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Topicos I – segunda avaliação

1) Por meio de uma revolução caracterizada pela guerra de conquista tradicional,

valendo-se sobretudo de táticas terroristas, o Estado Islâmico ocupa territórios do Iraque

e da Síria, inaugurando uma novo tipo de terrorismo. O EI defende seu próprio Estado

Nacional e se dispersa em células terroristas por todo globo.

Com o fim da segunda guerra, o oriente médio ainda se mantinha, em grande

medida, sob domínio de potências coloniais, especialmente EUA e Inglaterra. Nesse

contexto surgem grandes lideranças da Al Qaeda, com ideia de retorno ao grande

Califado. Daí decorre os primeiros ataques suicidas de orientação jhadista.

No contexto do despertar sunita, emerge Abu Bakr Al-Baghdadi, buscando

fortalecer o estado islâmico no Iraque, aproveitando os conflitos na síria para crescer as

forças militares da organização.

Após a fusão com a frente Al-Nusra, ainda que com rejeição de alguns

comandantes, cresce ainda mais a popularidade do Estado Islâmico, graças aos seus

sucessos militares extraordinários que causam fascínio sobre a população árabe, a essa

altura frustrada com as décadas de governos desumanos.

É importante destacar o caráter religioso e sectário do Estado islâmico, pois estes

evidenciam a consciência que os líderes jihadistas têm sobre a ordem mundial: sua

estratégia é evidenciar as falhas e os deslizes dos países imperialistas ao mundo através

de suas propagandas violentas. Outro aspecto que favorece o fortalecimento do EI é a

característica de que este atua como “estado-fantasma”, ou seja, baseia-se na partilha da

administração dos recursos com diversas comunidades sunitas que sofreram

discriminação e opressão do governo, o que serve para diminuir a possibilidade de


oposição e para favorecer o apoio e a cooperação dos sunitas em território iraquiano e

no mundo.

Dessa maneira, no intuito de criar o novo califado e agarrados a ideia de estado

fantasma, a popularidade do estado islâmico cresce cada vez mais. A guerra torna-se

uma via plausível, embora os salários dos combatentes não fossem tão bons. Isso porque

o que sustenta a lealdade é a forte base ideológica e o fanatismo religioso, voltado para

a criação de um Estado Muçulmano ideal, um fim que justifica o esforço de uma guerra

santa.

Jerusalém, Meca e Medina são cidades que interessam a todas as religiões milenares

monoteístas. O território palestino é sagrado para judeus, muçulmanos e cristãos.

Portanto a palestina tem também sido palco das transformações sofridas pelo islã ao

longo dos séculos.

Os movimentos cruzadistas do ocidente interrompe um período de convivência

relativamente pacífica entre as diversas orientações religiosas que ocupavam o território

palestino. O objetivo era cristianizar a região, ainda que para isso fosse necessário

massacrar a população muçulmana que resistisse. Com a queda do império otomono, a

palestina fica sob controle britânico, que legitima e reproduz a moral sionista no

território palestino.

As consequentes reações muçulmanas emergem principalmente a partir de um

movimento de libertação árabe, que combina o islamismo e o nacionalismo, a fim de

engrossar o caldo daqueles que se rebelavam contra a mandato britânico, que acaba por

ruir graças aos ataques sionistas e ao esgotamento financeiro da Inglaterra no pós-

Segunda Guerra. Porém, o acordo proposto pelos Estados Unidos que deixava a
comunidade palestina extremamente prejudicada na divisão do território e a declaração

do Estado judeu em Israel, faz com que se popularizem os movimentos e rebeliões que

caracterizam a Jihad.

Nesse período, os judeus já ocupavam cerca de dois terços do território da

Palestina e de Jerusalém e parte dos árabes e palestinos reagem contra Israel para

libertar a Palestina, influenciados por tendências marxistas e nacionalistas. Porém, após

mais uma derrota para Israel, esses movimentos acabam por ser suprimidos e em seu

lugar emergem movimentos e políticas islâmicos, entre eles o Hamas.

O movimento do Hamas tem sua origem nesse movimento e está ligado à

Irmandade Muçulmana, o maior movimento islâmico da história e que pode ser

considerada a matriz dos demais movimentos islâmicos que tem conotação política. A

Irmandade inicialmente era uma tendência que prezava pela dominação, mas que era

relativamente moderada, diferente dos atuais movimentos políticos mais poderosos do

Oriente Médio, como a al-Qaeda. Entre esses grupos que tem na violência a forma de

revolução e meio para alcançar seus objetivos políticos está o Hamas, cuja orientação

transita entre os radicais da Al Qaeda e os moderados irmãos muçulmanos,

caracterizado principalmente por empregar violência apenas contra estrangeiros que

estão no poder, eximido os estados nacionais de suas ofensivas.

Tendo isso em mente, podemos afirmar que o Hamas é a representação das

diversas transformações que ocorreram na Palestina a partir do final da década de 1980,

especialmente dentro da Irmandade Muçulmana, aproximando-se da irmandade egípcia,

única a reagir ao domínio britânico nas décadas anteriores. Com o advento do Estado de

Israel e com a divisão da Irmandade Muçulmana entre aqueles que presavam pela

negociação – palestina – e aqueles que presavam pelo ataque – egípcia –, o Hamas é

estabelecido pela primeira como organização para combater o poder de Israel após a
intifada, um conflito proveniente da revolta armada islâmica contra a dominação

israelita.

Assim, se a priori o propósito do Hamas era a libertação total do território da

Palestina, do Rio Jordão até o Mar Mediterrâneo, atualmente suas pautas se unem a

objetivos que podem ser mais facilmente atingíveis, como a estabilidade econômica

para palestinos e a atividade política como meio de garantir direitos. No entanto, os

objetivos iniciais de libertação Palestina e islamização do mundo continuam como

orientadores da moral e da luta dos membros do Hamas.

Dessa forma, podemos concluir que o Hamas, as lutas islamitas e questão da

Palestina estão interconectados, não só porque o movimento emerge como consequência

da dominação internacional sob território palestino e da subjugação de muçulmanos

frente aos sionistas, mas também porque atua como fator importante nas transformações

e conflitos que emergiram no Oriente Médio nos últimos séculos. Por mais que seja um

movimento recente se comparado à história da tradição muçulmana, o Hamas abarca

uma série de ideais que só são compreensíveis quando se conhece a história da

exploração da Palestina, suas disputas, conflitos e guerras causadas pelo imperialismo.

Tiago Alves de Oliveira

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