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Turma 186-11
Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo
Para o erro invalidar o ato ele precisar ser escusável (naquela situação, é
aceitável um homem comum cometer o erro) e essencial, ou seja, ser causa
determinante da realização do contrato e tratar de elementos essenciais, não
acessórios, do negócio.
Considera-se erro substancial (ou erro de fato) aquele que diz respeito a
esses elementos essenciais: à natureza do ato (se faz doação supondo-se estar
vendendo); ao objeto principal da declaração (compra de quadro de um
qualquer acreditando que é de um famoso pintor); a qualidades essenciais
(compra de anel de cobre supondo ser de ouro); a pessoa envolvida (apenas
quando for fundamental para o negócio, por exemplo, quando empresta-se
dinheiro para um sujeito conhecido por ser mal devedor acreditando que estava
emprestando para outro, confiável). O erro acidental, portanto, é aquele que
recai sobre elementos acessórios do negócio jurídico, ou seja, sobre qualidade,
quantidade, motivos ou erro de cálculo.
Erro de direito é aquele que ocorre pois um falso pressuposto jurídico conduz o
agente à declaração errônea de vontade. É, portanto, o mal conhecimento
quanto à norma jurídica aplicável àquela situação.
2.2 Dolo
Conceito: provocação intencional, por meio de ações maliciosas, de um erro,
com o objetivo de gerar um benefício pessoal para quem praticou.
2.3. Coação
Conceito: ameaça capaz de imputir temor de modo injusto, que faz um sujeito
realizar determinado ato. Vale ressaltar que apenas a coação moral (violência
psíquica) é um vício de consentimento, pois a coação física exclui a vontade, o
que acarreta a inexistência do negócio.
Requisitos:
Ameaça deve ser causa determinante para a declaração de vontade;
Ameaça deve causar fundado temor de gravidade e haver iminência do
dano;
Ameaça deve ser injusta;
Deve haver nexo de causalidade entre a ameaça e a declaração de vontade
3. Vícios Sociais
3.1. Simulação (arts. 166, III, VI, VII; 177; 178 do Código Civil)
Conceito: divergência entre a vontade real e vontade declarada é realizada
conscientemente com fim específico de enganar terceiros. Os requisitos,
portanto, são o acordo simulatório entre as partes e essa finalidade de enganar
terceiros.
Classificações:
Requisitos:
Portanto, desde que cumpra os requisitos de não lesar ninguém, nem fraudar
leis, pode-se realizar um negócio para a obtenção de um fim distinto daquele
que sua causa típica prevê.
4.3 Lesão
Conceito: prejuízo injusto que uma das partes sofre na realização de um ato
jurídico, devido à desproporção entre prestação e contraprestação.
Modalidades:
Bibliografia Complementar:
AZEVEDO, Antonio Junqueira de. Negócio Jurídico: existência, validade e
eficácia. São Paulo, Ed. Saraiva, 4ª. Edição, atualizada de acordo com o novo
Código Civil, 2002