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poder de avaliar as ações contra as leis estaduais que concedem esses benefícios e decretar sua
inconstitucionalidade, como já fez em 2007.
A alternativa seria que os próprios Estados tomassem a iniciativa de acabar com as leis que concedem
pensões.
A extinção dos benefícios pelo STF, porém, pode demorar. As ações de inconstitucionalidade precisam ser
analisadas individualmente porque devem questionar algo específico das leis.
Não cabe uma ação geral reclamando das aposentadorias em todos os Estados.
Os ministros podem editar um súmula vinculante proibindo as pensões para ex‐governadores e viúvas, o
que teria efeito em todo o país.
Mas, para fixar a súmula, os magistrados afirmam que seriam necessários quatro ou cinco julgamentos
com o mesmo desfecho.
Ao analisar um caso, o STF também pode aplicar uma repercussão geral, estendendo a decisão sobre um
processo para todos que tramitam por lá com o mesmo tema.
Na fila de processos, o STF já conta com uma ação que questiona a concessão do benefício no
Maranhão.
A OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) diz que esse número deve crescer na próxima semana após
formalizar pedidos de extinção das pensões em vários Estados.
Estão prontas ações que tratam do Paraná, Sergipe e Amazonas. Ao todo, eles gastam R$ 6,4 milhões
por ano.
Segundo levantamento da Folha, as aposentadorias custam ao erário pelo menos R$ 31,5 milhões ao
ano. (…)
Para o ministro do STF Marco Aurélio Mello, a extinção dessas aposentadorias já deveria ter sido
decretada pelos Estados. O ministro diz que em 2007 o STF derrubou a pensão do ex‐governador Zeca do
PT (MS) por entender que o benefício era contra a Constituição de 1988.Ele aposta que o STF vai
invalidar as pensões: "É lamentável que isso não tenha sido aplicado ainda em todo território. Não cabe
ao Estado criar leis para complementar a Constituição".
Jane Berwanger, presidente do Instituto Brasileiro de Direito Previdenciário, diz: ‘Não há direito
adquirido para leis inconstitucionais’”.
As regras de transição
O objetivo das regras de transição é amenizar os possíveis prejuízos de quem está
próximo a cumprir os requisitos da aposentadoria antes da mudança – que ainda não
aconteceu-.
É importante lembrar que essas regras poderão ser alteradas ao longo das discussões
sobre a reforma da previdência, que não deverá ocorrer nos próximos meses, já que há
um longo processo até a aprovaçã