fra c aso y el p á n ico an te el m o d e lo m ascu lin o ,
m o d e lo q u e q u eb rab a, p re cisam e n te, p a ra h acer
triun far la sed u cció n .
Vi qu e m i h e rm a n a estab a al b o rd e d e c ae r en la
tram pa. S ó lo p o d ía ser, esq u ivam en te, a tra p a d a p o r
aq u el q u e im itara su p ro p io g é n e ro y su ú n ic a casta.
P or aq u el q u e fu e ra cap az de c o m p a rtir y ad scrib ir
su lu g ar m e rm a d o y exp u esto .
D i a m e l a Eltit

M e d e slu m b ró el sacrificio d el m u ch ach o . E n te n ­


d í q u e h a b ía e x p lo ra d o a fo n d o en la c o n fu sa m en ­
te fe m e n in a , c o m p re n d ie n d o el a p re cio q u e sen tían
e llas p o r fo rm a s alterad as, p aralelo a la devoción
q u e les d e sp e rta b a n las fo rm as regu lares. L a dife­
re n c ia al m o d e lo se tran sab a, en las m u jeres, a un
p re c io elev ad o y p o d ía lleg ar a ser m ás esclavizante
y p e rd u ra b le qu e el a rq u e tip o co n o cid o .
D esd e su lu g a r el m u c h ach o m a n te n ía co n m ig o
u n a p ru d e n te d istan cia. Sin d e m o strar an im o sid ad ,
p e rm a n e c ía ap átic a m e n te al m argen . N u e stra casa
ta m p o c o p a re c ía co n stitu ir p a ra él u n a o b sesió n . S ó ­
lo se m ovilizaba con sa g a c id a d p o r las au las y a tra­
vés de las calles de la ciu d ad .
C o m o u n ad icto d e la m irad a, m is ojos n o m e d a ­
b a n tregu a. L as h o ras tran scu rrían d e scifran d o m o ­
v im ien to s y situ acio n es. E n m o m en to s p rivilegiad o s
lle g a b a a u n a sab id u ría tan ab so lu ta q u e tem í ser ca­
p a z d e d e scifra r secreto s cam p o s je ro g lífic o s. N ad a
m e in te re sa b a m en os, p e ro p a re c ía q u e el m isterio
se p o n ía d elan te d e m í o fertán d o se co m o u n a m u ­
j e r h am b rien ta.
Mi cab eza n o ce sa b a d e d este je r las h e b ras qu e
tram ab a n la c o n d u c ta h u m an a. Pero no q u e ría e x a­
m in ar m i p ro p ia c o n d u c ta ni re c o n o c e r lo p e n o so
d e m i actividad.
El m u ch ach o lo g ró , sin p ro p o n é rse lo , volverm e
h acia m í m ism o. D urante todo el tiem po el con o cid o

78
E l cu arto m undo

m alestar m e h a b ía p o se íd o , o p rim ien d o m i p e ch o


b ajo la fo rm a d e la an gu stia.
N o so p o rta b a asistir al trasp aso afectivo q u e entre
ellos se estab a p ro d u c ie n d o y qu e m e lan zab a a la
e x clu sió n y a la d e sd ic h a. Yo casi sen tía lo m ism o
qu e ellos, e in clu so , v ib rab a aún m ás in ten sam en te
qu e am bos, p e ro -tam bién- n a d a m e e ra p ro p io , sal­
vo el e x ce d e n te d e sen tim ien to s ajen o s. C o m o un
p arásito d e sh a cía y a n u la b a m i estim a.
In tu ía qu e to d o e ra u n truco fan tasio so de m i
h erm an a, p a r a q u ien los celos eran la fu e rz a viva del
am or. Mi h e rm a n a m elliza d e sco n fiab a d e m i cariñ o
y a n te p o n ía b a rre ra s y d o lo ro sas p ru e b a s p a ra rea­
firm arlo.
A n sian d o la c o m p le ta in d iferen cia, qu ise p o d e r
p erm itir lib rem en te la alian za en tre ellos. D e ese
m o d o m i triun fo h a b ría sido ro tu n d o , p e ro e ra p r e ­
ciso d e ten er m i an gu stia, p u es m i in estab ilid ad exi­
g ía u n a p ro n ta re p a rac ió n .
L o s celos se su p e rp o n ía n al o d io , el o d io al ab an ­
d o n o , el re n c o r p a re c ía un vigía q u e an u n c ia b a el
cataclism o d e m i m en te. El su frim ien to q u e invadía
m is días m e h a c ía tem er c ad a am an ecer. D ecid í, en
el lím ite de m is fu erzas, in ten tar u n a ofen siva p a ra
an iq u ilar a m i h e rm a n a m elliza: q u e se h iciera visi­
ble qu e h a b ía ju g a d o su últim o ju e g o co n m igo .
E n m is su e ñ o s volvían a a p a re c e r esas d o s fo rm as
am a lg a m a d a s q u e se tren zab an en u n ab razo o en

79
D i a m e l a Eltit

u n a lu ch a, d e b a tid a s en la calidez de las agu as. H u ­


b e de r e sp o n d e r a la v o racid ad d e esas im ág en e s y
m e p r e p a r é a e n fren tarm e a ella tal com o un am an ­
te en su p rim e r a cita.
R e p u d iá n d o m e a m í m ism o, e n g arc é to d as las
p iezas d e la escen a. G rácil com o u n a p a n te ra y sen ­
su al c o m o u n a c o rte sa n a o rien tal, b o rré al m u ch a­
ch o de su m en te.
M e valí d e u n a grac io sa a u n q u e in sign ifican te
m u c h a c h a su d a c a q u e, sin e n te n d e r lo qu e estab a
h a c ie n d o , a cc e d ió a m i p e d id o . C o n len titu d y su a­
v id ad re a lc é el re c o rrid o de m is d e d o s m ien tras m is
m ú scu lo s m e seg u ían , e x tra o rd in aria m en te sagaces.
N o h u b o fin al ni co n su m a c ió n , tan so lo el p o d e ­
río d e la m u ra lla de p ie d ra q u e b rilla b a co n la fam a
del ú ltim o sol d el atard ecer. N o o b stan te, m i h e r­
m a n a sin tió frío y tem b ló com o si la envolviera la
m itad de la n o ch e.

M aría d e A lava se g u ía e stre c h a m e n te lig a d a a


m i p a d re . D e e sa c e rc a n ía e x trajo u n a serie d e cer­
tezas y a p titu d e s. Se p a se a b a p o r la casa c o m o ú n i­
ca d u e ñ a , in sp e c c io n a n d o sus d o m in io s. Su h ab ili­
d a d con el e sp a c io e ra so rp re n d e n te y d e m o stra b a
u n a d m ira b le m a n e jo con su c u e rp o . Al b o rd e del
m a la b a rism o , lo g r a b a u n ificarse c o n las cosas, atra­

80
E l cu arto m undo

y é n d o las p a r a su b e n e fic io . Su e stru c tu ra g r u e sa y


m ás b ien viril se c o n tra d e c ía co n su c u a lid a d e q u i­
librista.
Yo m e divertía m ira n d o sus ju e g o s y los ejercicio s
qu e re alizab a c o n gran so lem n id ad .
F in gía estar al b o rd e de un ab ism o o cru zan d o la
lín ea de u n in ce n d io . E sq u iv ab a a u n a p e lig ro sa
p a n te ra d e sd e lo alto de u n a roca, lo g ra n d o sobrevi­
vir y ven cerla.
Su ju e g o m ás fre cu en te era con agu as: in fern ales
an im ales acu á tic o s q u ería n devorarla, p e ro ella es­
c a p a b a irru m p ie n d o h asta la su p e rfic ie del o leaje
redentor.
El mar, qu e n o c o n o cíam o s, p a re c ía o b se sio n arla.
L as e m b a rc ac io n e s la traslad ab an d ire ctam en te a la
catástrofe. F rág iles e m b a rc ac io n e s d e stro zad as p o r
la fu ria del m ar la e m p u ja b a n al n a u frag io . O fu e r­
tes e m b a rc ac io n e s de las que h u ía, p e rse g u id a p o r
seres an o rm a le s a p u n to de sacrificarla. C re a b a esce­
n ificacio n es p e rfe c ta s en las qu e fin g ía los arañ azo s
de su c u e rp o re v o lc án d o se en la aren a.
S u s ju e g o s c o n c lu ía n sie m p re d e m a n e ra u n ív o ­
ca. L a fig u ra d e m i p a d re la tra sla d a b a a tie rra fir­
m e, a c u n á n d o la e n tre su s b razo s. E n c u b ría a mi
p a d re b a jo la fo r m a de diversos se re s h e ro ic o s
—m arin e ro s, v ig ías, c ap ita n e s, g la d ia d o re s—q u e evi­
d e n te m e n te lo e n c a rn a b a n , p u e s el d isfraz lo e n c u ­
b ría sólo a m e d ia s. E l p e lo , un g e sto o la c o n d u c ta

81
D i a m e l a Eltit

q u e e sta b a d e sc rib ie n d o c o rre sp o n d ía n a su e xacto


p e lo , g e sto o h áb ito .
C la ra m e n te , M aría de A lava estab a a ctu an d o las
h a z a ñ a s d ise ñ a d a s p o r m i p a d re . S u e p o p e y a to cab a
la m u e rte c o n u n a atracció n significativa y casi suici­
d a. In v ariab lem en te, la m u erte era v en cida p a ra u n a
p r ó x im a y vivida escen a. M i h e rm a n a m e n o r p o rta b a
la m u e rte a n h e la d a p o r m i p ad re y eso lo o b lig ab a a
re d u c irse a d o s p o lo s: el éxito o el fracaso, el bien o
el m al, la vid a o la m u erte. E x actam en te en e sa p o ­
b re z a co n v en cio n al m i p a d re h a b ía arraig ad o en ella
c o n m ay o r p ro fu n d id a d . S ó lo en o casio n es m o strab a
ra sg o s d iferen tes qu e coin cid ían con su en fren ta­
m ie n to al n ú cle o fem en in o .
E n su re la c ió n con m i m ad re y m i h e rm a n a m e­
lliza le e ra n e ce sa rio im p o sta r p ro ce d im ie n to s cau ­
te lo so s, p u e s le im p o n ía n u n a serie d e ob stácu los
p a r a c u rsa r sus p eticio n es.
M i m a d re la a to rm e n ta b a con la co m id a, a p e la n ­
d o a su m e d ia n a rob u stez. C o n ad e m an e s h istéricos
la c u lp a b a de u n a a p e te n c ia d e sm e su ra d a q u e am e­
n a z a b a c o n fo rm a r un. c u e rp o rid ícu lo y av ergo n zan ­
te p a r a la fam ilia.
M i h e rm a n a la e sc u c h a b a sin c o n trad ec irla y lu­
c h a b a p o r re d u c ir su cu o ta d e alim en tos, sab ie n d o
q u e la raíz d e su p ro b le m a n o era la alim en tació n si­
n o el cen tro d e su con stitu ció n ósea.
P ero el con flicto m ayor se d a b a con m i h e rm a n a

82
E l cu arto m undo

m elliza, q u ien la a c u sa b a an te m i m a d re de p e rse ­


c u c io n e s, ro b o s y m en tiras. Se su c e d ía n los castigo s
so b re ella, p e ro m i p a d re in te rc e d ía y la lib rab a.
D esd e lu ego , m i h e rm a n a no e ra d el to d o in o ­
cen te p o r la h o stilid a d fem en in a. Su p erm isiva acti­
tu d era, sin d u d a, u n a fo rm a elevada d e agresió n ;
ad e m ás, ella n o in ten tab a en n in gú n vértice am p liar
h acia los d e m ás el ra d io d e su afecto.
El p u n to lím ite d e las p a sio n e s fam iliares se con ­
d e n sa b a en su relació n co n m igo . A u n q u e n o m e
o to rg a b a la c ate g o ría de h é ro e, m e u b ica b a en un
lu g ar su p e rio r d o n d e era n e ce sa ria la c e rc a n ía físi­
ca. S a b ié n d o m e solo, irru m p ía h asta el in terio r de
m i p iez a p a ra o b se q u ia rm e un baile.
L a d an za e ra o tra d e sus ap titu d es: u n a dan za ex­
trañ am en te in tem p o ral, c re a d a o rig in alm e n te p o r
los m ovim ien tos extrem o s de su cu e rp o . L a p asió n
d el b aile aflo rab a con la b elleza de lo etern o . C erca­
n o y distan te, ag ó n ico y vital, su c u e rp o b ailab a la
h isto ria del m u n d o ; su rostro d an z ab a la h o g u e ra de
sus p ies y p a re c ía e x p u lsar sus p e n sa m ien to s p a ra
qu e b ailaran y saciaran los con ten id o s.
P ocas veces he visto u n esp ectácu lo sem ejan te y
realizad o seg ú n la p len itu d de m is d eseos. C ierto de
n u estra so led ad , yo b ailab a con ella, d irigid o y esti­
m u la d o p o r ella, allí d o n d e to do m i cu erp o se p o n ía
al servicio de m is m ejo res p e rce p cio n es y sueñ os. Pa­
re cid o a lo sen sual, estab a m ás allá de la sen su alid ad

83
D i a m e l a Eltit

m ism a; sem ejan te a lo irreal, p o rta b a la re alid a d de


to d a s las vidas h u m an as.
B u sc á b am o s el tiem p o y los d esign io s qu e ya m i
h e rm a n a m e n o r h a b ía c o m p re n d id o d e sd e la infin i­
tu d d e sus diez añ o s. P or ello, yo p o d ía im itarla, ad i­
v in arla y c re a r p a ra ella un sím il. Se tratab a de la vi­
d a y n o de la m u erte; o bien, la vida a p e sa r de la
m u e rte, o n d u la n d o en n o so tro s com o u n h o m en aje
a las raíces, a los h éro es y a los m en digos. U n festejo
a la a d o lo rid a m iseria h u m an a y a la in certid u m b re
de n u estro fu tu ro.
E r a u n b a ile s a g r a d o q u e m ira b a d ire cto a la tie­
rra, e n c a r n a d o y p o sib le só lo en la tie rra q u e c o n ­
te n ía la p e r fe c c ió n d e n u estro s p ies p a r a q u e el
c u e r p o e r g u id o p u d ie r a tre n z a r el u n iv e rso y re ­
h a c e rlo .
Sin reh u ir la n atu raleza h u m an a, n u estros cu er­
p o s g esticu lab an el o d io y la envidia, la lu ju ria y la
co rru p ció n , con el m ism o énfasis que el aso m b ro
an te el n acim ien to de la esp ecie. M irán d o n o s en
n u estra c ap a c id a d de ser, íb am o s d e sin te g rán d o n o s
y re n acien d o , m ás allá y fu e ra de las p alab ras, lo­
g ran d o a b o rd a r esas h o ras sin horas.
E ra n u estro secreto . D esp u és de term in ar la d an ­
za, M aría de Alava a b a n d o n a b a la p ieza c e rran d o
c u id a d o sam e n te la p u e rta tras de sí. Yo m e ten d ía
en el su elo re c u p e ra n d o m is m iem bros. C on la m e­
m o ria p e rd id a , el b aile se re p le g a b a h asta u n rin cón

84
E l cu arto m undo

de m is h u eso s p a r a re p o sa r su g ran d e z a y a p a c ig u a r
su d esgaste.

L a ira de m i p a d r e e sta lla b a c o m o la d iso lu c ió n


fin al de u n a e stre lla q u e m a d a . S u a u to rid a d c o n ­
tra ria d a g o lp e a b a la c a sa d a n d o a la rid o s y su m ié n ­
d o n o s en la a n g u stia al c o n sta ta r n o so tro s q u e lo
u n ía a mi m a d re la vertien te del o d io . N o n e ce sitá ­
b a m o s c o n o c e r las razo n e s d e su d isp u ta, ni ta m p o ­
co sa b e r q u ién de los d o s h a b ía d e se n c a d e n a d o el
p leito . Ya nos e ra n su fic ie n te m e n te p av o ro so s los
g o lp e s a los e n se re s y el llan to h istérico d e m i m a­
d re d e se á n d o le la m u e rte e im p lo ra n d o la lle g a d a
de su p r o p io fin.
A m b os b u scab an las frases m ás h irien tes, co m o si
las p a la b ra s tuvieran u n valor definitivo y m aterial.
En algu n as o casio n es p a re c ía qu e el d istu rb io p o r
fin se h a b ía disu elto , p e ro d e p ro n to seg u ían con
v iolen cia sus voces a b rie n d o el d e p ó sito d el rencor.
L a c o m e d ia fam iliar r o d a b a h e c h a trizas, y aso m a b a
su real fra g ilid a d . C o m p a re c ía an te n o so tro s u n a
p a re ja hostil, a g o b ia d a p o r el n u d o p e rp e tu o , cuya
esclavitud se e n c a d e n a b a en sus m aterias filiales.
In c a p a ce s d e e x p licitar su re se n tim ien to , se acu ­
sab a n m u tu am e n te d e c a n c e la r sus vidas e n ce rra ­
d o s en el catastró fico e sp a c io fam iliar. A u n q u e mi

85
D i a m e l a Eltit

m a d re e ra la m ás c erte ra y en carn izad a, fin alm en te


o p ta b a p o r re n d irse p u e s m i p a d re , in v ariab lem en ­
te, a n u n c ia b a su in ten ció n de a b a n d o n a r la casa. Mi
m ad re se v eía en el o p ro b io de la p é rd id a y del
a b a n d o n o . Im a g in a b a legio n es de m u jeres c arg an ­
d o a sus llo ro so s h ijo s a través d e m o n tes y p an tan o s.
V eía m a n a d a s de h u é rfa n o s h am b rien to s, e n treg a­
d o s a diversos tráficos carn ales. Se p o n ía , ella m is­
m a, en la situ a c ió n de u n a an cian a re u m á tic a y des­
q u iciad a , e sp e r a n d o la m u erte en el asilo de las
afu e ras de la c iu d a d . S u p o n ía qu e su c u e rp o m ad u ­
ro y so lte ro p o d ía caer en el exceso del tacto, sien ­
d o o b se rv a d a d e sd e los ven tanales de su pieza.
Mi m a d re c e d ía , p u es p e n sa b a que m i p a d re , fu e­
ra de la casa, se in te rn a ría p o r cam in o s felices, p la­
g a d o s d e m u jere s q u e le o to rgarían gratu itam en te
sus favores: m i p a d r e en el sen d ero d el éxtasis y la
b u rla a la a n tig u a fam ilia. E lla sólo re sc atab a p a ra sí
la tra g e d ia cíclica d e la d e grad ació n p e rso n al.
A un así, m i m a d re estab a p e rm a n e n te m e n te
b u sc a n d o el e n fre n ta m ie n to y ju g a n d o con su su­
p u e sta d e sv e n tu ra . E n a lg ú n lu g a r e sp e r a b a el d e s­
p lo m e fin al y la d e sartic u la c ió n de la fam ilia, p e ro
c e rc a d e la re a lid a d se re p le g ab a , a lm a c e n a n d o la
ten tació n .
P ara m i p a d re los distu rbios n o e ran sin o u n a
p arte con stitu tiva d e su vida. L o s c o n sid e ra b a útiles
p a ra m a n te n e r el equ ilib rio y re co rd a rn o s la exten ­

86
E l cu arto m undo

sión de su p o d er. Ja m á s p e n só v erd ad e ram e n te en


ab a n d o n a r la casa. M ás aú n , la sola id e a le e ra in so ­
p o rtab le p u e s el a fu e ra le g e n e ra b a g ran in se g u ri­
d ad . A p re n sa d o c o n tra las casas de la ciu d ad , su rg ía
en él u n d e sa m p a ro in fan til qu e lo h acía re tro c e d e r
h asta su p e n o so d e sarro llo .
C erca de m i m a d re h a b ía co n se gu id o ah u y en tar
sus tem o res c u m p lie n d o con sus d esig n io s g e n é ti­
cos. L as d isp u tas, p u e s, le e ran fu n d am en tale s p o r ­
qu e así se cu m p lía n sus an h elo s bélicos, de los q u e
salía n o sólo in d e m n e sin o tam bién triunfante.
M ás tarde lo gré adivin ar la raíz del ju e g o en tre
ellos. P ero p o r la rg o tiem p o mi corazón d e b ilitad o
m ed ía los efectos d ev astad o res con qu e la fig u ra p a ­
tern a castig ab a a su re b añ o .

A los trece a ñ o s fui a ta ca d o b ru talm en te p o r u n a


h o rd a de jó v e n e s su d a c a s fu rib u n d o s. M ien tras ca­
m in ab a h asta la fu en te d o n d e p a sa b a alg u n as h o ras
o b serv an d o la in q u ie tu d d e las agu as, p u d e verlos a
u n a cierta d istan cia. Pese a qu e a b u n d ab a n p o r la
ciu d ad , en e sa o ca sió n el g ru p o qu e avan zaba h a c ia
m í m e p ro d u jo u n a relativa in tran q u ilid ad . In ten té
devolver m is p a so s y so rte a r a los m u ch ach o s in ter­
n án d o m e p o r calles p aralelas, p e ro de in m ed iato
m e av ergo n cé p o r lo q u e co n sid eré u n a c o b ard ía.

87
D i a m e l a Eltit

L a ta rd e estab a so m b ría m e n te h e lad a. M e h u n d í


en tre m is ro p a s in ten tan d o convertirm e en un bu l­
to a n ó n im o . M uy cerca, p u d e ver d ifu sam en te sus
ro stro s. T o d o s ellos ten ían algo en com ú n p o r el
m o d o en q u e m a n e ja b a n las lín eas de sus caras.
P en sé fu g azm e n te q u e el p a re cid o era co m o la
a rq u ite c tu ra de la ciu d a d , qu e d e so rie n tab a al p a ­
sean te : éste veía cóm o las d iferen cias m uy p ro n to se
m im e tiz ab a n en tre sí. A lgo sim ilar p a sa b a en la cara
de eso s jóven es. Su raíz p o p u la r fo rm ab a un cu erp o
ú n ico , d ise m in a d o en distintos m ovim ientos indivi­
d u ales. T am b ién era co m ú n en ellos, p recisam en te,
la e fic a cia d e sus m ovim ientos, m uy ace n tu ad o s y en
el lím ite d e la p ro v ocació n .
C u a n d o casi n os c ru z á b a m o s sen tí qu e m e h a b ía
a la rm a d o to n ta m e n te , p e ro de p ro n to u n o de ellos
m e to m ó , in m o v ilizán d o m e . M e vi ro d e a d o d e un
n ú m e ro in d e te rm in a d o d e fig u ras q u e se m e ve­
n ían e n c im a . E l m ie d o m e hizo sen tirm e en el c e n ­
tro d e u n a p e sa d illa. L a so le d a d d el lu g a r in d ic a b a
q u e n o h a b ía n in g u n a p o sib ilid a d d e a u x ilio ; a d e ­
m ás, el p á n ic o m e im p e d ía g r ita r e in te n ta r la
h u id a .
L o s m u c h a ch o s se re ía n y h a b lab an en un d ialec ­
to q u e n o p u d e descifrar. E m p u já n d o m e c o n tra la
p a re d , m e p ro p in a ro n g o lp e s aislad o s y so p o rta ­
bles. M i c u e rp o se b a la n c e a b a g ro te sc a m e n te , lo
q u e a u m e n ta b a sus c arc a ja d a s. A u n sab ie n d o qu e

88
E l cu arto m undo

e stab a c o m e tie n d o el p e o r e rro r de m i vida, ataq u é


al qu e d irig ía el h u m illan te acto.
Mi p ie rn a se d isp aró c o n tra él y alcan zó su cad e­
ra. Al to m arlo p o r so rp re sa c o n se g u í lib e rarm e y
em p e cé a d a r g o lp e s d e sco n tro lad o s. E l g r u p o reac­
cion ó de in m ed iato y fu i lan zad o al su elo . El d o lo r
em p ezó a su p e rp o n e rse . L o s g o lp e s im p lac ab le s m e
arrastraro n a u n a sem iin co n scie n cia en la q u e p e rd í
la distin ción de m i cu e rp o . L a e q u id a d en tre m i ca­
beza y mi e stó m ag o alcan zab a, tam b ién , la p la n ta de
mis pies. Ni siq u iera sen tí co rre r la san g re d e sd e la
h erid a ab ie rta en m i m an d íb u la.
En el fo n d o de mi m en te aún se g u ía c rec ie n d o la
ira. Sin sa b e r cóm o , lo gré ergu irm e y m iré d irecto al
m u ch ach o qu e an tes h a b ía lo g ra d o go lp ear. T am b a­
lean d o , traté de ace rcarm e m ien tras el g ru p o se ce­
rrab a en to m o a él. C a d a p a so era un esfu erzo in­
descrip tib le. C o m p le tam e n te m a re a d o , veía a los
cu erp os a ce rcarse y alejarse. P o se sio n a d o p o r u n a
id ea ún ica, p ro se g u í con m i in ten to. Mi b razo se le­
vantó p a ra atacarlo p e ro trastabillé y c aí al suelo.
U n a vez m ás c o n se g u í levan tarm e, a fe rra d o a la
p iern a del m u ch ach o qu e m e m ira b a d e sd e lo alto.
Traté de lleg a r h asta él en un ritm o len to y d e se sp e ­
rado. Mis ojos n u b la d o s h ab ían re ten id o su fig u ra y
casi ciego m e apoyé en él. El m u c h a ch o m e recibió
tenso, sin h a c e r el m e n o r m ovim iento.
En el lím ite de m is fuerzas e m p e c é n u ev am en te a

89
D i a m e l a Ellit

d e sp lo m a r m e m ien tras m i cab eza m e llevaba vertigi­


n o sa m e n te a la o sc u rid a d silen cio sa de la n ad a.
D e s p u é s m e e n te ré de q u e m e d e ja ro n en la
p u e r ta d e m i casa, a p o y a d o c o n tra el d in tel. Al
a n o c h e c e r se n tí el p rim e r e sc a lo frío re c o rrie n d o
m i m a n d íb u la . L a p r o fu n d a h e rid a a rre b a ta b a la
c a rn e a b ie r ta y m o rd a z. D e b í asistir a la fo rm a c ió n
d e m i p r im e r a cicatriz, q u e se a c o m o d ó al c o sta d o
in fe rio r d e m i faz.

L a v io le n cia se d e jó c ae r en p le n a n o ch e. Mi h er­
m a n a m elliza irru m p ió en m i p ieza m ien tras d o r­
m ía, y m e d e sp e rtó re m e cié n d o m e. L a débil luz la
hizo a p a r e c e r co m o u n a visión, p e ro allí e stab a su
b e lla p a lid e z d escalza m irán d o m e fijo.
D e b ía m o s hablar, m e dijo, p o r p rim e ra vez d e b ía­
m o s h a b la r en fo rm a clara y solam en te em o cio n al.
D e b ía m o s, dijo, sacar del m utism o to d o a q u ello qu e
a m e n u d o n o s se p a ra b a y de lo cual éram o s co m p le ­
tam en te in o cen tes. Me exp licó qu e su silen cio le era
im p u e sto p o r m í, p u es yo le o rd e n a b a h áb ito s que-
b ra n ta d o re s p a r a su m en te.
Su s p a la b ra s lo g ra ro n im p actarm e. M e levanté de
la c am a y m e sen té a su lado. E stab a d isp u e sto a d e­
cirle to d o . M ás aún , m e invadió u n a u rg e n cia im ­
p o ste rg a b le , p e ro un m ovim ien to de sus m an o s m e

90
EL cu arto m undo

d istrajo. E n la p e n u m b ra p u d e ver q u e sus d e d o s afi­


lad o s e stab an cu b ierto s d e tierra a lre d e d o r de las
uñ as. S e g u í b u sca n d o la tierra y la en co n tré en sus
p ies m a n c h a d o s p o r toscas placas oscuras.
Mi h e rm a n a m elliza h a b ía salid o al exterior, d es­
d e d o n d e algo o algu ien la h a b ía llam ad o. P u d e ver-
la h u y en d o de su pieza, p u d e im aginar, tam bién , su
c u e rp o cay en d o en el ja r d ín e m p u ja d a p o r u n a figu ­
ra claram en te m asculina.
P or u n in stan te y a gran v elo cid ad proyecté la es­
c e n a o sc u ra m e n te pasio n al. En ese in stan te in term i­
n ab le p e n sé h u ir o e xp u lsarla de la pieza. T om é su
m an o d e re c h a y lim pié la tierra qu e p a re c ía n o q u e ­
rer d e sp re n d e rse de sus uñ as. Mi h e rm an a, con
gran n erviosism o, intentó en un p rim e r m o m e n to
retirarla, p e ro de in m ed iato m e d e jó h acer detrás
d e u n a so n risa qu e yo tan b ien c o n o c ía y q u e m e h a­
b ía o c a sio n a d o ya suficien tes p esares.
Q u e ría pen sar, d e b ía p e n sa r el m o d o de se p a ra r
m i vida. E lla q u ería arrastrarm e h asta la e n aje n a ­
ción su icid a y d o n a r al fin al m i cadáver. M e sen tí
m o rd id o p o r ejércitos de h o rm igas qu e d esfilab an
p o r m i e p id erm is; m e sentí, tam bién , p ro fu n d a m e n ­
te d e sd ic h a d o .
R em ov í la últim a p artícu la de tierra d e sd e su u ñ a
m ás p e q u e ñ a y sólo en to n ces b u sq u é sus ojos. E lla
se levan tó y q u iso cu rsar su lu ju ria a te n tan d o con tra
su cam isa de hilo. Mis ojos fu e ro n h a c ia el p iso p a ra

91
D i a m e l a Eltit

e x p lic ita r m i negativa. U n a lejan a c am p a n a d a m e


so b re sa ltó . Ib a a in iciarse el a m a n e c e r y vislum bré
to d o s los c a m p o s p re p a rá n d o se p a ra la luz. Vi la ciu­
d a d e sc o n d id a qu e se a p re sta b a a h o rrorizarn o s. Pu­
d e sen tir el ú ltim o su e ñ o de m i m ad re, en el qu e se
p o stra b a a los p ies de u n h o m b re p id ié n d o le ser la
p rim e r a e le g id a p a r a el sacrificio. M ás allá adiviné a
M aría de A lava saltan d o de su cam a p a ra venir d irec­
tam en te h a sta m i pieza.
Mi h e rm a n a m elliza e sp e rab a de pie la respuesta.
A u n q u e q u ería hablar, algo m ás p o d ero so m e dete­
nía. H ab ló , en ton ces, del resbaloso lodo que ro d e a b a
la casa. D ijo qu e cad a n o ch e sus su eñ o s la em p u ja­
b an al afu era. Son reí. R eí desp ués, ab iertam en te. Es­
tab a viendo a mi m ad re en ella. Ju g a n d o a los celos
h ab ía lleg ad o hasta la tierra qu e tanto am am os en
n u estra infancia, y la h ab ía u sad o p a ra cegarm e. Mi
h erm an a sólo e sta b a ju g a n d o con tierra, com o en ton ­
ces, y d esd e ella se sublevaba p o r su p ro lo n g a d a abs­
tinencia, p o r su d o lo ro sa y p ro fu n d a continencia.
A u n q u e vi su su frim ien to n o p u d e ayudarla. Q u e­
ría reírm e d el tiem p o q u e in can sab lem en te nos cas­
tigab a. Q uise m irarla co m o a u n a m u ch ach a, p e ro
no h ab ía n in g u n a m u ch ach a, salvo su existen cia afe­
rra d a a la m ía d esd e an tes de ser, o d e sd e el ser m is­
m o. L a c o m p a d e c ía tan to com o yo m e c o m p a d e c ía
y tam bién e ra im p lacab le p a ra sobrevivir a la b arre­
ra de la existen cia.

92
E l cu arto m undo

E lla term in ó b ru scam en te su co m ed ia. In u n d a d a


p o r la paz, m e c o n fesó qu e h a b ía p a sa d o tres n o ch es
de in so m n io , tres n o ch es d e se sp e ra n te s en las qu e
n o h a b ía p o d id o d e ja r de pen sar. A veces c o n se g u ía
d o rm ir a p e n a s u n o s m in u to s, p e ro d e sp e rta b a inva­
d id a p o r las im ág en e s co rtad as d e sus su e ñ o s b astar­
dos. C asi n o p o d ía re co rd a rlo s, p e ro ciertas frases o
p alab ras q u e lo g ra b a re te n e r la im p u lsab an a d e se n ­
trañ ar un se n d d o .
D ijo q u e h a b ía m u ch as p alab ras, frases y ó rd e n e s
en sus corto s su eñ o s, voces qu e h ab lab an d e sd e u n a
oscu rid ad absoluta, clam an d o p o r un difu n to a q u ien
ella n o c o n o c ía o n o p o d ía recordar. L as im á g en e s
cub iertas p o r la o sc u rid a d sólo d e sp u n ta b a n atisb os
de so m b ras q u e no p o d ía re c o m p o n e r en su p ro lo n ­
g a d a vigilia. D ijo qu e q u ería d o rm ir p e ro q u e, sin
e m b argo , el m u n d o d el su e ñ o la e m p u ja b a a p e rm a ­
n ecer d e sp ierta.
D e p ro n to se h u n d ía, se h u n d ía co m p le ta m e n te
a p a cig u a d a . E ra u n a c a íd a p lá c id a y n e ce sa ria en la
qu e se n tía qu e la m en te p e rd ía la b atalla en c o n tra
de su cu e rp o . El c u e rp o triu n fan te ib a d e sc e n d ie n ­
do h a c ia el d e scan so , p e ro e n to n ces la m en te lo p in ­
ch ab a y él re to rn ab a en un fu erte e sp a sm o q u e lo
h acía saltar en la cam a.
D esp u é s de tres n o ch es sin dorm ir, ya n o sab ía
qué e ra v erd a d e ro y cu áles su frim ien to s e ran p arte
de su invención.

93
D i a m e l a Elt it

P o r a lg u n o s m o m e n to s p e n sa b a qu e yo estab a a
su la d o c o m o antes, y ese so lo p e n sam ien to le traía
la c e rte z a d e qu e p o r fin ib a a dorm ir. C on esa im a­
g e n p r e te n d ía e n g a ñ a r a e sa p a rte suya q u e se le h a­
b ía vu elto en con tra, p e ro su fracció n su b lev ad a le
e x ig ía te n d e r su m a n o p a r a b u scarm e entre las ro ­
p a s d e so rd e n a d a s.
S u s m ú scu lo s p a lp ita b a n h a stiad o s p o r la e xtre­
m a ten sió n , los o jo s le d o lía n co m o si tuvieran are ­
n a la c e ra n d o las có rn eas y la se d crecía m ás allá del
a g u a in v ersam en te líq u id a. C re ía ver g u errero s in­
c ru sta d o s en las p a re d e s, co n h orribles tajos san ­
g r a n d o a través d e las a rm a d u ra s. Creyó q u e aves de
ra p iñ a le revo lo teab an e n cim a e sp e ra n d o qu e la sed
la d e rru m b a ra .
P ara ahuyentar a esos seres acu d ía a la luz. L a clari­
d a d la lan zaba a u n a sen sación insoportable. Terrible­
m en te presente, p o d ía verse e n la pieza aprision ad a
en tre el ab su rd o de los o b jeto s y, con u n a soled ad
q u e n o p o d ía resistir, su fría allí el vicio de la vida.
P refería re to rn ar a la o sc u rid a d en la que, al m en os,
p o d ía g e n e ra r a un otro, au n p a ra escarn ecerla.
S u s o íd o s tam bién se h a b ía n trasto rn ad o. L a casa
c ru jía y p a re c ía q u e las p a re d e s estab an a p u n to de
d e sp lo m a rse e n cim a de ella.
S e n tía q u e las p a re d e s c o n te n ían u n a fo rm a de
h u m a n id a d p erv ersa q u e su e stad o so rp re n d e n te ­
m en te lú cid o h a b ía d e scifrad o . E scu ch ab a pasos,

94
E l cu arto m undo

q u e jid o s, e sc u c h a b a g e m ir a los o b je to s y re írse a la


te c h u m b re , o ía m u rm u llo s en la p ie z a d e m is p a ­
d res, p a la b ra s q u e p r o c la m a b a n la re alizac ió n de
u n a e sc e n a in d e c e n te . P o d ía o ír n ítid am e n te los
h u e so s c h o c a n d o , ro d illa c o n tra ro d illa, y el c rá­
n e o de m i m a d re r e c a le n ta d o , r e so n a n d o la e x p a n ­
sió n ó se a.
E sc u c h a b a a M aría de A lava h a b la n d o en su eñ o s
con u n a in g e n u id a d qu e la h a b ía m aravillado. Su
voz m e lo d io sa p a re c ía can tar ten u em en te u n a histo­
ria de b o n d a d d o n d e los seres h u m an o s sacab an lo
m ejo r d e sí m ism os p a r a d o n a rlo a la tristeza d e la
p ied ra. L a s voces de los su e ñ o s de M aría de Alava le
d e m o strab an q u e su p ro p io ser estab a a rra sad o p o r
h erid as cortan tes y p e rp e tu as. P en só qu e m i h e rm a­
n a m e n o r so ñ a b a a sí p a ra a u m e n ta r su m artirio y
qu iso h u ir del b ien q u e sie m p re la esquivaba.
E sa terce ra n o ch e, la m ism a en q u e se a p arec ió
en m i pieza, m arcó la cu lm in ació n de lo qu e p o d ía
sop o r ar. S u p e rp o n ie n d o m u rm u llo s, gem id o s, im á­
gen es, b u scó el exterior. C o n u n sigilo qu e n o se co-
n ocíá, reco rrió la casa y ab rió la p u erta, qu e ced ió
m an sam e n te y en silen cio.
V io el e x terio r can tar in m en sam en te p o d e ro so ,
re cib ie n d o su fig u ra p a ra fu sio n arla con la vitalidad
de la tierra. Sin e m b argo , e n te n d ió q u e n o h a b ía na­
d a n atu ral, sin o qu e la tierra m ism a estab a con stru ­
yen do el artificio de un esp ectácu lo .

95
D i a m e l a El ti t

L e p a re c ía que la n o ch e la iba d esp erson alizan d o


y la tran q u ilizab a retirán d ole la vagu ed ad de sus
sen tid o s. P ensó que la fam ilia q u ed ab a atrás, ju n to
a to d a la esp ecie h u m an a, m ientras ella vivía un ex­
terio r ilim itad o d o n d e era po sib le d esh acer todas
las p asio n es.
Q u iso p ro b a r la con sisten cia de su descu b rim ien ­
to y, sin en ten d er cab alm en te lo que hacía, em pezó
a b u sc a r gu san o s qu e habitaban deb ajo de la p rim e­
ra c a p a de tierra. L o s d esen terró larvarios y h ú m e­
dos. Se resb alab an p o r sus m an o s y co m p ren d ió qu e
h a b ía ven cido su p avor a la m uerte. C ad a gu san o
e ra la tran sform ació n invertida de su cuerpo, qu e al­
gú n d ía iba a llegar a ese estado inferior retroce­
d ie n d o ejem p larm en te la especie.
L a p ie d a d fue su fiesta n octurna: p ie d ad al gu sa­
n o, p ie d a d a la cu en ca de sus ojos y p ied ad p a ra su
esq u e le to qu e crecía sord o y altan ero, segu ro de
qu e la carn e lo aco m p añ aría p a ra siem pre.
D ijo n o sab er cuán tas horas estuvo escarb an d o
b ajo la tierra. De p ro n to sintió qu e to do h ab ía ter­
m in ad o y qu e d eb ía acu d ir hasta mi cuarto a d esp e­
ja r la o tra incógnita. Ya h ab ía descifrado el sentido
de su origen , cuya clave, le parecía, d escan sab a en
m í y no en mis p adres.
Pensó que con su m arn o s com o uno p o d ía traer a
la m em o ria el im pacto real del o rigen y el instante
ún ico e irrepetible en que el o rgan ism o decidió la

96
E l cu arto inundo

gestación. Yo h ab ía sido testigo de su em ergen cia a la


vida y, p o r ello, sólo en m í descan sab a la respuesta.
D ijo que cu an do se m e puso al frente su p o que yo
no iba a descerrajar la com puerta. M e dijo qu e h abía
leído en mi cabeza la caíd a hacia un acto vulgarm en ­
te genital; leyó los celos, la vergüenza, el m iedo, y se
com padeció p o r m i lim itada m ente.
L le g ó a afirm ar, con u n a se g u rid a d qu e no le co ­
n ocía, qu e estab a c an sa d a de n u trirm e p u e sto qu e
yo, co n su m id o en un e rro r so sten id o d u ran te d e­
m asiad o tiem p o, la c o n fu n d ía con m i m ad re, tras­
p a san d o no sólo su p arte láctea sino, ad em ás, su li­
m itad o e in estable ser. R epitió qu e estab a c an sad a
de n utrir m i vida y de ir lim p ian d o cad a esp ejism o
que el d esierto de mi m en te fab ricab a.
A u n qu e p u d e reten erla, le p erm ití avanzar h acia
la salida. D urante algu n o s m in utos m e q u e d é in m ó ­
vil, ced ien d o al dolor. Ya h ab ía ap arecid o la p rim e­
ra h o ra del día, aún esp esam en te gris.
Sin m ed ir m is p aso s ni e sp e ra r el silencio, salí de
mi pieza y m e dirigí d irectam en te a su cuarto. N o sé
qu é realid ad alcanzó su arrep en tim ien to ni la cali­
d ad salob re de sus lágrim as. Sólo m e im p o rtab an
sus p alabras n egan d o to d o lo que h ab ía dich o y m al­
dicien do el in som n io qu e la h ab ía alterad o hacién ­
dole creer que yo era su en em igo .

97
D i a m e l a Eltit

Mi m a d re p recip itó el encierro. D esp lom ó el uni­


verso, co n fu n d ió el curso de las agu as, d esen terró
ru in a s m ilen arias y atrajo can tos de gu erra y p o d re ­
d u m b re . M i m ad re com etió adulterio.
E l ad u lterio de m i m adre derribó con un em p u ­
j ó n b rutal a to d a la fam ilia. El in tenso d o lo r de mi
p a d re an te la actividad en el sexo de mi m adre nos
llevó d e sd e el a so m b ro hasta u n a vergüen za m ás crí­
tica qu e to das las an teriores.
E sta vez u n co n q u ista d o r de carn e y hu eso h ab ía
fo rza d o la en trad a, y m i m adre se en tregó con él a
la lujuria b ajo el techo de la casa, en la fron tera de la
ciu d ad y en u n a h ab itación só rd id a en la que alter­
n a b a sus citas.
L a ciudad se reía de mi padre y él la m iraba estre­
m ecerse, sin entender el origen de su burla. L a ciudad
tam bién se reía de nosotros.
Mi p a d re se en teró , aun m ás allá de su p ro p ia vo­
lun tad. P erseg u id o p o r los susurros, debió afrontar­
los y sus p asos sigu iero n a mi m adre hasta el lugar
exacto de su últim a cita. Irrum pió en la tosca pieza
qu e los a m p a ra b a y de u n a sola o je ad a p u d o recom ­
p o n e r cad a u n a de las escenas de las cuales él qu e­
d a b a excluido.
Creyó qu e el vóm ito lo aliviaría y que, después,
todo h ab ría term in ado. C u an d o vio los restos sobre
la cam a, re sb alan d o h asta el piso, p ercib ió que ap e­
nas cruzaba el um b ral hacia u n a pesadilla.

98
E l cuarto m undo

Im agin ó la d esn u d ez de m i m ad re e xig ien d o la


plen itu d al otro cu e rp o . Ese p en sam ien to visaal le
origin ó un ch o rro d e o rin a qu e escurrió tibiam en ­
te, irrig an d o sus p iern as. E x u d ó lágrim as y sudor,
frío y esp an to , m ien tras u n a parte de él m o ría defi­
nitivam ente en m ed io d el esp asm o de la d o lo ro sa
h erid a m oral.
Sintió qu e las c arcajad as de la ciu dad salían des­
de las bocas de sus p ad re s m uertos, que se reían del
honor. El son ido de su vieja m adre olvidada cruzaba
todas las eras y lleg ab a hasta la pieza p ara im p u gn ar
el festín de las m ujeres qu e la habían ap artad o del
m undo.
Mi m adre lo m irab a aterrad a. L e p arecía com o si
u n a n ación en tera estuviese a pun to de desaparecer.
Casi no se re co n o cía y, ah ora, frente a m i p ad re y de
espaldas a su am an te, sintió que el am or y el m ied o
la in un d aban . Q uiso arrodillarse p e ro carecía de
fuerzas p a ra realizar cu alqu ier m ovim iento. Pensó
en la súplica, p e ro n o p u d o en con trar las p alabras
que h ab laran de sus culpas.
L o m ás abism an te fue la fuerza del deseo que la
invadió: im agin ab a qu e m i p ad re la tom aba violen­
tam ente sob re la cam a m o jad a y la p o seía b ajo los
ojos del an tiguo y ya olvidado am ante. L a p ro fu n d i­
dad de la pasión qu e la estab a invadiendo le otorgó
un m atiz que ni mi p ad re ni el con q u istad or h abían
visto ja m á s.

99
D i a m e l a Eltit

P o r u n in stan te am bo s la m iraro n extasiad o s, sin­


tié n d o la ¿yena y d esco n o cid a. S e m e ja b a u n a re­
n o m b r a d a m eretriz y, a la vez, u n a novicia con la ca­
b ez a r a p a d a a p u n to de in tern arse en el in terior del
clau stro . P a re c ía tam bién u n a alie n ad a recib ien d o
u n a g o lp iz a p a ra ser ap acigu ad a. E ra casi u n a m en ­
d ig a a q u ie n se le en tregab a, in exp licab lem en te,
u n a m o n e d a d e o ro p o r lim osna. Su exp resió n se
to p a b a c o n el éxtasis qu e sólo es p o sib le p re se n ciar
p o r u n a vez en la vida. Por eso am b o s h o m b res no
p o d ía n a p a rta r sus ojos de ella, a p e sa r de qu e la si­
tu ació n q u e los h ab ía convocado n o ten ía relación
a lg u n a c o n la a p a rie n c ia qu e m i m ad re estab a
a d o p ta n d o .
Mi m ad re h a b ía en trado en un estado absoluta­
m en te p ro fa n o y m isterioso al d escu b rir el orden
e xacto de su d eseo . El h aberlo vislum brado la hacía
sen tir co m o si en realid ad lo estuviera con su m an d o.
M i p a d r e la p o se ía de un m o d o p e rfe c to , con la
p e rfe c c ió n del d o lo r y la fu erza de los celos, ante
la m ira d a h u m illa d a del am an te p é tre am e n te cosi-
fic a d o . A llí ella d e ja b a asce n d e r su c ara im p u lsad a
p o r lo s latid o s d e su cere b ro ilu m in ad o co m o el es­
p acio , su sten tad o en los huesos ro íd o s de la especie
h u m an a.
Se creyó a co m p a ñ a d a p o r la voz d e sg arrad a y ató­
m ica de u n a m u jer n egra que le ab ría las piern as p a­
ra llevarla al final en un him no m argin al y solem ne.

100
E l cuarto m undo

E n ten d ió qu e el p lacer era u n a co m b in ato ria de


in fin idad de d esp erd icio s y exced en tes evacuados
p o r el d e sam p aro del m u n d o ; en ton ces, p u d o h o n ­
rar a los d e sp o seíd o s de la tierra, gestan tes del vicio,
cu lpables del crim en, actuantes de la lujuria.
L a cara de m i m ad re seg u ía asc e n d ien d o en un
viaje fijam en te cósm ico y p erso n al. Mi p ad re y el
am ante p u d ie ro n observar, so b reco gid o s, el clím ax
crispado en cad a m ilím etro de su rostro.
Mi m ad re se dejó caer ex ten u a d a y p o r algu nos
segu n d o s p areció desvanecerse. Mi p ad re la levantó
y la sacó d e la pieza hasta el frío exterior.
C am in aro n p o r la ciu d ad , c ad a u n o en sim ism a­
do en sus p ro p io s p e n sam ien to s y em ocion es. En
un m o m en to m i m ad re in ten tó acercarse, p e ro él
rech azó el con tacto a d e lan tán d o se levem ente. E lla
lo siguió resign ad a, tratan d o de adivinar n o sólo las
sigu ien tes h oras sino la re alid ad de su p ro lo n g a d o
futuro.
Mi p a d re cam in ab a su m erg id o en diversas im ­
presio n es. A lgo de él ya h ab ía olvidad o lo o cu rrid o.
E sp ecialm en te al m irarla de reo jo , le p a re c ía im p o ­
sible el cau ce de su co n d u cta y, al m ism o tiem po,
sen tía qu e su o rgu llo q u ería an iq u ilarla hasta la
m uerte.
L e p are cía n o co n o c erla y su cu rio sid ad q u ería
d escu b rir cad a p en sam ien to , c a d a sen sación ; lo
ato rm en tab a la u rg en cia de qu e ella le h iciera un

101
D i a m e l a Eltit

relato n u ev o y co m p leto de su vida. U n relato re­


p ro b a b le y sin cero. Q u e ría ago tarla y, d e sp u é s de
saciarse , tirarla sob re las calles de la ciu d ad p a ra
q u e la a c a b a ra n el frío, la in fección y el h am b re.
S en tía, sin em b argo , que no iba a ab an d o n arla
p u e s e sp e ra b a , en el tiem po que le restara de vida,
b o rra r lo su ced id o . Así p u d o atisbar que a am bos les
h ab ía to ca d o el privilegio de d e sce n d e r p au sad a­
m en te u n o a un o los escalon es del infierno.

D e c id im o s el e n cierro p a ra cu b rir las v erg ü en ­


zas y la c a r g a de las h u m illacion es. C arco m id o p o r
el e n c ie rr o a lo larg o de los añ o s, tom é d istan cia
co n los h ab itan tes de m i casa, q u e se travestían in­
c e sa n te m e n te p a ra disolver la p e rv e rsid ad de sus
n atu rale zas. Mi h e rm a n a m elliza a d o p tó la fo rm a
de la in d ig e n cia , caíd a, al igu al qu e los otros, en el
v értigo d e la sim u lación .
E n ese tiem po atroz e in au gu ral la fam ilia se p e r­
m itió to d o s los excesos, salvo la p en u m b ra, que a mi
h e rm an a m elliza la horrorizaba. M antuvim os vigen­
tes n eo n es, can delas, fluorescen tes, p ara esp an tar la
o scu rid ad qu e p o d ía arrastrarn os a prácticas solita­
rias cen su rad as p o r el orden .
E n la gran habitación com ún redujim os los ali­
m entos: M aría de Alava los im partía con su acostum ­

102
E l cu arto m undo

b ra d a p u lcritu d . P erm an ecim o s fre cu en te m en te


ovillados y apoyados en los m uros p ara evadir u n a
definitiva m asacre m en tal. Sen tíam os que la dim en­
sión del delito se h ab ía acen tu ad o hasta fo rm ar una
g ru esa cap a in tan gible qu e nos volvía cad a vez m ás
inestables.
C asi n o cruzábam os p alab ras, satu rados p o r el so­
n id o m etálico de la voz de mi p ad re, quien no cesa­
ba de fustigar a su orgu llo.
L a vergüenza de mi m ad re se h ab ía instalado en
su piel cetrina y su p u ran te. N uestros rasgos, alarm a­
dos, em pezaron a gesticu lar la con dición ú n ica del
pán ico. Sin tién dom e in cru stado en un tiem po críti­
co, acep té d ep o sitar la con fesión en mi h erm an a
m elliza.
II
Tengo la m ano

T E R R IB L E M E N T E A G A R R O T A D A
Mi h erm an o m ellizo a d o p tó el n om bre de M aría
C h ipia y se travistió en virgen. C o m o u n a virgen m e
anunció la escena del parto. Me la anunció. Me la anun­
ció. L a proclam ó.
O cu rrió u n a extrañ a fecu n d ació n en la pieza
cu an do el resto sem inal escurrió fu era del b ord e y
sentí com o látigo el desech o.
“ ¡O h, no!, ¡oh, n o !”, dijim os a coro al percib ir la
catástrofe qu e se avecin aba. E volucion áb am os a un
com p ro m iso h íbrido, an tigu o y asfixiante que nos
su m ergió en u n a in clem en te du da.
D ecid í en tregar a M aría de Alava la custodia del
niño qu e acab áb am o s de gestar. L o d ecid í en ese
m ism o instante origin al com o o fre n d a y p erd ó n p a­
ra las culpas fam iliares.
(El niño venfc ya h o rriblem en te h erid o.)

107
D i a m e l a Eltit

M a ría de Alava, que h ab ía p re se n ciad o to d a la es­


cen a, hizo un canto m ím ico que alab ab a n u estra
u n ió n y dijo:
—L a fam ilia su d aca n ecesita m i ayuda. Este niño
su d a c a n ecesitará m ás qu e nadie m i ayuda.
E l acto q u ed ó sellado. P ara en ten d erlo e ra preci­
so rep etirlo hasta borrarlo. P isotean do a su virgen
q u e llam ab a el m al, qu e sign ificab a el m al, M aría
C h ip ia se do b ló en el suelo y su b o ca m o rd ió el p o l­
vo. D esn u d o , com o hijo de Dios. Me d e b atí en la
m a n ch a de san gre. Iracu n d a, com o hija de Dios.
(El n iño venía en la paz cetrina de su m al sem ­
b lan te.)
M e incliné p a ra excu sarm e p o r mi sexu alid ad te­
rrestre. M aría C h ipia y M aría de Alava ap elaro n al
erotism o de las m asas. Yo, u n a de ellos, caí en laxi­
tud d e sp u é s de la lujuria, sin fo rm a ni cu erp o y con
u n a e sp an to sa fractu ra m oral.

108
—¡Q ué h icieron ! ¡Q ué hicieron !
L a voz de mi p a d re a tro n ó la pieza, cruel.
N o so tro s tem b lam o s, tem b lam o s h o rro rizad o s.
Mi p a d re , an cian o y cru el, cu lp ó , clam ó, re n e g ó de
m i m ad re. Mi m a d re , ya a n c ia n a y o b scen a, se d o ­
b leg ó an te él, re c o n o c ie n d o qu e su o d io e ra sa g ra ­
do, y su cu erp o su p u ra n te esgrim ió u n gesto de
m e n o sp re cio h acia n u estras figu ras evacu ad as p o r
la p asió n y trasp asad as p o r el ad u lte rio m atern o
an tigu o .
V im os que la v irilid ad se g u ía ap aren tem en te co­
rrecta e igu alm en te d añ in a. C om o m ellizos que
d e scen d íam o s, estáb am o s g e stan d o n u estra p ro p ia
p ro le autista en la cerrazó n fam iliar. U n a p ro le so­
m áticam en te p a re a d a con los c ro m o so m as estre­
ch am en te e m p are n tad o s. C o m o n u n ca.

109
D i a m e l a Eltit

M aría C h ip ia ya no era el m uchach o glorioso de


an tañ o . N i sob erb io , ni equívoco. Yacía de cara a
m is p a d re s, acu sán d o m e de contagiarle un ren co r
o rg án ico y ven éreo.
M aría C h ip ia em p ezó a convulsionarse p o r los
efectos d e un in m in en te ataque epiléptico, los gru ­
m os fo rm á n d o se en sus com isuras. M aría de Alava y
yo, sin asistirlo, inclin am os la cerviz. L a cólera de m i
p a d re term in ó de rajar mi tela.
(S u p e qu e el n iño ven ía con el crán eo h u n d id o .)
T orcí m i cabeza h acia M aría C hipia, quien, co­
p ian d o a m i p ad re, apen as p o d ía decir en m ed io de
sus convulsion es:
—¡Q ué hicim os! ¡Q ué hicim os!
Mi m ad re p a se a b a ante nuestras cabezas bajas es­
tilan do un in cesan te hilo de san gre que la aco m p a­
ñ ab a d e sd e el adu lterio. Mi p ad re le o rd en ó qu e
a b an d o n a ra n el recinto. Me co m p ad ecí p o r sus figu ­
ras ya pen osas.
M aría C hipia, p asán d o se las m an os p o r la boca,
dijo:
—Q u iero que M aría de Alava m e baile un h o m e­
naje.

110
M aría C h ipia y yo sab em o s qu e h em os n acid o p o r
un a m ala m an io b ra de D ios. Sin cansarse, rep ite ob­
sesivam ente “soy un d ign o sudaca, soy un d ig n o su-
d a c a”, m ientras las sílabas se trizan con tra los m uros
de con ten ción de la casa.
Su m irad a d iu rn a brilla desde sus ojos m aq u illa­
dos. Su m irad a n o ctu rn a en agon ía. Me n o m b ra y
m e atrae con tra su p ech o d esn u d o, p id ién d o m e
nuevos con ten idos, otras poses; m e pide revisar la
p osib ilidad de lo o b scen o . Su p ech o d esn u d o se to­
ca con el m ío y en la distancia pu lsa su genital y h a­
bla de deseo.
Me p o see to d a la n o ch e. M aría C h ip ia m e p o se e
to d a la n o ch e m ien tras m is p ad re s, tre p ad o s p o r
las ventanas, nos o b servan en tre los resq u icio s. D i­
fícil, difícil h ac erlo b ajo sus m irad as, p e ro u n a y

111
D i a m e l a Eltit

o tra vez n o s en co n tram o s en un p la n o a te rra d o ra ­


m e n te p e rso n a l.
M a ría d e Alava m e o rd e n a qu e describa el acto.
L e o b e d e z c o fran q u e an d o la in utilidad de mi len­
gu a. D ejo p o r escrito m is argu m en to s y M aría Chi­
p ia d ib u ja la posición de mis p ad res.
L a v erg ü en za de mi m adre nos ro d e a envolvién­
d o n o s en u n a estela p ro fu sam en te azul.
M aría d e Alava me pide u n a vez m ás qu e descri­
b a el acto:
- M a r ía C h ip ia m e h a p o seíd o to d a la noch e.
—¿B ajo la m irad a de mis padres?
—Sí, en el cen tro de sus pupilas.
M aría C h ipia, trasp asado p o r p alp itacio n es, no
d e ja de p o se e rm e ; su alm a erran te tap a los agu jeros
a la m ira d a de m is padres, qu ien es estrellan sus ca­
b ezas c o n tra los dinteles de las ventanas.
A o scu ras ju g a m o s a los m ellizos en la noch e. Un
ju e g o íntim o, h ú m ed o y lleno de secrecion es. E xte­
n u ad o s, lo gram o s al am an ecer qu e el n iño perfile
n ítid am en te su sexo.
M aría C h ip ia m e p id e que viole m i secreto.
D estrozo mi secreto y digo:
—Q u iero h acer un a o b ra su daca terrible y m olesta.
M e m oví fe cu n d a. Q ue sí. Q ue sí. F ecu n da.
M aría C h ip ia no cesab a de llorar. M aría de Alava,
muy g o rd a, m ás envidiosa, m ás lívida. S en tad a en el
taburete e sp e rab a la exp losión fam iliar y el olvido
p a ra nu estras culpas. Intenté b lo q u earm e y leer p a­
ra p artera, em ití la im agen de un p e lig ro so bisturí,
aluciné p alqu i.
U n a voz m e trasp asab a la cabeza. U n a voz incrus­
tada en el trágico vacío n euronal, adivinando el m o­
m en to del parto ya incrustado en el lóbulo izquierdo
e inm inente. L a voz insultaba la ab ertu ra genital.
D ifusa, diversa, estupefacta, m e acerq u é a la figu ­
ra d o b la d a de M aría de Alava y le su p liq u é u n a se­
sión m ás tarde, m ás tarde, le dije, u n a au d ien cia
p relim in ar p a ra diluir las culpas.
D o b lad a, asintió:

113
D i a m e l a Eltit

—M ás tarde.
M aría C hipia, mi h erm an o m ellizo, escuchó la ci­
ta exclu y en te y, p o r su d eb ilid ad fisiológica, hizo
u n a n e u ro sis, imitó u n a psicosis p erfecta. Realizó a
c o n tin u ac ió n u n a b ella escen a ritual en la qu e se
to rn ó ru b io , árido.
E l p e lo le caía h o m b ro ab ajo , sus ojos se torcían
en las cu en cas. Su cab eza casi le estallaba (h acía dos
n o ch es qu e no d o rm ía). M aría C h ipia b ailaba, bai­
laba, ib a d e jan d o atrás sus sentim ientos, y sus m eji­
llas len tam en te se en cen d ían h acia un afectado rojo
artificial.
D e sd e a fu e ra n uestros p a d re s nos in su ltaban . Se
v en ían en p ica d a en co n tra de n osotros. M aría Chi­
p ia h izo un últim o c u ad ro afásico. Casi afásico. Fue
cu m b re y d o lo ro so su gesto rictus sin lo grar m o d u ­
lar la co m p le jid a d de su n o m b re. Su alto ín dice de
tea tra lid a d con vergió a un e sq u e m a p erfecto y si­
len cioso .
M aría de Alava y yo lo d ejam o s a solas go zan d o de
su m agn itu d . Antes d e salir, M aría C h ipia m urm uró
en m i o íd o que el n iño n acería m alform ado.

114
M aría de Alava recibió m i confesión. Yo estab a ex­
trem ad am en te can sad a y m e incliné con la cabeza
gacha.
E lla p erm an ecía recta, lívida, im pávida y falaz.
—M aría de Alava —le dije—, exp u lsa tu sord id ez y
atien de a mi p ed id o . Ponte en m i lu gar d e g rad ad o
e inútil.
P erm an ecía im pasible, absorta, ajen a y en em iga.
—M aría de Alava —le dije—, h a sido n u estra m ala
con d u cta su d aca la que h a p recip itad o esta esp an to ­
sa catástrofe.
Se llevó su índice a la boca, se m ojó los labios con
la len gua. E scu pió su saliva sob re el taburete.
—N o es posible n in gu n a salida —dijo—. A cude a re­
fu giarte en m i herm ano.
—N o lo n om bres, que es en m í la ob sesión y el
m iedo.
D i a m e l a Eltit

—D eb erán en fren tar mi m ejo r com b ate - d ijo - .


C o n q u istaré en m i cu erp o interior el de ustedes.
—E stás trasp asad a p o r la n ecesid ad —le dije—. Yo
q u iero ahuyentar mi u rgen cia.
—¿R en iegas de tu vientre h in ch ado? —p regu n tó.
M aría de Alava m e m iró en su inquisición. L e re­
laté el instante de la terrible rajad u ra y m i asom b ro
ante la san gre qu e corría. D ije que incluso ah í no
p u d e librarm e de m i p ro p e n sió n al sueñ o. Dije,
tam bién , qu e m i p reñ ez n ecesitaba un nuevo halo
n eó n ico qu e m e destacara.
F o rjó la b arra p a ra mí.
M aría de Alava m e dio un presen te. U n círculo
azul y brillante qu e h acía ju e g o con m is aretes, con
m i p e in ad o , con mi e stro p ead a cara que se ah u eca­
b a an te cad a u n o de los m ovim ientos m uscu lares
del en gen d ro .
L e hablé. H ablé de m í, del cuerpo lace rad o de mi
m ad re qu e se d estru ía p o r la continencia. C elebré
lo inevitable de n u estro p e ca d o capital. P ensé qu e la
h o g u e ra m e cercaba, p e ro logré alejarla y term iné
p o r relatarle las exactas ab ertu ras de mi gen ital em ­
p a ñ a d o y firm e.

116
H ab lé a M aría de Alava sencillam ente, sin m iedo.
—Mi m adre está c u b ie rta de heridas p erso n ales.
—R epite —dijo.
—A ún el adu lterio está m etido en su cabeza.
Mi cu erp o o rgán ico m e dolía, m i alm a o rgán ica
tam bién se q u ejab a ante ella, p o se íd a p o r el m alefi­
cio de la fecu n d ació n .
Me dolían , m e d o lían los dos organism os.
L a turb ación se e x ten d ió p o r la pieza. L a turba­
ción creó u n a e sp e sa c a p a entre n osotras. N uestras
caras m acilentas, d esen cajad as, n o se atisb ab an con
nitidez. L a tu rb ación o p e ra b a fin am en te com o un
láser. Mi h erm an o m ellizo m e turbó, su exasp eran te
calm a. Su pim o s qu e se avecin aba el m o m en to de la
confesión. L o su p im os al u n íson o e in ten tam os re­
tardarla. E stábam os trasp asad as p o r el ago tam ien to .
D i a m e l a Eltit

M aría de Alava, m ed io ciega, se aprestó. Yo, al


frente y m iserable, je ra rq u ic é el orden de m is corru p­
ciones. E n mi p u p ila m edio cerrada todavía bailaba
M aría C h ipia provocán dom e un desastre psíquico in­
tenso. M ientras bailaba, el dolor erraba p o r todo el
ojo con la danza.
In cluso así, m e dispuse:
—D eb o olvidar el baile.
S en tía la fig u ra bailar en mi interior, ten tán do­
m e. L a co n fesió n p e rd ía validez.
—Pero aún d e b o dism in uir la vergüenza de mi
m ad re —p ro se g u í.
(P ro segu í con u n a descon certan te lucidez.)
—A h ora la fam ilia está to cad a p o r la abulia. T odas
m is voces m e o rd en an p ro fu n d izar el desconten to.
Este d esco n ten to su daca, rojo y ávido de sangre.
M aría de Alava se irguió levantándose del tabure­
te (el tab u rete ap en as con ten ía su g o rd u ra). Se m a­
nifestó p r e p a ra d a p a ra el día siguiente. A lucinada
p o r la esp era, d e b í ap u n talar el cu erp o de mi m a­
dre. Su c u e rp o vivo y sublevado.
C erca del am anecer, mi m adre, a p e g a d a a mi cos­
tado, m urm uró:
—Es de nácar. El hilo traspasa mi calzón de seda.

118
P resen tí a m is h erm an os m oviéndose sisrilosos O
p o r la casa p a ra en co n trar un sitio o p o rtu n o , arras­
trando con ellos la fu erza de la an arqu ía. C u an d o o í
el roce de sus cu erp os, m e quedé.
Me q u ed é aten ta p a ra cargar sus culpas, las m ías,
tran sp ortan d o la an tigu a y d e g ra d a d a h u m an id ad
su d aca sobre m i nuca. C ayendo. C ayendo e xp lo sio ­
nada.
M aría de Alava obtuvo esa noch e un terro r n o c­
turno y m aterial. M aría C h ipia estuvo to d a la n o ch e
al b orde del placer, p oseso de calam bres, cruzado
por m ovim ientos in arm ón icos, e sp eran d o el deb ate
de su terrible an tagon ism o, aferrad o a sí m ism o co­
m o si fu era a eludirse.
Mi m adre, pid ien d o clem encia, paz p a ra la fam i­
lia. Mi p adre, atacado de insom nio, habló em itien d o

119
D i a m e l a Eltit

alarm an te s ju ic io s. “A ncianos ab stractos”, los n o m ­


b ra M aría d e Alava, p e ro n os am an, nos am an con la
m ism a in ten sid ad de antes de la caída.
¿C u á n d o ? ¿C u án d o caím os?
O sé p re g u n ta r a M aría de Alava, p e ro ella m e si­
len ció d e sd e la o tra pieza. Mi m adre se aprovech ó
de m i con fu sió n y d e b í segu ir ap u n talán d ola con
m is h u e so s fo rzad os hacia la posición m ás im perti­
n en te d e m i o rgan ism o . C om o en cepo to d a la n o ­
che.
Vi a m a n e c e r tullida y ya im person al. M aría de
Alava se p resen tó , en sus brazos aún m u g ía la p re ­
sen cia del cilicio qu e le im p o n ía M aría C h ipia cad a
vez q u e la tocaba. L a tocaba. Yo, m artirizada, car­
g a n d o a m i m ad re p a ra que ellos ab om in aran lo
ab erran te.
C a í en u n estado de so m n o len cia contagiosa. Mi
m ad re, rasg u ñ an d o m i esp ald a, dijo:
—Divino. Divino. El ego m altrech o de M aría C hi­
pia. L a h erid a ran u ral de las m ujeres.

120
—Te ves im p o n en te, M aría de Alava —le dije.
—N o m e h alagas —con testó—, n o m e p ro d u ce s un
adsb o de placer.
Mi fo rm a m an íaca d esp ertó un h am b re d esatad a
en M aría de Alava: em p ezó a m o rd e r p e q u eñ o s ta­
llos, trozos de p an . Se com ía las uñ as, p alid ecien d o
en su apetito.
L a luz entró súbitam en te. L a viru len cia b lan q u e­
cina p rovocó u n a eru p ció n en M aría de Alava,
qu ien se revolvió en su butaca.
Me sen tí co n fesio n aria p o r la luz y m e im pulsé a
nuevas revelaciones:
—H e m o s h ech o cosas terribles y m olestas.
Mi h e rm a n a se burló y, convulsa en carcajad as,
dijo:
—N a d a es suficiente p a ra el estigm a sudaca. M ira

121
D i a m e l a Eltit

la fren te h u n d id a de m i p ad re. En estos años m i m a­


dre n o h a d e ja d o de sangrar.
—M aría de Alava —le dije—, es urgente que m e ayu­
des a descifrar la ú ltim a visión que he tenido. U n a vi­
sión aterrad o ra, b u rlesca y am en azan te para el niño.
Mi h e rm a n a ocu ltó su cara entre las m anos y dijo
q u e un h o m en aje n os p o d ría lib erar definitivam en­
te de la n ació n m ás p o d e ro sa del m un do, que nos
h ab ía lan zad o el m aleficio. Pensó levantar un lienzo
en el fron tis de la casa, con rayados fosforescentes.
D ijo qu e la n ació n m ás p o d e ro sa cam biaba de nom ­
bre c ad a siglo y resu rgía con u n a nueva vestidura.
A firm ó q u e sólo la fratern id ad p o d ía p o n e r en crisis
a esa nación .
P ensé en la n ecesid ad de un hom en aje. U n ho­
m en aje sim ple y popu lar. H ab ríam o s de re sp o n d er
a la n ació n m ás p o d e ro sa del m undo.
M aría C h ipia no deja de b uscarm e, y yo espero de
él u n gesto de am or, un toqu e de am or, un alarido
de am or. N o hay lugar ya p a ra n osotros y, com o últi­
m a salida, m e pide que le cante.
Me pide qu e le cante la can ción m ás o b scen a qu e
ja m á s se h u biera com p u esto. Me lo pid e intensa­
m en te son rojad o y en cu clillad o en el vértice de la
h abitación . Me p resen ta frontal su cara d o rad a de
m aqu illaje, esp eran d o com p etir con las estrellas
n eón icas que titilan su esplendor.
M ientras aúlla y se retu erce, m e pid e qu e lo sacie
y actúe de acu erd o a n u estra indisoluble fratern i­
dad , p lasm ad a en la can ción de am o r m ás devasta­
d o ra de todos los tiem pos.
Aúlla y se retuerce p ara huir de la vergüenza y de la
caída de nuestra familia. Pienso darle un canto senil.

123
D i a m e l a Eltit

U n can to terriblem ente senil y cansado, p a ra despejar


las incógnitas que nos am enazan com o un afilado cu­
chillo desde la oscuridad de las aguas fetales.
L e co n fie so m i inclinación p o r el vicio y m e ab ro
com o u n a viciosa qu e h u biera con ten ido sus apeti­
tos p o r d e m a siad o tiem po. A bierta, e sp e ro que mis
d ien tes se se p a re n de mis encías p ara qu e él p u e d a
en fren tarse a mi am en azan te calavera. L o lam o co­
m o a u n n iñ o gestán d o se en el interior d e u n a m a­
dre d e sa rra p a d a y desnutrida.
M e m ald ig o y m aldigo m i canto, azo tán d o m e
igu al qu e u n a ra m e ra que h u biera p asad o la noch e
en u n a c eld a de h o m b res con d en ad o s a m u erte.
S ab ia com o lo an tigu o y procaz com o lo p resen ­
te, d e seo qu e se in cru sten en m i canto to d as m is n o­
ches de in so m n io y los gu san os que devoran m i ce­
rebro. Q u iero in cru star mi cabeza en mi can to.
(C an to, tam bién , p o r el n iño que ya su fre un p ro ­
ceso irreversible.)
P o r fin se en cu en tran las zonas m ás to rm en to sas
de n u estros c u erp o s, en m ed io de un escin d id o tem ­
b lor genital. El can to paraliza p o r algu n as h oras el
d esp recio hacia n u estra raza sudaca.

124
Estam os salvajem ente preparados para la extinción.
Un pequ eñ o e ilum inado grupo fam iliar m aldito. Ma­
ría de Alava, po seíd a p o r la obsesión, m e o rden a que
me incline.
—Ya no será p o sib le m i confesión de rodillas —le
d ig o -, estoy p e rm an e n te m e n te exp u esta a la n áu ­
sea. M irarte d esd e el su elo m e asquea.
—N o dilates, n o divagues. E xam in em o s el últim o
artículo.
—Soy culpable, M aría d e Alava. Yo m ism a clam é el
delito. Fue m i go ce p ro fu n d o el que im pidió d ete­
n er el arq u eo de m i cu erp o.
M aría de A lava a p u n ta . A n o ta los c a rg o s q u e
re su lta n excesiv o s p a r a u n a so la m u e rte. Si yo m e
e xtin g o , M aría de A lava a h o g a rá al niño. Q u e d a rá
libre. P ero n u estra casa está sitiad a p o r la avaricia

125
D i a m e l a Eltit

d e la n a c ió n m ás p o d e ro sa del m u n d o y ella tam po­


co pervivirá.
(E n m i vientre el niño está sufrien d o convulsio­
nes.)
Mi p a d re gim e en la otra pieza, gim e p o r la ver­
g ü e n z a de m i m adre.
—Mi p a d re se ha convertido en un in soportable
voyerista —digo .
L e c u e n to m i últim o sueño. U n sueñ o con figu­
ras d e sp e g a d a s. Le digo que p en o sam en te, en mi
su e ñ o , lo g ré figu rar u n a m ano, p ero las u ñ as salta­
ron d e los d e d o s y los dedos d esap areciero n m utila­
dos d e la palm a. Me explicó qu e era un su eñ o en
qu e a p a r e c ía m i terqu edad , y antes de retirarse dijo:
—T ie n e s qu e ap re n d e r que el goce es siem p re p u ­
ru len to , y el p en sam ien to gu errero , bacanal.

126
A M aría C hipia. Bello. Bello y fraterno.

Soy víctim a de un turbulento com plo t político en


contra de n u estra raza. P ersiguen aislarnos con la
fuerza del desprecio. A h ora mi m adre du erm e so­
bre m í, a g o ta d a desp ués de h ab er realizado el h o­
m en aje a la nación m ás p o d e ro sa del m undo. E lla
p ien sa qu e m i p ad re está colu d id o con esa nación y
que nosotros som os la carroña. Me h a confesado que
su devoción al placer h a abierto las puertas a este
desastre qu e con ju ga casi todas las plagas. Piensa
que el niño es un a p laga y que su lleg ad a p ro d u cirá
un efecto atem p o ral, el justo efecto qu e mi p ad re es­
p era p a ra destruirla. Siente qu e M aría de Alava está
co lu d id a con mi padre. (Mi m ad re n o gu sta de M a­
ría de Alava.)

127
D i a m e l a Eltit

M i m ad re , qu e se h a p e g a d o a mi lom o, m e h a di­
c h o en secreto q u e mi h erm an a incita carn alm en te
a m i p ad re , y de eso qu iero hablarte en realidad .
C u a n d o m i m ad re añ rm ó qu e ju g a b a n el ju e g o
co m p le to , yo sen tí qu e no te p e rd o n aría, p u es en­
te n d í qu e tú fo rm ab as parte del com plot. L a o tra
tard e te so rp re n d í m iran d o extasiado p o r el h u eco
d e la ventana, y cu an d o te p regu n té qu é estabas m i­
ran d o , m e contestaste, m in tiendo, q u e m ed ías la
d e n sid a d de la luz. N o te p e rd o n o , p u es aún tem es
a m i an cian o p ad re, que no h a d erro tad o a su virili­
d ad . T ú tem es aú n a la suavidad de la sed a. T em es a
m i h e rm a n a y a m i m adre, y p arece qu e la m ultipli­
c id ad de tus su eñ o s te acercara a la n ació n m ás fa­
m o sa y p o d e ro sa del m un d o.
P ero yo, que leo y tradu zco c ad a m ovim iento en
la ge n italid ad de la fam ilia, sab ía exactam en te
cu án d o los m iem bro s h ab lab an de p o se sió n . M aría
de Alava n o hizo sino re sp o n d e r a las sú p licas en fer­
m izas de m i m ad re, qu e se c o n d o lía p o r su m ez­
qu in d ad .
Sólo tú retard aste n u estro en cu en tro. P orque tú
eres yo m ism a, con ozco c ad a un o de tus con oci­
m ien tos p o r m uy distantes que nos en con trem os,
p u es am bos sab em o s la fo rm a ún ica de fre n ar n u es­
tra extinción y la h u m illación a n u estra raza.
Esto m e ha can sad o m u ch o y m e provoca un p e r­
m anen te sobresalto. A h ora m ism o m i m ad re está

128
E l cu arto m undo

p ro fu n d am en te d o rm id a con su lom o p e g a d o al
m ío. M ás tarde, cerca d e l am anecer, acu diré conti­
go p ara qu e calm es m i m ente. C u an d o la luz lo ilu­
m ine to do y m i m ad re se despierte, yo alcanzaré a
volver a su lado y ella n o estará seg u ra de lo aco n te­
cido en tre nosotros.
M aría C hipia se arrastra buscando un a m on ed a
para ab an d o n ar la casa. E scarb a desesperado p o r los
rincones, insistiendo a gritos en la realidad del m etal.
Su últim a sed a raíd a lo hace p a re ce r un m en d i­
cante histérico, convulso p o r el fracaso. Revienta
con las uñ as cad a in secto p arap etad o en los orifi­
cios. Sus dedos, llenos d e restos, logran conm over­
m e p o r un instante.
Me acerco p ara lam erlo y sus dedos entran p o r mi
gargan ta provocán dom e un a seria arcada. El niño,
alarm ado, m e m arca con un extraño m ovim iento.
—Estarás p a ra el n acim ien to —d igo —. T ú te q u e d a­
rás hasta el nacim iento.
Involucrado en su con stan te cobardía, m e g o lp e a
acu sán d om e de u n a m align a retención. R etroced o
lejos de su p u ñ o y grito un grito cu id ad o sam en te
elaborado:

131
D i a m e l a E ki t

—Te q u e d a rá s, sin em b argo .


S ig u e e sc a rb a n d o el sustento de su huida, m ás
a g o b ia d o q u e antes, y yo m iro desde lo alto su figu ­
ra q u e v o lu n tariam en te se aco p la al patetism o.
—A b a n d o n a ré la casa —m urm ura—. Te ab an d o n aré
-d ic e .
A ferró en m i m an o la ú n ica m o n ed a de la casa, la
m o n e d a q u e lo gré cap tu rar cam u flad a en la p iern a
de m i p a d re , y veo en fo rm a nítida mi p ro p ia salida.
M e q u e d o o b servan d o su inútil intento, fascin ad a
p o r el m ovim iento de su cu erp o qu e se ten sa hasta
el lím ite. Sus m úscu los saltan, levantando la piel en
m ed io de la ab ertu ra de la seda. Sus m uslos y el ta­
lón se ap rietan de an sied ad p o r la m o n ed a.
F in alm en te se d eja caer en el suelo y en sus ojos
se d ib u ja el o d io cóncavo a m i vientre. L e ofrezco m i
d e fo rm id a d a cu d ien d o a un gesto m ínim o, p ero
qu e él tradu ce fácilm ente. Mi gesto lo invita a com ­
p artir m i h o lgu ra.
Se acerca y su m an o m e roza, sus ojos lloran y el
m aqu illaje se desbarata. Toco su frente afieb rad a y,
al tocarlo, m i m an o se ap ro x im a tanto a su cerebro
que el d e so rd en de sus p en sam ien to s m e em p u ja a
d ar un p aso atrás.
—A b an d o n aré la casa —d igo —. D espués del naci­
m iento ab an d o n aré la casa.
L a m o n ed a m e hiere la palm a, m e fisu ra leve­
m en te el alm a.

132
E stam os d e scan san d o ten didos de costado sobre
el suelo. M aría C h ip ia m e h ab la de los b en eficios de
la m uerte y de la im p o rtan cia del sacrificio. D escri­
be a la n ación m ás fam o sa y p o d e ro sa del m u n d o co­
m o u n a fo sforescen te calavera que n o s lanza finos y
casi im p ercep tibles rayos. Dice h ab erlo s visto a tra­
vés de las ven tanas, en tran d o en la ciudad. A firm a
que afu era se está ab rie n d o un esp acio de m uerte.
Me invita a a b an d o n a r la casa y dirigirn os a o cu p ar
nuestro espacio de m uerte.
L e h ablo, o tra vez, del p o d e r de la fratern id ad su­
d aca y de cóm o n u estro p o d e r p o d ría destru ir a esa
nación de m uerte. L e h ab lo del niño. L e detallo mis
últim os p resen tim ien to s. L e digo qu e n ecesito des­
can sar p u e s el niño tam bién qu iere ab an d o n arm e.
E m piezo a d esp reciar la d o cilid ad d e m is genitales.

133
D i a m e l a E l ut

M ien tras M aría C h ip ia do rm ita a mi lado, sigo


fielm en te el trazado del niño, quien acab a de desci­
frar el cam in o del laberinto. Siento sus m ovim ientos,
cab eza ab ajo , y el cierre de mis piernas no am in ora
m i terror.
A h o ra qu e el n iñ o qu iere ab an d o n arm e, sé que
m e resta ap en as la insistencia del cuerpo de M aría
C h ipia, qu e huye d e m í, com o yo de m í m ism a, p e r­
sig u ié n d o lo p o r terro r a p ersegu irm e y d esh acerm e
en la h o stilid ad o sc u ra de mí.
Me siento c e rc a d a p o r cuerpos pró fu go s, p o r p e ­
dazos d e cu erp os p ró fu g o s que an tagon izan la cár­
cel del origen . M e siento h erid a p o r cu erp os que
h an cap itu lad o las con d icion es de sus derrotas. Me
siento in d ig n a de ten er un cuerpo.
S eren am en te m e levanto del piso y busco a M aría
de Alava. L a en cu en tro m iran d o sus pies de m an era
extrañ am en te fija. S ab ien d o que m e he acercad o ,
dice:
—U n baile, es n ecesario que h aga un baile en ho­
m en aje.
El n iñ o qu e escu ch a y trafica en con tra m ía, se
m ueve en mi in terio r con un a arm on ía so rp re n d en ­
te. Pienso en el m aíz, en el trigo, en los sauzales. B ai­
lam os los tres hasta el am anecer.

134
E n tram os en la estación m ás fría de los últim os
añ os y el frío nos ataca con u n a fero cid ad q u e evo­
ca las p e o re s agresion es. C on el frío se d e sen cad e n a
en m í u n so p o r p eligrosam en te insano. Sólo el niño
realiza, levem ente, algu n o s m ovim ientos en tum i­
dos. M aría C hipia, azuloso, m e dice que ha p re p a ra­
d o un discurso que nos m an ten d rá atentos. Sé que
h a p re p a ra d o un discurso qu e le perm ita ab an d o ­
n ar la casa, p e ro soy in capaz de d esen m ascarar sus
d eseo s. M aría de Alava hace un adem án de d e sag ra­
do; m is p adres, d em asiad o distantes, p arecen ya fu e­
ra de todo.
A fuera las hogueras em piezan a levantarse en la
ciudad, ro d eán d o la con las llam as. L os reflejos enro­
je c e n las ventanas y nos inundan de espesas y móviles
som bras. M aría de Alava se acerca hasta la ventana y

135
D i a m e l a Eltit

sus labios en u n cian algunas palabras que carecen de


sentido.
Mi p a d re ab re los ojos y dice que h a lleg ad o la
p este. Mi m ad re asiente y tam bién dice qu e ha llega­
do la p este. Yo m e siento en el um bral del m artirio.
M aría C h ip ia ensaya, ensaya un discurso red e n to r
de las cu lp as, un discurso en el que transa el p eso de
n u estra historia. Ensaya su discurso y en sus palab ras
dism inuye el rigo r de n u estra hazaña y la d ign id ad
de n u estros cuerpos.
Salva la d e b ilid a d gen ital de m i m ad re con un
to n o q u e m e llen a de vergüenza. En el ensayo se
v islu m b ra la v e rd a d e ra in ten ción de sus p alab ras.
P ero ya es d e m a sia d o tard e y su in g e n u id a d m e
so rp re n d e . En su seg u n d o ensayo im ita a u n a des­
g a rra d a y con v in cen te o rad o ra, im ita el ton o co n ­
ciliad o r y ap la sta n te de la en trega.
M aría C h ip ia está h acien do un discurso consa­
grad o a sí m ism o utilizando todas las voces qu e lo
habitan, un discurso a sí m ism o y al niño. A parece
en u n a de sus voces el cau dal de las an tiguas agu as y
u n a ráfag a de tibieza m e toca.
A fu era los jó v e n e s sudacas se colocan fren te a las
h o g u eras y un ru id o fam iliar llena mi o íd o. Cascos
de caballos. E scu ch o cascos de caballos.

136
H oy M aría C h ip ia y yo h em os cen ad o a solas. Fue
un rito. U rd im os un sím il de com id a del m o d o m ás
convincente posible. C u an d o ya n o q u e d a b a n a d a
apostam os a n u estros gestos y a la len titud de n u es­
tros dientes. C o m im o s com o si la co m id a no tuviera
n in gu n a im p o rtan cia, d e saten d ien d o el d o lo ro so
llam ad o de n u estros estó m ago s som etid os a u n a
p ro lo n g a d a carencia.
H ablam os.
H ab ló él, al p rin cip io, in u n d ad o p o r la d e sc o n ­
fianza. H ab ló con la cau tela de un extrañ o in ten tan ­
do sed ucirm e con u n a m irad a forzosam en te íntim a.
A ctué tam bién el p a p e l de la extrañ a y m i cara se d o ­
blegó a la pose qu e inventé. A ctuando, actu am os el
inicio de co n fo rm ació n de u n a p a re ja adulta.
C uando se asom ab a el hastío, tom é otro papel
igualm ente im postado y banal. Me revestí de distancia,

137
D i a m e l a Eltit

ap o y ad a e n la m irad a esquiva y en la iron ía de m is


gestos. S u m e rg id a en la distancia, con stru í p ara él
u n a in te rio rid a d qu e desde siem p re él esperaba, ti­
bia, su m isa y llen a de orificios, e sp eran d o qu e él m e
destru yera. R ep resen té en la p a re ja ad u lta la pieza
m ás frág il y devastada.
Fu e relativam ente fácil levantar un m isterio co­
m ún y c o n o c id o ; fue, tam bién, m uy sim ple observar
el p la c e r p o r la destrucción . M e d ejé en tram p ar en
u n a d e b ilid a d qu e, en verdad, no ten ía y hablé, ha­
blé de sucesivos terrores de mi ser fu era de control
y p re p a ré la escen a p a ra ser ab an d o n ad a.
L e n tam e n te el ritm o de aqu el sím il de com ida
m e e n ca ró con n u estra real naturaleza. C u an d o el
h am b re se nos venía encim a, acab ó n u estra capaci­
d ad d e p aro d ia . E x p lo taro n los fragm en to s de pasio­
nes q u e ya no nos alim en taban y, belicosas, nuestras
p asio n es e m p ezaro n a devorarse entre sí. L a batalla
em p u jó celo s con tra celos y la envidia, p o r un ins­
tante, c o lo re ó nuestras m ejillas.
M aría Chipia, envidioso del niño, m e em bistió con
su astuta m alevolencia, y yo, envidiosa de su vientre li­
so, m e aco g í al privilegio de su estado. Com im os los
restos. Muy cerca el un o del otro, accedim os a la ver­
d ad era p areja que éram os, sin m ás tapujo que la an­
tropofagia. Me escoltó hasta mi rincón m aterno com o
si aún p erm an eciera entre nosotros un atisbo de no­
bleza. E sa n oche el deseo m e m ortificó el cerebro.

138
A h o rcajad as, terriblem ente gorda, estoy encim a
de M aría C h ip ia tratan do de con segu ir el placer. Va
y viene. El p lace r va y viene. C u an d o viene, viene un
olvido total y el um b ral del p lacer lo o cu p a todo. Me
o cu p a toda y M aría C h ip ia red o b la sus m ovim ientos
p o rqu e sabe qu e estoy en el um bral del placer.
Pero algo se in terp o n e, algo m olesto e incisivo, y
lo pierd o. Me aferró al vestigio que p erm an e ce y, en­
tonces, no m e im p o rta n a d a m ás que recu p erarlo
p ara olvidarlo todo. E n tro a un estado ag u d o y de­
sesp erad o, h ab lan d o cortad am en te, ex ig ie n d o a
M aría C h ipia los m ovim ientos y la con tin u id ad que
necesito.
A u n qu e sé que m i cara está d e fo rm a d a p o r la
crispación, fijo m is ojos en él, que está d eb ajo de mí,

139
D i a m e l a Eltit

e x te n d id o , so p o rtan d o to d a mi g o rd u ra y m ovién­
do se a p e sa r del exceso de m i carne.
R e tie n e su p lacer p o r tem o r a mi odio, y a su ca­
ra tam b ién la a b o rd a la crispación. Su cara está d e­
te n id a en u n p lan o com pletam en te ún ico, con los
labio s ab ierto s, jad ean d o , y su m irada, au n q u e se en­
c u e n tra c o n la m ía, la trasp asa hasta p erd erse en el
u m b ral de su p ro p io placer.
H a p a sa d o así ya tres veces en el curso de esta n o­
che, y he p erd id o , incluso, la sin gu larid ad de m i
p ro p io olor. A h ora ten go aden tro el olor de M aría
C h ip ia salien d o de mis poros em p apad os. N o para.
L a u rg e n c ia no se detiene d esp u és de h ab er obteni­
do el p la c e r en las tres veces anteriores: sigo en la
an gu stia, ex ig ie n d o a M aría C h ipia que recom ien ce.
M e to ca a la m ed id a de m i u rgen cia y lo logro de
in m ed iato . L o g ro instalarm e de inm ediato en el
u m b ral, a p esar de qu e m is piern as exten d id as m e
p ertu rb an .
L a m itad del calor que ten go viene de la parte
m ás cálid a y p elig ro sa qu e p o seo , y la otra m itad, del
calo r qu e M aría C h ip ia m e in troduce con sus movi­
m ien tos. Sé que, a u n q u e lo lo gre plen am en te, volve­
ré a em pezar, p u es mi an gu stia se sigue elevando a
un ritm o qu e ya otras veces m e ha tom ado. M aría
C h ip ia lo sabe y goza con mi en ferm edad. Su calor
lo o b tien e del m ío y de mi cara, que ha olvidado
com p letam en te su estado de arm on ía.

140
E l cuarto m undo

M e d ejo caer hasta qu e m i len gu a toca la suya, y


el n iñ o, esta vez, no n o s sep ara. L a fu erza de m i odio
y de m i satisfacción m e o b liga a lam erlo, y tem o que
M aría C h ip ia sea in capaz de recom enzar.
Estoy ten dida de costado y m i estóm ago cae ente­
ram ente sobre el suelo. M e asusto p o r su dim ensión.
M aría C hipia, a m i espalda, bu sca desesp erad am en ­
te el placer. N o m e im portan sus rítm icas em bestidas
y sus m ovim ientos tangibles ya están p erd id o s p ara
m i m em oria. N o lo com plazco ni m e com padezco.
Mi nariz, m i boca, mi oído, no precisan de ninguna
atención. Salvo la sed, ningun a necesidad m e clama.
Presiento que en cualquier instante el niño em prende­
rá el cam ino de la huida. Estropeándom e, saldrá p o r
el m ism o canal que lo fundó. Los perderé a am bos y
quedaré herida p ara siem pre.
M aría C h ip ia m e b u sca p a ra darle la salida. L a
otra m añ an a, cu an d o se lo p regu n té, m e m iró com o
si no en ten d iera de qu é le h ab laba; pero en ten d ía,

143
D i a m e l a Eltit

y ese m ism o a tard e ce r m e tom ó m ás p o r m ald ad


qu e p o r re al n ecesid ad .
Q u iere d arle u n a salid a al n iñ o p a ra salir él m is­
m o. Ya estoy d e m asiad o ab ru m a d a p o r m i e xtrem a
c o rp o r a lid a d p a ra d eten erlo s. Sé q u e em p ieza u n a
n o ch e crítica, p u e s m i p resió n card íaca h a e x p eri­
m e n ta d o u n vuelco. El asco tam bién h a crecid o y vi­
vo en u n e stad o d e gran can san cio renal. N o se lo
he c o m u n ic a d o a M aría C h ipia. Sé qu e él h a espe­
rad o a n sio sa m e n te la ap arició n de estos síntom as,
p u es se h a vestido con un traje qu e es el m ás llam a­
tivo q u e le q u ed a. Su cabeza envuelta en sed a, sus
pies d escalzo s, sus ojos m aq u illad o s, sus cejas bri­
llan tes y su s labios e n g rasad o s m e dicen qu e e sp era
el m o m e n to del festejo . A p aren to n o ten er n in gú n
an u n cio , p e ro él p are ce co n o cer con certeza mi
p re c a rio estado.
L o d e jo atacarm e p o r la esp ald a au n q u e M aría
de A lava d é vueltas a n u estro alred ed or, au n q u e
sien to los o jo s de m is p ad res, qu e n o se han d e sp e ­
gad o u n m in u to de la ran u ra de la a n tig u a ventana.
A u n q u e sé qu e estam os cu m p lien d o el estigm a su-
daca, co n tin ú o im pávida, b u scan d o yo m ism a u n a
salida.
P ienso en un nuevo h om en aje. Mis p ad res gim en
al otro lad o ju n to al últim o y p e sad o estertor de Ma­
ría C h ipia. M e levanto.
L e p id o a M aría C hipia que re ú n a a la fam ilia, le

144
E l cuarto m undo

digo que p asaré to d a la n o ch e p re p aran d o un h o ­


m en aje.
—¿T oda la noch e? —m e p regu n ta.
U n súbito ataq u e de asm a m e obliga a escu d arm e
tras la venda.
El m alestar, el dolor. El m alestar, el d olor constan­
te, el sueñ o sob resaltad o y de nuevo el dolor. L a go r­
du ra m e aplasta. Mi go rd u ra está a pun to de m atar­
m e. A ltera m i corazón , in fecta mis riñones, p ertu rb a
mis oídos. L a grasitud de los p árp ad o s ha tap ad o mis
lagrim ales y la h u m ed ad estro p ea mi visión. L o s ten­
don es de mis p iern as p arece que van a rom perse p o r
m i peso. El d o lo r gen eralizad o no m e d a tregua. L a
congestión trep a p o r m i esp in a dorsal. L a alergia.
L as m arcadas placas alérgicas.
L os pech os hinchados. El d o lo r de la leche. El ni­
ño, en com plicidad con el resto de la fam ilia, m e ata­
ca desde dentro. H e in cu b ad o a otro en em igo y sólo
yo conozco la m agn itu d de su odio. Mi cabeza. En mi
cabeza se gestan sueñ os confusos, recorridos p o r vas­
tos cam pos de du das. L as d u d as del niño p asean p o r

147
D i a m e l a Eltit

mi c e re b ro grávido. A pren d o, a través del dolor, a


c o n o c e r to d o s los rincones de m i cuerpo y la fu ria
o rg á n ic a c o n qu e se ejerce el castigo. Mis ojos infla­
m ad o s p re se n cia n u n a realid ad difusa.
P ara h u ir de un final definitivo, urd o ah o ra un
su eñ o qu e posibilite d erro tar la violencia de mi
cu e rp o , d e rrib ar n u estra en ferm ed ad . En el revés
del placer, m e ab ro a un territorio igualm ente dete­
n id o qu e p a lp ita y m e vuelca a m í m ism a.
El m alestar de la go rd u ra atrae este d o lo r cons­
tante qu e p u n za los huesos un os sobre otros, y ya no
m e es p o sib le cerrar la palm a de m i m ano. El oíd o,
trasto rn ad o , d e ja en trar ruidos qu e lo desquician .
U n cru jid o en m is o íd os alcanza la frecu en cia de un
go lp e en el estó m ago , y cu alqu ier grito sem eja u n a
e stam p id a en m i cabeza. Mi cabeza, las sienes, la
con cavid ad del o jo, m is dientes corroídos. El asm a,
la calen tu ra de los pechos. El asm a y la asfixia. El so­
nido gutural del asm a. Mi alm a en la m ira m icroscópi­
ca de la fam ilia. El asm a llega con la tos en cualquier
m om en to y el niño se recoge aterrorizado p o r su fu­
turo asm ático. El alm a asm ática del niño.
P ara h u ir de un final definitivo m e abro com ple­
tam ente al d o lo r y llego a la n eutralidad. Al in terior
de este nuevo sistem a, el niño y yo transam os un
acu erd o som ático.

148
M aría de Alava m e exige u n a respuesta.
- S e r á al a m a n e c e r —le d ig o —. El p arto se rá al
am an ecer.
P arece c an sa d a de in terro g arm e, y p o r su e x p re ­
sión d ed u zco q u e p a d e c e los efectos de un p ro lo n ­
gad o ayuno. Mis p a d re s, co b ijad o s en un rin có n de
la h ab itació n , n os insultan , d e se sp e rad o s p o r el
h am b re. Insultan la p arición . Mi m adre h a b la soez­
m en te de su orificio. L o co m p ara con el n u estro e
in du ce a m i p a d re a to m ar p artid o.
Mi p ad re, d e m a sia d o ham brien to, evoca la exac­
titud del oriñ cio, y su b o ca u lcerad a im ita un vasto
genital. Mi m ad re se ríe y dorm ita casi en segu id a.
M aría de Alava, im perturbable, m e m ira fijam ente:
—S erá al am a n e c e r —repito.
C u an d o lo rep ito , repito la in certidum bre de mi

149
D i a m e l a Eltit

afirm a c ió n . M aría de Alava se aco m o d a de m an era


irón ica, a d e lan tán d o se al efecto de sus palabras.
—A b a n d o n a re m o s la casa —d ice-. Mis p ad res y yo
a b a n d o n a re m o s la casa. H e arreglad o la salida ah o­
ra q u e la ciu d ad ha acallad o sus rum ores. U stedes
d isfru tarán to d o el estigm a sudaca.
In c ré d u la , busco en sus ojos el lugar del desm en ­
tido. N o existe. Ellos ab an d o n arán la casa y nos lega­
rán el rig o r de las p ared es y las grietas de las culpas
fam iliares. A b an d o n an d o la casa, se harán m ás am ­
plio el esp acio y m ás grotesco mi cuerpo.
T o d a v ía in créd u la, en tie n d o qu e M aría de A la­
va, d e sp u é s de todos estos años, h a h a b la d o la ver­
d ad . P e n sa r qu e sus p a lab ras son sin ceras, d e sp u é s
de tan to s añ o s, m e da fu erzas p a ra resistir el a b an ­
d o n o y el a b a n d o n o de la fratern id ad . S ó lo p e rm a ­
n e ce n el n iñ o y M aría C h ipia, qu ien es re p resen tan
el lím ite d e la ficción d e mi cu e rp o , de m i cu erp o
d e m a sia d o castigad o . Mi cu erp o castig ad o p o r mi
n e c e sid a d de d u p licarm e, m i cu erp o alterad o p o r
la c e rtid u m b re de la m uerte.
C u a n d o al am an ecer la fam ilia ab an d o n e la casa,
sólo q u e d a ré yo d o b la d a en las h abitaciones. El
am a n e c e r qu e hube de vislum brar era la partid a, no
el.parto, o el parto lím ite entre la o scu rid ad y la luz,
entre la n o ch e y el día.

150
M ientras M aría de Alava y mis p a d re s a b an d o n a ­
ban la casa y cu an d o ap en as cruzaban el um bral,
M aría C h ip ia m e h a atacad o fron talm en te, h acién ­
dom e sangrar. El h ilo de san gre corría p ara lelo a mi
dolor. L a san gre co rrien d o tras la h u ella de m is p a ­
dres fue el m ejo r h o m en aje que M aría C h ipia, el ni­
ñ o y yo d áb am o s a la p é rd id a de la fam ilia. A ún san­
grante, no o sé levantarm e del piso. M e q u ed é sin
realizar n in gú n m ovim iento. P erm an ecí allí, m iran­
d o el d o lo r seco de mi h erm an o ya d em asiad o in de­
fenso, ya d em asiad o in ocen te de sus actos.
S u p e tam bién de m i inocencia, tejid a p o r un
acon tecer in m u tab le en su equívoco. L a certeza de
m i in o cen cia m e e m p u jó al borde la in su rrecció n y
m e sentí d ig n a de la p ro p ie d ad qu e de m an e ra tan
violenta h ered áb am o s.
H e red áb am o s la casa y la lujuria de la casa que,

151
D i a m e l a Eltit

in term iten tem en te, nos invadía. M e invadía y, a p e ­


sar de la san gre, m e escudé en u n a posición ob scen a
p a ra su p licarle a M aría C hipia que m e acom p añ ara
a b ajar el nivel de m i ira.
E n ese d ía n o n os dim os n in gu n a tregua. D ifusa­
m en te, en tre convulsos m ovim ientos, vi p erderse la
h irien te claridad, y la noch e, m ás b en ign a y m ás
real, p e rm itió que la im agin ación no fu era coartada.
A u n q u e el n iño estab a sufrien d o, no pu d im o s ayu­
d arlo . N o p u d e ayudarlo p o rq u e desde el día hasta
la n o ch e d e b í aten d er el p e d id o de mi san gre suda-
ca. Por el p ed id o urgen te n ecesité ese placer m ás
qu e cu a lq u ie r otra n ecesid ad de mi vida.
En el lím ite, llegué, siem p re a h orcajadas, a p e r­
d e r la n oción del tiem po, p u es se disolvió la fronte­
ra en tre exterio r e in terior y M aría C h ipia se integró
a m is estru cturas n eu ron ales. P erfectos, únicos, es­
tuvim os, d esd e el am an ecer h asta la noch e avanza­
da, e n co n trán d o n o s hasta fu n dirn o s. El niño sufría.
Su sufrim ien to, tam bién fu e in tegrad o p o r n osotros
ya sin culp as, sin angustia, ausen tes de todo mal.
Fue un h om en aje a la esp ecie sudaca. Fue un m a­
nifiesto. F u e un a celeb ración dinástica, celeb ran d o
la p ro n ta lleg ad a del niño, qu ien ese d ía p u d o con o­
cer la in m en sa fu erza de sus p ad res. El odio de sus
p ad res. A islado en un cam po n etam en te orgánico,
el n iñ o con o ció lo m ás placen tero de sus padres.

152
H e caíd o en un estado de sem iparálisis. L a g o r­
d u ra casi n o m e p erm ite m overm e y soy incapaz de
aten d er a M aría C hipia, qu ien vaga afieb rad o y h am ­
b rien to p o r la casa. Su cara a rre b o la d a se en cien d e
m ás aú n p o r el brillo inequívoco de sus ojos. Sus
ojos en ro jecid o s se ven lacerad o s p o r la luz. T en e­
m os sed p ero el agu a n o nos sacia. M aría C h ipia se
q u eja invadido p o r la infección, se q u eja de la luz e
insulta a sus h u esos, qu e se tran sform an en finos cu­
chillos, p artié n d o lo d esd e dentro. Levanto hasta él
mi m an o , y sus m ejillas y su fren te ard en m ojad as
p o r u n cálido sudor.
T em o el con tagio, tem o que otra en ferm ed ad m e
caiga encim a. L e p id o , en ton ces, qu e se cobije en
o tra h ab itación , y se n ieg a d icien d o que el ham bre
h a p ro v ocad o la fiebre; p e ro yo sé q u e es el ab an d o ­
no, la salida de la fam ilia, lo qu e ha d e jad o la fiebre
m etid a en la casa.

153
D i a m e l a Eltit

Inm ovilizada, busco la m an era de sanar a M aría


C h ip ia p o rq u e n ecesitaré su ayuda p ara el nacim ien­
to del n iñ o. M ientras él m urm ura algo acerca de la
h o stilid ad de la ciu dad, recu erd o que aún som os
d u eñ o s d el agu a y qu e el agu a com bate la ñ ebre de
los p erro s. C om o p erro s sudacas afieb rados y ham ­
brien tos n ecesitam os el ag u a en cim a para sac am o s
la in fección , y, au n q u e la fiebre m e ha respetad o ,
sien to su cercanía ostensible ah o ra que mi m adre
nos h a ab an d o n a d o com o a perros. L a oscuridad del
ab an d o n o y la ausen cia de parte de la ja u r ía p o n en
m is m úscu los en m ovim iento. Me yergo a través de
mi go rd u ra, en parte líq u id a y en parte grasa.
M aría C h ip ia m ira com pasivam ente m is h eroicos
m ovim ientos. L o m iro con el am or de la últim a p e r­
ten encia, m e aferró a su belleza equívoca y digo:
- E l agu a, debes p racticar un rito con el agua.
L o ayudé a d esn u d arse y alabé la arm on ía de su
cu erp o. A com pasé con las p alm as su débil can to, d e­
j é caer el ag u a sobre su cabeza, y cu an do alejam os la
fieb re n os dorm im os exten u ad o s, cercados p o r mi
Sfordura.
O

154
—¿Tienes frío? ¿T ien es sed? ¿N ecesitas algo, M aría
Chipia?
—Q uiero sab er algo m ás de la ciudad. ¿Te acu er­
das aún de la ciu d ad ? ¿Te acu erd as de las con struc­
ciones?
—¡Ah, sí! L as con struccion es. L os jó v en es sudacas
sem id esn u dos. L o s m en d igo s. Ellos m e p ersegu ían
p o r las calles. L os jó v e n e s sudacas siem p re q u erían
algo de mí.
—¿Q ué q u erían d e ti? E ra nuestra fantasía.
—N o era fantasía. Lina vez un jo v en su d a c a exten ­
dió la m ano, y cu an d o p u se un a m o n ed a en su p al­
m a, la rechazó. A ún veo sus ojos h u n dido s com o los
tuyos. Tal vez la fiebre. H ab ló de la fratern id ad. H a­
bló exten sam en te so b re la fraternidad.
—Yo vi un cam po de trigo en las afueras. U n cam po

155
D i a m e l a Eltit

cu b ierto d e esp igas m ecién d ose en el viento, un


cam p o d e esp igas sem b radas p o r los niños ciegos
del asilo d e m i m ad re. Te llevaré a ese cam p o de tri­
g o y p a rirá s m ecid a p o r el viento.
-Yo vi u n a casa só rd id a y a m i m ad re cim b reán d o­
se en u n a o sc u rid a d p arecid a a la ceguera. N o lo vi,
p e ro lo im agin é. L o im agino ah o ra m ism o, y a mi
p ad re a te rra d o en la ciudad. Im agin o las p lagas y la
fiebre. N o v en d rá el niño a n acer p a ra alim entar el
d esp erd icio .
- P e r o ¿el m aíz?, ¿el trigo?, ¿los sauzales?
—N o lle g a rá el n iño p ara ser m en osp reciad o , no
llegará p e rd ie n d o de an tem an o todo. El niño lucha
p o r n a c e r en cu alq u ier instante. ¿Q ué harem os, Ma­
ría C h ipia? D im e, ¿qué harem os?
—¡T ó m am e! ¡T óm am e! ¡T óm am e!
A fu era la ciu d ad d evastada em ite gru ñ id o s y p a r­
loteos inútiles. Se ensayan todas las retóricas e sp e ­
ran d o el din ero caíd o del cielo, q u em án d o se com o
u n a m arip o sa de luz. L a ciu dad ceg ato n a y ávida re­
gala los destin os de los habitantes su dacas. T errible­
m ente d esven cijad a y gru ñ on a, an cian a y codiciosa,
la ciu dad, en ferm a de Parkinson, tiem bla.
T iem b lan las voces, tiem blan las voces an cian as y
codiciosas d isp u tán d o se el dinero caíd o del cielo
p ero qu e se q u em a com o m arip o sa de luz. Se vende
el trigo, el m aíz, los sauzales, a un p recio irrisorio,
junto a los jó v en es sudacas que han sem b rad o . En
venta los cam pos de la ciudad sudaca. En venta el su­
dor. U n com ercio histérico chilla a los com prad o res,
quienes astutam ente bajan los precios y com pran has­
ta a los ven dedores. El dinero caído del cielo vuelve

157
D i a m e l a Eltit

al cielo y los v en ded o res ven den incluso aqu ello que
n o les perten ece.
L a c iu d a d co la p sad a es ya u n a ficción nom inal.
S ó lo el n o m b re de la ciu d ad p erm an ece, p o rq u e to­
d o lo d e m ás ya se ha v en d id o en el am plio m ercado.
E n la a n a rq u ía de la costum bre p o r la venta se eje­
cu tan los últim os m ovim ientos a viva voz, vo cean d o
la ven ta del vacío.
El d in e ro que cae del cielo ap etece el vacío de la
ciu d a d y cad a u n a d e las retóricas del vacío p a ra
se m b ra r el vacío sob re los cam pos, ya vendidos y d e ­
finitivam ente ajenos. El din ero caíd o del cielo en tra
d irecto p o r los gen itales y las voces an cian as se en ­
tregan a un adu lterio d e sen fren ad o . El adu lterio h a
ad u lte ra d o a la ciu d ad nom inal, que se vende, se
v en de a los po sto res a cu alqu ier costo. L a transac­
ció n está a p u n to de concluir, y en el dinero caíd o
del cielo está im presa, n ítidam en te, u n a son risa de
m en o sp re cio a la raza sudaca.
L ejo s, en u n a casa a b a n d o n a d a a la fratern id ad,
en tre un 7 y un 8 de abril, d iam ela eltit, asistida p o r
su h erm an o m ellizo, d a a luz a u n a niña. L a niña su­
d a c a irá a la venta.

158

Vous aimerez peut-être aussi